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METODOLOGIA PARA CAPACITAÇÃO EM INOVAÇÃO COM SUSTENTABILIDADE VÁLDESON AMARO LIMA Universidade Federal de Rondônia - UNIR [email protected] FLÁVIO DE SÃO PEDRO FILHO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA [email protected] CARLOS ANDRÉ DA SILVA MULLER Universidade Federal de Rondônia [email protected]

METODOLOGIA PARA CAPACITAÇÃO EM INOVAÇÃO - … · Para o SEBRAE (2011) a gestão do processo de inovação é um grande desafio para as empresas e as que a dominam tendem a apresentar

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METODOLOGIA PARA CAPACITAÇÃO EM INOVAÇÃOCOM SUSTENTABILIDADE

 

 

VÁLDESON AMARO LIMAUniversidade Federal de Rondônia - [email protected] FLÁVIO DE SÃO PEDRO FILHOFUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔ[email protected] CARLOS ANDRÉ DA SILVA MULLERUniversidade Federal de Rondô[email protected] 

 

METODOLOGIA PARA CAPACITAÇÃO EM INOVAÇÃO COM SUSTENTABILIDADE

Resumo Este estudo trata sobre metodologia para a capacitação em inovação com sustentabilidade. É uma pesquisa qualitativa de natureza descritivo-analítica, mediante o Método da Análise de Conteúdo e procedimentos requeridos, tendo suporte de Grupo de Foco. Como resultados, ingressam em tópicos proficientes, a importância do diagnóstico como etapa inicial do processo de intervenção estratégica para a inovação com sustentabilidade e os elementos requeridos para essa intervenção. E uma metodologia operacional é construída para ser aplicada em cenários criteriosamente elaborados para isso. A aplicação de capacitação para a criatividade e inovação leva em consideração os atributos ambientais, socioculturais e econômicos envolvidos; e as etapas idealizadas enfatizam o envolvimento dos atores participantes do processo. A conclusão aponta a necessidade do envolvimento do Amazônida, e dos empreendedores locais em especial, na via de capacitação voltada para a criatividade e para geração de idealizadores pró-inovação com sustentabilidade. A providência de programas e políticas focadas da estratégia envolvendo os atores sociais amazônicos fará emergir benefícios múltiplos aos Povos da Floresta, enquanto ingressaria os fatores considerados nesta tarefa por meio de metodologias compatíveis. Esta tarefa é uma contribuição da academia aos gestores e demais interessados em estratégia para a criatividade e inovação. Palavras–Chaves: Amazônia. Inovação. Gestão. Sustentabilidade.

METHODOLOGY FOR CAPACITY BUILDING IN INNOVATION WITH SUSTAINABILITY

ABSTRACT This essay focuses on methodology for capacity building in innovation with sustainability. It is a qualitative research of descriptive-analytical nature, by the Method of Content Analysis and required procedures with support from Focus Group. As results, get in proficient topics, the importance of diagnosis as the initial step in the process of strategic intervention for innovation with sustainability and the required elements for that intervention. And an operational methodology is built to be applied in scenarios care full y prepared for this. The application of capacity building for creativity and innovation takes into account the environmental, sociocultural and economic attributes involved; and the idealized steps emphasize the involvement of actors involved in the process. The conclusion points to the need for the involvement of the Amazon, and especially the local entrepreneurs, geared towards training focused on creativity and idealizers generation pro-innovation with sustainability. The providence of programs and policies focused on strategy involving the Amazonia social actors will emerge multiple benefits to Forest People, while would enter the factors considered in this task by compatible methodologies. This work is a contribution of the academy to managers and any others interested in strategy for creativity and innovation. Key-Words: Amazon. Innovation. Management. Sustainability.

1 INTRODUÇÃO A inovação e a sustentabilidade têm sido a pauta dos gestores nas organizações

movidas pela responsabilidade social neste milênio. Entretanto se verifica que os estudos e as publicações oriundas da academia não atendem às requisições sobre metodologias que induzam procedimentos neste foco. O discurso pela inovação se volta para a inteligência competitiva, enquanto os relativos à sustentabilidade enfatizam medidas protetivas ao meio ambiente. Esta relação ambígua enseja a elaboração de metodologias para prover a operacionalidade de ações cognitivas da forma de como inovar com sustentabilidade, e a criatividade é o foco desta abordagem.

