Meus poemas 01

QUEM DEU CRDITO?Quem deu crdito nossa pregao?A quem o Teu brao se manifestou,Aquele que abriu seu pobre corao,Um hino novo de vitria cantou.
Perante Ele foi subindo como renovo,A beleza e formosura de si se escapou;Era o incio dum caminho novo,Que Jesus Cristo, assim tomou.
Indigno entre os homens, em trabalhos experimentado,No fizemos caso dEle, com rosto escondidos,Mas Ele no se importou de ser assim humilhado,Para resgatar homens que estavam perdidos.
Ele tomou sobre si, as nossas dores e enfermidades,Ainda que rejeitado, ferido de Deus e oprimido,Ele tomou sobre si todas as nossas iniquidades,E pelas nossas transgresses foi O Senhor ferido.
Todos ns como ovelhas, andvamos desgarrados,Cada um se desviava pelo seu prprio caminho,Mas Deus fez cair sobre Ele, todos os nossos pecados,Jesus aceitou com muito amor e eterno carinho.Por: Antnio Jesus Batalha.

NAS PROVAS.Nas provas ou em cativeiro,Sofrendo a misria, sem dinheiro,Senhor, guarda a minha f em ti,Senhor, concede-me a Tua coragem.
Porm se com honra for coroado,Possa ser com humilde corao achado,Para que ainda abundem as Tuas bnos,Senhor, d-me a Tua mansido.
Como Jos eu possa perdoar,Estando em Cristo escondido para amar,Rendendo a minha vontade Tua,Senhor, concede-me a Tua bondade.Por: Antnio Jesus Batalha.

NO QUERO ESQUECER.No quero jamais esquecer,O que Cristo fez por mim,Est marcado no meu corao,Esse amor de Deus amor sem fim,Resgatou-me, jamais vou esquecer,Por mim, a morte ele encarou,Pagou um preo que no tem fim;Na cruz seu sangue derramou,Tudo o que Ele quis por mim oferecer,De graa recebi, jamais vou esquecer,Seu sofrimento foi um preo sem medida,Para me dar sade em toda a minha vida,Seu precioso sangue na cruz derramado,Foi o remdio para apagar todo o meu pecado,Mas era preciso isto tudo acontecer,O meu melhor amigo, jamais vou esquecer,Jesus pagou o preo e tomou o meu lugar,Um preo que eu no posso descrever,E me deu o cu, sem ter nada a pagar,Ele mesmo afirmou est consumado,Foi tudo de graa, jamais vou esquecer,Tambm me livrou das garras do acusador,Lavou minha alma de todo o pecado,Fazendo-se o meu querido Salvador,Os dons que me deu, jamais vou esquecer,No ficou na cruz, Jesus ressuscitou,Garantiu-me no cu uma vida a valer,Se eu lhe for fiel, vida eterna me dar,Duma vida de misria Ele me libertou,Deu-me paz e luz, jamais vou esquecer,Ele me prometeu que me ressuscitar,Com Ele eu virei para na terra reinarJunto com todos os Santos,Para sempre culto a Deus celebrar,Vida de alegria, jamais vou esquecer.Por: Antnio Jesus Batalha.

VIDA.

A vida;
passageira,
Como a gua,
Que corre,
Corre sem parar,
Umas vezes calma, Outras vezes veloz,
Corre pr mar,
Sem parar,
Sem deixar de existir,
gua que se funde ,
Sem se notar,
Est l,
A vida,
Aqui,
Um dia tem fim,
No segredo,
sem medo,
Do medo,
Ela corre como a gua,
pr mar,
At noutra vida,
Se transformar.
Por: Antnio Jesus Batalha.

O TEU DIVINO AMOR!

Dalm, do nosso alcance.
Indescrutivel seu valor,
Tudo por ns deixas-te,Nunca aqui te queixaste
Por ns vieste morrer,
Para levar-nos, remidos,
Contigo sempre viver.

NASCENTE.
O nascente que encontrei,
De gua pura e cristalina,
gua que admirei,
gua pura e Divina,
gua fresca,
Muito leve, e sadia,
Que dela bebi a cada dia,
Eu sentia,
A gua,
Que corria.
E eu ali,
Sentado,
Junto ao nascente,
Pus-me a pensar,
Onde esta gua vai parar?
Segui a gua,
Fiquei admirado!
Que a gua que eu segui
Agora, era um lago,
Nele entrei,
Nadei.
Sa, e fiquei sentado,
Pensei,
Vou passar para o outro lado,
Dei a volta,
Mas pude reparar
Que as guas deste lago,
Iam continuar,
um rio!
Clamei:
o rio que eu achei.
Por:Antnio Jesus Batalha.

BOTO DE ROSA.
O nascente que fluiu,
Do meu boto de rosa,
Vai crescendo,
Como um rio,
Ou uma rvore,
To formosa,
Cresce,
Encanta,
Por encanto,
Flor santa,
O nascente que fluiu,
Do meu boto de rosa.Por:Antnio Jesus Batalha.

A ALEGRIA.
Quero para mim esta alegria,
Como provar sabores numa festa,
Quero para mim esta alegria.

De ver nascer o sol a cada dia.
Saindo fora de toda a melancolia,
Duplicar a esperana que me resta.

Quero fora toda a tristeza.
No esquecer por um minuto,
Quero fora toda a incerteza.

No esquecer; mas ter a certeza,
De dar graas; pelo po na minha mesa,
Ser sincero, real absoluto.

A MINHA ROSEIRA.
A minha roseira tem rosas,
Desfolhadas pelo vento,
Seus beijos so como prosas,
Que versejam com o tempo.

A neve que sobre si vem,
firmeza na sua vida,
Amor que sempre tem,
Quando plos ventos sacudida.

As rosas da minha roseira,
Desfolhadas pelo vento,
So versos minha maneira,
Que versejam com o tempo.

O CANDEEIRO.
Acendo o candeeiro do tecto,
Quando est a escurecer,
H momentos de afecto,
Antes de adormecer.

Ao olhar pela janela,
H uma paisagem sem fim,
Vejo o Tejo,E vejo nela,
O quanto gosta de mim.

Elevo os olhos ao cu,
Dando graas ao meu Deus,
Por Sua grande compaixo.

Apago o candeeiro do tecto,
H momentos de afecto,
H amor e gratido.

NS DOIS.

Vamos viver a vida longe de tormentos,
Sempre bem unidos, como seres humanos,
Gozar cada momento, destes ltimos anos,
Ainda que nossas foras seja lume j lento.

Vamos viver a vida at que a gente possa,
Envolvidos em Deus,lanar fora o desgosto,
Agora que j temos uma casa nossa,
Tudo bem arrumado, limpo e composto.

Seja sempre de confiana nosso amor,
este o meu desejo e pensar,
Por dias, meses,anos horas seja o que for.

Nada pode ser contra ao nosso desejar,
O tempo nos une mais, afasta toda a dor,
Temos a nossa fora no Nosso Rei e Salvador.

UM SANTO ABRIGO.

Podes encontrar, um Santo Abrigo,Feito de grande amor e de perdo,Onde podes esconder-te do perigo,Aquecer e animar teu corao.
Podes encontrar um Santo Abrigo,Onde h repouso e muito amor,E ter Jesus Cristo como Amigo,E gozar para sempre do Seu favor.
Podes encontrar um Santo Abrigo,Feito de grande paixo e ternura,Escuta agora o que eu te digo,L, o amor e a paz sempre dura.
Podes encontrar um Santo Abrigo,Repleto de verdade, graa e luz,Espero encontrar-me l contigo,No Abrigo, que o Senhor Jesus.Por: Antnio Jesus Batalha.

PASSADO.

J fez em Julho dois anos,Que agora , ento j era,Mudei de stio outra terra,Por me criar alguns danos.
Mudei terra mudei vida,Entre to grandes mudanas,No vi dor na despedida,Nem tristeza semelhanas.
Agora sei foi melhor,Que a mim mesmo o digo,Deixando atrs toda a dor,Que j tanto mal acendido.
J aquele tempo passado,Sigo no caminho com prazer,No Grande Pastor abrigado.
Rejeito em mim mais enganos,Com grande obra para fazer,Nadarei em outros oceanos.Por: Antnio Jesus Batalha.

PAZ.

Tenho paz, no fao guerra,
Pra ser zeloso cada dia me fao,
Subir bem alto acima da terra,
Dar a todos um grande abrao.

Aquela priso que a tantos encerra,
No me pode prender, no seu forte lao,
No mata o amor e me desferra,
Livre estou de todo o embarao.

Vejo bem claro, com a boca grito,
Se a dor aperta, ou fico aflito,
Se h fortes ventos, peo socorro.

Levanto a voz, Ele vem me ajudar,
Certeza eu tenho que no morro,
Vida bendita no cu pra gozar.

PARA FILHA.
Pra ti filha querida,
Quero dar os parabns,
Por mais um ano de vida,
Nestes versos que tu ls.

Sempre foste uma boa filha,
Dizer tudo no sou capaz,
Que a luz que em ti brilha,
No te deixe voltar atrs.

Poemas no sei fazer,
Apenas posso escrever,
O que no meu corao vai.

Serei sempre teu amigo,
Estarei sempre contigo,
Um grande abrao do pai.

NETA.

Flor linda e delicada,
De alma pura e mimosa,
a raiz da madrugada,
Meu lindo boto de rosa.

Vejo no seu rosto o resplendor,
Serena e mui tranquila,
Do boto sair flor,
Como a alma saiu da argila.

Eu sinto um dever sagrado,
De dar graas ajoelhado,
Por este boto inocente.

Elevo os olhos para o cu,
Dando graas ao meu Deus,
Por este grande presente.Por: Antnio Jesus Batalha.

SEM TI.

Sem Ti deserto meu caminho,Jardim desprezado sem uma rosa,
Sem Ti noite triste silenciosa,
A Tua presena se torna cano,
Dentro do meu ser, rir gargalhada,
Como sol nascente na madrugada,
Repletas de amor meu pobre corao.
Preciso de ti, estendo meus braos,
Na vida preenches todos meus passos,
Sol que branqueia roupa estendida.
Meus olhos desejam um dia te ver,
O alvo certo de todo o meu ser,
s Tu a razo de toda a minha vida.Por: Antnio Jesus Batalha.

LIBERTAO.
Conhecedor do Amor e da Justia,
Escuta outra vez a minha prece,
O grito do meu corao que aparece,
Dentro da minha alma a ti submissa.

O que dorme tranquilo e sereno,
s sombras de cedros, seculares,
Como o levita que sobe aos altares,
Impasse da luz e do fragor terreno.

Acorda-o e que o sol alto e pleno,
Afugente as larvas das veredas tumulares,
Que surja e saia de dentro desses mares,
Encontre mundo novo que aparece com um aceno.

E em Ti est o governo das naes,
Busquem a liberdade entre clares,
O que por Ti sofre, e no se abate.

Sonhador que ergue a espada em combate,
O guerreiro santo na areia movedia,
Em Tua fora que a vida medra e via. Por:Antnio Jesus Batalha.

O RIO.
O nascente que encontrei,
E o rio em que eu nadei,
Era o mesmo rio,
Mas ainda,
Verifiquei,
Que o rio em que eu nadei,
No havia nenhum navio,
Mas,
Havia gente.
Muita gente,
Contente.
A nadar,
Nesse rio sem navio,
S gente.
Havia tambm rvores,
rvores de fruto,
Nas margens do rio,
Todos apanhavam
E comiam,
Os frutos,
Eu admirado,
Notava,
Que o fruto no faltava.
Saciava toda a gente.
Como eu estava contente,
De ter encontrado o nascente,
Levanto as mos aos cus,
Porque o rio em que nadei.
o rio que vem de Deus,
o rio que eu achei.

