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O m é todo do Posi ti vi s mo de Au gu s te Com te O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao  racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do  primado da experiência sensíve l, única capa z de produzir a p artir dos dados c oncretos (positivos) a verdadeira ciência(na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico ou material. O Positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de  pesquisa inútil e in acessível, voltan do-se para a de scoberta e o estudo das leis (relações constantes entre os fenômenos observáveis). Em sua obra   Apelo aos conservadores  (1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. A ideia-chave do Positivismo Comteano é a  Lei dos Três Estados,  de acordo com a qual o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade: 1. Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto; 2. Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto é a busca da razão e destino das coisas. é o meio termo entre teológico e positivo. 3. Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de coexistência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto. I I - O M É TODO S OCIOLÓ GI CO DE DURKH EIM I i as cent r ai s do mé todo soci ol ó gi co de Du r k heim Podemos dizer que o método sociológico de Durkheim apresenta algumas idéias centrais, que percorrem toda a extensão de sua visão sociológica. São elas:

Método Do Positivismo de Augusto Comte

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O mtodo do Positivismo de Auguste Comte

O mtodo geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observao dos fenmenos, opondo-se aoracionalismoe aoidealismo, por meio da promoo do primado da experincia sensvel, nica capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira cincia(na concepo positivista), sem qualquer atributo teolgico ou metafsico, subordinando a imaginao observao, tomando como base apenas o mundo fsico ou material. O Positivismo nega cincia qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenmenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa intil e inacessvel, voltando-se para a descoberta e o estudo das leis (relaes constantes entre os fenmenos observveis). Em sua obraApelo aos conservadores(1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepes: real, til, certo, preciso, relativo, orgnico e simptico.A ideia-chave do Positivismo Comteano aLei dos Trs Estados, de acordo com a qual o homem passou e passa por trs estgios em suas concepes, isto , na forma de conceber as suas ideias e a realidade:1. Teolgico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando responder a questes como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; alm disso, busca-se o absoluto;2. Metafsico: uma espcie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses h entidades abstratas para explicar a realidade: "o ter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a questes como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto a busca da razo e destino das coisas. o meio termo entre teolgico e positivo.3. Positivo: etapa final e definitiva, no se busca mais o "porqu" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relaes constantes de sucesso ou de coexistncia. A imaginao subordina-se observao e busca-se apenas pelo observvel e concreto.

II - O MTODO SOCIOLGICO DE DURKHEIMIdias centrais do mtodo sociolgico de Durkheim Podemos dizer que o mtodo sociolgico de Durkheim apresenta algumas idias centrais, que percorrem toda a extenso de sua viso sociolgica. So elas:1)Contraposio ao conhecimento filosfico da sociedade: A filosofia possui um mtodo dedutivo de conhecimento, que parte da tentativa de explicar a sociedade a partir do conhecimento da natureza humana. Ou seja, para os filsofos o conhecimento da sociedade pode ser feito a partir de dentro, do conhecimento da natureza do indivduo. Como a sociedade formada pelos indivduos, a filososfia tem a prtica de explicar a sociedade (e os fatos sociais) como uma expresso comum destes indivduos. De outro lado, se existe uma natureza individual que se expressa coletivamente na organizao social, ento pode-se dizer que a histria da humanidade tem um sentido, que deve ser a contnua busca de expresso desta natureza humana. Para Adam Smith, por exemplo, dado que o homem , por natureza, egosta, motivado por fatores econmicos e propenso s trocas, a sociedade de livre mercado seria a plena realizao desta natureza. Para Hegel, a histria da humanidade tendia a crescentemente afirmar o esprito humano da individuao e da liberdade. Para Marx, a histria da sociedade era a histria da dominao e da luta de classes, e a tendncia seria a afirmao histrica, por meio de sucessivas revolues, da liberdade humana e da igualdade, por meio do socialismo.Para Durkheim, estas concepes eram insuportveis, pois eram dedues e no tinham validade cientfica, eram crenas fundamentadas em concepes a respeito da natureza humana. Durkheim acreditava que o conhecimento dos fatos sociolgicos deve vir de fora, da observao emprica dos fatos.2)Os fenmenos sociais so exteriores aos indivduos: a sociedade no seria simplesmente a realizao da natureza humana, mas, ao contrrio, aquilo que considerado natureza humana , na verdade, produto da prpria sociedade. Os fenmenos sociais so considerados por Durkheim como exteriores aos indivduos, e devem ser conhecidos no por meio psicolgico, pela busca das razes internas aos indivduos, mas sim externamente a ele na prpria sociedade e na interao dos fatos sociais. Fazendo uma analogia com a biologia, a vida, para Durkheim, seria uma sntese, um todo maior do que a soma das partes, da mesma forma que a sociedade uma sntese de indivduos que produz fenmenos diferentes dos que ocorrem nas conscincias individuais (isto justificaria a diferena entre a sociologia e a psicologia).3)Os fatos sociais so uma realidade objetiva: ou seja, para Durkheim, os fatos sociais possuem uma realidade objetiva e, portanto, so passveis de observao externa. Devem, desta forma, ser tratados como "coisas".4)O grupo (e a conscincia do grupo) exerce presso (coero) sobre o indivduo: Durkheim inverte a viso filosfica de que a sociedade a realizao de conscincias individuais. Para ele, as conscincias individuais so formadas pela sociedade por meio da coero. A formao do ser social, feita em boa parte pela educao, a assimilao pelo indivduo de uma srie de normas, princpios morais, religiosos, ticos, de comportamento, etc. que balizam a conduta do indivduo na sociedade. Portanto, o homem, mais do que formador da sociedade, um produto dela.

