Metodos Avaliacao Fertilidade Solo

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  • 8/17/2019 Metodos Avaliacao Fertilidade Solo

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    UFMT

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

    Departamento de Solos e Engenhara R!ral

    Ds"plna Solos II

    FERTILIDADE DOS SOLOS

    Parte Prática

    M#TODOS $ARA AVALIAR A FERTILIDADE DO SOLO E OESTADO NUTRICIONAL DAS $LANTAS

    Prof a Responsável: Sânia Lúcia Camargos

    Cuiabá – MT2005

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    INTRODUÇÃO

     Ainda é freqüente a consideração da produção agrícola como atividade dependente de bom senso, intuição e

    experiência. São, sem dvida, importantes qualidades em todo agricultor que as possuir.

    !o entanto na agricultura competitiva e cada ve" mais dependente de insumos diversos e de muito capital, o

    espaço para improvisaç#es est$ se restringindo, e ela deve buscar mais e mais o apoio do con%ecimento

    científico.

    & sistema solo'planta, é um sistema bastante %eterogêneo e com muitos fatores envolvidos, e isto dificulta a

    extração de informaç#es com car$ter científico, isto é, que possam generali"adas.

     A pesquisa em fertilidade do solo, como é para qualquer campo de con%ecimento, requer o uso criterioso de

    métodos científicos, que permitam tornar v$lido e generali"ar as informaç#es.

    (ntretanto, os camin%os das informaç#es científicas são mltiplos e tortuosos e nem sempre convergentes.

     Aos fatos somam'se conceitos e teorias diversas, além de pontos de vista variados, culminado

    frequentemente em um excesso de informaç#es que dificultam conclus#es ob)etivas.

    *, então, imprescindível que a fertilidade do solo busque os seus con%ecimentos em ampla experimentação,

    devidamente avaliada por métodos científicos. Assim, ser$ mais f$cil descrever as condiç#es em que os

    con%ecimentos se aplicam.

     A agricultura moderna precisa usar todas as pr$ticas e ferramentas disponíveis para produ"ir eficientemente

    e com lucro.

    +eunir todas essas informaç#es e integrar essas peças científicas em sistemas de produção de alto

    rendimento não é tarefa f$cil. &s fatores de produção a serem considerados são pr$ticas de cultivo maisapropriadas para os solos e clima- uso eficiente da irrigação e drenagem do solo- calagem e adubação

    adequadas- seleção de variedades altamente produtivas- espaçamento correto das plantas- medidas de

    controle de insetos, doenças e plantas danin%as- época e método de plantio, col%eita- época adequada para

    todas as operaç#es- boa anotação de dados e an$lise econmica.

    /eli"mente, para a avaliação da fertilidade do solo e do estado nutricional das culturas, %$

    ferramentas teis 0 disposição, cada qual com seu local pr1prio. (las incluem a diagnose visual, análise

    qu!i"a de solo, análise qu!i"a de #lan$as, $es$es de $e"idos e $es$es bioqu!i"os para identificar

    desordens nutricionais. 2omo o médico, todos os fatos disponíveis precisam ser acumuladossistematicamente. 3ma lista de c%ecagem evitar$ o esquecimento de informaç#es'c%ave.

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    /igura 4. 5étodos para avaliar a fertilidade do solo.

     As plantas falam através de sinais de distrbios 6diagnose visual7. (sses sinais estão relacionados a

    muitas desordens além das deficiências nutricionais. 3m sintoma pode ser confirmado através de outros

    métodos de diagnose como o teste de tecidos, testes bioquímicos, diagnose foliar ou an$lise de solo.

    5edindo'se a concentração de um nutriente na planta ou parte da planta num est$gio particular de

    crescimento, esse valor pode estar correlacionado com a quantidade no solo disponível para a planta.

    2ontudo, a an$lise de planta deve ser vista como um complemento e não como substituto para a an$lise de

    solo, embora para culturas perenes a an$lise de plantas se)a mais til.

    &s métodos convencionais de an$lise de planta que medem a concentração total do elemento em

    um tecido específico, usualmente avaliam as deficiências reais na planta. (ntretanto, quando uma proporção

    significativa do nutriente se acumula na fol%a em uma forma inativa, a an$lise da planta superestima o

    estado nutricional verdadeiro. !esse caso, os $es$es bioqu!i"os  6an$lise da atividade de en"imas,

    redutase do nitrato, fosfatases, peroxidades, etc.7 são mais eficientes.

