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Trabalho escolar
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1
RODRIGO CRISTIANO ALVES
O USO DE PROPAGANDAS IMPRESSAS COMO PROPOSTA DID`TICA NO ENSINO DE HISTRIA DA ARTE
BELO HORIZONTE
2009
2
RODRIGO CRISTIANO ALVES
O USO DE PROPAGANDAS IMPRESSAS COMO PROPOSTA DID`TICA NO ENSINO DE HISTRIA DA ARTE
Monografia apresentada ao Curso de Especializao em Ensino de Artes Visuais do Programa de Ps-graduao em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obteno do ttulo de Especialista em Ensino de Artes Visuais. Orientador(a): Sebastio Brando Miguel
BELO HORIZONTE
2009
3
FOLHA DE APROVAO
O USO DE PROPAGANDAS IMPRESSAS COMO PROPOSTA DID`TICA NO ENSINO DE HISTRIA DA ARTE
ALUNO: RODRIGO CRISTIANO ALVES
Monografia submetida Banca Examinadora designada pelo colegiado do Curso
de Especializao no Ensino de Artes Visuais da Esc ola de Belas Artes da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 14 de Agosto de 2009, como
parte dos requisitos para a obteno do ttulo de E specialista no Ensino de Artes
Visuais
( ) Monografia aprovada com nota: ____________
( ) Aprovada, mas com a condio que se incorporem nos exemplares definitivos
as modificaes sugeridas pela banca examinadora at __________ dias a contar
da data da defesa.
( ) Reprovada.
Por:
4
Dedico este trabalho aos artistas
de dentro e fora da sala de aula,
que mesmo diante das
adversidades educacionais
apaixonam os alunos com aulas
no s de conhecimento
acadmico, mas para a vida.
5
Os meus agradecimentos a Deus,
aos professores que me
proporcionaram a oportunidade de
construir conhecimento.
instituio UFMG pela idealizao
do curso. Ao professor Sebastio
Miguel pelo incentivo constante,
dedicao e apoio irrestrito e
principalmente pela orientao,
no s acadmica, mas para a
vida. Ao meu amor que jamais
deixou que eu desistisse. E a
todos que de certa forma,
contriburam para a realizao
deste estudo.
6
O desejo do homem de se desenvolver e completar indica que ele
mais do que um individuo. Sente que s pode atingir a plenitude e se
apoderar das experincias alheias que potencialmente lhe concernem,
que poderiam ser dele. E que o homem sente como potencialmente seu
inclui tudo aquilo de que a humanidade, como um todo, capaz. A arte
o meio indispensvel para esta unio do indivduo com o todo: reflete a
infinita capacidade humana para a associao, para a circulao de
experincias e idias. JUNIOR (1998, pg. 26)
7
RESUMO
O ensino de artes no Brasil h muito vm passado por transformaes, estas que remontam desde a chegada da famlia real de Portugal ao Brasil no perodo colonial. Desde ento os arte-educadores vem buscando acima d e tudo uma maior valorizao das condies do ensino e reconheciment o por parte desta cadeira de ensino.Grandes conquistas vem acontecendo, principalmente com os PCN de artes, onde a incluso desta disciplina nos program as curriculares no ensino fundamental e mdio o que caracteriza um grande avano para o ensino das arte. Neste projeto pretendemos apresentar uma nova forma de metodologia de ensino que faz apropriaes de elementos da publicidade e propaganda para o contexto do ensino de Histria da Arte. Palavras-chave: Publicidade e propaganda, Histria da Arte, Metodologia no Ensino de Artes. ABSTRACT The teaching of art in Brazil has gone through much change, they go back to the arrival of the royal family of Portugal to Brazil in the colonial period. Since then the art-educators is seeking above all a greater appreciation of the conditions of education and recognition by the chair of big education achievements is happening, especially with the PCN gears, where the inclusion of this discipline in the curricular in primary education and medium which characterizes a great advance for the teaching of arts. In this project we intend to submit a new form of methodology of teaching which makes appropriations of elements of advertising and propaganda in the context of the teaching of art history. Word-key: Publicity and advertising, art history, in Methodology of Teaching Arts.
8
LISTA DE ILUSTRAES
Propaganda Pop Mania .................................................................................. 38
Propaganda Doce Mania ................................................................................ 39
Propaganda Giselle......................................................................................... 40
Propaganda Lmen ........................................................................................ 41
Propaganda Frum .................................. ....................................................... 42
Propaganda Aplle ........................................................................................... 43
Propaganda Soja para todos .......................................................................... 44
Propaganda Greepeace .................................................................................. 45
Propaganda Cartoon Network ......................................................................... 46
Propaganda Banco Flex .................................................................................. 47
Propaganda Fritz Lang .................................................................................... 48
Propaganda Zoomp ........................................................................................ 49
Propaganda Greepeace 2 ............................................................................... 50
Fig 01 Tipos Mveis ............................. ........................................................ 57
Fig 02 Joanes Gutemberg ......................... ................................................... 57
Fig 03 Monge Copista ............................ ...................................................... 58
Fig 04 Art Noveau ............................... ......................................................... 59
Auto retrato 2 Andy Warhol ...................... .................................................... 60
Boa disposio para pele macia .................... ................................................. 61
Marilyn ............................................................................................................ 61
Jackie .............................................................................................................. 62
Roy Lichtenstein ............................................................................................. 62
Cal Andre ....................................................................................................... 63
9
Donald Judd .................................................................................................... 63
Big Man .......................................................................................................... 64
Chuck Close .................................................................................................... 64
Arden Anderson and Norma Murphy............................................................... 65
Spiral Jetty ...................................................................................................... 65
B5 Chair .......................................................................................................... 66
Herrsching Keramische Werkstatten ............................................................... 66
Engelberg Trubsse .......................................................................................... 67
10
SUM`RIO
INTRODUO: 11
CAPTULO 1: HISTRIA DA PUBLICIDADE 12
1.1 Publicidade no Brasil 15
1.2 Publicidade e a pedagogia da imagem 19
CAPTULO 2: MOVIMENTOS ARTSTICO A SEREM ESTUDOS EM SALA
DE AULA 21
2.1 Pop Art 21
2.2 Minimalismo 24
2.3 Hiperrealismo 28
2.4 Land Art 28
2.5 Escola Bauhaus 29
2.6 Movimentos artsticos contemporneos Imagen s cotidianas? 31
CAPTULO 3: APLICAES DAS PROPAGANDAS EM SALA DE
AULA RELATO DAS METODOLOGIAS 32
3.1- Plano de aula 36
CONCLUSO 51
REFERNCIAS BIBLIOGR`FICAS 53
GLOSS`RIO 54
ILUSTRAES 57
11
INTRODUO
O presente trabalho traz o relato das atividades realizadas pelo autor em um projeto de Ensino desenvolvido para ensinar histria da arte a travs dos vis da publicidade e propaganda. Procuramos neste projeto explicitar a investigao empreendida junto aos alunos instigando o senso crtico e buscando um alfabetismo visual atravs das imagens trabalhadas em sala de aula, e seu contexto dentro da histria da arte. No projeto objetivamos a expanso por parte dos alu nos o conhecimento sobre artes e que eles tambm se tornassem capazes de reconhecer e identificar os movimentos artsticos presentes no cotidiano dos mesmos, alm de instigar tambm a prtica artstica. A partir da identificao de uma falta de interesse por parte de alguns alunos em se interessar por Histria da Arte, foi criada uma met odologia que se utiliza de prticas da propaganda para exemplificar movimentos artsticos posteriormente estudados em sala de aula. Ratificamos que o nosso objetivo no se encontra em desmerecer ou acabar com as metodologias tradicionais de ensino de Histria da Arte, mas sim apresentar mais subsdios para o ensino da mesma. O primeiro capitulo apresenta a publicidade e propaganda, enquanto cadeira de conhecimento e sua presena desde o incio na hist ria da humanidade. O segundo capitulo apresenta de forma sinttica os movimentos artsticos que foram utilizados em sala de aula, nesta apresentao se e ncontra a histria do movimento, caractersticas e principais artistas. O terceiro capitulo traz os resultados das aulas, bem como plano de ensino utilizado e as imagens e propagandas que foram especialmente criadas para esse trabalho em sala de aula. Logo aps as referncias, glossrio e anexos.
