67
Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia UFRA LUIS AMÉRICO LUCAS BARBOSA Uma Breve História Sobre a IATF em Bubalinos na Amazônia Belém PA 2019

Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

Ministério da Educação

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

LUIS AMÉRICO LUCAS BARBOSA

Uma Breve História Sobre a IATF em Bubalinos na Amazônia

Belém – PA

2019

Page 2: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LUIS AMÉRICO LUCAS BARBOSA

Uma Breve História Sobre a IATF em Bubalinos na Amazônia

Monografia apresentada à Coordenadoria do Curso de

Medicina Veterinária (CCMV) e ao Instituto de Saúde e

Produção Animal (ISPA) da Universidade Federal Rural

da Amazônia para obtenção do título de Bacharel em

Medicina Veterinária.

Área de concentração:

Reprodução Animal

Orientador:

Prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro.

Belém – PA

2019

Page 3: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

Barbosa, Luis Américo Lucas

Uma breve história sobre a IATF em bubalinos na Amazônia / Luis

Américo Lucas Barbosa. – Belém, 2019.

67 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) -

Campus universitário de Belém, Universidade Federal Rural da Amazônia,

Belém, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro.

1. Bubalinos - Amazônia 2. Bubalinos - Inseminação artificial 3.

Bubalinocultura 4. Bubalinos - Melhoramento genético I. Ribeiro, Haroldo

Francisco Lobato, orient. II. Título

CDD - 636.292009811

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia

Gerada automaticamente pelo módulo Ficat, mediante os dados fornecidos pelo autor

Page 4: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve
Page 5: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu pai, Sr. Edson

Alves Barbosa, e à minha mãe, Srª. Vera Lúcia

de Figueiredo Lucas, que sempre se

empenharam em me proporcionar uma

educação de qualidade, transmitindo virtudes e

valores morais, inerentes a minha formação

intelectual e ética.

Page 6: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

AGRADECIMENTOS

À Deus, por existir, dando-me força e sabedoria para vencer o medo, as energias negativas e a

vontade de desistir, que só a autoconfiança e o autoconhecimento me ajudaram a superar;

À Universidade Federal Rural da Amazônia por me proporcionar atividades de ensino, pesquisa

e extensão, onde tive a oportunidade de realizar este curso;

Ao prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro pela orientação, estímulo, amizade e confiança

em meu trabalho;

Ao prof. Dr. Sebastião Tavares Rolim Filho, por seu exemplo de amizade, por me apoiar em

muitas atividades desenvolvidas ao longo do curso, contribuindo muito para a minha

qualificação profissional;

Ao prof. Dr. William Gomes Vale pelo estímulo e confiança em meu trabalho;

Às professoras Drª. Érika Branco e Elaine Guerreiro Giese por me orientarem, estimularem e

me darem subsídios durante o curso para poder apliar meu conhecimento a cerca de histologia

e anatomia descritiva do aparelho reprodutor de primatas não humanos, bem como de técnicas

histológicas e redação científica, iniciando meus primeiros ensaios para a elaboração de artigos

científicos;

À médica veterinária Anelise Sarges Ramos pela amizade, apoio, paciência, estímulo e

confiança durante nossos experimentos com sêmen de bubalinos e caninos, a qual devo muita

consideração por todo o conhecimento prático e teórico adquirido sobre tecnologia do sêmen;

A outros amigos que a medicina veterinária me deu como Marina Macêdo, Moisés Lima,

Wilton Lima, Gustavo Aliguiere, Guto Moraes, Marcus Kayano e Iago Rodrigues pela amizade,

conselho, estímulo, e por considerá-las amizades recíprocas, pois estas pessoas sempre me

ajudaram durante o curso, criando elos de amizade e confiaça;

Por útilmo, e não menos importante, aos meus pais que sempre me deram suporte e motivação

para me dedicar ao máximo ao curso, e conseguir ser motivo de orgulho para eles.