    & $es$e de $e"idos é uma medida semi'quantitativa dos nutrientes solveis na seiva bruta da

    planta e pode ser usado no campo para diagnosticar uma desordem observada. (le determina níveis gerais

    de !&8', 9:;&

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     %& "i'n"ia ( u!a !en$i)a #)ovis*)ia – ou u!a ve)dade in$e)ina+ -Mello Mo)aes.

     A tabela 4 mostra os princípios ou fundamentos gerais e comuns dos métodos 6meios7 de avaliação

    da fertilidade e do estado nutricional.

    abela 4. ;rincípios ou fundamentos gerais e comuns dos métodos 6meios7 de avaliação da fertilidade e do

    estado nutricional.

    ;+B!2C;B& (!3!2BAD&

    (SS(!2BAEBDAD( As plantas necessitam dos mesmos elementos

    S3;+B5(!& &s elementos devem ser fornecidos pelo solo ou

    pelo adubo durante o ciclo de vida da planta

    (F3BECG+B& & solo6ou solo > adubo7 tem que fornecer os

    elementos em quantidades e proporç#es

    adequadas

    (H2E3SI& (lementos t1xicos naturais ou antropogênicos

    devem estar dentro dos níveis permissíveis ou de

    tolerJncia

    B!(+AKL& &s elementos do solo ou do solo > adubo podem

    mostrar interação positiva 6sinergismo7 ou negativa

    6antagonismo e inibição7

    E(BS D&S /A&+(S D( ;+&D3KI& Eei do mínimo- Eei dos retornos decrescentes, etc.B!2(+(MA 6N7 A planta est$ sempre certa

    6N7 ?& observador altera o fenmeno@.

    /onte 5AEAO&EA, (. Apontamentos de aula, 4PPQ.

     AER35AS B5;+&;+B(DAD(S

    eores de 2a :> somados aos de 5g :>

    eores de 9> somados aos de Al8>

     AER35AS B!2&(+!2BAS

    eores de c$tions na forma inica

    eores de Jnions 6; e S7 na forma elementar

    DTOBDAS

    ;or que não expressar nos boletins de an$lise para agricultor os resultados em UgV%a ou tV%a numa

    profundidade dada coerentemente com as unidades usadas nas recomendaç#es de adubação 6UgV%a7 e

    calagem 6tV%a7 WW

    4

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    abela :. +equisitos dos métodos 6meios7 de avaliação da fertilidade do solo e do estado nutricional das

    plantas.

    R/UI1ITO /NUNCI&DO

    +(;+&D3BGBEBDAD( &s mesmos resultados devem ser obtidos

    independentemente da geografia e do calend$rio

    R(!(+AEBDAD( &s resultados devem ser extrapol$veis para

    condiç#es semel%antes

    &;(+A2B&!AEBDAD( +$pido, f$cil e barato

    3!BO(+SAEBDAD( 3m meio 6extrator, planta7 deve fornecer

    informação sobre o maior nmero de elementos

    GAS( (H;(+B5(!AE 2ampo e nmero suficiente de experimentos

    6 geografia e tempo7

     AS;(2& (2&!X5B2& A informação deve levar em conta o aspecto

    econmico da recomendação gerada

    /onte 5AEAO&EA, (. Apontamentos de aula, 4PPQ.

    abela 8. (tapas a cumprir no uso dos meios de avaliação de fertilidade do solo ou do estado nutricional das

    plantas.

    /T&& IM3/M/NT&ÇÃO

    2&++(EAKI& (xtrator ou fol%a discrimina teores corresponentes

    a diferentes produtividades ou resposta 0 adubação

     Y ensaios com doses do elemento, no campo oucasa'de'vegetação ou glebas com diferentes

    produtividades

    2AEBG+AKI& +elação entre teores no solo ou na fol%a e

    produção- ensaios de campo com solos com

    diferentes níveis de fertilidade e com doses

    diferentes Y curvas de resposta- relação entre

    níveis no solo e fol%as, dose e produção Y glebas

    comerciais com produtividade diversa- an$liseeconmica- tabulação das doses em função dos

    níveis no solo ou fol%a Z recomendaç#es

    2&5;+&OAKI& Determinação da porcentagem de acerto do uso

    das tabelas Y ensaios de campo com doses

    menores, iguais e maiores que as recomendadas

    /onte 5AEAO&EA, (. Apontamentos de aula, 4PPQ.

