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Microboligia
Professor Huita do Couto Matozo
Desinfecção e Esterilização
ESTERILIZAÇÃO: Processo que visa a destruição total de todas as
formas de vida de um material ou ambiente, através de métodos
físicos ou químicos.
DESINFECÇÃO: Consiste na destruição, remoção ou redução dos
microrganismos presentes num material inanimado. Visa eliminar a
potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local.
ASSEPSIA: Procedimentos que visam evitar o retorno da
contaminação a um objeto, superfície ou local.
ANTI-SEPSSIA: Desinfecção de tecidos vivos, como pele e
mucosas. Pode ser feita, por exemplo, através do Clorexidine a
0,12% para anti-sepsia intra bucal.
LIMPEZA: Remoção de sujidades que indispensavelmente
antecede os procedimentos de desinfecção ou esterilização.
Desinfecção e Esterilização *- Formas vegetativas **- Bacilos álcool-ácido resistentes; ***- Ativos contra esporos
Agente Espectro de ação* Uso Modo de ação Tempo de exposição
Desvantagens
Álcoois (70-80%) Gram-positivas Gram-negativas BAAR**
Antissépticos Desinfectantes
Desnaturação protéica dissolução de lipídeos
Curto (10-15 min) Pouco ativo contra esporos
Fenóis Gram-positivas Gram-negativas BAAR
Desinfectantes Desnaturação protéica
Efeito imediato Fenol puro é corrosivo e de odor desagradável
Compostos Quaternários de amônio
Gram-positivas Gram-negativas
Antissépticos Sanitizantes Desinfectantes (instrumentos cirúrgicos)
Alteração da membrana celular bacteriana
Curto (10-30 min) Não age sobre BAAR e esporos
Cloro Gram-positivas Gram-negativas BAAR
Tratamento da água
Inativação enzimática agente oxidante
Efeito imediato Odor irritante pouco ativo contra esporos
Iodo Gram-positivas Gram-negativas BAAR
Antissépticos Desinfectantes
Inativação enzimática
Efeito imediato Odor irritante pouco ativo contra esporos
Iodóforos Gram-positivas Gram-negativas BAAR
Antissépticos Desinfectantes
Inativação enzimática
Efeito imediato Pouco ativo contra esporos
Aldeídos*** Gram-positivas Gram-negativas BAAR
Desinfectantes (instrumentos e superfícies)
Desnaturação protéica agente alquilante
Curto (formas vegetativas) Prolongado (esporos)
Tempo de exposição longo
Metais pesados Gram-positivas Gram-negativas
Antissépticos Inativação enzimática
Só agem enquanto em contato
Não atuam sobre BAAR e esporos
Fonte: Trabulsi, L.R., Microbiologia. Livraria Atheneu, R.J., 1991.
Meios de cultura
Estado físico em sólidos, quando contém agentes
solidificantes, principalmente ágar (cerca de 1 a 2,0 %);
semi-sólidos, quando a quantidade de ágar e ou gelatina é
de 0,075 a 0,5 %, dando uma consistência intermediária, de
modo a permitir o crescimento de microrganismos em
tensões variadas de oxigênio ou a verificação da motilidade
e também para conservação de culturas; e líquidos, sem
agentes solidificantes, apresentando-se como um caldo,
utilizados para ativação das culturas, repiques de
microrganismos, provas bioquímicas, dentre outros.
Classificação dos meios de
cultura Os meios de cultura podem ainda ser classificados quanto a
procedência dos constituintes em naturais ou complexos,
quando usa ingredientes com composição química não
definida, tais como extratos de vegetais (malte, tomate, amido
de tubérculos, peptona de soja, etc.) de animais (carne,
cérebro, fígado, caseína, etc.) e de microrganismos (levedura)
e artificiais, sintéticos ou ainda quimicamente definidos
quando a composição química é conhecida (usados para
trabalhos de pesquisa) e seus componentes servem para
suprir as exigências nutritivas dos microrganismos, em fontes
de carbono, nitrogênio, vitaminas, energia, sais minerais,
dentre outros, quando então são conhecidas as necessidades
nutricionais específicas.