Page 7: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

EPÍGRAFE

“Não se conhece completamente uma ciência enquanto não se souber da sua história. ”

Auguste Comte (1798 – 1857)

Page 8: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

RESUMO

A história da IATF em bubalinos na Amazônia completa 35 anos, a contar da primeira

publicação de 1984 que retratou um experimento pioneiro na região com a indução ao estro de

10 fêmeas bubalinas inseminadas após a detecção de sinais de cio. Essa revisão monta uma

visão retrospectiva e diacrônica da IATF na Amazônia Legal, a contar dos primórdios da IA na

Amazônia, alicerce de estudos para a construção de sua breve história, ligada ao uso

experimental de diferentes protocolos hormonais, com hormônioterapias específicas para

bubalinos, fruto de incansáveis testes com o propósito de estabelecer um protocolo ideal para

bubalinos criados na região. O trabalho realizou uma revisão sistemática da bibliografia escrita

e verbal existente sobre IATF em bubalinos na região, indicando novos rumos para futuras

investigações. Para isto, adotou-se uma estratégia de busca que incluem estudos publicados

desde a introdução da inseminação artificial na Amazônia, que continham espaços amostrais ≥

10 animais, e identificados os métodos de pesquisa utilizados. Foi feita uma análise criteriosa

da qualidade e validade da literatura relacionada ao uso da IATF, através da seleção de

monografias, dissertações, teses, e resumos publicados em jornais, anais de congressos

regionais, nacionais e internacionais, revistas especializadas, sites de instituições

governamentais e também através da informação verbal de dados não publicados obtidos de

especialistas que atuam com a reprodução animal da espécie bubalina na região. Foram

revisados um total de 31 trabalhos desenvolvidos na Amazônia Legal. Destes trabalhos, dois

foram sobre as primeiras inseminações artificiais com uso de PGF2α e observação de cio; um

sobre sincronização de cio através de dispositivo intravaginal de progesterona com observação

de cio; três obtidos através de dados fornecidos por informação verbal de especialistas; e 25

revisões sobre experimentos utilizando 22 protocolos de IATF diferentes (a saber nas listas de

protocolos e tabelas) com algumas adaptações quanto a via de aplicação, dosagens hormonais,

e tempo decorrido da aplicação do indutor de ovulação até a IATF. A partir dos dados colhidos

na literatura, um total de 5.047 búfalas, entre as raças Murrah e Mediterrâneo, foram submetidas

a protocolos de IATF dentro dos Estados do Pará, Amapá, Maranhão e Rondônia, os quais

representam alguns dos Estados que pertencem à Amazônia Legal. Entre os protocolos mais

usados em 35 anos estão o Ovsynch e o DIP+BE/PGF2+eCG/GnRH/IATF.

Palavras-chave: Bubalus bubalis – Amazônia Legal; protocolos hormonais – Inseminação

Artificial; bubalinocultura – Amazônia Legal; melhoramento genético.

Page 9: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

ABSTRACT

The history of IATF in buffaloes at Amazon complete 35 years old, since the first publication

of 1984 that portrayed a pioneering experiment in the region with the estrus induction of 10

buffaloes females inseminated after the detection of signs of estrus. This review builds a

retrospective and diachronic view of the IATF at Legal Amazon, starting from the beginnings

of AI at Amazon, the foundation of studies for the construction of its brief history, linked to the

experimental use of different hormonal protocols, with specific hormonal therapies for

buffaloes, fruit of tireless tests with the purpose of establishing an ideal protocol for buffaloes

raised in the region. The work carried out a systematic review of the existing written and verbal

literature on IATF in buffaloes in the region, indicating new directions for future investigations.

For this, a search strategy was adopted, including studies published since the introduction of

artificial insemination at Amazon, which contained sample spaces ≥ 10 animals, and identified

the research methods used. A careful analysis of the quality and validity of the literature related

to the use of IATF was made through the selection of monographs, dissertations, theses and

abstracts published in newspapers, annals of regional, national and international congresses,

specialized magazines, government institutions websites and also through the verbal

information of unpublished data obtained from specialists who work with the animal

reproduction of buffalo inside amazon region. A total of 31 works developed at Legal Amazon

were reviewed. Of these works, two were about the first artificial inseminations with estrus

observation using PGF2α to estrus induction; one on estrus synchronization through

intravaginal progesterone device with estrus observation; three obtained through data provided

by verbal information from specialists; and 25 reviews on experiments using 22 different IATF

protocols (lists of protocols and tables) with some adaptations as to the route of application,

hormonal dosages, and elapsed time from the application of the ovulation inducer to the IATF.