12
1. PUBLICIDADE E PROPAGANDA ANUNCIAR PRECISO!
Antes de iniciarmos nossos estudos sobre publicidade se torna necessrio fazer a
correta definio de alguns termos que doravante se tornam at certo ponto
confusos, a diferena entre publicidade e propagand a.
Segundo SANTOS(2005), Publicidade todo o processo de planejamento,
criao, produo, veiculao e avaliao de annci os pagos e assinados por
organizaes especificas (pblicas, privadas ou de terceiro setor). Neste sentido a
publicidade tem a funo de predispor o receptor da mensagem a comprar,
solicitar ou adquirir determinado produto ou servi o.
Propaganda visa mudar a atitude das pessoas em relao a uma c rena, uma
doutrina ou a uma ideologia. A propaganda visa uma mudana de atitudes do
pblico em relao a uma idia.
A histria da publicidade pode ser datada como send o inicia nos primrdios da
civilizao, onde alguns pesquisadores atribuem aos homens primitivos algumas
tcnicas ou tticas promocionais ao colocar peles de animais nas entradas das
cavernas ou grutas, onde os mesmos estavam comunicando aos outros membros
da sociedade que dispunham daquele tipo de material e estavam dispostos a
troc-los por outros objetos.
MALAGA (1979) nos relata ainda sobre uma documenta o histrica de um
papiro egpicio do ano 1000 a.C. comunicando a fuga de um escravo. O autor
ainda ratifica que existem outros relatos que a histria comprova indicando
diversas atividades publicitrias em civilizaes antigas, como por exemplo na
sociedade grega onde os oradores que normalmente discursavam sobre temas
filosficos e polticos em praa pblica, tambm eram gratificados para fazer
anncios comerciais, pois eram considerados homens de boa retrica.
A publicidade era quase em sua totalidade oral, com alguns registros grficos
para promover bens ou servios que eram utilizados.
13
Podemos nos ater como exemplo a sociedade Romana antiga, onde muito se
utilizava o pictograma1 para vender um produto ou servio, como podemos
exemplificar o de uma cabra que representava que ali eram vendidos leites e
derivados, mula em um moinho representava panificadora ou beneficiadora de
trigo, menino apanhando era a imagem que representava uma escola.
Tabuletas de madeira eram largamente utilizadas com textos anunciando
combates de gladiadores, espetculos teatrais, musicais, reclames de casas de
banho, venda de medicamentos, compra e venda de escravos.
Ratificamos que a publicidade tomou fora maior com a inveno da imprensa a
partir dos tipos mveis 2 (Fig. 01), inventada pelo alemo Joanes Gutemberg (Fig.
02), no qual no decorrer do captulo iremos mencionar.
Anteriormente antes da inveno de Gutemberg, os te xtos simples, cartas, livros
eram feitos um a um, atividade que era quase que exclusiva pelos copistas3 (Fig.
03), e praticamente monopolizada pela igreja catli ca, que utilizou em larga
escala a inveno de da imprensa para manter seu po der e ideologias
Com o invento, juntamente com as idias humanistas do Renascimento, grande
parcela da populao aprendeu a ler e escrever, o q ue demandava uma
quantidade maior de livros, jornais, almanaques e outros produtos impressos. E
logo descobriram um importante meio de divulgao q ue estava surgindo.
As instituies sociais, polticas e comerciais log o perceberam
nessas publicaes um poderoso canal para divulgare m suas
idias e produtos. Concomitantemente, os editores desses
veculos, que at ento auferiam ingressos irrisri os, descobriram
que poderiam lucrar mais se cobrassem para que outras empresas
inserissem anncios em suas pginas. (SANTOS, 2005)
1 Pictografia Ver glossrio 2 Tipos moveis Ver glossrio 3 Copista Ver glossrio
14
Logo tambm os comerciantes e prestadores de servios se viram diante de um
forte aliado na divulgao de seus produtos/mo de obra. Alm do mais que a
publicidade era mal vista pelos mesmos e pelos editores que relutavam em
aceitar anncios e s o faziam por questes de nece ssidade financeira.
At meados do sculo XIX, as editoras de jornais e revistas eram
empresas familiares e as mensagens noticiosas e comerciais eram
produzidas pelas mesmas pessoas. As publicaes era m produtos
rudimentares, de baixssima circulao, geralmente restritos a
elite. As mensagens comerciais eram apareciam de forma tmida e
alguns editores tinham at receio de aceit-las, pois isso poderia
baixar o nvel do veculo. (PETERSON, 1979)
Com a revoluo industrial, as tecnologias de impre sso se aprimoraram,
principalmente a partir da transio dos tipos de m adeira para de chumbos, e esta
evoluo gerou um maior primor grfico, o que tambm ampliou o alcance das
publicaes, principalmente um alcance geogrfico.
Peterson (1979) ainda relata que em suma, o que aconteceu, ento, que a
publicidade entrou nas publicaes, a partir do fin al do sc. XIX, como uma
inovao que ainda no seria bem-vinda pela maioria dos editores. Mas ainda no
final dos anos de 1890, os mesmos editores descobriram a grande fonte
financeira que a publicidade gerava, inclusive para a manuteno econmica
quase total do referido estabelecimento.
O cliente passou a ser visto como sendo o principal gestor financeiro da
publicidade, e ao invs de simplesmente os anncios serem vendidos, as
agencias passariam a representar os interesses dos clientes. Em paralelo com o
movimento de art noveau (Fig.04) as publicidades passaram a ter ares mais
sofisticados no que tange a esttica e em suas publicaes apresentavam traos
influenciados por este movimento e principalmente na construo das imagens.
Neste perodo o cartaz ganha fora esttica e tem grande aceitao, com a
inveno da lmpada incandescente surgem os primeir os anncios e letreiros
15
luminosos. O desenvolvimento dos servios de correi os, da expanso martima e
dos barcos a vapor principalmente nos EUA, difundiu outro produto publicitrio: o
catlogo de vendas.
O conceito por trs da atividade publicitria tambm em muito evoluiu, desde o
seu surgimento, desde a metade do sculo XX a preocupao era apenas vender,
desde ento a mentalidade foi mudando e vrios conceitos de sociologia,
psicologia, economia e semitica so largamente emp regados na publicidade e a
atividade ganhou status cientifico. O surgimento dos grandes veculos de
comunicao de massa como a TV, o rdio, aprimoraram ainda mais o fazer
publicitrio.
1.1 - A PUBLICIDADE NO BRASIL
Pode-se datar o surgimento da publicidade no Brasil a partir do sculo XIX, onde
o desenvolvimento econmico, que era em suma basead o na exportao de
produtos agropecurios, uma vez que a explorao do ouro j entrara em
decadncia.
Este desenvolvimento econmico gerou paralelamente no pas, um crescimento
urbano, e logo a abertura de novos braos de negci os e atividades profissionais
seja ela de setores diversos.
Inicialmente a publicidade era feita com pequenos anncios que basicamente se
referiam a compra e venda de escravos ou imveis, d e casas de leiles e ofertas
de servios de artesos e profissionais liberais (c omo barbeiros-cirurgies,
mdicos, advogados e contadores).
Nessa primeira fase, os anncios publicitrios eram bastante
rudimentar em seu aspecto esttico, tanto textual quanto visual.
Os reclames limitavam-se a informar a disponibilidade de bens e
servios e no tinham a menor preocupao em atrair a ateno
dos leitores.(SANTOS, 2005)
16
No ano de 1821 fundado o jornal Dirio do Rio de Janeiro, este que surge para
facilitar os acordos comerciais, logo sobrevive basicamente de anncios e no na
venda ou assinatura de exemplares. Sua publicidade era composta de textos
longos e maantes e havia pouco ou nenhum tipo de i lustraes.
