Ministério Público Do Trabalho – 18º Concurso - 2013

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  • Ministrio Pblico do Trabalho 18 Concurso - 2013 Direito Constitucional

    QUESTO N 06 A respeito do controle de constitucionalidade, e considerando-se o texto constitucional, analise as seguintes proposies: I - O Presidente da Repblica pode exercer um controle judicial preventivo de constitucionalidade. II - Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citar, previamente, o Advogado-Geral da Unio, que poder manifestar-se pela procedncia ou improcedncia da arguio. III - A Emenda Constitucional n 45/2004 ampliou a legitimao para propor ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de constitucionalidade, incluindo entre os legitimados os Prefeitos de municpio capital do Estado. IV - Declarada a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva norma constitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das providncias necessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo em trinta dias. Marque a alternativa CORRETA: (a) apenas a assertiva IV est correta; (b) apenas as assertivas II, III e IV esto corretas; (c) apenas a assertiva II est correta; (d) apenas a assertiva I est correta; (e) no respondida.

    IV Correta art. 103, 3 da CF

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de constitucionalidade: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    IV a Mesa de Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

  • IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    1 - O Procurador-Geral da Repblica dever ser previamente ouvido nas aes de inconstitucionalidade e em todos os processos de competncia do Supremo Tribunal Federal.

    2 - Declarada a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva norma constitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das providncias necessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo em trinta dias.

    3 - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citar, previamente, o Advogado-Geral da Unio, que defender o ato ou texto impugnado.

    Vale lembrar que o STF, Ao julgar a QO na ADI 3916, o STF passou a entender que o AGU

    possui liberdade de agir, no estando obrigado a defender o ato impugnado em ADI

    (especialmente se sobre a matria em questo o STF j fixou entendimento pela sua

    inconstitucionalidade).

    QUESTO N 07

    Sobre o processo legislativo, analise as seguintes proposies:

    I - O Presidente da Repblica poder convocar plebiscito para aprovao de Proposta de Emenda Constituio.

    II - O Presidente da Repblica, desde que autorizado pelo Congresso Nacional, poder editar lei delegada para legislar sobre direito eleitoral.

    III - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao, ao Congresso Nacional, de proposta de Emenda Constituio subscrita por, no mnimo, 1% (um por cento) do eleitorado nacional, distribudo pelo menos por cinco estados, com no menos de trs dcimos por cento de eleitores em cada um deles.

    IV - A Constituio da Repblica assegura a iniciativa popular no processo legislativo estadual, a qual, todavia, deve ser regulamentada por lei.

    Marque a alternativa CORRETA:

    (a) Apenas as assertivas II e III esto corretas;

    (b) apenas as assertivas I e III esto corretas;

    (c) apenas as assertivas II e IV esto corretas;

    (d) apenas a assertiva IV est correta;

    (e) no respondida.

  • I- CF, Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional: XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

    uma dica para memorizar e nunca mais errar a assertiva "I":

    Competncia exclusiva do Congresso Nacional = Convocar PlebisCito. Sabendo isso, exclu-se a possibilidade de presidente convocar plebiscito ou mesmo qualquer mistura que a Banca queira confundir com congresso nacional convocar referendo, pois a outra possibilidade a autorizao de referendo pelo CN.

    II- CF, Art. 68. As leis delegadas sero elaboradas pelo Presidente da Repblica, que dever solicitar a delegao ao Congresso Nacional. 1 - No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva do Congresso Nacional, os de competncia privativa da Cmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matria reservada lei complementar, nem a legislao sobre: II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, polticos e eleitorais;

    III- Art. 61, 2 - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao Cmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mnimo, um por cento do eleitorado nacional, distribudo pelo menos por cinco Estados, com no menos de trs dcimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    IV- Art. 27, 4 - A lei dispor sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

    QUESTO N 09 Sobre a histria constitucional do Brasil, assinale a alternativa INCORRETA: (a)A Constituio de 1891 criou o STF e a jurisdio constitucional. (b) A Constituio de 1937, inspirada na Carta Del Lavoro de 1927, do regime fascista italiano, elevou ao mbito constitucional o dissdio coletivo e o poder normativo da Justia do Trabalho. (c) A Constituio de 1946 foi a primeira a incluir a Justia do Trabalho no Poder Judicirio, conferindo aos juzes do trabalho as garantias asseguradas a toda a magistratura. (d) A Constituio de 1988 resultou de assembleia constituinte convocada atravs de uma Emenda Constitucional Constituio anteriormente vigente. (e) no respondida.

    Constituio de 1937 Em 1937, um Golpe de Estado , acentuado pelo carter evolucionrio

    legitimou, ainda mais, a interveno do Estado nas relaes laborais: trabalho um dever

    social. Consoante Sergio Pinto Martins[4], A Carta Constitucional de 10-11-1937 marca uma

    fase intervencionista do Estado, decorrente do golpe de Getlio Vargas. Era uma Constituio

    de cunho eminentemente corporativista, inspirada na Carta Del Lavoro, de 1927, e na

    Constituio Polonesa... A Constituio de 1937 instituiu o sindicato nico, imposto por lei,

    vinculado ao Estado, exercendo funes delegadas de poder pblico, podendo haver

    interveno estatal direta em suas atribuies. Esta Constituio proibiu o direito de greve

    por consider-lo anti social e nocivo ao labor.

    ALTERNATIVA "B") INCORRETA. Na realidade a Constituio de 1937 previu a criao da Justia

    do Trabalho, em seu art. 139, para dirimir os conflitos oriundos das relaes entre

    empregadores e empregados.

  • A Constituio que, efetivamente, estabelece a competncia para a Justia do Trabalho

    "processar e julgar dissdios individuais e coletivos", a de 1946, em seu art. 123, sendo que, o

    mesmo artigo em seu 2, estabelece a possibilidade de as decises em dissdios coletivos

    possurem contedo normativo.

    ALTERNATIVA "C") CORRETA.Muito embora o art. 139 da Constituio de 1937 tenha institudo a Justia do Trabalho, tal dispositivo no atribuiu a ela as disposies relativas competncia, ao recrutamento e s prerrogativas da Justia comum.

    Por outro lado, a Constituio de 1946, em seu art. 94, incluiu os Tribunais e Juzes do Trabalho no rol dos rgos do Poder Judicirio.

    ALTERNATIVA "D") CORRETA. A Emenda n. 26, de 27 de novembro de 1985, convocou, em seu art. 1, Assemblia Nacional Constituinte, Assemblia esta que deu origem atual Constituio Federal.

    ALTERNATIVA "A") CORRETA. A Constituio de 1891, em seu art. 55, prev como rgos do

    Poder Judicirio da Unio "um Supremo Tribunal Federal, com sede na Capital da Repblica e

    tantos Juzes e Tribunais Federais". A Constituio anterior (1824) previa, em seu art. 163, a

    existncia de um "Supremo Tribunal de Justia", que no tinha as mesmas atribuies do STF.

    QUESTO N 12 Consoante a Constituio da Repblica: I O brasileiro naturalizado que submete outrem condio anloga de escravo ou escravido, poder ser extraditado, independentemente das circunstncias territoriais ou temporais da pratica do crime. II O mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por organizao sindical contra empregador que se recusa a recolher contribuio sindical compulsria, prevista na CLT. III - A assistncia gratuita aos filhos e dependentes dos trabalhadores desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas constitui obrigao dirigida a empregadores e entes pblicos. IV As entidades sindicais s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado. Marque a alternativa CORRETA: a) Apenas as assertivas II e III esto corretas; b) apenas as assertivas I e III esto corretas; c) apenas as assertivas II e IV esto corretas; d) apenas as assertivas III e IV esto corretas; e) no respondida.

    I O brasileiro naturalizado que submete outrem condio anloga de escravo ou escravido, poder ser extraditado, independentemente das circunstncias territoriais ou temporais da pratica do crime. ERRADA ART. 5 - CF/88: LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. II O mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por organizao sindical contra

  • empregador que se recusa a recolher contribuio sindical compulsria, prevista na CLT. ERRADA LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico; LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por: a) partido poltico com representao no Congresso Nacional; b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e em funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Ou seja a Organizao Sindical tem direito a impetrar o mandado de segurana, s que s quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico; III - A assistncia gratuita aos filhos e dependentes dos trabalhadores desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas constitui obrigao dirigida a empregadores e entes pblicos. CORRETA ART. 7 - CF/88: XXV - assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas; IV As entidades sindicais s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado. CORRETA ART. 5 - CF/88: XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;

    Direitos Humanos

    QUESTO N 17 Leia e analise os itens abaixo: I- Na Constituio Alem de 1919, um dos marcos na tutela dos direitos sociais, destacam-se a sujeio da propriedade funo social, a possibilidade de socializao das empresas, a proteo ao trabalho e o direito de sindicalizao. II- A Declarao Universal dos Direitos do Homem, de 1948, sintetiza a evoluo que vinha ocorrendo de direitos humanos, inscrevendo os direitos de primeira gerao, as liberdades pblicas, e os de segunda gerao, os direitos sociais. III- O direito ao desenvolvimento integra a terceira gerao de direitos humanos, a dos direitos de solidariedade, estando previsto na Declarao sobre o Direito ao Desenvolvimento da ONU, como um direito individual e dos povos. IV- O Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Polticos institui para os indivduos particulares dos Estados que o ratificaram o direito de comunicarem ao Comit dos Direitos do Homem da ONU, que foram vtima de violao, mas disso resulta apenas uma proteo poltica, com um parecer do Comit. Marque a alternativa CORRETA: (a) Apenas as assertivas I e II esto corretas; (b) apenas as assertivas II, III e IV esto corretas; (c) apenas as assertivas I, II e IV esto corretas; (d) todas as assertivas esto corretas; (e) No respondida.

