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Curso de Extensão em Curso de Extensão em Enfermagem em NefrointensivismoEnfermagem em Nefrointensivismo
Um pouco de História
Princípios de DiáliseMétodos Dialíticos Contínuos
Cássia Morsch
História da Diálise
Uremia origem do termo: Grécia (envenenamento por urina, ou urina no sangue)
• O conhecimento da condição é muito mais antigo que a habilidade de tratá-la.
• IRC e IRA são tão antigos quanto a própria humanidade.
• Tratamentos: banhos quentes, enemas, provocar sudorese e sangrias.
THOMAS GRAHAM – Glasgow-Scotland (1805-1869)
- Osmose e difusão
utilizadas em laboratórios químicos para separar soluções.
- Graham indica os potenciais usos do seu trabalho na medicina.
O “pai da diálise”
Os primórdios da diáliseAbel, Rowntree e Turner - diálise em animais - Johns
Hopkins Medical School - Baltimore/1913
ATC – Hirudina (tóxico em humanos).
•Membranas - Collodion, (baseado em celulose).
“vividiffusion”
O primeiro a testar hemodiálise em
humanos, Giessen/Alemanha
Dialisador - forma de “U”, tubos de colóide, imersos em banho de diálise, em cilindro de vidro.
Várias HD em urêmicos (1924 e 1928).
1928 introduziu a Heparina.
O primeiro rim artificial – o “tambor rotatório”
Municipal Hospital of Kampen/ Netherlands
1943
A Equipe de Kolff prolongou a vida de uma paciente com uremia por 26 dias, até que seus vasos ficassem danificados para acessos posteriores.
A diálise era utilizada somente em IRA, até que os rins recuperassem função.
*Barril de ripas de madeira com espaços entre as ripas. *Um a espiral de 40 metros de celofane envolve o tambor. *A primeira hemodiálise durou 11 horas e meia, removendo 60g de uréia. A porção inferior do tambor ficava imersa no dialisado e o tambor era girado para impulsionar o sangue através do tubo.
Kolff
História da Hemodiálise
“...era um procedimento artesanal/experimental, exclusivamente médico, dispendioso, beneficiava poucos pacientes, pouco efetivo, muitos riscos...”
Willem Kolf 1943
Georg Haas 1928
As vias de acesso
• Canulização de artéria radial e da veia safena. A pressão sangüínea fazia com que o sangue circulasse.
• Via de acesso usada poucas vezes, a cada sessão eram dissecadas uma artéria e uma veia.
• Só valia usar o rim artificial em insuficiência renal agudizada que recuperasse em alguns dias.
Shunt usado em paciente com IRA
1961
• Shaldon introduziu um cateter feito à mão Shaldon introduziu um cateter feito à mão introduzido em artéria e veia femoral através introduzido em artéria e veia femoral através da técnica percutânea de Seldinger para da técnica percutânea de Seldinger para acesso vascular. acesso vascular.
Tratamento dialítico da IRA em UTI
• Início: Hemodiálise intermitente e a diálise peritoneal intermitente – anos 60
• As primeiras descrições de técnicas contínuas surgem em 1977 (Kramer - Hemofiltração arteriovenosa Contínua - CAVH).
• A técnica é simples mas exige acessos arterial e venoso.
• Mais recentemente, a hemodiálise diária estendida, ou SLEED, surgiu como uma nova opção terapêutica, integrando aspectos da diálise intermitente e das técnicas contínuas.
• Nos anos 80 a técnica é modificada de modo a melhorar a clearance de ureia.
• Passaram a utilizar-se cateteres de duplo lumen, puncionando apenas um vaso - Hemodiafiltração venovenosa contínua (HDFVVC).