Com a vinda da famlia real portuguesa ao Brasil em 1808, alm das diversas
benfeitorias no pas, funda-se a Impresso Rgia que em 1821 passa a ser o
primeiro jornal de anncios conhecidos como a Gazeta do Rio de Janeiro, este
tipo de jornal surge para facilitar as transaes c omerciais e so os primeiros
dirios que sobrevivem de anunciantes e no de assinaturas de leitores. Os
anncios se caracterizam por textos longos e poucas ilustraes como em nossos
atuais classificados. Ratifica-se que os primeiros anncios do jornal no foram
cobrados.
PINHO(1988) ainda ressalta que at 1888 os maiores anunciantes do(s) jornal(is)
eram os donos de escravos, onde cerca de um milho de anncios eram sobre
venda e fuga de escravos.
Contudo no incio do sculo XX, com considerveis melhoras no parque grfico e
tambm conseqentemente o aparecimento das revistas naquela poca
conhecidas como semanrios ilustrados - os anncios ganham ilustraes e
passam a ser compostos tambm por cores alm de existir uma consistncia e
objetividade nos textos.
A propaganda que mais se sobressai a de remdios que em sua origem
aparece principalmente em preto e branco (monocromia) e com tamanhos
reduzidos muito semelhantes aos classificados que temos hoje nos nossos
jornais, logo so os principais responsveis pelo capital financeiro das revistas e
jornais, estes que surgem com certa variedade e grande circulao.
Podemos salientar ainda que a principal caracterstica dos anncios neste perodo
histrico so o uso de charges polticas que aparec em em meio as caricaturas e
com textos sempre bem humorados que aparecem vendendo as marcas da poca
ou comentando sobre lojas. Logo o alvo preferido dos produtores (desenhistas) de
anncios da poca so o presidente da Repblica e seus ministros, e podemos
17
citar tambm as figuras internacionais que tambm faziam parte do imaginrio
publicitrio da poca.
Em 1914 surgem s primeiras agncias publicitrias no Brasil, que se iniciavam
como empresas produtoras de anncios e logo se tornam agencias com
departamentos mais bem definidos como temos hoje.
Com o desenvolvimento industrial que se inicia no pas, chegam as empresas
norte americanas e com elas tambm as agncias de propaganda do referido
pas, que imprimem uma nova esttica para a publicidade e exigem a
profissionalizao das reas envolvidas com a publicidade e propaganda, neste
sentido, desenhistas, fotgrafos, reas de criao e grficas ganham um novo
impulso tcnico e profissional para atender as necessidades de agncias.
Logo com a entrada de multinacionais Americanas e Europias no
pas nas trs primeiras dcadas do sculo XX, antecipou a
consolidao da publicidade no Brasil. O que pode s er
considerado um marco desse fenmeno foi a abertura do
departamento publicitrio da General Motors no pas no ano de
1926. (SANTOS, 2005)
No incio da dcada de 20 inicia-se as primeiras grandes campanhas de
empresas multinacionais que se instalam no pas. A Alem Bayer a pioneira no
pas em campanhas para promover seus produtos, principalmente a Cafiaspirina,
Aspirina e Alka-Seltzer.
Apesar da crise econmica de 1929, a publicidade ai nda sim se desenvolvem
bem no Brasil, surgem os outdoors, painis nas estradas, os anncios compostos
de slides coloridos em lminas de vidro so exibid os nos cinemas e programas
voltados venda e jingles4 para as rdios so criados dentro das agncias de
publicidade, agora em maior escala nos grandes centros.
O Veculo de comunicao rdio, a partir de 1931 cresce em larga escala no pas
logo que o Governo Federal passa a outorgar para as empresas privadas a
4 Jingles: Ver glossrio
18
explorao dos sinais de rdio. Logo as agncias de publicidade no s se
limitam aos jingles, mas tambm produzem programas e novelas que so
patrocinados por grandes empresas privadas.
Contudo, um grande impulso ainda estava por vir: a abertura das
primeiras estaes de rdio, cujas ondas em poucos anos
alcanariam at os rinces mais remotos do pas. Fo i o primeiro
meio de comunicao verdadeiramente de massa, tendo sido
responsvel pela difuso de inmeros hbitos, valores e
comportamentos que ajudaram a mudar a sociedade. (...) as
emissoras s tiveram permisso do governo para tran smitir
anncios comerciais em 1932 e logo se firmaram como o principal
meio de publicidade, superando os meios impressos. (SANTOS,
2005)
A hegemonia do rdio s foi quebrada nos anos 60 com a chegada da televiso,
esta que fora lanada no pas em 1950. Nesta mesma poca as grandes cidades
comearam a receber os moradores rurais que passara m a trocar o campo pelas
cidades, fazendo surgir uma grande classe urbana.
Com esta nova classe social que surgia, empresas multinacionais passaram a se
instalar no pas que atrados pelo novo perfil de consumidores. Figueiredo (1976)
ressalta que um destaque mais significativo propa ganda ocorreu com a
chegada das empresas automobilsticas que mudaram o cenrio publicitrio
nacional, onde as mesmas investiam grandes verbas em comunicao
mercadolgica.
Neste perodo os anncios para TV eram compostos em sua maioria de
eletrodomsticos, produtos para donas-de-casa, gneros alimentcios e
automveis. Um reflexo do crescimento do setor publ icitrio o surgimento da
Revista impressa Propaganda que abordava em suas pautas somente assuntos
relacionados ao setor, e que eram assinados por profissionais da rea.
A indstria do consumo vai ganhando fora no pas e as mdias crescem e se
aperfeioam velozmente. As propagandas e anncios que antes eram ao vivo
19
agora so substitudos pelo VT ( VDEOTAPE), logo as agencias tinham mais
tempo e liberdade para criar anncios cada vez mais arrojados e sofisticados.
As dcadas seguintes, 60, 70 e 80 so vistas como as do grande boom da
originalidade, nas agencias pela primeira vez aparecem as duplas de criao
(idia trazida do exterior por Alex Periscinotto).
Logo o Brasil comea a se destacar no cenrio publicitrio mundial com nomes
como Washington Olivetto, Duailibi, Petit, Zaragoza, Nizan Guanhes, dentre
outros. Este primeiro, foi o primeiro brasileiro a ganhar o Leo de Ouro em
Cannes com a pea publicitria Homens com mais de 40 anos, onde era feito
um protesto pela empregabilidade de homens com esta idade.
No final do sculo XX com a globalizao uma nova c onfigurao econmica
marca o mundo e obriga o mercado a se posicionar de forma diferenciada. A
publicidade brasileira j madura se adqua bem a este novo cenrio, condio
esta que transforma a publicidade brasileira a terceira potencia mundial no setor.
1.2 - PUBLICIDADE E A PEDAGOGIA DA IMAGEM
Por tudo que foi dito sobre a histria da publicida de, podemos ressaltar que a
mesma, faz parte do imaginrio das pessoas. Podemos afirmar que pelo menos
cada pessoa j foi influenciada alguma vez por alguma publicidade.
Muitas propagandas acabam fazendo parte do imaginrio e repertrio visual ou
verbal das pessoas, algumas trazem para a vida pessoal jarges publicitrios de
alguma campanha, costuma cantarolar jingles e se identificar com alguma
situao relatada ou apresentada em alguma campanha .
Acreditamos que no Brasil onde a publicidade exerce grande influencia, no
comportamento do consumidor, este que moldado quase que diariamente com
uma enxurrada de informaes, imagens, signos e sons.
Essa influencia pode moldar o comportamento, a cultura, pode exercer mudanas
de pensamento, reger decises, influenciar na aquis io de uma nova crena ou
20
ideologia. Entretanto o que gostaramos de ressaltar que a publicidade alm de
tudo que foi mencionado, ela exerce um fantstico poder imagtico sobre os
expectadores.
preciso salientar que a publicidade, assim como a arquitetura, o design, tem em
sua composio formal em quase sua totalidade image ns. Podemos mencionar a
arquitetura e o design, que visam unir a funcionalidade com a beleza, uma
busca constante dos produtores de imagens sejam eles de qualquer natureza,
buscam a experincia esttica. A publicidade tambm visa este ideal.
Acreditamos, que essa busca pelo ideal imagtico, e tambm para que o oficio
publicidade cumpra o que se prope, ele deve buscar o ideal esttico do Belo.