     %4 !elo) a"ende) u!a vela do que 6inga) a es"u)id7o+

    ;rovérbio c%inês, provavelmente.

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    abela

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    abela [. 2omparação de métodos e técnicas para a avaliação da fertilidade do solo e do estado nutricional

    das plantas 6N7.

    9inalidade &nálise do solo &nálise de

    $e"idos

    /nsaios de

    "a!#o

    /nsaios de

    "a!#o ; &nálise

    solo e &nálise de

    $e"idos

    !ecessidade de calc$rio (xcelente ;obre 5oderado Gom

     Avaliação da /ertilidade Gom 5oderado

    Determinação das

    necessidades de adubos

     Anuais ' plantio Gom ' excelente ;obre Gom (xcelente

     Anuais Y p1s'plantio ;obre Gom Gom (xcelente

    ;erenes Y plantio Gom ;obre Gom (xcelente

    ;erenes Y p1s plantio ;obre Gom Gom (xcelente

     Avaliação do equilíbrio nas

    adubaç#es

    ;obre (xcelente ;obre (xcelente

     Avaliação do estado

    nutricional

    ;obre (xcelente ;obre (xcelente

    6N7 Adaptado de E&+(!M ] GA+M 64P\Q, p.87o Y relação entre dose e produção, dose

    e teor foliar, teor foliar e produção

    Co!#)ova>7o Y determinação de desvio entre o

    calculado e o observado

    /onte 5AEAO&EA, (. Apontamentos de aula, 4PPQ.

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     A an$lise de solos e a an$lise de plantas devem camin%ar lado a lado, pois uma não substitui a outra. Ambas

    são ferramentas teis na diagnose. ;or muitos anos a diagnose foliar tem sido utili"ada para culturas

    arb1reas perenes como pêssego, maçã, café, citros, etc.

    ;&+F3 DBAR!&S( /&EBA+WW

    a :ola é a sede do metabolismo e reflete bem na sua composição, as mudanças nutricionais. (ntretanto,

    essa escol%a pode ser feita utili"ando'se o fruto, o pecíolo, caule, etc.

    UTI3I?&ÇÃO D& DI&=NO1/ 9O3I&R 

     A diagnose foliar tem v$rias aplicaç#es

    confirmar a diagnose feita por sintomas visuais 6deficiências e excessos7 ⇒ identificação de deficiências que

    provocam sintomas semel%antes, dificultando ou impossibilitando a diagnose visual-

    identificar a :o!e es"ondida -o"ul$a. onde os sintomas não apareçam-

    locali"ar $reas ou manc%as de solo onde ocorre a deficiência de um mais nutrientes-

    determinar se os nutrientes aplicados entraram na planta 6resposta 0 adubação7-

    aprender sobre as interaç#es entre v$rios nutrientes 6antagonismo, inibição e sinergismo7-

    auxiliar nos estudos de extração e exportação de nutrientes ⇒ rai", caule, fol%as e frutos-

    determinar épocas de maior exigência de cada elemento ⇒ estudos de marc%a de absorção de nutrientes.

     &MO1TR&=/M

     Assim como na an$lise de solos, uma fase importante da an$lise de plantas é a coleta da amostra. Acomposição da planta varia com a idade, a parte da planta a ser amostrada, o desenvolvimento da planta, a

    espécie e variedade, o clima, a posição da fol%a- nmero de fol%as por planta e por $rea, época do ano, etc.

    23BDAD& !I& 2&E(A+ A5&S+AS D( /&E9AS, F3A!D& !&S DBAS A!(2(D(!(S, /(M'S( 3S& D(

     AD3GAKI& !& S&E& &3 /&EBA+ (V&3 A;EB2AKI& D( D(/(!SBO&S. Além disso, as fol%as devem estar

    livres de danos ocasionados por pragas, doenças, tratos culturais, fenmenos clim$ticos e su)eira.

    (xistem diversas culturas cu)os teores mínimos 6níveis críticos7 )$ estão estabelecidos, ra"ão pela qual, nesse

    caso, é suficiente retirar'se apenas uma amostra da gleba. 2omparando'se o resultado da an$lise com a

    tabela de níveis críticos, é possível tirar conclus#es.;ara outras culturas, porém, torna'se necess$rio retirar'se duas amostras de fol%as em locais pr1ximos. A

    primeira, de plantas aparentemente normais e, a segunda amostra, de plantas mostrando a anomalia. ;ela

    comparação dos resultados de an$lise é geralmente possível obter informaç#es sobre o problema.