From the data collected in the literature, a total of 5,047 buffaloes femeles, between the Murrah

and Mediterranean races, were submitted to IATF protocols within the states of Pará, Amapá,

Maranhão and Rondônia, which represent some of the States that belong to the Legal Amazon.

Among the most used protocols in 35 years are the Ovsynch and the

DIP+BE/PGF2+eCG/GnRH/IATF.

Keywords: Bubalus bubalis - Legal Amazon; hormonal protocols – Artificial Insemination

Artificial; buffaloes breeding – Legal Amazon; genetical enhancement.

Page 10: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LISTA FIGURAS

Figura 01. Protocolo CL+PGF2α/IA, testado por Vale et al., em 1984, na induçõa ao cio das

primeiras búfalas submetidas a IA convencional; e por Ribeiro em 1998. Fonte: o autor........ 20

Figura 02. Protocolo CL+PGF2α/GnRH+IATF, testado por Sousa, 1999; e Nunes, 2010.

Fonte: o autor............................................................................................................................ 23

Figura 03. Protocolo Ovsynch com IATF 12h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo,

2002; Ribeiro 2003; Queiroz, 2003; Vale, 2006; Couto, 2007; Quinta, 2018; e Rolim Filho,

2018. Fonte: o autor.................................................................................................................. 25

Figura 3.1. Protocolo Ovsynch com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo,

2002; Ribeiro, 2005; Silva, 2003; e Rolim Filho, 2009. Fonte: o autor.................................... 24

Figura 3.2. Protocolo Ovsynch com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro,

2005; e Picanço, 2006. Fonte: o autor....................................................................................... 29

Figura 3.3. Protocolo Ovsynch com IATF imediatamente após a 2ª dose de GnRH (00:00h),

testado por Silva, 2003; e Rolim Filho, 2009. Fonte: o autor.................................................... 28

Figura 3.4. Protocolo Ovsynch com IATF 18h após a 2ª dose de GnRH, testado por Tanaka,

2007. Fonte: o autor.................................................................................................................. 33

Figura 04. Protocolo Crestar® com IATF 24h e 48h após a retirada do DIP, testado por Martins,

2002. Fonte: o autor.................................................................................................................. 26

Figura 05. Protocolo Ovsynch Plus testado por Ribeiro, 2003; Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e

Quinta, 2018. Fonte: o autor...................................................................................................... 27

Figura 5.1. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por

Ribeiro, 2005. Fonte: o autor.................................................................................................... 29

Figura 5.2. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por

Ribeiro, 2005; e Picanço, 2006. Fonte: o autor.......................................................................... 29

Figura 5.3. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testatdo

por Pamplona, 2011. Fonte: o autor.......................................................................................... 37

Figura 5.4. Protocolo Ovsynch Plus + eCG, testado por Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e Rolim

Filho, 2018. Fonte: o autor........................................................................................................ 36

Figura 5.5. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 18h após a segunda dose de GnRH,

testado por Tanaka em 2007. Fonte: o autor.............................................................................. 33

Page 11: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LISTA FIGURAS

Figura 06. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/hCG + GnRH/IATF, testado por Vale, 2006.

Fonte: o autor............................................................................................................................ 31

Figura 07. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Vale, 2006. Fonte: o

autor.......................................................................................................................................... 31

Figura 08. Protocolo CL-synch com IATF após 16h da 2ª dose de GnRH, testado por Picanço,

2006. Fonte: o autor.................................................................................................................. 32

Figura 09. Protocolo de 10 dias DIP + BE/PGF2/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007. Fonte:

o autor....................................................................................................................................... 34

Figura 9.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2α/GnRH/IATF, testado por Pfeifer, 2013; e

Rolim Filho, 2018. Fonte: o autor..............................................................................................38

Figura 10. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007. Fonte:

o autor....................................................................................................................................... 34

Figura 10.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Lima em

2016; Neto, 2016; Lima, 2016; Lima, 2016; Lima, 2016; Ribeiro, 2017; Lima, 2017; Martins,

2017; Ribeiro, 2018; Quinta, 2018; e Rolim Filho, 2018. Fonte: o autor.................................. 39

Figura 11. Protocolo CL + DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Lima, 2016.