Mesmo acreditando que este gera polmica h geraes desde sua formulao
inicial com o filsofo grego Plato, passando por A ristteles, Hegel com o belo
natural e artstico e Kant com a crtica do juzo.
Pensamos que a publicidade busca esse referencial de imagens na histria da
arte, pois os movimentos artsticos no decorrer da histria tm suas imagens
baseadas na cultura, sociedade, filosofia e ideologias vigentes da poca em que
aconteceram.
Concomitantemente o que acontece na apresentao visual da grande maioria
das propagandas, que como sabido, reafirmamos que a publicidade se alimenta
de referenciais da histria da arte. Sejam estes fo rmais, conceituais, construtivos,
imagticos, ideolgicos; sempre aplicando em suas construes alguma
caracterstica artstica.
Com isso podemos levantar a questo: Seria possvel ensinar histria da arte,
utilizando elementos presentes nas construes publ icitrias? Seria possvel criar
elementos visuais que serviro de chamariz para o a luno se interessar pelo
ensino da mesma?
21
2 - MOVIMENTOS ARTSTICOS A SEREM ESTUDADOS EM SALA DE AULA
2.1 Pop Art
O ps-modernismo como conhecemos hoje teve incio s 8h e 15min do dia 06 de
Agosto de 1945, quando os Estados Unidos lana a Bo mba Atmica sobre a
cidade de Hiroxima. A civilizao industrial encerr a suas atividades na histria
quando o poder criador superado pela sua fora destruidora.
Os socilogos batizaram essa poca de ps-moderna, a partir de um termo
empregado pelo historiador Toynbee em 1947. (SANTOS, 2004, 20).
Com os avanos tecnolgicos como a inveno do micr o-chip o que iria tornar os
computadores cada vez menores, o primeiro satlite artificial lanado no espao
(o Sputnik Russo), a ascenso da publicidade, do ma rketing de vendas e
produtos, a revoluo sexual com a inveno da plu la, o rock, o motel, a
minissaia... Do meio desse novo universo surge uma nova ordem social: a mass-
media.
E para completar esse cenrio moderno, com as naes capitalistas e seus
avanos cientficos sobre as demais naes do mundo , que ultrapassam as
metrpoles industriais atingindo as classes mdias consumidoras de moda e
lazer, surgiu ento a famlia da era nuclear (Marid o, mulher e filhos isolados no
apartamento). Por fim, ela gerou a massa industrial, o ser humano mecanizado
(leia-se tempos modernos de Charles Chaplin...), onde o mesmo vive isolado,
desumanizado.
Segundo SANTOS (2004) o design projeta produtos com forma atraentes,
embalagens apelativas, e embeleza o cotidiano j saturado por objetos. Eles
passam a ser informao esttica com suas cores, su as superfcies lisas, linhas
aerodinmicas, e so na verdade iscas de seduo pa ra o consumidor.
Os consumidores so atrados pelo fetichismo criado pela moda e a publicidade
que tem por misso erotizar o dia-a-dia com fantasias e desejos de posse. Ao
passo que indo aos hipermercados onde os produtos so vistos como
22
espetculo, para passear, gosto banal, torna-se um gosto de banalizao, um
jogo de gratificao.
Esse circuito informativo, esttico e erotizado personificado no cotidiano no so
inocentes. Com modelos e imagens nas culturas de massas, ele o patamar para
os sistemas ps-industriais.
Em meados dos anos 50, a revolta modernista tinha esgotado o criadorismo.
Agora o design era pea de decorao que a indstri a produzia em srie, a moda,
as artes grficas, tudo era ligado ao culto ao consumo, pregado pelas vanguardas
ps-guerra. Os artistas no queriam mais trabalhar a subjetividade, a arte estaria
com os seus dias contados? Conforme o pintor Espanhol Pablo Picasso um dia
relatou:
Toda a minha vida de artista no passou de uma luta constante contra a reao e
contra a morte da arte.
Segundo o crtico britnico Lawrence Alloway, em 19 54, a arte pop tem no
mximo doze anos de idade, para descrever o fenmeno da arte popular que
estava sendo criada pela cultura de massa. Alloway ampliou o termo em 1962.5O
criador do nome contestou, dizendo que no tinha si do ele a escolher o nome do
bebe. Pelo menos no da forma que ficou conhecida n o mundo todo: Pop art.
Pura modstia. Eufemismo britnico? Lawrence Alloway, crtico de arte ingls
inventou o termo pop art em 1962 para incluir a atividade de artistas que estavam
procurando usar imagens populares em um contexto de belas artes. (SMITH, in
STANGOS, 2000).
Quando Alloway fez este esclarecimento em 1966, a Pop Art j h muito se
distanciara da sua rampa de lanamento com modestas exposies em escolas
de arte e pequenas galerias particulares para a rb ita da esfera da arte
contempornea. Contudo o local geogrfico do seu sucesso no seria a
Inglaterra, onde uma mo-cheia de jovens arquitetos , escritores e artistas j
tinham h pouco descoberto o encanto do vocabulrio das mass-media
comerciais e tinham estabelecido um comit informal.
5 O Artigo foi escrito em 1966 (N.R.T)
23
A primeira obra de arte POP realizada na Inglater ra foi a colagem de Richard
Hamilton, O que Exatamente torna os Lares de Hoje to Diferen tes, to
atraentes? A obra foi executada para figurar uma exposio in titulada isto o
amanh.
Do outro lado do Atlntico surgia tambm a pop, mais precisamente em NY, e
mais especificamente em Manhattan, nomes como Roy Lichtenstein, Claes
Oldenburg, James Rosenquist, Tom Wesselmann e Andy Warhol, eram j
mencionados pelos conhecedores, e Robert Rauschenberg, Jasper Jhons e Larry
Rivers atraam a ateno dos colecionadores srios. As suas pinturas e
esculturas celebravam a linguagem da cultura urbana anncios, bandas
desenhadas, fotografia, design s vezes com uma inteno positiva, outras
vezes irnica ou crtica. Alm disso a Pop Art parecia ser a arte americana por
excelncia para uma grande vergonha de muitos apoiantes da arte moderna
nos EUA.
Apesar da hesitao inicial, a arte pop ganhou raz es mais slidas nos EUA de
que em qualquer outro lugar, pode ser inferida de uma declarao com que um
estudante do Royal College of Art de Londres, colaborou para um documento
coletivo intitulado: Um Modelo Composto do Processo Crtico. Disse ele: A arte
pop descreve um ambiente consumista e sua mentalidade: a fealdade converte-se
em beleza. (...) (SMITH, in STANGOS, 2000).
Os artistas foram buscar na publicidade e no design comercial e principalmente
no marketing que visa a venda fonte de inspirao p ara seus trabalhos.
24
2.2 MINIMALISMO
Com a sua obra Quadrado negro sobre fundo branco, Malevich afirmou que a
arte no estava mais preocupada em servir o Estado ou religio; ela no deseja
mais ilustrar a histria dos costumes, no quer ter mais nada a ver com o objeto
como tal e acredita que pode existir em si mesma e para si mesma, sem as
coisas.
Estava inaugurada a era suprematista, a geometrizao o quadrado que nunca
ser encontrada na natureza. O construtivismo e o suprematismo celebraram o
racionalismo e um modo matemtico de pensar.
Primeiramente a decomposio e recomposio formal em que os maiores
contribuidores foram provavelmente os construtivistas russos e o escultor
Constantin Brncusi. Os construtivistas, atravs da experimentao formal,
procuravam uma linguagem universal da arte, passvel de ser absorvida por toda
a humanidade. Durante a primeira fase da Revoluo Russa, este novo projeto de
arte foi considerado matria de Estado: a criao d e uma sociedade de
vanguarda dependeria de uma cultura de vanguarda. Este projeto tambm pode
ter ido de encontro s necessidades de rpida industrializao do pas. O trabalho
de Brncusi envolvia muito mais a busca de uma pure za da forma e abria
caminho para as vrias abstraes que estariam por vir, como o minimalismo.
Neste primeiro momento tambm se inserem os movimentos abstratos
(especialmente os geomtricos) de uma maneira geral. Linguagens como a da
Bauhaus e do De Stijl tangenciam o minimalismo em sua dimenso mais ampla.