Esta tarefa traz como objetivo geral criar instrumental metodológico para capacitação em inovação e sustentabilidade na municipalidade de Porto Velho, Estado de Rondônia, Brasil. Para tanto, se estabelece como objetivos específicos efetuar estudo estratégico para a intervenção junto aos empresários mediante a sensibilização em criatividade/inovação com foco na sustentabilidade (1), construir uma metodologia capaz de alcançar os envolvidos nos processos de inovação com sustentabilidade (2), e elaborar idealizadores para a implantação dos procedimentos metodológicos propostos (3). 2 REVISÃO TEÓRICA E CONCEITUAL

Este estudo tem por base a Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter,

tratada em Moricochi & Gonçalves (1994) e em Vian (2007). Para estes autores, o desenvolvimento econômico estaria atrelado a novas combinações de recursos produtivos. Levantamento bibliográfico indica que a referida teoria traz a inovação como uma força motriz do sistema capitalista, a partir da implementação de novas técnicas, modernização da gestão produtiva de bens e serviços, com significativa melhoria na formatação organizacional e dos negócios. Portanto, a inovação é um fenômeno endógeno naquele sistema, fator heteronômico da destruição criativa, agente impulsionador das mudanças requeridas e propulsor da evolução plena das organizações. Mas os conceitos fundamentais de inovação são variantes de enfoques aplicativos concebidos desde Schumpeter (1911), com a destruição criativa, seguindo por Porter (1998) com a moderna configuração estratégica, até as avançadas abordagens propostas em Prahalad & Hamel (2005), Tidd, Bessant & Pavitt (2008), dentre outros.

2.1 Elementos conceituais sobre estratégia para sensibilização em criatividade e inovação

Esta tarefa procura tratar da estratégia cognitiva para alcançar a inovação. Considera-se a necessidade de intervenção mediante a sensibilização para a criatividade, como um recurso apriorístico para a inovação. Ingressa aqui a abordagem do atrito criativo tratada em Leonard & Swap (2003); tem como contexto a geração e mobilização inteligentes, que são válidos para o desenvolvimento de aptidões direcionadas à capacitação em inovação com foco na sustentabilidade. Como procedimento metodológico, o atrito criativo poderá ser considerado na implementação de indutores pró-inovação, mediante a ruptura dos modelos mentais dos atores envolvidos.

Conceitualmente, a literatura indica que o procedimento do atrito criativo se inicia pela divergência entre os atores reunidos em cenário. Ali se produz ideias criativas e aplicáveis ao processo de inovação. Estudo em Leonard & Swap (2003) permite afirmar que a inovação em uma organização requer o domínio de questões técnicas, financeiras e de mercado. Assim, através de suas lideranças, a organização poderá ser inovada envolvendo as

pessoas com suas ideias divergentes, seus conhecimentos intrínsecos individuais, em cenário que favoreça a discussão, a reelaboração destas ideias criativas, a convergência, maturação e teste de resultados. Seja esta a via adequada para o ponto ótimo do atrito criativo.

A mescla intercultural na Amazônia também revelará um ponto significativo para a inovação com sustentabilidade mediante o atrito criativo em Leonard & Swap (2003). Isso em decorrência da troca de informação modificada pelo saber tradicional, enquanto multiplica as possibilidades e, por conseqüência, o valor do atributo ou objeto resultante da capacidade inovativa do sujeito no cenário adequadamente construído. É como vem sendo tratado também Correio et al. (2013), quando se refere ao efeito da aquisição de novas informações, adicionadas à transformação tecnológica posterior, adicionada à melhoria contínua dos processos, produtos ou negócios. Seria, então, um conjunto de características organizacionais que facilita e apóia as estratégias de inovação, tornando executável o processo de gestão da inovação e contribuindo para o alcance de resultados prescritivos.

A sensibilização ocorre, portanto, pela provocação do confronto sobre a maneira como são conduzidos os negócios da organização, seus processos produtivos e capacidade tecnológica, sobre fatores da região que influenciam no setor e no mercado de atuação e sobre a oferta de produtos e serviços adequados à demanda local, conforme visto em Silva (2003).

2.2 Conceitos sobre metodologia em processos de inovação com sustentabilidade

Inobstante o caráter estratégico da inovação para o sucesso dos negócios, aplicar procedimentos pró-innovation envolve complexidades de difícil gerenciamento. Entretanto, para o SEBRAE (2011) diferentes estudos levam à conclusão de que o processo de inovação conta com uma dimensão física, como estruturas organizacionais que favoreçam a inovação, e uma dimensão intangível, relacionada a comportamentos, liberdade de comunicação, cultura de aceitação de riscos, e também a prática de técnicas de criatividade. Vários desses estudos vêm sendo tratados em Pacheco et al. (2013), com etapas fundamentais que podem ser consideradas no processo de gestão da inovação, conforme se demonstra no Quadro 1 que segue.

Quadro 1: Etapas do processo de gestão da inovação

Etapa

Descritiva

Análise do ambiente Prospecção de oportunidades de inovação, assim como o estímulo à contribuição interna da organização para novas ideias formalizando um ambiente propício a inovação.

Definição de objetivos e metas Elaboração do planejamento estratégico de inovação ligando as estratégias tecnológicas e de inovação da empresa à seleção das oportunidades ou ideias de inovação coerentes.

Implementação dos projetos definidos Execução das atividades de inovação para as oportunidades selecionadas, considerando os possíveis impactos sociais e ambientais decorrentes destes processos.

