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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
FRANCISCA MARIA RODRIGUES DE SÁ
GEOVANE FERREIRA VIEIRA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO, NO PROCESSO DO ENSINO-
APRENDIZAGEM NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA
PASTOR JOSÉ PINTO DE MENEZES
NOVO REPARTIMENTO-PA 2017
FRANCISCA MARIA RODRIGUES DE SÁ
GEOVANE FERREIRA VIEIRA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DO ENSINO-
APRENDIZAGEM NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA
PASTOR JOSÉ PINTO DE MENEZES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, da Universidade Federal Rural da Amazônia, como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em Pedagogia. Orientadora: Profª. MSc. Elane de Farias Pantoja
NOVO REPARTIMENTO-PA 2017
Sá, Francisca Maria Rodrigues de Alfabetização e letramento, no processo do ensino-aprendizagem no
3º ano do ensino fundamental na escola Pastor José Pinto de Menezes / Francisca Maria Rodrigues de Sá, Geovane Ferreira Vieira. – Belém, 2017.
33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Pedagogia)
- Plano Nacional de Formação de Professores, Universidade Federal Rural da Amazônia, 2017.
Orientadora: Elane de Farias Pantoja.
1. Alfabetização – Ensino fundamental 2. Letramento 3. Ensino aprendizagem – Ensino fundamental I. Vieira, Geovane Ferreira Pantoja II. Elane de Farias (orient.) III. Título.
CDD – 372.6
Dedicamos este trabalho a todos os que sonham com o dia em que
educação de qualidade não será benefício de poucos, mas a
realidade de toda a nação. Se um país se faz com homens e livros,
nossas escolas precisam ser o berçário desta imensa Pátria Amada
Brasil. A todos os professores, sonhadores, guerreiros e artífices
deste país.
AGRADECIMENTOS
A Deus pela sua infinita sabedoria e pelo dom da vida e, por nos permitir chegar
até aqui.
A Universidade Federal rural da Amazônia (UFRA) pela a oportunidade por
meio do Plano do Governo Federal cursar o programa do Plano Nacional de Formação
para Professores - PARFOR.
A nossa orientadora, Elane de Farias Pantoja, pela orientação e
profissionalismo, a você professora nosso muito obrigado.
Aos mestres que estiveram presentes nessa nossa jornada, nosso muito
obrigado.
Aos nossos colegas de curso o nosso muito obrigado pela amizade e
companheirismo construídos nesses anos.
Aos familiares pelo apoio, incentivo e compreensão ao longo dessa jornada.
A todos, que direta ou indiretamente, contribuíram para que esse momento
fosse concretizado com muito êxito.
O processo de alfabetização nada tem de mecânico do ponto de vista da criança que aprende. A criança constrói seu sistema interativo, pensa, raciocina e inventa buscando compreender esse objeto social complexo que é a escrita.
Emília Ferreiro
RESUMO
Sabe-se que as palavras alfabetização e letramento desempenham grande importância para a sociedade, haja vista que por meio dessas palavras é que os cidadãos começam a participar diretamente do mundo, exercendo suas funções sociais. Dessa forma, o presente estudo, tem como proposta executar uma abordagem qualitativa, com o tema: Alfabetização e Letramento, no processo do ensino-aprendizagem no 3º ano do Ensino Fundamental na escola pastor José Pinto de Menezes, localizada no município de Novo Repartimento-Pa. Tendo como objetivo: Analisar a importância da alfabetização e do letramento no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Na metodologia, adotou-se a pesquisa bibliográfica e de campo. Os resultados mostram que Alfabetização e o letramento necessitam ser cada vez mais trabalhados, visando contemplar os alunos, de modo a proporcioná-los conhecimentos mais sólidos no processo de ensino-aprendizagem. Conclui-se que o ato de alfabetizar e letrar são práticas fundamentais para que o aluno consiga de fato de se inserir no mundo social, ultrapassando dessa forma, os limites do processo de decodificar e codificar. Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Ensino-aprendizagem.
ABSTRACT It is known that the words literacy and literacy play great importance for society, given that through these words is that citizens begin to participate directly in the world, exercising their social functions. Thus, the present study has as a proposal to carry out a qualitative approach, with the theme: Literacy and Literacy, in the teaching-learning process in the 3rd year of elementary school in the pastor school José Pinto de Menezes, located in the municipality of Novo Repartimento- Pan. Aiming to: Analyze the importance of literacy and literacy in the teaching-learning process of students. In the methodology, the bibliographical and field research was adopted. The results show that Literacy and literacy need to be increasingly worked, aiming to contemplate the students, in order to provide them with more solid knowledge in the teaching-learning process. It is concluded that the act of literacy and literacy are fundamental practices so that the student can actually insert himself in the social world, thus exceeding the limits of the process of decoding and coding. Key-words: Literacy. Literature. Teaching-learning.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 09
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 12
1.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ............................................................................... 12
1.2 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL ......................................................................... 15
1.3 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR .................... 15
1.4 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO O QUE É?................................................. 19
2 METODOLOGIA .................................................................................................... 21
2.1 O CORPUS LINGUÍSTICO ................................................................................ 21
2.2 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................... 21
2.3 LOCAL DA PESQUISA ...................................................................................... 22
2.3.1 VISÃO DA ESCOLA ......................................................................................... 23 2.3.2 FILOSOFIA DA ESCOLA ................................................................................ 23
2.4 O MUNICÍPIO DE NOVO REPARTIMENTO ...................................................... 23
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 25
3.1 PERGUNTAS DA ENTREVISTA – PROFESSOR ............................................. 25
3.2 ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO
NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM REALIZADO
PELA PROFESSORA A SEUS ALUNOS................................................................. 26
3.3 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36
APÊNDICES ............................................................................................................. 38
9
INTRODUÇÃO
O estudo em pauta tem a intenção de abordar aspectos referentes ao processo
de alfabetização, tendo como temática: Alfabetização e Letramento, no processo do
ensino-aprendizagem no 3º ano do ensino fundamental na escola pastor José Pinto
de Menezes.
Na educação, nota-se que a alfabetização sempre foi alvo de discussão e de
novas propostas. Em determinadas situações havia inclusive, a discussão referente a
métodos e, dessa maneira, o ensino visava dar ênfase ao código linguístico.
No que se refere ao letramento, Lerner (2002), afirma que esse determina a
ação educativa de desenvolver a utilização de hábitos sociais de leitura e de escrita
em situações que exigem o seu uso de forma real, onde começa, dessa forma, um
processo extenso que capacita o indivíduo para praticar a escrita de forma definida
em vários contextos sociais.