Introdução da HEMODIÁLISE CONTÍNUAJAN DE 1989
Anos 70
Anos 90 - Brasil
Brasil – anos 90 pós Portaria 84
Hemodiálise contínua - Equipamentos improvisados
Equipamentos para diálise contínua em terapia intensiva
FAD100 -
B.Braun
ADM 08/ABM
FreseniusPrisma - Gambro
2009 - 2010
Prismaflex - Gambro
Diapact – B.Braun
Indicações de Diálise
Tratamento da IRA
Clínico Expansão volume
intravascular Evitar hiperhidratação
(edema, hipertensão, ICC e hiponatremia
PAM > 80 mmHg Ht > 30% Oxigenação tecidual
adequada Prevenção hipercalemia Infecção Nutrição
Dialítico
Indicações absolutas e mais comuns para diálise em IRA
• Hipervolemia (dificuldade ventilatória ou edema cerebral) não tratável com diuréticos
• Hipercalemia com alteração ECG (> 6,5 mEq/L) não tratável outro método
• Acidose metabólica grave (pH < 7,20) não tratável com álcalis
• Azotemia severa / encefalopatia urêmica
Indicações absolutas para diálise em IRA
• Serosite urêmica (pericardite)• Diátese hemorrágica secundária à uremia• Falência renal associada a intoxicação exógena por
fármaco removível por diálise• Disnatremia severa sem possibilidades de manejo
conservador
Indicações relativas para diálise em IRA
• Oligúria (<200 ml/12 h) ou anúria (<50 ml/12 h) após reposição volêmica (BH+)
• Congestão por ICC refratária• Remoção de mediadores inflamatórios na
SIndromeResposta inflamatóriaSistêmica• Otimização da homeostasia de pcte com IR
pré intervenção• Hipertermia > 39,5°C (?)
Outras Indicações de Diálise em CTI
Remoção de citocinas e mediadores inflamatórios no choque séptico
Remoção de líquido na insuficiência cardíaca congestiva refratária
Adequação da volemia e tratamento da acidose respiratória em SARA
Suporte nutricional em pacientes com problemas de hipervolemia
Prevenção de IRA na síndrome de lise tumoral
Manejo das alterações eletrolíticas na rabdomiólise
Manejo agudo de intoxicações por sustâncias removíveis por diálise
Prevenção da nefropatia por contraste em pacientes de alto risco
Mortalidade e recuperação da função renal
• Recomendação: a recomendação a ser feita no momento é que nenhum método dialítico da IRA em UTI é superior aos demais em relação a redução de mortalidade ou redução do tempo de recuperação da função renal (grau A).
Conceitos Importantes
CONCEITOS IMPORTANTES
• Diálise- Processo através do qual a composição de solutos de uma solução (sangue) é alterada pela exposição desta solução a uma segunda solução (dialisado ou banho de diálise), através de uma membrana semi-permeável. O mecanismo de transporte de solutos é a difusão.
Princípios Físico-químicos da Diálise• Difusão• Convecção• Ultrafiltração• Osmose
Ultrafiltração
•
positive pressure negative pressure osmotic pressure fromnon-permeable solutes
ULTRAFILTRAÇÃO: Movimento de FLUIDOS através de uma membrana causado por um gradiente de pressão.
Ultrafiltration (2)
Difusão
DIFUSÃO: Movimento de SOLUTOS de uma área de alta concentração para outra área com baixa concentração, através de uma membrana semi-permeável.
Diffusion
Convecção
CONVECÇÃO: Movimento de SOLUTOS com um fluxo de água,“DRAGAGEM PELO SOLVENTE”.
Convection
Osmose
Movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos separados por uma membrana semipermeável
Convecção vs DifusãoConvecção vs Difusão
1010 100100 1,0001,000 10,00010,000
ConvectiveClearance
ConvectiveClearance
DiffuseClearance
DiffuseClearance
Molecular WeightMolecular Weight
Cle
ara
nc
eC
lea
ran
ce
Métodos de Diálise
Métodos DialíticosDefinições e nomenclatura
• Terapia renal substitutiva intermitente (TRSI): qualquer terapia extracorpórea de purificação do sangue indicada para substituir a ausência parcial ou total de função renal, aplicada por período curto de tempo, usualmente igual ou inferior a 12 horas por dia.
• Terapia renal substitutiva contínua (TRSC): qualquer terapia extracorpórea de purificação do sangue indicada para substituir a ausência parcial ou total de função renal, aplicada por período prolongado de tempo durante 24 horas por dia.
Escolha do método dialítico intermitentes Vs contínuos: paciente e logística
Vantagens Desvantagens
Métodos intermitentes
Rápida remoção de solutos Maior capacidade de ultrafiltração Menor dose de anticoagulação Baixo custo Fácil mobilização do paciente
Suporte de enfermagem especializado.Menor tolerância hemodinâmica. Manejo limitado da volemia. Atraso na recuperação renal. Menor dose de diálise.
