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Ministério da Educação
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
LUIS AMÉRICO LUCAS BARBOSA
Uma Breve História Sobre a IATF em Bubalinos na Amazônia
Belém – PA
2019
LUIS AMÉRICO LUCAS BARBOSA
Uma Breve História Sobre a IATF em Bubalinos na Amazônia
Monografia apresentada à Coordenadoria do Curso de
Medicina Veterinária (CCMV) e ao Instituto de Saúde e
Produção Animal (ISPA) da Universidade Federal Rural
da Amazônia para obtenção do título de Bacharel em
Medicina Veterinária.
Área de concentração:
Reprodução Animal
Orientador:
Prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro.
Belém – PA
2019
Barbosa, Luis Américo Lucas
Uma breve história sobre a IATF em bubalinos na Amazônia / Luis
Américo Lucas Barbosa. – Belém, 2019.
67 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) -
Campus universitário de Belém, Universidade Federal Rural da Amazônia,
Belém, 2019.
Orientador: Prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro.
1. Bubalinos - Amazônia 2. Bubalinos - Inseminação artificial 3.
Bubalinocultura 4. Bubalinos - Melhoramento genético I. Ribeiro, Haroldo
Francisco Lobato, orient. II. Título
CDD - 636.292009811
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente pelo módulo Ficat, mediante os dados fornecidos pelo autor
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho ao meu pai, Sr. Edson
Alves Barbosa, e à minha mãe, Srª. Vera Lúcia
de Figueiredo Lucas, que sempre se
empenharam em me proporcionar uma
educação de qualidade, transmitindo virtudes e
valores morais, inerentes a minha formação
intelectual e ética.
AGRADECIMENTOS
À Deus, por existir, dando-me força e sabedoria para vencer o medo, as energias negativas e a
vontade de desistir, que só a autoconfiança e o autoconhecimento me ajudaram a superar;
À Universidade Federal Rural da Amazônia por me proporcionar atividades de ensino, pesquisa
e extensão, onde tive a oportunidade de realizar este curso;
Ao prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro pela orientação, estímulo, amizade e confiança
em meu trabalho;
Ao prof. Dr. Sebastião Tavares Rolim Filho, por seu exemplo de amizade, por me apoiar em
muitas atividades desenvolvidas ao longo do curso, contribuindo muito para a minha
qualificação profissional;
Ao prof. Dr. William Gomes Vale pelo estímulo e confiança em meu trabalho;
Às professoras Drª. Érika Branco e Elaine Guerreiro Giese por me orientarem, estimularem e
me darem subsídios durante o curso para poder apliar meu conhecimento a cerca de histologia
e anatomia descritiva do aparelho reprodutor de primatas não humanos, bem como de técnicas
histológicas e redação científica, iniciando meus primeiros ensaios para a elaboração de artigos
científicos;
À médica veterinária Anelise Sarges Ramos pela amizade, apoio, paciência, estímulo e
confiança durante nossos experimentos com sêmen de bubalinos e caninos, a qual devo muita
consideração por todo o conhecimento prático e teórico adquirido sobre tecnologia do sêmen;
A outros amigos que a medicina veterinária me deu como Marina Macêdo, Moisés Lima,
Wilton Lima, Gustavo Aliguiere, Guto Moraes, Marcus Kayano e Iago Rodrigues pela amizade,
conselho, estímulo, e por considerá-las amizades recíprocas, pois estas pessoas sempre me
ajudaram durante o curso, criando elos de amizade e confiaça;
Por útilmo, e não menos importante, aos meus pais que sempre me deram suporte e motivação
para me dedicar ao máximo ao curso, e conseguir ser motivo de orgulho para eles.
EPÍGRAFE
“Não se conhece completamente uma ciência enquanto não se souber da sua história. ”
Auguste Comte (1798 – 1857)
RESUMO
A história da IATF em bubalinos na Amazônia completa 35 anos, a contar da primeira
publicação de 1984 que retratou um experimento pioneiro na região com a indução ao estro de
10 fêmeas bubalinas inseminadas após a detecção de sinais de cio. Essa revisão monta uma
visão retrospectiva e diacrônica da IATF na Amazônia Legal, a contar dos primórdios da IA na
Amazônia, alicerce de estudos para a construção de sua breve história, ligada ao uso
experimental de diferentes protocolos hormonais, com hormônioterapias específicas para
bubalinos, fruto de incansáveis testes com o propósito de estabelecer um protocolo ideal para
bubalinos criados na região. O trabalho realizou uma revisão sistemática da bibliografia escrita
e verbal existente sobre IATF em bubalinos na região, indicando novos rumos para futuras
investigações. Para isto, adotou-se uma estratégia de busca que incluem estudos publicados
desde a introdução da inseminação artificial na Amazônia, que continham espaços amostrais ≥
10 animais, e identificados os métodos de pesquisa utilizados. Foi feita uma análise criteriosa
da qualidade e validade da literatura relacionada ao uso da IATF, através da seleção de
monografias, dissertações, teses, e resumos publicados em jornais, anais de congressos
regionais, nacionais e internacionais, revistas especializadas, sites de instituições
governamentais e também através da informação verbal de dados não publicados obtidos de
especialistas que atuam com a reprodução animal da espécie bubalina na região. Foram
revisados um total de 31 trabalhos desenvolvidos na Amazônia Legal. Destes trabalhos, dois
foram sobre as primeiras inseminações artificiais com uso de PGF2α e observação de cio; um
sobre sincronização de cio através de dispositivo intravaginal de progesterona com observação
de cio; três obtidos através de dados fornecidos por informação verbal de especialistas; e 25
revisões sobre experimentos utilizando 22 protocolos de IATF diferentes (a saber nas listas de
protocolos e tabelas) com algumas adaptações quanto a via de aplicação, dosagens hormonais,
e tempo decorrido da aplicação do indutor de ovulação até a IATF. A partir dos dados colhidos
na literatura, um total de 5.047 búfalas, entre as raças Murrah e Mediterrâneo, foram submetidas
a protocolos de IATF dentro dos Estados do Pará, Amapá, Maranhão e Rondônia, os quais
representam alguns dos Estados que pertencem à Amazônia Legal. Entre os protocolos mais
usados em 35 anos estão o Ovsynch e o DIP+BE/PGF2+eCG/GnRH/IATF.
Palavras-chave: Bubalus bubalis – Amazônia Legal; protocolos hormonais – Inseminação
Artificial; bubalinocultura – Amazônia Legal; melhoramento genético.
ABSTRACT
The history of IATF in buffaloes at Amazon complete 35 years old, since the first publication
of 1984 that portrayed a pioneering experiment in the region with the estrus induction of 10
buffaloes females inseminated after the detection of signs of estrus. This review builds a
retrospective and diachronic view of the IATF at Legal Amazon, starting from the beginnings
of AI at Amazon, the foundation of studies for the construction of its brief history, linked to the
experimental use of different hormonal protocols, with specific hormonal therapies for
buffaloes, fruit of tireless tests with the purpose of establishing an ideal protocol for buffaloes
raised in the region. The work carried out a systematic review of the existing written and verbal
literature on IATF in buffaloes in the region, indicating new directions for future investigations.
For this, a search strategy was adopted, including studies published since the introduction of
artificial insemination at Amazon, which contained sample spaces ≥ 10 animals, and identified
the research methods used. A careful analysis of the quality and validity of the literature related
to the use of IATF was made through the selection of monographs, dissertations, theses and
abstracts published in newspapers, annals of regional, national and international congresses,
specialized magazines, government institutions websites and also through the verbal
information of unpublished data obtained from specialists who work with the animal
reproduction of buffalo inside amazon region. A total of 31 works developed at Legal Amazon
were reviewed. Of these works, two were about the first artificial inseminations with estrus
observation using PGF2α to estrus induction; one on estrus synchronization through
intravaginal progesterone device with estrus observation; three obtained through data provided
by verbal information from specialists; and 25 reviews on experiments using 22 different IATF
protocols (lists of protocols and tables) with some adaptations as to the route of application,
hormonal dosages, and elapsed time from the application of the ovulation inducer to the IATF.
From the data collected in the literature, a total of 5,047 buffaloes femeles, between the Murrah
and Mediterranean races, were submitted to IATF protocols within the states of Pará, Amapá,
Maranhão and Rondônia, which represent some of the States that belong to the Legal Amazon.
Among the most used protocols in 35 years are the Ovsynch and the
DIP+BE/PGF2+eCG/GnRH/IATF.
Keywords: Bubalus bubalis - Legal Amazon; hormonal protocols – Artificial Insemination
Artificial; buffaloes breeding – Legal Amazon; genetical enhancement.
LISTA FIGURAS
Figura 01. Protocolo CL+PGF2α/IA, testado por Vale et al., em 1984, na induçõa ao cio das
primeiras búfalas submetidas a IA convencional; e por Ribeiro em 1998. Fonte: o autor........ 20
Figura 02. Protocolo CL+PGF2α/GnRH+IATF, testado por Sousa, 1999; e Nunes, 2010.
Fonte: o autor............................................................................................................................ 23
Figura 03. Protocolo Ovsynch com IATF 12h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo,
2002; Ribeiro 2003; Queiroz, 2003; Vale, 2006; Couto, 2007; Quinta, 2018; e Rolim Filho,
2018. Fonte: o autor.................................................................................................................. 25
Figura 3.1. Protocolo Ovsynch com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo,
2002; Ribeiro, 2005; Silva, 2003; e Rolim Filho, 2009. Fonte: o autor.................................... 24
Figura 3.2. Protocolo Ovsynch com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro,
2005; e Picanço, 2006. Fonte: o autor....................................................................................... 29
Figura 3.3. Protocolo Ovsynch com IATF imediatamente após a 2ª dose de GnRH (00:00h),
testado por Silva, 2003; e Rolim Filho, 2009. Fonte: o autor.................................................... 28
Figura 3.4. Protocolo Ovsynch com IATF 18h após a 2ª dose de GnRH, testado por Tanaka,
2007. Fonte: o autor.................................................................................................................. 33
Figura 04. Protocolo Crestar® com IATF 24h e 48h após a retirada do DIP, testado por Martins,
2002. Fonte: o autor.................................................................................................................. 26
Figura 05. Protocolo Ovsynch Plus testado por Ribeiro, 2003; Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e
Quinta, 2018. Fonte: o autor...................................................................................................... 27
Figura 5.1. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por
Ribeiro, 2005. Fonte: o autor.................................................................................................... 29
Figura 5.2. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por
Ribeiro, 2005; e Picanço, 2006. Fonte: o autor.......................................................................... 29
Figura 5.3. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testatdo
por Pamplona, 2011. Fonte: o autor.......................................................................................... 37
Figura 5.4. Protocolo Ovsynch Plus + eCG, testado por Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e Rolim
Filho, 2018. Fonte: o autor........................................................................................................ 36
Figura 5.5. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 18h após a segunda dose de GnRH,
testado por Tanaka em 2007. Fonte: o autor.............................................................................. 33
LISTA FIGURAS
Figura 06. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/hCG + GnRH/IATF, testado por Vale, 2006.
Fonte: o autor............................................................................................................................ 31
Figura 07. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Vale, 2006. Fonte: o
autor.......................................................................................................................................... 31
Figura 08. Protocolo CL-synch com IATF após 16h da 2ª dose de GnRH, testado por Picanço,
2006. Fonte: o autor.................................................................................................................. 32
Figura 09. Protocolo de 10 dias DIP + BE/PGF2/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007. Fonte:
o autor....................................................................................................................................... 34
Figura 9.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2α/GnRH/IATF, testado por Pfeifer, 2013; e
Rolim Filho, 2018. Fonte: o autor..............................................................................................38
Figura 10. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007. Fonte:
o autor....................................................................................................................................... 34
Figura 10.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Lima em
2016; Neto, 2016; Lima, 2016; Lima, 2016; Lima, 2016; Ribeiro, 2017; Lima, 2017; Martins,
2017; Ribeiro, 2018; Quinta, 2018; e Rolim Filho, 2018. Fonte: o autor.................................. 39
Figura 11. Protocolo CL + DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Lima, 2016.
Fonte: o autor............................................................................................................................ 40
Figura 12. Protocolo D22 + BE com IATF 58h e 70h após a retirada do 1º DIP e 50h após a
retirada do 2º DIP, testado por Lima, 2016. Fonte: o autor....................................................... 41
Figura 13. Protocolo GnRH/PGF2α/Hcg/IATF, com IATF 16h após a dose de hCG, testado
por Bezerra, 2016. Fonte: o autor.............................................................................................. 42
Figura 14. Protoclo GnRH/PGF2α+ eCG/BE/IATF com IATF 16h após a dose de BE, testado
por Bezerra em 2016. Fonte: o autor......................................................................................... 42
Figura 15. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 40h após a 2ªdose de BE,
testado por Bezerra, 2016. Fonte: o autor.................................................................................. 42
Figura 16. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 16h após a 2ª dose de BE,
testado por Bezerra, 2016. Fonte: o auto................................................................................... 42
LISTA FIGURAS
Figura 17. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG + ATB + Vacina/GnRH/IATF, testado por Lima,
2017. Fonte: o autor.................................................................................................................. 45
Figura 18. Protocolo DIP + BE + PGF2α/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Martins,
2017. Fonte: o autor.................................................................................................................. 46
Figura 19. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF/Progesterona, testado por Ribeiro
em 2018. Fonte: o autor............................................................................................................. 47
Figura 20. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Quinta em 2018.
Fonte: o autor............................................................................................................................ 48
Figura 21. Protocolo DIP + BE/PGF2 + FSH/GnRH/IATF, testado por Rolim Filho em 2019.
Fonte: o autor............................................................................................................................ 50
Figura 22. Protocolo DIP + BE + FOSFOSAL®/PGF2α + eCG + FOSFOSAL®/GnRH,
testado por Lima em 2019. Fonte: o autor................................................................................. 51
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: protocolos hormonais testados por Sousa em 1999. Fonte: o autor....................... 23
Tabela 02. Protocolos usados no trabalho de Camelo, publicado em 2002. Fonte: o autor..... 25
Tabela 03. Avaliação da taxa de ovulação do protocolo Crestar® testado por Martins em 2002:
Norgestomet + VE/eCG/IATF. Fonte: o autor.......................................................................... 26
Tabela 04. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2003. Fonte: o autor..................... 27
Tabela 05. Dados do protocolo testado por Queiroz em 2003. Fonte: o autor......................... 27
Tabela 06. Dados dos protocolos Ovsynch testados por Silva em 2003. Fonte: o autor.......... 28
Tabela 07. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2005. Fonte: o autor..................... 29
Tabela 08. Dados dos protocolos testados por Vale em 2006. Fonte: o autor.......................... 30
Tabela 09. Dados do protocolo testado por Picanço em 2006. Fonte: o autor......................... 32
Tabela 10. Dados dos protocolos testados por Couto em 2007. Fonte: o autor........................ 32
Tabela 11. Protocolos testados por Tanaka em 2007. Fonte: o autor....................................... 34
Tabela 12. Protocolo Ovsynch testado por Rolim Filho em 2009. Fonte: o autor................... 35
Tabela 13. Dados dos protocolos testados por Pinto em 2010. Fonte: o autor......................... 36
Tabela 14. Dados do protocolo testado por Nunes em 2010. Fonte: o autor........................... 37
Tabela 15. Dados do protocolo Ovsynch Plus + eCG testado por Pamplona em 2011. Fonte: o
autor.......................................................................................................................................... 37
Tabela 16. Dados do protocolo testado por Pfeifer em 2013. Fonte: o autor........................... 38
Tabela 17. Dados do protocolo testado por Neto em 2016. Fonte: o autor.............................. 39
Tabela 18. Dados dos protocolos testados por Lima em 2016. Fonte: o autor......................... 39
Tabela 19. Protocolos testados por Lima em 2016. Fonte: o autor........................................... 40
Tabela 20. Protocolo D22 + BE testado por Lima em 2016. Fonte: o autor............................ 41
Tabela 21. Protocolos testados por Bezerra em 2016. Fonte: o autor....................................... 42
Tabela 22. Protocolos testados por Ribeiro em 2017. Fonte: o autor....................................... 44
Tabela 23. Protocolos testados por Lima em 2017. Fonte: o autor........................................... 44
Tabela 24. Dados dos protocolos testados por Martins em 2017. Fonte: o autor..................... 45
LISTA DE TABELAS
Tabela 25. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2018. Fonte: o autor..................... 46
Tabela 26. Protocolos testados por Quinta em 2018. Fonte: o autor........................................ 48
Tabela 27. Protocolos testados por Rolim Filho em 2018. Fonte: o autor................................ 49
Tabela 28. Protocolos testados por Rolim Filho em 2019. Fonte: o autor................................ 50
Tabela 29. Protocolos testados por Lima em 2019. Fonte: o autor........................................... 51
Tabela 30. Protocolos hormonais mais utilizados e seus respectivos custos em reais. Fonte: o
autor.......................................................................................................................................... 56
LISTA DE SIGLAS
IA Inseminação Artificial
IATF Inseminação Artificial em Tempo Fixo
Promebull Programa de Melhoramento Genético em Búfalos
TES/TRIS Tris-hidroxi-methil-amino-ethan
DIP Dispositivo Intravaginal de Progesterona
IAP Implante Auricular de Progesterona
ECC Escore de Condição Corporal
GnRH Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
FSH Hormônio Folículo Estimulante
BE Benzoato de Estradiol
VE Valerato de Estradiol
PGF2α Prostaglandina 2α
eCG Gonadotrofina Coriônica Equina
hCG Gonadotrofina Coriônica Humana
CL Corpo Lúteo
UI Unidades Internacionais
mg miligramas
µg microgramas
IM Intramuscular
CIDR® Controlled Internal Drug Releasing
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica
ASBIA Associação Brasileira de Inseminação Artificial
SEDAP Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário do Pará
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FCAP Faculdade de Ciências Agrárias do Pará
Ufra Universidade Federal Rural da Amazônia
UFPA Universidade Federal do Pará
PA Pará
FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations
MAPA Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 16
2 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................ 19
3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... ....... 19
3.1 Da IA convencional à IATF............................................................................................. 19
3.2 Retrospectiva cronológica da IATF em bubalinos na Amazônia Legal...................... 22
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 50
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 57
APÊNDICE..............................................................................................................................63
16
1 INTRODUÇÃO
O rebanho bubalino brasileiro possui cerca de 948,103 mil cabeças, sendo a região
Norte, que ocupa a maior parte da Amazônia Legal, a que apresenta maior densidade
populacional da espécie com 679,704 mil animais; a maior produtora do País. O Estado do
Amapá detém 23,61% do rebanho bubalino nacional, porém é o Estado do Pará que assume o
papel de destaque na bubalinocultura regional por conter 33,83% do rebanho nacional, ou
320,784 mil cabeças habitando em sua maior parte, áreas de várzea e terra firme que se
estendem do médio Amazonas até a sua foz, na costa norte da Ilha do Marajó. As regiões
nordeste e sudeste do país vem logo em seguida, com 125,933 mil e 82,212 mil cabeças,
respectivamente. E entre os municípios da região, Chaves, na Ilha do Marajó – PA, detém o
maior contigente populacional de bubalinos da Amazônia, e do país, com cerca de 109.741
cabeças. A Amazônia Legal é composta por todos os Estados do Norte, incluindo o Mato
Grosso e parte do Maranhão (mapa 01), e contém 748,255 mil cabeças de bubalinos; o clima
predominante é o equatorial, quente e úmido (em média 27ºC) com chuvas abundantes no
período de janeiro a março (IBGE, 2017).