Para Brito (2007) ao se fazer uma abordagem sobre questões condizentes ao
processo de alfabetização e de letramento, compreende-se que esses, são na
verdade, processos que não se separam, desempenhando desse modo, um caminhar
sempre juntos, onde é considerado nesse contexto, o aluno alfabetizado, aquele que
conhece ou demonstra domínio relacionado ao código escrito, sabendo praticar a
leitura e a escrita por intermédio de práticas metodológicas.
Frade (2007, p. 21) enfatiza que ao se trabalhar alfabetização e letramento com
a utilização de práticas metodológicas, é possível que se perceba a real necessidade
em acontecer eventuais mudanças de atividades relacionadas ao trabalho efetivado
com alunos que estão inseridos nas séries iniciais. É um momento de extrema
relevância para que o educador possa desenvolver as práticas concretas de leitura e
de escrita no convívio do âmbito escolar, considerando o manuseio com vários tipos
de textos, onde a compreensão dos textos pelos alunos irá incentivá-los a desenvolver
a prática do mundo letrado com mais recursos de facilidade.
Desse modo, acredita-se que os alunos estarão sendo preparados para que
possam adquirir conhecimento do mundo que os cerca, assimilando o modo
considerado correto de entender o código e exercer uma reflexão sobre ele.
Na metodologia, optou-se pela realização de uma pesquisa qualitativa e de
campo, com aplicação de questionário para aquisição dos resultados.
10
Assim, a presente pesquisa tem como objetivo geral: Analisar a importância da
alfabetização e do letramento no processo de ensino-aprendizagem dos alunos do 3º
ano do ensino fundamental na escola pastor José Pinto de Menezes. Sendo os
objetivos específicos: Identificar as dificuldades encontradas pelos professores na
alfabetização e letramento na escola Pastor Jose Pinto de Menezes; e ainda; Analisar
como se dão as práticas metodológicas para o desenvolvimento da alfabetização e
letramento na escola Pastor José Pinto de Menezes; Perceber a importância do
letramento para despertar o interesse nos alunos com relação a leitura.
Esse estudo justifica-se pela dificuldade encontrada por professores em
trabalhar alfabetização e letramento nas séries iniciais, onde nesse contexto, observa-
se a importância do uso de práticas metodológicas que possam de fato contemplar e
favorecer o processo de leitura e de escrita.
Desse modo, ocorre à necessidade do alfabetizar e do letramento, que
constitui-se em um trabalho realizado pelo professor e também pelas pessoas que
contribuem para o aprendizado dos alunos, demandando mudanças significativas a
respeito de práticas pedagógicas por meio do ensino da leitura e da escrita para o seu
aperfeiçoamento.
É justificável ainda, a relevância que o tema exerce para professores e alunos,
pois visa facilitar por meio de atividades e de metodologias diferenciadas a obtenção
de conhecimentos sobre o ato de ler e de escrever.
Dessa forma, traçaram-se as seguintes questões norteadoras por meio do
problema detectado, sendo: Quais as dificuldades encontradas pelos professores e
alunos na alfabetização e letramento na escola pastor José Pinto de Menezes? Como
se dá às práticas metodológicas para o desenvolvimento da alfabetização e
letramento na escola Pastor Jose Pinto de Menezes? Qual a importância do
letramento, para que possa despertar nos alunos o interesse e curiosidade?
Partindo desses pressupostos, delineou-se como objetivo geral desenvolver,
por meio da alfabetização e do letramento, a prática da leitura e da escrita pelos alunos
do 3º ano do Ensino Fundamental. E, como objetivos específicos: a) Perceber a
importância da alfabetização e do letramento no contexto escolar; b) Valorizar o
processo de alfabetização como instrumento para fortalecer o letramento; c) Investigar
de que forma a professora trabalha a alfabetização e o letramento com seus alunos.
11
Para que houvesse uma melhor compreensão da estruturação desse trabalho,
o mesmo foi organizado em capítulos:
O primeiro capítulo traz a Fundamentação Teórica;
O segundo capítulo refere-se à metodologia aplicada;
O terceiro capítulo diz respeito aos Resultados e Discussão e, por fim, as
considerações finais.
12
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesse capítulo, faz-se considerações qualitativas relevantes sobre a educação,
legislação educacional, alfabetização, letramento etc. Com base em autores, como:
Soares (1998), Lerner (2002); Signorini (1995) entre outros, que serviram de base
para a solidificação deste estudo.
1.1 História da Educação
Sabe se que a Educação tem por objetivo preparar o indivíduo, qualificando-o
para desenvolver seu papel na sociedade, onde ele possa criar propostas como
cidadão capaz de articular teorias e colocá-las em prática no seu convívio social de
maneira ordenada.
Partindo desse pressuposto, Durkheim (1967, p.96) afirma que para que haja
uma definição de educação, é necessário, haver a consideração dos sistemas
educativos que atualmente existem ou que já tenham existido e, posteriormente, fazer
a comparação e aprender deles os caracteres comuns. O agrupamento desses
caracteres comuns é que irão constituir de fato a definição do que se procura sobre a
educação.
De acordo com Rosin (2009, p. 79) a educação se dá como uma sequência da
aprendizagem, sendo que se inicia fase por fase, da infância à adolescência, de adulto
a velhice, ou seja, série por série, da alfabetização ao ensino fundamental, do ensino
médio ao superior. Atualmente ainda observa-se que a Educação varia com as
classes sociais e com as regiões. A da cidade não é a do campo, a do burguês não é
a do operário.
Em consonância com o que diz Durkheim (1967, p.97), em seu livro “Educação
e Sociologia”, observa-se que o processo de educação tem acontecido desde a
colonização da América em que a igualdade não é, e nunca foi semelhante em seus
aspectos sociais e culturais.
Mas, moralmente verifica-se que esse processo não é justificável, pois enxerga-
se nele um defeito oriundo de outros períodos, destinado a desaparecer, mas é óbvio
que a educação das crianças não se fez do aqui ou acolá destes pais ou daqueles ou
da hereditariedade da qual ela procede, mas, de diversas e distintas sociedades que
surgiram posteriormente.
13
Nesse sentido, Durkheim (1967, p.101) revela que a sociedade não existiria
sem que existisse em seus membros certa homogeneidade, a educação é eterna e
imprime na alma da criança certas semelhanças essenciais, reclamadas pela vida
coletiva, por outro lado, sem tal diversificação a educação assegura a persistência
desta diversidade necessária, diferenciando-se ela própria e permitindo
especializações. A educação não é, para a sociedade se não o meio pelo qual ela
prepara no íntimo das crianças às condições essenciais da própria existência.