Avaliação do desempenho Apuração dos resultados da inovação para fornecer feedback aos gestores dos projetos de inovação de maneira a reter o conhecimento e criar base de boas práticas para a empresa.

Fonte: Adaptado de Pacheco et al. (2013).

Depreende-se, portanto, que gerir a inovação envolve além do processo intrínseco, demandando conceitos de planejamento estratégico, imperativo de metas, formação de equipes específicas, e mobilização lideranças que conduzam os procedimentos requeridos para a inovação. E logo a avaliação contínua de desempenho, de modo a prover os gestores e seus colaboradores dos conhecimentos essenciais na dinâmica do aprendizado sobre o novo. Nesta linha segue a Figura 1, adaptando o modelo proposto por Reis et al. (2009), com raras variações.

Figura 1: Processo de Gestão da Inovação

Fonte: Adaptado de Reis et al. (2009).

Para o SEBRAE (2011) a gestão do processo de inovação é um grande desafio para as empresas e as que a dominam tendem a apresentar os melhores resultados de inovação e são consideradas as empresas mais inovadoras. Neste contexto e pelo modelo apresentado, a definição dos métodos de aprendizagem a serem utilizados para o melhor aproveitamento do conhecimento dos atores em cada etapa do processo é o principal ponto, dada sua ligação multifacetada com todas as etapas e sua importância para a concepção de inovações válidas a partir do desenvolvimento intelectual dos atores.

Para uma metodologia dos processos de inovação com foco na sustentabilidade são trazidas por Barbieri et al. (2010) quatro questões que as organizações devem formular durante o desenvolvimento de seus processos de inovação a fim de garantir que eles incorporem questões relativas a sustentabilidade. Essas questões estão abordadas no Quadro 2 a seguir.

Quadro 2: Questões da metodologia de inovação com sustentabilidade

Indicação dos elementos

Descritiva

1. A sustentabilidade como parte do processo criativo

A inovação com sustentabilidade envolve os preceitos do triple bottom line e requer atendidas: a flexibilidade entre ecológico e econômico, o equilíbrio entre econômico e social, e a tolerância entre o ecológico e o social, de forma satisfatória.

2. Sustentabilidade como parte do processo de desenvolvimento.

A sustentabilidade deverá ser adequadamente interpretada para gerar os passos de um processo de intervenção enquanto orienta a forma de indução para a criatividade e inovação na fase de implementação dos processos idealizados.

3. A visão externa incorporada ao processo criativo

A responsabilidade social fundamenta atitude dos envolvidos nos processos de inovação, de modo a encontrar da plenitude dos fatores intervenientes os apontamentos que induzem a transformação requerida para benefícios múltiplos.

4. Aumento do valor do capital intelectual na organização

O conceito de inovação com sustentabilidade requer seleção dos procedimentos adequados de modo a garantir o equilíbrio dos fatores intervenientes nas organizações e no seu entorno, favorecendo o desenvolvimento intelectual dos envolvidos.

Fonte: Adaptado de Barbieri et al. (2010).

Assim, para que ocorra a inovação com foco na sustentabilidade, ou para que se tenha uma organização inovadora sustentável, faz-se necessário que o envolvimento dos atores nos processos de inovação e os produtos resultantes destes, atendam aos preceitos do triple bottom line da sustentabilidade em suas múltiplas dimensões e em bases sistemáticas para que se colham resultados positivos para a organização, para a sociedade e para o meio ambiente.

2.3 Conceitos quanto a idealizadores

Esta tarefa se baseia na Teoria Comportamental da Administração tratada em Chiavenato (2004) e Agostinho (2003). Outra não poderia ser, uma vez que a construção de idealizadores metodológicos para a capacitação em inovação com sustentabilidade deve adotar atitude de pessoas e a criatividade destas que se transformará em fator de inovação. Haverá envolvimento do individuo e grupos organizacionais, executores de ordens e os tomadores de decisão, todos em conjunto exercitando seus julgamentos como recomendado pelos autores ora referidos. A ideia central da referida Teoria se baseia no conceito de homo social em oposição ao homo economicus, tendo em vista que para tais pensadores o homem tem necessidades superiores à recompensa exclusivamente econômica. A abordagem dessa Teoria permite aos pesquisadores conhecer a superioridade do grupo informal na produtividade em relação ao grupo formal. Segundo Vasconcelos (2002) os grupos informais é a reunião de indivíduos que se comunicam direta e frequentemente entre si, caracterizando o homo social como idealizador dos processos de inovação sustentáveis. Surgem inicialmente sem preocupação individual visando apenas a maximização da capacidade inovativa organizacional ou comunitária, com significativo ganho socioambiental decorrente desta capacidade.