Mapa 01. Mapa da distribuição populacional de bubalinos no Brasil, destacando a Amazônia Legal que concentra
78,92% do rebanho nacional.
Fonte: Adaptado do Censo Agropecuário de 2017, IBGE.
Genuinamente, o búfalo doméstico (Buballus bubalis) é nativo da Ásia, passou pela
África e Europa para então ser introduzido no continente americano. Alguns autores narram
que os primeiros búfalos teriam entrado na Amazônia brasileira em meados da década de 1890,
17
transportados por foragidos da Guiana Francesa que desembarcaram na costa norte da Ilha do
Marajó, aonde hoje localiza-se o município de Chaves-PA. Contudo, oficialmente, a migração
dessa espécie exótica foi confirmada em 1902 com a importação de búfalos da raça
Mediterrâneo, provenientes da Itália, realizada pelo Sr. Bertino Lobato de Miranda para a sua
Fazenda São Joaquim, às margens do rio Arari, no Marajó. Outra importação que ficou muito
conhecida foi a de 1906, realizada pelo criador Sr. Vicente Chermont de Miranda, o qual
introduziu o búfalo “rosilho”, da raça Carabao, em suas Fazendas Dunas e Ribanceira, dentro
do município de Chaves. A partir de então, outros criadores do país começaram a importar estas
e outras raças de bubalinos para regiões que hoje correspondem ao Recôncavo Baiano, sul do
Estado de São Paulo e centro-sul de Minas Gerais. Atualmente estão distribuídos em todo o
território nacional, onde encontram-se inseridos em atividades de tração animal, e produção de
carne e leite. As raças mais comuns no país são: Mediterrâneo, Murrah, Jafarabadi e Carabao,
além do tipo baio (Santiago, 2000; Bastianetto, 2009).
Os búfalos representam uma importante fonte alternativa de proteína animal, não só por
produzirem carne e leite mais saudáveis, mais também por possuírem uma ótima conversão
alimentar, aproveitando melhor as pastagens nativas de baixo valor nutritivo, em áreas de difícil
utilização por outras espécies de animais e vegetais. Sua elevada adaptabilidade as condições
edafoclimáticas da região amazônica o consagra como uma alternativa viável, por ser um
animal capaz de produzir e se reproduzir em áreas adversas e ociosas de pastagens nativas, em
terrenos de várzea, onde outras espécies de ruminantes mal conseguem sobreviver (Lourenço
Júnior, 2008).
A importância da espécie bubalina está ligada à sua dupla habilidade de produção tanto
de carne quanto de leite, mais também na sua força de tração, levando notoriedade à espécie no
cenário econômico mundial e a investimentos em programas tecnológicos para a
bubalinocultura, semelhantes aos desenvolvidos em bovinos. Estes programas visam obter um
melhoramento genético dos rebanhos bubalinos existentes no país e consequentemente um
aumento da produtividade dos mesmos, e controle sobre os índices zootécnicos (Zorzetto,
2013).
Na região amazônica a bubalinocultura apresenta características extremamente
extensivas, em grandes áreas de várzea, que proporcionam um habitat com excelentes condições
de adaptabilidade para criação de bubalinos, constituído de pastos nativos da região. Contudo,
a maioria dos criatórios da região não traduzem o potencial que a espécie poderia render para a
18
economia regional. Apesar dessa atividade estar se desenvolvendo cada vez mais na região,
principalmente no Estado do Pará com a produção de queijo e carnes Premium de baby buffalo,
seus níveis de produção e produtividade ainda estão muito ineficientes e insuficientes para
atender a constante demanda. Este problema pode ser associado, em grande parte, aos sistemas
ultra extensivos de criação predominantes, somente com pastagens nativas, sem cercas e
praticamente sem nenhum controle sanitário e manejo reprodutivo dos rebanhos (Picanço,
2006).
A implantação de biotecnologias aplicadas a reprodução animal, como a inseminação
artificial (IA), torna-se indispensável, uma vez que possibilita a disseminação de genes
superiores, além do incremento no ganho genético de características desejáveis para a espécie,
alcançando a melhoria no desempenho produtivo e reprodutivo desses animais. No entanto,
uma das dificuldades para adequar a IA às búfalas são as dificuldades de detecção do cio e o
longo período anovulatório da espécie, o que causa sérios prejuízos aos criadores. Gargalo este
sobrepujado com o advento de protocolos hormonais para indução e sincronização de cio,
possibilitando concentrar e programar a IA de vários animais em um mesmo período de tempo,
o que passou a se chamar de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) (Couto, 2007).
Em 2017, através de um convênio firmado entre a SEDAP (Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário do Pará) e a Embrapa Amazônia Oriental, com seus
respectivos parceiros, começaram a ser realizadas ações no Pará em prol do Programa de
Melhoramento Genético em Búfalos implementado no Pará (Promebull Pará), com a finalidade
de desenvolver pesquisa acerca do melhoramento genético em bubalinos e, consequentemente,
a difusão e transferência de tecnologia de forma mais consistente e acessível para os produtores
interessados em melhorar e fortalecer a cadeia produtiva da carne e do leite, na bubalinocultura
regional. O programa visa o emprego de biotecnologias da reprodução, como a IATF e a PIVE,
para disseminar a variabilidade genética com a inserção de genes de qualidade superior das
linhagens brasileiras oriundas de pesquisas da Embrapa Amazônia Oriental, e da importação de
sêmen e embriões de linhagens estrangeiras, provenientes de países detentores da base genética
dos búfalos domésticos, a exemplo da Índia (raça Murrah e Nili Ravi) e da Itália (raça
Mediterrâneo). O projeto visa imprimir qualidade ao rebanho bubalino no Estado do Pará, para
que em pouco tempo sirva de base para um Teste de Progênie que alimentará a elaboração de
um catálogo de reprodutores e matrizes, geneticamente superiores, que poderá ser disseminado
para outras unidades federativas da república do Brasil. Segundo a ASBIA, 2017, a produção
19
de doses de sêmen bubalino no Brasil chegou a alcançar 13.790 palhetas em 2016; 14,4% maior
que a de 2015, que correspondeu a 11.803 doses de sêmen.
Assim como o Promebull Pará nos últimos dois anos, vários outros experimentos foram
realizados ao longo das últimas duas décadas com a sincronização da ovulação de bubalinos,
testando variadas adaptações de protocolos disponíveis, e correlacionando-os a alguns fatores
limitantes ao uso da IATF, para comprovar a eficácia do uso desta biotecnologia em búfalas na
região amazônica, bem como a sua viabilidade através da redução de custos para torná-la mais
atraente aos criadores, favorecendo avanços no melhoramento genético da espécie na região.
Portanto, essa revisão bibliográfica busca construir uma visão retrospectiva e diacrônica
da IATF na Amazônia Legal, começando a contar sobre os primórdios da IA na região, alicerce
de estudos para a construção de sua breve história, ligada ao uso experimental de diferentes
protocolos hormonais, com hormônioterapias específicas para bubalinos, fruto de incansáveis
testes com o propósito de estabelecer um protocolo ideal para bubalinos criados na Amazônia.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho buscou realizar uma revisão sistemática da bibliografia escrita e verbal
existente sobre IATF em bubalinos na região amazônica, indicando novos rumos para futuras
investigações. Uma estratégia de busca foi adotada incluindo estudos publicados desde a
introdução da inseminação artificial na Amazônia, que continham espaços amostrais ≥ 10
animais, e identificados os métodos de pesquisa utilizados. Esta revisão fez uma análise
criteriosa da qualidade e validade da literatura relacionada ao uso da IATF, através da seleção
de trabalhos publicados em jornais, anais de congressos regionais, nacionais e internacionais,
revistas especializadas, sites de instituições governamentais e também através da informação
verbal de dados não publicados obtidos de especialistas que atuam com a reprodução animal da
espécie bubalina na Amazônia.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Da IA convencional à IATF
A IA convencional teve os seus priemeiros ensaios na Amazônia no início da década de
1980, através de um trabalho de pesquisa realizado pelo Laboratório de Reprodução Animal da
Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), atualmente Ufra, Belém do Pará, em parceria
com a Escola Superior de Medicina Veterinária de Hannover – República Federativa da
Alemanha – e os criadores Sr. Liberato de Castro (proprietário das Fazendas Itaqui e São
20
Joaquim) e Sr. João Monteiro (proprietário da Fazenda São Marçal) que cederam a infra-
estrutura, deixando os seus animais à disposição para a realização dos experimentos. A priori,
pela indisponibilidade de doses de sêmen bubalino, em 1978, iniciaram-se projetos, na FCAP,
de colheita e criopreservação de sêmen bubalino de touros selecionados na região. Muitos
experimentos foram realizados até se conseguir uma criopreservação de sêmen a campo com
êxito do touro Murrah chamado “Rajá”, na Fazenda Itaqui, localizada a 70 km de Belém.
Fazendo uso de um diluidor a base de gema de ovo e TES/TRIS como substância tampão, os
pesquisadores Prof. Haroldo Ribeiro e Prof. William Vale, ambos da FCAP, obtiveram
resultados satisfatórios em testes a campo que resultaram nos primeiros bezerros bubalinos
gerados através da deposição mecânica de sêmen no corpo uterino, em 1982, na Fazenda São
Joaquim, localizada na região central do Marajó. Este projeto, considerado pioneiro na
Amazônia, repercutiu pelo Brasil e por outros países da América Latina, após a publicação em
uma matéria do Jornal O Liberal de 28 de agosto de 1983 (domingo). Na fazenda São Marçal,
também nasceram alguns bezerros gerados por esta biotecnica da reprodução animal, mas com
a utilização de sêmen da raça Carabao, doado pela FAO (Food and Agriculture Organization of
the United Nations) e importado da Alemanha através do Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (MAPA).
No início da década de 1980, Vale et al. (1984), realizaram um estudo na Fazenda São
Joaquim, em Santa Cruz do Arari – Marajó. 25 fêmeas bubalinas lactantes, mestiças entre as
raças Murrah e Mediterrâneo, mantidas em regime extensivo com pastagem nativa em área de
várzea, foram submetidas a avaliação ginecológica completa, sendo descartadas 15 com
problemas de infecção uterina, e selecionadas 10 para serem inseminadas artificialmente.
Nestas búfalas selecionadas, foi aplicado 2ml de PGF2α (D-cloprosternol) no dia da avaliação,
sendo observado o cio às 6:00, 12:00 e 18:00 horas, durante três dias. As 10 fêmeas
selecionadas, foram observadas até a manifestação de sinais de estro, sendo inseminadas logo
em seguida. Todas foram inseminadas até as 72h após a aplicação de PGF2α (figura 01), com
doses de sêmen congeladas pelo Laboratório de Reprodução Animal da FCAP. A maior
manifestação de cio com contração uterina, corrimento de muco característico e vulva
edemaciada ocorreu entre 48 e 72 horas após a administração IM (Intramuscular) de PGF2α. A
taxa de prenhez foi de 60% (06/10), diagnosticadas por radioimunoensaio na Alemanha.
Todavia, no ano seguinte nasceram quatro bezerros, resultando numa taxa de parição de
66,66%.
21
Figura 01. Protocolo CL+PGF2α/IA, testado por Vale et al., em 1984, na induçõa ao cio das primeiras búfalas
submetidas a IA convencional; e por Ribeiro em 1998.
Fonte: O autor.
Segundo Ribeiro (2007), o estudo de sua equipe com IA em búfalas publicado por Vale
et al., em 1984, foi o primeiro experimento utilizando um fármaco indutor de estro com a
finalidade de sincronizar a ovulação de búfalas para a IA com observação de cio na região
amazônica. A partir de então, foram desenvolvidos outros estudos, que buscaram sobrepujar as
dificuldades da detecção do cio na espécie bubalina, o qual se manifesta de forma silenciosa
principalmente no período noturno. Apesar das búfalas serem poliestricas contínuas de cios
longos, quando criadas em condições climáticas equatoriais, a manifestação destes ocorre em
amplitudes de duração muito variáveis com cerca de 24 horas de diferença. Isso se deve às
búfalas apresentarem dinâmicas foliculares diferentes entre si, bem como a não liberação
adequada do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), causada pela inatividade ovariana
pós-parto com o bloqueio do eixo hipotalâmico-hipofisário. Esta incapacidade no
desenvolvimento final dos folículos para que ocorra a ovulação pode estar relacionada à
presença do bezerro, a distúrbios alimentares no período de transição, ao balanço energético
negativo, ao desenvolvimento de anestro puerperal patológico (fatores limitantes que aumentam
o intervalo entre partos), mais também ao estresse térmico, as dificuldades de manejo racional
dos animais e acesso a pastagens de melhor qualidade na região. Todos estes entraves, bastante
frequentes em criações extensivas da região, associado ainda ao baixo comportamento
homossexual das búfalas durante o estro, dificultam ainda mais o manejo reprodutivo do
rebanho, e consequentemente a eficiência do uso da IA convencional.
Vislumbrando sincronizar melhor o cio de fêmeas bubalinas, e tratar problemas de
fertilidade pós-parto, novos estudos embasados em tratamentos hormonais desenvolvidos para
bovinos, foram realizados na região amazônica em bubalinos. Com o advento do protocolo
hormonal Ovsynch, foram desenvolvidos experimentos em fêmeas bubalinas a fim de testar o
efeito do GnRH, como indutor de ovulação, intercalado a uma dose de prostaglandina PGF2α
(agente luteolítico), na sincronização do cio de búfalas, passando-se a programar o dia e horário
da inseminação, biotécnica esta conhecida como IATF. Os primeiros resultados obtidos foram
considerados satisfatórios em búfalas cíclicas, com bom escore de condição corporal (ECC), no
22
entanto a resposta ao tratamento não foi eficaz para búfalas lactantes, com bezerro ao pé, ou
acíclicas em anestro pós-parto. Por esta razão, outros hormônios passaram a ser adicionados ao
protocolo Ovsynch, como alguns prostágenos, visando sincronizar melhor as ondas foliculares
dos animais tratados, induzindo exógenamente o retorno ao cio dos animais acíclicos. Mais
tarde, com o avanço das pesquisas, adaptações foram feitas com o uso de outros indutores de
ovulação (estrógenos) acrescidos de indutores de crescimento folicular como a gonadotrofina
coriônica equina (eCG), e a gonadotrofina coriônica humana (hCG), para induzir o retorno ao
cio pós-parto, melhorando a eficiência do emprego da IATF em bubalinos na região amazônica,
comprovada pela obtenção de taxas de prenhez superiores.