Nesse sentido, Durkheim (1967) afirma que:
A educação é o ato exercido, pelas gerações com o maior grau de conhecimento e experiência, para as gerações que se deparem inscientes, além do mais as mesmas ainda não estão preparadas para a vida social. A educação tem como recurso de promover e desenvolver, na criança certos números de estados físicos, mentais e morais, aclamados pela sociedade política em geral, e pelo meio característico em que a criança é destinada (DURKHEIM, 1967, p.41).
Conforme essa definição, a educação consiste numa socialização metódica da
criança, na transformação de um ser individual, egoísta e a - social, num ser social e
quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da criança ao
meio que esteja inserido.
Nas palavras de Durkheim, (1967, p. 98) “se a educação for desligada das
causas históricas ela se tornará apenas exercício de vontade de avanço do sujeito na
qual é incompreensível’.
Mediante tal colocação, constata-se que o indivíduo só poderá agir à medida
que aprende a conhecer a conjuntura no qual está inserido. Ou seja, descobrindo
habilidades por meio de estudos que a escola possibilitará a ele, sabendo, quais são
suas origens e as condições de que depende.
Medeiros (1985, p. 79) comenta relata que o Brasil há muito vem se
caracterizando no cenário mundial como um país com graves problemas
educacionais. A educação no Brasil, ao longo da história, tem sido marcada por uma
série de reformas que quase nada tem contribuído, para retirá-la da situação crítica
em que se encontra como: persistência do analfabetismo, índices alarmantes de
evasão e repetência.
Diante do exposto, percebe-se que o rendimento escolar dos alunos das
escolas públicas tem sido motivo de constante preocupação para diversas pessoas,
órgãos governamentais e administradores escolares que por meio de diferentes
14
formas têm se interessado pelo problema, na tentativa de conhecer melhor as várias
questões envolvidas sobre os fatores determinantes do rendimento escolar no Brasil.
Medeiros (1985, p. 98) enfatiza que nas últimas décadas a crise educacional
tem se expandido, pelo profundo estado de atraso a que foi sendo reduzido o sistema
educacional, caracterizado, sobretudo, pelos altos índices de exclusão social. Apesar
do esforço que alguns gestores da educação pública vêm fazendo, ainda não foi
possível universalizar o ensino fundamental e a educação infantil e ainda representa
um grande desafio a ser vencido na medida em que os recursos são carregados para
o ensino fundamental que é a prioridade do governo central.
A segunda dimensão apontada se expressa à crise é a contradição histórica
entre a retórica e a ação governamental, no tocante as políticas públicas
particularmente àquelas das áreas sociais. O conjunto das políticas públicas adotadas
nos governos obedece seguindo a risca a matriz definida pelo Banco Mundial e
congênere para os países em desenvolvimento. Assim, há cada vez mais limitação de
verbas para a educação.
Outra questão que não pode ser desprezada nessa análise, refere-se à bárbara
diminuição dos gastos com as políticas sociais, alijando grande parte da população
dos direitos sociais: Educação, lazer, saúde, trabalho, previdência social, amparo à
maternidade, e à infância, subsídio aos desamparados, instituídas na Constituição
Federal de 1988.
Por outro lado, os avanços da globalização e das conquistas tecnológicas,
contribuem com o agravamento da crise ao provocarem a ampliação das disparidades
sociais: desemprego, subemprego, trabalho infantil, ociosidade compulsória. É cada
vez maior o número de pessoas excluídas de um mínimo de qualidade de vida, tão
decantada nos discursos oficiais.
Logo, certifica-se que a educação precisa inicialmente da sua oferta, na qual
institui um conjunto de colaboração entre os campos do poder público estadual e
poder municipal para que sejam então, poupados os direitos da criança e do
adolescente e o direito do trabalhador.
Tal situação mostra o quanto à escola pública necessita se reorganizar, para
romper com o processo de exclusão e medidas que façam avançar a transformação
social, quanto na execução de seu dever de garantir o respeito, proteção e o direito
de seus cidadãos.
15
1.2 Legislação Educacional
O acréscimo de permanência ou duração de 9 (nove) anos para Ensino
Fundamental, com a matrícula imprescindível a partir dos 6 (seis) anos de idade, é
uma meta desejada para a política educacional em âmbito nacional, já existe há
muitos anos, entretanto, ainda há muito o que se planejar e estudar afim de que, com
esta medida, possa haver melhorias e, desse modo, garantir realmente as condições
de igualdade e, também, de qualidade da Educação Básica (BRASIL, 1996).
A legislação educacional brasileira, especialmente a partir da Lei nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996, já sinalizava para um ensino que fosse obrigatório
considerando para isso, os nove anos de duração, tendo início aos seis anos de idade,
tornando-se dessa maneira, uma finalidade da educação nacional através da Lei nº
10.172/2001. Esta lei promoveu a aprovação do Plano Nacional de Educação. Assim,
percebe-se a importância desta Lei a partir do que apresenta o Artigo 2º da LDB Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (1996), (BRASIL, 2006).
A Lei nº 9.394, expressa em seu Art. 2º que:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (LDB, 1996).
A educação em valores dá sentido e é o término da educação escolar já que,
junto com obtenção de conhecimentos, incorporada à competências e a habilidades,
se faz essencial a visão de valores fundamentais para a vida, as bases para uma
educação que seja plena, que integre os cidadãos em uma sociedade considerada
cada vez mais plural e democrática para todos (BRASIL, 1996).
1.3 Alfabetização e Letramento no Contexto Escolar
Sabe que alfabetizar é um grande desafio e, segundo Soares (2004, p. 20) “é
levar ao alfabeto”, isto é, instruir o código do idioma escrito, preparar os discentes para
ler e escrever, sendo necessário, que a criança ou adulto entenda que a língua escrita
não é uma simples representação da língua ponderada, pois a oralidade e a escrita
são constituídas de maneiras distintas.
16
Dessa maneira, entende-se por instruído a pessoa que conseguiu garantir o
aprendizado para ler e a escrever, que ao longo de sua trajetória escolar conseguiu
adquirir as habilidades necessárias da leitura e da escrita, o que permite o mesmo
fazer a codificação e a decodificação na linguagem escrita.