  • QUESTO N 19 O Estado brasileiro foi acionado perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos CIDH em razo de casos de violaes de direitos humanos, como: I - Deteno arbitrria e tortura cometidas durante o regime autoritrio militar, como o conhecido episdio da Guerrilha do Araguaia. II Violao dos direitos das populaes indgenas, como o que envolveu a comunidade Yanomani. III Violncia da polcia militar, como o denominado massacre do Carandiru. IV Violao de direitos de crianas e adolescentes, como o da chacina da Candelria. V Discriminao racial. Marque a alternativa CORRETA: (a) Apenas as assertivas I, II e III esto corretas; (b) apenas as assertivas II, III e IV esto corretas; (c) apenas as assertivas I, IV e V esto corretas; (d) todas as assertivas esto corretas; (e) No respondida.

    Direito Individual do Trabalho

    QUESTO N 21 Quanto igualdade e no-discriminao nas relaes de trabalho, CORRETO dizer: I Na discriminao indireta, em que h o tratamento neutro ou formalmente igual entre os interessados, a configurao do ilcito efetiva-se pelo resultado com prejuzo ou efeito perverso sobre determinado grupo, sendo irrelevante a inteno do autor. II - Presume-se discriminatria a despedida de empregado portador de doena grave que suscite estigma ou preconceito, assegurando-se lhe o direito reintegrao no emprego, reconhecida a invalidade do ato. III A aplicao das prerrogativas da Fazenda Pblica empresa pblica, por fora do princpio da igualdade, atrai a necessidade de motivao do ato de dispensa dos empregados celetistas previamente aprovados por concurso pblico. IV No se admite que, abstrata e aprioristicamente, seja afastada a reserva legal s pessoas com deficincia em relao ao exerccio de funes, devendo-se proceder a avaliao do grau de comprometimento das limitaes fsicas ou psicolgicas dos candidatos no caso concreto, segundo critrios objetivos. (a) apenas a assertiva IV est incorreta; (b) apenas as assertivas I e II esto corretas; (c) todas as assertivas esto corretas; (d) apenas as assertivas II e IV esto corretas; (e) no respondida.

    Item III

    SERVIDOR PBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE. 1. A despedida de empregados de empresa pblica e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso pblico, independe de ato motivado para sua validade;

  • 2. A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos ( ECT) est condicionada motivao, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado Fazenda Pblica em relao imunidade tributria e execuo por precatrio, alm das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais.

    Ou seja, os empregados de empresas pblicas ou sociedade de economia mista mesmo que admitidos mediante aprovao em concurso pblico no so estveis (Sumula 390, TST) e a sua despedida pode ocorrer sem motivao, porm desta regra h uma exceo que o caso de empregados dos CORREIOS, que mesmo no tendo estabilidade a sua despedida deve ser motivada.

    QUESTO N 22 Em relao ao trabalho rural, CORRETO afirmar que: (a) A jurisprudncia dominante do TST considera empregador rural aquele que realiza explorao agroindustrial. (b) Consoante a jurisprudncia dominante do TST o enquadramento do trabalhador como rurcola independe da atividade preponderante do empregador, pois decorre da natureza dos servios prestados pelo empregado, os quais devem estar diretamente ligados agricultura e pecuria, afastando-se de atividades de administrao ou tcnicas que se classifiquem como industriais ou comerciais. (c) Segundo a jurisprudncia dominante no TST, ao trabalhador rural das lavouras de cana de acar que receba por produo devido somente o adicional correspondente s horas extraordinrias. (d) O contrato de safra modalidade de trabalho eventual e tem sua durao condicionada pelas variaes estacionais da atividade agrria. (e) No respondida.

    Item A:

    TST, SDI-1, OJ - 419. Enquadramento. Empregado que exerce atividade em empresa agroindustrial. Definio pela atividade preponderante da empresa. (Divulgada no DeJT 28/06/2012) Considera-se rurcola empregado que, a despeito da atividade exercida, presta servios a empregador agroindustrial (art. 3, 1, da Lei n 5.889, de 08.06.1973), visto que, neste caso, a atividade preponderante da empresa que determina o enquadramento.

    TST, SDI-1, OJ - 235 - Horas extras. Salrio por produo. (Inserida em 20.06.2001. Nova redao - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005. Redao alterada na sesso do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012 - Res. 182/2012, DJe 19/04/2012) O empregado que recebe salrio por produo e trabalha em sobrejornada tem direito percepo apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo.

  • QUESTO N 24 Considerando-se a jurisprudncia uniforme do TST, analise as assertivas seguintes: I - O intervalo intrajornada especial para os empregados que trabalham no interior de cmaras frigorficas aplica-se analogicamente ao empregado submetido a ambiente artificialmente frio, mesmo que a atividade deste no se desenvolva em cmara fria, porm, em virtude da ausncia de norma expressa, referido intervalo no computado como tempo de trabalho efetivo. II - vlida a adoo da jornada de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso, exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou conveno coletiva de trabalho, em carter excepcional e cujo costume j consagrou o labor na escala de 12 x 36. III - vlido o sistema de compensao de jornada com a adoo da denominada semana espanhola, pela qual se alterna a prestao de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho. IV - Para a compensao de jornada com vistas a adotar o sbado livre, de forma semelhante da denominada semana inglesa, vlido acordo individual de compensao de horas, salvo se houver norma coletiva em sentido contrrio. Assinale a alternativa CORRETA: (a) apenas as assertivas I e II esto incorretas; (b) apenas as assertivas I e III esto incorretas; (c) apenas as assertivas II e III esto incorretas; (d) apenas as assertivas III e IV esto incorretas; (e) no respondida.

    TST, SM, 444. Jornada de trabalho. Norma coletiva. Lei. Escala de 12 por 36. Validade. (Resoluo n 185/2012, DeJT 25.09.2012 - Republicada no DeJT 26/11/2012) valida, em carter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou conveno coletiva de trabalho, assegurada a remunerao em dobro dos feriados trabalhados. O empregado no tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na dcima primeira e dcima segunda horas.

    TST, SM, 438. Intervalo para recuperao trmica do empregado. Ambiente artificialmente frio. Horas extras. Art. 253 da CLT. Aplicao analgica. (Resoluo n 185/2012, DeJT 25.09.2012) O empregado submetido a trabalho contnuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do pargrafo nico do art. 253 da CLT, ainda que no labore em cmara frigorfica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.

    CLT, Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das cmaras frigorficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contnuo, ser assegurado um perodo de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

    Pargrafo nico - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climticas do mapa oficial do Ministrio do Trabalho, Industria e Comercio, a 15 (quinze graus), na quarta zona a 12 (doze graus), e nas quinta, sexta e stima zonas a 10 (dez graus).

    TST, SDI-1, OJ - 323 - Acordo de compensao de jornada. "Semana espanhola". Validade. (DJ 09.12.2003)

    vlido o sistema de compensao de horrio quando a jornada adotada a denominada "semana espanhola", que alterna a prestao de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, no violando os arts. 59, 2, da CLT e 7, XIII, da CF/1988 o seu ajuste mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

  • A semana inglesa trabalhar todo dia 8h48min para compensar o trabalho aos sbados.

    Neste caso, A compensao de horas semanal pode ser ajustada individualmente com cada trabalhador (acordo individual escrito), salvo se houver norma coletiva em sentido contrrio (Smula 85, I, do TST).

    QUESTO N 25 Leia e analise os itens abaixo: I- Consoante jurisprudncia uniformizada do TST a jornada de empregado de banco que exerce a funo de gerente geral de agncia regida pelo art. 224, 2 da CLT, tendo direito apenas s horas excedentes da oitava diria. II- O atleta profissional do futebol a partir dos 16 anos de idade considerado empregado da entidade desportiva que se utilizar de seus servios, podendo firmar contrato de prazo determinado nunca inferior a trs meses, nem superior a dois anos. III- A jornada do aeronauta, computados os tempos de voo, de servio em terra durante a viagem, de reserva e de l/3 (um tero) do sobreaviso, assim como o tempo de deslocamento, como tripulante extra, para assumir voo ou retornar base aps o voo e os tempos de adestramento em simulador, no pode exceder a 60 horas semanais e 176 horas mensais. IV- Na jornada de trabalho do martimo as horas extras so indivisveis, computando-se a frao de hora como hora inteira. Marque a alternativa CORRETA: (a) apenas a assertiva III est correta; (b) apenas as assertivas II, III e IV esto corretas; (c) apenas as assertivas III e IV esto corretas; (d) todas as assertivas esto corretas; (e) no respondida.

    CLT, SEO VI - DAS EQUIPAGENS DAS EMBARCAES DA MARINHA MERCANTE NACIONAL,

    DE NAVEGAO FLUVIAL E LACUSTRE, DO TRFEGO NOS PORTOS E DA PESCA

    Art. 250 - As horas de trabalho extraordinrio sero compensadas, segundo a convenincia do servio, por descanso em perodo equivalente no dia seguinte ou no subseqente dentro das do trabalho normal, ou no fim da viagem, ou pelo pagamento do salrio correspondente.