Fonte: o autor............................................................................................................................ 40

Figura 12. Protocolo D22 + BE com IATF 58h e 70h após a retirada do 1º DIP e 50h após a

retirada do 2º DIP, testado por Lima, 2016. Fonte: o autor....................................................... 41

Figura 13. Protocolo GnRH/PGF2α/Hcg/IATF, com IATF 16h após a dose de hCG, testado

por Bezerra, 2016. Fonte: o autor.............................................................................................. 42

Figura 14. Protoclo GnRH/PGF2α+ eCG/BE/IATF com IATF 16h após a dose de BE, testado

por Bezerra em 2016. Fonte: o autor......................................................................................... 42

Figura 15. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 40h após a 2ªdose de BE,

testado por Bezerra, 2016. Fonte: o autor.................................................................................. 42

Figura 16. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 16h após a 2ª dose de BE,

testado por Bezerra, 2016. Fonte: o auto................................................................................... 42

Page 12: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LISTA FIGURAS

Figura 17. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG + ATB + Vacina/GnRH/IATF, testado por Lima,

2017. Fonte: o autor.................................................................................................................. 45

Figura 18. Protocolo DIP + BE + PGF2α/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Martins,

2017. Fonte: o autor.................................................................................................................. 46

Figura 19. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF/Progesterona, testado por Ribeiro

em 2018. Fonte: o autor............................................................................................................. 47

Figura 20. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Quinta em 2018.

Fonte: o autor............................................................................................................................ 48

Figura 21. Protocolo DIP + BE/PGF2 + FSH/GnRH/IATF, testado por Rolim Filho em 2019.

Fonte: o autor............................................................................................................................ 50

Figura 22. Protocolo DIP + BE + FOSFOSAL®/PGF2α + eCG + FOSFOSAL®/GnRH,

testado por Lima em 2019. Fonte: o autor................................................................................. 51

Page 13: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: protocolos hormonais testados por Sousa em 1999. Fonte: o autor....................... 23

Tabela 02. Protocolos usados no trabalho de Camelo, publicado em 2002. Fonte: o autor..... 25

Tabela 03. Avaliação da taxa de ovulação do protocolo Crestar® testado por Martins em 2002:

Norgestomet + VE/eCG/IATF. Fonte: o autor.......................................................................... 26

Tabela 04. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2003. Fonte: o autor..................... 27

Tabela 05. Dados do protocolo testado por Queiroz em 2003. Fonte: o autor......................... 27

Tabela 06. Dados dos protocolos Ovsynch testados por Silva em 2003. Fonte: o autor.......... 28

Tabela 07. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2005. Fonte: o autor..................... 29

Tabela 08. Dados dos protocolos testados por Vale em 2006. Fonte: o autor.......................... 30

Tabela 09. Dados do protocolo testado por Picanço em 2006. Fonte: o autor......................... 32

Tabela 10. Dados dos protocolos testados por Couto em 2007. Fonte: o autor........................ 32

Tabela 11. Protocolos testados por Tanaka em 2007. Fonte: o autor....................................... 34

Tabela 12. Protocolo Ovsynch testado por Rolim Filho em 2009. Fonte: o autor................... 35

Tabela 13. Dados dos protocolos testados por Pinto em 2010. Fonte: o autor......................... 36

Tabela 14. Dados do protocolo testado por Nunes em 2010. Fonte: o autor........................... 37

Tabela 15. Dados do protocolo Ovsynch Plus + eCG testado por Pamplona em 2011. Fonte: o

autor.......................................................................................................................................... 37

Tabela 16. Dados do protocolo testado por Pfeifer em 2013. Fonte: o autor........................... 38

Tabela 17. Dados do protocolo testado por Neto em 2016. Fonte: o autor.............................. 39

Tabela 18. Dados dos protocolos testados por Lima em 2016. Fonte: o autor......................... 39

Tabela 19. Protocolos testados por Lima em 2016. Fonte: o autor........................................... 40

Tabela 20. Protocolo D22 + BE testado por Lima em 2016. Fonte: o autor............................ 41

Tabela 21. Protocolos testados por Bezerra em 2016. Fonte: o autor....................................... 42

Tabela 22. Protocolos testados por Ribeiro em 2017. Fonte: o autor....................................... 44

Tabela 23. Protocolos testados por Lima em 2017. Fonte: o autor........................................... 44