O trabalho de ideação carece de incentivos psicossociais direcionados à motivação para que satisfaça o trabalhador, mobilizando esforços estratégicos de inovação desenhados pela organização, como tratado em Moraes, Sant'anna e Kilimnik (2005). Segundo estes autores, o estado psicológico é determinante da motivação e da satisfação no exercício de tarefas. O trabalhador passa a agir de acordo com a direção determinada pela organização em razão da significância percebida por ele como valiosa e significativa de acordo a uma escala de valores. É da responsabilidade percebida pelo trabalhador em relação a seu trabalho, e do grau compromisso profissional que este indivíduo produz resultados. E é do conhecimento destes resultados laborais que o indivíduo entende o seu desempenho efetivo com a tarefa que realiza.

O processo de construção de idealizadores se apóia ainda na Maestria Pessoal em Senge et al. (2000). Refere-se à capacidade de domínio das tecnologias aplicadas na produção de resultados. Estes idealizadores seriam resultantes da capacidade dos atores de entender e trabalhar com o meio a sua volta. Nesse processo, além do conhecimento do meio em que se está inserido torna-se importantíssimo também o auto-conhecimento como forma de canalizar energia, conhecimento e disposição para os resultados de inovação esperados. 3 METODOLOGIA DO PREPARO

Este trabalho é elaborado seguindo recomendações em Creswell (2006), no formato de

pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa de natureza descritivo-analítica. O preparo requereu procedimentos comuns ao Método da Análise de Conteúdo tratado em Campos (2004), com suporte de Grupo de Foco.

3.1 A Questão do Método Conforme Moraes (1999), a análise de conteúdo constitui uma metodologia de

pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, ajuda a reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que vai além de uma leitura comum.

Ainda que diferentes autores proponham diversificadas descrições do processo da análise de conteúdo, neste trabalho será concebida no formato de cinco etapas como demonstradas no Quadro 3 que segue.

Quadro 3: Descritiva das etapas do Método de Análise de Conteúdo

Etapa

Descritiva

Preparação Consiste no preparo das informações a serem analisadas identificando suas amostras e iniciando o processo de codificação.

Unitarização Trata da separação das informações por unidade de análise, a fim de facilitar o processo de codificação.

Categorização Consiste no agrupamento dos dados considerando a parte comum existente entre eles, formando categorias de análise.

Descrição Esta fase consiste na comunicação do resultado do trabalho até então analisado dentro de cada categoria de análise.

Interpretação Consiste numa análise mais aprofundada do conteúdo das mensagens onde são feitas inferências sobre o objeto de estudo.

Fonte: Adaptado de Moraes (1999).

3.2 Quanto aos procedimentos

Os procedimentos adotados nesta tarefa seguem no rito orientado desde as teorias levantadas em busca bibliográfica efetuada. Foi considerada a formação de um Grupo de Foco de modo a possibilitar discussão inteligente, útil na elaboração de idealizadores e de constructos fundamentais, conforme se verifica no Quadro 4 a seguir.

Quadro 4: Descritiva dos procedimentos metodológicos utilizados

Procedimentos

Descrição

Levantamento bibliográfico Realizado pela busca de textos em livros e artigos; coleta de publicações em sites, jornais e revistas eletrônicas; seleção de temas específicos.

Descrição dos objetos criterizados Apresentação dos conceitos e teorias acerca dos objetos estudados considerando a necessidade da inovação com sustentabilidade e o envolvimento dos atores.

Construção do Grupo de Foco Formação criteriosa de Grupo de Foco para aplicação de questionário visando contribuir para o levantamento de elementos válidos ao processo de capacitação em inovação.

Aplicação de questionário Captura de elementos junto ao Grupo de Foco por meio de questionário em plataforma web distribuído por intermédio do site www.surveymonkey.com.

Análise dos resultados Recebimento das respostas dos atores formadores do Grupo de Foco, tabulação dos respectivos dados, graficação e análise das respostas coletadas.

Elaboração do relatório Interpretação crítica dos resultados com inferências, conclusões e indicação de metodologia a ser empregada para a capacitação em inovação com sustentabilidade.

Fonte: Elaboração dos autores.

3.3 Do Grupo de Foco Nesta tarefa o Grupo de Foco está caracterizado por um número de 15 indivíduos

previamente selecionados entre os atores comprometidos com o objeto em estudo. Na seleção ingressaram quinze empresários que exploram atividade econômica no município de Porto Velho, Capital do Estado de Rondônia, na Região Amazônica Brasileira, mais especificamente na Mesorregião Madeira-Guaporé. Neste cenário se encontram reservas de proteção ambiental, o que caracteriza a dicotomia entre desenvolvimento e preservação. Por conseguinte é aqui o espaço propício na o diagnóstico envolvendo a capacitação em inovação com sustentabilidade.