TU OUVES.
Deus como Tu s Piedoso,
s Senhor, Deus e Pai,
E ao que teu filho ditoso,
Tu ouves, at um ai,
Estrelas puseste nos ares,
Prolas se criam nos mares,
Ao campo deste a flor,
E a frescura nos montes,
E deste-me a vida Senhor!

RESTAURAO.
A verdade que foi arrancada,
Do teu jardim que florescia,
Beleza nele enaltecia,
Os padres da vida sagrada.

Para que fosse restaurada,
Dentro do jardim a beleza,
A morte, dor e Realeza,
Unidas na cruz levantada.

Com sofrimento foi comprada,
A verdade que arrancada,
Desse jardim que nunca foi teu.

Jesus Cristo foi levantado,
Com Ele foste crucificado,
Cravado na cruz o velho eu.

AGOSTO.
O luar de Agosto chegou,
Como nuvem voando no ar,
Ningum nele pegou,
E o trouxe volta, devagar.

Aves que voam ao luar,
Que saem breve, enlouquecem,
Saem na sombra a esvoaar,
Cansadas, cheias adormecem.

O raiar responde ao escuro,
Trazendo luz todo o segredo,
Volta o movimento seguro,
Respirar de alivio no arvoredo.

Melodias ouvidas ao luar,
No ter ritmos perdidos,
Escutando agora seu ecoar,
Som que fica nos sentidos.

SADO.
Na margem do Sado passeio,
como ave que no seu voo,
com vento se embriaga,
sobe e desce do cu,
e num instante,
o meu esprito se eleva,
sem peso nem pesares.
Como pena que sai da ave
quando esvoaa.
Paro e mudo de ver.
Pensando na existncia
de cada ser.
Na sua secreta vivncia,
como roupa debutada,
que pouca gente nota.
A forma escultural,
do mundo,
e nas Mos da arte feita.
Penso e tremo,
sou gro de areia
soprada,
Pela Mo de Cristo
moldada.
E em obra prima feita.

NADA ERA
Quando ainda no sabia,
J eu era sem saber,
No havia estrutura,
Nem palavras que flussem,
Em escurido constante,
Nada era importante,
Mas importante eu era,
O relgio marcou a hora,
O caminho percorri,
Nasce o dia ou a noite,
No sei, pouco importa,
Vi o sol a escurecer,
Vi o dia em seu esplendor,
E a graa de ser quem sou.
Servindo ao Senhor vou.
Ser escravo do Senhor.

TENTAO.
No cedas tentao,
Pois se cedes vais pecar,
Cada vitria te vai ajudar,
A ganhar outras maiores.
A luta te faz progredir.
A batalha te fortalece,
As paixes torpes te enfraquece.
Ele quer te salvar.
Ele farte- vencer. Por: Antnio Jesus Batalha.

DO INVERNO.
Do ventre do inverno saiu,
A quem primavera chamamos,
Mas apenas o que se viu,
Foi o Inverno que deixamos.

A senhora que envergonhada,
No quer deixar ficar mal,
Continua a ser molhada,
Querendo do inverno ser igual.

Cai a chuva, com grande vento,
O nosso clima est inquieto,
Como que sofrendo tormento,
Como que traz algo secreto.

PROBLEMAS.
H quem tenha problemas,
H quem os problemas atraem,
H vidas que parecem supremas,
De quem os problemas no saem.

H problemas bem resolvidos,
Outros nem pensados o sero,
H muitos problemas esquecidos,
Com medo de perderem a razo.

No principio parece pequeno,
quando deve ser resolvido,
Se cresce muito foge terreno,
No h lugar para ser metido.

Se o problema fica muito antigo,
Vai ficar forte como o vento,
Ento pega nele teu inimigo,
E faz tua vida grande tormento.

Cada um tem que de entender,
Como com o problema lidar,
Se para ti difcil de resolver,
Tambm no o deves arquivar.

ILUSO.
Passei no vale um certo dia,
Ainda na luz da madrugada,
Vendo a rvore que crescia,
Junto a outra bem encostada.

Pensei ento para comigo,
Se no seria imaginao,
Ao passar como quem sigo,
A rvore estende-me a mo.

O raiar do sol que aquecia,
Trazendo luz toda a beleza,
Beleza que antes no via.

Dormitei, mas ao acordar,
Veio ao meu ser uma certeza,
Que desejo tenho de c voltar.

ARMADILHA.
Com essa cara de piedosa,
Enganaste muita gente,
Com esse ar de inocente,
Mas no fundo uma vaidosa.

A luz que de ti refletia,
Como que certa e verdadeira,
Querias ser conselheira,
Nem amizade em ti havia.

A confiana que ento,
Havia, ou parecia haver,
Nunca deu pra compreender,
Nem saber, qual a razo.

Parecia que tinhas f pura,
Mas isso em ti no existe,
s feita de matria dura,
Pois a todos deixas triste.Por: Antnio Jesus Batalha.

CONFISSO.
No fiques mais na priso.
Tens em ti a claridade,
Para buscares a verdade,
E fazeres dela confisso.

Ergue tua voz ardente,
Com devoo e firmeza,
Vers que at a tristeza,
Corre de ti velozmente.

A confisso com ousadia,
Sem nenhuma covardia,
Faz de cada um vencedor.

A Palavra de Deus tem poder,
Para transformar o teu ser,
E te dar uma vida melhor.

REALIDADE.
Eu me rendo a ti Jesus,
Meu viver sempre Teu,
A Tua Palavra a minha luz,
O meu caminho para o cu.

Enquanto eu aqui caminhar,
Sempre vou encontrar tribulaes,
Levantam-se como ondas do mar,
Sem eu compreender as razes.

A Tua Palavra em minha vida,
Se por mim, a cada dia vivida,
Trs-me verdadeira salvao.

E firmado nesta verdade,
Torna-se para mim realidade,
Se fizer dela minha confisso.

DIGO.
Tu ainda s o fogo
que acendes em mim
a verdadeira chama.
E despertas a ave
que magoada,
deu queda da rvore
de seu ninho.
As palavras que nada
trazem e que o
vento arrasta,
no se comparam
quietude da sombra
e do sossego do ninho.
Revoltei-me,
e me detive,
no conhecimento do Teu
saber ento foste Tu,
que na Tua graa,
me trouxeste de novo aos prados
do Teu Caminho.

A PALAVRA
A Palavra que para ns enviada,
Palavra falada com boa voz,
Palavra que ao cu elevada,
Palavra que volta para ns.

Palavra firme em ns vincada,
Palavra que corre como ribeiro,
Palavra de Verdade assim falada,
Palavra que satisfaz por inteiro,

Palavra mais linda que uma flor,
Palavra mais forte que um tufo,
Palavra, com Palavras de amor,
Palavras que do paz ao corao.

FOI ASSIM.
Olhei para mim e
esperei o que nunca
chegou,
Ento cansado das razes
que perto me detiveram.
Sem nome de voz,
A voz sem nome
mui perto,
mas distante,
festas sem vozes,
E a voz que no encanta.
Mas quando,
com solido me condecorou,
Com o cravo da ausncia,
palavra que nada trazia
riqueza da vida,
e de presena to fria.
Ento tranquilo,
aguardo em sossego,
A nsia da grande onda,
Que na dana descontrolada,
como de nave rangendo,
Ento fico e descanso,
Para morrer, vivendo.

COM O CORAO SE AMA.
Amar com o corao,
mui contente,
Combater sempre batalha justa,
Aquele que segue a Palavra fielmente,
O inimigo muito feroz,
o no assusta.
Amar
a palavra doce da razo,
Sem ela no ser justo o combate,
Se dizes que ests dentro da salvao,
V no mundo
quem precisa de resgate.
Empunha a espada
guerreiro destemido,
Acredita na Palavra
que tudo te faz vencer,
Tu s de Deus,
homem forte redimido,
Com vitria certa,
de apenas s crer.
Deves confiar
com f pura e vibrante,
Como a luz alegre da madrugada,
Enche o corao
dessa fora triunfante,
Dos que esto espera
da luz imaculada.Por: Antnio Jesus Batalha.

EU TE AGRADO.
Se pra mim no viesse poder
De ti, e eu te amar,
Decerto estava a sofrer,
Sem nada me poder valer,
O mal me vinha matar,

Tua graa me querida,
Preenche todo o meu ser,
Me ds amor sem medida,
Tua graa completa minha vida,
Que mais posso eu querer?

No sei como,mas te agrado,
Quero ser assim submetido,
A nada sou por Ti forado,
Viver vida com cuidado,
Para que no caia perdido,

Conhecer Tua liberdade,
Ficar longe do perigo.
Falar sempre Tua Verdade,
Sei que essa Tua vontade;
Sofrendo ou no, eu Te sigo.

A JANELA.
Na fora humana.
Tambm experimentei,
mas com meu ser frgil,
nada produzi.
Do sbio Daniel me lembrei,
A janela eu abri.
A minha fora deixando,
Esperei pelo Divino sopro brando,
Do Esprito Santo de Deus.

A ALMA.
Quando nossa alma nesta vida passa,
Como peregrina vagueando neste mundo,
Sem o Amor de Deus, tudo ela abraa,
Nos prazeres da vida, amor vagabundo.

Como um regato de gua mansa e fina,
Quanta tristeza, lgrimas derramadas,
Para todo o charco a alma se inclina,
fonte divina, so todas chamadas.

Desejo, iluso, sobrepe-se vida,
Como a meia noite em densa treva,
Vagueia sem rumo, anda perdida.

Deus Senhor sobre toda a criao,
Mudar todo o rumo da vida que leva,
Sacudir do manto sujo toda a iluso.

AQUELE QUE ERA.
Aquele que eu era, e que era eu,
Foi sonho, e foi realidade,
Que me vestiu a alma sem saudade,
Passado que pra sempre desapareceu.

Passando a noite escura, e ao v-las,
As vestes brancas, sadas da cruz,
Na minhalma brilhou mais que estrelas,
Como o raiar do dia, em plena luz.

Desse mundo que era meu, no quero ter,
Passado intil, para sempre esquecer,
Como torrentes, que no sabe o caminho.

Veio o Teu grande amor em mim viver,
Com tua vida no temerei morrer,
Guardo agora eterno carinho.

JARDIM OLOROSO .
O que vale jardim oloroso,
O que vale o mel doce e puro,
O que vale encontro formoso,
O que vale beleza no escuro.

O que vale monte que nuvem atinge,
Da encosta deitando regatos e fonte,
Ele que na altura at finge,
Que d vistas a grandes horizontes.

O que vale rios e lagos mais brancos,
A fronde no azul desde o sol a nascer,
Nos lembram vestidos vlidos flancos,
At que chegue a noite, o luar a romper.

E tudo que existe na terra e no cu,
Do odor da rosa, fragrncia da tlia.
Lembram desenho dos Dedos de Deus,
Nada vale mais que o esplendor da famlia.

FOI POR MIM.
O quanto por mim sofreste,
Aqui enquanto vivias,
Ganhaste e no perdeste,
Vida eterna me deste,
Valor que em mim vias.
Cansado ento estavas,
Com toda a sujeio,
A minha conta pagavas,
Minha vida transformavas,
Ganhavas meu corao.