Métodos contínuos
Maior tolerância hemodinâmica Remoção gradual de solutos Ideal para hipercatabólicos . Recuperação mais rápida FR Remoção de mediadores inflamatórios Facilidade de suporte nutricional
Anticoagulação contínua Imobilização do paciente durante o procedimento Dose sub terapêuticas de medicamentosHipotermia Maior custo
Fonte: Cássia Morsch, 2010. Adaptado de Veronese
Resumo da indicação de métodos específicos de diálise na IRA
• a) diálise sem anticoagulação em pacientes com alto risco de sangramento – métodos intermitentes;
• b) remoção contínua de solutos (controle da azotemia) no paciente hipercatabólico - métodos contínuos;
• c) controle de volume no paciente congesto e hemodinamicamente instável (uso de vasopressores) – métodos contínuos;
A escolha do método dialítico
• individualizada• julgamento clínico criterioso• recursos humanos e materiais
disponíveis • experiência da equipe de atendimento
Hemodiálise e métodos correlatos
• Hemodiálise Convencional (IRA e IRC)• Hemodiálise Diária (IRA e IRC)• Hemodiálise de Alto Fluxo (IRC)• Hemodiálise Estendida (IRA, IRC?)• Ultrafiltração isolada (IRA e IRC)• Hemodiálise sequencial• Hemodiálise (V-V ou A-V) contínua• Hemofiltração (V-V ou A-V) contínua• Hemodiafiltração (V-V ou A-V) contínua• Ultrafiltração (V-V ou A-V) contínua
intermitente
contínuo
Hemodiálise intermitente (HDI):• Terapia primariamente difusiva, onde solutos
e água são transportados através de uma membrana de baixo fluxo e de baixa permeabilidade hidráulica (celulose ou sintética) para o dialisato, em sistema de contra-corrente. Utiliza-se nesta técnica altos fluxos de sangue e de dialisato, 300-400 ml/min e 500-800 ml/min, respectivamente, com duração de 4 a 6 horas/sessão.
• Depuração de uréia: 150-200 ml/min.
Hemodiálise diáriaestendida (HDDE):
• Terapia primariamente difusiva em máquina de hemodiálise convencional, onde solutos e água são transportados através de uma membrana de baixo fluxo (celulose ou sintética) semi-permeável para o dialisato. A duração da HDDE é inferior a 12 horas e superior a 6 horas, utilizando-se um fluxo de sangue igual ou menor que 200 ml/min e de dialisato de 300 ml/min.
• Depuração de uréia: dado não disponível.
Hemodiálise diáriaestendida
• Melhor controle volêmico e hemodinâmico • (= HFVVC)• menor necessidade de anticoagulação • potencialmente com um menor custo (nível III)• maior remoção de solutos que HDI• menor mortalidade e resolução mais rápida da IRA
com a diálise diária
Ultrafiltração isolada (UFI):
• Processo agudo e intermitente de remoção de líquido através de uma membrana de baixa permeabilidade, sem a utilização de dialisato.
Ultrafiltração isoladacontínua (UFIC):
• Processo contínuo de remoção de líquido através de uma membrana de baixa permeabilidade, sem a utilização de dialisato. Depuração de uréia: 1-3 ml/min.
SCUFSCUF--Ultrafiltração Contínua LentaUltrafiltração Contínua Lenta
Bomba de Sangue
Bomba doEfluente
Bolsa doEfluente
Linha deAcesso
Linha de Retorno
Hemodiálise contínua (HDC):• Terapia primariamente difusiva, onde solutos
e água são transportados através de uma membrana de baixo fluxo e de baixa permeabilidade hidráulica (celulose ou sintética) para o dialisato, em sistema de contra-corrente. Utiliza-se nesta técnica baixos fluxos de sangue e de dialisato, 100-150 ml/min e 1 litro/hora respectivamente, com duração de 24 horas por dia.
• Depuração de uréia: 17-21 ml/min.