3.2 Retrospectiva cronológica da IATF em bubalinos na Amazônia Legal
Ribeiro, em 1998, realizou um estudo que avaliou o efeito de doses reduzidas de
protaglandina PGF2α na indução do estro e na taxa de gestação em búfalas. 96 fêmeas
bubalinas, pluríparas, entre as raças Murrah e Mediterrâneo, com faixa etária de seis a oito anos,
e criadas em regime semi-extensivo com pastagem cultivada de Brachiaria humidicula,
suplementadas com sal mineral ad libidum, foram divididas em três grupos: grupo A constituído
por 30 búfalas em lactação com bezerro ao pé e corpo lúteo palpável, que receberam 250µg de
D-cloprosternol via sub-mucosa vulvar; grupo B constituído por 34 fêmeas sem bezerro ao pé,
as quais receberam o mesmo tratamento do grupo A. Ambos os grupos de animais não
demonstraram sinais de cio nos primeiros 11 dias após o tratamento, por isso outra dose de
250µg de D-cloprosternol foi administrada nas 64 fêmeas bubalinas. O grupo C, com 32 fêmeas,
serviu como grupo controle sem receber nenhum tratamento hormonal. Em todos os grupos
foram feitas duas observações de cio diárias, de manhã e de tarde, e também foram usados dois
touros rufiões com buçal marcador para detectar o cio das búfalas responsivas ao tratamento.
As fêmeas do grupo A foram inseminadas de acordo com a detecção da presença de sinais de
estro, enquanto as fêmeas do grupo B foram inseminadas entre 72 e 96h após a aplicação da
segunda dose de PGF2α. Ao todo, 62,5% dos animais tratados (grupos A e B), e 21,8% do
grupo C, apresentaram sinais de estro após quatro dias do tratamento. Depois de 21 dias, 84,3%
dos animais induzidos apresentaram cio novamente, contra 59,3% do grupo C. Das 30 fêmeas
tratadas do grupo A, 25 apresentaram sinais de cio e 19 foram inseminadas, das quais 17
(89,4%) ficaram gestantes. No grupo B, das 34 fêmeas tratadas, 29 mostraram sinais de cio e
das 26 búfalas inseminadas, 13 (50%) tornaram-se gestantes. Já no grupo C, das 19 fêmeas
inseminadas, 13 (68,4%) tiveram a prenhez confirmada. O autor concluiu que o D-
23
cloprosternou, aplicado em doses reduzidas (250µg), via sub-mucosa vulvar, é um método
eficiente e economico de indução ao cio para fêmeas bubalinas. Contudo não houve diferença
significativa entre a taxa de prenhez total das fêmeas induzidas (66,6%) em relação a do grupo
controle (68,4%).
Sousa, em 1999, avaliou a eficiência do GnRH na taxa de prenhez de fêmeas bubalinas
induzidas ao cio com D-cloprostenol. Foram utilizadas 54 búfalas mestiças entre as raças
Murrah e Mediterrâneo, com faixa etária de 6 a 8 anos de idade, criadas em regime semi-
extensivo de pastagens cultivadas com capim Quicuio da Amazônia (Brachiaria Humidícula),
com suplementação mineral fornecida em cocho ad libitum. Os animais foram divididos em
três grupos: grupo A com 12 búfalas selecionadas pela presença do corpo lúteo (CL), as quais
receberam 1,0 ml (250 µg) de D-cloprostenol via sub-mucosa vulvar para indução do cio e
250µg de GnRH, no dia da inseminação (figura 02); o grupo B com 21 animais selecionados
pela presença do CL, os quais receberam somente 1,0 ml (250µg) de D-cloprostenol via sub-
mucosa vulvar (figura 01); e o grupo C com 21 animais serviu como grupo controle. O
tratamento (PGF2α + GnRH) aplicado no grupo A apresentou diferença significativa (P > 0,05)
na sincronização do cio, na taxa de prenhez, no intervalo de tratamento e detecção do cio, em
relação ao grupo B e ao grupo C. A taxa de prenhez do grupo A foi de 75%, 62% a do grupo B
e 61,9% a do grupo C. O autor considerou que o D-cloprostenol, em doses reduzidas (250µg)
via sub-mucosa vulvar, foi eficaz na indução do cio, e o tratamento com GnRH no dia da
inseminação, também se mostrou eficiente no aumento da taxa de prenhez em búfalas criadas
na região amazônica.
Tabela 01. Dados dos protocolos hormonais testados por Sousa, em 1999.
Nº D0 D3 Taxa de prenhez
12 búfalas CL + 250µg de D-cloprosternol 250µg de GnRH + IATF 75%
21 búfalas CL + 250µg de D-cloprosternol IATF 62%
Fonte: O autor.
Figura 02. Protocolo CL+PGF2α/GnRH+IATF, testado por Sousa, 1999; e Nunes, 2010.
Fonte: O autor.
24
Coroa, 1999, avaliou o tratamento com a fonte de progesterona CIDR® (Controlled
Internal Drug Releasing) e desmama de 48 horas, na indução, sincronização e retorno da
atividade reprodutiva pós-parto em relação as variáveis: ECC (escala de 1 a 5), tempo de anestro
puerperal e faixa etária dos animais. O experimento contou com 80 búfalas mestiças das raças
Murrah e Mediterrâneo (Bubalus bubalis) com faixa etária de três a onze anos de idade, paridas
a mais de 70 dias, em anestro pós-parto e amamentando. Foram realizados dois experimentos
iguais, sendo um (experimento M) em regime extensivo em pastagem natural de várzea e o
outro (experimento D) em regime extensivo de pasto artificial em terra firme. Cada experimento
foi constituído de dois grupos (MI\MII e DI\ DII) de 20 animais em cada grupo, sendo que dois
receberam tratamento (MI e DI) e dois são grupos controle (MII e DII). O tratamento consistiu
na introdução do dispositivo intravaginal de progesterona (DIP) CIDR®, concomitante com a
injeção intramuscular de 2 mg de benzoato de estradiol (BE), sendo mantido o dispositivo por
nove dias. No sétimo dia do tratamento, as vacas foram submetidas ao desmame de 48 horas,
apartando-as dos bezerros, no nono dia foi retirado o DIP e no décimo aplicado mais 1mg de
BE. Segundo o autor, o ECC ≤ 2 foi limitante na resposta ao tratamento no experimento M,
onde não houve indução de cio, pois os animais do grupo MI encontravam-se todos dentro deste
escore. Quanto ao grupo MII, os três únicos animais com ECC > 2 entraram em cio
naturalmente. O ECC também interferiu nos resultados do experimento DI onde 70% (14/20)
dos animais com ECC > 2 responderam ao tratamento, contra apenas 10% (2/20) responsivos
com ECC ≤ 2, resultado estatisticamente significativo (P < 0,05). As variáveis tempo de anestro
puerperal e idade dos animais, no experimento DI, não influenciaram (P > 0,05) nos resultados
do tratamento. Entretanto, o grupo DI respondeu significativamente (P < 0,05) quando
comparado ao grupo DII, na indução do cio pelo uso do CIDR®. Por fim, o autor também
concluiu que é possível obter melhores resultados em animais mantidos em pastagens de melhor
qualidade.
Camelo, em 2002, avaliou a taxa de prenhez de búfalas com bezerro ao pé submetidas
a IATF. Foram inseminadas artificialmente 74 búfalas mestiças, entre as raças Murrah e
Mediterrâneo, com 4 a 9 anos de idade, criadas em sistema extensivo no Estado do Amapá, e
com período pós-parto de 60 dias, correspondentes ao grupo G1 (n=30), e de 90 dias
correspondente ao grupo G2 (n=29), submetidos a sincronização da ovulação pelo protocolo
Ovsynch, com IATF programada para 12 horas (figura 3.1) e 24 horas (figura 3.2) após a
segunda aplicação de GnRH, respectivamente; e o grupo controle GC (n=15) com cio
controlado e IA 12 horas após a detecção do cio. Verificou-se a influência do ECC no início do
25
tratamento, período pós-parto (intervalo do parto ao tratamento), número de partos (primíparas
ou pluríparas), inseminação programada para 12 horas e 24 horas após a segunda dose de
GnRH, e análise de custo do protocolo sobre a taxa de prenhez. A taxa de prenhez média das
59 búfalas tratadas foi de 37,29% (22/59), sendo a taxa de prenhez do GI (46,67%) e do GII
(37,29%). O autor observou que o ECC 2,5 obteve uma taxa de gestação melhor de 55,81%
(24/43), enquanto o ECC 2,5 resultou em 29,03% (9/31) de prenhez. As primíparas
apresentaram menor eficiência reprodutiva quando comparadas com vacas pluríparas (17,86%
vs. 45,90%). A análise de custos do protocolo Ovsynch nas 59 búfalas foi de R$ 31,50/animal
e R$ 84,50/prenhez. O autor constatou que a IATF, 12h após a aplicação da segunda dose de
GnRH, mostrou ser a mais adequada para búfalas criadas nestas condições, sugerindo maiores
estudos comparativos quanto a melhor hora para inseminar utilizando o protocolo Ovsynch na
espécie bubalina.
Tabela 02. Dados dos protocolos usados no trabalho de Camelo, publicado em 2002.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
30 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 12h depois) IATF 46,67%
29 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 24h depois) IATF 37,29%
Fonte: O autor.
Figura 03. Protocolo Ovsynch com IATF 12h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo, 2002; Ribeiro 2003;
Queiroz, 2003; Vale, 2006; Couto, 2007; Quinta, 2018; e Rolim Filho, 2018.
Fonte: O autor.
Figura 3.1. Protocolo Ovsynch com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo, 2002; Ribeiro, 2005;
Silva, 2003; e Rolim Filho, 2009.
Fonte: O autor.
Martins, 2002, avaliou a eficiência do protocolo de sincronização utilizando implante
auricular de progesterona (IAP) a base de norgestomet-Crestar® + eCG Folligon® para induzir
e sincronizar o cio de búfalas criadas em regime semi-extensivo, em pastagem cultivada, com
água e sal mineral ad libidum, no Estado do Pará. Considerando as diferenças entre as fêmeas
26
em relação ao peso, ECC e faixa etária, 15 búfalas com idades entre dois e 10 anos de idade,
estavam distribuídas em três grupos de acordo com a fase do ciclo estral: G1 (proestro), G2
(diestro) e G3 (anestro), incluindo um animal não tratado como controle. A média de ECC dos
animais era 3,5. O protocolo de sincronização (figura 04) consistiu em um implante auricular
com 3mg de norgestomet (200µg/dia) + aplicação IM de 5mg de valerato de estradiol (VE) e
3mg de norgestomet no D0. No D9 do tratamento, o IAP foi removido sendo aplicado 700UI
de eCG. A inseminação ocorreu 12h após a detecção de cio pelo rufião. Os resultados
mostraram que 7,14% do grupo G1 demonstraram cio 24 horas após a remoção do implante,
enquanto 97,68%, correspondente aos três grupos, apresentaram sinais de estro em 48h. O
resultado da análise de variância entre o peso e o ECC mostrou diferença significativa (p <
0,01) com a idade. De acordo com os resultados obtidos o autor concluiu que o protocolo
norgestomet + eCG foi eficaz na indução ao estro em fêmeas bubalinas, em diferentes fases do
ciclo estral, criadas nas condições descritas da região amazônica.
Tabela 03. Dados da avaliação da taxa de ovulação do protocolo norgestomet-Crestar® + eCG Folligon®, testado
por Martins em 2002: Norgestomet + VE/eCG/IATF
Nº D0 D9 D10 – Taxa de ovulação
após 24h
D11 – Taxa de
ovulação após 48h
15
búfalas
IAP Crestar® + 3mg de
norgestomet e 5mg de
valerato de estradiol IM
Retirada do IAP
+ 700UI de eCG
Follingon®
7,14% 97,68%
Fonte: O autor.
Figura 04. Protocolo Crestar® com IATF 24h e 48h após a retirada do DIP, testado por Martins, 2002.
Fonte: O autor.
Ribeiro et al. (2003), realizou mais um experimento em búfalas criadas na Amazônia,
buscando avaliar o efeito protocolo Ovsynch associado a um progestágeno na taxa de prenhez
de fêmeas bubalinas criadas na Amazônia. Os animais tratados foram divididos em dois grupos:
o grupo I recebeu o tratamento com GnRH+DIP/PGF2α/GnRH, e as búfalas do grupo II
receberam GnRH/PGF2α/GnRH. A taxa de prenhez do grupo I, com média de ECC = 3,0, foi
de 50%, enquanto a do grupo II, com média de ECC = 3,1, foi de 36,6%. A partir destes
resultados, os autores concluíram que o protocolo Ovsynch associado a um progestágeno
27
mostrou ser mais eficaz na sincronização e indução do cio, culminando em uma melhor taxa de
prenhez.
Tabela 04. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2003.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
DIP + GnRH PGF2α GnRH IATF 50%
GnRH PGF2α GnRH IATF 36,6%
Fonte: O autor.
Figura 05. Protocolo Ovsynch Plus testado por Ribeiro, 2003; Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e Quinta, 2018.
Fonte: O autor.
Queiroz (2003), avaliou a taxa de prenhez de 30 búfalas submetidas ao protocolo de
sincronização Ovsynch (figura 3). As búfalas possuíam um ECC ≥ 3,0, criadas em área de
várzea na região do médio amazonas, Santarém – Pará. O autor obteve uma taxa de prenhez de
53,3%, que considerou satisfatória e dentro da média nacional.
Tabela 05. Dados do protocolo testado por Queiroz em 2003.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
30 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 12h depois) IATF 53,3%
Fonte: O autor.
Silva, em 2003, verificou a influência da hora da inseminação (00:00h e 24:00h) após a
2ª dose de GnRH via sub-mucosa vulvar, ECC, número de crias (primíparas ou pluríparas),
presença ou ausência e análise de custos do protocolo Ovsynch em relação a taxa de prenhez
das búfalas tratadas. Foram tratadas 102 fêmeas bubalinas mestiças, entre as raças Murrah e
Mediterrâneo, de duas fazendas distintas: a fazenda A (pública) com 57 animias em sistema de
criação semi-extensivo, e a fazenda B (privada) com 45 animais em regime semi-intensivo. Os
animais foram subdivididos em dois grupos em cada fazenda experimental: G1 e G2 com 31
(00:00h) e 26 (24:00h) animias, respectivamente, na fazenda A; e G1 e G2 com 22 (00:00h) e
23 (24:00h) animais, respectivamente, na fazenda B. a taxa de prenhez total foi de 35,29%
(36/102). Na fazenda 28,07% das fêmeas tratadas ficaram gestantes e na fazenda B 44,44%. A
taxa de prenhez por tempo fixo foi de 25,81% (G1) e 30,77% (G2) na fazenda A, e 40,91%
(G1) e 47,83% (G2) na fazenda B. Não houve diferença estatística entre os resultados dos
28
animias inseminados imediatamente após a 2ª dose de GnRH e os inseminados 24h depois
(P>0,05). A utilização da via sub-mucosa vulvar durante o tratamento hormonal não modificou
a eficácia do protocolo. Não houve diferença estatística (P>0,05) na taxa de prenhez em relação
as búfalas primíparas ou pluríparas e entre o ECC dos animais, embora os da fazenda B tenham
obtido um resultado melhor de 45,16% (14/31) e 42,86% (6/14) respectivamente para ≤ 3 e >
3. As melhores taxas de prenhez foram obtidas em animais sem bezerro. O custo por prenhez
do protocolo Ovsynch foi de R$ 44,53 na fazenda A e R$ 46,18 na fazenda B. A autora concluiu
que o protocolo Ovsynch demonstrou ser viável para a sincronização do cio de bubalinos
criados em regimes diferentes na Amazônia, mostrando que os resultados quanto a hora da
inseminação testados (00:00h – fugura 3.3, e 24:00h – figura 3.1), foram semelhantes ao
protocolo convencional com tempo fixo de 16:00h.
Tabela 06. Dados dos protocolos Ovsynch testados por Silva em 2003.