    Pargrafo nico - As horas extraordinrias de trabalho so indivisveis, computando-se a frao de hora como hora inteira.

    Art. 23, Lei 7.183/84 - A durao do trabalho do aeronauta, computado os tempos de vo, de servio em terra durante a viagem, de reserva e de 1/3 (um tero) do sobreaviso, assim como o tempo do deslocamento, como tripulante extra, para assumir vo ou retornar base aps o vo e os tempos de adestramento em simulador, no exceder a 60 (sessenta) horas semanais e 176 (cento e setenta e seis) horas mensais.

  • QUESTO N 30 A partir das normas constitucionais e legais, alm da jurisprudncia consolidada do TST e do STF analise as assertivas: I No ser considerada falta ao servio, para efeito de clculo dos dias de frias do empregado, a ausncia durante a suspenso preventiva para responder a inqurito administrativo ou de priso preventiva. II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, distncia e submetido a controle patronal por instrumentos telemticos ou informatizados, permanecer em regime de planto ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o servio durante o perodo de descanso. III O pagamento dos salrios at o 5 dia til do ms subsequente ao vencido no est sujeito correo monetria. Se essa data limite for ultrapassada, incidir o ndice da correo monetria do ms subsequente ao da prestao dos servios, a partir do dia 1. IV - Percebida a gratificao de funo por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, revert-lo a seu cargo efetivo, no poder retirar-lhe a gratificao tendo em vista o princpio da estabilidade financeira. Assinale a alternativa CORRETA: (a) apenas as assertivas II e IV esto erradas; (b) apenas as assertivas I e III esto erradas; (c) apenas as assertivas I e IV esto erradas; (d) todas as assertivas esto corretas; (e) No respondida.

    CLT, Art. 131 - No ser considerada falta ao servio, para os efeitos do artigo anterior, a ausncia do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; Il - durante o licenciamento compulsrio da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepo do salrio-maternidade custeado pela Previdncia Social; III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hiptese do inciso IV do art. 133; IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que no tiver determinado o desconto do correspondente salrio; V - durante a suspenso preventiva para responder a inqurito administrativo ou de priso

    preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e VI - nos dias em que no tenha havido servio, salvo na hiptese do inciso III do art. 133

    TST, SM, 372 - Gratificao de funo. Supresso ou reduo. Limites. (Converso das Orientaes Jurisprudenciais ns 45 e 303 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005)

    I - Percebida a gratificao de funo por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador,

    sem justo motivo, revert-lo a seu cargo efetivo, no poder retirar-lhe a gratificao tendo em vista o princpio da estabilidade financeira. (ex-OJ n 45 - Inserida em 25.11.1996)

    II - Mantido o empregado no exerccio da funo comissionada, no pode o empregador reduzir o valor da gratificao. (ex- OJ n 303 - DJ 11.08.2003)

    QUESTO N 33 Em relao ao direito de frias, assinale a alternativa INCORRETA: (a) Consoante a Conveno 132 da OIT, os dias feriados oficiais ou costumeiros devero ser computados no perodo de frias.

  • (b) Nos termos da Conveno 132 da OIT, a durao das frias no dever em caso algum ser inferior a 3 (trs) semanas de trabalho por um ano de servio (c) Est em consonncia com a Conveno 132 da OIT o entendimento do TST segundo o qual o empregado que se demite antes de completar 12 (doze) meses de servio tem direito a frias proporcionais. (d) A concesso das frias aps o perodo concessivo acarreta o pagamento em dobro da respectiva remunerao. Se as frias forem usufrudas parcialmente aps este perodo, o pagamento em dobro ser parcial, pois abranger os dias de frias gozados aps o perodo legal de concesso. (e) no respondida.

    A) INCORRETA. OIT 132. Artigo 6 - 1. Os dias feriados oficiais ou costumeiros, quer se situem ou no dentro do perodo de frias anuais, no sero computados como parte do perodo de frias anuais remuneradas previsto no pargrafo 3 do Artigo 3 acima.

    B) CORRETA. OIT 132. Artigo 3 - 3. - A durao das frias no dever em caso algum ser inferior a 3 (trs) semanas de trabalho, por 1 (um) ano de servio.

    C) CORRETA. OIT 132. Artigo 4 - 1. - Toda pessoa que tenha completado, no curso de 1 (um) ano determinado, um perodo de servio de durao inferior ao perodo necessrio obteno de direito totalidade das frias prescritas no Artigo terceiro acima ter direito, nesse ano, a frias de durao proporcionalmente reduzidas.

    TST. SMULA-261. O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de servio tem direito a frias proporcionais.

    D) CORRETA. TST. SMULA-81. Os dias de frias gozados aps o perodo legal de concesso devero ser remunerados em dobro.

    QUESTO N 35

    Em relao evoluo do sindicalismo, assinale a alternativa CORRETA:

    a) Numa perspectiva histrica, os primeiros sindicatos foram as guildas e as corporaes de ofcio, que inauguraram na Idade Moderna, respectivamente, a defesa de interesses coletivos e a garantia de vantagens profissionais.

    (b) Em virtude do princpio de liberdade sindical e da normatizao constitucional, compete aos trabalhadores e empregadores interessados definirem as respectivas categorias profissionais e econmicas, no tendo sido recepcionado o quadro de atividades e profisses previsto no artigo 577 da CLT e seu anexo.

    (c) Consoante a Constituio da Repblica vedada ao poder pblico a interferncia e a interveno na organizao sindical, no se podendo obstar a criao de sindicatos por profisso, categoria, setor econmico, empresa ou atividade econmica.

    (d) A arrecadao de fundos financeiros para movimentos grevistas, assim como o exerccio do locaute, so proibidos de acordo com a legislao brasileira.

    (e) No respondida.

  • B

    O sistema de enquadramento por categorias, econmica e profissional inspirado no paralelismo do direito italiano foi recepcionado pela CF/88. Consequentemente o quadro de atividades e profisses criado pela Comisso de Enquadramento Sindical ainda est em vigor.

    Cita-se ainda o julgamento do STF, que na esteira do voto do Ministro Marco Aurlio,entendeu recepcionadas pelo art. 8, II da CF, as normas dos artigos 511 e 577 da CLT STF, Pleno, RMS n. 21.305-1

    CF/88, art. 8, II vedada a criao de mais de uma organizao sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econmica, na mesma base territorial, que ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, no podendo ser inferior rea de um Municpio;

    CLT, Art. 511. lcita a associao para fins de estudo, defesa e coordenao dos seus interesses econmicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autnomos ou profissionais liberais exeram, respectivamente, a mesma atividade ou profisso ou atividades ou profisses similares ou conexas.

    1 A solidariedade de interesses econmicos dos que empreendem atividades idnticas, similares ou conexas, constitue o vnculo social bsico que se denomina categoria econmica.

    2 A similitude de condies de vida oriunda da profisso ou trabalho em comum, em situao de emprego na mesma atividade econmica ou em atividades econmicas similares ou conexas, compe a expresso social elementar compreendida como categoria profissional.

    3 Categoria profissional diferenciada a que se forma dos empregados que exeram profisses ou funes diferenciadas por fora de estatuto profissional especial ou em consequncia de condies de vida singulares.

    4 Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimenses dentro das quais a categoria econmica ou profissional homognea e a associao natural .

    Art. 577 - O Quadro de Atividades e Profisses em vigor fixar o plano bsico do enquadramento sindical.

    Srgio Pinto Martins (Comentrios CLT ed. Atlas, 2003, pg 593) ao comentar o artigo 577 da CLT, diz: Entretanto como o sistema anteriormente vigente foi recepcionado pela Norma pice de 1988 permanece em vigor o quadro anexo do artigo 577 da CLT que s poder ser modificado por legislao futura ou na definio da base territorial pelos trabalhadores ou empregadores interessados (art. 8, II, da CF).

    Ningum desconhece que o enquadramento sindical pautado pelo exerccio da atividade preponderante da empresa. Logo, descabida a afirmao de liberdade de escolha quanto definio de categorias profissionais e econmicas. O que existe a liberdade de se organizar sindicalmente, no sentido de ningum ser obrigado a se filiar a um sindicato sem que o queira. Mas, no momento em que toma tal deciso, ter de se filiar ao sindicato atinente atividade preponderantemente exercida pela empresa - com

  • rarssimas excees. Essa afirmativa, imposta como certa pela banca, somente seria plausvel se vigorasse no Brasil a Conveno 87 da OIT, que se refere pluralidade sindical. Infelizmente o Brasil no a ratificou!

    A-

    As corporaes de ofcio foram associaes que surgiram na Idade Mdia, a partir do sculo

    XII, para regulamentar o processo produtivo artesanal nas cidades que contavam com mais de

    10 mil habitantes. Essas unidades de produo artesanal eram marcadas pela hierarquia

    (mestres, oficiais e aprendizes) e pelo controle da tcnica de produo das mercadorias pelo

    produtor. Em portugus, so chamadas de mesteirais.

    Entende-se por Corporao de Ofcio as guildas de operrios qualificados numa determinada

    funo, que uniam-se em corporaes, a fim de se defenderem e de negociarem de forma mais

    eficiente. Dentre as mais destacadas, esto as Corporaes dos Construtorese dos Artesos.