Classificação química dos
meios de cultura Básicos são aqueles que permitem o crescimento bacteriano,
sem satisfazer contudo nenhuma exigência em especial (Ex.
caldo e ágar simples).
Especiais quando cumprem com as exigências vitais de
determinados microrganismos, como meio de infusão de
cérebro e coração, ágar suco de tomate, ágar sangue, meio de
Loeffler (com soro bovino), ágar chocolate (agar simples
fundido, adicionado de sangue e aquecido a 80°C), Meio de
Tarozzi (com fragmento de fígado - para anaeróbios), Meio de
Lowenstein, meios Shahidi Ferguson Perfringens (SFP),
Triptose Sulfito Ciclosserina (TSC) , Baird-Parker (com gema
de ovo) (meios ricos ou meios enriquecidos com as
substâncias citadas), etc.
Aplicações dos meios de
cultura bacteriológica ou micológica
Meios de pré-enriquecimento - são aqueles que permitem a
dessensibilização de microrganismos injuriados, i.e., para
amostras que sofreram algum tipo de tratamento (térmico ou
químico). Ex. Água peptonada, caldo lactosado (isolamento de
salmonelas de leite em pó).
Meios de Enriquecimento - quando proporcionam nutrientes
adequados ao crescimento de microrganismos presentes
usualmente em baixos números ou de crescimento lento, bem
como microrganismos exigentes e fastidiosos. Esses meios têm a
propriedade de estimular o crescimento de determinados
microrganismos, mas existem alguns que também podem inibir o
crescimento de outros. Ex. Caldo Tetrationato e Selenito-Cistina
para cultivo de Salmonelas (líquidos), Caldo Tioglicolato para
Clostridium perfringens.
Aplicações dos meios de
cultura bacteriológica ou micológica
Diferenciais - quando contém substâncias que permitem
estabelecer diferenças entre microrganismos muito parecidos,
tais como meio de Teague ou Eosina Azul de Metileno
(diferencial para coliformes), Ágar MacConkey para a
diferenciação de enterobactérias, Ágar sangue, agar Baird-
Parker para isolamento e diferenciação de cocos Gram
positivos (sólidos).
Aplicações dos meios de
cultura bacteriológica ou micológica
Seletivos - os que contém substâncias que inibem o
desenvolvimento de determinados grupos de microrganismos,
permitindo o crescimento de outros. Exemplo: meios com
telurito de potássio (para isolamento de Corynebacterium
diphtheriae), ágar Salmonella-Shigella (SS) e ágar MacConkey,
meios com sais biliares e verde brilhante para isolamento
seletivo de Salmonella, meios com 7,5% de cloreto de sódio,
meio Baird-Parker, para isolamento de Staphylococcus aureus,
meios com antibióticos para isolamento de diversos
microrganismos (TSC, SFP, , meio de Blaser, meio de Skirrow,
etc.). A maioria deles é também diferencial, permitindo
diferenciar as colônias (sólidos) dos microrganismos.