    2om a finalidade de redu"ir as possíveis variaç#es nos sistemas de amostragem para

    diagnose foliar são apresentadas na literatura instruç#es para amostragem em v$rias culturas e tabelas de

    níveis críticos.

    N@8/3 CR@TICO

    !a interpretação dos resultados de diagnose foliar tem'se empregado o uso do nvel ")$i"o, que fornece o

    teor dos elementos isoladamente 6um nico elemento7 e o uso do DRI1 6Sistema Bntegrado de Diagnose e

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    +ecomendação7, que fornece a relação entre dois elementos ou entre três deles, embora este ltimo se)a

    utili"ado por algumas culturas apenas.

    !a pr$tica da adubação o ob)etivo final não é a maior produção, mas o maior lucro, ou se)a, a produtividade

    m$xima econmica 6;5(7. Daí, uma definição do nvel ")$i"o pode ser o fisiol1gico'econmico `a faixa de

    teores do elemento na fol%a abaixo da qual a col%eita cai e acima da qual a adubação não é mais

    econmica`. ue) diAe) não interessa usar adubo além de um dado nível ou quantidade pois, se isso for

    feito, a produção poder$ continuar a crescer, mas o aumento na col%eita não paga o adubo adicional

    aplicado.

    &utras definiç#es mais simples

    * aquele abaixo do qual o nutriente apresenta'se em deficiência, podendo afetar o crescimento e produção

    das plantas.

    * considerado o limite entre deficiências e teores normais.

    !o Grasil existem ainda poucos dados sobre os níveis dos elementos associados com um bom estado

    nutricional, para as diferentes culturas.

     A an$lise de plantas est$ sendo motivo de grandes programas de pesquisas entre nutricionistas de plantas

    atualmente. 5uita coisa ser descoberta sobre esta ferramenta de diagnose, e a pesquisa est$

    constantemente descobrindo fatos novos e estabelecendo padr#es. Dados de an$lise de plantas devem ser

    interpretados por cientistas que são treinados neste segmento e que compreendem os fatores envolvidos.

    Sob essas condiç#es ela é uma contribuição valiosa para as outras ferramentas de diagnose disponíveis.

    / &=OR&, BO14

     A resposta 0 indagação de 2arlos Drummond de Andrade, encontra'se na tabela Q que, como oscoment$rios feitos são discutíveis.

    abela _. Amostragem de planta para algumas culturas.Cultura Parte da Planta Idade, época Nº de Plantas

    Arroz Toda a parte aérea 30 dias após germinação 20

    Cana-de-açúcar Folhas, 20 cm centraisda olha, e!cl"irner#"ra

    Aos $ meses o" aos %-&meses p' cana de anocentral

    (00

    Fei)ão Todas as olhas *o lorescimento (0

    +ilho 30 cm do terço da

    olha %, a parte dopice e!cl".da aner#"ra central

    *o lorescimento 30

    /o)a Folha c' pec.olo 3 olhas no lorescimento 30

    Fonte1 +ala#olta ($$2

    9

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    abela Q. 2onclus#es e continuidade.

    IT/M /NUNCI&DO

    2&!2E3S(S Bnteresse crescente pela diagnose foliar-

     A diagnose foliar não dispensa an$lise de solo-

    9$ falta generali"ada de trabal%os relacionando teores

    isolados com doses de adubo Y a maior parte das

    indicaç#es é empírica e qualitativa.

    2&!B!3BDAD( 9$ necessidade de estudos de amostragem Y quando,

    quantas Y especialmente para diagn1stico precoce- níveis

    para culturas adensadas e irrigadas-

    9$ necessidade de ter presente que a diagnose foliar é

    meio 6não o nico7 e não o fim-

    5ais trabal%os de calibração 6além dos baseados nas

    plantaç#es comerciais7 devem ser condu"idos com as

    principais culturas-

    Bndicaç#es de adubação geradas pela diagnose foliar

    devem ser comprovadas-

    2ritérios de economicidade da adubação devem ser

    procurados e usados-

    (xtensionistas e agricultores devem ser informados das

    possibilidade e limitaç#es das aproximaç#es da diagnose

    foliar e do seu car$ter complementar.

    /onte 5AEAO&EA, (. Apontamentos de aula, 4PPQ.