HDVVC
CVVHDCVVHDHemodiálise Veno-Venosa ContínuaHemodiálise Veno-Venosa Contínua
Bomba de Sangue
Bomba doEfluente
Bomba de Reposição
Solução deReposição
Bolsa doDialisato
Bomba doDialisato
Bolsa doEfluente
Linha deAcesso
Linha de Retorno
Hemofiltração
start fluid removal byULTRAFILTRATION
solutes move byCONVECTION
fluid replacement result
+
Hemofiltração contínua (HFAVC ou HFVVC):
• Terapia primariamente convectiva, onde solutos e água são transferidos através de uma membrana de alto fluxo (sintética).
• Inicialmente era realizada com acesso AV - depuração de uréia: 7-10 ml/min
• Atualmente a técnica mais utilizada de acesso é VV - depuração de uréia: 15-17 ml/min3,4- fluxo de sangue de 100-150 ml/min
• Não há utilização de dialisato• Infusão de uma solução de reposição, pré-
dilucional (proximal ao hemofiltro) ou pós-dilucional (distal ao hemofiltro) - elevada UF/h(0,5-2 litros/hora)
CVVHCVVH Hemofiltração Veno-Venosa ContínuaHemofiltração Veno-Venosa Contínua
Bomba de Sangue
Bomba doEfluente
Bomba de Reposição
Solução deReposição
Bolsa doEfluente
Linha deAcesso
Linha de Retorno
HFVVC
Hemofiltração
+
ULTRAFILTRATION: The movement of FLUID through a membrane caused by a pressure gradient.
CONVECTION: The movement of SOLUTES with a water-flow, "SOLVENT DRAG," e.g. the movement of membrane-permeable solutes with ultrafiltered water.
DIFFUSION: The movement of SOLUTES from a higher to lower solute concentration area.
*For 100% fluid balance, replacement (from all sources) = EFFLUENT.
Start ResultSmall and middlemolecule transport
by convection
Enhanced smallmolecule transport
by diffusion
=
*Replacement Fluid
=
NegativePressure
Effluent
Blo
od
Blo
od
Blo
od
Blo
od
Dia
lysa
te
Dia
lysa
te
Hemodiafiltração
Hemodiafiltration (1)
Hemodiafiltração contínua (HDFAVC ou HDFVVC):
• Associa altas taxas de ultrafiltração e difusão contra dialisato através de uma membrana de alto fluxo (sintética). A infusão de uma solução de reposição, pré-dilucional (proximal ao hemofiltro) ou pós-dilucional (distal ao hemofiltro) é necessária para manutenção do balanço hídrico e da volemia face a elevada ultrafiltração horária (0,5-2 litros/hora).
• Depuração de uréia: 25-30 ml/min.
CVVHDFCVVHDFHemodiafiltração Veno-Venosa ContínuaHemodiafiltração Veno-Venosa Contínua
Bomba de Sangue
Bomba doEfluente
Bomba de Reposição
Solução deReposição
Bolsa doDialisato
Bomba doDialisato
Bolsa doEfluente
Linha deAcesso
Linha de Retorno
Hemoperfusão (HP):• Processo em que o sangue ou plasma é
exposto a uma substância com propriedades adsortivas (carvão ativado, proteína A ou material sintético) para remover drogas, toxinas, solutos ou outras substâncias. Não há alteração do balanço hídrico, não havendo necessidade de solução de reposição..
Hemoperfusão• O clearance de eliminação
depende da afinidade entre a droga e a substância adsorvente (carvão ativado ou resina de poliestireno). A velocidade de remoção excede a alcançada pela HD quando a toxina apresenta elevada ligação protéica, alto peso molecular ou é lipossolúvel.
Dialisadores e
Hemofiltros
Dialysis filter
Hemofiltro X Dialisador
Dialisadores e Hemofiltros• Membranas: Celulose Regenerada (Cuprofane,
Cupramonio rayon), Celulose Modificada (Acetato de Celulose, Hemophan) e Sintéticas (Poliacrilonitrila, Polissulfona, Poliamida)
• Biocompatibilidade• Clearance • Permeabilidade à água – Coeficiente de Ultrafiltração
(CUF) • Área de superfície – em m²• Priming (volume de enchimento interno das fibras)• Método de esterilização
Membranas
Membranas
• Membrana de baixo fluxo: membrana de diálise semi-permeável com baixa permeabilidade a água, com depuração essencialmente de solutos de pequeno peso molecular (ex., uréia, creatinina, potássio) e baixo coeficiente de ultrafiltração (Kuf), inferior a 15 ml/min/mmHg.