Suzi Gablick diz que (In STANGOS, 2000) Os minimalistas assim como Mondrian,
acreditavam que a arte deveria ser pensada (vinha da mente) antes de ser
executada, mas essa deveria ser racional e sem expresso, no poderia mais
existir o trao subjetivista do artista.
Segundo Morgan (1991) o pluralismo radical da cultura contempornea tornou-se
evidente a partir dos anos 60, quando a incessante procura por algo novo fez
com que movimentos artsticos surgissem quase que de ano em ano. Morgan cita
25
como causas dessa exploso de novas manifestaes a rtsticas a profunda
insatisfao da juventude com os valores tradiciona is, rebelio contra o que a
juventude da poca percebia como centralismo monoltico, alm do demasiado
elitismo no contexto cultural e poltico estabelecido. Essa juventude ( qual
pertenciam os compositores iniciadores do Minimalismo) explorou uma ampla
gama de estilos alternativos de vida que incluam temas como a emancipao
sexual, o interesse pelo misticismo oriental e filosofias no ocidentais,
experincias com drogas e principalmente uma forte rejeio aos valores
tradicionais do sistema (establishment, ou conjunto dos grupos dominantes dentro
de uma sociedade), que era visto como uma fora imp essoal que vitimava os
cidados, impedindo-os de exercerem sua liberdade.
Morgan (1991) tambm argumenta que as geraes jove ns tinham averso alta
cultura, que era vista como uma cultura em processo de exausto. No lugar dela,
uma contracultura, a qual respondia a uma imensa variedade de interesses
sociais e tnicos, foi erguida. A cultura centralizada seria substituda por uma
democracia de contraculturas, que coexistiriam em p de igualdade. Assim, a alta
cultura, nos anos 60, comeou a perder espao para a cultura pop.
Essa nova quebra de barreiras entre nveis artsticos estimulou o ecletismo e
novas combinaes estilsticas (MORGAN, 1991, p.328 -30).
O Minimalismo , portanto, filho de uma dcada muito especial na histria do
sculo XX. A dcada de 60, na qual ele se desenvolveu e floresceu plenamente,
foi uma das mais importantes na histria do sculo XX no que diz respeito
articulao de movimentos alternativos contra o sis tema. Dentre os movimentos
que propunham formas alternativas de comportamento e questionavam o status
quo nos anos 60, podemos citar o movimento hippie, o movimento feminista e o
movimento pelos direitos dos negros, liderado por Martin Luther King. Os anos 60
foram tambm uma poca na qual as experincias com drogas que visavam
estados alterados de conscincia foram levadas ao extremo, e em que as
filosofias do Oriente e a yoga comearam a penetrar com mais intensidade no
Ocidente, devido a uma srie de fatos, j bem documentados, dos quais
destacamos alguns fatos relacionados a isto, como a ida dos Beatles ndia, a
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difuso da msica indiana e a vinda para a Amrica de msicos daquele pas,
como Ravi Shankar.
Os minimalistas buscavam ao introduzir o cubo epistemolgico, a clareza com
rigor conceitual, a literatura e a simplicidade, eles almejaram transpor a arte para
um patamar alternativo de metodologias mais precisas.
Na dcada de 60, nos Estados Unidos, ocorreu o ponto de partida para um novo
gnero de escultura que teria a especificidade e o poder de materiais reais, cores
reais e espao real, e que estetizaria a tecnologia num grau tal antes no
imaginado por nenhum artista contemporneo.
Os artistas minimalistas tinham a crena que uma ob ra de arte devia ser
completamente concebida pela mente antes de sua execuo. Todas aquelas
prioridades que o expressionismo abstrato, com seus excessos de profunda
subjetividade e emocionismo alusivo, tinha infundido na arte americana durante a
dcada de 50, eram agora rejeitadas sob a alegao de estarem desgastadas.
O vazio neutro das pinturas pretas, pareceu ser, aos olhos de
muitas pessoas, um recuo to completo das preocupa es
humansticas, que elas s podiam ser uma aberrao , sinnimo
de tudo o que anti-subjetivo, materialista, determinista, antivida
em nossa cultura o que nos leva ao tdio (...) (Suzi Gablick
In STANGOS, 2000)
A segunda (e mais notvel) fase do movimento surgiu de artistas como Sol
LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson. Muitos outros artistas
contriburam de maneira importante ao movimento, entretanto, estes parecem
exemplific-lo em suas diversas reas. A produo destes artistas, em geral,
tendia a ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte:
procuravam estudar as possibilidades estticas de composio no atravs de
pinturas ou esculturas, mas a partir de estruturas bi ou tridimensionais que podem
ser chamadas de "objetos" (ou ainda, "no-objetos", dada a sua inutilidade) e
eventualmente de instalaes. Desta forma, no se s ubmetiam limitao que se
27
fazia entre o campo da pintura e o campo da escultura, indo alm destes
conceitos.
Tambm notveis so os ps-minimalistas, incluindo Martin Puryear, Tyrone
Mirchell, Melvin Edwards e Joel Shapiro. O ponto chave do ps-minimalismo so
as freqentes referncias distintas aos objetos sem representao direta. Isto tem
se tornado uma linha predominante na escultura moderna.
A crtica e o publico no aceitaram o minimalismo d e incio, uma das razes pode
ser que as pessoas no conseguem apreciar que o min imalismo reside no fato de
que no se trabalha mais o figurativo subjetivo, e sim o matemtico. Tambm
essas pessoas no viam nenhuma prova de que o artis ta tenha feito uma espcie
de obra e, por conseguinte, acreditavam sincerame nte estar lidando com uma
gigantesca fraude. Eles no aceitavam o fato de que uma fileira de cubos de
poliestireno ou de tijolos refratrios, tubos de luz fluorescente, ao inoxidvel,
chapas de cobre, tinta industrial, caixas feitas de madeira compensada e msicas
com trechos freneticamente repetitivos, possa ser realmente arte.
Uma das coisas que o minimalismo esperava realizar era uma nova interpretao
dos objetivos da escultura, onde a preocupao no era a obra no espao, mas o
espao ao redor da forma. A msica tambm foi influenciada pela esttica
minimalista, os compositores Philip Glass e Steve Reich vinham compondo h
alguns anos msicas que tem estrutura modular, msica baseada na repetio
de elementos mnimos e na mudana gradual de pequen os motivos ao longo de
diferentes fases. preciso notar que o que chama do de movimento minimalista
na msica tem uma pequena (s vezes ocasional) relao com o mesmo
movimento nas artes plsticas. Esta conexo provavelmente uma das razes
que fazem com que compositores chamados minimalistas no se sintam
vontade com o termo.
Philip Glass (talvez o mais popular compositor entre aqueles chamados
minimalistas), cujo grupo inicialmente apresentou-se em galerias de arte nas
quais seus amigos (artistas minimalistas) expunham, chegou a dizer que "Aquela
palavra [minimalismo] deveria ser extinta" (That word should be stamped out!).
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Alm de Glass, Steve Reich provavelmente um dos mais famosos compositores
minimalistas, sendo tambm notvel o nome de John Coolidge Adams.
Em seguida citaremos outros movimentos que tambm fazem parte dos
movimentos contemporneos na Histria da Arte. No q ue tange as explicaes
formais, nos ateremos a uma sucinta explicao de c ada movimento.
Propagandas a serem utilizadas em sala de aula para ilustrar / ensinar sobre o
movimento, ver anexos.
2.3 - Hiper-realismo
O termo indica a obra daqueles artistas que transp em para a pintura a viso
destacada e objetiva, prpria da fotografia. A mob ilidade e sensibilidade do olho
biolgico substituda por uma nova viso mecnica .
Tal pintura nasce nos Estados Unidos na seqencia d a pop art e do realismo
pioneirstico. O hiper-realismo assume uma postura cnica de quem usa a imagem
urbana, a cidade como pretexto visual, sem ter com ela uma relao crtica, mas
apenas ocasio de exerccios lingsticos.
Propagandas a serem utilizadas em sala de aula para ilustrar / ensinar sobre o
movimento, ver anexos.