    U1O D& DI&=NO1/ 8I1U&3 N& &8&3I&ÇÃO DO /1T&DO NUTRICION&3 D&1 3&NT&1

    INTRODUÇÃO

     A arte de identificar sinais de fome de nutrientes é b$sica para a produção lucrativa das culturas. (xistem

    muitos auxílios disponíveis para o desenvolvimento das %abilidades na identificação de deficiências denutrientes. (les incluem boletins, carta"es e livros que mostram v$rios sintomas de deficiências coloridos.

     Além disso, parcelas experimentais com tratamentos con%ecidos podem a)udar a calibrar os testes e os

    ol%os.

     A diagnose visual se baseia no fato que plantas com deficiência acentuada ou excesso de um elemento

    mineral, normalmente apresentam sintomas definidos e característicos dos distrbios que eles provocam.

    Sua principal vantagem est$ no fato de que a planta age como integradora de todos os fatores de

    crescimento e se constitui no produto final de interesse do produtor. &utra vantagem é que não requer

    equipamentos sofisticados e caros 6uso do ol%metro 7 e pode ser usada como um suplemento 0s outras

    técnicas de diagnose de fertilidade do solo ou do estado nutricional das plantas.

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    )in"#io ⇒  :al$a ou e6"esso ∴sin$o!as $#i"os -:olas ou ou$)os *)g7os. devido :un>7o

    es#e":i"a do nu$)ien$e #a)a qualque) es#("ie de #lan$a, ou seEa, u! ele!en$o → !es!a -s.

    :un>Fes

    (xemplos

    !Z proteína ∴falta causa amarelecimento inicialmente nas fol%as vel%as 6nutriente m1vel na planta Z alta

    redistribuição7

    ;Z condensação de açcares ∴ falta causa acmulo de açcares solveis →  antocianina → tons roxos nas

    fol%as mais vel%as 6alta mobilidade na planta Z redistribuição7

    = Z síntese de proteínas ∴falta → acmulo de amino$cidos b$sicos e poliaminas 6putrescina7 → clorose e

    necrose nas margens e pontas das fol%as mais vel%as 6alta mobilidade na planta Z f$cil redistribuição7

    9 2AS&S (5 F3( A D(/B2B!2BA 6/AEA, 2A+!2BA, /&5(7 * B!2B;B(!( → 5(!&+ 2+(S2B5(!& (

    ;+&D3KI& S(5 5A!B/(SAKI& OBSCO(E Z ?/&5( &23EA@.

    :. S(F3!2BA D( (O(!&S F3( 2&!D3M(5 A&S SB!&5AS D( D(/B2B!2BA (V&3 (H2(SS&

    /alta ou excesso

     Alteração molecular

    5odificação subcelular

    6parede, membrana, citoplasma, organela7↓

     Alteração celular

    Eesão no tecido

    5anifestação visível

    6Z sintoma7

    ;A+A 5(E9&+ (!(!DB5(!&& sintoma típico da deficiência de "inco é o encurtamento do intern1dios, pois sabe'se que este nutriente é

    necess$rio para a síntese do triptofano, precursor do $cido indol acético 6ABA7, tem'se então

    Eesão molecular Z menor nível de auxina e maior %idr1lise de proteínas

    Eesão subcelular Z paredes menos pl$sticas

    Eesão celular Z células menores e em menor nmero

    Eesão no tecido Z con)unto de células menores

    5anifestação vísivel Z intern1dios mais curtos

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    Bdentificação de sintomas semel%antes Z analisar fol%as-

     An$lise de fol%as ?normais@ x fol%as com diferentes graus de severidade.

     A3DA

    ;ara distinguir nutricional do ?fitopatol1gico@ ou ?entomol1gico@ ⇒ ver tabela P.

     &3IC&ÇÃO

    2%ave geral para identificação dos sintomas de deficiência vistos nas fol%as ⇒ ver literatura

    &bservar a possibilidade de variaç#es de uma cultura para outra-

    3m outro 1rgão pode refletir mel%or a deficiência ou o excesso ∴falta de 2a na macieira e tomateiro Z

    fruto- deficiência de ; nos citros Z fruto- toxide" de Al Z raí"es.