O MEU MELHOR AMIGO.
Deus, Amigo querido,
Eu te peo perdo,
Por quem diz que teu filho,
Mas se tem esquecido,
Das verdades da Tua Palavra,
Que quer ser bom conselheiro,
Mas vive apenas para a fama,
E seu corao est no dinheiro,
Mas, dorme bem em sua cama,
Que por Ti seja ferido,
Falo-o lembrar seu pecado,
Para que volte arrependido,
E seja assim transformado,
Desse pobre tem compaixo,
Deus Amigo querido,
Eu te peo perdo

ADORAO.
Quando penso em ti Senhor,
Recordo o teu grande favor,
Tudo o que fizeste por mim,
Que na cruz deste tua vida,
Pela minha alma perdida.
Ento rompo em adorao,
Numa humilde cano,
Para Ti meu Bom Redentor,
Estou livre pra te adorar,
Quero a cada dia cantar,
Esta humilde cano.
Minhas mos levantarei,
Para ti meu Senhor e Rei,
Eis a minha adorao,
Tudo o que tenho teu,
esta a minha cano,
Senhor da terra e do cu.

O IMPORTANTE.
No importante que os outros dissessem,
Que tens mui largas simpatias,
Se no teu corao, h muitas covardias,
E teu viver a muitos arrefecem.
Se de ti s se recebe sensaboria;
E se as contasse, e todos soubessem,
Talvez outro juzo de ti fizessem,
E assim acabavas com tua fantasia.
O teu feitio enerva e no constri,
Porque s tens prazer em dar guarida,
Ao cinismo que fere e que nos di.
Desperta em ti esta verdade,
Daria o melhor da minha vida,
Para te ver e ouvir na sinceridade.

DIFERENAS.
Pensamos mais, fazemos menos,
O que fazemos muito aqum,
No amar ficam torres,
Que amamos mas quem?
Amar e pensar qual diferena?
A diferena em pensar e amar,
Embora junto a quem,
A fuga para Saturno,
A diferena entre as duas tem.
Os sentidos voam no espao,
Em prticas produzidas por ns,
Onde chego eu a quem amo e abrao,
Diferena entre duas aqui tem.
Vamos captar o passo desejado,
No tempo por ns talhado,
Em ritmo acelerado,
Vencer as diferenas, quem as no tem?

A HORA EST PERTO.
Oh esposa imaculada fica alerta,
Fica esperando o Noivo e Senhor,
No durmas, mas fica desperta,
Que tuas lmpadas brilhem com amor.
Se tua espera se torna penosa,
s mais um pouco esse sofrer,
Olha para os cus, pois a Estrela Radiosa,
Em nossas almas vai resplandecer.
Meu Redentor, Rei e Senhor Amado,
Faz com que tua esposa esteja atenta Tua voz,
Que a cada dia se aparte do pecado,
E v ao Teu encontro de um pulo veloz.
A hora est perto, Irmos em Cristo velemos!
Muito em breve a trombeta soar,
Juntos unidos, assim marchemos,
Porque certo Jesus Cristo voltar.

SEMEADOR.
Brilha no ser a verdade como a aurora,
Em cada vida haja esta conscincia,
A verdade com alegria e potncia,
Liberta da incerteza que o ser devora.
Conhecers ento os belos dias,
Livre de tormento e terrores!
Mostrando a soluo das tuas dores,
Trazendo a teu corao belas alegrias.
Ento livre como um semeador,
Sem ficar cansado percorre o espao,
Trazendo os seus molhos no regao,
Colheita de grande alegria e amor.
Por : Antnio Jesus Batalha.

O CAMINHO DO CALVRIO.
Frente ao rei Jesus acusado,
De boca fechada, nada respondeu,
Fica Pilatos maravilhado,
Nada respondes?quem manda sou eu.
Nenhum poder terias contra mim,
Se de cima no te fosse dado,
Mas foi mesmo para isso que eu vim,
Dar a minha vida, ser crucificado.
Pilatos queria a Cristo libertar,
Aquela multido, clamava de novo,
Que a Jesus Cristo devia crucificar,
E o Seu sangue, caia sobre o povo.
Entrega Jesus, para que seja aoitado,
Coroa de espinhos, Sua cabea rasgada,
Comea o caminho, Cristo carregado,
De uma tosca cruz,pelos prncipes talhada.
Era difcil o caminho, duro de suportar,
Caminho longo de pedras, que ao calvrio conduz,
Agarraram a Simo, para o poder ajudar,
Porque Ele no suportava, o peso da Sua cruz.
Chegou ao cimo do monte muito desfalecido,
Estende Suas mos para que sejam cravadas,
E entre os malfeitores Jesus Cristo erguido,
Suas mos estendidas, mos Santas e Sagradas.
Um grande convite, Ele hoje te faz,
Vinde a mim, todo o pecador;
Vinde a mim e encontrareis paz,
Eu serei, O Vosso Rei e Senhor.

PALAVRAS.
Essas palavras dadas de bocas puras,
So de Deus ofertas a ns enviadas,
Vm de fonte de guas futuras,
Nos coraes agora derramadas.
So olhos que vm a distancia,
Braos abertos com um desejo,
Fazem lembrar que a infncia,
Trazem o caminho que almejo.
Voz na escurido que anuncia,
Aos que esto nas trevas do abandono,
Que pode transformar a noite em dia,
E dar um lugar junto do Trono.

JESUS MEU PILOTO.
Jesus meu Piloto amado,
Neste mar revoltado.
Quando o vento sopra e rasga a vela,
Fria a noite e mostra comprida,
Se torna difcil chegar ao fim dela,
Fica meu Senhor na minha vida.
Se elevam as ondas em braos de espuma,
Contra mim rugirem em clera contida,
A luz desaparece, e cresce a bruma,
Fica meu Senhor na minha vida.
Quando Tua bondade fica como esquecida,
O teu imenso Amor vem me guiar,
Fica meu Senhor na minha vida,
Como barco sossegado no alto mar.

O QUE SOU.
Sou luz que arde
Sem nada queimar.
Sal que tempera
Sem nunca salgar.
Pedra esculpida,
Lavrada e servida.
Sou carta aberta
Para que seja lida.
Sou vaso talhado,
Sou barro bruto,
Por algum trabalhado.
Sou testemunha que fala
Daquilo que conhece,
Sou filho do Rei
Que a Palavra enobrece,
Sou quem espera, a vida o Porvir,
Sou servo marcado para servir.

DA ALMA.
Nas Suas Mos esta massa fria,
O Oleiro moldou num s dia,
O saber e querer me h dado,
Bruto barro em Suas Mos moldado.

Vida emprestada dias formosos,
Passando o tempo a beleza perece,
Em peito rasgado amor fortalece,
Sabendo que haver mais puros gozos.

Deus me conserve sempre a esperana,
No meu peito rasgado a boa lembrana,
Que Deus Senhor de tudo erguido.

Nesta vida arda fogo intenso,
Como rio que corre pr mar imenso,
Do meu Rei e Senhor, jamais esquecido.

BENDITA VIDA.
Bendita vida gloriosa e triunfante,
Sacode o mal do encanto e seduo,
Que meu render no seja vacilante,
Como rio de gua tranquilas, meu corao.

Minha alegre luz da madrugada,
Desce do cu pura e vibrante,
Para quem deseja a vida imaculada,
Faz de cada ser alegre e abundante.

Antes do mundo s a Luz formosa,
Que irradiou em todo o universo,
Brilha hoje na alma duvidosa,
No rio do teu grande amor submerso.

Que os ps sagrados pelos montes,
Suplicantes com f com esperana,
Encham de clamor os horizontes,
Ponham noutros a tua boa confiana.

SDE DE TI.
Minha sede por ti Senhor,
difcil de explicar,
Que rios corram do teu Amor,
Pra minhalma seca saciar.

Comparo ao cervo no monte,
Que quer sua sede matar,
Flua a gua da tua fonte,
Para minha alma inundar.

A secura experimentada,
S por ti conhecida,
Como terra seca e cansada,
Que precisa ser amolecida.

Mais do que se possa dizer,
Ou grandes livros escrever,
Anelo por ti Senhor.

A ti sem palavras me render,
Sei que sabes entender,
Por ti, todo o meu Amor.

A MO AMIGA.
O teu pobre corao,
Como areia na erva,
Em to grande solido,
Quem assim se conserva?
Ainda se levanta tarde,
De silncio arde o dia,
noite sua vida arde,
A tristeza muito fria.

Como figueira brava,
Que a ningum alimenta,
Na pedra nunca se cava,
Que vida assim se aguenta?
Nunca nada est perdido,
Para tudo h soluo,
Para o certo arrependido,
H quem lhe queira dar a mo.

MONTANHA.
Agrestes montanhas,
Mar revoltado,
Deserto com manhas,
O inimigo irado.
No meio cercados,
Com um medo atroz,
No ficam calados,
Levantam sua voz.

GRAA.
Tenho em mim a Divina Graa,
Uma luz quando anoitece,
Do meu ntimo jorra um rio,
Num constante desafio,
Mui sereno pr mar quando desce.

Vivia como quem passa,
Nem tempo tinha de parar,
Musgos nasciam dos meus passos,
Cordas fortes eram meus braos,
Quando os elevava para o ar.

Quando seguia meu caminho,
Ningum via se passava,
Alheio a tudo o que via,
Numa triste melancolia,
Que muito mal cantava.

SENHOR.
Dirige os meus passos Senhor,
tortuosa a via;
Conserta as fibras deste ser,
Que outrora emlanguecia...
Os meus lbios e corao,
Que almejam te adorar,
F-los fruir o Teu saber,
E sempre Teu amor gozar!

A MINHA MO.
A mo que te ofereo,
Para que venhas verdade,
tudo quanto te peo,
Que deixes essa vaidade.
tudo quanto te peo,
O voltares de direco,
A mo que te ofereo,
Pra deixares a iluso.
Abre teu corao,
tudo quanto te peo,
Segura com prontido,
A mo que te ofereo.

V
Que haja em ns f amor no caminho,
Elevar os olhos ver ao longe a ponte,
Caminho atravessar ao alto monte,
Onde se v a luz, a porta do nosso ninho.
A Palavra Sagrada do Divino,
Que em determinado vaso secou-se,
E a luz que nele estava dissipou-se,
Continua em frente grande peregrino.
Conquista com Cristo teu futuro,
Sente a glria e o poder em ti deixado,
Do Cristo que na cruz ensanguentado,
Fez de ti prncipe, em vez de mendigo escuro.
Plas bodas do Cordeiro embriagado,
Onde no h iluso ou fantasia,
Pelo Amor eterno arrebatado.
Ergue-te nessa firmeza estica,
Inalando em tua alma a maresia.
Em esforo glorioso de alma herica.

ESPOSA.

Como a esposa ao esposo,Como o governo ao seu pas,Como a alegria no seu gozo,Como o tronco raiz,s Tu Senhor para mim.
Como a luz na noite escura,Como a fonte no jardim,Como a gua na secura,Como o coro no festim,s Tu Senhor para mim.
Como o remdio ao doente,Como na calma a variao,Como a f ao que crente,Como a chuva no vero,s Tu Senhor para mim.
Como o rio que sempre corre,Como as floresta tropicais,Como o tempo que no morre,Como no campo os olivais,s Tu Senhor para mim.
Como a me ao seu filhinho,Como o bater do corao,Como ave no seu ninho,Como o chegado irmo,s Tu Senhor para mim.Por: Antnio Jesus Batalha.