Aplicações dos meios de
cultura bacteriológica ou micológica
Meios de triagem - meios que avaliam determinadas
atividades metabólicas permitindo caracterização e
identificação perfunctória ou presuntiva de muitos
microrganismos (ágar tríplice açúcar e ferro, meio Instituto
Adolfo Lutz, uréia, etc.);
Identificação - prestam-se para a realização de provas
bioquímicas e verificação de funções fisiológicas de
organismos submetidos a identificação (meios
Oxidação/Fermentação, Ágar Citrato, Caldo nitrato, meio semi-
sólido, caldo triptofano, meio de Sulfito Indol Motilidade, etc.;
Dosagem - empregados nas determinações de vitaminas,
antibióticos e aminoácidos;
Aplicações dos meios de
cultura bacteriológica ou micológica
Meios de triagem - meios que avaliam determinadas
atividades metabólicas permitindo caracterização e
identificação perfunctória ou presuntiva de muitos
microrganismos (ágar tríplice açúcar e ferro, meio Instituto
Adolfo Lutz, uréia, etc.);
Identificação - prestam-se para a realização de provas
bioquímicas e verificação de funções fisiológicas de
organismos submetidos a identificação (meios
Oxidação/Fermentação, Ágar Citrato, Caldo nitrato, meio semi-
sólido, caldo triptofano, meio de Sulfito Indol Motilidade, etc.;
Dosagem - empregados nas determinações de vitaminas,
antibióticos e aminoácidos;
Aplicações dos meios de
cultura bacteriológica ou micológica
Contagem - empregados para a determinação quantitativa da
população microbiana (Agar de Contagem em Placas, TSC,
Agar Batata Dextrose, Ágar Baird-Parker, etc.);
Estocagem ou manutenção - utilizados para conservação de
microrganismos no laboratório, i.e. garantem a viabilidade de
microrganismos (Ágar Sabouraud, Meios com leite, Ágar suco
de tomate, Ágar sangue, Ágar Simples, meio semi-sólido, etc.).
Agar ou caldo simples E
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L
Extrato de carne - Fonte de carbono orgânico,
nitrogênio, vitaminas e sais minerais e, nesse
caso de energia
Peptona – proteína semi-digerida que serve
como fonte de nitrogênio
Cloreto de sódio - aumenta a pressão
osmótica e mantém a isotonia do meio
Ágar-ágar - Sulfato de ácido poligalacturônico
extraído de várias espécies de algas do
gênero Gellidum e outras algas afins. Tem
como função solidificar os meios e não é
metabolizado por bactérias de interesse
clínico.
Agar ou caldo simples
1. A adição de extrato de levedura (0,5%) e glicose (0,5 a 1,0
%) ao caldo simples enriquece o meio fornecendo vitamina B,
fonte adicional de nitrogênio e carbono, e pode até permitir o
crescimento de alguns microrganismos exigentes.
2. Os meios de cultura após esterilização devem ser
incubados em condições ambientais (temperatura e
atmosfera) adequadas para verificação da esterilidade (Prova
da esterilidade).
3. A estocagem dos meios de cultura esterilizados e esfriados
deve ser feita acondicionando-os invertidos, em sacos
plásticos fechados, para reduzir a desidratação dos mesmos,
colocando-os em refrigeração por, no máximo 15 dias.
Meio de cultura
Microscópio
Em 1591, aos holandeses Hans Janssen e seu filho Zacarias,
fabricantes de óculos deram inicio ao primeiro microscópio
utilizando duas lentes de vidro montadas nas extremidades de um
tubo. O holandês Antonie Van Leewenhoek construiu microscópios
de apenas uma lente, pequena e quase esférica, entre duas placas
de cobre, aperfeiçoando o instrumento. Com essas descobertas,
Robert Hooke desenvolveu um aparelho com duas lentes ajustadas
nas extremidades de um tubo de metal.
Microscópio
Microscópio
Verificar a voltagem e ligar o equipamento à rede
elétrica
Acender a lâmpada do sistema de iluminação
Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema
condensador - diafragma na posição mais elevada,
pois é a que permite melhor iluminação.
Movimentar o revólver, colocando em
posição a objetiva de menor aumento (4X)
Colocar a lâmina na platina, com a
preparação para cima, fixando-a à platina
Movimentar o charriot, fazendo com que o
esfregaço fique em baixo da objetiva.
Microscópio
Ajustar o foco com o botão micrométrico
A objetiva de 100 x é chamada de imersão.
Movimentar o revólver de forma que a objetiva
de 100 x fique a meia distância da posição de
encaixe. Colocar uma gota do óleo de imersão
sobre a preparação.