    C&U1&1 M&I1 COMUN1 D/ D/9ICIHNCI& OU /C/11O

    Solo pobre ou naturalmente com excesso 65n em solos $cidos, por exemplo7

    2ondiç#es de clima Y c%uva 6muito ou pouco7, temperatura 6alta ou baixa7, umidade relativa do ar 6alta ou

    baixa7

    ;lanta Y exigente, ineficiente na absorção e utili"ação

    9omem Y falta an$lise do solo e fol%a, acide" não corrigida, adubação 6ausente, pouca, mal feita, excessiva,

    desequilibrada7

    NN ;lantas exigentes, ineficientes ⇒ indicadoras de deficiência

    NN ;lantas pouco tolerantes ⇒ indicadoras de excesso

    abela P. Distinção entre deficiências e excessos nutricionais, desordens fisiol1gicas, pragas e moléstiasC&U1& &DRJ/1D(/B2B!2BAS 5B!(+ABS Renerali"ada no campo e na exposição 6!, S, E, &7

    SimetriaRradiente

    (H2(SS&S Renerali"ado ou não 6reboleiras7- Simetria- Rradiente

    D(S&+D(!S /BSB&ERB2AS Fueimadura por sais5anc%as secas e grandes em frutos e fol%as;$gina inferior da fol%a prateada Oentos fol%as rasgadas, margens secas/rio amarelecimento ou cor roxa(nrolamento e deformação de fol%as calor excessivo,%erbicidas

    ;+ARAS Deformaç#es insetos sugadores 6não generali"ado7/uros besouros, lagartas 6 não generali"ado75anc%as pequenas e amareladas sugadores, trips,gafan%otos, $caros 6não generali"ado7;ragas das raí"es murc%amento das fol%as e ramos,morte descendente ou secamento de ponteiros 6nãogenerali"ado7

    D&(!KAS Oírus menor crescimento, sintomas foliares com ou semsimetria e gradiente 6não generali"ado75anc%as bactérias 6não generali"ado no campo e naplanta7/ungos presença de %ifas ou esporos 6não generali"ado7

    /onte 5AEAO&EA, (. Apontamentos de aula, 4PPQ.

    13

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    / &=OR&, BO14

    &u se)a, como prevenir ou controlar deficiências e excessos ou toxide" ou desequilíbriosW

    ;reliminares obrigat1rias

    2ertificar'se de que se trata de anormalidade de origem nutricional

    Bdentificar a causa Y solo, clima, planta, %omem

    Se diagn1stico for nutricional

    a causa é o solo 6mais freqüente7

     A terapêutica

    ada#$a) a #lan$a ao solo uso de espécies, variedades mais eficientes na absorção e utili"ação

    ada#$a) o solo #lan$aK prevenção ou manutenção de níveis adequados através de fornecimento pré '

    plantio ou plantio ou correção da acide"- correção p1s Y plantio 6ou manutenção7 através de cobertura 6solo7

    ou foliar.

    CON1ID/R&ÇJ/1 9IN&I1

    ;essoal %abilitado

    Sintomas aparecem quando falta for extrema ou nível excessivo

     ?2arências mltiplas@ 

    Deficiência indu"ida

    ;ara fa"er uma diagnose 2&5;E(A você deve procurar mais do que problemas de fertilidade do solo.

    2on%eça as condiç#es ambientais de crescimento das plantas. (ste con%ecimento o a)udar$ a identificar um

    problema que est$ indu"indo, ou aumentando, uma deficiência nutricional aparente. odos os fatores que

    influenciam o crescimento das plantas, a resposta 0 adubação e a produção devem ser avaliados.

    ?ona )adi"ula) o solo deve ser suficientemente granulado e perme$vel para a expansão e a alimentação

    abundante das raí"es. 3ma cultura desenvolver$ um sistema radicular profundo em alguns solos para obter

    $gua e nutrientes. 3m solo raso ou compacto não oferece esta "ona de alimentação para as raí"es. Solos

    enc%arcados ou mal drenados resultam em sistema radicular raso.Te!#e)a$u)a a baixa temperatura do solo redu" a decomposição da matéria orgJnica. Bsto diminui as

    quantidades de ! e S, e de outros nutrientes a serem liberados. &s nutrientes são menos solveis em solos

    frios, aumentando o potencial de deficiência. & ; e o = difundem'se mais lentamente em solo frios. A

    atividade radicular é diminuída.

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    CON1ID/R&ÇJ/1 1OLR/ & /R/11ÃO -UNID&D/1. DO1 R/1U3T&DO1 D&1 &N

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    29AO( ;A+A BD(!B/B2AKI& D( SB!&5AS D( D(/B2B!2BA!3+B2B&!ABS !AS 23E3+AS

    NUTRI/NT/1 MUD&NÇ& D/ COR N&1 9O3S&1 M&I1 8/3S&1 -bai6ei)as.