    QUESTO N 38

    Leia e assinale a alternativa INCORRETA:

    (a) O ordenamento jurdico laboral vigente considera central sindical a entidade de representao de empregados ou empregadores, constituda em mbito nacional, como ente associativo privado, composto de organizaes sindicais e que atenda os requisitos de filiao mnimos legalmente estabelecidos.

    (b) necessria a correspondncia entre as atividades exercidas pelos setores profissional e econmico, isto , o denominado paralelismo sindical, a fim de legitimar os envolvidos no conflito a ser solucionado pela via do dissdio coletivo.

    (c) A natureza jurdica do sindicato de associao privada de carter coletivo, com funo de defesa e incremento dos direitos dos trabalhadores ou empregadores por ele representados, sendo o critrio mais significativo de agregao no ordenamento ptrio o de categoria.

    (d) A Constituio da Repblica, ao considerar obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas, no se refere ao sindicato de empregadores, mas ao sindicato de empregados.

    (e) No respondida.

    A-

    As centrais sindicais so rgos classistas, que representam e coordenam classes trabalhadoras, para ajudar no dilogo poltico-econmico. O reconhecimento conferido s entidades com filiao mnima de 100 sindicatos nas 5 regies do Pas.

    Apesar da nomenclatura, defende-se que as centrais sindicais no pertencem ao sistema sindical.

  • Segundo MARTINS (2013, pg. 766): Considera-se central sindical a entidade associativa de direito privado composta por organizaes sindicais de trabalhadores (pr. unico do art. 1 da Lei 11.648). Sua natureza de pessoa jurdica de direito privado, associao civil. So filiados s centrais sindicais: sindicatos, federaes e confederaes. As centrais sindicais no se encaixam no caput do art. 8 da CF, pois no se trata de associao profissional, mas de associao civil, nem exatamente de associao sindical. Viola o pr. nico do art. 1 da Lei 11.648 o principio da igualdade, pois os empregadores no podero criar centrais sindicais de empregadores. No h paralelismo simtrico de empregadores e empregados nas centrais sindicais.

    C-

    Maurcio Godinho Delgado entende que o sindicato consiste uma associao coletiva, de natureza privada, voltada defesa e incremento de interesses coletivos profissionais e materiais de trabalhadores, sejam subordinados ou autnomos, e de empregadores.

    QUESTO N 39

    Considerando as normas constitucionais e a jurisprudncia consolidada do STF e do TST em matria sindical, examine as proposies abaixo:

    (V)I A participao de governos estaduais nas negociaes entre as entidades sindicais de trabalhadores e empregadores para atualizao dos pisos salariais ofende o princpio da autonomia sindical e extrapola os contornos da competncia legislativa delegada pela Unio.

    (V)II - constitucional a iseno da contribuio sindical patronal para as empresas inscritas no Simples, pois a tutela constitucional concedida s empresas de pequeno porte (art. 170, IX, da CF/88) sobreleva-se autonomia e liberdade sindical de empregados e empregadores tambm protegidas pela Constituio.

    (F)III O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o perodo de aviso prvio, ainda que indenizado, assegura-lhe a estabilidade provisria.

    (V)IV A estabilidade sindical provisria deve ser reconhecida aos diretores eleitos na assembleia constitutiva da entidade sindical, desde, pelo menos, a data do pedido de registro no Ministrio do Trabalho. Da exigncia do registro para o aperfeioamento da constituio do sindicato, no cabe inferir que s a partir dele estejam os seus dirigentes ao abrigo da estabilidade sindical.

    Marque a alternativa CORRETA:

    (a) apenas as assertivas I, II e IV esto corretas;

    (b) apenas as assertivas I e III esto corretas;

    (c) apenas as assertivas II e IV esto corretas;

  • (d) todas as assertivas esto corretas;

    (e) no respondida.

    I - CERTA EMENTA Ao direta de inconstitucionalidade. Lei complementar estadual que fixa piso salarial para certas categorias. Pertinncia temtica. Conhecimento integral da ao. Direito do trabalho. Competncia legislativa privativa da Unio delegada aos Estados e ao Distrito Federal. Lei Complementar federal n 103/2000. Alegada violao ao art. 5, caput (princpio da isonomia), art. 7, V, e art. 114, 2, da Constituio. Inexistncia. Atualizao do piso salarial mediante negociao coletiva com a participao do Governo do Estado de Santa Catarina. Violao ao princpio da autonomia sindical. Inconstitucionalidade formal. Procedncia parcial. 1.. 5. A lei impugnada realiza materialmente o princpio constitucional da isonomia, uma vez que o tratamento diferenciado aos trabalhadores agraciados com a instituio do piso salarial regional visa reduzir as desigualdades sociais. A Lei Complementar federal n 103/2000 teve por objetivo maior assegurar quelas classes de trabalhadores menos mobilizadas e, portanto, com menor capacidade de organizao sindical, um patamar mnimo de salrio. 6. A fim de manter-se o incentivo negociao coletiva (art. 7, XXVI, CF/88), os pisos salariais regionais somente sero estabelecidos por lei naqueles casos em que no haja conveno ou acordo coletivo de trabalho. As entidades sindicais continuaro podendo atuar nas negociaes coletivas, desde que respeitado o patamar mnimo legalmente assegurado. 7. A parte final do pargrafo nico do art. 2 da Lei Complementar n 459/2009, ao determinar a participao do Governo do Estado de Santa Catarina nas negociaes entre as entidades sindicais de trabalhadores e empregadores para atualizao dos pisos salariais fixados na referida lei complementar, ofende o princpio da autonomia sindical (art. 8, I, CF/88) e extrapola os contornos da competncia legislativa delegada pela Unio. As negociaes coletivas devem ocorrer com a participao dos representantes dos empregadores e dos trabalhadores, sem intromisso do governo (princpio da negociao livre). Ao criar mecanismo de participao estatal compulsria nas negociaes coletivas, o Estado de Santa Catarina legisla sobre direito coletivo do trabalho, no se restringindo a instituir o piso salarial previsto no inciso V do art. 7 da Constituio Federal. 8. Ao direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente. (ADI 4364, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 02/03/2011)

    II - CERTA - constitucional a iseno da contribuio sindical patronal para as empresas inscritas no Simples, pois a tutela constitucional concedida s empresas de pequeno porte (art. 170, IX, da CF/88) sobreleva-se autonomia e liberdade sindical de empregados e empregadores tambm protegidas pela Constituio. EMENTA: AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. CONTRIBUIO SINDICAL PATRONAL. ISENO CONCEDIDA S MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. SIMPLES NACIONAL (SUPERSIMPLES). LEI COMPLEMENTAR 123/2006, ART. 13, 3. ALEGADA VIOLAO DOS ARTS. 3, III, 5, CAPUT, 8, IV, 146, III, D, E 150, 6 DA CONSTITUIO. 1. Ao direta de inconstitucionalidade ajuizada contra o art. 13, 3 da LC 123/2006, que isentou as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial

  • Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Simples Nacional (Supersimples). 2. .... 3.1. O fomento da micro e da pequena empresa foi elevado condio de princpio constitucional, de modo a orientar todos os entes federados a conferir tratamento favorecido aos empreendedores que contam com menos recursos para fazer frente concorrncia. Por tal motivo, a literalidade da complexa legislao tributria deve ceder interpretao mais adequada e harmnica com a finalidade de assegurar equivalncia de condies para as empresas de menor porte. 4. Risco autonomia sindical afastado, na medida em que o benefcio em exame poder tanto elevar o nmero de empresas a patamar superior ao da faixa de iseno quanto fomentar a atividade econmica e o consumo para as empresas de mdio ou de grande porte, ao incentivar a regularizao de empreendimentos. 5. No h violao da isonomia ou da igualdade, uma vez que no ficou demonstrada a inexistncia de diferenciao relevante entre os sindicatos patronais e os sindicatos de representao de trabalhadores, no que se refere ao potencial das fontes de custeio. 6. Ao direta de inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente. (ADI 4033, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 15/09/2010, DJe-024 DIVULG 04-02-2011 PUBLIC 07-02-2011, mar., 2011, p. 28-37)

    IV - CORRETA - A estabilidade sindical provisria deve ser reconhecida aos diretores eleitos na assembleia constitutiva da entidade sindical, desde, pelo menos, a data do pedido de registro no Ministrio do Trabalho. Da exigncia do registro para o aperfeioamento da constituio do sindicato, no cabe inferir que s a partir dele estejam os seus dirigentes ao abrigo da estabilidade sindical. RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE SINDICAL. REGISTRO NO MTE. DESNECESSIDADE. INCIDNCIA DA SMULA N 369,I. O registro do sindicato junto ao MTE tem o intuito nico de assegurar a este rgo o controle da unicidade sindical, tendo caractersticas meramente declaratrias da constituio da pessoa jurdica em questo, de modo que a ausncia de tal registro no afasta o reconhecimento da estabilidade sindical desde a assembleia de formao do sindicato. O artigo 8, VIII, da Constituio Federal deve ser interpretado com filtro em sua finalidade normativa, que exatamente garantir aos trabalhadores o direito constitucional de sindicalizao, de modo a impedir retaliaes patronais em razo de tais atos. Precedentes do STF. Recurso de revista no conhecido. ( RR - 342-80.2010.5.12.0008 , Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 21/08/2013, 5 Turma, Data de Publicao: 30/08/2013)

    QUESTO N 41

    Considerando-se a Constituio da Repblica, assinale a alternativa CORRETA, em relao aos institutos nela expressamente previstos:

    (a) Obrigatoriedade de reconhecimento formal da entidade sindical pelo Estado; unicidade sindical; diviso por categorias; contribuio sindical compulsria; base territorial mnima no inferior a um municpio; reconhecimento dos acordos e convenes coletivas; paralelismo sindical.