Low-Flux Membrane
Membranas• Membrana de alto fluxo:
membrana de diálise semi-permeável com alta permeabilidade a água, assim aumentando a depuração de solutos, especialmente aqueles de elevado peso molecular (ex., beta 2-microglobulina), com Kuf superior a 30 ml/min.
High-Flux Membrane
Membrana do hemofiltro
Hemofiltros – permitem transferência fácil de solutos < 100 daltons (ex. ureia, creatininaácido úrico, sódio, potássio, cálcio iônico e quase todas as drogas não ligadas a proteinas plasmáticas).
Todos são impermeáveis a albumina e outros solutos > 50.000 daltons.
phosphatebicarbonate
ionized Ca++interleukin-6
endotoxinvancomycin
heparinpesticidesammonia
albumina protein-bound medications platelets
Molecular Weights
Cut off point 30000
Membranas
• Biocompatibilidade de membrana:
é a propriedade da membrana do dialisador/hemofiltro de produzir uma menor resposta inflamatória decorrente da interação sangue-membrana.
Biocompatibilidade
•Membranas sintéticas:
– polysulfone– polyacrylonitrile– polyamide
•Ativação do complemento e leukopenia – pouco frequentes.
Características dos DialisadoresNome Poliflux 6L Poliflux 8L Poliflux 10LMembrana Poliamida Poliamida Poliamida
Marca Gambro Gambro GambroÁrea 1,4 m² 1,7 m² 2,1 m²
Priming 115 125 156
Kuf 8,6 12,5 14
Clearance Ur. 242 253 263
Clearance Cr. 206 222 262
Fosfato 172 187 228
Vitamina B12 92 108 133
Mét.Esteriliz. Vapor Vapor Vapor
Características dos DialisadoresNome F6 F7 F8Membrana Polissulfona Polissulfona Polissulfona
Marca Fresenius Fresenius FreseniusÁrea 1.3 m² 1.6 m² 1.8 m²
Priming 84 104 120
Kuf 5,5 6,4 7,5
Clearance Ur. 180 184 186
Clearance Cr. 164 169 172
Fosfato 123 132 138
Vitamina B12 60 68 76
Mét.Esteriliz. ETO ETO ETO
Equipos (linhas) Arteriais e Venosas
Arteriais • segmento de bomba (6 ou 8 mm)• segmento infusão de heparina• segmento monitorização pressão pré-bomba• cata-bolhas (opcional)• conexões luer• “maciez”
Equipos (linhas) Arteriais e Venosas
Venosas• cata-bolhas com filtro seguro• segmento de monitorização de pressão
venosa• conexão luer
Hemofiltros e Kits
CARACTERÍSTICAS M10 2 a 8 kg M60 9 a 40 kg M100 acima de 40 kg
Tipo de membranaPoliacrilonitrila
AN69
Poliacrilonitrila
AN69
Poliacrilonitrila
AN69
Area de superfície 0.042 m2 0.60 m2 0.90 m2
Volume extra corpóreo 50 ml 90 ml 107 ml
Tipo de circuíto Pré dilucionalPré dilucional
Pós Dilucional
Pré dilucional
Pós Dilucional
Tipo de esterilização óxido de etileno óxido de etileno óxido de etileno
KUF
*(Coeficiente de Ultrafiltração
Utilizando Fluxo de 150 ml/min)
0.95ml/h
Fluxo de 20ml/min15 ml/hora* 25 ml/hora*
KIT PRISMA
Gambro
Soluções para Diálise Contínua
Cássia MorschRobert W. Hamilton
Cássia MorschBiff F. Palmer
Qualidade da Solução de Diálise
Classificação Crescimento Bacteriano ufc/mL
Endotoxina EU/mL
Indução Cytokine
AAMI dialysate
2000 5 +
AAMI water 200 5 +
Água torneira 100 0.25 +
Ultra-pura 0.1 0.03 -
Estéril 10-6 0.03 -
Solução Na K Cl HCO3 Ca PO4 Mg Dextrose
UCSD, Mehta
117 0-5 121.5 0-40 0 0 1.5 mEq/L
0.1%
Cleveland Clinic, LeBlanc/ Paganini
144 3-4 107 37 3 0 1.4 mg/ dL