4 INSTRUMENTAL METODOLÓGICO PARA CAPACITAÇÃO EM INO VAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA MUNICIPALIDADE DE PORTO VELHO

A aplicação do questionário, em conformidade da metodologia explicada no tópico

anterior, resultou na Tabela 1, com os escores dos respondentes sobre afirmativas relacionadas ao objeto da pesquisa. O confronto do Grupo de Foco com algumas questões referentes à inovação com sustentabilidade trouxe para a discussão elementos de reflexão acerca da maneira como são conduzidos os processos de negócios na Amazônia, deixando claros os caminhos a serem seguidos para a construção de uma metodologia para capacitação em inovação com sustentabilidade, objetivo deste estudo.

O pronunciamento do Grupo de Foco ensejou a Tabela 1 a seguir, com os dados provenientes da consulta aplicada. Ali constam questionamentos por ordem numérica de 1 a 10, com as afirmativas padronizadas, de conformidade ao crivo teórico levantado, bem como os respectivos escores-padrão estabelecidos como CT (Concordo totalmente), CP (Concordo parcialmente), I (Indiferente), DP (Discordo parcialmente), e DT (Discordo totalmente); o total se refere à representatividade dos respondentes.

Tabela 1: Dados da consulta ao Grupo de Foco

Ordem Questionamentos Afirmativas de Resposta

Total CT* CP* I* DP* DT*

1 Os processos produtivos da minha empresa são conduzidos de maneira sustentável. 0 7 0 3 5 15

2 Conheço e analiso as variáveis internas e externas que impactam no negócio e os fatores socioambientais. 0 8 0 5 2 15

3 Tenho conhecimento dos conceitos de sustentabilidade. 1 10 0 4 0 15

4 Conheço e respeito os diferentes níveis culturais presentes na organização. 0 11 0 4 0 15

5 Os diferentes níveis culturais e vivências anteriores dos colaboradores são importantes para inovação. 4 7 1 2 1 15

6 Desenvolvo programas socioculturais na empresa e na comunidade. 0 2 1 6 6 15

7 Meus principais clientes estão no entorno da minha empresa ou na comunidade onde ela se localizada. 5 6 1 3 0 15

8 Meus colaboradores são pessoas da própria localidade onde está implantada a empresa. 7 2 1 5 0 15

9 Conheço os resíduos gerados pela minha atividade econômica. 1 9 0 3 2 15

10 Desenvolvo programa de tratamento de resíduos ou reaproveitamento como processo de inovação. 0 4 0 2 9 15

*CT (Concordo Totalmente); CP (Concordo Parcialmente); I (Indiferente); DP (Discordo Parcialmente); DT (Discordo Totalmente). Fonte: Consulta ao Grupo de Foco.

Consulta sobre condução sustentável dos processos produtivos (Quesito 1), se obtém dos respondentes o peso significativo para a parcialidade na concordância, entretanto peso significativo segue pela discordância total; entretanto nenhum dos respondentes se posicionou pela total concordância ou pela indiferença; a clivagem revela atenção dos atores sociais para com a abordagem da sustentabilidade, e também a consciência quanto ao significado dos procedimentos afins, supondo a necessidade de melhoria da forma de condução juntos aos empreendimentos aos quais os respondentes se afiliam. O peso nulo para a concordância total indica a necessidade de sensibilização dos atores para com a inovação sustentável. Questionados os atores sociais sobre as variáveis e os fatores socioambientais que impactam no negócio (Quesito 2), os respondentes concordam parcialmente, e é possível reafirmar a necessidade de sensibilização dos respondentes em face da nulidade quanto a concordância total.

Foi questionado o respondente sobre conhecimento voltado para os conceitos de sustentabilidade (Quesito 3), conceitos quanto aos diferentes níveis culturais na organização em que atua (Quesito 4) e sobre conhecimento sobre geração de resíduos nestas organizações aonde atuam (Quesito 9); relativa a sustentabilidade apenas um respondente se pronuncia que possui total conhecimento e a maioria afirma conhecer parcialmente. Em relação aos diferentes níveis culturais a maioria significativa conhece parcialmente o seu conhecimento sobre esta abordagem; nenhum indica desconhecer tais níveis; no ponto de vista dos fatos é possível afirmar clareza quanto ao conhecimento necessário de elementos significativos para a sustentabilidade; tanto que no Quesito 5 os respondentes reafirmam a importância deste conhecimento para a inovação com sustentabilidade.

Consultados sobre a existência de programas estimulantes do conhecimento os fatores socioculturais consideradas para a sustentabilidade no empreendimento do qual participa (Quesito 6), os respondentes afirmam a importância destes, mas indicam a inexistência de qualquer intervenção do tipo na sua organização; e sobre programas para o reaproveitamento dos resíduos (Quesito 10), a maioria aqui se pronuncia pela inexistência de qualquer iniciativa desta ordem. E sobre o conhecimento do mercado onde está situado o empreendimento (Quesito7), a consulta indica que dominam tal abordagem; entretanto quanto aproveitamento do capital humano local (Quesito 8), a maioria afirma positivamente à admissão dos residentes no entorno do empreendimento; inobstante, vale ressaltar uma assimetria aqui, pois a contratação de residente situado no mesmo local do empreendimento vem sendo uma forma de redução de custo com vale transporte, na forma da norma brasileira, e também da importância motivacional em face do espírito de corpo requerido pela gestão.