  • (b) Obrigatoriedade de reconhecimento formal da entidade sindical pelo Estado; unicidade sindical; diviso por categorias; contribuio confederativa; reconhecimento dos acordos e convenes coletivas, liberdade de filiao e desfiliao, garantia de emprego ao dirigente sindical.

    (c) Obrigatoriedade de reconhecimento formal da entidade sindical pelo Estado; unicidade sindical; diviso por categorias, contribuio sindical compulsria, reconhecimento dos acordos e convenes coletivas, paralelismo sindical, liberdade de filiao e desfiliao.

    (d) Obrigatoriedade de reconhecimento formal da entidade sindical pelo Estado; unicidade sindical; representao sindical na empresa, contribuio confederativa; reconhecimento dos acordos e convenes coletivas, liberdade de filiao e desfiliao; garantia de emprego ao dirigente sindical.

    (e) no respondida.

    a) Obrigatoriedade de reconhecimento formal da entidade sindical pelo Estado: art. 8 I - a lei no poder exigir autorizao do Estado para a fundao de sindicato, ressalvado o registro no rgo competente, vedadas ao Poder Pblico a interferncia e a interveno na organizao sindical; b) unicidade sindical e diviso por categorias: art. 8 II - vedada a criao de mais de uma organizao sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econmica, na mesma base territorial, que ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, no podendo ser inferior rea de um Municpio; c) contribuio confederativa: art. 8 IV - a assembleia geral fixar a contribuio que, em se tratando de categoria profissional, ser descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representao sindical respectiva, independentemente da contribuio prevista em lei; d) reconhecimento dos acordos e convenes coletivas: Art. 7, XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho; e) liberdade de filiao e desfiliao: Art. 5, CF: XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar; XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; f) garantia de emprego ao dirigente sindical. Art. 8, VIII - vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

    Obs: A contribuio sindical est prevista na CLT (578 a 610), e no na CF

  • Direito Processual do Trabalho QUESTO N 51 Nos termos da jurisprudncia atual do TST, o Ministrio Pblico do Trabalho: (a) Ao exarar parecer em remessa ex officio, no tem legitimidade para arguir prescrio em favor de ente de direito pblico, em matria de direito patrimonial. (b) No tem legitimidade para recorrer contra deciso que declara a existncia de vnculo empregatcio com sociedade de economia mista ou empresa pblica, aps a CF/88, sem a prvia aprovao em concurso pblico. (c) Pode arguir, em parecer, na primeira vez que tenha de se manifestar no processo, a nulidade do contrato de trabalho em favor de ente pblico, ainda que a parte no a tenha suscitado, independente da necessidade de dilao probatria. (d) Tem legitimidade para requerer a instaurao da instncia, em sede de dissdio coletivo, quando caracterizado o descumprimento da lei, por qualquer das partes, no curso da negociao coletiva. (e) No respondida.

    TST, SDI-1, OJ - 350. Ministrio Pblico do Trabalho. Nulidade do contrato de trabalho no suscitada pelo ente pblico no momento da defesa. Arguio em parecer. Possibilidade. (DJ 25.04.2007) (Alterada em decorrncia do julgamento do processo TST IUJERR 526538/1999.2 - Res. 162/2009 - DeJT 20/11/2009)

    O Ministrio Pblico do Trabalho pode arguir, em parecer, na primeira vez que tenha de se

    manifestar no processo, a nulidade do contrato de trabalho em favor de ente pblico, ainda que a parte no a tenha suscitado, a qual ser apreciada, sendo vedada, no entanto, qualquer dilao probatria.

    D

    O dissdio coletivo pode ser instaurado pelo MPT em caso de greve em atividade essencial,

    com possibilidade de leso do interesse pblico

    QUESTO N 54 Assinale a alternativa CORRETA: (a) Nos processos perante a Justia do Trabalho, a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios, as autarquias ou fundaes de direito pblico e as empresas pblicas federais, estaduais ou municipais que no explorem atividade econmica esto dispensadas do recolhimento do depsito pecunirio para a interposio de recursos. (b) Na Justia do Trabalho, a assistncia judiciria a que se refere a Lei n 1.060/50,ser prestada pelo sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. Nessa hiptese, o sindicato poder pleitear a condenao da empresa no pagamento dos honorrios assistenciais, no percentual de at 20% da condenao. c) No que concerne ao preparo do recurso, a comprovao do depsito recursal ter que ser feita at o incio do julgamento do apelo, sob pena de desero. (d) Compete Justia do Trabalho processar e julgar aes ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integrao Social (PIS). (e) No respondida.

    Item A-

    O benefcio no se estende s empresas pblicas, mesmo que no explorem

    atividade econmica:

  • Art. 790-A. So isentos do pagamento de custas, alm dos beneficirios de justia gratuita:

    (Includo pela Lei n 10.537, de 27.8.2002)

    I a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e respectivas autarquias e fundaes

    pblicas federais, estaduais ou municipais que no explorem atividade econmica; (Includo

    pela Lei n 10.537, de 27.8.2002)

    Item D -

    TST - Smula n 300. COMPETNCIA DA JUSTIA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO NO PIS

    Compete Justia do Trabalho processar e julgar aes ajuizadas por empregados em face

    de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integrao Social (PIS).

    Direito Civil QUESTO N 61 Em relao aos direitos da personalidade, considere as assertivas abaixo: I - Consoante o Cdigo Civil, toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome, o sobrenome e o pseudnimo. II So direitos que circundam o indivduo durante toda a sua vida, porm, em relao a alguns direitos da personalidade, como os do corpo, imagem e o direito moral de autor subsistem efeitos post mortem (aps a morte) ou mesmo ad aeternum(eternamente). III - O atual Cdigo Civil inovou em relao ao diploma civilista anterior ao dedicar um captulo para tratar Dos direitos da personalidade, representando um progresso na legislao brasileira ao disciplinar, no mbito infraconstitucional, direitos da personalidade outrora consagrados na Constituio Federal de 1988, e enfatizando outros atributos da personalidade como o direito ao corpo, ao nome e orientao sexual. Assinale a alternativa CORRETA: (a) apenas a assertiva I est correta; (b) apenas a assertiva II est correta; (c) apenas a assertiva III est correta; (d) todas as assertivas esto corretas; (e) no respondida.

    ITEM I - ERRADO Art. 16, cc/02: Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art.19, C.C/02: "O pseudnimo adotado para atividades lcitas goza da proteo que se d ao nome." Direito civil. Uso de pseudnimo. "Tiririca". Exclusividade. Inadmissibilidade. I. - O pseudnimo goza da proteo dispensada ao nome, mas, por no estar configurado como obra, inexistem direitos materiais e morais sobre ele. II. - O uso contnuo de um nome no d ao portador o direito ao seu uso exclusivo. Incabvel a pretenso do autor de impedir que o ru use o pseudnimo "Tiririca", at porque j registrado, em seu nome, no INPI. IV. - Recurso especial no conhecido. (REsp 555.483/SP, Rel. Ministro ANTNIO DE PDUA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/10/2003, DJ 10/11/2003, p. 192) ITEM II - CORRETO Art. 12: Pode-se exigir que cesse a ameaa, ou a leso, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei. Paragrafo nico: Em se tratando de morto, ter legitimao para requerer a medida prevista neste artigo o cnjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral at o quarto grau. Art. 14: vlida, com objetivo cientfico, ou altrustico, a disposio gratuita do prprio corpo, no todo