Movimentar o revólver de forma que a objetiva
de 100 x encaixe corretamente. Ajustar o foco
com o botão micrométrico
Microscópio
Finalizado a observação microscópica, desligar a lâmpada, girar o
revólver de forma a encaixar a objetiva de 4 x, baixar a platina, retirar
a lâmina e enxugar a objetiva de 100 x com papel fino (NÃO
ESFREGAR A LENTE)
Microscópio
Câmara de NeuBauer
Urina em câmara de Neubauer- Numerosos leucócitos
Câmara de NeuBauer
Observando-se ao
microscópio,
percebe-se que
existem três tipos
de quadrantes
denominados A, B
e C, que juntos
formam um
quadrado maior.
Câmara de NeuBauer
Como o quadrante A tem 0,1 mm3 de volume, ao
serem contados os esporos nos 4 quadrantes, tem-se
o número de esporos em um volume de suspensão
igual a 0,1 mm3 x 4 = 0,4 mm3 (=0,0004 cm3). Logo o
no médio de esporos (no observado ÷ 4) está contido
em um volume igual a 0,0004 cm3 ÷ 4 = 0,0001 cm3.
Para se obter o número estimado de esporos/ml faz-se
o seguinte cálculo:
N° médio de microorganismo dos campos
A ______________ 0,0001 cm3
x microorganismo ______________1 cm3
(n° médio de esporos contados nos campos A) x 104
No quadrante B - contar o número de esporos observados em 3 sub-
quadrantes (b) de B, dois do canto e um central.
Como o quadrante B (com 0,1 mm3 de volume) é dividido em 20 sub-
quadrantes, ao serem contados os esporos nos 3 sub-quadrantes (b),
tem-se o número de esporos em um volume de suspensão igual a 0,005
mm3 x 3 = 0,015 mm3 (= 0,000015 cm3). Logo em 1 sub-quadrante (b)
temos o no médio de esporos (no observado ÷ 3) em um volume de
0,000015 cm3 ÷ 3 = 0,000005 cm3. Para se obter o número estimado de
esporos em B, com um volume 20 vezes maior que b, devemos
considerar que temos 20 vezes mais esporos contidos em um volume de
0,000005 cm3 x 20 = 0,0001 cm3. Para se obter o número estimado de
esporos/ml faz-se o seguinte cálculo:
no médio de microorganismo em b x 20 ---------- 0,0001 cm3
x esporos ---------- 1 cm3
Logo, o número de esporos/mL é igual a:
(no médio de esporos contados em b) x (2,0 x 105)
Câmara de NeuBauer
No quadrante C - contar o número de esporos em 5 sub-quadrantes (c)
de C, os 4 dos cantos e o sub-quadrante central.
Cálculos:
Como o quadrante C (com 0,1 mm3 de volume) é dividido em 25 sub-
quadrantes, ao serem contados os esporos nos 5 sub-quadrantes (c),
tem-se o número de esporos em um volume de suspensão igual a 0,004
mm3 x 5 = 0,02 mm3 (= 0,00002 cm3). Logo em 1 sub-quadrante (c)
temos o no médio de esporos (no observado ÷ 5) em um volume de
0,00002 cm3 ÷ 5 = 0,000004 cm3. Para se obter o número estimado de
esporos em C, que tem um volume 25 vezes maior que c, devemos
considerar que temos 25 vezes mais esporos contidos em um volume de
0,000004 cm3 x 25 = 0,0001 cm3. Para se obter o número estimado de
esporos/ml faz-se o seguinte cálculo:
no médio de esporos em c x 25 ---------- 0,0001 cm3
x esporos ---------- 1 cm3 (= 1 ml)
Logo, o número de esporos/ml é igual a:
(no médio de esporos contados em c) x (2,5 x 105)
Câmara de NeuBauer
Água
A importância do controle de qualidade da água por meio de
análises periódicas é tão grande que a lei nº 3.718 de
19/01/83 institui sua obrigatoriedade. Segundo a lei, é encargo
do responsável pelo local de consumo providenciar os
atestados de potabilidade da água. Análises periódicas irão
garantir a sanidade da água proveniente da rede hidráulica,
poço ou fonte, indicando o momento exato de realizar a
lavagem das caixas d'água.