    ! ;lantas de cor verde p$lida, fol%as baixeiras amareladas.

    ; ;lantas de cor verde escura, plantas e fol%as pequenas.

    = Descoloração castan%a e queimadura ao longo da margem externa das

    fol%as baixeiras.

    5g /ol%as baixeiras com descoloração amarela entre as nervuras,finalmente cor vermel%o prpura da margem para dentro.

    Mn 2lorose internerval pronunciada e bronseamento das fol%as.

    NUTRI/NT/1 53DA!KA D( 2&+ !AS /&E9AS 5ABS !&OAS 5&+( DA G+&AKI&

    (+5B!AE

    2a Atraso na emergência das fol%as prim$rias, deteriori"ação da

    brotação terminal.

    G /ol%as pr1ximas aos pontos de crescimento ficam amareladas, brotaçãoterminal semel%ante a tecido morto, branco ou castan%o claro.

    NUTRI/NT/1 LROT&ÇÃO T/RMIN&ÇÃO /RM&N/C/ 8I8&

    S /ol%as incluindo as nervuras ficam verde'p$lidas ou amarelas,

    inicialmente nas fol%as novas.

    /e /ol%as novas amarelas ou quase brancas, clorose internerval emdireção a ponta da fol%a.

    5n /ol%as castan%o'amareladas ou castan%o avermel%adas com asnervuras verdes.

    2u /ol%as novas uniformemente amarelo'p$lidas, podem secar oudefin%ar se clorose.

    2l Seca das fol%as novas, seguindo'se a clorose.

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    29AO( ;A+A BD(!B/B2AKI& D( SB!&5AS D( D(/B2B!2BAS !3+B2B&!ABS !AS 23E3+AS

     & O sin$o!a do!inan$e ( :olage! "lo)*$i"a o sin$o!a #ode se)

     & Clo)ose o"o))endo e! $oda a l!ina :olia)

    4 ' Somente as fol%as baixeiras são clor1ticas, seguido denecrose e queda das fol%as. !

    : ' Bnicialmente a clorose aparece apenas nas fol%as mais novase, posteriormente, todas as fol%as podem ser afetadas.

    S

     &2 O a!a)ele"i!en$o das :olas a#a)e"e "o!o "lo)ose en$)eas ne)vu)as

    4 ' Somente as fol%as mais vel%as apresentam clorose entre asnervuras. 5g

    : ' Somente as fol%as novas mostram clorose entre as nervuras.

    /e eVou 5n8 ' (nquanto as fol%as novas apresentam clorose entre as

    nervuras, as pontas e lobos permanecem verdes, segue'seclorose das nervuras com r$pida e extensiva necrose dalJmina foliar. 2u

     < ' /ol%as novas muito pequenas, muitas ve"es com perda dalJmina foliar, intern1dios curtos, aparência atarracada. Mn

    L 9olage! "lo)*$i"a n7o ( sin$o!a do!inan$e es$e sin$o!a #ode se)

    L 1in$o!as a#a)e"e! na #a)$e bai6a da #lan$a

    4 ' !o inicio as fol%as são verde'escuras e menores que onormal. 5ais tarde desenvolvem pigmentos arroxeados nasfol%as mais vel%as.

    ;

    : ' As margens das fol%as mais vel%as ficam queimadas ouaparecem pequenas manc%as necr1ticas nas lJminas dasfol%as mais vel%as. =  

    L2 1in$o!as a#a)e"e! na #a)$e al$a da #lan$a

    4 ' 5orte do meristema apical, dando forma ao palmil%amento,fol%as irregulares. G

    : ' As margens das fol%as )ovens muitas ve"es não se formam.;ontos de crescimento param de se desenvolver podeocorrer clorose nas margens das fol%as.

    2a

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    abela 44. Descrição sucinta dos sintomas de deficiência e importJncia nutricional de nutrientes para acultura do mil%o.Nu$)ien$e 1in$o!a de de:i"i'n"ia I!#o)$n"ia nu$)i"ional

    Ni$)og'nio

    ' Amarelecimento das fol%as mais vel%as.