SEMEEI PENSAMENTOS.
Semeei pensamentos,
Que no pode apanhar,
Soprados pelo vento,
Como a fora do mar.

Rios que sempre correm,
Sem nada para impedir,
Ecos que sempre morrem,
Sem os podermos medir.

Nascem sem serem semeados,
Crescem com uma razo,
Se continuam a ser regados,
Fazem-nos perder a razo.

Se a coisa se mostra feia,
melhor fazer paragem,
Pra no ficar presos na teia,
Nem prejudicar a imagem.
Por: Antnio Jesus Batalhas.

TUDO PERECE.
Neste mundo tanta beleza,
Tanta riqueza, no conhecemos,
Tantos planos que ns fazemos,
Tantos caminhos de incerteza.

O que fazemos e desfazemos,
corrida que vai contra o tempo,
Tudo perece vai como o vento,
Agora h muito, logo no temos.

Tudo perece murcha a beleza,
Foge a riqueza, esfria o amor,
Passa a morte, disfara o horror,
Passa a angustia e a incerteza.

Qual na espessura,do lrio a cor,
Sempre viosa to linda flor,
A bela neve com sua brancura.

Tudo pra sempre, nada voltar,
Tudo que se eleva, ela cair,
Brilha a virtude, na vida pura.

MUITAS VEZES.
Muitas vezes me parecem,
Minhas palavras muito frias,
Meu corao no aquecem,
So como palavras vazias.

Parece que no escutas,
O clamar do meu corao,
Continuam grandes lutas,
Sinto-me s sem tua mo.

A Tua Palavra a Verdade,
Que me ensina bem o sei,
Clamo pela Tua liberdade,
Que diante da cruz ganhei.

Meu corao hoje aquece,
Enche-o de palavras sadias,
Porque muitas vezes parece,
Que tudo so palavras vazias.

A RIBEIRA.
Entre Freixos e salgueiros,
Rio que corria levemente
quase no se mexia,
se virava calmamente.
A brisa soprava,
quase no se sentia.
O menino que dormia,
em cima do cobertor,
dormia, dormia,
torcia-se com calor.
Rouxinol que da gua bebia,
encima do ramo verde,
canta linda melodia.
Raios de sol que teimam,
atingir a gua corrente,
parece que tinha sede,
ou calor, como o inocente.

QUERO PARA MIM.

Quero para mim fora e coragem,
Coragem que no peito se mete,
Como o raio de sol numa paisagem,
Com clculos certos dos que agem,
Ecos que na terra se repete.

Dentro dessa luz a alma chora.
Com o Brilho que se ilumina,
Trs esperana numa aurora,
Brilha na alma a luz divina.

Quero viver com esta alegria,
Longe de tristeza e melancolia,
Deixar brilhar em mim esta coragem,

Raio de luz que em mim brilhou,
Em meu corao se tornou,
Numa eterna e linda paisagem.

QUERIA SER POETA.
Quem me dera poeta ser,
Com trombeta proclamava,
Para poder ento escrever,
Tudo o que de bem eu achava.

Vejo o homem em decadncia,
Tenho vontade de gritar,
Acaba com essa demncia,
Essa vida tens de largar.

Dilacerado e triste corao,
H alegria para ti afinal,
Deus tem de ti compaixo,
Quer dar-te a Paz Divinal.

O tempo eu agora parava,
Para mais tempo eu ter,
Com trombeta proclamava,
Quem me dera poeta ser.

TER F.

Ter f, sentir grande gozo,
Que se eleva ao cu, num descer constante,
Respirar, fruir alegria anelante,
No grande Amor do Todo-Poderoso.

Ver atravs dum raio luminoso,
A pureza de uma paz radiante,
Elevar em orao Ptria distante,
Contemplar as ruas, desejo ansioso.

Crer na cruz sem imagem feita,
Por mos humanas, falar com Deus,
No h honra maior e mais perfeita.

Ter f no amor, que maravilha,
Contemplar da terra o cu,
Graa derramada, alma que brilha.

DESPERTA-ME.
Desperta-me de noite
ao teu desejo,
Com a fora dos teus dedos
Com que me vergas,
No sono em que me deito
Tu me guardas.

Toma-me no pela fora
como que sendo,
Barro em tuas mos,
E molda-me, Senhor,
ao teu desejar.

Nos teus ombros me leva
docemente,
A obra imperfeita
Tu desfazes,
Teus dedos a pedra Tu sentes,
numa obra perfeita Tu fazes.

CAMINHO.

No caminho estreito que sigo,No h cruzamento para o alvo,Em sonhos e guerra com inimigo,Deus me guarda, me mantm salvo.Sou caminhante bem descuidado,Dos perigos que caminho encerra,Num leve descuido fico atolado,Passa o inverno, vem primavera.Deus me liberta, no me queixo,Falta minha, e meu desleixo, de confessar que sou culpado.Sigo caminho, h novo dia,Reina em mim a paz e harmonia,Sigo alegre, e muito animado.Por: Antnio Jesus Batalha.

TRAZ PRA MIM.

Traz pra mim Tua graa,Nos tempos que anoitece,Que meu corpo como um rio,Num completo desafio,Confiante sereno quando desce.Meu viver seja como quem passa,Sem olhar para trs e parar,Que largos sejam meus passos,Bem alto erguendo os braos,Quando Te servir e adorar.A vida em mim,e Tua graa,Me faz sorrir pela mudana,Vou segui sempre o caminho,No meu peito o Teu carinho,No corao vida e esperana.Por: Antnio Jesus Batalha.

A MINHA ALMA TEU JARDIM.Quo belo devo ter o meu jardim,Ddiva seu igual que o Pai me deu,E por amor do qual Jesus morreu,Ento h um dever em mim.Reg-lo com a minha orao,Abri-lo luz do sol da gratido,Deix-lo cresces com flor viosa,Com verdura viva e majestosa.Da f, que tudo sara e tudo aquece,E os frutos que embeleza e enobrece,E assim, abrindo rosas no deserto,Seguindo seguro por caminho certo.Apregoarei da Graa Redentora,A Beleza perfeita e duradoura,Que reflexo e espelho para mim,Quo belo devo ter o meu jardim.Imagem Sua, e Sua formosura,s pelo sangue, alma branca e pura,Escuta Sua lei, e Seus ensinos, para mim,Quo belo devo ter o meu jardim.Am-lo e obedecer, eis o dever,De quem quiser tornar-se um puro ser,E quando, enfim chegar ao teu portal,Recebe-o Senhor, nico ser Imortal.Para dizer-lhe com poder: Senhor,Lavado estou na Luz do Teu Amor,Que reflexo e espelho para mim,Quo puro devo ter o meu jardim.Por: Antnio Jesus Batalha.

CATIVEIRO.
Depois que me ausentei,
Sem saber o tempo gastava,
Pessoa triste me tornei,
Nas rvores pendurei,
Os instrumentos que tocava.

De meus olhos foi arrancado,
Perante um rio corrente,
Sio foi tempo passado,
Babilnia um mal presente,
Como pode ser comparado?

Canta prisioneiro alegremente,
Canta refreia esse medo,
Canta oh ceifeiro contente,
Debaixo do todo arvoredo,
Canta pois a dor menos sente.

A menos que perca a razo,
Seria isso causa idnea?
No abrandava a paixo,
Se cantasse em Babilnia,
As canes da minha Sio.

VEM VIVER.
Vem viver destes prados as belas flores,
Vem viver das suas sombras a frescura,
Vem viver de toda a sua formosura,
Vem viver de outra forma os dissabores.

Vem viver de outra forma o desgosto,
O pranto que passamos nesta terra,
As desiluses que esta vida encerra,
Vem viveras com alegria no teu rosto.

Este mundo uma floresta sem um prado,
Sem lugar de descanso rvore sombria,
Uma corrente de descanso de gua fria.

Ser que a vida te tem perguntado?
Ser que neste mundo a vida tem sentido?
Sim! Se aceitares Jesus como teu Amigo!

O QUE S?
s ser no mundo, andas perdido,
Que na tua vida andas sem norte,
s ser com sonho mas sem sorte,
s ser atormentado e dolorido.

Sombra de nuvem frgil e esvaecida,
A quem a vida amarga triste e forte,
Te suga brutalmente para a morte,
Sombra negra jamais compreendida.

s sonho passado sem caridade,
s vida vivida insatisfeita,
s criana que morre de saudade,
De ser a predilecta e a eleita.

Pessoa que passa e ningum v,
Pessoa que chora sem saber porqu,
s ser dum sonho que algum sonhou,
s ser na vida, que a vida no encontrou.

A MASCARA.
A mascara que envolveu teu rosto,
Ofuscando a realidade presente,
Encobrindo a verdade que ausente,
Escurecendo o lindo luar de Agosto.

Aquilo que dizes ser ainda no s,
Nem s aquilo que imaginas ser,
No entanto s tu que ficas a perder,
Se a mascara no cair aos teus ps.

Com o rosto descoberto na verdade,
Como imagem no espelho reflectida,
Mostram reflexos de uma nova vida.

Que em ti habite essa ansiedade,
De viver com o rosto em descoberto,
Trilhando assim o caminho certo.

ANSEJO.
Como gostaria de encontrar palavras,
com que pudesse expressar,
o que por Ti eu sinto.
Porque as minhas palavras,
j se esgotaram h muito,
No sou de teus filhos o melhor,
Eu Sei!
Sei tambm o quanto Tu me amas,
E o que valho para Ti.
Aceita o clamor de meu corao,
E a Verdade que est dentro de mim,
A qual bem conheces,
A minha vida te pertence,
Faz o que Te agradar fazer,
de minha vida.
Sou para Ti, sem querer, sem poder
e sem saber.
Que o verdadeiro amor,
cresa mais e mais no meu corao.
Tu me conheces.
At, onde eu me no conheo.
Te amo.
Senhor meu Deus.

A SOLUO.
Se a tristeza te invade, ou a solido,
E te sentes sozinho como num deserto,
E teu viver como caminho incerto,
Na Palavra tu encontras a soluo.

Ergue tuas mos com humildade,
Em sacrifcio de f e de esperana,
Pe na Palavra a tua confiana,
E nas promessas de pura verdade.

Mostra a Deus a tua gratido,
Com mente pura e renovada,
tua vida por Deus provada?
Socorro vir pra ti como claro.

NOVO DIA.
Como um diluvio de luz ao despertar.
Como um rio descendo a montanha,
Desaparecendo o encanto de todo o luar,
At acabar a luz que o mundo banha.

A bela flor que desabrocha da penha,
Como que querendo a calor agarrar,
Com receio que de novo no venha,
E depois fique triste sozinha ao luar.

A ave que empoleirada no silvado,
Canta uma cano que ela bem sabe,
Os visitantes que regressam ao prado,
Gozam da luz, antes que ela acabe.

A sombra que da montanha desceu,
Vai apagando aquela doce alegria,
Como um manto que se envolveu,
At que surja de novo a luz do dia.

MENINO MAGRO.
Aquele menino magro,
Que para um pedao de po,
Assim revolve os caixotes,
Olha bem! teu irmo.

Com maneira desajeitada,
Nariz sujo e pingando,
Olhos frios com lgrimas,
Mal tratado plos humanos!

Lutando para viver,
Nesta selva desleal,
Vai crescendo, crescendo,
At ser homem,quem sabe?
Talvez servo do mal!
dura,e pesada sua cruz.
O menino sem esperana.
teu irmo, e de Jesus.

