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- Metodologia de Atendimento e Acompanhamento às
famílias, focando na identificação e redução das
violações de direitos, acesso à serviços.
socioassistenciais e melhoria de qualidade de vida;
- A ação socioeducativa no fortalecimento de vínculos
comunitários e familiares.
Metodologia de Atendimento e Acompanhamento às
famílias, focando na identificação e redução das
violações de direitos, acesso à serviços.
socioassistenciais e melhoria de qualidade de vida;
Compreende atenções e orientações
direcionadas à promoção de direitos, à
preservação e ao fortalecimento de
vínculos familiares, comunitários e sociais
e o fortalecimento da função de proteção
das famílias diante do conjunto de
condições que causam fragilidades ou as
submetem a situações de risco pessoal e
social.
É um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal e social.
Oferece atendimento a situações como violência
(física, psicológica e negligência, abuso e/ou
exploração sexual), afastamento do convívio
familiar devido à aplicação de medida
socioeducativa ou medida de proteção; tráfico
de pessoas; situação de rua; mendicância;
abandono; vivência de trabalho infantil;
discriminação em decorrência da orientação
sexual ou raça/etnia e outras formas de violação
de direitos decorrentes de discriminações ou
submissões.
O atendimento fundamenta-se no respeito à
heterogeneidade, potencialidades, valores,crenças e
identidades das famílias. O serviço articula-se com as
atividades e atenções prestadas às famílias nos
demais serviços socioassistenciais, nas diversas
políticas públicas e com os demais órgãos do Sistema
de Garantia de Direitos. Deve garantir atendimento
imediato e providências necessárias para a inclusão
da família e seus membros em serviços
socioassistenciais e/ou em programas de
transferência de renda, de forma a qualificar a
intervenção e restaurar o direito.
Objetivos:- Contribuir para o fortalecimento da família no
desempenho de sua função protetiva;
- Processar a inclusão das famílias no sistema de
proteção social e nos serviços públicos, conforme
necessidades;
- Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as
condições de autonomia dos usuários;
- Contribuir para romper com padrões violadores de
direitos no interior da família;
- Contribuir para a reparação de danos e da incidência
de violação de direitos;
- Prevenir a reincidência de violações de direitos.
Como Implantar:
Ambiente físico: espaços destinados à recepção, atendimento
individualizado com privacidade, atividades coletivas e
comunitárias, atividades administrativas e espaço de
convivência. Acessibilidade de acordo com as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Recursos materiais: materiais permanentes e de consumo
para o desenvolvimento do serviço, tais como mobiliário,
computadores, linha telefônica, dentre outros.
Materiais socioeducativos: artigos pedagógicos,
culturais e esportivos; banco de dados de usuários de
benefícios e serviços socioassistencias; banco de
dados dos serviços socioassistenciais; Cadastro
Único dos Programas Sociais; Cadastro dos
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada
(BPC).
Recursos humanos: de acordo com a Norma
Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas
(NOB-RH/SUAS).
Trabalho social essencial ao serviço: acolhida; escuta; estudo social; diagnóstico socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e encaminhamento para a rede de serviços locais; construção de plano individual e/ou familiar de atendimento; orientação sociofamiliar; atendimento psicossocial; orientação jurídico-social; referência e contrarreferência; informação, comunicação e defesa de direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; mobilização, identificação da família extensa ou ampliada; articulação com serviços de outras políticas públicas setoriais; articulação interinstitucional com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; mobilização para o exercício da cidadania; trabalho interdisciplinar; elaboração de relatórios e/ou prontuários; estímulo ao convívio familiar, grupal e social; mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio.
Segurança de Acolhida :
Ser acolhido em condições de dignidade em ambiente
favorecedor da expressão e do diálogo;
Ser estimulado a expressar necessidades e
interesses;
Ter reparados ou minimizados os danos por vivências
de violações e riscos sociais;
Ter sua identidade, integridade e história de vida
preservadas;
Ser orientado e ter garantida efetividade nos
encaminhamentos.
Segurança de convívio ou vivência
familiar , comunitária e social :
Ter assegurado o convívio familiar, comunitário
e social;
Ter acesso a serviços de outras políticas
públicas setoriais, conforme necessidades.