N/A
U of Michigan
135 C.O.M 110 25 0 2.35 mg/ dL
1.8 mg/ dL
0
Composição das Soluções
*mEq/L
Comparação Dialisato Comercial
Solution Na K Cl HCO3 Lactate Ca PO4 Mg Dextrose
RL 130 4 109 0 28 1.5 0 0 0
1.5% PD 132 0 96-102 0 40 1.5 0 0.5-1.5
83 mmol/L
Normocarb 140 0 106.5 35 0 0 0 0.75 0
Baxter HF 140 2 117 0 30 1.5 0 0.75 55 mmol/L
Solution Na K Cl HCO3 Lactate Ca Mg Glucose
mg/dL
Prismasate BK0/3.5
140 0 109.5 32 3 3.5 1 0
Prismasate BGK2/0
140 2 108 32 3 0 1 110
Prismasate LGK0/2.5
140 0 109 0 35 2.5 1.5 110
Prismasate BGK4/2.5
140 4 113 32 3 2.5 1.5 110
Prismasate B25GK4/0
140 4 120.5 32 3 0 1.5 110
Prismasate BK2/0
140 2 108 32 3 0 1 0
Recomendações
• Use soluções comercializadas sempre que possível
• Prescrições padronizadas (?)• Separação das drogas na farmácia• Assegure-se que o processo na farmácia é
mapeado• Assegure-se que o farmacêutico faz checagem
final• Training, training, training!• Rotule e separe as soluções a beira do leito em
escaninhos próprios
Soluções Disponíveis
Farmoterápica
Duosol B.Braun
Preparo das Soluções de Diálisesempre terá adição de sódio na Água Destilada
Solução com Água Destilada 3000 ml:Total de eletrólitos na bolsa varia de:
NaCl 20%-60 a 120 ml
Bicarbonato de Sódio 8,4% – 0 a 120
Sulfato de Magnésio 50%– 0,5 a 1,5
Cloreto de Potássio 10%– 0 a 12 ml
Fosfato Ácido de potássio – 0 a 5 ml
• Rotular como soro
• Conferência pelo enfermeiro
Preparo soluções
Separação eletrólitos – dupla ou tripla conferência
• Peça ajuda aos colegas...
Soluções de Reposição – HFVVC e HDFVVC
•Ultrafiltrado é reposto com combinação:
– Soluções fisiológicas customizadas– ringer’s lactato– npt
•Em pacientes com sobrecarga hídrica, parte do fluído não é reposto para negativar o balanço.
Replacement Fluid
NaNa CaCa MgMg ClCl HCOHCO33--
mEq/LmEq/L mEq/LmEq/L mEq/LmEq/L mEq/LmEq/L mEq/LmEq/L
CVVH ACVVH A 147147 5.25.2 2.82.8 155155 --
CVVH BCVVH B 137137 -- -- 7171 3333
A+BA+B 142142 2.62.6 1.41.4 113113 3333
Fluído de reposição: comercial
Equipamentos para Diálise Contínua
Prismaflex e Diapact
PRISMAFLOSistema aquecimento Prismaflex
Prismatherm
Diapact
Diapact - tela de orientação para montagem dos descartáveis (equipos e dialisador)
Bombas eSensores de Pressão
Balanças
Porta de aquecimento
Falta mecanismo controle da solução em todos equipamentos
Não existe condutivímetro
Termos e aspectos importantes em Diálise Contínua
Pressão Arterial do Sistema• *Pressão pré bomba de sangue – reflete uma
pressão negativa, tanto maior quando o fluxo de sangue do acesso vascular não está adequado ao prescrito, ou aplicado na bomba de sangue.
• Pressão pós bomba de sangue – reflete a pressão do sistema após a bomba, antes do filtro.
Pressão Arterial – cateter e FAV
Pressão Venosa do Sistema
• Reflete a resistência do acesso vascular (obstrução do cateter ou estenose da FAV, ou obstrução do sistema por dobras ou coagulação.
Pressão Venosa
Pressões Diapact
Fração de Filtração - FF
•Determina o grau de remoção de líquido do plasma pela ultrafiltração:
•FF(%) = (UFR x 100) / QP
• QP é o fluxo do plasma em ml/min.