Nesse aspecto para Soares (2004), evidencia que:
a alfabetização se define, transfigurando a palavra em significado próprio, como método que visa alcançar a “tecnologia da escrita”, ou seja, da junção de técnicas, processos e habilidades imprescindíveis para a prática da leitura e da escrita: as habilidade de codificar de fonemas em grafemas e as capacidades de decodificação de grafemas, ou seja, o manuseamento de todo o processo da escrita (alfabético, ortográfico), aptidões motoras para manipular instrumentos e equipamentos para que a codificação e decodificação tenham o seu fator concluído, ou seja, a obtenção da habilidade de escrever; o ensinamento de certo costume corporal adequado para escrever ou para ler, desenvolturas no uso de ferramentas de escrita, como: corretivo, caneta, borracha, lápis, equipamentos como tecnologia de máquinas de escrever, computador.), habilidades de escrever ou ler de acordo com a direção apropriada da escrita na página (da esquerda para direita, de cima para baixo), habilidades de sistematização do texto na página, destrezas de manuseamento correto e adequado dos suportes em que se anota e nos quais se lê (livros, revistas, jornais, papeis) sob distintos modos de representações e tamanhos como folhas de bloco, de caderno, cartazes, tela de monitor, etc. Em suma: alfabetização consiste no processo pelo qual se consegue o domínio de um código e consentindo assim, a utilização das habilidades a fim de utilizá-lo para exercer a prática da leitura e da escrita ( SOARES, 2004, p.87).
Ainda na concepção de Soares (1998), o termo letramento foi colocado de
forma recente na língua portuguesa, ocorreu a partir da década de 80, que está se
tornando mais corriqueiro nos discursos escritos e orais dos conhecedores nos
campos da Educação e das Ciências Linguísticas.
Por outro lado Soares (1998), expressa que o vocábulo letramento consiste em
uma tradução para a língua portuguesa da palavra inglesa Literacy “qualidade de ser
letrado”. Portanto, letramento é a condição de que atende de modo adequado às
grandes demandas sociais pela utilização vasta e distinta dos processos de leitura e
de escrita.
Soares (2004) ainda acrescenta que:
A prática eficaz e proporcional da metodologia da escrita se denomina letramento que implica vários tipos de habilidades, como: aptidão de ler ou escrever para atingir diversos objetivos, como: informar-se, interagir-se com outras pessoas, com intuito de imergir no mundo fantasioso, no estético, para aumentar o seu nível de conhecimentos, para se divertir, para se orientar no cotidiano, para um maior apoio à memória e etc... As habilidades de explicar e causar diversos tipos e espécies de textos, habilidades de guiar-se pelos
17
direcionamentos (protocolos) de leitura que destacam o documento ou de abrir mão desses protocolos, ao registar por meio da escrita, costumes de admissão eficaz no mundo da escrita, tendo em vista o seu interesse prazeroso em ler e escrever, aproveitando a escrita para descobrir ou subsidiar informações e conhecimentos, onde escreva ou leia de modo diferenciado, mediante as circunstâncias, segundo os objetivos, o interlocutor, etc (SOARES, 2004, p. 20).
Considerando Soares (2010), a alfabetização e letramento são então,
considerados processos distintos, de caráter distinto, porém, são interdependentes e
ainda indissociáveis. Já que um indivíduo pode ser aceito como alfabetizado e não ser
letrado, como também pode acontecer o oposto ser letrado, porém não ser
alfabetizado.
Nessa perspectiva Soares (2001), propõe:
Um adulto pode ser considerado analfabeto, porque rejeitando social e economicamente, mas, vive em um ambiente em que a leitura e a escrita exercem aspectos fortes, em que esse indivíduo se preocupa em escutar a leitura de jornais realizada por uma pessoa alfabetizada, se recebe cartas que muitas pessoas leem para ele, se dita algo para que um alfabetizado faça uma carta, por exemplo, (é significativo que, de modo geral, dita empregando vocabulário e estruturas peculiares da língua escrita), se solicita a alguém que lhe leia lembretes ou sugestões coladas em algum local, esse analfabeto é de certo modo letrado, haja vista que o mesmo se utiliza do uso da escrita, ele tem uma envolvimento em práticas sociais de leitura e escrita. Nessa mesma proporcionalidade, ocorre da mesma maneira, com a criança que ainda não passou pelo processo de alfabetização, mas já consegue folhear livros, e de certa forma, às vezes finge lê-los, ainda brinca de escrever, escuta histórias que lhe são lidas, está cercada de material escrito e compreende o uso e função, mesmo assim, essa criança é considerada ainda “analfabeta”, pois ainda não aprendeu a desenvolver a leitura e a escrita, mas já entrou no universo do letramento, já é de certo modo, uma criança letrada (SOARES, 2001, p. 33).
Diante do apresentado, nota-se que não basta apenas ser alfabetizado, é
necessário ser letrado, fazendo o uso adequado do idioma escrito em situações
sociais, e que este exercício não fique limitado somente ao ambiente escolar, que
segundo Soares (2001), existe uma correlação clara entre letramento e escolarização,
ou que a escolarização é fator definitivo na ascensão desta prática, sendo que, por
influência da antiga disposição do ensino, tem-se de acordo com a tradição à
conclusão da 4ª série do Ensino Fundamental, como fase obrigatória e aceitável para
concepção do cidadão, e adequada em aceitável de letramento (ibid. p. 97).
18
Já Signorini (1995, p. 162) faz um alerta, onde afirma que a escola é
considerada principal, se não a única forma de ingresso ao letramento em que seja
valorizado pela sociedade burocrática e, nesse aspecto, Soares (2001) até ressalta
que, vincular à alfabetização e a escolarização é ignorar, e como já confirmaram
grandes pesquisas, também se consegue fazer aprender a ler e a escrever em
ambientes não escolares na coletividade, no seio familiar, no local de trabalho, na
igreja, entretanto, é oportuno lembrar que, é a alfabetização escolar que oferece
legitimidade a toda e qualquer atividade que tenha como finalidade à aprendizagem
da leitura e da escrita.
Para Lerner (2002), se a escola instrui a ler e escrever com uma exclusiva
finalidade de que os alunos estudem a fazê-lo, eles não estudarão a ler e escrever
para desempenhar outras intenções, se a escola rejeita as finalidades didáticas e
consente as finalidades da prática social, estará recusando simultaneamente sua
função ensinante (ibid. p. 20).
A escola é composta por normas que ordenam o procedimento de ensino e
aprendizagem, ou seja, os alunos são separados e colocados de acordo com sua
idade, o que causa formas de tratamentos exclusivos para cada grupo caracterizado.
Esse processo denomina-se de escolarização, processo que não se pode evitar que
designa a essência e particularidades da escola (SOARES, 2001).
Entretanto, se as normas que compõem o modo escolar acabam
comprometendo o aprendizado da leitura e da escrita ao passo que práticas sociais,
se utilizam de método exclusivo para difundir essas práticas, no entanto, se é o mais
aceitável, deve se então, preocupar-se com a qualidade com que se instrui o ato de
ler e de escrever no recinto escolar.