Nº D0 D7 D9 Taxa de prenhez
31 búfalas GnRH PGF2α GnRH + IATF 25,81%
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
26 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF
24h depois)
IATF 30,77%
Nº D0 D7 D9 Taxa de prenhez
22 búfalas GnRH PGF2α GnRH + IATF 40,91%
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
23 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF
24h depois)
IATF 47,83%
Fonte: O autor.
Figura 3.3. Protocolo Ovsynch com IATF imediatamente após a 2ª dose de GnRH (00:00h), testado por Silva,
2003; e Rolim Filho, 2009.
Fonte: O autor.
Em 2005, Ribeiro relatou mais dois experimentos com o objetivo de aumentar a taxa de
prenhez utilizando DIP em búfalas mertiças entre as raças Murrah e Mediterrâneo, na
Amazônia. O primeiro experimento, em sistema semi-intensivo de criação, foi dividido em dois
grupos: G1 com 14 fêmeas tratadas com DIP de 1g adicionada ao Ovsynch (Ovsynch Plus) com
inseminação 24 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 5.1), e G2 com 15 fêmeas tratadas sem
DIP com inseminação 24 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 3.1). O segundo experimento,
29
em regime extensivo de criação, foi dividido em G1 com 29 fêmeas tratadas com Ovsynch Plus
e inseminadas 16 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 5.2), e G2 com 20 fêmeas tratadas só
com Ovsynch e inseminadas 16 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 3.2). No experimento 01
o grupo G1 obteve 71,31% de prenhez, e o G2 59,75%. Já no experimento 02 a taxa de prenhez
do grupo G1 e G2, resultou em 65,5% e 60%, respectivamente. Os resultados obtidos revelaram,
segundo o autor, que búfalas submetidas a protocolos de IATF com fonte intravaginal de
progesterona (Ovsynch Plus), obtiveram taxa de prenhez superior às do protocolo Ovsynch, em
diferentes tipos de criação na região amazônica.
Tabela 07. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2005.
Nº D0 D9 D10 D11 Taxa de prenhez
14
búfalas
DIP de 1g
CRONIPRES
® + 2ml de
GnRH
ESTROGIN®
Retirada do DIP
+ 1ml de PGF2α
CRONIBEN®
1ml de GnRH
ESTROGIN®
(IATF 24h depois)
IATF 71,35%
15
búfalas
2ml de GnRH
ESTROGIN®
1ml de PGF2α
CRONIBEN®
1ml de GnRH
ESTROGIN®
(IATF 24h depois)
IATF 59,75%
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
29
búfalas
DIP 1g
CRONIPRES
® +
1ml/100µg de
GnRH
Rtirada do
DIP
CRONIPR
ES® +
2ml/7,5mg
de PGF2α
1ml/100µg de
GnRH
(IATF 16h
depois)
IATF 65,5%
20
búfalas
GnRH PGF2α GnRH
(IATF 16h
depois)
IATF 60%
Fonte: O autor.
Figura 5.1. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro, 2005.
Fonte: O autor.
Figura 5.2. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro, 2005; e Picanço,
2006.
Fonte: O autor.
30
Figura 3.2. Protocolo Ovsynch com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro, 2005; e Picanço,
2006.
Fonte: O autor.
Vale et al. (2006), relatou dois experimentos. O primeiro na fazenda A com 45 búfalas
Murrah, na faixa etária de seis a 12 anos de idade, pluríparas, entre 45 e 70 dias pós-parto,
divididas em três grupos (G1, G2 e G3) para calcular a taxa de gestação após 30, 45 e 60 pós-
parto. A fazenda localizava-se dentro de uma típica área de floresta amazônica, e os animais,
com ECC ≥ 3, eram submetidos a um manejo semi-intensivo, ordenhadas uma vez ao dia, e
separados dos bezerros durante a noite. Também eram mantidos em pastagem cultivada com
Brachiaria humidícula, e suplementados com silagem, ração comercial com 16% de proteína e
sal mineral ad libitum. O experimento foi realizado entre os meses de abril e maio e buscou
avaliar o efeito do protocolo Ovsynch (figura 01) na taxa de prenhez, durante a estação do ano
desfavorável. Foram realizados diagnósticos de gestação com 30, 45 e 60 dias após a IATF (G1,
G2 e G3 – entre 66,7 – 88,6%). Entretanto, depois de 75 dias, as taxas de gestação das búfalas
sofreram mudanças no G1=53,3% (8/15), G2=66,6% (10/15), P=0,05; (P < 0,001) e no
G3=46,6% (7/15), somando um total de 55,5% (25/45) gestações. Em seguida, foi realizada
uma segunda inseminação nas búfalas vazias após a detecção do estro pelo rufião. Destas,
55,5% (11/20) emprenharam, somando um total de 80% (36/45) de prenhez. Na fazenda B, 60
búfalas mestiças (Murrah e Mediterrâneo), pluríparas, com idades entre seis e nove anos, com
mais de cinco meses de paridas, foram divididas em dois grupos. A fazenda ficava situada no
cerrado da região central do Brasil, 650m acima do nível do mar, com temperatura variando
entre 16-36ºC, aonde 95% dos bezerros nasciam entre os meses de maio e julho. Nesta fazenda
os animais eram ordenhados duas vezes por dia, possuíam ECC ≥ 3, e eram mantidos em pasto
de Brachiaria brizantha e Pannicum maximum, suplementados com silagem, ração comercial
com 16% de proteína de acordo com a produção de leite e sal mineral fornecido em cocho ad
libidum. Entre outubro e novembro de 2004, foi realizada a estação de monta. Dois grupos, G1
e G2, receberam por via IM protocolos hormonais com DIP+BE/PGF2α+eCG/hCG+GnRH
(G1) – figura 06, e DIP+BE/PGF2α/GnRH (G2) – figura 07, seguido de IATF. Este trabalho de
Vale (2006) mostrou que a taxa de prenhez obtida com a sincronização do cio das fêmeas do
31
G1 (55,3% com DIP+BE/PGF2α+eCG/hCG) apresentou fertilidade superior à do G2 (46,3%
com DIP+BE/ PGF2α/GnRH).
Tabela 08. Dados dos protocolos testados por Vale em 2006.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
15
búfalas
GnRH PGF2α GnRH IATF 53,33%
15
búfalas
GnRH PGF2α GnRH IATF 66,6%
15
búfalas
GnRH PGF2α GnRH IATF 46,6%
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
30
búfalas
pluríparas
Introdução
do DIP +
2mg de BE
Sincrodiol®
Retirada do DIP
+ 0,150mg de
PGF2α + 500UI
de eCG® (tarde)
1500 UI de
Hcg + 25µg
de GnRH
(tarde)
IATF
(manhã)
55,3%
30
búfalas
pluríparas
Introdução
do DIP +
2mg de BE
Sincrodiol®
Retirada do DIP
+ 0,150mg de
PGF2α + (tarde)
25µg de
GnRH (tarde)
IATF
(manhã)
46,3%
Fonte: O autor.
Figura 06. Protocolo testado por Vale em 2006: DIP + BE/PGF2α + eCG/hCG + GnRH/IATF
Fonte: O autor.
Figura 07. Protocolo testado por Vale em 2006: DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF
Fonte: O autor.
Picanço, 2006, realizou um experimento no Estado do Amapá, no período de novembro
de 2004 a fevereiro de 2005, estação favorável à reprodução. Foram utilizadas 93 búfalas
mestiças (Murrah vs Mediterrâneo), pluríparas, com idade média de seis anos, divididas em 70
32
animais submetidos a IATF e 23 compondo o grupo controle. Os animais sincronizados foram
divididos em três grupos: G1 com 20 animais utilizando o protocolo Ovsynch; G2 com 29
animais usando o protocolo Ovsynch Plus; e G3 com 21 animais submetidos ao protocolo
chamado pela autora de CL-synch: CL+PGF2α/GnRH (figura 08). O grupo controle (G4)
correspondeu a 23 animais que foram inseminados 12h horas depois da detecção do cio. A taxa
de prenhez total foi de 55,91%. Das 70 búfalas inseminadas em tempo fixo, 61,43% ficaram
gestantes. A taxa de prenhez dos grupos G1, G2, e G3 resultaram em 60%, 65,5% e 57,14%,
respectivamente. No grupo G4 39,13% ficaram gestantes. Dos 70 animais sincronizados
48,57% apresentavam muco e 77,14% apresentavam contratilidade uterina durante a IATF, e
os animais com ECC ≥ 2,5 apresentaram as melhores taxas de prenhez. A tese de Picanço
mostrou que é possível obter resultados satisfatórios com o emprego da IATF em búfalas
criadas em área de várzea na Amazônia, principalmente com a inserção da fonte de
progesterona no protocolo de sincronização da ovulação.
Tabela 09. Dados dos protocolos testados por Picanço em 2006.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
20
búfalas
1ml/25µg de GnRH
(tarde)
2ml/150µg de
D-cloprostenol
PGF2α (tarde)
1ml/25µg de GnRH
(tarde) IATF 16h depois
IATF
(manhã)
60%
29
búfalas
1ml/25µg de GnRH
+ DIP 1g (tarde)
2ml/150µg de
D-cloprostenol
PGF2α (tarde)
1ml/25µg de GnRH
(tarde) IATF 16h depois
IATF
(manhã)
65,5%
Nº D0 D2 D3 Taxa de prenhez
21
búfalas
Palpação do CL+2ml/150µg de
D+cloprostenol PGF2α (tarde)
1ml/25µg de GnRH (tarde)
IATF 16h depois
IATF
(manhã)
57,14%
Fonte: O autor.
Figura 08. Protocolo CL-synch com IATF após 16h da 2ª dose de GnRH, testado por Picanço, 2006
Fonte: O autor.
Tanaka, em 2007, avaliou o uso da IATF em búfalas na estação reprodutiva
desfavorável, testando o protocolo Ovsynch na época de seca, verificando também a eficácia
do protocolo Ovsynch Plus com DIP de 3º uso nas mesmas condições. O experimento foi
realizado no município de Peixe Boi, nordeste paraense, entre os meses de dezembro de 2006
e janeiro de 2007. De 121 animais disponíveis, somente 31 búfalas foram inseminadas, sendo
33
estas divididas em dois grupos: G1 com 15 animais submetidos ao protocolo Ovsynch com
inseminação 18 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 3.4), e G2 com 16 animais submetidos
ao protocolo Ovsynch Plus com inseminação 18 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 5.5). A
taxa de prenhez total foi de 41,94% (13/31), 33,33% (5/15) gestantes no G1 e 50% (8/16)
gestantes no G2. A autora concluiu que a utilização de DIP de 3º junto com eCG no protocolo
se mostrou eficiente, obtendo resultados dentro da média nacional em estação reprodutiva
desfavorável.
Tabela 10. Dados dos protocolos testados por Tanaka em 2007.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
15
búfalas
1ml/25µg de GnRH
(tarde)
2ml/150µg de D-
cloprostenol PGF2α
(tarde)
1ml/25µg de
GnRH (tarde)
IATF 18h depois
IATF
(manhã)
33,33%
29
búfalas
DIP de 3º uso +
1ml/25µg de GnRH
+ DIP 1g (tarde)
2ml/150µg de D-
cloprostenol PGF2α +
300UI de eCG (tarde)
1ml/25µg de
GnRH (tarde)
IATF 18h depois
IATF
(manhã)
65,5%
Fonte: O autor.
Figura 3.4. Protocolo Ovsynch com IATF 18h após a 2ª dose de GnRH, testado por Tanaka, 2007.
Fonte: O autor.
Figura 5.5. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 18h após a segunda dose de GnRH, testado por Tanaka em
2007.
Fonte: O autor.
Couto, em 2007, buscou avaliar a eficiência da sincronização da ovulação utilizando
duas dosagens de eCG, nos protocolos DIP+BE no D0, PGF2α+eCG no D8 com retirada do
DIP, BE no D9, e IATF no D10, e estes com o Ovsynch em relação a taxa de prenhez. Foram
utilizadas 94 búfalas da raça Murrah com idades entre dois e 4,5 anos, com até três crias, não
lactantes, mantidas em sistema de pastejo rotacionado intensivo. O experimento foi dividido
34
entre o período mais chuvoso e menos chuvoso na mesorregião do nordeste paraense. No
período chuvoso, 24 búfalas foram divididas em dois grupos de 12 animais: o grupo I recebeu
uma dose de BE + DIP de 2º uso no dia 0 (D0), e a outra metade destes animais (grupo II)
recebeu uma dose de BE + DIP de 1º uso (figura 09). No dia 08 (D8) foi retirado o DIP e
aplicado PGF2α, no dia 09 (D9) foi administrado uma dose de GnRH e no dia 10 (D10) ocorreu
a inseminação. No período menos chuvoso foram utilizados 70 animais divididos em três
grupos: no grupo I (G1) foi utilizado o DIP 1º uso; no grupo II (G2) foi utilizado o DIP de 2º
uso; e no grupo III o protocolo Ovsynch. Os animais tratados com DIP receberam também
dosagens de eCG no D8 (400UI e 300UI, respectivamente), entre os grupos do período menos
chuvoso (figura 10). A taxa de prenhez dos animais inseminados no período chuvoso e menos
chuvoso foi de 41,6% e de 50% (P < 0,05), respectivamente. Não houve diferença na taxa de
prenhez entre os animais com fonte de progesterona nova e reutilizada. Na época menos
chuvosa a taxa de prenhez entre os grupos com progesterona de 1º uso + 400UI de eCG foi de
25%, enquanto a taxa de prenhez do grupo com progesterona de 2º uso + 300UI de eCG foi de
50%. Quanto as búfalas protocoladas com Ovsynch, 66,6% ficaram prenhas. O autor ponderou
que a adição do DIP ao protocolo Ovsynch (Ovsynch Plus), tornou-o mais caro devido ao custo
dividido por cada uso do dispositivo, e concluiu que as doses diferentes de eCG não
influenciaram significativamente nos resultados. Concluiu também que a reutilização do DIP
foi eficiente em relação ao seu 1º uso e o clima mais chuvoso e menos chuvoso no nordeste
paraense não influenciou na taxa de prenhez.
Tabela 11. Dados dos protocolos testados por Couto em 2007.
Nº D0 D8 D9 D10 Taxa de prenhez
24 búfalas DIP (12 de 1º e 12 de 2°
uso) + BE
Retirada do DIP +
PGF2α
GnRH IATF 41,6%
70 búfalas DIP + BE Retirada do DIP +
PGF2α + eCG
(400 e 300UI)
GnRH IATF 50%
n.d. GnRH PGF2α GnRH IATF 66,6%
Fonte: O autor.
Figura 09. Protocolo de 10 dias DIP + BE/PGF2/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007;
Fonte: O autor.
35
Figura 10. Protocolo de 10 dias DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007.
Fonte: O autor.
Rolim Filho, em 2009, avaliou a eficiência do protocolo Ovsynch em bubalinos criados
em um sistema misto de várzea e terra firme com pastagem cultivada, na Unidade de Pesquisa
Bubalina Dr. Felisberto Camargo da Embrapa Amazônia Oriental, localizada em Belém. Foram
selecionadas 57 fêmeas bubalinas divididas em dois grupos: G1 com 31 animais e G2 com 26
animais, ambos submetidos a sincronização com o protocolo Ovsynch e inseminados 00:00h
(G1) – figura 3.3, e 24:00h (G2) – figura 3.1, após a 2ª dose de GnRH. As taxas de prenhez
resultaram em 25,81% (08/31) búfalas gestantes no G1 e 30,77% (08/26) no G2. O autor
concluiu que o protocolo Ovsynch é uma ferramento viável que pode ser usada para o uso da
IATF na Amazônia, desde que utilizada adequandamente.
Tabela 12. Dados dos protocolos Ovsynch testados por Rolim Filho em 2009.
Nº D0 D7 D9 Taxa de prenhez
31 búfalas GnRH PGF2α GnRH + IATF 25,81%
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
26 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 24h depois) IATF 30,77%
Fonte: O autor.
Pinto, 2010, avaliou a eficiência do protocolo Ovsynch Plus + Ecg (figura 5.4), em
búfalas leiteiras da raça Murrah com período pós-parto > 60 dias, em lactação e com bezerro
ao pé. Também foi avaliada a influência do muco e da contratilidade uterina, do período pós-
parto e da ordem de parto na taxa de prenhez. A fazenda, localizada no nordeste paraense,
possuía uma criação intensiva com pastagem cultivadas rotativas formadas por capim
braquiarão (Brachiarya brizanta) e mombaça (Panicum maximum), com sal mineral e água a
vontade. 27 búfalas, em anestro puerperal, com ECC > 2,0, foram selecionadas e submetidas
ao protocolo Ovsynch Plus + eCG. No entanto antes da inseminação foi realizado um exame
ginecológico através de palpação retal para verificar a presença de muco e contratilidade
uterina. Após esta avaliação os animais que não apresentaram estes indicadores de estro, não
36
foram inseminados. Sendo assim, 18 animais foram inseminados, subdivididos em dois grupos
menores, onde o primeiro grupo (G1) era composto por seis búfalas com ECC médio de 2,5 e
com período pós-parto de 60 a 120 dias. Já o segundo grupo (G2) era composto por 12 búfalas
com ECC de 2,8 e período pós-parto acima de 120 dias. As inseminações foram realizadas por
um único inseminador. O diagnóstico de gestação foi realizado de 25 a 30 dias após a IATF.