Tabela 24. Dados dos protocolos testados por Martins em 2017. Fonte: o autor..................... 45

Page 14: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LISTA DE TABELAS

Tabela 25. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2018. Fonte: o autor..................... 46

Tabela 26. Protocolos testados por Quinta em 2018. Fonte: o autor........................................ 48

Tabela 27. Protocolos testados por Rolim Filho em 2018. Fonte: o autor................................ 49

Tabela 28. Protocolos testados por Rolim Filho em 2019. Fonte: o autor................................ 50

Tabela 29. Protocolos testados por Lima em 2019. Fonte: o autor........................................... 51

Tabela 30. Protocolos hormonais mais utilizados e seus respectivos custos em reais. Fonte: o

autor.......................................................................................................................................... 56

Page 15: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

LISTA DE SIGLAS

IA Inseminação Artificial

IATF Inseminação Artificial em Tempo Fixo

Promebull Programa de Melhoramento Genético em Búfalos

TES/TRIS Tris-hidroxi-methil-amino-ethan

DIP Dispositivo Intravaginal de Progesterona

IAP Implante Auricular de Progesterona

ECC Escore de Condição Corporal

GnRH Hormônio Liberador de Gonadotrofinas

FSH Hormônio Folículo Estimulante

BE Benzoato de Estradiol

VE Valerato de Estradiol

PGF2α Prostaglandina 2α

eCG Gonadotrofina Coriônica Equina

hCG Gonadotrofina Coriônica Humana

CL Corpo Lúteo

UI Unidades Internacionais

mg miligramas

µg microgramas

IM Intramuscular

CIDR® Controlled Internal Drug Releasing

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica

ASBIA Associação Brasileira de Inseminação Artificial

SEDAP Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário do Pará

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

FCAP Faculdade de Ciências Agrárias do Pará

Ufra Universidade Federal Rural da Amazônia

UFPA Universidade Federal do Pará

PA Pará

FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations

MAPA Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

Page 16: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 16

2 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................ 19

3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... ....... 19

3.1 Da IA convencional à IATF............................................................................................. 19

3.2 Retrospectiva cronológica da IATF em bubalinos na Amazônia Legal...................... 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 50

REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 57

APÊNDICE..............................................................................................................................63

Page 17: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

16

1 INTRODUÇÃO

O rebanho bubalino brasileiro possui cerca de 948,103 mil cabeças, sendo a região

Norte, que ocupa a maior parte da Amazônia Legal, a que apresenta maior densidade

populacional da espécie com 679,704 mil animais; a maior produtora do País. O Estado do

Amapá detém 23,61% do rebanho bubalino nacional, porém é o Estado do Pará que assume o

papel de destaque na bubalinocultura regional por conter 33,83% do rebanho nacional, ou

320,784 mil cabeças habitando em sua maior parte, áreas de várzea e terra firme que se

estendem do médio Amazonas até a sua foz, na costa norte da Ilha do Marajó. As regiões

nordeste e sudeste do país vem logo em seguida, com 125,933 mil e 82,212 mil cabeças,

respectivamente. E entre os municípios da região, Chaves, na Ilha do Marajó – PA, detém o

maior contigente populacional de bubalinos da Amazônia, e do país, com cerca de 109.741

cabeças. A Amazônia Legal é composta por todos os Estados do Norte, incluindo o Mato

Grosso e parte do Maranhão (mapa 01), e contém 748,255 mil cabeças de bubalinos; o clima

predominante é o equatorial, quente e úmido (em média 27ºC) com chuvas abundantes no

período de janeiro a março (IBGE, 2017).

Mapa 01. Mapa da distribuição populacional de bubalinos no Brasil, destacando a Amazônia Legal que concentra

78,92% do rebanho nacional.

Fonte: Adaptado do Censo Agropecuário de 2017, IBGE.