MOS SANTAS.

Mos furadas peito rasgado,
Chagas abertas, marcas imprimidas,
Que para salvar as almas perdidas,
Assim quiseste, ser crucificado.

Esse Teu grande amor revelado,
Que no teu corpo as marcas so lidas,
Livro que transformou as nossas vidas,
Dum triste futuro ento marcado.

Na cruz mostras-te toda a piedade,
Amolecendo aqui toda a dureza,
Mostras-te ao mundo toda a verdade.

O amor do Cordeiro que do cu vinha,
Faz-me viver com toda a firmeza,
Dando nova vida alma minha.

ANDORINHA.
Vi uma andorinha voar,Para os lados do seu ninho,
Vinha uma guia a piar,
Que lhe barrou o caminho.

A andorinha no caminho,
Levava flor no seu bico,
Que carregava pr ninho,
Bom ramo de manguerico.

Com aquela flor que vinha,
E murchou pelo caminho,
Deixei de ver a andorinha,
Ou ela no chegou ao ninho.

A guia que tambm caminha,
Voando nas veredas do cu,
Foi procurar a andorinha,
E ao encontr-la, a comeu.

VEM PRIMAVERA.
Passa por este lado primavera.
Para encher o prado de flores,
Enquanto sobe bem alto a era,
Enlaando-se nos troncos em amores.

Canta o rouxinol suas melodias,
Saltita o pardal voa a andorinha,
Gozando o sol em seus lindos dias,
Como que de remorsos que ela no vinha.

Os dias quentes e longos comeam ento,
Onde o sol brilha com mais intensidade,
Dizendo-nos que muito breve chega o Vero.

As noites quentes com mais claridade,
Convidam a um passeio pelo fresco ao luar,
Antes que chegue a hora, a hora de se deitar.

EU ME RENDO.
A Tua Palavra graa profunda,
Que conforta em tempo incerto,
Minhalma quando moribunda,
E mostra osis no caminho deserto.

Eu rendo minha vida a Ti Jesus,
O meu viver ser somente Teu,
Pois Tua Palavra minha vida e luz,
Que ilumina o caminho para o cu.

Na minha vida ao caminhar,
Vejo que h muita tribulao,
Como grandes ondas deste mar,
Sem saber, sempre qual a razo.

A graa em Tua Palavra contida,
Trs para mim o sabor da vitria,
A minha orao por Ti ouvida,
Foras constantes na minha memria.

RVORE BENDITA.
Bendita s tu rvore florida,
Que em teus ramos me aninhei,
gua fresca no deserto nascida,
Fonte preciosa que encontrei.

No meu jardim plantada,
Como no osis sua palmeira,
Ainda que pelos ventos soprada,
Arde em meu peito como fogueira.

As tempestades que vieram,
Os ventos fortes que passaram,
Os danos que ento fizeram,
Foi os bens que em ns ficaram.

bom ter-te na minha vida,
Da tua companhia eu gozar,
rvore linda, rvore querida,
Para sempre eu te vou amar.

PEO-TE.
Fonte da vida, Excelso Senhor,
Que teu rosto se vire para mim,
E me transforma, como a Pedro,
Enche-me com Teu santo amor.
Que Teu grande amor sature meu corao,
Afim de poder transbordar,
E a alma sedente saturar,
Do Teu caudal de perdo.

H LUGAR.
Dentro da alma,
Lugar
Para o amor,
Quando
Cremos amar,
A casa Deserta
Para habitar
Como a rosa
Que foi cortada,
Pronta a murchar,
O vento
Que sopra,
Sem lugar,
Mas dentro
Da alma
H lugar.
Para morar.

ACREDITO AMOR.
Eu acredito no amor,
No amor verdadeiro,
Ainda que traga gran dor,
ele sempre o primeiro.
Sei que tudo acabar,
Assim como que de repente,
Mas o amor ficar,
A reinar para sempre.
Neste amor me revisto,
Tenho profunda gratido,
Ao Amor de Jesus Cristo,
Que reina no meu corao.

LUZ.
A luz que vem do teu Rosto,
Trouxe minha vida amargurada,
Um novo raiar de sol-posto,
Como a luz da madrugada.

Sem Luz sou folha, e flor cada,
Flr morta sem beleza por fora,
Trz o Teu raiar nessa aurora,
Logo de manh minha vida.

Contemplando apenas as alturas,
Quando o raiar da minha tristeza,
Sem mente aberta andei s escuras.

Trouxe ao meu ser grande alegria,
Vejo no meu intimo tanta beleza,
Porque a Luz Bendita me alumia.

LEMBRANAS.

Quando pela madrugada,
Saa para o trabalho,
Ainda noite calada,
Pouca roupa de agasalho.

Quando chegava noitinha,
J estava posta a mesa,
Naquela branca cozinha,
Com grande lareira acesa.

Ao lume tenho aquecido,
Depois da chuva molhada,
O meu corpo arrefecido,
Por aquela gua gelada.

Passei dias e muitos anos,
Mas poucos do o valor,
Na vida o que causa danos,
No corpo cheio de dor.

Mas tudo j passado,
Recordo por recordar,
Agora que aposentado,
No deixo de trabalhar.

MAR BRAVO.
Neste bravo mar, seguro ando,
No temo as ondas nem o vento,
Meu barco vai ao alvo dando,
Tenho esperana e livramento.

Olhando o mar fiquei imaginando,
Com esta alegria no meu pensamento,
Porque estar ele agora mais brando!
Ser que estarei de perigo ausente?

Sei que qualquer momento sopra tirano,
No alto mar minha alma no teme,
A calmaria apenas engano.

A minha esperana tenho posta,
Em Jesus Cristo que est ao leme,
No grande Piloto, que me leva costa.

NO AMOR.
No amor crescemos,
Envelhecemos lado a lado,
Lutamos vencemos,
Plo mundo partilhado,
Por abismos nesta terra dividida,
Passagem,
Que para ns no contida.

A luz remoa a neve,
Que nos teus cabelos cai,
A claridade dos dias,
Pela noite ela se vai,
A alegria da vida,
Que eu em ti amo,
Minha rosa alegre,
Que assim te chamo.

Palavras da tua boca,
recreia e ensina,
Tm medida no mundo que te estima,
Quero-te sempre na vida inteira,
Minha rosa,
Minha companheira.

PRIMAVERA.

21 de Maro comea a Primavera,
Pssaros cantam, rvores enverdecem,
Flores lindas no campo aparecem,
Trepa pelo muro a graciosa hera,

Acalma o mar, na praia maior espera,
Pouca gua os rios docemente descem,
Mudam os dias maiores, mais aquecem,
Em mim no houver, Sou quem era.

Quem no gosta do futuro, no siga o passado,
Para trs a noite, luz no seu estado,
Trazer para frente as lindas lembranas.

No haver ganho se nada se perder,
A maior riqueza cada um pode ter,
Ter dentro da alma puras mudanas.

ESTAS PALAVRAS.
Nestas frases no se queixe,
terra que eu j lavrei,
Atadas todas num feixe,
Carga que eu transportei.

A verdade que importa,
Sorriso que vem de dentro,
Abrir a fechada porta,
Nem que seja por um momento.

Deixa entrar a luz ausente,
Do Rei Jesus que nasceu,
Criar na tua alma nascente,
Dum rio que no teu.

Na tua alma ser acesa,
Uma fogueira na noite escura,
Ters tambm Sua Natureza,
Alma limpa branca e pura.

Ters em ti glria pura poesia,
Rio que transborda cheio de Graa,
Dentro de ti vindo de Deus.

Far-te- luz que ilumina,
Aos perdidos da tua raa,
Para ganhares os que no so teus.

ATRS.Para trs ficam fantasmas do passado,
Pedintes que jurei jamais amar,
Braos levanto num ngulo traado,
Caminho plano para caminhar.

Belas palavras em mim se cravaram,
Era o amor e o sangue a gritar,
Mos Perenes caminho traaram,
Luz Divina em mim vem raiar.

Atrs fantasmas, no quero jamais,
Tenho na minhalma os grandes sinais,
Paz e alegria, de Deus sou eleito.

Fechou-se a noite na triste montanha,
A luz derramada, em vida estranha,
Abre janela, a luz no meu peito.

MAR ENCANTADO.
Mar encantado,
De multido perdida,
Tronco curvado,
Mar esquecida,
Barco sem rumo,
Sem vida l dentro,
Passa o prumo,
Foge do vento,
Rebenta vulco,
Foge a mar,
Pula corao,
Fugindo a p.

O NOSSO GRITO.
Castanheiros abertos,
Com ramos novos,
O que h ao certo?
Fica deserto,
S nosso grito,
So gritos nossos.
Fica silncio,
Tudo parou,
Sem uma voz,
Nada mudou,
Gritamos ns,
Asas rasgadas,
Paredes caiadas,
Folhas cadas,

Das nossas vidas.
Castanheiros abertos,
Com ramos novos,
Depois o regresso,
De novo silncio
Da tua morada,
Fica deserta,
S nosso grito,
So gritos nossos.

A MINHA ROSA.

Colhi um boto de rosa,
Que estava numa roseira,
Deus a colocou ali,
Para que fosse minha companheira,
Decerto que ouve um jardineiro,
Quem plantou esta bela planta,
Criou assim uma rosa santa,
Que vive num belo canteiro,
Neste imenso jardim inteiro,
No h rosa mais viosa,
a mais linda e formosa,
Que at mais no pode ser,
Eu ainda volto a dizer,
Que lindo boto de rosa.

SEM RUMO.
Abriu Sua boca,
multido falou,
Surda,
Sem rumo,
Sem alvo,
Enganada
Com iluses,
Da vida
Fechada,
A morte
Espera ,
Desespera
A multido surda,
Sem rumo,
Com rumo ao abismo,
A multido,
Perdida,
Da vida.

CEMITRIO.
No cemitrio,
Que eu conheo,
Ninfas e sereias,
L vivem felizes,
Deixei,
No sozinho,
A casa desabitada,
Habitada,
Limpa,
Adornada,
Feliz.
E,moldada.

UM HOMEM EM FUGA.Jonas um homem a quem Deus chamou,Chamou Jonas, mas ele no se importou,Foge de Deus, foge sem parar,Na sua fuga caminha pro mar,Dentro do barco Jonas entrou,No baixo poro se reclinou,Jonas dormia, sem querer saber,A grande tempestade que estava a fazer,Grande vendaval e o mar revoltado,Jonas dormia, dormia sossegado,Sortes lanaram em Jonas caiu,Jonas explica que de Deus fugiu,A Jonas ergueram, no mar o lanaram,Logo as ondas da mar se aquietaram,Um peixe gigante a Jonas tragou,No fundo do mar Jonas orou,Ele se arrepende e se humilhou,Deus fala ao peixe, na terra o lanou,Vai a Nnive, fala a pregao,Se no h arrependimento, h destruio,Nnive ouviu, o povo se arrependeu. sombra da aboboreira Jonas se assentou,Descansado sombra sua alma alegrou,Um bicho com fome a aboboreira comeu,Jonas se entristece, quase morreu,Ento Deus lhe mostra o que aconteceu,Que a aboboreira no tinha valor,O que importava a Deus, era o pecador.Deus poupa a Nnive no seu grande Amor.Por: Antnio Jesus Batalha.

DELE.
Tudo o que tenho,
Deus me emprestou,
Nada meu,
para meu uso,
Vou ter que devolver,
O que Ele me deu,
Tudo dEle,
Tudo o que tenho,
Tudo o que sou.