Foram comparadas as diferenças de frequências/probabilidades em relação às variáveis
contratilidade uterina, presença de muco uterino, período pós-parto e ordem de parto em relação
à taxa de prenhez, assim como a eficiência do protocolo no grupo animal trabalhado. 61,1% de
todas as búfalas inseminadas, tornaram-se gestantes. O grupo G1 obteve 66,6% de prenhez,
enquanto o grupo G2 obteve 58,3%, não havendo diferença estatística entre ambos (P>0,05).
Das 18 búfalas inseminadas, seis eram primíparas, e 83,3% destas tornaram-se gestantes. Já o
grupo das pluríparas era composto por 12 búfalas, onde destas, 50% tornaram-se gestantes.
Porém não houve diferença estatística entre estes grupos (P > 0,05). A taxa de prenhez das
primíparas apresentou-se superior a taxa das pluríparas, provavelmente porque as primíparas
ainda não estão em plena produção leiteira, pois elas ainda estão na primeira lactação, dessa
forma sobra mais reserva energética, podendo destinar assim energia para o processo
reprodutivo, diferentemente das pluríparas que já estão em plena produção de leite, ficando
assim mais susceptíveis aos efeitos do balanço energético negativo. Segundo Zicarelli (1999),
a perda de peso de búfalas no início da lactação varia com o nível de produção do animal, de
modo que as búfalas mais produtivas se apresentam mais magras que as menos produtivas.
Portanto a ordem pós-parto influenciou na taxa de prenhez. O protoclo Ovsynch Plus + eCG
mostrou bons resultados em búfalas em lactação, a presença de muco e contratilidade uterina
são sinais da resposta positiva a indução hormonal, resultando em taxas de prenhez satisfatórias,
não sofrendo influência do período pós-parto.
Tabela 13. Dados dos protocolos testados por Pinto em 2010.
Nº D0 D8 D9 D10 Taxa de prenhez
06 búfalas
Com 60 a
120 dias
pós-parto
DIP de 1g + 1,0ml
de GnRH
(GESTRAN
PLUS®) (manhã)
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
300UI de eCG
SincroeCG® (manhã)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
(manhã)
IATF
(tarde)
66,6%
12 búfalas
com mais
de 120 dias
pós-parto
DIP de 1g + 1,0ml
de GnRH
(GESTRAN
PLUS®) (manhã)
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
300UI de e CG
SincroeCG® (manhã)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
(manhã)
IATF
(tarde)
58,3%
Fonte: O autor.
37
Figura 5.4. Protocolo Ovsynch Plus + eCG, testado por Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e Rolim Filho, 2018
Fonte: O autor.
Nunes, 2010, avaliou a eficiência de um método de sincronização econômico e prático
em búfalas criadas em regime extensivo de pastagem natural no Estado do Amapá (várzea) e
em pastagem cultivada no Estado do Pará (terra firme). 208 búfalas lactantes, mestiças entre as
raças Murrah e Mediterrâneo, com idades entre 30 meses e 10 anos, foram submetidos a IATF.
Aos animais que apresentaram CL no D0 foram aplicados 2ml de PGF2α. No D3 as búfalas
foram avaliadas para verificar a presença de muco e contratilidade uterina para a posterior
inseminação com sêmen de diferentes reprodutores, junto da administração de 1ml de GnRH
(figura 02). Entre 45 e 90 dias após a IATF foi realizado o diagnóstico de gestação através de
palpação retal que resultou em 42,79% de prenhez. Segundo o autor, o bom ECC e a presença
de contração uterina e muco, foram excelentes sinais indicadores de um bom crescimento e
diferenciação folicular, culminando com a indução da ovulação. O autor também concluiu que
o protocolo usado mostrou ser eficiente e promissor pelo baixo custo, pois necessita somente
de dois manejos de contenção dos animais.
Tabela 14. Dados do protocolo testado por Nunes em 2010.
Nº D0 D3 Taxa de prenhez
208 búfalas Palpação do CL + 2ml/150µg de D-
cloprostenol PGF2α (tarde)
Exame ginecológico + IATF +
1ml/100µg de GnRH (tarde)
42,79%
Fonte: O autor.
Pamplona, em 2011, avaliou a eficiência reprodutiva de búfalas leiteiras submetidas a
IATF com o uso do protocolo Ovsynch Plus + Ecg e inseminadas 16 horas após a 2ª dose de
GnRH (figura 5.3), considerando a influência do ECC, período pós-parto, número de parições,
período de serviço e idade ao primeiro parto na taxa de prenhez. O estudo foi realizado em área
de terra firme no município de Mojú – PA. Foram utilizadas 29 búfalas em lactação, com
bezerro ao pé, da raça Murrah, com idades variadas, e histórico do período pós-parto ≥ 60 dias
com ECC ≥ 2. A taxa de prenhez total obtida foi de 61,1%. Os animais que apresentaram ECC
≥ 2,5 obtiveram taxa de prenhêz de 66,7%, e os animais que apresentaram período pós-parto
entre 60 e 120 dias, obtiveram o mesmo índice de prenhez. Quanto ao número de parições, as
38
primíparas apresentaram taxa de prenhez de 83,3% e as pluríparas taxa de 50%. Pode-se
concluir que o protocolo Ovsynch Plus + eCG alcançou bons resultados nos animais tratados,
podendo ser uma alternativa para melhorar a eficiência reprodutiva na bubalinocultura de leite.
Tabela 15. Dados do protocolo Ovsynch Plus + eCG testado por Pamplona em 2011.
Nº D0 D8 D9 D10 Taxa de prenhez
29
búfalas
1ml/25µg de GnRH
+ DIP 1g (manhã)
2ml/150µg de D-
cloprostenol PGF2α +
300UI de eCG (manhã)
1ml/25µg de
GnRH (manhã)
IATF 16h depois
IATF
(tarde)
61,1%
Fonte: O autor.
Figura 5.3. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testatdo por Pamplona, 2011
Fonte: O autor.
Pfeifer, em 2013, avaliou a eficácia de um protocolo de IATF em búfalas leiteiras,
durante uma curta estação de monta, entre setembro e novembro de 2012, no município de
Presidente Médice, Rondônia. Foram avaliadas 23 búfalas leiteiras mestiças (Murrah vs
Mediterrâneo), pluríparas, com idades entre quatro e 13 anos, mantidas em pastagem cultivada
de Brachiaria Brizantha com água e sal mineral ad libidim. As búfalas foram submetidas a um
protocolo de sincronização de 12 dias com quatro manejos (figura 9.1): DIP + BE no D0,
retirada do DIP + PGF2α no D9, GnRH no dia 11 (D11) e a IATF realizada no dia 12 (D12),
18 horas após o terceiro manejo. Houve a queda do DIP em três animais, os quais foram
excluídos da primeira avaliação. A taxa de prenhez da primeira IATF foi de 35% (7/20),
contudo, após a ressincronização, 75% (12/16) das fêmeas ficaram gestantes (P=0,01). O autor
concluiu que a taxa de prenhez superior nos animais submetidos a ressincronização, deve-se a
uma melhor sincronização do crescimento das ondas foliculares e dos folículos pré-ovulatórios,
concentrando melhor a ovulação no momento da IATF.
Tabela 16. Dados dos protocolos testados por Pfeifer em 2013.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
20 búfalas 2mg BE +
DIP de 1g
Retirada do DIP +
500µg de PGF2α
100µg de GnRH
(IATF 18h depois)
IATF 35%
16 búfalas 2mg BE +
DIP de 1g
Retirada do DIP +
500µg de PGF2α
100µg de GnRH
(IATF 18h depois)
IATF 75%
Fonte: O autor.
39
Figura 9.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2/GnRH/IATF, testado por Pfeifer, 2013; e Rolim Filho, 2018.
Fonte: O autor.
Neto, 2016, avaliou a correlação da IATF com a contratilidade uterina e a presença de
muco no dia da inseminação em relação a taxa de prenhez de búfalas mestiças, entre as raças
Murrah e Mediterrâneo, criadas em sistema extensivo em área de várzea no Estado do Amapá.
48 búfalas foram submetidas a um protocolo hormonal de 12 dias com quatro manejos que
consistiu em administrar BE + DIP monodose no D0, retirada do DIP + PGF2α + eCG no D9,
GnRH no D11 e IATF no D12, 64 horas após a retirada do DIP (figura 10.1). A taxa de prenhez
após 30 dias foi de 47,9%, considerada satisfatória para o sistema de criação, segundo o autor.
25 búfalas apresentaram diagnóstigo de gestação negativo, dentre elas 4 com inseminação
(antes da cérvix), 18 com inseminação boa (anéis craniais da cérvix) e nenhuma com
inseminação excelente (corpo uterino). Por fim o autor relatou que 43,75% dos animais
apresentaram muco durante a IATF, e 97,9% das búfalas apresentaram útero contraído, porém
somente 47,83% destas, foram diagnosticadas com prenhez.
Tabela 17. Dados do protocolo testado por Neto em 2016.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
48 búfalas 2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
monodose
PRIMER®
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG®
0,004mg
de GnRH
(tarde)
IATF
(manhã)
47,9%
Fonte: O autor.
Figura 10.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH/IATF, testado por Neto em 2016.
Fonte: O autor.
40
Lima, 2016, avaliou a influência da presença ou ausência do corpo lúteo na taxa de
gestação de búfalas mestiças entre as raças Murrah e Mediterrâneo, criadas em sistema
extensivo em área de várzea no estado do Amapá. 48 animais foram avaliados e separados em
grupos, quanto a presença de CL (G1) – figura 11, ou ausência (G2) de CL – figura 10.1, e em
seguida submetidos ao protocolo hormonal de 12 dias que consistiu em administrar BE + DIP
monodose no D0, retirada do DIP + PGF2α + eCG no D9, GnRH no D11 e IATF no D12, 64
horas após a retirada do DIP. Após 30 dias, o grupo G1 obteve 40% (8/20) de prenhez, contra
53,57% (15/28) do grupo G2. Este estudo mostrou que o uso deste protocolo em animais sem
CL palpável foi eficaz, pela sincronização da ovulação simultânea às fêmeas cíclicas (CL
palpável).
Tabela 18. Dados dos protocolos testados por Lima em 2016.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
20
búfalas
2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
monodose
PRIMER® (com CL)
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
0,004mg de
GnRH (tarde)
IATF
(manhã)
40%
28
búfalas
2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
monodose
PRIMER® (sem CL)
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
0,004mg de
GnRH (tarde)
IATF
(manhã)
53,57%
Fonte: O autor.
Figura 11. Protocolo CL + DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testato do Lima em 2016.
Fonte: O autor.
Lima, 2016, avaliou a influência da IATF em búfalas de diferentes categorias na taxa de
gestação. Foram avaliadas oito fêmeas primíparas (G1) e 40 fêmeas pluríparas (G2), submetidas
a um protocolo de sincronização de 12 dias DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH com IATF 16 horas
após a dose de GnRH (figura 10.1). O grupo G1 obteve 50% das fêmeas gestantes, enquanto o
grupo G2 obteve 47,5% de taxa de prenhez, após 30 dias da IATF. Este resultado mostrou que
41
não houve diferença significativa entre as duas categorias de fêmeas sincronizadas em relação
a taxa de prenhez.
Tabela 19. Dados dos protocolos testados por Lima em 2016.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
08 búfalas
Primíparas
2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
monodose
PRIMER® (tarde)
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
0,004mg
de GnRH
(tarde)
IATF
(manhã)
50%
40 búfalas
pluríparas
2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
monodose
PRIMER® (tarde)
Retirada do DIP + 0,5mg
de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
0,004mg
de GnRH
(tarde)
IATF
(manhã)
47,5%
Fonte: O autor.
Lima, 2016, testou a influência do protocolo D22 com o uso de 2mL de BE na taxa de
prenhez de búfalas submetidas a IATF. 96 fêmeas da raça Murrah, criadas em regime extensivo,
em área de várzea no Estado do Amapá, foram submetidas ao protocolo D22 + BE (figura 12)
que consistiu em utilizar o DIP de 1º uso + BE no D0, retirada do DIP + PGF2α + eCG no D8,
e duas IATF (58h e 70 horas após a retirada do DIP). No D22, todas as 96 búfalas iniciaram o
protocolo de ressincronização com DIP de 2º uso + BE novamente. No D30 foi realizado o
diagnóstico de gestação e as fêmeas que não estavam prenhas continuaram o protocolo de
ressincronização no D8, fazendo a retirada do DIP + PGF2α + eCG, sendo as mesmas
inseminadas 50h após a retirada do DIP, no D10. A primeira IATF teve como resultado 47,91%
de taxa de prenhez, enquanto a ressincronização com 2mg de BE resultou em 12% de prenhêz,
possivelmente relacionada a realização de apenas uma IATF, 50h após a retirada do DIP de
segundo uso.
Tabela 20. Dados do protocolo D22 + BE testado por Lima em 2016.
Nº D0 D8 D11 D22 D30 D32 Taxa de prenhez
96
búfalas
2mg
de BE
+ DIP
1º uso
(tarde)
Retirada do
DIP + 0,5mg
de PGF2α +
400UI de
eCG (tarde)
IATF 58h
(manhã) e
70h (noite)
após a
retirada do
DIP.
2mg de
BE +
DIP 2º
uso
(tarde)
0,5mg de
PGF2α +
400UI de eCG
nas não
gestantes
IATF 50h
após a
retirada do
DIP de 2º
uso.
47,91% na 1ª
IATF, e 12% na
ressincronização
Fonte: O autor.
42
Figura 12. Protocolo D22 + BE com IATF 58 e 70h após a retirada do 1º DIP e 50h após a retirada do 2º DIP,
testado por Lima em 2016.
Fonte: O autor.
Bezerra, em 2016, avaliou diferentes protocolos de sincronização da ovulação em
fêmeas bubalinas, durante as estações reprodutivas favorável e desfavorável, na baixada
maranhense, Estado do Maranhão, situada na Amazônia. Foram utilizadas 200 fêmeas
bubalinas da raça Murrah, lactantes, criadas extensivamente em pastagem nativa, com água e
sal mineral ad libidum. Com base no histórico de nascimento dos bezerros na região, o mês de
julho foi escolhido para a estação do ano favorável e o mês de janeiro para a estação
desfavorável. Foram aplicados quatro protocolos para sincronização das ovulações:
GnRH/PGF2α/Hcg com IATF 16 horas após a aplicação de hCG (figura 13) como controle para
a estação favorável; GnRH/PGF2α+eCG/BE com IATF 48h após aplicação de BE (figura 14)
para a estação favorável; DIP+BE/PGF2α+eCG/hCG com IATF 16 horas após a aplicação do
hCG (figura 15) como controle para a estação desfavorável; e DIP+BE/PGF2α+eCG/BE com
IATF 40 horas após a segunda dose de BE (figura 16) para a estação desfavorável. Foi realizado
o acompanhamento da dinâmica folicular de todas as fêmeas tratadas para avaliar a taxa de
ovulação, bem como a IATF para avaliar a taxa de gestação por protocolo hormonal. Todas as
fêmeas responderam bem aos tratamentos, havendo efeito do indutor de ovulação no diâmetro
do folículo dominante e ovulatório (P < 0,05). A taxa de ovulação foi superior nos animais
tratados com hCG (65%) em relação aos tratados com BE (30%), sem influência da estação
reprodutiva. Também não houve diferença relevante entre as taxas de concepção na mesma
estação do ano entre os diferentes protocolos utilizados, mas no geral 55% das fêmeas tratadas
na época favorável ovularam, contra 40% de ovulação na época desfavorável, mesmo com o
uso de progesterona. O hCG induziu a ovulação 21,4 horas mais cedo na estação favorável, e
24 horas mais cedo na estação desfavorável em relação ao BE. Em relação a taxa de gestação
total, 29% (29/100) das fêmeas inseminadas na estação favorável ficaram prenhas, contra 3%
(3/100) na estação desfavorável (P < 0,01). Portanto, o autor concluiu que o hCG foi mais
eficiente na indução da ovulação sincronizada que o BE, não sendo possível obter taxas de
43
gestações satisfatórias no período desfavorável em fêmeas bubalinas criadas extensivamente
em pastagem nativa de várzea na Amazônia.