Nesse sentido, Soares, (2001, p. 48) afirma que:
Os aprendizados de letramento a serem ensinados são aqueles que, entre os numerosos que acontecem nos eventos sociais de letramento, o colégio seleciona para torná-los frutos de ensino, incorporados aos currículos, aos programas, aos trabalhos pedagógicos, materializados em manuais didáticos. Os aprendizados de letramento ensinados são aqueles que acontecem na vontade real e concreta da sala de aula, pela tradução dos meios curriculares e programáticos e das ações propostas dos manuais didáticos em atos docentes, onde são desenvolvidas em eventos de letramento que, por mais que tentem fazer a reprodução os eventos sociais reais, acabam sendo sempre artificiais e didaticamente são padronizados, métodos de letramento contraídos são considerados aqueles, de que, entre
19
os ensinados, os educandos efetivamente adquirem e levam consigo para a vida extra escolar (SOARES, 1995, p. 15 ).
Observa-se que no ambiente educacional tem um cronograma a exercer e esse
fator muitas vezes pode representar um fator contrário em relação à aprendizagem do
educando, especialmente, quando diz respeito ao ato de alfabetizar. É indispensável
trabalhar em benefício da composição das práticas de leitura e de escrita no interior
da escola, sendo assim favorecendo aos alunos alfabetizarem-se e também letrarem-
se.
Como destaca Lerner (2002):
O imprescindível é resguardar no ambiente educacional o modo que a leitura e a escrita têm como aprendizados sociais, para permitir com que os seus alunos se amoldem delas, assim possibilitando que se agrupem ao grupo de leitores e escritores, de forma que consigam ser de fato cidadãos da cultura escrita que permeia na sociedade (LERNER, 2002, p. 18).
É oportuno mencionar que, mais do que instruir-se a ler e a escrever, que os
alunos possam também ter conhecimentos além do que aquele estabelecido na
escola e começar a enxergar a leitura e a escrita em seu caráter social, que se
apropriem e façam uso de maneira competente.
1.4 Alfabetização e Letramento o que é?
Na visão de Soares (2004a), quando se retrata em alfabetizar a seguir vem o
conceito leitura e não se estabelece exclusivamente a isso, em linhas gerais
compreende-se por alfabetização o procedimento de aprendizagem das letras que
formam o alfabeto e os distintos métodos de usa-los, ou seja, observar através das
letras do alfabeto que poderá se dialogar com a sociedade em geral, sendo analisado
o procedimento de fator fundamental para a comunicação, ressaltando também que
seja com a alfabetização que a coletividade foi e vem sendo capaz de criar e abranger
as variações pelas quais sofre a gramática, porquanto um cidadão alfabetizado é
capaz de atingir distintas atividades, como por exemplo, a leitura, compreendimento,
senso crítico, interpretação entre outros papéis que a alfabetização lhes permite
alcançar.
Em contra partida a alfabetização treina o indivíduo a ampliar distintos
processos de aprendizagem de seu idioma podendo então envolver facilidade e,
20
também se transmitir e expressar com maior notoriedade, estabelecendo um maior
intercâmbio social em que acontecerá uma transparência de múltiplos saberes e
culturas de acordo com cada pessoa, desse modo, alfabetizar expressa ser um
cidadão ativo no desenvolvimento social em todos os aspectos.
Conforme Soares (2004a), letramento é a circunstância ou a condição que
adquire um grupo social ou um sujeito como decorrência de se ter adequado da
escrita, isto é, o indivíduo que depois algum período de alcance da escrita e da leitura,
obteve maior experiência para ampliar as práticas alusivas ao uso das letras.
Assim sendo, existem muitos indivíduos que mesmo que não alcançassem o
domínio da leitura e da escrita, mas obtiveram desenvolvimento nas práticas das
mesmas através da relação direta, em que cotidianamente proporcionou uma inclusão
e obtenção das técnicas da leitura e da escrita.
Tfouni (1995, p. 32) assegura que:
O conceito do método, enquanto a alfabetização se entrava da aquisição da escrita por um sujeito, ou grupo de indivíduos, o letramento se foca em aspectos sociais e históricos da aquisição de uma sociedade, em que alfabetização e letramento se procrastinam e, concomitantemente são interdependentes.
Para isso, a alfabetização e letramento são procedimentos que se dilatam
muito, por causa das exigências dominadas em cada uma delas, ser alfabetizado não
institui que o indivíduo também seja letrado ou vice-versa, pois um aluno alfabetizado
e letrado é aquele que além de ter conhecimento e compreensão das letras e dos
métodos atinentes à leitura e á escrita é aquele que possui propriedade para
desenvolver novos meios concepções e, consequentemente, ampliações das práticas
para que abrigue as condições e requisitos, cuja são requeridos na sociedade na qual
esse indivíduo está inserido.
21
2 METODOLOGIA
Neste capítulo, descrevem-se os métodos utilizados na construção deste
trabalho. São inclusos o uso de questionário; a metodologia aplicada; além de
apresentar informações referentes ao município de Novo Repartimento, lugar onde
está situada a escola onde se efetivaram as entrevistas.
2.1 O corpus linguístico
Com base em estudos já realizados sobre assunto em questão, foi elaborada
esta pesquisa a partir de um estudo de cunho bibliográfico e de campo, pois a partir
da leitura de alguns autores já mencionados, como: Soares (1998), Durkheim (1967),
Medeiros (1985), entre outros que versam sobre a temática em pauta, onde se
constatou que a alfabetização e o letramento são imprescindíveis para o processo de
ensino-aprendizagem no que se refere à escrita e leitura. Desse modo, o corpus desta
pesquisa é formado por 25 (vinte e cinco) obras referentes à alfabetização e
letramento, com ênfase em alunos de uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental.
2.2 A pesquisa
O presente estudo foi desenvolvido com alunos do 3º ano do ensino
fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pastor José Pinto
Menezes, localizada no município de Novo Repartimento-Pa.
Utilizou-se para a coleta de dados, questionário, a fim de se conhecer aspectos
ligados a alfabetização e letramento. Desse modo, para embasar o estudo, adotou-
se as pesquisas bibliográfica e de campo.
Para Minayo (1994, p. 29), as pesquisas qualitativas possuem caráter que
visam explorar o objeto de estudo, pois essas pesquisas almejam instigar os
entrevistados, induzindo-os a pensar e falar abertamente acerca de algum tema,
algum objeto ou um algum conceito. De acordo com essa autora, esse tipo de
pesquisa faz surgir aspectos subjetivos, alcançando motivações implícitas, ou até
mesmo inconscientes, de forma natural do entrevistado. Essas pesquisas
possibilitam, também, professores e alunos desenvolverem uma relação dialógica de
trocas de informações.
