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Ministério da Saúde
Carta de Ottawa – 1986
Conceito amplo de saúde – qualidade de vida
Reforça responsabilidade e direito de indivíduos e
coletivos pela sua saúde
Ratifica o entendimento de que são necessários
ambientes que favoreçam escolhas saudáveis (suporte)
Fortalece a idéia de que o incremento da saúde
depende de garantia de condições sociais estruturais
mais amplas (lazer, trabalho, moradia, educação...)
8ª CNS - 1986
“Democracia é saúde”
Conceito ampliado de saúde = políticas sociais
de defesa da vida
Impossibilidade de resposta isolada do setor
saúde aos determinantes e condicionantes da
saúde da população
Sistema Único de Saúde
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art.196)
“saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso
universal e igualitário à ação e serviço para sua promoção,
proteção e recuperação.”
LEI Nº 8080-90
Compromisso com olhar-práxis que aborde determinantes e
condicionantes da saúde é sucessivamente repetido e
ratificado no texto
PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Promoção da Saúde Prevenção de Doenças
Objeto O que se considera saudável Doença e os riscos de adoecer
Objetivos Atuar sobre determinantes da saúde Criar opções saudáveis
Reduzir os fatores de risco e as doenças Proteger indivíduos e grupos contra riscos
específicos
A quem dirigem as ações
População em geral Grupos especiais
Sistemas múltiplos interdependentes Processos culturais, sociais e políticos
Pessoas ou grupos de riscos Pessoas com doença sub-clínica
Pessoas doentes
Os modelos PARTICIPATIVO Sócio-político, Sócio-cultural
Ecológico
MÉDICO Medicina Preventiva
Práticas clínicas preventivas baseadas em evidência clínica
Tipo e papel dos interventores
Políticos Atore-autores sociais
Clínicos Políticos
Estratégias Multidirecional – redes de complementariedade Informação, educação e comunicação
Marketing social Participação comunitária
Ação política para implantação de políticas publicas saudáveis
Geralmente unidirecional Screening – separar doentes e não doentes
Diagnóstico e tratamento precoce
Adaptado de Restrepo, 2001 et Buss, 2003
Define que a política deve:
ser transversal, integrada e
intersetorial
favorecer o diálogo entre o setor
sanitário, os outros setores do Governo
e a sociedade
articular redes de compromisso e co-
responsabilidade
(Dahlgren et Whitehead, 1992)
Determinantes de saúde
Objetivo
Promoção da qualidade de vida
Redução da vulnerabilidade e dos
riscos à saúde relativos aos seus
determinantes e condicionantes
Diretrizes
Reconhecer que a Promoção da Saúde é importante para a
eqüidade.
Estimular as ações intersetoriais.
Fortalecer a participação social (empoderamento).
Adotar de práticas horizontais de gestão e estabelecimento
de redes de cooperação intersetoriais.
Incentivar a pesquisa (avaliação).
Visibilizar iniciativas de Promoção da Saúde junto aos
trabalhadores e usuários do SUS, considerando metodologias
participativas e o saber popular e tradicional.
Prioridades
Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde
Alimentação Saudável
Prática Corporal/Atividade Física
Prevenção e Controle do Tabagismo
Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito
Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz
Promoção do desenvolvimento sustentável
Escola: espaço de promoção da
saúde?
Mais do mesmo???
Educação versus Saúde
Escola somente mais um cenário
Normatização da vida = higiene, controle moral
Adaptação comportamental
Medicalização do fracasso escolar
Repetição / reprodução
Escola: espaço de promoção da
saúde?!
“A saúde se cria e se vive no marco da vida cotidiana; nos centros de aprendizagem, de trabalho e de recreação. A saúde é o resultado dos cuidados que as pessoas se dispensam a si mesmas e aos demais, da capacidade de tomar decisões e controlar a própria vida e de assegurar que a sociedade em que se vive ofereça a todos os seus membros a possibilidade de gozar de bom estado de saúde.”
(Ottawa, 1986)
Escola: espaço de promoção da
saúde!!!
Educação + Saúde
Práticas democráticas / ampliação da capacidade crítica
Desenvolvimento de competências para o cuidado
Reconhecimento da singularidade dos processos
Co-gestão = articulação de diferentes saberes
Garantia de direitos
Articulação de
paradigmas e políticas
centradas na construção
de autonomia, qualidade
de vida e cidadania.
Desafios Construção de uma perspectiva integrada de
gestão dos territórios
Colocar no centro do planejamento, gestão e
avaliação de programas/políticas a redução das
vulnerabilidades sociais e sanitárias
Construir mecanismos de integração
intersetorial – “mapas de prioridades”, relação
entre os entes federados em cada sistema,
financiamento
Fortalecer um paradigma cooperativo na sociedade.