2.4 - Land-Art
Segundo Oliva(1998) o termo Land-Art foi apresentado pela primeira vez em 1969
por Gerry Schum, que realizou em videotape que recolhe ao vivo intervenes
dos artistas.
Tal denominao abrange as obras de artistas que tr abalham atravs de
intervenes na paisagem natural.
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O artista deixa o espao tradicional da galeria ou do museu e intervm
diretamente no espao colossal da natureza, tais co mo: desertos, montanhas,
rochedos, campos nevados, rios que sua extenso os olhos no conseguem
alcanar estes cenrios naturais tpicos da natureza e da paisagem norte
americana.
As intervenes so realizadas mediante instrumento s tecnolgicos que
comandam o choque com a quantidade de espao a enfr entar.
A inteno produzir um impacto, uma experincia com um espao depurado e
livre de qualquer condicionamento social ou no.
Propagandas a serem utilizadas em sala de aula para ilustrar / ensinar sobre o
movimento, ver anexos.
2.5 Escola Bauhaus
A escola Bauhaus ou escola da forma, como tambm era conhecida agrupou
importantes criativos que estavam na vanguarda, que tambm criaram padres
estticos que viriam a se tornar cones e fazer parte do cotidiano das pessoas.
No ano de 1919, o arquiteto e artista plstico alemo Walter Gropius associou
duas escolas existentes na cidade de Weimar na Alemanha, a Escola de Artes e
Ofcios, do belga Henri van de Velde, e a de Belas-Artes, do alemo Hermann
Muthesius, e instituiu uma nova escola de arquitetura e desenho a que deu o
nome de Staatliches Bauhaus (Em livre traduo: Casa Estatal de Construo).
A origem da Bauhaus decorre do movimento Arts and Crafts, criada pelo ingls
William Morris, que buscou restabelecer a valoriza o do artesanato e do arteso.
Entretanto, o ensino da escola Bauhaus opunha-se s concepes de Morris. A
Bauhaus queria criar objetos feitos em sistema industrial e em srie. Esse fato
tambm no agradava a Gropius, pois o estilo art nouveau, era estritamente
decorativo.
30
Outra grande aspirao da Bauhaus esteve justament e no plano da comunicao grfica, na conformao da sua especial idade como uma rea moderna de incumbncia, no equiparvel antigas artes grficas. Ali intervieram no somente os legados vanguardistas, mas tambm os aportes tcnicos e conceituais da psicologia, da publicidade e da propaganda de massas, gerando um espao novo de articulao e de expresso, onde o projeto se ab ria no somente inovao tipogrfica e formal, mas tambm na incluso da fotografia e outras composies plsticas. A utopia da ordem e do ideal de alcanar a democratizao do acesso aoconhecimento e distino dos saberes, se plasmavam aqui em um primeiro passofundamental: a legibilidade. (ARFUCH, 1997, pag. 197)
Paralelamente a escola Bauhaus condenava a arte pela arte era uma grande
apoiadora da criatividade do homem. Groupius ressaltava que os homens
deveriam estar ligados ao fenmenos culturais e soc iais, presentes no mundo
moderno. Ele considerava isto mais importante que simplesmente ensinar uma
profisso.
O ensino da Escola Bauhaus era baseado de maneira satisfatria na unio
conjunta de pesquisa feita pelos artistas, mestres das diversas oficinas com os
alunos. Gropius ainda ressaltava que a unidade de qualquer projeto deveria se
dar pelo conjunto. Alm claro do uso das constantes referncias vindas da
pintura, a msica, a dana, a fotografia e o teatro.
Assim a filosofia da Bauhaus impregnou em seus alunos, uma cultura de
construo de objetos e utenslios que sem demora d eterminou os estilos
presentes em seus produtos que eram criados livres de ornamentos, estes eram
funcionais e econmicos, cujos prottipos saam de suas oficinas para a
execuo em srie na indstria.
... no poderia faltar a referncia Bauhaus, momento de inflexo na constituio do campo disciplinar do desenho e da imagem grfica e arquitetnica do moderno. Pese a que ela se constituiu atravs do aporte indistinto das vanguardas sobretudo do Construtivismo, De stijl, do Abstracionismo e do Futurismo-, sua particular conformao e institucionalizao a colo ca num lugar a parte desse contexto. Sua inspirao racionalista, sua confiana no triunfo da tcnica e em uma universalidade no acesso a um mundo sonhado como uma ordem da distribuio dos ob jetos, a prpria noo configurativa do projeto a distanciam do gesto extremo da rebeldia vanguardista -da iconoclastia- para inscrev-la na dinmica das escolas, como realmente se confi gurou, em suas diferentes sedes e momentos histrico-poltico s, a partir da legendria fundao em Weimar de 1919, de seu traslado a
31
Dessau em 1925, at a sua dissoluo em Berlim, em 1933, sob ameaa do nazismo em ascenso. (ARFUCH, 1997, pag. 197)
Propagandas a serem utilizadas em sala de aula para ilustrar / ensinar sobre o
movimento ver anexos.
2.6 - MOVIMENTOS ARTTICOS CONTEMPORNEOS IMAGENS
COTIDIANAS?
Pensar no ensino de artes visuais (Histria da Arte ) relativamente desafiador.
Temos sculos de histria da arte, milhares de imagens, quadros, esculturas,
gravuras, fotografias, quadros, tableau objetics, happenings, instalaes, dentre
outras diversas manifestaes artsticas.
A grande inquietao de muitos arte-educadores (as) ou professores de histria
da arte seria qual o melhor filtro de imagens a ser utilizado em sala de aula para
selecionar as imagens para determinado movimento artstico. Procuraremos
imagens que consideramos ser as mais importantes para ser apresentado aos
alunos.
Neste estudo optamos por apresentar alguns movimentos artsticos
contemporneos, pois entendemos que como estes so mais presentes no
cotidiano de alguns alunos, entendemos ento que es ta compreenso se tornaria
mais fcil.
Acreditamos que quando trazemos a histria da arte (ou a arte de um modo geral)
para o imaginrio cotidiano dos alunos, eles conseguiro traar paralelos com os
movimentos artsticos. A partir desta compreenso e les pensamos que os alunos
conseguiro enxergar a influncia dos movimentos artsticos em objetos
cotidianos, como por exemplo o formato de uma cadeira, um estilo de roupa, um
modelo de automvel, uma imagem da televiso, dentr e outros.
32
3 - APLICAES DAS PROPAGANDAS EM SALA DE AULA R ELATO DAS METODOLOGIAS
O ensino da arte durante vrios anos tem sofrido transformaes
significativas. Hoje, faz-se necessrio que o professor organize um trabalho
consistente e que se possvel penso ainda que a utilizao de uma metodologia
com questes ldicas e cotidianas, atravs de atividades como: ver, ouvir, mover,
sentir, perceber, pensar, descobrir, fazer, expressar, etc., a partir dos elementos
da natureza e da cultura, analisando-os e transformando-os.
Para desenvolver um bom trabalho de Arte o professor precisa descobrir quais so os interesses,vivncias, linguagens, modos de conhecimento de arte e prtica de vida de seus alunos. Conhecer os estudantes na sua relao com a prpria regio, com o Brasil e com o mundo, um ponto de partida imprescindvel para um trabalho de educao escolar em Arte que realmente mobilize uma assimilao e uma apreenso de informaes na rea artstica. O professor pode organizar um mapeamento cultural da rea em que atua, bem como das demais, prximas e distantes. nessa relao com o mundo que os estudantes desenvolvem a s suas experincias estticas e artsticas, tanto com as referentes de cada um dos assuntos abordados no programa de Arte, quanto com as reas da linguagem desenvolvida pelo professor. (Artes plsticas, Desenho, Msica, Artes Cnicas). (Ferraz, Fusari, 1992, p. 71)
O estudo apresentado neste captulo relata a(s) experincias
didtico/metodolgicas do uso de publicidades impressas como motor
pedaggico no ensino de Histria da Arte.
Esta forma didtica apresentada a seguir provm de experincias adquiridas por
mim em sala de aula enquanto professor de Arte.