22
2.3 O local da pesquisa
A Escola Pr. José Pinto de Menezes (Figura 1), situada a Rua Sabiá S/N no
bairro Uirapuru em Novo Repartimento, foi fundada no ano de 1987, no Parque
Espigão, na área da igreja Assembleia de Deus, funcionando com uma clientela de
Pré-escola em convênio com Legião Brasileira de Assistência ( LBA).
Figura 01: Escola Pr. José Pinto de Menezes.
Fonte: arquivo próprio das pesquisadoras
O Patrono da referida Escola. O Pastor José Pinto de Menezes é Josefa
Umbelina de Menezes, convertido e batizado em água na cidade de Pedro Velho, Rio
Grande do Norte, em julho de 1919. O referido Pastor mudou-se para Belém do Pará,
onde iniciou sua trajetória evangélica na Região Norte, evangelizando por Timbotêua,
Capanema, Santarém, a qual, o mesmo foi até Manaus – AM, onde foi chamado para
evangelizar ao lado do Senhor, em 07 de Agosto de 1972.
A escola possui alunos com média de 07 a 17 anos de idade e conta regulamente
com 347 alunos matriculados em 2015, sendo que 202 são meninos e 145 são
meninas. Porém, atende uma clientela de 10% de alunos da zona rural do nosso
município, onde há um número dos mesmos com distorções idade série.
23
2.3.1 Visão da Escola
Ambiente que leva em conta o conjunto das dimensões da formação humana,
onde o conhecimento é compartilhado e sistematizado, tendo a tarefa de formar seres
humanos com consciência de seus deveres. Com o objetivo de formar caracteres e
preparar o ser para a vida em sociedade.
2.3.2 Filosofia da Escola
Orientar partindo do princípio: Prática – teoria – prática, em busca da construção
de uma sociedade justa, igualitária, credora de valores e conhecimentos socialmente
úteis, almejando o desenvolvimento integral do ser humano, sujeito do contexto social,
capazes de transformar o ambiente em que vivem.
2.4 O município de Novo Repartimento – Pa
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2012, p. 13), o município de Novo Repartimento tem suas raízes com fortes
ligações a uma tribo indígena chamada Parakanã, à construção da Rodovia
Transamazônica e à construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Esse tripé,
basicamente, é que dá origem a esse município (Figura 02).
Figura 02 - Localização do município de Novo Repartimento – Pará
Fonte: Google imagens
Nesse contexto, por ter suas origens atreladas aos índios Parakanãs, estes
batizaram de Repartimento um rio que “cortava” suas terras. Onde se implantou a
povoação originária do acampamento da empresa que trabalhou na construção da
24
Rodovia Transamazônica. Entretanto, o município começou, de fato, a surgir, em
decorrência da mudança obrigatória da extinta vila de Repartimento Velho, em função
da inundação daquela grande área oriunda das águas do represamento da barragem
da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (IBGE, 2012, p. 13).
25
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo, apresentam-se a análise dos dados coletados e a aplicação do
projeto. Para a análise dos dados coletados, realizou-se a pesquisa de campo com
aplicação de questionário para a professora, tendo em sua turma 28 alunos.
3.1 Perguntas da Entrevista – Professor
A professora ao ser indagada sobre a importância do letramento no
desenvolvimento dos alunos do 3º ano revelou que é muito importante para que o
aluno consiga designar a ação educativa de desenvolver o uso de práticas sociais de
leitura e escrita em contextos reais de uso, onde se inicia um processo amplo que
torna o indivíduo capaz de utilizar a escrita de modo deliberado em diversas situações
sociais.
Sobre como se dá o desenvolvimento da alfabetização e letramento no 3º ano
do ensino fundamental, a entrevistada afirmou que esse desenvolvimento inicia-se no
momento em que o aluno do 3º ano do ensino fundamental, começa a desenvolver
percepções que a escrita alfabética anotada no papel são os sons das partes orais
das palavras e que o faz, considerando segmentos sonoros menores que a sílaba, e
que esse processo passa a ser entendido como um instrumento eficaz de
aprendizagem da leitura e escrita, para uso social, trazendo consequências (políticas,
sociais, econômicas, culturais...) para indivíduos e grupos que se apropriam da
escrita, fazendo com que este passa a ser um leitor crítico, e se torne parte da vida
como meio de expressão e comunicação.
Em relação às dificuldades encontradas pela professora na alfabetização e
letramento dos alunos, revelou que muitos alunos ainda confundem que alfabetizar, é
o aluno está letrado, a outra é tentar alfabetizar letreando, pois não basta saber ler e
escrever como também saber fazer uso desta leitura e escrita, ou seja, formar um
aluno reflexivo e pensante sabendo interpretar e compreendera a leitura e escrita.
Sobre a importância do letramento para despertar o interesse e curiosidade dos
alunos, disse que é importante para a apropriação da língua escrita em
situações reais de uso e com isso o aluno se sente mais confiante ao ler e escrever.
26
Com relação a importância do planejamento e da rotina no ciclo de
alfabetização na perspectiva do letramento, revelou que essa organização de ambos
tem uma grande valia, pois desta forma o professor consegue se organizar ao decorrer
de sua aula, e com isso obter qualidade no processo de alfabetização e letramento.
3.2 Análise da importância da alfabetização e do letramento no processo de
ensino-aprendizagem realizado pela professora a seus alunos
Sabe-se que alfabetizar exige dos professores que apresente uma proposta
que seja contemplada de desafios e coerência para os alunos, pois induz aos alunos
conhecerem o mundo da escrita e da leitura. Considerando nesse universo um
conjunto de conhecimentos que serão construídos em torno da escrita alfabética,
permitindo a criança conhecer e compreender a escrita em seus variados contextos
(CARVALHO, 2005).
Durante o período da pesquisa na escola, foi possível constatar “in loco” a
preocupação da professora em querer proporcionar um trabalho de qualidade para
seus alunos do 3º ano. Demonstrando cuidado e preocupação com a proposta de
ensino centrada em atender esses alunos.
A professora relatou que existe uma luta diária em preparar material e
promover aulas que venha contemplar as necessidades dos alunos em relação ao
processo de alfabetização. São várias as estratégias por ela utilizada, almejando obter
retorno na leitura e na escrita dos alunos.
Entre essas estratégias realizadas pela professora, destacam-se: Leitura de
palavras soltas (Figura 03), pequenos textos com padrões silábicos (Figura 04) etc.