  • ou em parte, para depois da morte. Art. 20: Salvo se autorizadas, ou se necessrias administrao da justia ou manuteno da ordem pblica, a divulgao de escritos, a transmisso da palavra, ou a publicao, a exposio ou a utilizao da imagem de uma pessoa podero ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuzo da indenizao que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Paragrafo nico: Em se tratando de morto ou de ausente, so partes legtimas para requerer essa proteo o cnjuge, os ascendentes ou os descendentes. ITEM III ERRADO Direitos da personalidade abrangidos nos arts. 11 a 21 do CC envolvem disposio do corpo, intimidade e privacidade, proteo ao nome, sobrenome, prenome e honra, no havendo meno quanto orientao sexual. Sobre esse tema, oportuno voto da Mina. Nancy Andrighi, no qual ela aborda aspectos como cirurgia de mudana de sexo (disposio do corpo) e retificao do registro civil do indivduo com alterao do gnero sexual e, consequentemente do nome. Direito civil. Recurso especial. Transexual submetido cirurgia de redesignao sexual. Alterao do prenome e designativo de sexo. Princpio da dignidade da pessoa humana. - Sob a perspectiva dos princpios da Biotica de beneficncia, autonomia e justia , a dignidade da pessoa humana deve ser resguardada, em um mbito de tolerncia, para que a mitigao do sofrimento humano possa ser o sustentculo de decises judiciais, no sentido de salvaguardar o bem supremo e foco principal do Direito: o ser humano em sua integridade fsica, psicolgica, socioambiental e tico-espiritual. - A afirmao da identidade sexual, compreendida pela identidade humana, encerra a realizao da dignidade, no que tange possibilidade de expressar todos os atributos e caractersticas do gnero imanente a cada pessoa. Para o transexual, ter uma vida digna importa em ver reconhecida a sua identidade sexual, sob a tica psicossocial, a refletir a verdade real por ele vivenciada e que se reflete na sociedade. - A falta de flego do Direito em acompanhar o fato social exige, pois, a invocao dos princpios que funcionam como fontes de oxigenao do ordenamento jurdico, marcadamente a dignidade da pessoa humana clusula geral que permite a tutela integral e unitria da pessoa, na soluo das questes de interesse existencial humano. - Em ltima anlise, afirmar a dignidade humana significa para cada um manifestar sua verdadeira identidade, o que inclui o reconhecimento da real identidade sexual, em respeito pessoa humana como valor absoluto. - Somos todos filhos agraciados da liberdade do ser, tendo em perspectiva a transformao estrutural por que passa a famlia, que hoje apresenta molde eudemonista, cujo alvo a promoo de cada um de seus componentes, em especial da prole, com o insigne propsito instrumental de torn-los aptos de realizar os atributos de sua personalidade e afirmar a sua dignidade como pessoa humana. - A situao ftica experimentada pelo recorrente tem origem em idntica problemtica pela qual passam os transexuais em sua maioria: um ser humano aprisionado anatomia de homem, com o sexo psicossocial feminino, que, aps ser submetido cirurgia de redesignao sexual, com a adequao dos genitais imagem que tem de si e perante a sociedade, encontra obstculos na vida civil, porque sua aparncia morfolgica no condiz com o registro de nascimento, quanto ao nome e designativo de sexo. - Conservar o sexo masculino no assento de nascimento do recorrente, em favor da realidade biolgica e em detrimento das realidades psicolgica e social, bem como morfolgica, pois a aparncia do transexual redesignado, em tudo se assemelha ao sexo

  • feminino, equivaleria a manter o recorrente em estado de anomalia, deixando de reconhecer seu direito de viver dignamente. - Assim, tendo o recorrente se submetido cirurgia de redesignao sexual, nos termos do acrdo recorrido, existindo, portanto, motivo apto a ensejar a alterao para a mudana de sexo no registro civil, e a fim de que os assentos sejam capazes de cumprir sua verdadeira funo, qual seja, a de dar publicidade aos fatos relevantes da vida social do indivduo, forosa se mostra a admissibilidade da pretenso do recorrente, devendo ser alterado seu assento de nascimento a fim de que nele conste o sexo feminino, pelo qual socialmente reconhecido. - Vetar a alterao do prenome do transexual redesignado corresponderia a mant-lo em uma insustentvel posio de angstia, incerteza e conflitos, que inegavelmente atinge a dignidade da pessoa humana assegurada pela Constituio Federal. No caso, a possibilidade de uma vida digna para o recorrente depende da alterao solicitada. E, tendo em vista que o autor vem utilizando o prenome feminino constante da inicial, para se identificar, razovel a sua adoo no assento de nascimento, seguido do sobrenome familiar, conforme dispe o art. 58 da Lei n. 6.015/73. - Deve, pois, ser facilitada a alterao do estado sexual, de quem j enfrentou tantas dificuldades ao longo da vida, vencendo-se a barreira do preconceito e da intolerncia. O Direito no pode fechar os olhos para a realidade social estabelecida, notadamente no que concerne identidade sexual, cuja realizao afeta o mais ntimo aspecto da vida privada da pessoa. E a alterao do designativo de sexo, no registro civil, bem como do prenome do operado, to importante quanto a adequao cirrgica, porquanto desta um desdobramento, uma decorrncia lgica que o Direito deve assegurar. - Assegurar ao transexual o exerccio pleno de sua verdadeira identidade sexual consolida, sobretudo, o princpio constitucional da dignidade da pessoa humana, cuja tutela consiste em promover o desenvolvimento do ser humano sob todos os aspectos, garantindo que ele no seja desrespeitado tampouco violentado em sua integridade psicofsica. Poder, dessa forma, o redesignado exercer, em amplitude, seus direitos civis, sem restries de cunho discriminatrio ou de intolerncia, alando sua autonomia privada em patamar de igualdade para com os demais integrantes da vida civil. A liberdade se refletir na seara domstica, profissional e social do recorrente, que ter, aps longos anos de sofrimentos, constrangimentos, frustraes e dissabores, enfim, uma vida plena e digna. - De posicionamentos hermticos, no sentido de no se tolerar imperfeies como a esterilidade ou uma genitlia que no se conforma exatamente com os referenciais cientficos, e, consequentemente, negar a pretenso do transexual de ter alterado o designativo de sexo e nome, subjaz o perigo de estmulo a uma nova prtica de eugenia social, objeto de combate da Biotica, que deve ser igualmente combatida pelo Direito, no se olvidando os horrores provocados pelo holocausto no sculo passado. Recurso especial provido. (REsp 1008398/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2009, DJe 18/11/2009)

    Direito empresarial QUESTO N 66 Assinale a alternativa CORRETA: (a) A decretao da falncia no impede o devedor de requerer a recuperao judicial.

  • (b) O sindicato no est sujeito falncia, nem recuperao judicial ou extrajudicial, mas est sujeito insolvncia civil. . (c) A sentena que decreta a falncia pe fim ao processo de execuo concursal do empresrio falido. (d) H incidncia de juros moratrios aps a decretao da falncia quanto aos crditos trabalhistas, sobre o crdito que no exceda o limite de 150 salrios mnimos. (e) No respondida.

    Alternativa correta: B

    Em que pese as teorias quanto natureza jurdica do sindicato, encontra-se pacificado no STJ que o

    sindicato pessoa jurdica de direito privado constituda sob a forma de associao (vide Resp.

    381118/MG, DJ 18.03.02 e Resp. 373472/MG, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 21.10.02).

    Nos termos do art. 1 da Lei 11.10/05, "Esta Lei disciplina a recuperao judicial, a recuperao

    extrajudicial e a falncia do empresrio e da sociedade empresria, doravante referidos

    simplesmente como devedor."

    Deste modo, sendo inaplicvel o regime jurdico da Lei de Falncia, cabvel a aplicao das normas

    subsidirias constantes do art. 748 e seguintes do Cdigo de Processo Civil, que regem a execuo

    contra o devedor insolvente.

    D) ERRADO.

    A questo tenta confundir com os crditos que tem preferncia, at 150 s/m...

    Art. 124. Contra a massa falida no so exigveis juros vencidos aps a decretao da falncia, previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado no bastar para o pagamento dos credores subordinados.

    Pargrafo nico. Excetuam-se desta disposio os juros das debntures e dos crditos com garantia real, mas por eles responde, exclusivamente, o produto dos bens que constituem a garantia.

    QUESTO N 67

    Assinale a afirmativa INCORRETA:

    (a) Se a sociedade empresria irregular, a responsabilidade dos scios pelas obrigaes da sociedade ilimitada, alm de ela no ter legitimidade para o pedido de falncia de outro comerciante. Porm tem resguardada a possibilidade de requerer a recuperao judicial.

    (b) Sob a gide do Cdigo Civil, cnjuges que tenham casado no regime da comunho universal, ou no da separao obrigatria, no podem contratar sociedade entre si.

  • (c) Os empresrios rurais esto dispensados da exigncia de prvio registro na Junta Comercial, mas se optarem por se registrarem ficaro sujeitos ao dever de escriturao e levantamento de balanos anuais.

    (d) A empresa responsvel pelos atos de seus prepostos praticados no estabelecimento e relativos atividade empresarial, mesmo que no tenham sido autorizados por escrito.

    (e) No respondida.

    Para o empresrio individual e sociedades empresrias comuns, a inscrio na junta comercial no possui natureza jurdica constitutiva, sendo mero ato de regularidade formal. Sendo assim, a condio de empresrio ou sociedade empresria adquirida independentemente do registro. Contudo, consoante disposto no art. 48 da Lei 11.101/05, o registro - condio para o exerccio regular das atividades empresariais - requisito essencial para utilizao da recuperao judicial: Art. 48. Poder requerer recuperao judicial o devedor que, no momento do pedido, exera regularmente suas atividades h mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: (...) Importante observar que, nos termos do art. 971 do CC, o registro somente possui natureza constitutiva para os que exercem atividade rural e optam por efetuar seu registro perante a junta comercial. Efetuado o registro, os exercentes de atividade rural passam a ser equiparados, para todos os fins, ao empresrio sujeito a registro, podendo, portanto, utilizar a via da recuperao judicial, desde que esteja regular com as demais obrigaes impostas pela legislao pertinente

    Regime Jurdico do Ministrio Pblico

    QUESTO N 70 Analise as proposies seguintes: I - O membro do Ministrio Pblico que exercer a administrao de uma empresa estar sujeito penalidade de censura. II - A designao de comisso de processo administrativo em que o acusado seja membro do Ministrio Pblico do Trabalho somente poder ser deliberada com o voto favorvel de dois teros dos membros do respectivo Conselho Superior. III - A designao dos membros da comisso de concurso da competncia do Conselho Superior do Ministrio Pblico do Trabalho e independe de indicao do Procurador Geral do Trabalho. Marque a alternativa CORRETA: (a) apenas as alternativas I e II esto corretas; (b) apenas as alternativas I e III esto corretas; (c) apenas as alternativas II e III esto corretas; (d) todas as alternativas esto corretas; (e) No respondida.

    I - O membro do Ministrio Pblico que exercer a administrao de uma empresa estar sujeito penalidade de censura. INCORRETA.