Este relato se apresenta como um dirio de bordo que acontecera durante trs
anos de ensino de Artes Visuais (Histria da Arte). Inicialmente fora percebido
certo desinteresse por parte da turma acerca do contedo a ser estudado, mesmo
sendo as aulas lecionadas com recursos udios-visuais e material imagtico
diversificado. O tema Histria da Arte sempre fora visto com certa desconfiana
dos alunos, fato este que pode ser originado tambm no histrico de falhas no
Ensino de Artes Visuais pelas escolas.
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Ratificamos que uma grande queixa dos alunos era acerca da aplicao prtica
ou cotidiana do contedo de histria da arte, sempre gerava incgnitas sobre os
porqus desta disciplina.
Equipados deste e de outros questionamentos, optamos por trazer para as salas
de aula representaes cotidianas que trouxessem em sua estrutura
caractersticas de algum movimento artstico, estas seriam uma isca para atrair
a ateno dos alunos e tentar quebrar os paradigmas dos alunos acerca do
ensino/aprendizado de artes.
Como objeto metodolgico, escolhemos a publicidade impressa por acreditarmos
que estas j fazerem parte do imaginrio e do cotidiano dos alunos.
Esta escolha se deveu por entendemos que a nossa sociedade bombardeada
multilateralmente com imagens, sons, aromas, textos, dentre outras formas de
persuaso publicitrias muitas vezes voltadas ao consumo, desde o nascimento
somos condicionados ao consumo. Marshall MacLuhan chamou essa torrente de
mdias como extenses do homem.
No decorrer do Sc. XX, as imagens se aceleraram de muitas maneiras, assim como o acesso a elas. Nas telas em constante multiplicao que povoam nossa vida, h movimentos assustadoramente rpidos de um quadro a outro, uma seqncia, um programa a outro, um cartaz a outro, um som a outro(...). GITLIN (2003, pag.119)
As campanhas publicitrias por muitas vezes trazem consigo referencial imagtico
proveniente de algum movimento artstico, como j citado, isso percebido
principalmente a partir do movimento Art Noveau onde suas caractersticas
formais foram largamente utilizadas pela indstria miditica para vender produtos,
ideologias e servios em sua poca.
As propagandas a serem utilizadas em sala de aula so peas fantasmas, ou
seja: no foram veiculadas em nenhuma mdia e tambm no precisaram de
aprovao de um cliente real. Estas foram criadas p ropositalmente com
caractersticas marcantes dos movimentos apresentados para assim obtermos
uma melhor compreenso dos alunos.
34
Optamos pelo uso somente de propagandas impressas, e nos
resguardamos de apresentar as de vdeo por questes de infra-estrutura e
tecnologia. Estas propagandas se apresentam em forma de cartaz, este que um
suporte fcil de transporte e construo, alm de ser constantemente utilizado
pela publicidade desde os primrdios.
Todos os alunos foram previamente avisados que se tratava de uma aula de
histria da arte, e que os questionamentos, dvidas ou indagaes poderiam ser
sanadas durante a amostragem das propagandas.
Inicialmente houve certa desconfiana por parte dos alunos, pois os mesmos no
conseguiam associar as imagens mostradas com Arte, alguns at comentavam
que j haviam visto este ou aquele produto. Mas de um modo geral eles se
mostraram interessados com as imagens.
Foi pedido um levantamento por escrito das caractersticas que eles conseguiam
apontar nas propagandas, cores, formato das imagens, que sentimento elas
traziam a eles.
Ao trmino desta apresentao, solicitamos aos alun os que descrevessem
tambm o que eles percebiam sobre a arte de um modo geral, como ela poderia
influenci-los, com que finalidade ela existia na viso deles, se a mesma teria
alguma importncia ou aplicao no seu cotidiano.
Fazendo um resumo das respostas, as mais comuns eram que a arte s servia
para fazer coisas bonitas. E logo em seguida perg untamos qual a finalidade de
se estudar histria da arte, j que no currculo regular existia tambm uma matria
chamada histria. Tambm as respostas mais comuns foram que a arte serve
para tornar o mundo mais belo.
Mais uma vez os alunos so apresentados s propagan das, s que desta vez
separadas por caractersticas de movimentos artsticos. Feita esta nova
apresentao, os alunos foram apresentados ao movim ento propriamente dito,
sua histria, caractersticas conceituais e constru tivas, principais artistas,
discursos filosficos.
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Percebemos que o interesse de muitos foi maior, inclusive eles j conseguiam
fazer associaes com as propagandas apresentadas e alguns com imagens
cotidianas de filmes, revistas, mobilirio, dentre outros.
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3.1 - PLANO DE AULA Para a aplicao deste tipo de metodologia de aula, segue abaixo um modelo de
plano de ensino para uma aula cujo tema o Movimento artstico POP ART:
TEMA DA AULA: POP ART DATA: De acordo com o perodo vigente QUANTIDADE DE AULAS PREVISTAS: 04 (quatro aulas de 50 minutos cada) OBJETIVOS: Apresentar aos alunos os conceitos do movimento artstico POP ART, suas
caractersticas conceituais e estruturais. Contextualizar os alunos sobre o perodo
histrico no qual o movimento se inaugurou.
CONTEDO: - Apresentao das propagandas e discusso com os a lunos acerca das mesmas;
- Levantamento por parte dos alunos das caractersticas mais marcantes
presentes na propaganda;
- Discusso por parte dos alunos acerca das imagens apresentadas;
- Histrico cronolgico, social e cultural no qual o movimento estava inserido;
- Caractersticas conceituais e estruturais do movimento;
- O que contracultura.
- Artistas inseridos no movimento;
METODOLOGIA DE ENSINO: - Sero apresentadas aos alunos publicidades impres sas em sistema digital e
dispostas devidamente em uma prancha rgida de Papel Paran ou Spumpack no
tamanho A3. Estes anncios como j sabido, sero devidamente preparados e
tero caractersticas do movimento a ser estudado n a determinada aula.
- Aps a apresentao ser feita uma mesa redonda o nde os alunos sero
oportunizados a comentar sobre o que visualizaram (suas impresses sobre as
mesmas acerca de cores, produto, servio ou ideolog ia, se a propaganda
37
convence ou no o expectador e tambm se consegue vender o ou no o que ela
se prope).
- Os alunos faro um levantamento por escrito sobre as caractersticas que
julgarem mais marcantes nas propagandas apresentadas e logo em seguida ser
feito um levantamento e exposio das que foram mai s comuns a todos e as que
somente alguns visualizaram;
Logo em seguida o professor apresentar o movimento artstico Pop Art, seu
histrico, artistas, ideologias, caractersticas fo rmais de estrutura e contedo. Esta
explanao se dar sempre contextualizando e associando as temticas das
obras com as que foram apresentadas anteriormente em forma de publicidades, a
fim de fazer associaes cotidianas com os alunos.
Em alguns casos especficos podero ser levados obj etos ou produtos cotidianos
para complementar o papel das publicidades.
LEITURA SUGERIDA: Textos selecionados pelo professor e j distribudos anteriormente; HONNEF, Klaus. Pop Art. So Paulo: Editora paisagem, 2004. 95p. SANTOS, Jair Ferreira dos. O que ps-moderno. So Paulo: Brasiliense, 2004. Coleo primeiros passos. 111p. ATIVIDADES AVALIATIVAS: Re-leituras por parte dos alunos de uma ou duas obras da Pop Art apresentadas em sala de aula, em gravura, pintura (guache, tmpera ou tinta a leo), escultura ou tcnica mista. Pretende-se aplicar esta metodologia com os outros movimentos artsticos: Minimal Art, Land Art, Escola Bauhaus. A seguir, apresentaremos as imagens construdas e referenciadas nos movimentos artsticos para a aplicao em sala de a ula.
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Propagandas utilizadas em sala de aula com referncias na Pop art.
Cliente: Pop Mania Arcor / Autor: Rodrigo Cristia no Alves Tcnica: Colagem digital / Imagem: www.sxc.hu / www.google.com.br/ www.arcor.com.br
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Cliente: Doceria Doce Mania (cliente fictcio) / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Pintura Digital / Imagem: MSP
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Cliente: Bh Shopping / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Colagem digital / Imagem da modelo : www.revistamarieclaire.com.br
41
Ciente: Lmen/ Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Colagem digital / Imagem: Rodrigo Cristiano Alves
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Propagandas utilizadas em sala de aula com referncias na Arte minimalista.