O CAMINHO.
O Caminho, que caminho,
No o caminho sozinho,
Jesus est no caminho,
Jesus O caminho,
Por onde eu caminho,
Enquanto estiver no caminho,
No lutarei sozinho.
Jesus est a meu lado,
Para mim sempre virado,
Ele me fala baixinho,
Enquanto estiver no caminho,
H espao no caminho,
Para ti meu amigo.
Ouve bem o que eu te digo,
Jesus Cristo est pronto,
Para caminhar contigo,
Poders ento ter a certeza,
De no estares sozinho,
Pois Jesus te d firmeza,
Se estiveres no caminho.

FILHO PRDIGO. Um homem que amavaa seus filhos de igual maneira,Tinha casa e fazendas,Muitas riquezas e madeira.Tudo o que tinha era deles,No fazia distino,Veio porm, um mau dia,Em que o mais novo dizia,D-me a minha parte,Quero a diviso.O pobre pai emudeceu,E com o corao ferido,A fazenda dividiu.Toma! Aqui est o que teu,Juntou tudo, e partiu.Numa terra distante,Vivendo dissolutamente,Gastou tudo cegamente,At sem nada ficar.A sua vida abastada,Longe de ser controlada,Leva-o agora a mendigar.Chegou-se a um cidado,Pois queria trabalhar;Porcos lhe mandam guardar,Pois nada mais sabe fazer,E para sua fome matar,Bolotas tem de comer.Comendo bolotas, pensa ento,Mas pensa como outro homem,Os trabalhadores de meu pai,Tm abundncia de po,E eu aqui morro de fome.Arrependido e humilhado,Quer voltar para seu pai,Pensa em pedir perdo,Quer voltar a ter po,Nem que seja como criado.Perdoa-me pai querido,Porque muito eu errei,Eu estou arrependido,Por te ter ofendido,Para tua casa voltei.Levanta os olhos e viu,Viu seu filho perdido,Movido de compaixo,Corre para o abraar,Porque h muito que no o via,Pediu anel para sua mo,E sapatos para calar,Matou o bezerro cevado,Era tempo de alegria.Por: Antnio Jesus Batalha.

ESTAVA PERDIDO.O que fui antigamente,No o quero ser agora,Jesus Cristo Docemente,Transformou-me suavemente,Comeou de dentro para fora.As palavras que eu preferia,Eram torpes e sem valor,Estava cego, pois no via,Que aquilo nada valia,Estava vazio sem amor.Perdido na noite, sem marco, sem norte,Eu, cego, na estrada aqui, do egosmo,E quanto mais trevas, mais medo da morte,E quanto mais medo, mais perto do abismo.Um certo dia ouvi cantar,Hinos de louvor e adorao,O esprito me levou a pensar,Que eu estava a precisar,Encontrar a salvao.Esse momento chegou,De me render a Jesus,No meu corao Ele tocou,Aos poucos me transformou,Mostrando-me a Sua luz.Oh alegria, que me procuraste,No posso endurecer meu corao,S tenho de aceitar a Tua salvao,E sinto que no v a Tua promessa,De as lgrimas cessarem no porvir.Oh, Cristo piedoso! Tu viste a cegueira,Enchendo a minhalma dimenso terror,Estava a meus ps, do inferno fogueira,E Tu me gritas-te:Sou Teu Salvador!Oh Amor, que me fazes caminhar,Deponho em ti minhalma sucumbida,Tudo te devo, te entrego minha vida,E l, nas profundezas do Teu mar,Fala-a mais rica e cheia de Ti.Por : Antnio Jesus Batalha.

A CORRIDA.
Nesta corrida que corro hoje,
Fujo da vida sem esperana,
Sempre sigo como quem foge,
Dos prazeres que o mundo lana.

Corro buscando entendimento,
E conhecimento que alivia,
Da Palavra conhecimento,
Para minha alma energia.

Corro e encontro amor puro,
Deixando o mundo de engano,
Em caminho que bem seguro,
Deixo para trs mundo profano.

Se eu quero o alvo atingir,
Vou ter de sempre correr,
No parar, nem desistir,
No subindo, mas a descer.

UM DIA.
Menino que brinca no lago,
Criana rabina,
No fica sossegado,
Brinca com um barquinho,
E um peixe encarnado,
Barquinho de jornal
Que pelo vento perfilado,
No vi outro igual.
Na imaginao,
Embarquem com ele,
Entrem os heris
marinheiros,
Na escurido perdida,
Vencendo os piratas,
Em hbeis emboscadas,
Em lutas travadas.
Cuidado!
O vento mudou!
Oh!
O barquinho virou,
E como era de papel.
O barco se afundou.
Com o barco afundado,
E o sonho mudado,
A criana correu,
A bola chutou,
O peixinho nem se viu,
A criana?
Sorriu,
O sol se escondeu,
O dia acabou.

LAMENTO.
Creio hoje e acredito,
Que no sou como quero,
Levanto a voz num s grito,
De lamento e mistrio.

De lamento e de perdo,
De toda a minha vontade,
Rasgaria meu corao,
Varria dele, todo a maldade.

Sou rendido ao Teu querer,
Confesso mas sem saber,
Estou cansado de lutar.

As minhas mos erguidas,
Palavras por ti ouvidas,
Senhor! vem me guardar.

GRO DE AREIA.
Gro de areia que por Ti fui achado,
E em Tua presena graa eu achei,
Numa casa habitavl fui formado,
Lugar de morada do Senhor e Rei.

Lugar de servio louvor e adorao,
Pela Tua mo cada dia moldado,
Com Tua Palavra no meu corao,
Gro que nasce no campo lavrado.

Tua presena minha alma refresca,
Como brisa fresca em dia aquecido,
Rio corrente que alaga terra seca,
Um saudoso abrao de um bom amigo.

Faz de mim um servo submisso,
No meu ser com brasa marcado,
Prostrado me rendo ao teu servio.

Criado e moldado pela mo potente,
Gro de areia do cho apanhado,
Vestindo a armadura reluzente.

DIANTE DE TI.
No desprezo de sempre chorar,
Perante o trono da graa Divina,
Vendo a luz que alma ilumina,
Enchendo meu ser para adorar.

Desejo mais ser transformado,
Na gua Divina amolecido,
Levado ao forno mui aquecido,
E pelo grande oleiro moldado.

Que nada se possa engrandecer,
Que minha alma apenas possa ser,
Instrumento por Deus usado.

A grande misericrdia infinita,
Est em minha alma chama bendita,
Porque ainda sou ser inacabado.

PERANTE A CRUZ.
Diante da cruz do meu Mestre querido,
Que fonte perene de vida e de luz.
Naquela cruz que por mim foi ferido,
Por amor de mim meu amigo Jesus.

Diante da cruz, lugar de tristeza,
Porque meus pecados mataram o Senhor,
Diante da cruz, eu tenho a certeza,
Ele se fez meu Substituto e Redentor.

Diante da cruz, com f tudo alcano,
Ali tudo deixei, doenas, tristezas, enfim,
Diante da cruz, encontro descanso,
E graa,amor e paz de Cristo pra mim.

SALVAO.

Em mim tenho a salvao,Com seu sangue me salvou,Cristo me deu o seu perdo,E minha alma Ele, resgatou.

Mas para melhor eu ficar ,A Bblia mostra-me ento,Que a vida devo crucificar,Para minha santificao.

A morte que custa tanto,Mas precisa para mim,Sem ela no serei santo,Sem folhagem meu jardim.Por: Antnio Jesus Batalha.

COISAS.

H muita coisa que no sabem,Mas, eu sei, sim eu sei...Profundamente!E os poucos e raros que sabem, como quem no as sente,Ainda que as conte suavemente,Mas ningum as reconhece.Porque lhe falo em tom alheio,Algumas conto at a meio,Outras nem por isso,Nem mesmo quando parece.Sim refugiado no meu canto,Estou bem e entre boa gente.

Na vida feliz e contente,Destas coisas sono profundo,Sei muitas coisas, e no entanto.As fecho e guardo deste mundo.Por: Antnio Jesus Batalha.

VERDADEIRO.

O amor quando verdadeiro,Mais forte que ondas do mar,Sua fora maior que o vento,Que ningum consegue amarrar.

Fica em ns a vida inteira,A correr como um forte rio,Que cabe l toda a gente,Assim como no mar todo o navio.

De dentro de ns ele no sair,Nem devagar nem de repente,Se o quiseres mandar embora,Mandas embora toda a gente.Por: Antnio Jesus Batalha.

O BOM PASTOR.

Tenho um Pastor que tudo me dar,Todo o meu sustento Ele prover,Em verdes pastos me faz deitar,E em guas tranquilas descansar.

A minha alma Ele refrigera,Nas veredas da justia me conduz,Por Seu grande amor, Ele quisera,Fazer brilhar na minha vida Sua luz.

Se no vale da sobra da morte eu andar,Ele promete estar comigo no temerei,Garante uma mesa cheia me preparar,Na sombra das suas asas descansarei.

Na minha cabea est Sua uno,Meu clice de certo ir transbordar,A bondade e o amor me seguiro,Muitos dias na Sua casa irei morar.Por: Antnio Jesus Batalha.

A VIDA.
A florzinha que sempre vivia,
Em to grande alegria,
E comunho com todo o ser,
Passam dias, meses e anos,
Suas razes sofrem danos,
De sua beleza j no ter,

Depois de linda flor,
Sai dela todo o esplendor,
Pela determinao,
Tristes e sem poder,
Para fazer a flor viver,
Temos de entreg-la ao cho.

Chegando esse dia,
Que Deus quem sentia,
A extino de todo o ser,
A florzinha vai secando,
Seu caule vai murchando,
Lentamente at morrer.

DA LAMA.
Da lama e p fui tomado,
Nas Suas Mos esta massa fria,
O Oleiro moldou num s dia,
O saber e querer me h dado,
Bruto barro em Suas Mos moldado.

Vida emprestada dias formosos,
Passando o tempo a beleza perece,
Em peito rasgado amor fortalece,
Sabendo que haver mais puros gozos.

Deus me conserve sempre a esperana,
No meu peito rasgado a boa lembrana,
Que Deus Senhor de tudo erguido.

Nesta vida arda fogo intenso,
Como rio que corre pr mar imenso,
Do meu Rei e Senhor, jamais esquecido.

MOSTRA SENHOR.
Mostra-me Senhor, em que deserto,
Em que stio de minha vida encerra,
Enquanto me ds vida na terra,
Como o cu pode ficar mais perto.

Perante a vida ando em descoberto,
Mesmo quando o inimigo faz guerra,
Tua Vida dento de mim vitria encerra,
Me ilumina para ver o que est certo.

Mas s, no posso me defender,
Se por ti, no for acompanhado,
Sozinho decerto me irei perde.

A certeza de estares ao meu lado ,
Isto jamais me vou esquecer,
Ante Tua face sou lembrado.

IMPRUDNCIA.
Alerta devemos estar,
Em toda a nossa vida,
Na azafama da nossa lida,
Ou na noite a descansar.

Com luz a iluminar,
Os coraes a arder,
Dentro de ns o conhecer,
Quando Ele por ns chamar.

Que no seja o muito lazer,
A desculpa improvisada,
Quando soar a chamada,
Proviso devemos ter.

Lio para aprender,
Que de fora ficam a bater,
Os imprudentes esquecidos.

Quando a porta se fechar,
De dentro se ouve o falar,
No sois de mim conhecidos.