•QP = BFR* x (1-Hct)
•*BFR: blood flow rate
Taxa de ultrafiltração
•FF(%) = (UFR x 100) / QP
•QP = BFR* x (1-Hct)
•Exemplo:•BFR fluxo de sangue= 100 ml/min •Hct = 0.30 (30%), QP = 70 ml/min. •Uma fração de filtração > 30% leva a coagulação.
•No exemplo acima, quando a máxima FF é fixada em 30%, com um BFR de 100 ml/min, a UFR = 21 ml/min.
•QP: the filter plasma flow rate in ml/min.
Clearance da Uréia
•Clearance da Uréia (C urea), ajustado para superfície corporal do paciente, pode ser calculada pela equação:
•Curea = ureia UF. x UFR x 1.73• BUN pt’s Sup. Corp
•Curea: (ml/min/1.73 m2 BSA)
Adequação dos métodos dialíticos na IRA
• a dose e a intensidade de diálise interferem na qualidade dos resultados
• contexto multifatorial - difícil definir qual é o nível ideal de tratamento,
• não é claro qual o parâmetro a ser medido: ultrafiltração, freqüência, tempo, depuração de moléculas pequenas, depuração de moléculas médias
• O estado atual do conhecimento sugere que uma dose maior de diálise é benéfica (grau C).
Fluxo de sangue - cateter- problemas anatômicos
RecirculaçãoAnticoagulaçãoVolume de distribuição (V) grandeFatores clínicos = instabilidade
hemodinâmica Interrupção prematura do tratamento
Fluxo de sangue - cateter- problemas anatômicos
RecirculaçãoAnticoagulaçãoVolume de distribuição (V) grandeFatores clínicos = instabilidade
hemodinâmica Interrupção prematura do tratamento
Fatores que Contribuem para“Dose Insuficiente” de Diálise na IRA
Fatores que Contribuem para“Dose Insuficiente” de Diálise na IRA
(Kt/V ofertado < Kt/V prescrito)(Kt/V ofertado < Kt/V prescrito)
Principais Alarmes
• Pressão de acesso extremamente negativa• Pressão de retorno extremamente positiva• Vazamento de sangue • Bolsa de drenagem cheia• Bolsas reposição/dialisato vazia (de acordo com a terapia)• Seringa vazia• Auto teste periódico• Pressão do filtro extremamente positiva• Filtro coagulado• TMP excessiva
• Fatores do paciente (provas coagulação, ht)
• Características tratamento– Acesso vascular - A-V vs. V-V – Difusão vs. convecção– Fração filtração – Fluxo de sangue– Material e geometria da
membrana– Alarmes do circuito
Anticoagulaçãoredução da trombogenicidade do circuito extracorpóreo
Sem anticoagulaçãoRedução da viscosidade ( lavagem com soro fisiológico ou solução de reposição
pré filtro)
SistêmicasHeparina
Heparina de baixo peso molecularProstanóides
Mesilato de NafamostatoHirudina
Regional
Heparina/ProtaminaCitrato de sódio/Cálcio
Adaptado de: Neto ALC. Anticoagulação em métodos dialíticos. Curso de Nefrointensivismo INCOR, 2005.
Anticoagulação regional com Citrato
CitratoGluconato de cálcio
Cai 1-2
Cai 4-4,5
Citrato 170 ml/h
Gluconato 30 ml/h
Paciente => Cai 4,0-4,5 mEq/L
sistema
Cai 1-1,5 mEq/L
Cuidados de enfermagem em Diálise Contínua
Posição prona, cateter
femural
Óxido Nítrico
Ventilação Mecânica
Linha Arterial - PAM
Infusões por bomba: sedação,
drogas vasoativas...
Monitorização + Vigileo
Hemodiálise Contínua
Germes Multi R
Determinantes de escolha de modalidade de tratamento
em terapias dialíticas
Suporte de Enfermagem
Disponibilidade de Máquinas e equipamentos
Enfermagem é o link
Nefrologista • Intensivista
A diálise que está prescrita é a que pode ser feita no atual momento do paciente?
Os procedimentos indicados (invasivos) podem ser realizados com o método dialítico vigente? Ex: TQT em paciente anticoagulado.