Segurança de desenvolvimento de autonomia
individual , familiar e social :
Ter vivência de ações pautadas pelo respeito a si próprio e aos outros, fundamentadas em princípios
éticos de justiça e cidadania;
Ter oportunidades de superar padrões violadores de relacionamento;
Poder construir projetos pessoais e sociais e desenvolver a autoestima;
Ter acesso à documentação civil;
Ser ouvido para expressar necessidades e interesses;
Poder avaliar as atenções recebidas, expressar opiniões e reivindicações;
Ter acesso a serviços do sistema de proteção social e
indicação de acesso a benefícios sociais e programas
de transferência de renda;
Alcançar autonomia, independência e condições de bem
estar;
Ser informado sobre seus direitos e como acessá-los;
Ter ampliada a capacidade protetiva da família e a
superação das situações de violação de direitos;
Vivenciar experiências que oportunize relacionar-se e
conviver em grupo, administrar conflitos
por meio do diálogo, compartilhando modos não
violentos de pensar, agir e atuar;
Ter acesso a experiências que possibilitem lidar de
forma construtiva com potencialidades e limites.
FORMAS DE ACESSO:
Por identificação e encaminhamento dos serviços
de proteção e vigilância social;
Por encaminhamento de outros serviços
socioassistenciais, das demais políticas públicas
setoriais, dos demais órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos e do Sistema de Segurança
Pública;
Demanda espontânea.
CONDIÇÕES:
Famílias e indivíduos que vivenciam violação de
direitos.
Período de funcionamento: período mínimo de
5 (cinco) dias por semana, 8 (oito) horas diárias,
com possibilidade de operar em feriados e finais
de semana.
Abrangência: municipal e/ou regional.
Articulação em rede: serviços socioassistenciais de Proteção
Social Básica e Proteção Social Especial; serviços das políticas
públicas setoriais; sociedade civil organizada; demais órgãos
do Sistema de Garantia de Direitos; sistema de Segurança
Pública; instituições de ensino e pesquisa; serviços, programas
e projetos de instituições não-governamentais e comunitárias.
Impacto Social Esperado:
A implantação deste serviço deve contribuir para
redução das violações dos direitos socioassistenciais,
seus agravamentos ou reincidência; orientação e
proteção social a famílias e indivíduos; acesso a
serviços socioassistenciais e das políticas públicas
setoriais; identificação de situações de violação de
direitos socioassistenciais e melhoria da qualidade de
vida das famílias.
A dimensão das atividades de Intervenção com Famílias...
Na atualidade, reconhecemos a centralidade do trabalho
com famílias nas políticas sociais. No entanto, apesar
das modificações ocorridas tanto na compreensão
quanto no trabalho com as famílias, o discurso
direcionado às mesmas, continua, em muitas situações,
conservador, não as reconhecendo enquanto rede de
relações, de reciprocidade e mutualidade (CAMPOS,
2008).
Exemplo: Trabalho desenvolvido com famílias nos
CRAS;
Segundo Rosa ( 2009) o trabalho com famílias precisa
ser desenvolvido em uma perspectiva emancipatória e
primeiramente o profissional precisa reconhecer “ que as
pessoas são ou podem vir a ser autores e atores de sua
própria história, a partir do resgate de seus saberes e
quereres,...” ( 2009, p. 10).
PARA O QUE PRECISAMOS NOS ATENTAR?
1. a intencionalidade da nossa intervenção, pois nossaação profissional não está despedida de um aporteético-político;
2. o trabalho interdisciplinar que nos permite dialogar comos diferentes saberes na busca da reconstrução doreal;
3. o lugar ocupado pelas famílias nas esferas de decisão,pois as mesmas precisam tornarem-se co-partícipes doprocesso o qual fazem parte;
4. a metodologia do trabalho, que precisa transcender àdimensão técnico-operativa conjugando aportesteóricos que permitam ao profissional uma leitura críticada realidade.
APORTE METODOLÓGICO
O planejamento constitui-se etapa imprescindível no trabalho
com famílias;
O uso de instrumentais técnico-operativos de forma ocasional
não constitui uma metodologia. Esses encontros devem ser
previstos, planejados e organizados em sua estrutura para que
aconteçam (reuniões,encontros, visitas domiciliares, passeios,
palestras,filmes,...)
APORTE METODOLÓGICO
Conhecimento da dialética da família; quem são os
sujeitos?