TERRA.
Terra, terra, terra,
Terra que no ouves,
Impassiva no entendes,
As vozes dos que clamam,
Porm um dia vir,
Teus ouvidos sero abertos,
Como um rolo te enrolars,
O teu dia acabar.
No mais sers ento,
Vestirs outras vestes,
Que jamais conheceste.
A Paz que rejeitaste,
Vir em grande glria,
Mas tu no a conhecers,
Porque eras, e jamais sers.

ANDA COMIGO.

Anda comigo, vou falar de EsperanaDa vida que ainda agora principia,Perde essa amarga e v desconfianaToma a minha mo de amigo,e confia.

Anda comigo, eu sei das tuas doresSou mais poeta sendo teu irmo.Nesta densa floresta cravada de flores,O trabalho e o suor so o mesmo po.

Anda comigo alm na clareira,H uma fonte para matar a sede,A gua pura, livre no se mede.E corre de graa para quem a queira.Por: Antnio Jesus Batalha.

O MEU DEUS.

Este Deus Em que me encanto, formado por trs pessoas,Pai, Filho e Esprito Santo,Trs pessoas numa s,O Seu amor Infindo,Amor que do cu tem vindo,Para me dar liberdade,Abrindo meu corao,Eu sinto esta Verdade,Verdade de salvao,Salvao que me faz santo,Este Deus, em que me encanto.Por: Antnio Jesus Batalha.

ESTOU ESPERANDO.

Bem de manh ou quando a aurora romper,Quando radiante o sol vence em vitria,Ou quando o escuro, o dia vencer,Poder aparecer Jesus em Glria.

Quando o astro-rei na sua fora chegar,Ou quando se declina com pouca luz,Em sua beleza a lua reflectir seu luar,Pode aparecer em Glria o Senhor Jesus.

meia-noite ou a qualquer hora,Que ningum sabe, nem pode prever,Ao cair da noite ou ao romper da aurora,Uma coisa sei, Ele vai aparecer.Por: Antnio Jesus Batalha.

AMAR.

Amar a Deus, ter f profunda,Procura na luz caminho certo,Amar e ver a alma moribunda,Ter coragem, arranca-la do deserto.

Amar a Deus de cabea erguida,Com plena verdade no corao,Mostra ao mundo suave e doce vida,Dar ao triste e abatido a soluo.

Amar a Deus,no uma frase feita,Dizer que tem f, paz e piedade,Mas sim entrar pela porta estreita,Ter no corao, de Deus a verdade.Por: Antnio Jesus Batalha.

O QUE VALE.

O que vales mundo em tua riqueza,O que vale o ouro e a prata que contens,Aquilo que parece ser grande beleza,O que de sorte lhe chamam bens.

O que vale riquezas em altos mares,Ter ilhas com muitos corais,Ou o vo fanatismo nos teus altares,Com f v incenso queimares.

A minh'alma clama em meus sentidos,Sinto-me intil entender no sei,Msica que chega aos meus ouvidos,Tudo queres ter menos de Deus a lei.

Para qu ter grande ansiedade,Se grito ao mundo esta verdade,Toda a cano de Amor ao universo.

Sem asas meu grito assim voa,Levando gemidos que a alma entoa,Ao mundo vo as palavras dum verso.Por: Antnio Jesus Batalha.

CAMINHADA.

Homem chamado sem nada saber,Leva cajado perante Fara,Ele e o irmo os dois vo s,Deixa ir o povo onde Deus quer.

Cajado na mo o rio abriu,Pedra rasgada gua a correr,Chuva cada para comer,Monte a tremer parece de frio.

Nada impede do povo seguir,Conhecem caminho para ir,Caminhantes sempre erraram.

A ira de Deus sobre os consumiu,Todo o desobediente no deserto caiu,Na terra prometida s dois entraram.Por: Antnio Jesus Batalha.

A PAIXO.

Quem aquela que anda assim pela vinha,Na noite pelas ruas meio encoberto,Com passos lentos, tentando ver o incerto,Com seu respirar manso de criancinha?

Talvez tenha acordado do sonho que tinha,Pensava que seu amado estava perto,Corre pelas ruas como num deserto,Pergunta a quem, resposta, no vinha.

Amigas minhas se viste o meu amado,Dizei-lhe depressa que eu dormia agora,E que ele pode ir alegre e descansado.

Sim eu tinha adormecido, conforme,Sempre meu costume, dormir, embora,Que meu corao, que nunca dorme.Por: Antnio Jesus Batalha.

PENSAMENTO.

Muitas vezes o pensamento,
como um cavalo refreado,
Que numa corrida levado,
A transformar o comportamento.

Pra escuta fica atento,
Pra como o cavalo alucinado,
Que tem frente abismo rasgado,
Tens fora! pra um momento.

Pra essa louca correria,
Antes que seja tarde de mais,
Pois o caminho por onde vais,
Leva-te a uma noite escura e fria.

A NUVEM.
Levantei os olhos e vi,
Uma nuvem no horizonte,
Subi ao cimo do monte,
Clamei! vem regar meu jardim!

Jardim que seco est,
Pelo sol e pelo vento,
Que fustiga cada momento,
E sem gua o que ser?

Mas a nuvem no escutou,
O meu grito meu clamor,
Nuvem vazia, sem amor,
Que o vento forte levou.

Nunca clames a quem est,
Nas alturas todo opado,
Porque sais amachucado,
E em nada te ajudar.

ESQUECIMENTO.

Muitos esto de p, mas esquecidos,O tempo os encontra ss encostados,E ali chorando triste aniquilados,Vertendo as lgrimas dos vencidos.

Por serem no pramo enfadonho,Vivendo luz de sonhos enganosos,Depois como aspectos lastimosos,Correu como um rio, o seu sonho.

A luz de seus olhos baa lutuosa,Com amargo corao, sem luz do dia,Faltando a Tocha gloriosa que alumia,Querendo viver em cripta monstruosa.

Se voltares luz gloriosa e triunfante,A verdade que trs num s dia,A cura, a liberdade e grande alegria,Sers vaso de bno gratificante.Por: Antnio Jesus Batalha.

REVEJO-ME.

Na cruz de Cristo me revejo,Crucificado nela estou,Pois meu ego ali ficou,Cravado com meu desejo.

Tenho de Cristo luz imensa,Vida abundante mais quero.Longe de mim o desespero,E a noite solitria e densa.

Na morte estou bem vivo,Em Cristo O glorificado,Sou para Deus servo marcado,No mais um servo cativo.Por: Antnio Jesus Batalha.

CONTAS.

linda a nossa vida,Se a soubermos viver,Seja curta ou comprida,Ou mesmo seja a sofrer.

preciso sempre lembrar,Que surpresas ela encerra,Mas com Jesus a pelejar,Vencedores somos na guerra.

uma vida emprestada,Por tempo determinado,Conta ter de ser dada,Plo que nos foi confiado.

Com Jesus tem mui valor,A vida que nos foi dada,Com f suportando a dor,Nesta vida emprestada.Por:Antnio Jesus Batalha.

CUIDADO.

Jardim cuidado e verde,Para dar flores todo o ano,Cada flor que arrancada,Ou planta mal tratada,Todo o jardim sofre dano.

Merece grande cuidado,Carinho e muito amor,As plantas que dentro esto,Se viverem juntas em unio,Reflectem ao mundo seu valor.

O cuidado deste jardim,De quem deve ser ento? meu e teu somente,Pois temos a boa semente,E o amor no corao.Por: Antnio Jesus Batalha.

FOLHA.

Fui uma folha soprada,Pela boca do vento,Num riacho encalhada,Na gua em movimento.

Folha leve dobrada,Pelas foras do mal,Do riacho foi tirada,Grande Amor divinal.

Folha que no lembrava,To frgil sofrimento,A vida que no buscava,Ter um bom sentimento.Por:Antnio Jesus Batalha.

FIGUEIRA.

A figueira plantada estava,Junto beira do caminho,O Mestre procurou sozinho,O fruto que tanto desejava.

Folhas verdes somente,Foi apenas o que encontrou,A rvore que amaldioou,Secou-se imediatamente.

Pelo tempo figos ainda no,Creio que o Mestre quis dizer,Que os frutos tem de haver,Quer no Inverno ou Vero.Por: Antnio Jesus Batalha.

SONHO.Um pardal que saltitava,De ramo em ramo.Entoando lindas canes,Ao ouvi-lo indagava:De onde vem a cada diasuas pores?Em seu piar replicava,Olhando para cima.

Olhei o campo de orvalho,Como um manto de manh.Flores lindas!Ricas como um trofu,Perguntei:Onde acharam elas,Estas lindas cores de roms?Mas a cintilar, responderam:Olhando para o cu.

Vi rosas com seus espinhos,Azuis, amarelas e brancas,Com suas ptalas brilhantes,Que para o cu se aprumavam,Com suas cores cintilantes,Como um tesouro;Lindas!Como elas brilhavam!

Vi um lindo rouxinol,Que entoava cantos seus,Lindos sons.Como sinfonias celestiais,Perguntei:Onde encontraste, os lindos madrigrais?Achei os meu amigo,Olhando para Deus.

Nas rvores, nas flores,Nos bosques nas lianas,Nos coraes surdos,Aos Mandos Seus,Em toda a roda.Das manses humanas,Eu vejo a vida, a erguer-se,E alar-se para Deus.Por: Antnio Jesus Batalha.

O CALOR.

A lareira que acesa,Imana o seu calor,Queimando a incerteza,Da fora do Teu amor.

A lenha que ardida,produzindo aquecimento, como fora na vida,Num vero arrependimento.

O fogo que provador,Do material resistente,Prova o verdadeiro amor,Presente em toda a gente.

O fogo como o amor,Que precisa ser ateado,Se vem a faltar o calor,Algum foi descuidado.Por: Antnio Jesus Batalha.

DETERMINAO.

Senhor! Aquela determinao imperiosa,Que no conhece, jamais uma derrotaSemeia na minha alma!Abrir-se-, qual plenitude eterna,Aurifulgente rota,Atapetada de rosas de bondade,Se esta prece atenderesBenfeitor! Riquezas no verei maiores,E da alegria, no coro triunfal,Cantarei, afinal,E cumprirei com perfeio,A misso gloriosa que me deste.Por: Antnio Jesus Batalha.

SOMBRA.

Debaixo da sombra do Freixo,Quero desabafar contigo,So verdades! No me queixo,Ouve apenas se s meu amigo,O que de mim de melhor te deixo,Pois o pior na cruz lancei,Por isso quero que digas,Somente o que eu te direi,Deixa em Cristo tuas fadigas,Pois foi nEle que eu as deixei,Faz do mal viver isento,Da tua vida uma verdade,Corre pra Cristo como o vento,Goza a plena liberdade,E num real contentamento,Vers a Verdade que te deixo,Quando desabafei contigo,Naquela sombra do Freixo.Por: Antnio Jesus Batalha.

SOLITRIO.

Vagueia o homem na multido,Sem distinguir a Santa Claridade,Que o pode transportar liberdade,Libertando-o da sua dura priso.

cativo que suspira, e vai como o vento,Vivendo sempre sua vida inquieto,Parece que em sua vida oculta algo secreto,Triste amargurado cheio de tormento.

Vos anncio que a Luz Sagrada,Suplicando de corao Ela responde,Como o sol que passa, no se esconde,Mas trs para ti a paz nesta jornada.