4.1 Estudo estratégico para a intervenção

Neste compartimento ingressa o resultado para o primeiro objetivo específico. O conteúdo está amparado pelos fatores teóricos e conceituais considerados como elementos de validação. De fato, o diagnóstico será o primeiro passo para conhecimento do cenário da intervenção requerida, onde estão situados os atores e as complexidades que caracterizam a organização, como demonstrado na Figura 2 e Quadro 5 que seguem.

Figura 2: Diagrama do diagnóstico para a intervenção

Fonte: Pedro Filho (2014).

Quadro 5: Descritiva dos elementos do diagnóstico para a intervenção

Elementos

Descritiva

Direcionamento top down

Orientação estratégica das lideranças da organização quanto aos objetivos de inovação e desenvolvimento socioambiental e econômico esperados.

Gestão do conhecimento bottom up

Manifestação do capital intelectual interno da organização com apresentação de ideias divergentes válidas e expressão da cultura e do saber local.

Ponto de equilíbrio da relação sustentabilidade e inovação

Linha mestra entre as perspectivas top down e bottom up determinando o equilíbrio existente entre as duas correntes aplicadas a inovação com sustentabilidade.

Espaço operacional para o diagnóstico Área de ação e/ou intervenção indicada pelo ponto de equilíbrio e onde se devem concentrar os esforços para a realização de diagnóstico a partir das teorias analisadas.

Fonte: Elaboração dos autores.

O diagnóstico deve ser realizado pela perspectiva de uma intervenção no ponto de convergência entre os fatores relacionados à gestão do conhecimento interno pró-inovação, com o tratamento das ideias divergentes a partir de um direcionamento para a destruição criativa envolvendo os principais pontos relacionados à responsabilidade socioambiental do negócio. Esse diagnóstico e a consequente intervenção são concebidos e executados embasados nas teorias ali mencionadas.

Ainda pelo viés da intervenção estratégica embasada no Atrito Criativo e nos requisitos que essa teoria apresenta, procurou-se trabalhar com assertivas vinculantes, como se observa no Gráfico 1 que segue. Ali temos o conteúdo referente aos requisitos propostos por Leonard & Swap (2003), válidos para a inovação com sustentabilidade.

Gráfico 1: Domínio dos requisitos técnicos e de mercado

Fonte: Consulta ao grupo de foco

A análise do gráfico supra se embasa também em alguns dos determinantes apresentados por Silva (2003). A sobreposição dos resultados mostra que não existe assimetria entre os respondentes, dadas as disparidades evidenciadas, ficando a pequena área de convergência mais para a parcialidade do domínio dos elementos levantados e demonstrando, portanto, a necessidade de intervenção estratégica focalizando estes determinantes. De encontro, às respostas ao Quesito 1 pressupõem alguma capacidade tecnológica de gestão produtiva sustentável e a importância da mesma para os atores, porém o Gráfico 2 mostra que não existem ações práticas no sentido da implementação de inovações aplicadas para se estabelecer processos produtivos ecologicamente corretos, cabendo intervenção.

Gráfico 2: Capacidade tecnológica para a sustentabilidade

Fonte: Consulta ao Grupo de Foco.

O Gráfico 3 permite uma análise da importância dos diferentes níveis culturais da localidade para o grupo de foco, em que se evidencia a tendência a contratação de mão-de-obra local porém sem que exista uma preocupação em conhecer os níveis culturais ali

existentes convergindo a sobreposição para a parcialidade quanto a importância do aproveitamento da cultura local. Essa realidade implica dizer que falta maestria pessoal, conforme teoria levantada neste estudo, uma vez que os atores não têm condições de trabalhar a realidade a sua volta.

Gráfico 3: Aproveitamento da cultura local

Fonte: Consulta ao grupo de foco

Corroborando com o gráfico anterior, o Gráfico 4 deixa claro a ineficiência do Grupo de Foco em reconhecer e aplicar metodologia para o envolvimento dos atores no processo de inovação aproveitando seus variados níveis culturais e o capital intelectual existente a partir dos conhecimentos e saberes regionais, apesar de reconhecer a importância dessa diversidade para os processos de inovação.

Gráfico 4: Envolvimento dos atores no processo de inovação com sustentabilidade

Fonte: Consulta ao grupo de foco

A partir da tabulação das respostas do Grupo de Foco apresentada, depreende-se que uma metodologia para capacitação em inovação com sustentabilidade deverá considerar demasiado empenho no aproveitamento dos conhecimentos e saberes regionais internalizados,

considerando a importância dos conhecimentos tácitos para o processo de inovação, e na divergência de ideias sobre os processos produtivos empregados a fim de provocar a reflexão sobre seus impactos socioambientais e estabelecer constructos favoráveis ao equilíbrio necessário à sustentabilidade, como demonstrado no Quadro 6 adiante.