27
Figura 03: Leitura de palavras soltas
Fonte: arquivo próprio das pesquisadoras
A professora realiza diariamente leitura com os alunos. Na imagem anterior,
os alunos estão no chão juntamente com ela desenvolvendo a prática da leitura por
meio de fichas onde leem palavras soltas. Essas fichas são muito importantes no dia
a dia da sala de aula, pois funcionam como um reforço no trabalho da professora.
A professora pede aos alunos que retirem de dentro da caixa as fichas e,
depois pede que os alunos façam a leitura das palavras em voz alta, fazendo uma
competição saudável entre os alunos.
Com esse trabalho pudemos perceber o quanto é importante promover esses
momentos onde os alunos possam demonstrar a evolução de seus conhecimentos, é
um momento onde a professora pode fazer uma reflexão sobre sua prática
pedagógica em sala de aula.
Vimos que os alunos gostam muito dessas atividades interativas, o que motiva
os mesmos a exercitar a leitura não somente de palavras soltas, mas de pequenos
textos também.
28
Figura 04: Pequenos textos com padrões silábicos
Fonte: arquivo próprio das pesquisadoras
Com outras fichas, a professora estimula os alunos a lerem pequenos textos,
reforçando os padrões silábicos já trabalhados em sala de aula. Nesse momento, ela
percebe a dificuldade de alguns alunos em lerem com fluência os textos, havendo
dessa maneira, a necessidade de intensificar o trabalho de leitura e de escrita com
esses alunos.
Os diversos textos ajudam os alunos a ter um contato diário com a leitura, onde
a prática ajuda esses alunos a adquirirem mais segurança no ato de ler. A professora
tem sempre o cuidado em propor novos textos aos alunos, promovendo a eles novos
desafios.
29
Figura 05: Fichas de leitura com meses do ano
Fonte: arquivo próprio das pesquisadoras
A professora sempre com a intenção de proporcionar a aprendizagem dos
alunos, utiliza as fichas com o nome dos meses para praticar a leitura e o letramento
com os alunos.
Todos os dias eles fazem a leitura dos meses em voz volta, geralmente de
forma coletiva. Esse tipo de trabalho é importante, pois possibilita aos alunos uma
fixação de palavras, facilitando posteriormente a sua escrita de forma correta.
Figura 06: Cantinho de leitura
Fonte: arquivo próprio das pesquisadoras
30
Observamos também que na sala há um cantinho de leitura, porém, esse
espaço deveria ser melhor mais atrativo para os alunos, deveria ter almofadas, um
tapete, livros mais próximos dos alunos onde pudesse ter um contato maior com os
livros e a leitura.
Os alunos gostam muito desse espaço, pois utilizam como momento para
praticar a leitura de maneira mais concentrada e focada, por meio de obras da
literatura infantil de autores, como: Monteiro Lobato, Vinícius de Moraes, Maurício de
Sousa, Flávio de Sousa, etc.
Figura 07: Texto em cartaz
Fonte: arquivo próprio das pesquisadoras
A presença de cartazes colados nas paredes da sala de aula foi outro ponto
positivo que observamos ao longo da visita na sala. Os textos nos cartazes com vários
gêneros textuais auxiliam bastante os alunos na leitura, onde as práticas de ensino da
língua ganham como intenção a escrita. Além disso, os textos expostos pela sala,
ajudam os alunos a desenvolver sua oralidade, pois muitos desses sabem recontar a
história, demonstrando assim o seu entendimento sobre o material lido, com
segurança e confiança.
31
A importância da construção e da compreensão inerentes às produções textuais
e à linguagem é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem de leitura e de
escrita e, nesse contexto, um elemento merece evidência: os gêneros textuais, haja
vista acreditarmos que quando o professor trabalha com diferentes gêneros textuais,
o aluno ativa todos os seus conhecimentos relacionados ao gênero (tais como
características, estrutura e escrita) bem como as estratégias de leitura já que “a
linguagem ocorre de modo contínuo em forma de texto; e como texto, essa linguagem,
de maneira inevitável, acontece num determinado formato genérico e esse formato ou
forma genérica surge da ação dos sujeitos sociais e ações sociais” (SILVEIRA, p.
2009).
De maneira geral, conseguimos observar no trabalho da professora, um grande
esforço e empenho da mesma em está sempre num processo de inovação na busca
de oferecer aos seus alunos o melhor.
3.3 Discussão
A importância do letramento no desenvolvimento intelectual dos alunos é
fundamental, pois habilita o aluno ao hábito da leitura.
Nesse sentido, Dutra (2011), revela que o ato de ler é uma das capacidades
consideradas mais significantes a serem trabalhadas com alunos, sobretudo, após
pesquisas serem realizadas, onde mostram ser a falta de leitura uma das principais
deficiências do aluno em âmbito geral no Brasil.
Assim, entende-se que uma leitura de qualidade concebe a oportunidade de
aumentar a visão do mundo dos alunos. Por intermédio da prática da leitura o
indivíduo pode adquirir consciência das suas obrigações sociais, originando desse
modo a transformação do mundo.
O desenvolvimento da alfabetização e letramento no 3º ano do ensino
fundamental é algo essencial, assim como no 1º e 2 º ano.
Sabe-se que a alfabetização implica em um processo totalmente imprescindível
na vida do ser humano, e ela a grande encarregada pela assimilação e aquisição do
sistema da escrita e também pela aquisição e absorção dos princípios alfabéticos e
ortográficos que permitem o aluno a ler e escrever com mais segurança e autonomia.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa
(2001), para aprender a ler e a escrever é necessário que haja um pensamento voltado
32
para a escrita, onde possa se pensar sobre o que de fato a escrita representa e como
se dá essa representação graficamente na linguagem.
Assim entende-se que são atividades que demanda dos alunos uma atenção
redobrada, tanto no aspecto quantitativo como qualitativo, referente à
correspondência entre segmentos tanto da fala quanto da escrita, em que o aluno
precisa realmente ler, embora ainda não possua essa habilidade de ler e de escrever.
Observa-se que na visão construtivista, o ato de aprender não é espontâneo,
nem ocorre por meio da memorização, entretanto, essa aprendizagem é estabelecida
ou edificada pela atividade do aluno, por intermédio ainda da socialização do
conhecimento cultural, dos símbolos da linguagem oral e escrita, onde constata-se
que aprendizado se dá através da interação do aluno com o objeto de conhecimento,
onde essa interação deve ser mediada pelo professor. Dessa forma, o educando pode
construir de modo ativo seu próprio conhecimento (LERNER, 2002).
Nesse sentido, é pertinente reforçar que a definição de alfabetização merece
ênfase não somente pelo ato de prover a leitura e escrita (codificar e decodificar), mas,
sobretudo, na prática social, onde o ato de ler e de escrever é algo essencial.