Ao passares pelo vale das incertezas,Consolao para ti sempre haver,Sua graa e proteco jamais acabar,Lanar para bem longe todas as tristezas.Por: Antnio Jesus Batalha.

CONSTRUIR.

Ao construir um castelo que me caiu,Com toda a fora eu edificava,Clamei Vida o que ela me dava,Dava-me Verdade e no me mentiu.

Era como a luz do sol que despertava,O claro que em meu ser refulgiu,Diferente da luz que de mim fugiu,Luz Real que ao longe deslumbrava.

Passei nessa vida crer amar e esquecer,Atrs dum sol de um dia e outro a aquecer,Para ter uma alegria de vez enquanto.

O amor que de mim ia fugindo,Inferior ao outro amor que vai surgindo,Caminho agora, plo qual eu ando.Por: Antnio Jesus Batalha.

BARCO PERDIDO.

Barco deriva no imenso mar,Sem ter noo do caminho que vai,Denso nevoeiro que sobre ele cai,Barco deriva sem nunca chegar.

Velas rasgadas o leme partido,Sem alimento no seu poro,Horas passadas em escurido,Barco deriva sem nico sentido.

Sem controlo,o barco deriva,Velas rasgadas com muita batida,Entre desnimo e grande gemido.

A imaginao de caminho perto.Sem orientao pensa que est certo,Vela rasgada barco perdido.Por: Antnio Jesus Batalha.

A VERDADE.

A verdade em tua vida,S tem valor;Se com verdade for vivida,Se for vivida com amor.A verdade tem poder,Poder para te libertar,Se no andares na verdade,Ela pode te condenar.A verdade de que falo,Nunca faz diviso,Entre o rico e o pobre,A todos d proteco.Para andares na verdade,Uma coisa deves saber,Deves com humildade,A salvao receber.H muitos que j o fizeram,E pensam que est garantida,Na verdade no quiseram,Andar nela toda a vida.No basta viver um dia,Um ms ou at um ano,Se algum pensa que basta,Vive apenas num engano.A verdade em tua vida,S tem valor,Se com verdade for vivida,Se for vivida com amor.Por: Antnio Jesus Batalha.

DADOR.

Oh dador Supremodos bens da humanidade,Concede-me, na Tua graa,Ouvidos que percebam a msicainefvel dos mundos invisveisLbios mais puros,para Teu louvor cantar,irresistveis.Pensamentos mais perfeitos,Envoltos em Ti Senhor,Atingindo a nobreza e a altitude,Da inabalvel convico do Teu amor.Por: Antnio Jesus Batalha.

A FORA QUE TENS.

A fora que tens como tempestade,Que jamais algum a pode parar,Navio que percorre o imenso mar,Semeando correntes de forte bondade.

Se nEle est tua alma transformada,E se ainda mais tu queres alcanar,Em guas profundas, vais ter de nadar,s videira, que tem de ser podada.

Descobre esta verdade, e em ti desperta,Prepara tua armadura tens batalha certa,A fora e vitria, para ti sempre vir.

Anjos que sobem e descem terra,Trazendo vitria, que pra ti encerra,Musica de paz e alegria se ouvir.Por: Antnio Jesus Batalha.

JESUS E A CRUZ.

Entre o cu e a terra pregado na cruz,No monte do Glgota O Mestre sofria,Seu sangue verteu, O Grande Jesus,Sem uma palavra, em grande agonia.

De livre vontade, sua vida deu,Braos abertos pregados na cruz,Cheios de amor assim padeceu,De livre vontade, sofria Jesus.

Para minha alma poder resgatar,Sua vida deu, por mim na cruz,Tudo sofreu sem murmurar;De braos abertos, sofria Jesus.

gua pediu,vinagre lhe deram,Com uma lana seu lado furaram,Coroa de espinhos na cabea puseram,Sobre Suas vestes sortes lanaram.

Pregado na cruz seu sangue verteu,Sangue inocente, pra minha alma comprar,De braos abertos Jesus Cristo morreu,Pagou todo o preo pra me resgatar.Por: Antnio Jesus Batalha.

S ALEGRE.

S alegre, como luz da madrugada,Que crescendo pura e vibrante,Enche de fora corao vacilante,Transmite alegre luz da imaculada.

Socorre de quem tristeza imensa,Tem corao desolado mais severo,Que segue noite negra, do desespero,Solitrio, imbudo de tristeza densa.

Mas tu irradia a luz da verdade,s smbolo contra todo o engano,Que enche corao do ser humano,Onde somente h tristeza e maldade.

S clarim, soando pelos montes,Entoando o cntico da verdade,Arrancando todo ser falsidade,Enche com clamor os horizontes.Por: Antnio Jesus Batalha.

OVELHA MUDA.

Foi desprezado, ferido e humilhado,No abriu a sua boca, ainda que oprimido,Da opresso e do juzo foi tirado,Pela transgresso do meu povo foi Ele atingido.

Entre os mpios foi sepultado,E com o rico na Sua morte,Entre o cu e a terra foi levantado,Seria esta a minha sorte.

Um dia todo o seu trabalho Ele ver,E o Justo a muitos justificar,E o despojo com muitos repartir,Porque os pecados sobre si levar.

Sua alma na morte Ele derramou,Foi contado com os transgressores,Os pecados de muitos Ele levou,Assim sofreu pelos pecadores.Por: Antnio Jesus Batalha.

A FAMA.

No busco para mim glria ou fama,Tudo isso semelhante ao vo rudo,Como o claro do fogo, extinta chama,Festa hoje, e amanh j esquecido.

Luz numa casa mal iluminada,Traz ao homem corao envaidecido,Procura a verdura em terra j lavrada,Tal essa glria, em corao j perdido.

Fama de mentira universal,Coisas fugitivas, fica a aparncia,Debaixo do sorriso, smbolo do mal,Frutos que no alegram a existncia.

Num coroado, com ptalas do engano,No deserto miragem, em nuvem ilusria,Caminha sem voz o famoso soprano.

Na vida no preciso de ter tal iluso,Fique quem quiser esse tipo de glria,Quero apenas um humilde corao.Por: Antnio Jesus Batalha.

ME ATREVO.
Me atrevo a pensar em Ti.
O quanto Tu me amas,
Sem eu saber o porqu,
Me atrevo a pensar em Ti,
Na Tua pacincia,
Na Tua graa infinda,
Na Tua paz gloriosa,
E na vida que me deste,
Na Tua luz gloriosa.
De Saron Tu s a Rosa,
A Rosa que brilha em mim.

ESTE MUNDO.
Quando contemplo este mundo,
Nem vontade tenho de rir,
Vejo-o doente moribundo,
Que vacila prestes a cair.

Meu corao num momento,
Os homens correm para o abismo,
Cegos, perdidos em sofrimento,
Preveem grande cataclismo.

Mas o Criador com amor ardente,
Vem clamando s almas perdidas,
Chama para si toda a gente,
Quer dar vida, s suas vidas.Por: Antonio Jesus Batalha.

GRANDE AMOR.
Para que fiques conhecendo,
O grande amor sem violncia,
E que tira o fardo da indecncia,
Como vidas alegres correndo.

Far-te- como rio caudaloso,
Que segue com fora, quebrando,
Ninfas que se vo levantando,
Num mundo duro e tenebroso.

Com teus ps firmes no rochedo,
Podem soprar ventos aos teus ouvidos,
Pois O Santo que ouve teus gemidos,
Vem socorrer-te e te livra do medo.Por: Antonio Jesus Batalha.

A DOR.
A dor que estou sentindo,
E que meu corao desfalece,
de ver o perdido fugindo,
Num mundo vil que perece.

Vive triste, de Deus ausente,
Num mundo s de lamentos,
Sede da Luz ele no sente,
Vive pr mundo de tormentos.

O pecado que escurece,
Tirando toda a fermosura,
Como luz do sol desaparece,
Num corao de noite escura.

Palavra que brilha com frescura,
Fazendo o raiar dum novo dia,
Trs ao corao a formosura,
E um viver nobre de alegria.Por: Antnio Jesus Batalha.

A NEBLINA.
Num palcio amarrado,
Com vista para o terrao,
Bebe lgrima derramada,
De saudades de um abrao.

A neblina na madrugada,
Vem encher-lhe o regao,
Refrescar a alma cansada,
De sossego muito escasso.

Num jardim de rosas lilases,
Com perfume a alecrim,
Pensava nas veras saudades,
Do santo caminho sem fim.Por: Antnio Jesus Batalha.

O PRXIMO.

CAMPO ALEGRE.

SILNCIO.

PERDIDO.

VEM SENHOR.

TEMPESTADE.

NO SOU POETA.

CANTAREI AO SALVADOR.

O AMANHECER.

BRILHA

DESERTO. Desertos que percorridos,
Caminhos por que passei,
Sem serem passos vividos,
Nem no corao nascidos,
Veredas ss, que no criei.

Chuva que no desceu,
Como deserto que secou,
Porque a gua no correu,
No jardim que no meu,
Nem fui eu que o criou.

Porque o vero que no passa,
Castiga a vida somente,
Chegando a sombra da graa,
Enchendo a humilde taa,
Saciando a sede que a alma sente.

Subindo ao monte ento,
Longe da sombra do medo,
Com dilacerado corao,
Pregando o rosto no cho,
Na sombra do arvoredo.

UMA LGRIMA.

Uma lgrima derramada,
Na escurido da noite,
Do caminho que vivido,
Na luz do sol que no morre,
Da sombra que trs a secura,
No espreitar a luz da noite,
De mansinho sem nada querer,
Vai correndo como um ribeiro,
Ganhando fora na descida,
Alagando a plancie,
Sem nada que impedir.

O GRITO.

Grito de boca fechada,
Num vale que no conheo,
Ecos da sombra passada,
Na vida que foi mudada,
Em lagos que desfaleo.

Deitado no caminhar,
Com pedra no corao,
Em deserto a desmaiar,
Esperando o sol raiar,
Ou uma forte amiga mo.

Torrentes que vm teimando,
Para sair das suas grutas,
Sombras do vale queimando,
Como ocas trombetas soando,
O aproximar das fortes lutas.

Porque existe eu no sei,
O caminho da dura cruz,
Mas purificado eu serei,
Feito filho do Eterno Rei,
E um remido por Jesus.

DESERTO.

A fora que sopra o deserto,
Num constante desafio,
Como o barco em rumo certo,
Que vai descendo o forte rio.

Torrentes que teimando,
Pra sair das suas grutas,
Por caminhos de vales soando,
A chegada de duras lutas.

Cado e amargurado,
No caminho percorrido,
Triste num andar parado,
Parece um mundo esquecido.

A verdade que trs a razo,
Como o sol que aclara o dia,
Quebra a amarga priso,
Numa verdade que no via.

FUTURO.

No quero ser um outro,
Apenas ser o que sou,
Sou gro da rocha tirado,
Que o vento desgasta ao passar,
Sou plen que inseto no viu,
Sou vaso que se no v,
Caminho noutro caminho,
Sou e no me conheo,
Ansiando na esperana do futuro.

CORRENTES.

Ouve as correntes que correm,
Duma triste e humilde fonte,
Em sombras que logo morrem,
Como nuvem no horizonte.

Quando a alva empalidece,
E o caminho te- ferido,
Ou o dia no resplandece,
E a graa como adormecido.

Sombrio assim o caminhar,
Em vale deserto e triste,
Leva o caminhante a pensar,
Porque a alegria e paz no existe?
Por: Antnio Jesus

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Meus poemas 01