Tabela 21. Dados dos protocolos testados por Bezerra em 2016.
Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez
50 búfalas 0,02mg de
GnRH
(tarde)
2ml/150µg de D-
cloprostenol PGF2α (tarde)
1000UI de hCG;
IATF 16h depois
IATF
(manhã)
32%
Nº D0 D7 D8 D10 Taxa de prenhez
50 búfalas 0,02mg de
GnRH
(manhã)
2ml/150µg de PGF2α +
400UI de eCG (manhã)
1mg de BE;
IATF 48h depois
(manhã)
IATF
(manhã)
26%
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
100 búfalas DIP de 1g +
2mg de BE
(tarde)
Retirada do DIP +
2ml/150µg de PGF2α +
400UI de eCG (tarde)
1000UI de hCG;
IATF 16h depois
(tarde)
IATF
(manhã)
3%
Nº D0 D9 D10 D12 Taxa de prenhez
100 búfalas DIP de 1g +
2mg de BE
(manhã)
Retirada do DIP +
2ml/150µg de PGF2α +
400UI de eCG (manhã)
1mg de BE; IATF
40h depois
(manhã)
IATF
(manhã)
1%
Fonte: O autor.
Figura 13. Protocolo GnRH/PGF2α/Hcg/IATF, com IATF 16h após a dose de hCG, testado por Bezerra, 2016.
Fonte: O autor.
Figura 14. Protoclo com IATF 16h após a dose de BE, testado por Bezerra em 2016: GnRH/PGF2α+
eCG/BE/IATF.
Fonte: O autor.
Figura 15. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 40h após a 2ªdose de BE, testado por Bezerra,
2016.
Fonte: O autor.
44
Figura 16. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 16h após a 2ª dose de BE, testado por Bezerra,
2016.
Fonte: O autor.
Ribeiro, 2017, realizou mais um estudo sobre IATF em búfalas criadas extensivamente,
verificando a influência do ECC, do período das inseminações, do touro utilizado e dos
protocolos hormonais em relação a taxa de prenhez de búfalas criadas em sistema extensivo,
em área de várzea no Estado do Amapá. O primeiro experimento foi realizado entre os meses
de setembro e outubro, em 56 fêmeas com 3,5±0,6 de ECC submetidas a um protocolo de 12
dias com DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1). O segundo experimento foi
realizado entre os meses de novembro e janeiro com um grupo G1 de 34 fêmeas com
ECC=3,59±0,7, as quais receberam o protocolo Ovsynch Plus + Ecg (figura 5.4), e outras 48
búfalas no grupo G2 com ECC=3,09±0,95, sem a dose de eCG no D9 (figura 05). No
experimento 01 a taxa de prenhez foi de 44,6%, enquanto no experimento 02 as taxas de prenhez
nos grupos G1 e G2 foram de 55,88% e 27,08%, respectivamente. Segundo o autor, a menor
taxa do grupo G2 do segundo experimento se deve a redução do ECC dos animais com o início
das enchentes na região durante o mês de janeiro, podendo-se inferir que os meses de setembro
a janeiro são adequados a IATF, e que o protocolo Ovsynch Plus + eCG mostrou resultados
satisfatórios.
Tabela 22. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2017.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
56 búfalas DIP SINCROGEST®
de 3º uso+2ml de BE
SINCRODIOL®
(manhã)
Retirada do DIP+2ml
de PGF2α
SINCROCIO®+400UI
de eCG
SINCROECG® (tarde)
1ml de GnRH
GESTRAN
PLUS®
(tarde)
IATF
(manhã)
44,6%
34 búfalas DIP monodose
PRIMER®+1ml de
GnRH GESTRAN
PLUS® (tarde)
Retirada do DIP+2ml
de PGF2α
SINCROCIO®
(tarde)+400UI de eCG
SINCROECG® (tarde)
1ml de GnRH
GESTRAN
PLUS®
(tarde)
IATF
(manhã)
55,88%
48 búfalas DIP monodose
PRIMER®+1ml de
GnRH GESTRAN
PLUS® (tarde)
Retirada do
PRIMER®+2ml de
PGF2α SINCROCIO®
1ml de GnRH
GESTRAN
PLUS®
(tarde)
IATF
(manhã)
27,08%
Fonte: O autor.
45
Em 2017, Lima, fez um estudo que buscou avaliar os efeitos da vacinação contra
IBR/BVD/Leptospirose e o uso da estreptomicina na taxa de prenhez e na perda gestacional de
búfalas submetidas a IATF, criadas extensivamente em terreno de várzea no Estado do Amapá.
O experimento contou com um total de 97 búfalas pluríparas com ECC 2,94±0,43. Destes
animais, foram criados dois grupos: o grupo tratado (GT) com 43 fêmeas, e o grupo controle
(GC) com 54 fêmeas. Ambos os grupos foram submetidos ao mesmo protocolo de
sincronização de 12 dias com DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), mas somente
ao GT foi adicionado uma dose de estreptomicina (Estreptomax®), além de uma dose de vacina
reprodutiva (Poliguard®) no D9 (figura 17), sendo a segunda dose realizada no D39. O
diagnóstico de gestação foi realizado depois de 30 dias, e repetido 90 dias após as inseminações.
A taxa de prenhez do GT e do GC, respectivamente, resultou em 41,87% e 33,33%. Quanto as
perdas embrionárias dignosticadas com 90 dias, o GT sofreu 11,11% de perdas, enquanto o GC
22,22%. Dessa forma, o estudo mostrou que a estreptomicina e a vacinação reprodutiva não
influenciaram significativamente na taxa de prenhez, e nem nas perdas embrionárias,
necessitando de mais estudos.
Tabela 23. Dados dos protocolos testados por Lima em 2017.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
43
búfalas
2mg de
Sincrodiol® +
BE DIP
monodose
PRIMER®
Retirada do DIP + 0,5mg de
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® + 10mg/kg de
Estreptomax® + 1ª dose da
Poliguard® (2ª dose após 30 dias)
25µg de
Gestran
Plus®
(tarde)
IATF
(manhã)
41,87%
54
búfalas
2mg de BE
Sincrodiol® +
DIP monodose
PRIMER®
Retirada do DIP + 0,5mg de
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG®
25µg de
Gestran
Plus®
(tarde)
IATF
(manhã)
33,33%
Fonte: O autor.
Figura 17. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG + ATB + Vacina/GnRH/IATF, testado por Lima, 2017.
Fonte: O autor.
46
Martins, 2017, testou a eficiência da aplicação de PGF2α (D-cloprostenol) no D0 do
protocolo de IATF em búfalas no município de Viseu, nordeste paraense. Entre dezembro de
2016 e janeiro de 2017, 104 fêmeas foram divididas em dois grupos: G1 com 48 fêmeas
apresentando ECC de 2,72±0,2, e G2 com 56 fêmeas apresentando ECC de 2,96±0,2. Ambos
os grupos foram submetidos ao mesmo protocolo de sincronização de 12 dias com
DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), todavia o G1 recebeu uma dose de 0,15mg
de PGF2α no D0 (figura 18). A taxa de prenhez de G1 foi de 27% e a de G2 de 44%, mostrando
que a adição de uma dose de prostaglandina no D0 não resultou em um melhor resultado com
esse protocolo.
Tabela 24. Dados dos protocolos testados por Martins em 2017.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
48
búfalas
2mg de BE Sincrodiol®
+ DIP monodose
PRIMER® + 0,15mg de
PGF2α Sincrocio®
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI
de eCG SincroeCG®
25µg de GnRH
Gestran Plus®
(tarde)
IATF
(manhã)
27%
56
búfalas
2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER®
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de
eCG SincroeCG®
25µg de GnRH
Gestran Plus®
(tarde)
IATF
(manhã)
44%
Fonte: O autor.
Figura 18. Protocolo DIP + BE + PGF2α/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Martins, 2017.
Fonte: O autor.
Ribeiro, 2018, avaliou a influência da progesterona injetável, do ECC e do horário da
IATF após a aplicação de GnRH, na taxa de prenhez e na perda gestacional em búfalas criadas
extensivamente. 118 búfalas pluríparas, majoritariamente da raça Murrah, foram divididas em
dois grupos: o grupo tratamento (GT) com 58 búfalas, e o grupo controle (GC) com 60 búfalas.
Ambos os grupos receberam o mesmo protocolo de sincronização de 12 dias que consistiu em
administrar DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), porém o GT foi submetido a
uma dose de 150mg de progesterona injetável IM (Sincrogest®), quatro dias após a IATF, no
dia 16 (D16) pela manhã (figura 19). Do total de búfalas selecionadas 34 apresentaram ECC
entre 2,5 e 2,75; 66 com ECC entre 3 e 3,5; e 18 com ECC ≥ 3,75. 112 búfalas foram avaliadas
47
após a aplicação do GnRH no dia da IATF quanto ao horário da inseminação, sendo 34
inseminadas entre 07:00h e 09:00h, 52 entre 09:01h e 11:00h e 16 búfalas inseminadas entre
11:01h e 12:00h. Foram realizados diagnósticos de gestação aos 30, 90 e 140 dias após a
inseminação. A taxa de prenhez do GT foi de 58,6%, e a do GC foi de 56,6%, aos 30 dias. Aos
90 dias, a taxa de prenhez manteve-se no GT, mas reduziu para 50% no GC. Aos 140 dias não
houveram mais perdas gestacionais. Não houve diferença significativa do uso da progesterona
injetável no D16 na taxa de prenhez e perda gestacional. Já em relação ao ECC a taxa de prenhez
foi maior na faixa de 3-3,5 com 69,6% de prenhez, enquanto a de 2,5-2,75 ficou com 35,2%, e
55,5% para as fêmeas com ECC ≥ 3,75. Em relação ao horário da IATF não houve diferença
entre os três intervalos de tempo com taxas de 58,8%, 53,8 e 51,8, respectivamente. O autor,
portanto, concluiu que entre as três variáveis, a única que se mostrou relevante foi em relação
a faixa de ECC entre 3 e 3,5, a qual se mostrou mais adequada para promover a concepção.
Tabela 25. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2018.
Nº D0 D9 D11 D12 D16 Taxa de prenhez
58 búfalas 2mg de BE
Sincrodiol®
+ DIP
monodose
PRIMER®
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG®
25µg de
GnRH
Gestran
Plus®
(tarde)
IATF
(manhã)
D16: 150mg
de
progesterona
injetável
Sincrogest®
58,6%
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
60 búfalas 2mg de BE
Sincrodiol®
+ DIP
monodose
PRIMER®
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG®
25µg de
GnRH
Gestran
Plus®
(tarde)
IATF
(manhã)
56,6%
Fonte: O autor.
Figura 19. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF/Progesterona, testado por Ribeiro em 2018.
Fonte: O autor.
Quinta, 2018, avaliou a taxa de prenhez de búfalas inseminadas em tempo fixo, criadas
extensivamente no município de Itaubal, Estado do Amapá. O trabalho foi realizado no período
48
de vazante do Rio Piririm (setembro 2016 a janeiro 2017). Foram utilizadas 138 búfalas, com
ECC entre 2,5 e 4,5. Os animais pastejavam em piquetes rotativos de 50 a 100ha, com sal
mineral e a água ad libidum. As búfalas foram classificadas de acordo com o grau de sangue
(PO, 63/64; 31/32, 15/16, 7/8, 3/4) entre as raças Murrah e Mediterrâneo, e classificadas de
acordo com a presença ou ausência de CL no dia zero do protocolo. As búfalas foram
imunizadas duas vezes contra Leptospirose, BVD e IBR com a vacina FERTIGUARD®. Além
de cobertura com antibioticoterapia preventiva com ESTREPTOMAX® e
TERRAMICINA®/LA (figura 20) no D9 do protocolo com DIP + BE/PGF2 +
eCG/GnRH/IATF (figura 10.1). O experimento foi conduzido em três etapas: Primeira etapa
(estação de 14/09/2016 – 26/09/2016), 48 fêmeas com média de ECC 3,5, sendo usado o
protocolo de 12 dias com DIP de 3º uso no D0 e o inseminador H; segunda etapa (estação de
09/11/2016 – 21/11/ 2016) com 41 fêmeas divididas em dois grupos. No Grupo 1, 17 búfalas
com ECC em média de 3,69, sendo usado o protocolo de 12 dias com a aplicação de 1ml de
GnRH (GESTRAN PLUS®), sem BE, e DIP de 1º uso no D0, sem eCG no D9, e com o
inseminador H. No grupo 2, 24 búfalas com ECC em média de 2,76, foi usado o protocolo de
12 dias com DIP monodose mais 1ml de GnRH (GESTRAN PLUS®) no D0, com o
inseminador H; terceira etapa (estação de 12/01/2017 – 24/01/2017) com 49 búfalas divididas
em dois grupos. No grupo 1, 26 búfalas com ECC em média de 2,38, foi usado o protocolo de
12 dias com DIP de 1º uso, com o inseminador S. No grupo 2, 23 búfalas com ECC em média
de 3,83, foi usado o protocolo de 12 dias, aplicando-se somente 1ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) no D0, e apenas 2,0ml de PGF2α IM (SINCROCIO®) no D9, com o inseminador S.
Após 30 a 60 dias das inseminações de cada etapa, foi realizado o exame ultrassonográfico para
o diagnóstico de gestação. Das 138 búfalas de ambas as estações, foram diagnosticas 55 fêmeas
gestantes (39,85%). A segunda estação apresentou a maior taxa de prenhez (53,6%). Não foi
verificado diferença estatística (P < 0,05) nas taxas de prenhez, entre as estações. Não houve
diferença estatística entre o grau de sangue, escore da condição corporal, presença ou ausência
do corpo lúteo e no sêmen. No entanto, foi observado diferença estatística na variável
performance da inseminação (P=0,0295). O autor então considerou que o protocolo usado na
segunda estação, mostrou-se um instrumento promissor no programa de IATF da fazenda, para
o melhoramento genético do rebanho.
49
Tabela 26. Dados dos protocolos testados por Quinta em 2018.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
48
búfalas
pluríparas
2mg de BE
Sincrodiol®+ DIP 3º
uso PRIMER® (tarde)
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
(tarde)
IATF
(manhã)
45,83%
17
búfalas
pluríparas
1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®)
+ DIP 1º uso
PRIMER® (tarde)
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® (tarde)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
(tarde)
IATF
(manhã)
53,6%
24
búfalas
pluríparas
1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®)+
DIP monodose
PRIMER® + 2mg de
BE Sincrodiol® (tarde)
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
(tarde)
IATF
(manhã)
53,6%
26
búfalas
pluríparas
DIP de 1º uso
SINCROGEST® +
2mg de BE
Sincrodiol®
Retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® +
400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
IATF
(manhã)
22,4%
23
búfalas
pluríparas
1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®)
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® (tarde)
1,0ml de
GnRH
(GESTRAN
PLUS®)
IATF
(manhã)
22,4%
Fonte: O autor.
Figura 20. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Quinta em 2018.
Fonte: O autor.
Rolim Filho1 (informação verbal), em 2018, realizou um estudo retrospectivo, na região
amazônica, avaliando a taxa de prenhez em búfalas submetidas a IATF com diferentes
protocolos de sincronização do estro, nos últimos 10 anos. Um total de 2.288 fêmeas mestiças,
entre as raças Murrah e Mediterrâneo, foram submetidas a IATF utilizando diferentes
protocolos hormonais com as seguintes adaptações de sincronização:
DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), criação extensiva em várzea;
DIP+BE/PGF2α/GnRH/IATF (figura 9.1), criação semi-extensiva em terra firme; e Ovsynch
1 Rolim Filho, S.T. (Informação verbal); Professor Doutor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém,
2018. E-mail: [email protected]
50
(figura 03). A taxa de prenhez variou de 38% a 58,5% (P < 0,05), com média total de 54,1%
(1.342/2.477). Foi observado que os protocolos com o uso de progesterona apresentaram uma
melhor taxa de prenhez, em especial com o uso do eCG no D9, em regime extensivo na várzea
(58,5%), do que os protocolos sem eCG como o Ovsynch (38%). Além disso, animais
manejados em pastagens cultivadas apresentaram uma melhor taxa de prenhez do que animais
mantidos em pastagens nativas. O autor constatou, portanto, que o uso de protocolos com DIP
+ eCG, e o tipo de pastagem disponível para os animais, influenciaram na obtenção de melhores
resultados na taxa de prenhez de búfalas inseminadas em tempo fixo na Amazônia.
Tabela 27. Dados dos protocolos testados por Rolim Filho em 2018.