Soares (1998) conceitua a alfabetização como o ato de ensinar/aprender a ler
e escrever. Faz-se necessário entender que a criança inicia o processo de letramento
bem antes mesmo de ser alfabetizada, pois ela já conseguir realizar a leitura de
rótulos, de gestos, de emoções etc. Para Rojo (2012, p.78) o contato com o mundo
letrado ocorre muito antes das letras e vai muito além delas.
Com relação a dificuldades na alfabetização e letramento dos alunos, nota-se
que crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem no momento de ler e de
escrever possuem menos habilidade que as outras crianças para utilizar a significação
e a gramática de um texto (NUNES, 1992).
Nesse sentido, Nunes (1992, p.97) mostra que:
[...] nas crianças disléxicas são as que possuem dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita e essas dificuldades muitas vezes acabam sendo maiores do que se almejaria a partir do seu nível intelectual. Essas crianças, ainda que apresentem as mesmas condições que as outras crianças para aprender a ler, recebendo motivação adequada, apoios satisfatórios dos pais e capacidades intelectuais normais ou até mesmo acima do normal, avançam na alfabetização de modo mais lento do que seus colegas da mesma idade e da mesma condição intelectual.
33
Nessa perspectiva, verifica-se mesmo que as crianças que apresentam
dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita geralmente conseguem aprender
de acordo com os outros alunos, porém, apresentando vagarosidade, assim sendo,
entende-se que de maneira geral, as crianças aprendem a ler e escrever
fundamentalmente do mesmo modo, mas alguns conseguem transpor as dificuldades
dessa aprendizagem com mais facilidade e mais segurança do que outras crianças.
Sobre a importância do letramento para despertar o interesse e curiosidade dos
alunos acredita-se que durante a fase da infância, valorizar as atividades lúdicas na
escola e fora dela é essencial para que se possa promover o desenvolvimento e o
conhecimento da criança, sendo o professor um mediador.
Nesse processo, compete ao professor fazer o papel o mediador dessa
construção tornando dessa forma, a aprendizagem da leitura em algo prazeroso e
significativo para o aluno. É na interação com o meio que se determina o início do
desenvolvimento infantil (COELHO, 1986).
Com relação à importância do planejamento e da rotina no ciclo de
alfabetização na perspectiva do letramento, verifica-se que esse planejamento do
trabalho pedagógico se reflete justamente no processo de organização da sala de
aula, onde implica diretamente no processo de ensino e de aprendizagem.
Assim sendo Soares (2004a, p. 20), afirma que para a organização das rotinas
é fundamental considerar e promover uma clareza na definição dos objetivos da
alfabetização e do letramento, partindo do termo conceitual, passando pela definição
das ações, dos procedimentos e, posteriormente, das técnicas para então atingir os
objetivos propostos no planejamento e não somente, constituir “um conjunto de
imposições geradoras de uma prática rotineira”.
Nesse contexto, pode-se afirmar então, que o planejamento do tempo
pedagógico assegura que cada eixo de ensino seja apreciado, sendo inerente e
oportuno ao educador fazer uma reflexão referente ao que ensina e por que ensina.
Soares (2004a), ainda acrescenta que por intermédio do planejamento, pode-
se refletir sobre as nossas decisões enquanto profissionais, considerando para isso,
as habilidades, as possibilidades e os conhecimentos trazidos de casa pelos
educandos.
Dessa maneira, percebe-se que organiza as rotinas de modo inteligente,
poderá direcionar melhor a aula, podendo inclusive prever dificuldades dos alunos,
onde possa se organizar o tempo de modo mais sistemático, sendo assim, flexíveis
34
as estratégias de ensino e, seguramente fazendo uma avaliando os resultados
alcançados.
O estabelecimento de rotinas certamente coopera tanto para a prática de
ensino como para o processo de aprendizagem dos alunos. Pois no planejamento das
rotinas é de suma importância que se estabeleça acordos com base em planejamento
e com objetivos partilhados considerando a organização espacial e temporal para as
tarefas pedagógicas (SOARES, 2004b).
35
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização desse trabalho permitiu conhecer de forma mais consistente sobre
a alfabetização e letramento, possibilitando assim, a ampliação do nosso
conhecimento nesse aspecto.
Percebeu-se que o processo de alfabetizar e letrar, é fundamental que seja
aplicado aos indivíduos na faixa etária adequada para a série, não devendo ser tardio,
pois no caso de alunos de 3º ano, esse processo pode ser mais lento, podendo
dificultar a aprendizagem o processo de alfabetização.
Viu-se que é de suma importância a realização de um trabalho voltado para
alfabetizar letrando, sendo dessa maneira, um trabalho realizado pelo professor, mas
não somente por ele, mas, por todos aqueles exercem participação no aprendizado
dessa criança, ou seja, o ambiente familiar também é muito importante.
O trabalho da professora da escola estudada, é desenvolvido visando sempre o
a alfabetização e letramento de seus alunos. Vimos o quanto ela se preocupa em
proporcionar aos mesmos um ambiente letrado, onde os alunos possam esse contato
direto com a escrita e, dessa forma, praticar a leitura em seu dia a dia escolar.
Constatou-se que a criança, passa por um processo de conhecimento do mundo
letrado, antes mesmo de adentrar os recintos escolares, onde adquire conhecimento
de mundo, aumentando assim, a sua bagagem de saberes do mundo letrado.
Assim sendo, entendemos que a professora está num caminho, onde os alunos
estão tendo direcionamento para serem alfabetizados, por meio de sua criatividade
constatamos uma sala de aula propícia para a prática da leitura e da escrita, onde
torna esse ambiente mais enriquecedor para os alunos.
Dessa maneira, reconhece-se que é muito importante que o professor consiga
executar um trabalho, de modo a contribuir com a ação educativa, desenvolvendo
dessa maneira, a utilização de práticas sociais tanto da leitura quanto da escrita.
Almeja-se que esse estudo, não se esgote por aqui, acredita-se que o assunto é
de fundamental importância que seja abordado por outros pesquisadores, visando
assim, a ampliação dos conhecimentos sobre alfabetização e letramento.
36
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APÊNDICES
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QUESTIONÁRIO
PERGUNTAS DA ENTREVISTA – PROFESSOR
1º) Qual a importância do letramento no desenvolvimento intelectual dos alunos nesta série?
2º) Como se dá o desenvolvimento da alfabetização e letramento no 3º ano do ensino fundamental?
3º) Quais as dificuldades encontradas na alfabetização e letramento?
4º) Qual a importância do letramento para o despertar do interesse e curiosidade dos alunos?
5º) Qual a importância do planejamento e da rotina no ciclo de alfabetização na perspectiva do letramento?
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