Técnicas de semeadura
Meio Líquido Meio semi-sólido
Meio sólido (ágar inclinado)
Meio sólido (Placa de Petri – técnica do esgotamento)
Método de difusão
SWAB
Com um swab de algodão com a suspensão bacteriana. Remova o excesso de
umidade girando o swab contra a parede do tubo.
A suspensão sobre a superfície estéril de uma placa contendo ágar Muller-Hinton,
utilizando sucessivamente três direções para obter um inóculo uniformemente
espalhado sobre toda a superfície do ágar
Distribuir cinco discos de antibiótico, sendo cada um de um antimicrobiano
diferente, sobre a superfície do ágar inoculado, seguindo o esquema abaixo. Deixe
uma distância de aproximadamente 1 cm entre a borda da placa e o disco.
Análises dos resultados
Através da análise dos resultados poderemos classificar os
microrganismos testados em: “resistente”, “intermediário”,
“moderadamente sensível”, e “sensível”, dependendo da
formação ou não de halo inibitório e também de seu diâmetro
Análises dos resultados
No caso de formação de um halo inibitório, este deve ter seu
diâmetro medido, e a medida encontrada deve ser comparada com
tabelas padronizadas. De modo geral, estas tabelas determinam
medidas de diâmetro, e dessa forma a medida encontrada em cada
caso pode então ser enquadrada em uma das quatro categorias
supracitadas.
Antimicrobiano Código [µg]
Halos de Inibição (mm)
Resistente Intermediário Moderada
mente sensível
Sensível
Bacitracina BAC 10 < 8 12 - > 13
Cefotaxima CTX 30 < 14 - 22 > 23
Gentamicina GEN 10 < 12 14 - > 15
Tetraciclina TET 30 < 14 18 - > 19
Vancomicina VAN 30 < 9 11 - > 12
Se para um determinado microrganismo, utilizando-se o antimicrobiano Gentamicina, foi medido o diâmetro de um halo de
inibição e constatou-se que este era de 16 mm, tal microrganismo deve ser classificado como sensível para a Gentamicina.
Entretanto se o diâmetro do halo fosse de 13 mm o microrganismo seria classificado como intermediário a Gentamicina. No
caso de não formação de um halo de inibição, o microrganismo seria considerado resistente.
Diluição e Contagem de Microorganismos
30 -300
UFC* = (nº de colônias) x 10** x (diluição utilizada para contagem)
* UFC significa Unidade Formadora de Colônia, uma vez que a contagem feita é referente às colônias e não às células presentes.
** 10 é um fator de correção.
Se são contadas 105 colônias em uma placa onde foi feita diluição de 10-2 , o
cálculo final será: UFC= 105 x 10 x 102 = 1,05 x 105 UFC/mL
Algumas orientações importantes para o
preparo de alguns exames
Amostra Exame Preparo
Sangue Colesterol e
triglicérides,
Glicose, PSA,
TSH.
Jejum de 8 a 12 horas dependendo do exame a ser realizado.
Não consumi bebida alcoólica por 48 a72 horas antes do exame.
Evitar o consumo do cigarro no dia do exame.
Urina 24 horas Desprezar a primeira urina da manha e marcar à hora.Colher
toda a urina das próximas 24 horas ate o dia seguinte no mesmo
horário que foi desprezada a primeira urina.Não se pode perder
nenhuma urina neste período(o laboratório fornecerá o frasco
para coleta.)
Fezes Pesquisa de
sangue oculto
nas fezes
A dieta deve ser seguida durante três dias antes do exame. Não
comer carne vermelha e seus derivados (presunto, apresentado,
salsicha, nabo, rabanete, beterraba, brócolis, couve flor. Evitar
os medicamentos AAS, aspirina, anti-flamatorio não esteróides,
vitamina C, sulfato ferroso, anti coagulante. Não ter realizado
tratamento dentário ate 7 dias antes do exame.não colher as
fezes durante o período menstrual.