Nº D0 D7 D9 D10 D12 Taxa de prenhez
220
búfalas
GnRH PGF2α GnRH (IATF
16h depois)
IAT
F
38%
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
1250
búfalas
DIP + BE
(tarde)
Retirada do DIP
+ PGF2α + eCG
(tarde)
GnRH
(tarde)
IATF
(manhã)
58,5%
818
búfalas
DIP + BE
(tarde)
Retirada do DIP
+ PGF2α (tarde)
GnRH
(tarde)
IATF
(manhã)
52,2%
Fonte: O autor.
Rolim Filho2 (informação verbal), compartilhou dados de 2018 de sete IATF realizadas
em búfalas leiteiras da raça Murrah, sem bezerro ao pé, criadas em regime semi-extensivo, no
Estado do Pará, com pastagem cultivada de Brachiaria brizantha cv. Marandu, suplementação
energética e sal mineral ad libidum. 456 búfalas, pluríparas, foram divididas em dois grupos:
G1 com 270 fêmeas submetidas ao protocolo de sincronização de 12 dias com o uso de DIP +
BE/PGF2 + FSH/GnRH/IATF (figura 21), e G2 com 186 fêmeas submetidas ao protocolo de
12 dias com DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH/IATF (figura 10.1). A taxa de prenhez total foi de
58,77% (268/456), sendo que o grupo tratado com FSH (G1) apresentou 54,44% de prenhez,
enquanto o G2, tratado com eCG, apresentou 65,05% de prenhez. Este resultado demonstra a
maior eficácia do eCG em relação ao FSH na indução do crescimento folicular.
2 Rolim Filho, S.T. (Informação verbal); Professor Doutor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém,
2018. E-mail: [email protected]
51
Tabela 28. Protocolos testados por Rolim Filho em 2019.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
270 búfalas DIP + BE
(tarde)
Retirada do DIP +
PGF2α + FSH (tarde)
GnRH (tarde) IATF (manhã) 54,44%
186 búfalas DIP + BE
(tarde)
Retirada do DIP +
PGF2α + eCG (tarde)
GnRH (tarde) IATF (manhã) 65,05%
Fonte: O autor.
Figura 21. Protocolo DIP + BE/PGF2 + FSH/GnRH/IATF, testado por Rolim Filho em 2019.
Fonte: O autor.
Lima3 (informação verbal), compartilhou dados de 2018 e 2019 referentes a 237 IATF
realizadas em búfalas da raça Murrah, entre os meses de junho a setembro de 2018 e maio a
junho de 2019, no município de Salvaterra, Ilha de Marajó – PA. Os animas eram mantidos em
pastos nativos de Panicum andrequeci, Echinochloa repens, Paspalum virgatum e cultivados
de Brachiaria humidicula. Foram inseminadas 237 búfalas pluríparas, destas 88 solteiras com
média de ECC 4 e 149 paridas entre 30 e 60 dias pós-parto com média de ECC 3,5. Todos os
animais foram vacinados previamente as inseminações contra doenças reprodutivas (Bovigen®
Repro Total SE, Virbac Uruguay S.A.). 189 búfalas foram inseminadas entre junho e setembro
de 2018 (período seco), as outras 48 fêmeas em maio de 2019 (período chuvoso). O protocolo
de IATF utilizado foi o de 12 dias com DIP, BE e FOSFOSAL® no D0 às 16h; No D9 também
às 16h, foi realizada a remoção do dispositivo, aplicação PGF2α, eCG e FOSFOSAL®. No D11
às 16h foi administrado GnRH. No D12 às 08h foi realizada a IATF. O diagnóstico de gestação
foi realizado 45 dias após as inseminações com o auxílio de aparelho de ultrassonografia. A
taxa de prenhez geral foi 52,9% (100/189) no período seco e 58,33% no período chuvoso. A
taxa de prenhez total das vacas solteiras foi de 65,9% (58/88), sendo 75% (30/40) gestantes do
lote de 2018 e 58,33% (28/48) gestantes do lote de 2019; do total de búfalas paridas, 46,9%
(70/149) ficaram gestantes no período seco.
3 Lima, W.F.; Médico Veterinário, especialista em reprodução animal pela Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, Pará. E-mail: [email protected]
52
Tabela 29. Protocolos testados por Lima em 2019.
Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez
189
búfalas
DIP de 1g (Primer®)
+ 2mg de BE (Ric-
BE®) + 10ml de
FOSFOSAL® (tarde)
Retirada do DIP +
0,265mg de PGF2α
(Ciosin®) + (Folligon®)
300UI de eCG + 10ml de
FOSFOSAL® (tarde)
0,1 mg de
GnRH
(Fertagyl®)
(tarde) IATF
16h depois
IATF
(manhã)
52,9%
48
búfalas
DIP (Primer®) +
2mg de BE (Ric-
BE®) + 10ml de
FOSFOSAL® (tarde)
Retirada do DIP +
0,265mg de PGF2α
(Ciosin®) + 10 ml de
FOSFOSAL® 300 UI de
eCG (Folligon®) (tarde)
0,1mg de
GnRH
(Fertagyl®)
(tarde) IATF
16h depois
IATF
(manhã)
58,33%
Fonte: O autor.
Figura 22. Protocolo DIP + BE + FOSFOSAL®/PGF2α + eCG + FOSFOSAL®/GnRH, testado por Lima em
2019.
Fonte: O autor.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram revisados um total de 31 trabalhos desenvolvidos na Amazônia Legal, entre
monografias, dissertações, teses, resumos publicados em anais de eventos regionais, nacionais
e internacionais, além de informação verbal obtida de profissionais que atuam na área. Destes
trabalhos, dois foram sobre as primeiras inseminações artificiais com uso de PGF2α e
observação de cio; um sobre sincronização de cio através de dispositivo intravaginal de
progesterona com observação de cio; três obtidos através de dados fornecidos por informação
verbal de especialistas; e 25 revisões sobre experimentos utilizando 22 protocolos de IATF
diferentes (a saber na lista de figuras e no quadro em anexo) com algumas adaptações quanto a
via de aplicação, dosagens hormonais, e tempo decorrido da aplicação do indutor de ovulação
até a IATF. A partir dos dados colhidos na literatura, um total de 5.047 búfalas, entre as raças
Murrah e Mediterrâneo, foram submetidas a protocolos de IATF dentro dos Estados do Pará,
Amapá, Maranhão e Rondônia, os quais fazem parte da Amazônia Legal, conforme o mapa 02.
53
Mapa 02. Distribuição dos 31 trabalhos sobre IATF em bubalinos (esferas azuis), realizados dentro da Amazônia
Legal. O Estado do Amapá se destaca pelo uso desta biotecnica através do trabalho contínuo desenvolvido pela
equipe do Prof. Dr. Haroldo Ribeiro há mais de 20 anos.
Fonte: O autor.
A maioria das criações de bubalinos da Amazônia não possuem controle reprodutivo,
ou de acasalamento, resultando em um rebanho com ínfima variabilidade genética e elevados
problemas de fertilidade que se perpetuam pelo alto nível de consaguinidade em animais sem
nenhuma seleção técnica criteriosa. Outro problema muito presente na região é a baixa
qualidade das pastagens nativas predominantes em regimes extensivos de criação, agravado
pelas enchentes das marés em áreas de várzea e por um solo pobre, infértil e com excesso de
ferro, marcado por séculos de exploração e exportação de nutrientes, sem nenhuma reposição.
Com base nesses fatores, os animais tardam a atingir a puberdade e muitos nascem com
problemas de fertilidade. As fêmeas férteis, nestas condições, apresentam dinâmicas foliculares
bastante heterogêneas, principalmente por fatores nutricionais, com um desenvolvimento
folicular mais tardio em relação à média de regimes de criação mais tecnificados, ocorrendo
também a prevalência de folículos ovulatórios persistentes que influenciam negativamente nos
resultados da IATF. Contudo, a espécie bubalina demonstra uma boa adaptabilidade a estas
condições edafoclimáticas, e apesar de se comportarem sexualmente como poliéstricas
contínuas, nesta região, as concepções se concentram nos períodos de transição entre a época
54
mais chuvosa (janeiro a junho) – quando as áreas de várzea ficam inundadas, formando-se lagos
– e a menos chuvosa (julho a dezembro) quando, no início e no final deste período, há maior
disponibilidade de pastagem para os animais desenvolverem mais biomassa corporal. O início
do período menos chuvoso corresponde a época da vazante dos rios na Amazônia, propiciando
uma melhor facilidade logística, concomitante ao ganho de peso das matrizes, resultando em
uma melhor média de ECC neste perído em áreas de várzea. Portanto, os meses de setembro,
outubro e novembro podem ser considerados ideais para a realização da IATF em áreas
alagadas, enquanto em terra firme a melhor época para o uso dessa biotécnica é a chuvosa.
A leitura do gráfico 2 demonstra os protocolos de IATF mais usados e que obtiveram
os melhores índices de prenhez geral por ano. Os tratamentos hormonais com o dispositivo
intravaginal de progesterona, mostraram-se mais eficazes na sincronização do ciclo estral de
búfalas criadas na região amazônica (Ribeiro, 2003; Ribeiro, 2005), pois o uso dessa fonte de
progesterona no protocolo hormonal, promove a indução ao cio de animais que estavam em
anestro pós-parto, em lactação com bezerro ao pé, assim como de novilhas pré-púberes. A
adição de indutores de crescimento folicular (eCG e FSH) no dia da retirada do DIP,
prosseguida da administração de indutores de ovulação (GnRH, BE, VE e hCG) horas antes da
IATF, também resultaram em taxas de gestação superiores devido a diminuição da amplitude
de ovulação das fêmeas bubalinas tratadas. Após a revisão de alguns estudos, foi possível
considerar que o eCG (80% FSH e 20% LH) propicia uma melhor resposta no crescimento
folicular de folículos ovulatórios do que o uso isolado do FSH (Rolim Filho, 2019). Da mesma
forma, o GnRH também obeteve uma melhor resposta geral em relação aos hormônios
estrogenios (BE) e ao hCG (Bezerra, 2016). No entanto, quando o hCG e o BE são comparados
entre si, o hCG obteve uma melhor resposta em bubalinos, pois promove a ovulação em até 24
horas, enquanto o BE promove a ovulação entre 48 e 54 horas após a sua administração. Estudos
utilizando o GnRH como indutor de ovulação indicam que o melhor momento de realizar a
IATF é entre 12 e 16 horas após a sua administração (Camelo, 2002; Silva, 2003). Pode-se
afirmar que embora a hormonioterapia com GnRH tenha um custo mais elevado, em conjunto
com o eCG e o DIP, o uso de hormônios provados como mais eficientes, resultam em taxas de
gestação satisfatórias em animais lactantes com ECC ≥ 2,5 (Couto, 2007; Pamplona, 2011),
salvo a sua importância para animais criados em condições carentes de um manejo nutricional
e reprodutivo adequado para a IATF.
55
Gráfico 01. Melhores índices de prenhez dos protocolos mais usados por ano.
Fonte: O autor.
Apesar de se mostrar como uma alternativa viável, com a redução do número de
manejos e do custo do tratamento hormonal por animal gestante, o protocolo D22 + BE (Lima,
2016) utilizado em apenas um dos trabalhos revisados, resultou em índices insatisfatórios,
principalmente na ressincronização. Isso indica que são necessários mais estudos em relação ao
emprego deste protocolo em bubalinos na região amazônica, principalmente realizando-o com
o uso de GnRH em substituição ao BE. Já o protocolo que utiliza o princípio ativo Norgestomet
+ VE (Crestar®) também necessita de mais estudos na região amazônica para a comprovação
de sua eficiência em bubalinos, visto o excelente resultado obtido no trabalho de Martins
(2002). O protocolo CL+PGF2α/GnRH+IATF mostrou um resultado considerado promissor
em búfalas pluríparas lactantes, por seu baixo custo e quantidade reduzida de manejos (Nunes,
2010). Contudo são necessários mais estudos para comprovar a sua viabilidade, visto que este
tratamento não é eficaz em animais acíclicos, em anestro pós-parto, e necessita da mão de obra
especializada para fazer a seleção de fêmeas com CL, e sem problemas de fertilidade, através
de exame ginecológico prévio, podendo haver maus resultados com seu emprego de forma
inescrupulosa por mão de obra não habilitada. Todavia, assim como outros protocolos de dois,
ou três manejos como o CL-synch, é possível usá-los com garantia de bons resultados em
novilhas púberes, evitando assim a indução de ciclicidade desta categoria a qual atrasa o
melhoramento genético da espécie em relação a precocidade. No gráfico 03 é possível conhecer
os protocolos mais usados nos últimos 35 anos, desde a primeira IA com cio induzido em 1984.
0
10
20
30
40
50
60
70
80T
axa
de
pre
nhez
Ano
CL+PGF2α/IATF
Ovsynch
Ovsynch Plus
DIP+BE/PGF2α/GnRH/IATF
DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF
Ovsynch Plus+eCG
CL+PGF2α/GnRH+IATF
DIP+BE+FOSFOSAL®/PGF2α+eCG
+FOSFOSAL®/GnRH
56
Gráfico 02. Protocolos de IATF mais usados, testados em pelo menos dois trabalhos distintos, em 35 anos de
história (1984-2019).
Fonte: O autor.
Muitos autores, ao longo de décadas de estudo, também discutiram sobre alguns fatores
intrínsecos ao animal como o ECC, a contratilidade uterina e presença de muco no dia da IATF,
a influência da presença ou ausência do bezerro e do CL no protocolo de IATF, bem como de
búfalas não lactantes com CL no D0, e da categoria dos animais inseminados (pluríparas ou
primíparas). Os resultados colhidos até hoje, ressaltam a importância de um ECC adequado
para se obter bons resultados com a prática da IATF. Com base nesses estudos retrospectivos,
pode-se considerar adequado para a IATF, o ECC no intervalo de 2,5 a 4, mas o ideal para a
garantia de bons resultados são animais com ECC entre 3 e 4. Búfalas tratadas com DIP por
nove dias não responderam ao tratamento de indução ao cio devido a média de ECC dos animais
tratados ser ≤ 2 (Coroa, 1999). A contratilidade uterina e a secreção de muco viscoso e cristalino
são exímios sinais de cio e devem ser levados em consideração no dia da IATF, pois a sua
identificação indica uma maior probabilidade de concepção após uma inseminação excelente
(Picanço, 2006; Nunes, 2010; Neto, 2016). A presença do bezerro em vacas lactantes pode
prejudicar a eficiência de protocolos hormonais, visto que isto exerce uma pressão endócrina
no animal, bloqueando parcialmente o eixo hipotalâmico-hipofisário pela liberação de ocitocina
e prolactina. Alguns estudos comprovaram que búfalas não lactantes, ou solteiras, com CL
funcional, apresentaram taxas de gestação superiores às búfalas lactantes com bezerro ao pé
(Ribeiro, 1998; Silva, 2003). A simples apartação temporária do bezerro – da retirada do DIP
até momentos após a IATF – fase crucial de crescimento folicular para a ovulação, pode resultar
em taxas de prenhez melhores em fêmeas lactantes com bezerro ao pé (Coroa, 1999). Estudos
retrospectivos também mostraram que fêmeas primíparas com ECC adequado, submetidas à
IATF a partir de 60 dias pós-parto obtiveram melhores índices de prenhez do que fêmeas
pluríparas nas mesmas condições (Pamplona, 2011; Pinto, 2010), fator que pode ser explicado
pela menor exigência energética em sua primeira lactação comparado a de uma fêmea que já
DIP+BE/PGF2+eCG/GnRH/IATF ;
11
DIP+BE/PGF2/GnRH/IATF ;
03
Ovsynch Plus + eCG ;
05Ovsynch Plus ;
07
Ovsynch ;
16
CL+PGF2α/GnRH+IATF ;
02
CL+PGF2α/IATF ;
02
57
passou por mais de três lactações. Trabalhos recentes também mostraram que búfalas pluríparas
solteiras apresentam uma melhor resposta à sincronização da ovulação quando comparadas a
fêmeas paridas há mais de 60 dias, submetidas ao mesmo protocolo hormonal e as mesmas
condições de criação (Informação verbal, Lima, 2019).
