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Trabalho apresentado para o curso técnico em meio ambiente que fala da espécie invasora de mexilhão, o Mexilhão Dourado e os prejuízos que ele causa no RS.
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Avaliação do Potencial Genotóxico de Amostras
Ambientais da Região
Hidrográfica da Bacia do Lago GuaíbaAutor(a):
Izabel Vianna Villela
Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/7527
Nomes: Alice Falleiro
Luana Santetti
Taiana Vanzellotti
Porto Alegre, 13 de abril de 2010.
Instituto Federal do Rio Grande do Sul
Campus Porto Alegre
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Motivações para o estudo
� Necessidade de umbiomonitoramento na regiãohidrográfica do Guaíba;
� Necessidade de selecionar deum biomonitor para estudo;
� Mexilhão dourado (Limnoperna
fortunei) estar introduzido eadaptado a região.
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Região Hidrográfica do Guaíba
Nove Bacias
Imagem: http://www.proguaiba.rs.gov.br/bacias.htm
No Rio Grande do Sul, a maior parcela da população e da produçãointerna do estado estão localizados na Região Hidrográfica do Lago Guaíba,sendo este, por conseqüência, um grande receptor de contaminantesurbanos, industriais e rurais.
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Mexilhão Dourado
O mexilhão dourado é uma espécie de molusco bivalve da famíliamytilidae e pertencente a mesma família dos ³mexilhõesmarinhos´(Mytilus sp). A diferença é que o mexilhão dourado habitaáguas doces.
Primeiros registros desta espécie na America do Sul foi em 1991 noRio da Prata, próximo a Buenos Aires, na Argentina. Vindos dosudeste da Ásia, uma vez que a época de aparecimento na Argentinacoincide com os picos mais altos de intercambio comercial entre essesdois países.
A ocorrência do bivalve na Bacia do Lago Guaíba foi constata no finalde 1998, junto ao porto da cidade de Porto Alegre.
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Água de Lastro
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Disseminação do Mexilhão Dourado
http://www.malacologia.com.ar/MALACOLOGIA/Portugues/HIsti.htm
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� Grande capacidade de dispersão, porque possui estágio larval livrenadante;
� Grande adaptatibilidade ao ambiente, por isso é considerado praga;
� É de fácil captura e manipulação;� Ocorre tanto em locais livres de poluição quanto em locais expostosa diversos contaminantes ambientais;
� Pode ser encontrado nas diferentes estações do ano;
� São organismos filtradores com ampla distribuição geográfica;
� Apresentam ciclo de vida quase inteiramente séssil;
� Tem capacidade de acumular altas concentrações de prováveis
contaminantes;
Por que a escolha do mexilhão dourado
como possível biomonitor da região?
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Provoca danos ambientais e econômicos, entupindotubulações de tratamento e captação de água paraindústrias e destruindo habitats naturais por onde seinstala.
Problemas Causados pelo Mexilhão Dourado
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Problemas Causados pelo Mexilhão Dourado
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Metodologia
O bivalve exótico Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) foiescolhido, com base em dados de sua população e distribuição, comopossível organismo biomonitor nesta região para avaliar o potencialgenotóxico de amostras de água superficial e sedimento da Bacia doGuaíba.
Ensaio cometa e teste de micronúcleos para hemócitos de L.
fortunei
As amostras de água e sedimento foram coletadas em 8 pontos daRegião Hidrográfica do Lago Guaíba, 5 na região de foz dos principais
rios formadores do lago Guaíba (Gravataí, Sinos, Caí, Jacuí e Taquari),1 na foz do arroio Dilúvio, que corta a cidade de Porto Alegre, e em doispontos dentro do lago Guaíba (Guaíba PC e Guaíba BR), próximo alocais de liberação de esgoto urbano (Guaíba BR e Guaíba PC).
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Metodologia
Foram avaliadas as estações do ano inverno e primavera e verão. Os moluscos foram coletados no Parque Estadual de Itapuã e
aclimatados por no mínimo 7 dias em laboratório.
Os organismos foram expostos por 7 dias as diferentes amostras
ambientais, sendo trocado ¼ do volume de água e sedimento acada 24h.
A sensibilidade dos mexilhões in vitro, foi avaliada pelaexposição das células à radiação ultravioleta e in vivo pelaexposição dos organismos aos agentes químicos com potencial
genotóxico sulfato de cobre e pentaclorofenol.
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� A radiação ultravioleta induziu uma relação dose resposta, comdano máximo, detectado pelo ensaio cometa, na dose de 4.2J/m2.
� Para as avaliações in vivo, os organismos foram expostos aosagentes químicos por duas horas para o ensaio cometa e 24 e 48horas para o teste de micronúcleos. Ambos compostos induziramdanos gerando uma curva dose-resposta. O sulfato de cobreinduziu a maior genotoxicidade na dose de 20 g/ml,apresentando toxicidade em 48 horas de exposição. Parapentaclorofenol, o máximo de dano foi observado na exposiçãode 150 g/L em ambos os ensaios.
Resultados
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Resultados
Foi evidenciada indução dedano ao DN A pelas amostrasdo Rio Jacuí, possivelmenterelacionado com atividades deextração de carvão nesta
região. As amostras do rio Taquari
também induziramgenotoxicidade,provavelmente como
conseqüência da intensaliberação de efluentes daindústria alimentícia naregião.
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Conclusões
� A avaliação do potencial genotóxico de amostras ambientais é umaimportante ferramenta na avaliação da contaminação ambiental;
� A aplicação do ensaio cometa e do teste de micronúcleos nahemolinfa do mexilhão dourado mostraram se confiáveis na avaliaçãoda genotoxicidade;
� O mexilhão mostrou se um organismo potencial para ser biomonitor da genotoxicidade da região hidrográfica do lago Guaíba sendosensível aos contaminantes ambientais sulfato de cobre epentaclorofenol;
� Mais de 60% dos resultados positivos encontrados em ambos osensaios, foram relacionados a locais com ampla liberação de esgoto(rio Gravataí, do arroio Dilúvio e os dois locais de coleta no lagoGuaíba). Entendendo que a contaminação de origem urbana pareceser o maior problema dentro desta Região Hidrográfica.
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Conclusões
Portanto, a contaminação genotoxicologica detectadapelo l. Fortunei, no lago Guaíba, tem origem,principalmente na liberação de esgoto urbano.
Estes resultados salientam a forte influência decontaminantes orgânicos nesta região, destacando obiomonitoramento com o mexilhão dourado como umaimportante ferramenta no diagnóstico deste tipo decontaminação.
Projeto biodiversidade rs