    Lei Complementar 75/93:

  • Art. 237. vedado ao membro do Ministrio Pblico da Unio:

    [...]

    III - exercer o comrcio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;

    Art. 239. Os membros do Ministrio Pblico so passveis das seguintes sanes disciplinares:

    I - advertncia;

    II - censura;

    III - suspenso;

    IV - demisso; e

    V - cassao de aposentadoria ou de disponibilidade.

    Art. 240. As sanes previstas no artigo anterior sero aplicadas:

    [...]

    IV - a de suspenso, de quarenta e cinco a noventa dias, em caso de inobservncia das vedaes impostas por esta lei complementar ou de reincidncia em falta anteriormente punida com suspenso at quarenta e cinco dias;

    QUESTO N 71 Constituem prerrogativas do membro do Ministrio Pblico do Trabalho: I ser ouvido, na condio de parte ou testemunha, em dia, hora e local previamente ajustados com o magistrado ou a autoridade competente. II ter prioridade em qualquer servio de comunicao pblico ou privado, no territrio nacional, quando em servio de carter urgente. III ser recolhido priso especial ou sala especial de Estado-Maior, com direito a privacidade e disposio do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a priso antes da deciso final. IV - ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razo de flagrante de crime, caso em que a autoridade far imediata comunicao quele tribunal e ao Procurador-Geral da Repblica, sob pena de responsabilidade. Assinale a alternativa CORRETA: (a) apenas as assertivas II e III esto corretas; (b) apenas as assertivas II e IV esto corretas; (c) apenas a assertiva I est correta; (d) apenas as assertivas I e III esto corretas; (e) no respondida.

    Item I - Incorreta

    LC 75/93, art. 18, II, "g":

    Art. 18. So prerrogativas dos membros do Ministrio Pblico da Unio:

  • [...]

    II - processuais:

    [...]

    g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e local previamente ajustados com o magistrado ou a autoridade competente;

    Item II - CORRETA

    art. 18 [...]

    I - institucionais:

    [...]

    d) a prioridade em qualquer servio de transporte ou comunicao, pblico ou privado, no territrio nacional, quando em servio de carter urgente;

    ITEM III - CORRETA

    Art. 18 [...]

    II- processuais:

    [...]

    e) ser recolhido priso especial ou sala especial de Estado-Maior, com direito a privacidade e disposio do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a priso antes da deciso final; e a dependncia separada no estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena;

    Item IV -INCORRETA

    Art. 18 [...]

    II - processuais:

    [...]

    d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razo de flagrante de crime inafianvel, caso em que a autoridade far imediata comunicao quele tribunal e ao Procurador-Geral da Repblica, sob pena de responsabilidade;

    QUESTO N 72 Analise as assertivas abaixo e assinale a resposta CORRETA:

  • (a) H uma lei orgnica nacional e geral regulando a organizao e o funcionamento dos Ministrios Pblicos estaduais, e cada Estado federado possui tambm uma lei orgnica estadual especial disciplinando o respectivo Ministrio Pblico. (b) Os membros do Ministrio Pblico, nomeados e empossados na vigncia da Constituio Federal de 1988, so elegveis para os cargos do Poder Legislativo, desde que requeiram seu afastamento seis meses antes da data das eleies. (c) No exerccio de suas atividades como custos legis perante o Poder Judicirio, os membros do Ministrio Pblico da Unio devem obrigatoriamente observar as resolues e orientaes da respectiva Cmara de Coordenao e Reviso. (d) O membro do Ministrio Pblico do Trabalho, ao constatar no curso do inqurito civil violao ordem jurdica trabalhista, poder lavrar auto de infrao, impondo sanes de natureza administrativa ao empregador, o qual poder oferecer recurso administrativo Cmara de Coordenao e Reviso. (e) no respondida.

    Direito Processual Civil QUESTO N 75 A propsito da defesa de mrito, considere as seguintes assertivas: I a negativa dos fatos e das consequncias jurdicas, e a oposio de fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor representam uma das formas mais completas de defesa de mrito direta. II a negativa das consequncias jurdicas, ainda que se concorde com a verso apresentada dos fatos pelo autor, constitui uma das formas de defesa de mrito direta. III a defesa de mrito indireta composta da oposio de fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor e da negativa das consequncias jurdicas advindas da verso ftica apresentada. IV a apreciao de inconstitucionalidade incidental no processo uma forma de defesa de mrito direta, visto que tratada como prejudicial de mrito. Marque a alternativa CORRETA: (a) todas as assertivas esto incorretas; (b) apenas as assertivas I e II esto incorretas; (c) apenas a assertiva II est correta; (d) apenas as assertivas III e IV esto corretas; (e) no respondida.

  • QUESTO N 76 Acerca da resposta do ru, assinale a alternativa CORRETA: (a) uma das consequncias da exceo processual de impedimento dos sujeitos imparciais processuais, como juiz, perito e tradutor juramentado, a suspenso da causa, ficando permitida apenas a prtica dos atos urgentes e o processamento da exceo, razo pela qual se classifica como suspenso imprpria. (b) a postulao, como advogado da parte, de cnjuge ou qualquer parente, consanguneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral at o segundo grau do juiz da causa afeta a sua imparcialidade, salvo se o ingresso do advogado na causa ocorrer no curso da demanda. (c) o princpio do contraditrio tem como elementos a obrigatoriedade da informao dos atos processuais, da reao do ru e da resposta do poder judicirio sobre os pontos controvertidos. (d) a juiz conhecer de ofcio das preliminares processuais, tais como inexistncia ou nulidade da citao, incompetncia absoluta, conveno de arbitragem e coisa julgada, por se tratar de matria de ordem pblica e no se sujeitar ao princpio da inrcia da jurisdio. (e) No respondida.

    Altenativa. B

    Art. 134 CPC. defeso ao juiz exercer as suas funes no processo contencioso ou voluntrio:

    (...)

    IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cnjuge ou qualquer parente seu, consangneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral at o segundo grau;

    defesa direta de mrito:

    negar a existncia dos fatos jurdicos constitutivos do direito do autor; ou

    negar as consequncias jurdicas que o autor pretende retirar dos fatos

    que aduz (embora reconhea a existncia dos fatos, nega-lhes a eficcia jurdica pretendida, em

    conduta que se denomina de confisso qualificada.

    defesa indireta de mrito:

    quando agrega ao processo fato novo, que impede, modifica ou

    extingue o direito do autor.

  • Pargrafo nico. No caso do no IV, o impedimento s se verifica quando o advogado j estava exercendo o patrocnio da causa; , porm, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.

    Alternativa D - Errada

    Juiz no conhecer de ofcio nenhuma preliminar sobre conveno de arbitragem ou

    compromisso de arbitragem, conforme menciona o 4 do art. 301 do CPC: 4o Com

    exceo do compromisso arbitral, o juiz conhecer de ofcio da matria enumerada neste artigo.

    QUESTO N 77 Analise as assertivas abaixo: I se o Ministrio Pblico no intervier como litisconsorte, atuar obrigatoriamente como fiscal da lei em demanda coletiva iniciada por outro autor coletivo, cujo objeto verse sobre direitos difusos e coletivos. II segundo entendimento sumular do STJ, o Ministrio Pblico tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que no haja recurso da parte, como tambm e para propor ao civil pblica em defesa do patrimnio pblico, alm de possuir prazo em dobro para interpor agravo regimental. III os efeitos da coisa julgada, em sede de mandado de segurana coletivo, no beneficiaro o impetrante a ttulo individual se no requerer a suspenso deistncia de seu mandado de segurana no prazo de 30 (trinta) dias a contar da cincia comprovada da impetrao da segurana coletiva. Marque a alternativa CORRETA: (a) apenas as assertivas II e III esto corretas; (b) apenas assertivas I e III esto corretas; (c) apenas as assertivas I e II esto corretas; (d) apenas a assertiva II est correta; (e) no respondida.

    Item III Errada

    Art. 22. No mandado de segurana coletivo, a sentena far coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substitudos pelo impetrante. 1 O mandado de segurana coletivo no induz litispendncia para as aes individuais, mas os efeitos da coisa julgada no beneficiaro o impetrante a ttulo individual se no requerer a desistncia de seu mandado de segurana no prazo de 30 (trinta) dias a contar da cincia comprovada da impetrao da segurana coletiva"

    STJ Smula n 99 - O Ministrio Pblico tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que no haja recurso da parte.

  • STJ Smula n 329 - O Ministrio Pblico tem legitimidade para propor ao civil pblica em defesa do patrimnio pblico.

    STJ Smula n 116 - A Fazenda Pblica e o Ministrio Pblico tm prazo em dobro para interpor agravo regimental no Superior Tribunal de Justia.

    QUESTO N 78 INCORRETO afirmar que: (a) De acordo com a Teoria Geral do Processo, pode-se se afirmar que so tcnicas de recrutamento da magistratura: a cooptao, a escolha pelo chefe do Poder Executivo com e sem autorizao do Parlamento, o sistema de eleio e o concurso pblico. (b) Pelo princpio da inevitabilidade da jurisdio, garante-se a todos o acesso ao Poder Judicirio, o qual no pode deixar de atender a quem venha a juzo deduzir uma pretenso. (c) O carter substitutivo da jurisdio tem correlao direta com o conceito processual de ao, que consiste na contrapartida natural da proibio, na maioria das hipteses, da ao material, que consiste, principalmente, no exerccio do poder privado pertencente ao particular titular do direito violado de perseguir, capturar e at matar quem no satisfizer sua pretenso material. (d) A definitividade e a inrcia so caractersticas da jurisdio, mas ambas admitem exceo no exerccio da tutela jurisdicional. (e) No respondida.