Alguns tubos coletores a Vácuo (anticoagulante)
SORO: (tampa vermelha): sem anti-coagulante. Principal
uso: bioquímica no estudo de colesterol total e frações.
EDTA (Tampa Roxa): atua em nível do
íon cálcio (seqüestrador). Principal uso:
Hematologia.
CITRATO DE SÓDIO (Tampa
Azul): captação dos íons cálcio
Principal uso: estudos da
coagulação
FLUORETO DE SÓDIO com EDTA
(Tampa Cinza): captação dos íons
Cálcio, e inibição da glicose. Principal
uso: glicemia.
HEPARINA (tampa verde): é
um anticoagulante natural.
Atua interferindo na conversão
principal uso: de protombina
em trombina.
Alguns materiais para coleta de sangue
A
dapta
dor
de
agulh
a a
vácuo
Agulhas a vácuo Tubos para coletas
Exame parasitológico de Fezes (PEF)
Quando o médico solicita o EPF (Exame Parasitólogico de
Fezes), ele está interessado em pesquisar a presença de
vermes parasitas no nosso organismo, principalmente
crianças. É utilizado para identificação de diversas
infestações parasitárias, ovos ou larvas de helmintos e de
cistos de protozoários.Isso é importante, pois, em casos de
contaminação grave, outros exames como o hemograma
pode se alterar.
Exame parasitológico de Fezes (PEF)
As parasitoses intestinais são doenças típicas de
países e áreas pobres com precárias condições de
saneamento básico
Giardia lamblia
Protozoários que não precisam de
tratamento:
Entamoeba gengivais, Entamoeba
hartmanni, Entamoeba coli, Entamoeba
polecki, Endolimax nana Iodamoeba
bütschlii, Entamoeba dispar, Entamoeba
moshkovskii, Trichomonas hominis,
Chilomastix mesnili
Exame Parasitológico de Fezes (EPF)
Giardia lamblia - Giardíase: A infecção é por fezes e água,
através da boca. Os sintomas mais comuns são diarréia,
dor abdominal, perda de peso. Muito comum é crianças e
pacientes com imunidade baixa.
Entamoeba histolytica - Amebíase: A infecção é por água e
alimento contaminados com fezes. Os sintomas mais
comuns são diarréia leve e disenteria e abscesso
amebiano. Pode ser assintomática em indivíduos ou
populações.
Strongyloides stercoralis - Estrongiloidíase: A infecção é por
contaminação fecal do solo (larvas), entrando pela pele
geralmente pela pele, geralmente dos pés (larvas). Causa
dor irradiada do estômago, diarréia, urticária linear. Os
vermes podem bloquear o intestino e ductos biliares e
pancreáticos.
Schistosoma mansoni - Esquistossomose: A infecção é
através de água contaminada contendo larvas de
hospedeiros caramujos. Causa disenteria, fibrose das
paredes intestinal ou da bexiga, fibrose hepática, hematúria.
Exame Parasitológico de Fezes (EPF)
Trichuris trichiura: A infecção é por contaminação fecal do
solo (ovos), entrando pela pele geralmente pela boca.
Sintomas são diarréia, dor abdominal, anemia e perda de
peso. Pode produzir disenteria, apendicite aguda ou prolapso
retal em crianças.
Enterobius vermicularis (Oxiúros): A infecção é através de ovos
em fômites contaminados (ânus-dedo-boca), entrando pela boca.
Os sintomas são pruridos perianais (coceira muito forte no anus
e proximidades). Quando a infestação é alta, podem-se observar
a olho nu, os vermes na entrada do ânus.
Hymenolepis nana: A infecção é por ovos contaminando o
meio ambiente, entrando pela boca. Causa diarréia,
desconforto abdominal em infestações massivas em
crianças. Pode ser assintomático.