Mtodo dialtico de Karl Marx

O estado atual do sistema educacional pblico brasileiro, e mais especificamente o alagoano, tem dado mostras representativas de sua deficincia. um trusmo que as escolas pblicas, com rarssimas excees, no tm conseguido realizar seu objetivo maior, qual seja educar para a cidadania, garantindo formao adequada e de qualidade a todos aqueles que a queiram receber. E o que mais paradoxal nessa situao a quantidade de pesquisas, projetos, proposies, leis, etc. que abordam a temtica educacional e formulam diretrizes para a concretizao de uma escola democrtica e de qualidade. Infelizmente, essa massa abundante de documentos e trabalhos que versam sobre a educao no atingiu seus nobres objetivos, nem mesmo conseguindo mitigar de forma satisfatria os principais obstculos que emperram o ensino pblico em nosso pas.Neste sentido, oportuno dedicar ateno ao problema da pesquisa em Educao. E para tanto, far-se- um balano sumrio do legado metodolgico de um dos maiores cientistas sociais do sculo XIX: Karl Marx. Obviamente, o resgate do mtodo adotado e aperfeioado por Marx o mtodo dialtico materialista objetiva to somente estimular as pesquisas em Educao sob uma perspectiva marxista, como forma de oferecer subsdios a um projeto educativo que leve em conta as contradies prprias do sistema de ensino pblico no Brasil, contradies estas que so reflexo direto da nossa sociedade desigual (o que forosamente nos leva a perceber a escola como instituio tambm desigual, pois que reflete e condiciona a sociedade na qual est inserida).Karl Marx (1818-1883) operou uma verdadeira revoluo nas cincias sociais. Sua contribuio ao campo do conhecimento humano vasta e prolfica, o que pode ser facilmente atestado por obras como O Capital, a Ideologia Alem ou o Manifesto do Partido Comunista. A preocupao bsica e central de seus escritos era a compreenso do sistema capitalista. E, graas engenhosidade e sofisticao terica de Marx, seu legado espraiou-se por campos que abrangem a cincia histrica, a economia, a sociologia (sendo mesmo considerado um dos fundadores desse ramo das cincias sociais, ao lado de Durkheim e Max Weber) e a filosofia.Mas para a finalidade deste trabalho, a contribuio mais significativa de Marx refere-se a sua concepo de conhecimento, bem como o mtodo que utiliza para produz-lo.Para Karl Marx o conhecimento resulta de construo efetuada pelo pensamento e suas operaes; consiste, assim, em uma representao mental do concreto, representao elaborada a partir da intuio e percepo. Ou seja, o conhecimento para Marx propriamente uma produo do pensamento, resultante de operaes mentais com que se representa e no repete, reproduz ou reflete a realidade objetiva, suas feies e situaes. Diferentemente da perspectiva positivista, que concebe o conhecimento e sua produo a partir unicamente da observao do objeto, sem a mediao de abstraes mentais. O positivismo v a histria como uma histria inerte que no se comunica com o presente, nem com o futuro que parte da realidade em que o homem se insere, mas s pode registrar as situaes e sucessos que indicam essa insero um processo que j tem no passado seu comeo, meio e fim. Na concepo marxista a compreenso da gnese e do desenvolvimento dos fenmenos deve partir de concepo de que nada, nenhuma relao, fenmeno ou ideia tem o carter de imutvel. V-se nesta perspectiva que o Positivismo possui um carter de reduzir o papel do homem enquanto ser pensante e crtico, para um mero coletor de informaes e fatos presentes nos documentos.E o caminho que Karl Marx elege como mais profcuo para se chegar ao conhecimento aquele que passa pelo uso do mtodo dialtico. No a dialtica no sentido clssico do termo (como nas contribuies de Aristteles ou Plato); nem tampouco na perspectiva hegeliana, fonte inicial onde Marx bebeu; mas sim uma dialtica materialista, criao sua, que busca refletir acerca da realidade partindo do concreto e indo ao abstrato, num movimento constante de idas e vindas at obter-se a produo de uma representao mais ou menos fiel e segura da realidade.Aplicado s pesquisas educacionais, o mtodo dialtico de Marx pode contribuir para uma compreenso mais rigorosa da realidade educacional, pois que elabora uma representao que parte sempre do concreto, tendo em conta a totalidade do fenmeno estudado. E mais ainda que o mtodo imanente de Marx apreende a histria a partir das contradies, no seu movimento incessante e permanente de transformao. Com tal postura, pode-se chegar elaborao de uma representao do sistema educacional pblico brasileiro capaz de permitir a identificao de seus problemas mais espinhosos, os quais muitas vezes no esto circunscritos apenas a esfera do sistema educacional; ao contrrio, transbordam para outras instncias sociais, mas que graas ao esforo de totalizao do mtodo dialtico sero apreendidos em seu devir.