Genuinamente, o búfalo doméstico (Buballus bubalis) é nativo da Ásia, passou pela

África e Europa para então ser introduzido no continente americano. Alguns autores narram

que os primeiros búfalos teriam entrado na Amazônia brasileira em meados da década de 1890,

Page 18: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

17

transportados por foragidos da Guiana Francesa que desembarcaram na costa norte da Ilha do

Marajó, aonde hoje localiza-se o município de Chaves-PA. Contudo, oficialmente, a migração

dessa espécie exótica foi confirmada em 1902 com a importação de búfalos da raça

Mediterrâneo, provenientes da Itália, realizada pelo Sr. Bertino Lobato de Miranda para a sua

Fazenda São Joaquim, às margens do rio Arari, no Marajó. Outra importação que ficou muito

conhecida foi a de 1906, realizada pelo criador Sr. Vicente Chermont de Miranda, o qual

introduziu o búfalo “rosilho”, da raça Carabao, em suas Fazendas Dunas e Ribanceira, dentro

do município de Chaves. A partir de então, outros criadores do país começaram a importar estas

e outras raças de bubalinos para regiões que hoje correspondem ao Recôncavo Baiano, sul do

Estado de São Paulo e centro-sul de Minas Gerais. Atualmente estão distribuídos em todo o

território nacional, onde encontram-se inseridos em atividades de tração animal, e produção de

carne e leite. As raças mais comuns no país são: Mediterrâneo, Murrah, Jafarabadi e Carabao,

além do tipo baio (Santiago, 2000; Bastianetto, 2009).

Os búfalos representam uma importante fonte alternativa de proteína animal, não só por

produzirem carne e leite mais saudáveis, mais também por possuírem uma ótima conversão

alimentar, aproveitando melhor as pastagens nativas de baixo valor nutritivo, em áreas de difícil

utilização por outras espécies de animais e vegetais. Sua elevada adaptabilidade as condições

edafoclimáticas da região amazônica o consagra como uma alternativa viável, por ser um

animal capaz de produzir e se reproduzir em áreas adversas e ociosas de pastagens nativas, em

terrenos de várzea, onde outras espécies de ruminantes mal conseguem sobreviver (Lourenço

Júnior, 2008).

A importância da espécie bubalina está ligada à sua dupla habilidade de produção tanto

de carne quanto de leite, mais também na sua força de tração, levando notoriedade à espécie no

cenário econômico mundial e a investimentos em programas tecnológicos para a

bubalinocultura, semelhantes aos desenvolvidos em bovinos. Estes programas visam obter um

melhoramento genético dos rebanhos bubalinos existentes no país e consequentemente um

aumento da produtividade dos mesmos, e controle sobre os índices zootécnicos (Zorzetto,

2013).

Na região amazônica a bubalinocultura apresenta características extremamente

extensivas, em grandes áreas de várzea, que proporcionam um habitat com excelentes condições

de adaptabilidade para criação de bubalinos, constituído de pastos nativos da região. Contudo,

a maioria dos criatórios da região não traduzem o potencial que a espécie poderia render para a

Page 19: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

18

economia regional. Apesar dessa atividade estar se desenvolvendo cada vez mais na região,

principalmente no Estado do Pará com a produção de queijo e carnes Premium de baby buffalo,

seus níveis de produção e produtividade ainda estão muito ineficientes e insuficientes para

atender a constante demanda. Este problema pode ser associado, em grande parte, aos sistemas

ultra extensivos de criação predominantes, somente com pastagens nativas, sem cercas e

praticamente sem nenhum controle sanitário e manejo reprodutivo dos rebanhos (Picanço,

2006).

A implantação de biotecnologias aplicadas a reprodução animal, como a inseminação

artificial (IA), torna-se indispensável, uma vez que possibilita a disseminação de genes

superiores, além do incremento no ganho genético de características desejáveis para a espécie,

alcançando a melhoria no desempenho produtivo e reprodutivo desses animais. No entanto,

uma das dificuldades para adequar a IA às búfalas são as dificuldades de detecção do cio e o

longo período anovulatório da espécie, o que causa sérios prejuízos aos criadores. Gargalo este

sobrepujado com o advento de protocolos hormonais para indução e sincronização de cio,

possibilitando concentrar e programar a IA de vários animais em um mesmo período de tempo,

o que passou a se chamar de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) (Couto, 2007).