Taenia saginata e Taenia solium (solitária) - Teníase: A
infecção é através de carne de gado (saginata) e porco
(soluim) crua ou inadequadamente cozida. Causa desconforto
abdominal, apendicite aguda. Partes do verme (proglotes)
podem ser expelidas nas fezes.
Exame urina
O famoso exame de urina, um dos procedimentos laboratoriais mais
comuns, é empregado para avaliar e identificar problemas nos rins e
no aparelho urinário. É claro que existem vários tipos, hoje vou
explicar apenas o exame mais comumente realizado: Exame de
Rotina da Urina, também conhecido como EAS (Elementos Anormais
e Sedimento).
Na Coleta é preciso que a urina seja colhida desprezando-se a parte
inicial. Esse procedimento ajuda a eliminar resíduos e bactérias
eventualmente presentes na urina, o que poderia dar um “falso-
resultado” de infecção.
Exame urina – Análise física
Na análise física é verificado a cor, que poderá variar entre a
coloração amarela ou amarela clara, neste momento o laboratorista
observa o aspecto (límpido ou turvo) e odores anormais, um cheiro
fétido indica infecções.
A presença de sangue na urina dá uma cor de laranja a vermelha, é
um sinal de várias doenças dos rins e do trato urinário e merece
muita atenção.
Medicamentos podem conferir coloração verde, azul ou laranja
escuro. É por isso que os laboratórios sempre perguntam se você
está usando medicamento.
Urina turva: pode ser por presença de bactérias, ou descamações de
células em excesso do trato urinário. Pode indicar infecção.
Exame urina – Análise bioquímica
pH: Avaliação de cristalúria e de distúrbios renais que causam
incapacidade renal de secretar ou reabsorver ácidos ou bases.
Valores altos podem indicar presença de cálculos renais, infecção
das vias urinárias, especialmente por microrganismos que utilizam
uréia. As drogas e medicamentos podem elevar o pH urinário.
Valores baixos indicam perda de potássio, dieta rica em proteínas,
infecção das vias urinárias por Escherichia coli, diarréias severas. O
uso de anestésicos, assim como medicamentos podem diminuir o pH
urinário.
DENSIDADE: avalia a capacidade do rim de concentrar a urina.
Densidade baixa indica uso excessivo de líquidos por via intravenosa,
insuficiência renal crônica, hipotermia, aumento da pressão
intracraniana, diabetes e hipertensão. Densidade alta mostra
desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus,
glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, etc.
PROTEÍNA: Ausentes na urina normal. Presentes em diversas
doenças renais e diabetes.
Exame urina – Análise bioquímica
•GLICOSE: Ausente na urina normal. Presente em pacientes
diabéticos e casos de glicosúria renal.
* CETONAS (Corpos Cetônicos): Presentes em pacientes diabéticos
ou após jejum prolongado.
* HEMOGLOBINA (sangue): Ausente na urina normal. Presente nas
hemorragias de qualquer causa que atingem o sistema urinário
(Infecções urinárias, cálculo renal etc). É normal que a mulher
menstruada apresente hemoglobina na urina por contaminação.
* BILIRRUBINA: É a substância resultante do metabolismo da
hemoglobina e que dá à urina coloração muito amarela. Valores altos
indicam doenças hepáticas e biliares, neoplasias hepáticas ou do
trato biliar. Lembrando que os Bebês recém-nascidos possuem
valores altos de bilirrubina.
*UROBILINOGÊNIO: Também é substância resultante do
metabolismo da hemoglobina. Valores anormais indicam doenças no
fígado, distúrbios hemolíticos ou porfirinúria.
Exame urina – Sedimentos
Nesta etapa o sedimento concentrado da urina é analisado no microscópio,
à procura de elementos anormais. Urinas anormais podem conter os
seguintes elementos:
*LEUCÓCITOS (glóbulos brancos): Indica processos inflamatórios e
infecciosos do sistema urinário.