Cliente: Frum / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Fotografia / Colagem digital / Imagem: www.sonyamerica.com
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Cliente: Aplle Computer Inc. / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Fotografia / Manipulao digital / Imagem: www.aplle.com
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Propagandas utilizadas em sala de aula com referncias no movimento hiperrealismo.
Cliente: Ministrio da Agricultura / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Desenho digital / Imagem: www.sxc.hu
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Cliente: Greempeace / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Pintura Digital / Imagem: www.warezteam.com
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Cliente: Cartoon Network / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Pintura Digital em software 3D. / Imagem: www.google.com
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Propagandas utilizadas em sala de aula com referncias Escola Bauhaus.
Cliente: Banco Flex (produto fictcio) / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Fotografia / pintura digital / Imagem: www.design-grafico.art.br
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Cliente: Cerveja fictcia Fritz Lang / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Colagem Digital / Imagem: www.sxc.hu
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Propagandas utilizadas em sala de aula com referncias no movimento Land Art.
Cliente: ZOOMP Confeces / Autor: Rodrigo Cristia no Alves Tcnica: Fotografia / Manipulao digital / Imagem: www.sxc.hu
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Cliente: Greempeace / Autor: Rodrigo Cristiano Alves Tcnica: Fotografia / Manipulao digital / Imagem: www.sxc.hu
51
CONCLUSO Desde o perodo colonial, mais precisamente com a chegada da famlia real de
Portugal para o Brasil e a implantao da primeira Escola de Belas Artes no
Brasil. O ensino de artes tem sido um grande desafio para os educadores /
artistas.
A implantao do PCN de artes bem como a obrigatori edade do ensino desta
disciplina nas escolas do pais ainda um grande desafio para os educadores
como j mencionado acima; pois infelizmente as disciplinas consideradas
essenciais como as cadeiras do ncleo comum: portugus, matemtica, histria,
dentre as outras ainda ocupam lugar de destaque e se mantm com certa
obrigatoriedade no currculo de centenas de escolas do pais.
O grande desafio deste projeto no reinventar o ensino de artes, nem to
pouco ser pretensioso de ignorar as formas j tradicionais e j funcionais do
ensino de Histria da Arte e Artes Visuais, o que p retendemos criar uma
metodologia e test-la a fim de se obter mais um referencial didtico no ensino de
artes.
Pensando na sociedade contempornea onde os cidad os de todas as idades
so diariamente bombardeados com imagens e muitas v ezes estas se aparecem
com apelo consumista, sejam elas por qualquer mdia (digital ou convencional),
pensamos com isso em uma metodologia de ensino que utilizasse do uso destas
imagens publicitrias. Ratificamos que, uma vez apresentando estas imagens que
entendemos que j so reconhecidas e j fazem parte de alguma forma do
imaginrio imagtico, esse tipo de abordagem com os alunos seria vivel.
No obstante das premissas da proposta triangular, este trabalho foi concebido e,
mais uma vez queremos deixar claro que no estamos inventando uma nova
forma de se ensinar arte, mas testando novas possibilidades metodolgicas.
Acredita-se que somente atravs das adaptaes meto dolgicas seja possvel um
olhar generoso para uma cultura nacional o que, portanto, vlido para outros
52
pases reconhecendo criticamente as relaes com culturas estrangeiras e
valorizando conscientemente suas especificidades.
Deixamos aqui nossos resultados obtidos at o momento em aberto, e
esperamos que outros pesquisadores, professores e educadores de arte possam
se utilizar deste mtodo bem como fazer suas contribuies, novas atribuies,
bem como tambm contribuir para esta pesquisa. Que este projeto seja de valia e
que contribua para a constante luta dos arte-educadores para a valorizao,
difuso e melhorias do ensino de artes visuais no Brasil.
53
REFERNCIAS
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SANTANNA, Armando. Propaganda: teoria, tcnica, prtica. 7. ed., rev. e atual.
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GLOSS`RIO
Copista: Profissional que reproduz obras de outros artistas, sejam pinturas, desenhos, esculturas ou livros. Tambm se refere aos profissionais que trabalham com arquivos musicais, fazendo cpias, transposie s ou codificaes e resumos de partituras que sero executadas por msicos de uma orquestra ou conjunto. No passado, antes da inveno da imprensa por Gutenberg, o copista era responsvel por copiar caligraficamente manuscritos de todos os tipos e continuou atuando nos sculos XVIII e XIX por causa dos textos proibidos, sobretudo pela Igreja, que no eram impressos de fo rma mecnica, mas reproduzidos manualmente e distribudos de maneira clandestina. (fonte: enciclopdia Itau de Artes visuais) Jingles: Mensagem publicitria musicada e elaborada com um refro simples e de curta durao, a fim de ser lembrado com facilid ade. Msica feita exclusivamente para um produto ou empresa. Pictografia: Pictografia a forma de escrita pela qual idias so transmitidas atravs de desenhos. Suas origens na antiguidade so a escrita cuneiforme e dos hierglifos, mas sua principal origem na modernidad e foi o sistema de reprensentao pictrica internacional desenvolvido em Viena pelo movimento ISOTYPE. (fonte: Dicionrio de artes grficas - Senai / Cecoteg) Tipos mveis: Tipo na rea da tipografia, refere-se aos tipos mveis das prensas mecnicas para impresso de textos. Podem ser feito s de dois materiais: os tipos de metal (ou tipos fundidos) e de madeira. Tipo , tambm, o termo referente aos caracteres das letras. Vdeo-Tape: Fita magntica em que possvel gravar udio e vdeo. Pode tambm ser o nome da mquina gravadora.
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ILUSTRAES
Fig. 01 Tipos mveis feitos com chumbo fundido. Foto: Rodrigo Cristiano Alves
Fig. 02 Joanes Gutemberg Fonte: Manual de produo Grfica (1997)
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Fig. 03 Monge copista Fonte: iluminuras the granger collection /Rogger Viollet
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Fig. 04 Propagandas publicitrias em estilo Art Noveau
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Imagens pertencentes ao movimento Pop Art
Auto retrato 2 - Andy Warhol, Gal. thaddeaeus Ropac, - Museu de Sauzburgo
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Boa disposio de Pele Macia / Autor: Claes Oldenbu rg
Tcnicas diversas / Colagem
Marilyn - Andy Warhol
Silk, leo sobre tela
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Jackie - Andy Warhol
Silk, fotocpia, tcnicas diversas
Roy Lichtenstein leo sobre madeira
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Imagens pertencentes ao movimento Minimalista
Obra minimalista Autor: Cal Andre
Obra Minimalista - Autor : Donal Judd
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Imagens pertencentes ao movimento Hiperrealismo
Big Man Autor: Ron Mueck 2000
Chuck Close, "Big Self-Portrait" 1967-1968
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Arden Anderson and Norma Murphy (1972) Autor: Joh n De Andrea Imagens pertencentes ao movimento Land Art
Spiral Jetty, 1970 Autor: Robert Smithson
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Imagens dos produtos da escola de Arte e Design Bauhaus
B5 chair
Designed by Marcel Breuer (19021981)
Manufactured by Standard-Mbel
Germany, 1926-27
Tubular steel, canvas seat and back
Museum purchase from General Acquisitions Endowment Fund, 2007-9-1
photo: Matt Flynn
Herrsching Keramische Werksttten
Designed by Ludwig Hohlwein (18741949)
Germany, 1910
Lithograph on paper, lined
Gift of the Eric Kellenberger Collection, Switzerland, and purchase from General Acquisitions
Endowment Fund, 2005-12-1
photo: Matt Flynn
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Poster: Engelberg, Trbsee/Switzerland
Designed by Herbert Matter (19071984)
Switzerland, 1936
Off-set lithograph on white wove paper
Museum purchase from General Acquisitions Endowment Fund, 2006-15-1
photo: Matt Flynn