Em 2017, através de um convênio firmado entre a SEDAP (Secretaria de

Desenvolvimento Agropecuário do Pará) e a Embrapa Amazônia Oriental, com seus

respectivos parceiros, começaram a ser realizadas ações no Pará em prol do Programa de

Melhoramento Genético em Búfalos implementado no Pará (Promebull Pará), com a finalidade

de desenvolver pesquisa acerca do melhoramento genético em bubalinos e, consequentemente,

a difusão e transferência de tecnologia de forma mais consistente e acessível para os produtores

interessados em melhorar e fortalecer a cadeia produtiva da carne e do leite, na bubalinocultura

regional. O programa visa o emprego de biotecnologias da reprodução, como a IATF e a PIVE,

para disseminar a variabilidade genética com a inserção de genes de qualidade superior das

linhagens brasileiras oriundas de pesquisas da Embrapa Amazônia Oriental, e da importação de

sêmen e embriões de linhagens estrangeiras, provenientes de países detentores da base genética

dos búfalos domésticos, a exemplo da Índia (raça Murrah e Nili Ravi) e da Itália (raça

Mediterrâneo). O projeto visa imprimir qualidade ao rebanho bubalino no Estado do Pará, para

que em pouco tempo sirva de base para um Teste de Progênie que alimentará a elaboração de

um catálogo de reprodutores e matrizes, geneticamente superiores, que poderá ser disseminado

para outras unidades federativas da república do Brasil. Segundo a ASBIA, 2017, a produção

Page 20: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

19

de doses de sêmen bubalino no Brasil chegou a alcançar 13.790 palhetas em 2016; 14,4% maior

que a de 2015, que correspondeu a 11.803 doses de sêmen.

Assim como o Promebull Pará nos últimos dois anos, vários outros experimentos foram

realizados ao longo das últimas duas décadas com a sincronização da ovulação de bubalinos,

testando variadas adaptações de protocolos disponíveis, e correlacionando-os a alguns fatores

limitantes ao uso da IATF, para comprovar a eficácia do uso desta biotecnologia em búfalas na

região amazônica, bem como a sua viabilidade através da redução de custos para torná-la mais

atraente aos criadores, favorecendo avanços no melhoramento genético da espécie na região.

Portanto, essa revisão bibliográfica busca construir uma visão retrospectiva e diacrônica

da IATF na Amazônia Legal, começando a contar sobre os primórdios da IA na região, alicerce

de estudos para a construção de sua breve história, ligada ao uso experimental de diferentes

protocolos hormonais, com hormônioterapias específicas para bubalinos, fruto de incansáveis

testes com o propósito de estabelecer um protocolo ideal para bubalinos criados na Amazônia.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho buscou realizar uma revisão sistemática da bibliografia escrita e verbal

existente sobre IATF em bubalinos na região amazônica, indicando novos rumos para futuras

investigações. Uma estratégia de busca foi adotada incluindo estudos publicados desde a

introdução da inseminação artificial na Amazônia, que continham espaços amostrais ≥ 10

animais, e identificados os métodos de pesquisa utilizados. Esta revisão fez uma análise

criteriosa da qualidade e validade da literatura relacionada ao uso da IATF, através da seleção

de trabalhos publicados em jornais, anais de congressos regionais, nacionais e internacionais,

revistas especializadas, sites de instituições governamentais e também através da informação

verbal de dados não publicados obtidos de especialistas que atuam com a reprodução animal da

espécie bubalina na Amazônia.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Da IA convencional à IATF

A IA convencional teve os seus priemeiros ensaios na Amazônia no início da década de

1980, através de um trabalho de pesquisa realizado pelo Laboratório de Reprodução Animal da

Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), atualmente Ufra, Belém do Pará, em parceria

com a Escola Superior de Medicina Veterinária de Hannover – República Federativa da

Alemanha – e os criadores Sr. Liberato de Castro (proprietário das Fazendas Itaqui e São

Page 21: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

20

Joaquim) e Sr. João Monteiro (proprietário da Fazenda São Marçal) que cederam a infra-

estrutura, deixando os seus animais à disposição para a realização dos experimentos. A priori,

pela indisponibilidade de doses de sêmen bubalino, em 1978, iniciaram-se projetos, na FCAP,

de colheita e criopreservação de sêmen bubalino de touros selecionados na região. Muitos

experimentos foram realizados até se conseguir uma criopreservação de sêmen a campo com

êxito do touro Murrah chamado “Rajá”, na Fazenda Itaqui, localizada a 70 km de Belém.