*HEMÁCIAS (glóbulos vermelhos): Sua presença pode ser percebida nas 3
fases da análise e indica lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas
dos rins ou vias urinárias.
*CÉLULAS EPITELIAIS: Sua presença em quantidade elevada é anormal.
*CRISTAIS: Presença normal e tem ligação com a dieta do paciente.
Cristais de oxalato de cálcio são normais no uso de algumas verduras na
alimentação, mas valores muito altos podem indicar pedra nos rins.
*PARASITAS: Aparecem em casos como infecção por Cândida ou
protozoários (Trichomonas vaginalis).
*ESPERMATOZÓIDES: No homem, é normal que apareçam por
contaminação e nas mulheres que tiveram relação sexual recente.
Geralmente, os laboratórios ignoram sua presença no exame.
*CILINDROS: Cilindros hialinos em pequena quantidade é normal,
principalmente após o exercício físico.
Teste de gravidez Tira de teste BHCG
Gonadotrofina coriônica humana
(HCG) é um hormônio de
glicoproteína produzido na
gravidez que é feito pelo
embrião logo após a concepção
e mais tarde pelo
sinciciotrofoblasto (parte da
placenta)
Negativo: Ocorre a formação de uma linha colorida na posição
controle e ausência de linha colorida na posição teste
Positivo: ocorre a formação de uma linha colorida na posição de
teste e outra linha colorida na posição de controle. A linha indica
que existe uma concentração de HCG igual ou maior que 25
mUI/mL
Esfregaço sanguíneo
O esfregaço de sangue é usado para fazer uma diferenciação entre os leucócitos, isto
é, fazer uma contagem do número de neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinócitos e
basófilos. Chegando-se a uma porcentagem de cada célula encontrada.
Esfregaço sanguíneo
Em três recipientes, contendo cada um
respectivamente: fixador incolor, lugol
vermelho para corar plaquetas, lugol roxo.
Adiciona se a placa no 1º recipiente por duas
vezes em seguida no 2º recipiente por duas
vezes ou mais. Por ultimo no 3º recipiente,
por varias vezes. Lava se com água e deixa
secar. Apos secas, estas são analisadas no
microscópio e a contagem das células são
feitas em um aparelho o leucotron.
Hemograma COUTER T_890
Quando a contagem é baseada
no tamanho das células, o
aparelho as diferencia por 3 tipos:
células pequenas (linfócitos),
células médias (neutrófilos,
eosinófilos e basófilos) e células
grandes (monócitos).
As siglas são as seguintes:
•WBC=leucócitos (valor total )
•RBC=hemácias (glóbulos vermelhos valor total )
•HGB=hemoglobina (proteína presente nas hemácias)
•HCT=hematocritos (porcentagem da massa de
hemácia em relação ao volume sanguíneo)
•PLT=plaquetas (fabricado pela medula óssea )
Resultados do hemograma
Contador automático de células
Contador Automático de Células Sanguíneas, para determinação de 7
parâmetros hematológicos (RBC, WBC, HCT, HGB, VCM, HCM e CHCM).
* Determinação da Hemoglobina por colorimetria.
* Método de detecção por condutividade.
* Manômetro de esfera flutuante.
* Rubi sintético com orifício de contagem de 100 µm.
* Tempo de contagem de aproximadamente 13 segundos.
* Auto-diagnóstico operacional microprocessado.
* Teclado de policarbonato com múltiplas programações.
* Impressora de impacto com 24 colunas.
Parâmetros determinados:
* RBC - Eritrócitos.
* WBC - Leucócitos.
* HCT - Hematócrito.
* HGB - Hemoglobina.
* VCM - Volume Corpuscular Médio.
* HCM - Hemoglobina Corpuscular Média.
* CHCM - Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média.
Contador de Células
VCM Volume Corpuscular Médio . HCM Hemoglobina Corpuscular Média. CHCM concentração de hemoglobina corpuscular média
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