Quadro 6: Descritiva dos elementos requeridos para a intervenção estratégica Elementos

Descritiva

Requisitos técnicos e de mercado

Conhecimento do mercado de atuação e das variáveis internas e externas que exercem influência sobre as atividades produtivas da empresa.

Capacidade tecnológica

Domínio e aplicação de tecnologia apropriada para o desenvolvimento de processos produtivos minimizadores dos impactos socioambientais.

Regionalidade

Conhecimento dos costumes, cultura e valores dos povos locais e aproveitamento dessa sabedoria para o desenvolvimento de técnicas sustentáveis inovadoras.

Envolvimento dos atores

Implementação de política de envolvimento dos atores nos processos de inovação com sustentabilidade, tornando-os parte e agentes ativos da mudança.

Fonte: Elaboração dos autores.

4.2 Construção da metodologia de inovação com sustentabilidade

Considerando o já exposto, o atrito criativo como metodologia impulsionadora da capacitação para a inovação necessita de uma metodologia em criatividade e inovação com foco em sustentabilidade a partir da realização de diagnóstico que mensure o nível de conhecimento e envolvimento com o processo de inovação sustentável. À perspectiva de inovação com sustentabilidade carece do envolvimento dos atores sociais com os atributos do meio em que a organização está inserida, portanto a concepção de inovação com sustentabilidade a partir do diagnóstico pró-inovação não pode deixar de considerá-los em sua análise, pois comprometeria o resultado final esperado, quais sejam processos, produtos e negócios inovadores e de forma sustentável. Esse esquema é apresentado na Figura 3 que segue.

Figura 3: Diagrama do diagnóstico para a perspectiva de inovação com sustentabilidade

Fonte: Pedro Filho (2014).

Teoria Comportamental da Administração

Ambiental Sociocultural Econômico

Diagnóstico pró-inovação

Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter

Perspectiva de Inovação com

Sustentabilidade

A proposta apresentada considera a necessidade de intervenção a partir de um diagnóstico elaborado do paralelo entre a realidade local atual da comunidade e/ou organização e a ideal visualizada pelos atores envolvidos, em uma relação direta de proporcionalidade onde quanto maior o conhecimento da realidade local pelos indivíduos, maior será seu potencial de idealização, dado que, segundo Alencar (1998), quanto mais significativo o conhecimento e experiências, maiores serão as chances de se produzirem ideias que sejam inovadoras e de valor.

As questões levantadas buscam uma reflexão sobre a atuação da organização frente a fatores do ambiente externo e seus processos internos como meio para desenvolver uma maior conscientização sobre as formas como vem atuando e, por meio do atrito criativo, pensar estrategicamente novos meios de ação considerando a necessidade de inovar de maneira sustentável, analisando os atributos econômicos, sociais e ambientais ligados à organização.

A intervenção estratégica a partir do diagnóstico realizado requer a aplicação de metodologia para a inovação com sustentabilidade com base no Atrito Criativo, como tratada na teoria apresentada e demonstrada na Figura 4 que segue. Por esse modelo, o ambiente organizacional funciona como campo de aprendizagem sociocultural, ambiental e econômico, onde são discutidas e reelaboradas as ideias a partir do pensamento convergente proveniente do Atrito Criativo. Esse campo de aprendizagem leva a seleção das ideias mais adequadas para atenderem as estratégias da organização e encaminhado-as para um estágio de maturação que permitirá a realização de testes para aferição de resultados.

Figura 4: Aplicação da metodologia de inovação com sustentabilidade

Pensamento Divergente Fonte: Elaboração dos autores.

4.3 Elaboração de idealizadores A construção de idealizadores ao processo de inovação com sustentabilidade considerando as teorias adotadas como bases deste estudo, parte do pressuposto da necessidade de um olhar criterioso sobre a forma como são tratados os negócios na Amazônia e o impacto desse tratamento para a sustentabilidade dos processos de inovação e os resultados oriundos destes, como se mostra na Figura 5 que segue.

Pensamento Convergente

Intervenção pelo Atrito Criativo

Pensamento Divergente

Ambiente de Aprendizagem Organizacional

Ambiente de Aprendizagem Organizacional

Teste de Resultados

Maturação

Seleção de ideias

Figura 5: Diagrama dos elementos intervenientes no processo de construção de idealizadores

Fonte: Pedro Filho (2014)

Por essa perspectiva os idealizadores devem ser reflexos da análise crítica lançada sobre os produtos, processos e negócios das organizações visando à inovação com sustentabilidade nestas dimensões à luz da Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter e suas contribuições para a consolidação de um ideal de inovação com vistas a atender as demandas do mercado e, portanto, propulsora de desenvolvimento socioeconômico; da Teoria Comportamental da Administração e a necessidade de envolvimento dos atores no processo de inovação com sustentabilidade, sem perder de vista os pressupostos da Maestria Pessoal de Senge et al. (2000), importantes para a construção de ideais a partir do conhecimento regionalizado; e a Teoria do Atrito Criativo de Leonard & Swap (2003) como metodologia para a construção de instrumento de sensibilização e diagnóstico. Pelo exposto, têm-se como idealizadores de capacitação em inovação com sustentabilidade quatro momentos ou etapas, conforme Quadro 7.