Mapeamento das situações de vulnerabilidade;
Não é possível uma metodologia já pronta antes de iniciar
a prática;
Formação de grupos como estratégia de intervenção;
Conforme Boehs (1990,p.126 ) família sadia é aquela
que mantém um conjunto de reservas físicas, psíquicas,
sócio-culturais e de ambiente físico que permitem
normatizar sua vida e instituir novas normas em
situações novas. Enquanto família doente é aquela que
tem diminuição ou ausência de reservas que impedem
normatizar sua vida familiar e instituir novas normas.
Trabalhar com famílias exige a incorporação de uma
tecnologia “relacional” (Franco e Mehry, 1999),
fundada na abordagem humanista, e desenvolvida
por meio da compreensão do funcionamento
sistêmico da família e da aplicação do método clínico
centrado no paciente.
Segundo Gomes (1994), o ponto de partida para o
trabalho com família é a compreensão, por parte do
profissional, do próprio modelo de organização familiar,
com crenças, valores e procedimentos que
efetivamente são adotados na sua vida em família.
1. O vínculo é um requisito fundamental para a
construção do processo de reconhecimento de
necessidades. A partir do momento em que se narra
uma história família, por um paciente ou por sua
família, esse vínculo já começa!
2. A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DESSE
VÍNCULO DEPENDE DAS DUAS PARTES...
PREMISSAS:
2. A avaliação consiste em analisar a família de um
modo mais objetivo, perceber o funcionamento do
grupo em estudo, reconhecer a crença da família no
processo de adoecer e propor um plano de ação que
respeite o seu modo de vida. A avaliação adequada do
papel que a pessoa portadora de qualquer agravo
possui
em sua estrutura familiar permite que o profissional
tenha um poder de intervenção que aumenta
significativamente
a resolubilidade da proposta;
3. As atividades socioeducativas são as ações mais
importantes neste processo de inclusão. É nelas que
vamos fortalecer vínculos, desenvolver habilidades
relacionais, reduzir agravos., criar percepção de futuro
para a família...
4. Conhecer profundamente a dinâmica familiar facilita o
trabalho com a família. Há algumas ferramentas que
podemos utilizar nesta pesquisa/abordagem.
FORMULÁRIOS...
RELATÓRIO MENSAL DE
ATENDIMENTOS DO CREAS
REGISTRO DAS FAMÍLIAS INCLUÍDAS
EM ACOMPANHAMENTO PELO PAEFI
FERRAMENTAS PARA INTERVENVENÇÃO EM
FAMÍLIAS
O Genograma ou Árvore da Família é um método de coleta,
armazenamento e processamento de informações sobre uma
família. É uma ferramenta que parte de um conceito sistêmico
de família e tem sido utilizada em contextos mais
convencionais de constituição do núcleo familiar, embora
possa ser aplicada também em interpretações ampliadas do
conceito de família (Moysés e Silveira Filho, 2002).
GENOGRAMA
GENOGRAMA
□ Homem
○ Mulher
+ Morte
_ União entre duas pessoas
= Casamento
≠ Separação
≡ Relacionamento muito estreito
/\/\/\ Relacionamento conflituoso
... Adoção
? Abandono, desconhecido
/\ Gêmeos bivitelinos
Δ Gêmeos univitelinos
● Aborto
Há a necessidade de vínculo para elaborar o
Genograma com a família;
Mais de um profissional pode e deve colaborar
com dados para o Genograma;
Ele não é estático, deve ser sempre visitado e
alterado quando necessário;
Guarda-se junto com o prontuário do
paciente/família;
Sua principal característica é: identificar a estrutura
familiar e seu padrão de relação, mostrando as
doenças que costumam ocorrer, a repetição dos
padrões de relacionamento e os conflitos que
desembocam no processo de adoecer (Rakel, 1997;
Moysés e col., 1999; Moysés e Silveira Filho, 2002);
também pode ser usado como fator educativo,
permitindo ao paciente e a sua família ter a noção das
repetições dos processos que vem ocorrendo e como
estes se repetem.
Os componentes do genograma devem incluir, de
acordo com Rakel (1997):
1. Três gerações;
2. Os nomes de todos os membros da família;
3. Idade ou ano de nascimento de todos os membros da
família;
4. Todas as mortes, incluindo a idade em que ocorreu ou a
data da morte e a causa;
5. Doenças de problemas significativos dos membros da
família;
6. Indicação dos membros que vivem juntos na mesma
casa;
7. Datas de casamentos e divórcios;
8. Uma lista dos primeiros nascimentos de cada família à
esquerda, com irmãos sequencialmente à direita;
9. Um código explicando todos os símbolos utilizados;
10. Símbolos selecionados por sua simplicidade e
visibilidade máxima.