Mtodo compreensivo de Max Weber"O mtodo compreensivo, defendido por Weber, consiste em entender o sentido que as aes de um indivduo contm e no apenas o aspecto exterior dessas mesmas aes. Se, por exemplo, uma pessoa d a outra um pedao de papel, esse fato, em si mesmo, irrelevante para o cientista social. Somente quando se sabe que a primeira pessoa deu o papel para a outra como forma de saldar uma dvida (o pedao de papel um cheque) que se est diante de um fato propriamente humano, ou seja, de uma ao carregada de sentido. O fato em questo no se esgota em si mesmo e aponta para todo um complexo de significaes sociais, na medida em que as duas pessoas envolvidas atribuem ao pedao de papel a funo do servir como meio de troca ou pagamento; alm disso, essa funo reconhecida por uma comunidade maior de pessoas.

Segundo Weber, a captao desses sentidos contidos nas aes humanas no poderia ser realizada por meio, exclusivamente, dos procedimentos metodolgicos das cincias naturais, embora a rigorosa observao dos fatos (como nas cincias naturais) seja essencial para o cientista social. Contudo, Weber no pretende cavar um abismo entre os dois grupos de cincias. Segundo ele, a considerao de que os fenmenos obedecem a uma regularidade causal envolve referncia a um mesmo esquema lgico de prova, tanto nas cincias naturais quanto nas humanas. Entretanto, se a lgica da explicao causal idntica, o mesmo no se poderia dizer dos tipos de leis gerais a serem formulados para cada um dos dois grupos de disciplinas. As leis sociais, para Weber, estabelecem relaes causais em termos de regras de probabilidades, segundo as quais a determinados processos devem seguir-se, ou ocorrer simultaneamente., outros. Essas leis referem-se a construes de comportamento com sentido e servem para explicar processos particulares. Para que isso seja possvel; Weber defende a utilizao dos chamados tipos ideais, que representam o primeiro nvel de generalizao de conceitos abstratos e, correspondendo s exigncias lgicas da prova, esto intimamente ligados realidade concreta particular