Atualmente o protocolo Ovsynch e suas derivações estão entrando em desuso com o
advento de novas hormioterapias com melhor custo benefício. Entre estes protocolos está o DIP
+ BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF que vem demonstrando resultados satisfatórios na indução
de fêmeas acíclicas e sincronização do cio, substituindo uma dose de GnRH no D0 por uma de
BE, o que representa uma economia de 20% em relação ao protocolo Ovsynch Plus + eCG, que
produz o mesmo efeito. Para tentar agregar mais vantagens ao seu uso, especialistas da região
começaram a adicionar minerais injetáveis (FOSFOSAL®) ao protocolo, a fim de suprir, de
forma paliativa, a carência destes elementos essenciais na dieta dos animais submetidos a IATF,
com expectativas de obter melhores resultados na taxa de prenhez. Contudo, a sua viabilidade
ainda é muito discutida por aumentar os custos do protocolo por animal em 52,6%, embora o
fato de uma prenhez a mais cobrir totalmente este custo extra. Portanto, para garantir a
vantagem ou viabilidade da adoção de aditivos ao protocolo DIP + BE/PGF2α +
eCG/GnRH/IATF, desde 2017 a vacina reprodutiva vem sendo utilizada por estes especialistas
com a finalidade de prevenir perdas gestacionais devido a alta prevalência de enfermidades que
causam reabsorção embrionária e abortamento na região. Com o mesmo propósito, a adição de
uma dose única de antibióticos de largo espectro no D9, promove a esterilização uterina contra
as condições insalubres do ambiente devido a lama e a água parada, que estes animais costumam
usar para fazerem a própria termorregulação. A incorporação destes dois últimos aditivos ao
protocolo eleva seu custo em 135,82% para animais primovacinados, e 82,76% para animais já
vacinados com reforço anual. Para demonstrar isso, a tabela 30 mostra o custo por fêmea de
cada um dos protocolos mais utilizados.
Tabela 30. Protocolos hormonais mais utilizados e seus respectivos custos em reais.
Protocolos hormonais mais usados Custo (R$)
Cl + PGF2α/GnRH+IATF 8,21
Ovsynch 14,35
Ovsynch Plus 19,85
Ovsynch Plus + Ecg 29,5
DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF 23,84
DIP + BE + FOSFOSAL®/PGF2α + eCG +
FOSFOSAL®/GnRH/IATF
36,38
DIP + BE/PGF2α + eCG + ATB + Vacina
reprodutiva (dose de reforço)/GnRH/IATF
43,57
Fonte: O autor.
58
Por fim, analisar a evolução da IATF em bubalinos na Amazônia não é uma tarefa fácil,
como já foi mostrado através da revisão e discussão de diversos experimentos com
hormonioterapias diferentes, até estabelecer um protocolo com melhor custo benefício. O uso
dessa biotécnica na região amazônica carrega consigo muitos desafios, o maior deles é a sua
expansão em larga escala, limitada pela falta de infra-estrutura da maioria dos estabelecimentos
de produção bubalina na região, pela baixa valorização da carne e do leite pelo mercado fora
da porteira, e pela rara existência de pecuaristas corajosos e engajados à luta para dissolver
estereótipos sobre a bubalinocultura e seus produtos no nicho de sua cadeia produtiva, e do
consumidor final. Em razão disso é importante realizar uma estimativa a cerca da média
percentual de inseminações em bubalinos dentro da Amazônia Legal. Para isto foram usados
dados populacionais da espécie na região obtidos pelos censos agropecuários de 1985, 2006 e
2017, publicados pelo IBGE, e a total de inseminações alcançado com esta revisão foi separado
em intervalos de tempo correspondendo a períodos de 1985 a 2006, de 2007 a 2017 e de 2018
a 2019. A partir destes dados, tornou-se possível elucidar de forma evolutiva, uma estimativa
de fêmeas inseminadas na Amazônia Legal até o final de cada período, considerando a
população de búfalas a metade do total de bubalinos na região. O resultado final mostrou que
atualmente, apenas 0,87% das fêmeas bubalinas da Amazônia Legal são inseminadas (grágico
04), revelando que essa biotecnica continua sendo sub-utilizada, como forma de prover o
melhoramento genético da espécie bubalina na região.
Gráfico 03. Estimativa percentual de búfalas inseminadas na Amaônia Legal de 1985 a 2019.
Fonte: O autor.
0,0052
0,16
0,47
0,87
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1985 2006 2017 2019
Búfalas inseminadas na Amazônia Legal (%)
59
REFERÊNCIAS
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63
APÊNDICE – LISTA COMPLETA DE PROTOCOLOS DE IATF TESTADOS EM BUBALINOS NA AMAZÔNIA DESDE 1984.
10 búfalas D0: CL + PGF2α D3: IATF Taxa de prenhez: 60% Vale et al. 1984
12 búfalas D0: CL + 250µg de PGF2α D-cloprosternol D3: 250µg de GnRH + IATF Taxa de prenhez: 75% Sousa, 1999
21 búfalas D0: CL + 250µg de PGF2α D-cloprosternol D3: IA Taxa de prenhez: 62% Sousa, 1999
30 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) IATF 12h depois D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 46,67% Camelo, 2002
29 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH IATF 24h depois D10: IATF Taxa de prenhez: 37,29% Camelo, 2002
15 búfalas D0: IAP Crestar® + 3mg de norgestomet e 5mg de
valerato de estradiol IM
D9: retirada do IAP + 700UI de eCG
Follingon®
D10: Taxa de ovulação após 24h: 7,14% D11 Taxa de ovulação após 48h: 97,68% Martins, 2002
D0: GnRH + DIP (tarde) D7: retirada do DIP + PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 50% Ribeiro, 2003
D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 36,6% Ribeiro, 2003
30 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) IATF 12h depois D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,3% Queiroz, 2003
31 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH + IATF Taxa de prenhez: 25,81% Silva, 2003
26 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 24h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 30,77% Silva, 2003
22 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH + IATF Taxa de prenhez: 40,91% Silva, 2003
23 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 24h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 47,83% Silva, 2003
14 búfalas D0: DIP 1g CRONIPRES® + 2ml de
GnRH ESTROGIN®
D9: Retirada do DIP + 1ml de PGF2α
CRONIBEN®
D10: 1ml de GnRH ESTROGIN®
(IATF 24h depois)
D11: IATF Taxa de prenhez: 71,35% Ribeiro, 2005
15 búfalas D0: 2ml de GnRH ESTROGIN® D9: 1ml de PGF2α CRONIBEN® D10: 1ml de GnRH ESTROGIN®
(IATF 24h depois)
D11: IATF Taxa de prenhez: 59,75% Ribeiro, 2005
29 búfalas D0: DIP 1g CRONIPRES® +
1ml/100µg de GnRH
D7: Retirada do DIP + 2ml/7,5mg de PGF2α D9: 1ml/100µg de GnRH
(IATF 16h depois)
D10: IATF Taxa de prenhez: 65,5% Ribeiro, 2005
20 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH
(IATF 16h depois)
D10: IATF Taxa de prenhez: 60% Ribeiro, 2005
15 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,33% Vale, 2006
15 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 66,6% Vale, 2006
15 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 46,6% Vale, 2006
30 búfalas D0: DIP + 2mg de BE Sincrodiol®
(tarde)
D9: retirada do DIP + 0,150mg de PGF2α +
500UI de eCG (tarde)
D11: 1500 UI de hCG + 25µg de
GnRH (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de concepção:
55,3%
Vale, 2006
30 búfalas D0: DIP + 2mg de BE Sincrodiol®
(tarde)
D9: retirada do DIP + 0,150mg de PGF2α
(tarde)
D11: 25µg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de concepção:
46,3%
Vale, 2006
20 búfalas D0: 1ml/25µg de GnRH (tarde) D7: 2ml/150µg de D-cloprostenol PGF2α
(tarde)
D9: 1ml/25µg de GnRH (tarde)
IATF 16h depois
D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 60% Picanço, 2006
29 búfalas D0: 1ml/25µg de GnRH + DIP 1g
(tarde)
D7: 2ml/150µg de D-cloprostenol PGF2α
(tarde)
D9: 1ml/25µg de GnRH (tarde)
IATF 16h depois
D10: IATF (manhã) Taxa de Prenhez: 65,5% Picanço, 2006
21 búfalas D0: palpação do CL + 2ml/150µg de D-cloprostenol
PGF2α (tarde)
D2: 1ml/25µg de GnRH (tarde) IATF 16h depois D3: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 57,14% Picanço, 2006
24 búfalas D0: DIP + BE D8: retirada do DIP + PGF2α D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 41,6% Couto, 2007
70 búfalas D0: DIP + BE D8: retirada do DIP + PGF2α + eCG (400 e 300UI) D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 50% Couto, 2007
n.d. D0: DIP de 1º
uso + BE
D8: retirada do DIP + PGF2α + 300UI de eCG D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 50% Couto, 2007
n.d. D0: DIP de 2º
uso + BE
D8: retirada do DIP + PGF2α + 400UI de eCG D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 25% Couto, 2007
n.d. D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 66,6% Couto, 2007
64
26 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 24h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 30,77% Rolim Filho,
2009
31 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9 GnRH + IATF Taxa de prenhez: 25,81% Rolim Filho,
2009
208 búfalas D0: palpação do CL + 2ml/150µg de D+cloprostenol PGF2α (tarde) D3: exame ginecológico + IATF + 1ml/100µg de GnRH
(tarde)
Taxa de prenhez: 42,79% Nunes, 2010
29 búfalas D0: 1ml/25µg de GnRH + DIP 1g (manhã)
D8: 2ml/150µg de PGF2α (D-cloprostenol) + 300UI de eCG (manhã)
D9: 1ml/25µg de GnRH (tmanhã) IATF 16h depois
D10: IATF (tarde) Taxa de Prenhez: 61,1% Pamplona, 2011
20 búfalas D0: 2mg BE + DIP de 1g D9: retirada do DIP + 500µg de PGF2α D11: 100µg de GnRH (IATF 18h
depois)
D12: IATF Taxa de prenhez: 35% Pfeifer, 2013
16 búfalas D0: 2mg BE + DIP de 1g D9: retirada do DIP + 500µg de PGF2α D11: 100µg de GnRH (IATF 18h
depois)
D12: IATF Taxa de prenhez: 75% Pfeifer, 2013
48 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER®
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®
D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 47,9% Neto, 2016
20 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER® (com CL)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®
D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 40% Lima, 2016
28 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER® (sem CL)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®
(tarde)
D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,57%
Lima, 2016
08 búfalas
Primíparas
D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®
(tarde)
D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 50% Lima, 2016
40 búfalas
pluríparas
D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®
(tarde)
D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 47,5% Lima, 2016
96 búfalas D0: 2mg de BE
Sincrodiol® +
DIP 1º uso
PRIMER® (tarde)
D8: retirada do DIP +
0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de
eCG SincroeCG® (tarde)
D11 IATF 58h
(manhã) e 70h
(noite) após a
retirada do DIP
D22: 2mg de BE
Sincrodiol® + DIP
2º uso PRIMER®
(tarde)
D30: 0,5mg de BE
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® nas
diagnosticadas sem gestação.
D32: IATF 50h
após a retirada do
DIP de 2º uso.
Taxa de prenhez: 47,91%
na 1ª IATF, e 12% na
ressincronização.
Lima, 2016
50 búfalas D0: 0,02mg de GnRH (tarde) D7: 2ml/150µg de D-cloprostenol PGF2α
(tarde)
D9: 1000UI de hCG; IATF 16h
depois
D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 32% Bezerra, 2016
50 búfalas D0: 0,02mg de GnRH (manhã) D7: 2ml/150µg de PGF2α + 400UI de eCG
(manhã)
D8: 1mg de BE; IATF 48h depois
(manhã)
D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 26% Bezerra, 2016
100 búfalas D0: DIP de 1g + 2mg de BE (tarde) D9: retirada do DIP + 2ml/150µg de PGF2α +
400UI de eCG (tarde)
D11: 1000UI de hCG; IATF 16h
depois (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 3% Bezerra, 2016
100 búfalas D0: DIP de 1g + 2mg de BE (manhã) D9: retirada do DIP + 2ml/150µg de PGF2α +
400UI de eCG (manhã)
D10: 1mg de BE; IATF 40h depois
(manhã)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 1% Bezerra, 2016
56 búfalas D0: DIP SINCROGEST® de 3º uso +
2ml de BE SINCRODIOL® (manhã)
D9: retirada do DIP + 2ml de PGF2α SINCROCIO® +
400UI de eCG SINCROECG® (tarde)
D11: 1ml de GnRH
GESTRAN PLUS®
(tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 44,6% Ribeiro, 2017
34 búfalas D0: DIP monodose PRIMER® + 1ml
de GnRH GESTRAN PLUS® (tarde)
D9: Retirada do DIP + 2ml de PGF2α SINCROCIO®
(tarde)
D11: 1ml de GnRH
GESTRAN PLUS®
(tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 55,88% Ribeiro, 2017
65
48 búfalas D0: DIP monodose PRIMER® + 1ml
de GnRH GESTRAN PLUS® (tarde)
D9: Retirada do DIP + 2ml de PGF2α SINCROCIO®
+ 400UI de eCG SINCROECG® (tarde)
D11: 1ml de GnRH
GESTRAN PLUS®
(tarde)
D12: IATF
(manhã)
Taxa de prenhez: 27,08% Ribeiro, 2017
43 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER®
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG SincroeCG® + 10mg/kg de
Estreptomax® + 1ª dose da Poliguard® (2ª dose após
30 dias)
D11: 25µg de GnRH
Gestran Plus® (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 41,87% Lima, 2017
54 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER®
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG SincroeCG®
D11: 25µg de GnRH
Gestran Plus® (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 33,33% Lima, 2017
48 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER® + 0,15mg de
PGF2α Sincrocio®
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG SincroeCG®
D11: 25µg de GnRH
Gestran Plus® (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 27% Martins, 2017
56 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP
monodose PRIMER® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +
400UI de eCG SincroeCG® (tarde)
D11: 25µg de GnRH
Gestran Plus® (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 44% Martins, 2017
58 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® +
DIP monodose PRIMER® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
D11: 25µg de GnRH
Gestran Plus®
(tarde)
D12: IATF
(manhã)
D16: 150mg de
progesterona injetável
Sincrogest®
Taxa de prenhez:
58,6%
Ribeiro, 2018
60 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® +
DIP monodose PRIMER® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
D11: 25µg de Gestran Plus® (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 56,6% Ribeiro, 2018
48 búfalas
pluríparas
D0: 2mg de BE Sincrodiol®+ DIP
3º uso PRIMER® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 45,83% Quinta, 2018
17 búfalas
pluríparas
D0: 1,0ml de GnRH GESTRAN
PLUS® + DIP 1º uso PRIMER®
(tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® (tarde)
D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,6% Quinta, 2018
24 búfalas
pluríparas
D0: 1,0ml de GnRH GESTRAN
PLUS® + DIP monodose
PRIMER® + 2mg de BE
Sincrodiol® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,6% Quinta, 2018
26 búfalas
pluríparas
D0: DIP de 1º uso
SINCROGEST® + 2mg de BE
Sincrodiol® (tarde)
D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α
Sincrocio® + 400UI de eCG
SincroeCG® (tarde)
D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 22,4% Quinta, 2018
23 búfalas
pluríparas
D0: 1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (tarde)
D9: 0,5mg de PGF2α Sincrocio®
(tarde)
D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (tarde)
D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 22,4% Quinta, 2018
06 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®) (manhã)
D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +
300UI de eCG SincroeCG® (manhã)
D9: 1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (manhã)
D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 66,6% Neto, 2016
12 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®) (manhã)
D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio®
+ 300UI de eCG SincroeCG® (manhã)
D9:1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (manhã)
D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 58,3% Neto, 2016
06 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®) (manhã)
D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio®
+ 300UI de eCG SincroeCG® (manhã)
D9: 1,0ml de GnRH (GESTRAN
PLUS®) (manhã)
D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 66,6% Neto, 2016
12 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®) (manhã)
D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio®
+ 300UI de eCG SincroeCG® (manhã)
D9:1,0ml de GnRH
(GESTRAN PLUS®) (manhã)
D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 58,3% Neto, 2016
220 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 16h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 38% Filho, 2018
66
1250 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α + eCG
(tarde)
D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 58,5% Filho, 2018
818 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α (tarde) D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 52,2% Filho, 2018
189 búfalas D0: DIP + BE + FOSFOSAL®
(tarde)
D9: retirada do DIP + PGF2α +
FOSFOSAL® (tarde)
D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 52,9% Lima, 2018
48 búfalas D0: DIP + BE + FOSFOSAL®
(tarde)
D9: retirada do DIP + PGF2α +
FOSFOSAL® (tarde)
D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 52,9% Lima, 2019
270 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α + FSH
(tarde)
D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 54,44% Filho, 2019
186 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α + eCG
(tarde)
D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 65,05% Filho, 2019
Legenda:
Protocolos GnRH/PGF2/BE ou hCG/IATF
Protocolo D22 + BE
Protocolo IAP + Norgestomet + Valerato de estradiol
Protocolos com DIP + BE
Protocolos com DIP + GnRH
Protocolos com DIP + GnRH + eCG
Protocolos Ovsynch
Protocolo Cl-synch
Protocolo CL + PGF2/IATF
Protocolo CL + PGF2/GnRH + IATF