    Item B Errada

    A questo conceitua o princpio da inafastabilidade do poder judicirio, previsto no art 5 XXXV

    da CF, e 126 do CPC.

    O princpio da inevitabilidade significa que a autoridade dos rgos jurisdicionais, sendo uma

    emanao do prprio poder estatal soberano, impe-se por si mesma, independentemente da

    vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo; a situao

    de ambas as partes perante o Estado-juiz (e particularmente a do ru) de sujeio, que

    independe de sua vontade e consiste na impossibilidade de evitar que sobre elas e sobre sua

    esfera de direitos se exera a autoridade estatal. (CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO. p.155,

    2009)

    QUESTO N 83

    Em relao s aes coletivas, considere as assertivas abaixo:

    I - Consoante jurisprudncia uniforme do STJ, na hiptese de reconhecimento da continncia entre aes civis pblicas propostas na Justia Estadual e na Justia Federal, ambas as demandas devem ser reunidas nesta ltima (Justia Federal).

    II - A Lei n 7.347/85 constitui um marco em matria de tutela de interesses transindividuais, introduzindo no ordenamento jurdico brasileiro institutos tpicos das demandas coletivas, como a coisa julgada secundum eventum probationis (segundo a sorte das provas).

  • III - A Lei n 12.016/2009 previu expressamente o mandado de segurana coletivo, como instrumento de proteo dos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos, em consonncia com o artigo 5, LXX, da Constituio da Repblica, que elencou o mandamus coletivo no rol de remdios constitucionais.

    Assinale a alternativa CORRETA:

    (a) apenas a assertiva I est correta;

    (b) apenas as assertivas I e II esto corretas;

    (c) apenas as assertivas II e III esto corretas;

    (d) apenas a assertiva II est correta;

    (e) no respondida.

    O item II est errado, uma vez que a Ao Popular (Lei 4.717/65), anterior a ACP, j previa o instituto da coisa julgada secundum eventum probationis, como se infere do seu art. 18: Art. 18. A sentena ter eficcia de coisa julgada oponvel "erga omnes", exceto no caso de haver sido a ao julgada improcedente por deficincia de prova; neste caso, qualquer cidado poder intentar outra ao com idntico fundamento, valendo-se de nova prova. O errado do item III est na afirmao acerca dos direitos difusos, tema polmico na doutrina, que no consta no rol da Lei de Mandado de Segurana, pois determina o pargrafo nico, do art 21 dessa lei que: Pargrafo nico. Os direitos protegidos pelo mandado de segurana coletivo podem ser:

    I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisvel, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrria por uma relao jurdica bsica;

    II - individuais homogneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situao especfica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.

    Direito Administrativo

    QUESTO N 85 As recomendaes emitidas pelo Ministrio Pblico aos entes pblicos constituem:

  • (a) Ato administrativo com carter vinculante em que se requisita ao destinatrio sua divulgao adequada e resposta, com objetivo de obrig-lo a adotar um comportamento comissivo ou omissivo, visando melhoria dos servios pblicos e de relevncia pblica, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover. (b) Ato administrativo sem carter vinculante com objetivo de estimular o destinatrio a adotar um comportamento comissivo ou omissivo, sem prazo definido para o cumprimento, visando melhoria dos servios pblicos e de relevncia pblica, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover. (c) Ato administrativo com carter vinculante cuja finalidade obrigar o destinatrio a adotar um comportamento comissivo ou omissivo, sem prazo definido para o cumprimento, visando melhoria dos servios pblicos e de relevncia pblica, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover. (d) Ato administrativo sem carter vinculante em que se requisita ao destinatrio sua divulgao adequada e resposta, com objetivo de estimul-lo a adotar um comportamento comissivo ou omissivo, dentro de um prazo razovel para adoo de providncias, visando melhoria dos servios pblicos e de relevncia pblica, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover. (e) No respondida.

    Art. 6 Compete ao Ministrio Pblico da Unio:

    XX - expedir recomendaes, visando melhoria dos servios pblicos e de relevncia pblica, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razovel para a adoo das providncias cabveis.

    O membro do Ministrio Pblico, quando entender cabvel, poder emitir uma recomendao, que, no entanto, no tem carter obrigatrio para o agente pblico[2]. Contudo, se no for cumprida, o representante do Ministrio Pblico poder tomar as medidas administrativas e judiciais que entender pertinentes para adequao da conduta do agente (ao civil pblica, ao de improbidade administrativa, etc).

    O instituto da recomendao ato administrativo unilateral com contedo de aconselhamento, sem fora cogente, de competncia exclusiva do Ministrio Pblico, o mecanismo previsto na Lei Complementar n. 75, de 1993, e na Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico (Lei n. 8.625, de 1993) dirigido aos rgos e entidades dos poderes pblicos.

    QUESTO N 87 Sobre as penalidades e o processo administrativo, assinale a alternativa CORRETA: (a) A autoridade competente adotar procedimento sumrio para a apurao e regularizao imediata de acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas, na hiptese de omisso do servidor em apresentar opo no prazo legal. (b) O processo administrativo disciplinar inquisitivo e no se submete aos princpios do contraditrio e da ampla defesa. (c) As penalidades de advertncia e suspenso do servidor pblico aplicadas por uma infrao tero seus registros cancelados, aps o decurso de 03 (trs) e 05 (cinco) anos, respectivamente, independentemente da prtica nova infrao disciplinar pelo servidor neste perodo.

  • (d) Extinta a punibilidade de infrao disciplinar do servidor pblico pela prescrio, a autoridade julgadora no poder determinar o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. (e) no respondida.

    a) Est correta por corresponder ao art. 133 da Lei n 8.112/90:

    Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de cargos, empregos ou

    funes pblicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificar o servidor, por

    intermdio de sua chefia imediata, para apresentar opo no prazo improrrogvel de

    dez dias, contados da data da cincia e, na hiptese de omisso, adotar

    procedimento sumrio para a sua apurao e regularizao imediata, cujo processo

    administrativo disciplinar se desenvolver nas seguintes fases (...)

    b) D) art. 170 da Lei n 8.112/90: Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrio, a

    autoridade julgadora determinar o registro do fato nos assentamentos individuais do

    servidor.

    Direito Penal QUESTO N 94 Analise as assertivas sobre o crime de abuso de autoridade: I Constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio profissional. II A lei regula no s o direito de representao e o processo de responsabilidade penal nos casos de abuso de autoridade, mas tambm o processo de responsabilidade administrativa e civil para esta conduta tpica. III A perda do cargo e a inabilitao para o exerccio de qualquer outra funo pblica por prazo at trs anos uma espcie de sano penal ao abuso de autoridade. Marque a alternativa CORRETA: (a) todas as assertivas so incorretas; (b) apenas as assertivas I e II so corretas; (c) todas as assertivas so corretas; (d) apenas as assertivas II e III so incorretas; (e) no respondida.

    I - Art. 3. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio profissional. II- LEI N 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965.

    Regula o Direito de Representao e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade.

    III - 3 A sano penal ser aplicada de acordo com as regras dos artigos 42

    a 56 do Cdigo Penal e consistir em: c) perda do cargo e a inabilitao para o exerccio de qualquer outra funo pblica por prazo at trs anos.

    QUESTO N 95

  • Marque a alternativa CORRETA: (a) causa de extino da punibilidade do crime de apropriao indbita previdenciria o pagamento espontneo das contribuies, importncias ou valores antes da deciso da ao fiscal. (b) Na apropriao indbita previdenciria o agente pratica o crime quando deixa de transferir previdncia social contribuies de seus empregados, mesmo que no as tenha recolhido ou descontado. (c) Nos casos em que o criminoso primrio e a apropriao de pequeno valor, o juiz deve diminuir a pena de recluso da apropriao indbita previdenciria de um a dois teros ou substitu-la pela pena de deteno; isso no est na lei. (d) Pode haver perdo judicial, se o agente for primrio e de bons antecedentes, e o valor das contribuies devidas, inclusive acessrias, seja igual ou inferior quele estabelecido pela previdncia social, administrativamente, como sendo o mnimo para o ajuizamento de suas execues fiscais. (e) no respondida.

    Apropriao indbita previdenciria

    Art. 168-A. Deixar de repassar previdncia social as contribuies recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

    1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

    I recolher, no prazo legal, contribuio ou outra importncia destinada previdncia social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do pblico;

    II recolher contribuies devidas previdncia social que tenham integrado despesas contbeis ou custos relativos venda de produtos ou prestao de servios;

    III - pagar benefcio devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores j tiverem sido reembolsados empresa pela previdncia social.

    2o extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuies, importncias ou valores e presta as informaes devidas previdncia social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do incio da ao fiscal.

    3o facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primrio e de bons antecedentes, desde que:

    I tenha promovido, aps o incio da ao fiscal e antes de oferecida a denncia, o pagamento da contribuio social previdenciria, inclusive acessrios; ou

    II o valor das contribuies devidas, inclusive acessrios, seja igual ou inferior quele estabelecido pela previdncia social, administrativamente, como sendo o mnimo para o ajuizamento de suas execues fiscais.