CICLO DE VIDA DAS FAMÍLIAS
Esta ferramenta divide a história da família em
estágios de desenvolvimento, caracterizando
papéis e tarefas específicas a cada um desses
estágios (McWhinney, 1994; Carter e
McGoldrick, 1995; Wilson e Bader, 1996;
Moysés e Silveira Filho, 2002).
O ciclo de vida das famílias é uma série
de eventos previsíveis que ocorrem dentro
da família como resultado das mudanças
em sua organização. Toda mudança
requer de cada membro uma acomodação
ao novo arranjo, transformando o papel a
cada alteração de limites. Afinal, “nas
fases de transição onde a família é
desafiada a estruturar um novo pacto que
o estresse cresce, possibilitando o
surgimento de doenças” (Wagner e col.,
1999).
Por que conhecer esses ciclos/estágios da
família:
O conhecimento do desenvolvimento da família é útil
porque facilita a previsão e antecipa os desafios que
serão enfrentados no estágio de desenvolvimento de
uma dada família, e isso permite melhorar o
entendimento do contexto dos sintomas e das
doenças. (McWhinney, 1994; Carter e McGoldrick, 1995; Wilson e
Bader, 1996).
Permite o planejamento de ações na perspectiva de
redução de agravos, preparação para o novo,
organização familiar... De acordo com Moysés e Kriger (2008), ele pode expandir as possibilidades
de atenção em saúde centradas nas relações e papéis familiares.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Iniciando a vidaa dois
• Estabelecer um relacionamento mutuamentesatisfatório.• Aumentar a autonomia em relação à família deorigem e desenvolver novas relações familiares.• Tomar decisões sobre filhos, educação e gravidez.• Desenvolver novas amizades.
• Discutir a importância da comunicação.• Fornecer informação sobre planejamento familiar.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Famílias com filhos
pequenos
• Ajustar-se e
encorajar o
desenvolvimento da
criança.
• Estabelecer uma
vida satisfatória a
todos os
membros.
• Reorganizar a
unidade familiar de
dois para três
ou mais membros.
• Fornecer informações.
• Envolver o pai na gestação e
no parto.
• Discutir desenvolvimento
infantil, papel de pais e
relacionamento pais e filhos.
• Encorajar um tempo para o
casal.
• Discutir rivalidade entre
irmãos.
• Discutir o sentimento de
“afastamento” dos pais
perante o nascimento dos
filhos.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Famílias comcriançaspré-escolares
• Prover espaço adequado para a família que cresce.• Enfrentar os custos financeiros da vida familiar.• Assumir o papel maduro apropriado à família quecresce.• Manter uma satisfação mútua no papel deparceiros, parentes, comunidade.
• Encorajar um tempo para o casal.• Estimular o diálogo sobre educação dos filhos.• Fornecer informações sobre o desenvolvimento dascrianças.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Famílias comcrianças em idadeescolar
• Facilitar a transição da casa para a escola.• Fazer face às crescentes demandas de tempo edinheiro.• Manter uma relação de casal.
• Fornecer informações sobre o desenvolvimento decrianças em idade escolar.• Monitorar o desempenho escolar e reforçar posiçõesrealísticas sobre expectativas de desempenho.• Sugerir estratégias de manejo de tempo.• Encorajar discussões sobre sexualidade com ascrianças.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Famílias comadolescentes
• Equilibrar liberdade com responsabilidade,à medida que os adolescentes vão adquirindoindividualidade.• Estabelecer fundamentos para atividades dos paisapós a saída dos filhos.
• Estabelecer relação com o adolescente que reflitaaumento de autonomia.• Fornecer informação aos pais sobre desenvolvimentode adolescentes.• Conversar com adolescentes sobre drogas e sexo.• Discutir com o adolescente o estabelecimento derelações ao longo da vida.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Casais de meia idade • Prover conforto, saúde e bem-estar enquantocasal.• Planejar futuro financeiro.• Crescimento e significado do indivíduo e do casal.• Ser avós.
• Encorajar o casal a fazer planos para aposentadoria:atividades de lazer, finanças, moradia.• Explorar o papel de avós.• Discutir a sexualidade e os processos ligados aoenvelhecimento.