    6formato de ?O@ invertido7' 5orte prematura de fol%as eVou plantas' (spigas pequenas' Rrãos leves' 2olmos finos' ombamento de plantas

    ' (st$ associado ao crescimento vegetativo das

    plantas' ;articipa ativamente da fotossíntese' ;articipa da síntese de proteínas' Aumenta peso 6densidade7 de grãos' Aumenta porcentagem de 1leo

    9*s:o)o

    ' 2oloração prpura ou arroxeada das fol%asnovas' 2olmos fr$geis e delgados' (spigas pequenas e retorcidas 6tortas7 nasextremidades

    ' (stimula o desenvolvimento das raí"es' Aumenta o teor de proteínas nos grãos' Atua na fotossíntese e respiração' ;articipa no processo de transferência deenergia e no enc%imento de grãos

    o$ássio ' 5argens das fol%as inferiores 6vel%as7amarelada, alaran)ada ou bron"eada' 5anc%as marrons no interior do colmo' (spigas com extremidade sem grãos ecom sabugo afilado 6pontiagudo7

    ' * respons$vel pelo uso eficiente da $gua6regula abertura e fec%amento de estmatos7' Aumenta a resistência das plantas aoacamamento' Aumenta a tolerJncia 0 pragas e doenças

    Cál"io ' 2lorose nas fol%as novas' +edução do crescimento radicular' 5orte das extremidades das raí"es' /al%as de granação 6afeta fecundação7

    ' * essencial para o crescimento eaprofundamento das raí"es' Oital para a germinação do grão de p1len' /a" parte da parede celular dos tecidosvegetais

    Magn(sio ' /ol%as inferiores 6vel%as7 com listrasesbranquiçadas 6clorose7 paralelas 0snervuras' 2rescimento redu"ido da planta

    ' * essencial para a fotossíntese' * componente da clorofila 6pigmentoparticipante ativo do processo fotossintético7' Auxilia na absorção de f1sforo

    /n6o:)e ' Amarelecimento das fol%as novas' 2rescimento redu"ido da planta

    ' ;articipa na composição das proteínas' Auxilia na síntese de en"imas e vitaminas' ;articipa na formação dos grãos

    Lo)o ' /ol%as avermel%adas no final do ciclo' (spigas pequenas e fal%as na granação' (xtremidade das espigas com aspecto decortiça

    ' Atua no processo de divisão celular' Auxilia no transporte de carboidratos' ;articipa na formação dos grãos' Bmportante para a germinação da semente

    ?in"o ' /ol%as com coloração esbranquiçadapr1xima 0 região do ?cartuc%o@ ' 2rescimento redu"ido da planta' (ncurtamento dos intern1dios

    ' ;articipa no crescimento das plantas' * ativador de inmeras en"imas' ;articipa na formação dos grãos

    Mangan's ' 2lorose internerval nas fol%as novas

    6sintomas semel%ante a deficiência demagnésio7' 2olmos finos' 5enor crescimento das plantas

    ' Atua no sistema en"im$tico

    ' em ação relevante na fotossíntese' Acelera a germinação da semente' /avorece a maturação das plantas

    /onte /A!2(EEB, :^^4.

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    abela 4:. 2%ave para identificação de deficiências nutricionais em arro".

    Ca)a"$e)iAa>7o dos sin$o!as Nu$)ien$es

    de:i"ien$esa Eocali"ados em fol%as vel%as, fol%as inferiores e mais ou

    menos em toda planta.a oda a planta clorose uniforme da lJmina. !itrogênioa2 oda planta coloração verde'escuro. /1sforoa2 2loroses locais com ou sem manc%as mortas ' sem manc%as

    mortas

    ;ot$ssio e "inco

    aV 2loroses locais com ou sem manc%as mortas ' com manc%as

    mortas

    5agnésio

    b Eocali"ados nas fol%as novas ou brotos.b Grotos terminais mortos. 2$lcio e Gorob2 Grotos terminais continuando vivos.b2 /ol%as novas murc%as, sem manc%as ou marcas de clorose. 2obreb22 5urc%amento e bron"eamento da lJmina. 2lorob2Q /ol%as novas não murc%as, fol%as clor1ticas.b2Q

    2om marcas de tecidos mortos. 5anganês

    b2Q

    2

    2lorose e reticulado fino das nervuras. /erro

    b2Q

    Q

    2lorose uniforme da lJmina. (nxofre

    b2Q

    V

    2lorose internervural e enrolamento da lJmina para cima. 5olibdênio

    /onte 5alavolta, 4P_[- /ageria ] Garbosa /il%o, 4PQ^.

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