Quadro 7: Etapas idealizadas da capacitação para a inovação com sustentabilidade

Etapa

Descritiva

Diagnóstico de envolvimento dos atores Análise inicial do grau de envolvimento dos atores com cada processo da organização e sob uma perspectiva sustentável, permitindo um mapeamento das influências exercidas por cada ator no arranjo institucional da organização.

Sensibilização dos atores Despertar crítico dos atores através de estudo da realidade local e do mercado, conscientizando-os da importância da inovação com sustentabilidade para as empresas inseridas no contexto amazônico.

Rodadas de discussão Encontros orientados seguindo as técnicas de brainstorming onde os atores deverão ser confrontados sobre a forma como trabalham e exprimidos a idealizarem novos métodos de processos, produtos e negócios sustentáveis a serem implantados.

Definição das ações Elaboração de planos de ação a serem desenvolvidos para a implantação das ideias de inovação surgidas nas rodadas de discussão, designando os responsáveis por cada ação e estabelecendo indicadores de avaliação.

Fonte: Elaboração dos autores.

5 CONCLUSÕES As análises dos resultados oriundos do Grupo de Foco mostram a existência de

necessidades explícitas a serem superadas quando se avalia o envolvimento e a capacidade de ação nas empresas amazônicas. O pretendido é o desenvolvimento e implementação de tecnologias produtivas que atendam de forma validada os princípios da sustentabilidade. Essa constatação reforça a proposta aqui apresentada de uma metodologia de capacitação em inovação, pois será capaz de envolver os atores sociais de forma direta nos processos de inovação. O fato ensejará a formação de agentes de mudança na idealização e implantação de ações sustentáveis que tragam resultados ótimos para as organizações. Outrossim, este estudo vem reforçar a importância do envolvimento das pessoas nos processos organizacionais. Visam mais adiante o ambiente favorável à inovação, por um despertar para o conhecimento tácito dos atores sociais amazônicos. E assim ocorrerá valorização da gestão nos processos de inovação com sustentabilidade na Amazônia. REFERÊNCIAS AGOSTINHO, Marcia Cristina Esteves. Administração Complexa: revendo as bases científicas da administração. RAE-eletrônica, v. 2, n. 1, Jan-Jun. 2003. ALENCAR, Eunice M. L. Soriano. Promovendo um ambiente favorável a criatividade das organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 18-25, Abr./Jun. 1998. BARBIERI, José Carlos; VASCONCELOS, Isabella Freitas Gouveia de; ANDREASSI, Tales; VASCONCELOS, Flávio Carvalho de. Inovação e Sustentabilidade: Novos Modelos e Proposições. RAE. São Paulo: v. 50 n. 2, abr./jun. 2010, 146-154. CAMPOS, José Gomes Claudinei. Método de Análise de Conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília: set/out. 2004, 57(5):611-4. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Edição compacta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CORREIO, Menno Rutger Weersma; et al. Capacidade Inovativa: um estudo com empresas da indústria de vestuário do Ceará. Gestão Contemporânea, Porto Alegre, ano 10, n. 14, p. 91-118, jul./dez. 2013. CRESWELL, J. Qualitative Inquiry and Research Design: Choosing among Five Approaches. 2 ed. Thousand Oaks: Sage, 2006. MARICOCHI, Luiz; GONÇALVES, José Sidnei. Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter: Uma Revisão Crítica. Informações Econômicas. São Paulo: v.24, n.8, ago. 1994. MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999. MORAES, Lúcio Flávio Renault de; SANT'ANNA, Anderson de Souza; KILIMNIK, Zélia Miranda. Competências individuais, modernidade organizacional e satisfação no trabalho: um estudo de diagnóstico comparativo. RAE-eletrônica, São Paulo, v. 4, n. 1, Art. 1, jan./jul. 2005. PACHECO, Larissa Marchiori; GOMES, Erasmo; SILVEIRA, Marco Antonio. Metodologias de gestão da inovação em uma perspectiva comparada: contribuição para aplicação em pequenas e médias empresas. Porto: Altec, 2013. PEDRO FILHO, Flávio de São. Apostila da Disciplina Inovação e Sutentabilidade. Programa de Pós-Graduação em Administração. Porto Velho: PPGA/UNIR, 2014.

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