A medicação está ajustada?
Monitorização da Diálise Contínua no CTI• Verificar condições hemodinâmicas de tolerabilidade à HD • Verificar condições do acesso para diálise (cateter, RX, FAV=> somente
intermitente)• Certificar-se de que a prescrição está clara• Certificar-se dos kits e soluções • Certificar-se das condições de ATC• Checar medicação prescrita (doses adaptadas)• Verificar equipamentos - preparo criterioso do sistema (assepsia e remoção
de ar)• Seguir rigorosamente prescrição - comunicar intolerância do paciente à
prescrição (PAM)• Observância do sistema (dobras, clamps, coagulação, parâmetros-pressões)• Não negligenciar alarmes!!!• Somente pessoal treinado• Cuidado com EQEQ
Monitorização Sinais Vitais
• Freqüência monitorização TA (15/15 min)• Temperatura (risco hipotermia)• Freqüência e ritmo cardíacos• Condições de ventilação e SpO2• Glicemia horária (soluções com glicose, protocolo
insulina)• Débito urinário• Peso• Balanço hídrico 6/6 h
• Paciente: tolerância à prescrição, acesso (fluxo, fixação)• Observância do sistema:• Segurança e patência do circuito extracorpóreo• Taxa de ATC e sua efetividade• Taxa de UF• Coleta e monitoração Cálcio iônico (ATC regional com Citrato) e
provas coagulação (ATC Heparina)• Taxa de Qb, Qd e UF• Pressões do sistema – registro horário• Soluções de diálise e reposição (composição e fluxos)• Cor e volume do UF• ....dobras no sistema, falta de fluxo, coagulação, parâmetros-
pressões, condições do acesso.... => ter pessoal bem treinado...
Monitorização intra-terapiaMonitorização intra-terapia
Minimizar tempo perdido de diálise:trocas de bolsas, religar após interrupções para
exames, cirurgias
Observar adequação/patência do circuito/técnica asséptica/EPI
BH“Mesmo em equipamentos confiáveis devemos checar manualmente os parâmetros com certa freqüência”.
2501000 1020 -20
1000
100
+230zero Ver sistema, aumentar UF na FAD
900 1200 20010h
Folha de registros específica para diálise
Efluente
Atenção a critérios de desmame • a) ausência dos critérios para iniciar a diálise; • b) débito urinário em torno de 1 ml/Kg/h na
últimas 24 horas; • c) balanço hídrico empatado com a diurese
obtida.• período de observação de 24 horas em que o
procedimento pode ser reiniciado se voltarem a surgir indicações para tanto.
• Vamos admitir: erros acontecem! • CTI – ambiente forte fator estressor (sobrecarga de
trabalho, pacientes com cuidados complexos)• Profissionais com dupla jornada de trabalho• Falta de apoio tecnológico por:- Condições sócio-econômicas - Priorização no destino de recursos (?)• Falta de treinamento
Cuidados com soluções de diálise
Aquecimento excessivo
Composição eletrolítica em manipulados
Erro no preparo de soluções de diálise
Erros de hipo ou hiper-osmolaridade da solução de diálise só existiam na época de máquinas de tanque.
Hoje, preparar a cada hora solução de diálise + (Nora+Fenta+Mida+Insulina+ATB+ ....+....+ cuidados) =
Possibilidade de erro!
Utilizar soluções padronizadas ou preparadas por farmacêutico
Coagulação
Cássia Morsch
Problemas com Acesso Vascular
Cateteres• Falta de fluxo DobrasCoagulação• Exteriorização• Infecção• Entrada de ar – tampa aberta• Hematoma/sangramento inserção
PREVENÇÃO DE ERROS E EVENTOS ADVERSOS
• Simplificação do processo
• Criação de barreiras de defesa (checagem dupla, tripla)
• Educação continuada
Leape, 1994; Reason, 2000; Carthey et al, 2001; Helmreich, 2000;
Carvalho e Vieira, 2002; Gaba, 2000; Nolan, 2000
Manter material pronto para intercorrências
Agilidade na resposta aos alarmes
Identificar e corrigir prontamente
TEORIA DO QUEIJO SUÍÇO
A questão importante não é quem falhou mas como e por que as barreiras de defesa falharam.