Estágio do ciclo devida da família
Tarefas a serem cumpridas
Tópicos de prevenção
Famíliasenvelhecendo
• Tópicos de moradia e de finanças.• Integridade do ego.• Saúde.• Ficar mais tempo juntos.• Enfrentando a vida sozinho.
• Discutir tópicos de saúde, planejamento a longoprazo.• Revisar a vida como ferramenta para a saúde mental.• Encorajar interesses individuais e compartilhados.• Preparar para lidar com a perda do companheiro(a).
Fonte: Wilson e Bader (1996); Oliveira e colaboradores (1999).
O modelo F.I.R.O. de Avaliação da Família
Orientações Fundamentais nas Relações Interpessoais, do original em inglês Fundamental Interpersonal RelationsOrientations (FIRO)
Quanto ao estudo das famílias,
são aplicáveis em quatro situações:
1. quando as interações na família podem ser categorizadas nas dimensões inclusão, controle e intimidade,ou seja, a família pode ser estudada quanto às suas relações de poder, comunicação e afeto;
2. quando a família sofre mudanças importantes, ou ritos de passagem, tais como descritos no ciclo de vida, e faz-se necessário criar novos padrões de inclusão, controle e intimidade;
3. quando a inclusão, o controle e a intimidade constituem uma sequênciainerente ao desenvolvimento para o manejo de mudanças da família;
4. quando as três dimensões anteriores constituem uma sequência lógica de prioridades para o tratamento: inclusão, controle e intimidade.
A inclusão diz respeito à interação dentro da família para sua vinculação e organização, ou seja, desvenda os que “estão dentro” ou os que “estão de fora” do contexto familiar apresentado.
O controle refere-se às interações do exercício
de poder dentro da família:
1. controle dominante, quando um exerce
influência sobre todos os demais,
caracterizando o controle unilateral;
2. controle reativo, quando se estabelecem
reações contrárias, ou seja, de reação a uma
influência que quer tornar-se dominante;
3. controle colaborativo, quando se estabelece a
divisão de influências entre os familiares.
A intimidade refere-se às interações
familiares correlatas às trocas
interpessoais, ao modo de compartilhar
sentimentos, tais como esperanças e
frustrações, ao desenvolvimento de
atitudes de aproximação ou de
distanciamento entre os familiares, às
vulnerabilidades e às fortalezas (Wilson e
col., 1996b; Moysés e Silveira Filho, 2002).
Modelo P.R.A.C.T.I.C.E. de avaliação da família
problem,
roles,
affect,
communication,
time in life,
illness,
coping with stress,
environment/ecology.
P – Problema apresentado (Problem)
Auxilia a equipe a compreender o significado daquele problema, muitas vezes o motivo da queixa, da autopercepção e da busca de atendimento por parte da família. Permite compreender como aquela família vê e enfrenta o problema
R – Papéis e estrutura (Roles andstructure)
O momento aprofunda aspectos do desempenho dos papéis de cada um dos membros e como eles evoluem a partir dos seus posicionamentos
A – Afeto (Affect)
O momento reconhece como se estabelecem as demonstrações de afeto entre os familiares e como essa troca afetiva pode interferir, positivamente ou negativamente,no problema apresentado
C – Comunicação (Communication)
O momento ajuda a observar como se dá a comunicação verbal e não verbal dentro da família
T – Tempo no ciclo de vida (Time in life)
O momento correlaciona o problema com as tarefas esperadas dentro do ciclo de vida a serem desempenhadas pelos membros daquela família, tentando verificar onde pode estar situada a dificuldade
I – Doenças na família, passadas e presentes (Illness in family)
O momento resgata a morbidade familiar, valoriza as atitudes e os cuidados frente às situações vividas e trabalha com a perspectiva de longitudinalidade do cuidado, contando com o suporte familiar.
Como a família lidou com as crises no passado?
Como lida com a crise presente? Quão compreensivos e coesos eles foram e são agora? Quais são as forças e os recursos da família? O papel do profissional é identificar as forças, explorar alternativas de enfrentamento, se requeridas, e intervir se a crise estiver fora do controle.
Isso incluem as redes sociais e de vizinhança, bem como questões mais estruturais, como coesão social e determinantes sociais no trabalho, na renda, no saneamento, na escolaridade dentre outros
A AÇÃO SOCIOEDUCATIVA NO FORTALECIMENTO DE
VÍNCULOS COMUNITÁRIOS E FAMILIARES
PROPÓSITOS COM FAMÍLIAS
EMPODERAMENTO;
EMANCIPAÇÃO;
AUTONOMIA;
PARTICIPAÇÃO;
PROTAGONISMO
Territorialidade, interdisciplinaridade,
subjetividade, cidadania.
DIRETRIZES DO TRABALHO
O trabalho com famílias deve partir do reconhecimento
das necessidades, inseguranças, potencialidades das
famílias atendidas. No decorrer do processo, elas
adquirem informação, desenvolvem auto-estima,
autonomia, constroem vínculos sociais e projetos
coletivos. A proposta articula a dimensão individual,
familiar, grupal e coletiva, de forma a buscar a inserção
dos beneficiários no circuito do território e da rede de
segurança social. Toda a construção da metodologia
partiu da visão do homem como sujeito de direitos que
constrói a sua história.
Diretrizes
Trabalhar com a família exige a compreensão histórica,
social, política e econômica do seu cotidiano e suas
relações sociais. Portanto, o trabalho deve fundamentar-
se numa prática multidisciplinar e politizada que
oportunize e garanta um acompanhamento efetivo da
família nos processos sociais.
A FAMÍLIA COMO GRUPO...
A identidade: o que é grupo e o que caracteriza;
Contém três elementos:
- A formalização organizativa;
- As relações com outros grupos;
- A consciência de pertencer
É conhecida a importância fundamental dos grupos na vida e
para a constituição dos sujeitos, como mediadores nas relações
sociais entre os indivíduos e a sociedade, desde a família até
os grupos de trabalhos (sindicatos, associações etc.)
Guimarães
Como o próprio nome sugere, as reuniões são situações
criadas em que se destacam dois aspectos: socio, do latim
sociu, companheiro, indicando a dimensão social, que neste
caso, particulariza-se no aspecto grupal. A instância através da
qual o trabalho se desenvolve também aponta para uma forma
de inserção e de participação social e política na vida do bairro
e da cidade (território), que expressa a dimensão
socioeducativa.
Um dos conceitos do autor interessante para esta
discussão inicial, é o de grupo enquanto “conjunto
restrito de pessoas, ligadas entre si por constantes no
tempo e espaço, e articuladas por sua mútua
representação interna, que se propõe, de forma explicita
ou implícita uma tarefa que constitui sua finalidade”.
(RIVIÈRE, 1988: 177);
Tomemos as idéias de Baró a respeito do que ele
denomina de grupo humano “como aquela estrutura de
vínculos e de relações entre pessoas que canaliza em
cada circunstância suas necessidades individuais e/ou
interesses coletivos” (BARÓ, l989: 206).
A questão do contrato e das regras
do grupo
Necessidade de contrato entre seus membros –
contratar significa combinar, ajustar aspectos,
condições/formas de participação e fixar direitos
e deveres dos envolvidos como:funcionamento,
periodicidade e duração das atividades,
participação e permanência, sigilo das
informações, etc.
Definição de papéis
O papel do coordenador do grupo familiar ou várias famílias...
A comunicação na construção da identidade desse grupo familiar...
Elementos que ocorrem durante as falas
dos participantes
Expressões fisionômicas, posturas e movimentos
corporais, silêncios ou excesso de verbalização –
podem representar e explicitar – tensão, desinteresse,
preocupações.
A relação Liderança – Poder na condução de atividades com
famílias...
Liderança e poder
O poder está ligado à maneira como se forma aliderança no grupo;
Desenvolver a liderança democrática pararomper com lideranças autocráticas, laissez-faire;
As reuniões do grupo socioeducativo
Preparo dos encontros dos grupos;
O grupo socioeducativo deve considerar o resultado a ser atingido naquele encontro, naquela reunião ou ao longo das reuniões;
Então qual a direção para as atividades?????? Autonomia, cidadania, fortalecimento de afetividade.....
Busca-se a ampliação das questões vividassubjetivamente para uma reflexão quepermita ao participante e aos demaisencontros novos significados para asituação vivida, contextualizando-a dentrode uma dimensão mais ampla social,política e cultural..;
Cada membro encontra no grupo umareferência afetivo-emocional para as suasquestões e sofrimentos;
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Site visitado:
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaoespecial/mediacomplexidade