Fazendo uso de um diluidor a base de gema de ovo e TES/TRIS como substância tampão, os

pesquisadores Prof. Haroldo Ribeiro e Prof. William Vale, ambos da FCAP, obtiveram

resultados satisfatórios em testes a campo que resultaram nos primeiros bezerros bubalinos

gerados através da deposição mecânica de sêmen no corpo uterino, em 1982, na Fazenda São

Joaquim, localizada na região central do Marajó. Este projeto, considerado pioneiro na

Amazônia, repercutiu pelo Brasil e por outros países da América Latina, após a publicação em

uma matéria do Jornal O Liberal de 28 de agosto de 1983 (domingo). Na fazenda São Marçal,

também nasceram alguns bezerros gerados por esta biotecnica da reprodução animal, mas com

a utilização de sêmen da raça Carabao, doado pela FAO (Food and Agriculture Organization of

the United Nations) e importado da Alemanha através do Ministério da Agricultura Pecuária e

Abastecimento (MAPA).

No início da década de 1980, Vale et al. (1984), realizaram um estudo na Fazenda São

Joaquim, em Santa Cruz do Arari – Marajó. 25 fêmeas bubalinas lactantes, mestiças entre as

raças Murrah e Mediterrâneo, mantidas em regime extensivo com pastagem nativa em área de

várzea, foram submetidas a avaliação ginecológica completa, sendo descartadas 15 com

problemas de infecção uterina, e selecionadas 10 para serem inseminadas artificialmente.

Nestas búfalas selecionadas, foi aplicado 2ml de PGF2α (D-cloprosternol) no dia da avaliação,

sendo observado o cio às 6:00, 12:00 e 18:00 horas, durante três dias. As 10 fêmeas

selecionadas, foram observadas até a manifestação de sinais de estro, sendo inseminadas logo

em seguida. Todas foram inseminadas até as 72h após a aplicação de PGF2α (figura 01), com

doses de sêmen congeladas pelo Laboratório de Reprodução Animal da FCAP. A maior

manifestação de cio com contração uterina, corrimento de muco característico e vulva

edemaciada ocorreu entre 48 e 72 horas após a administração IM (Intramuscular) de PGF2α. A

taxa de prenhez foi de 60% (06/10), diagnosticadas por radioimunoensaio na Alemanha.

Todavia, no ano seguinte nasceram quatro bezerros, resultando numa taxa de parição de

66,66%.

Page 22: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

21

Figura 01. Protocolo CL+PGF2α/IA, testado por Vale et al., em 1984, na induçõa ao cio das primeiras búfalas

submetidas a IA convencional; e por Ribeiro em 1998.

Fonte: O autor.

Segundo Ribeiro (2007), o estudo de sua equipe com IA em búfalas publicado por Vale

et al., em 1984, foi o primeiro experimento utilizando um fármaco indutor de estro com a

finalidade de sincronizar a ovulação de búfalas para a IA com observação de cio na região

amazônica. A partir de então, foram desenvolvidos outros estudos, que buscaram sobrepujar as

dificuldades da detecção do cio na espécie bubalina, o qual se manifesta de forma silenciosa

principalmente no período noturno. Apesar das búfalas serem poliestricas contínuas de cios

longos, quando criadas em condições climáticas equatoriais, a manifestação destes ocorre em

amplitudes de duração muito variáveis com cerca de 24 horas de diferença. Isso se deve às

búfalas apresentarem dinâmicas foliculares diferentes entre si, bem como a não liberação

adequada do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), causada pela inatividade ovariana

pós-parto com o bloqueio do eixo hipotalâmico-hipofisário. Esta incapacidade no

desenvolvimento final dos folículos para que ocorra a ovulação pode estar relacionada à

presença do bezerro, a distúrbios alimentares no período de transição, ao balanço energético

negativo, ao desenvolvimento de anestro puerperal patológico (fatores limitantes que aumentam

o intervalo entre partos), mais também ao estresse térmico, as dificuldades de manejo racional

dos animais e acesso a pastagens de melhor qualidade na região. Todos estes entraves, bastante

frequentes em criações extensivas da região, associado ainda ao baixo comportamento

homossexual das búfalas durante o estro, dificultam ainda mais o manejo reprodutivo do

rebanho, e consequentemente a eficiência do uso da IA convencional.

Vislumbrando sincronizar melhor o cio de fêmeas bubalinas, e tratar problemas de

fertilidade pós-parto, novos estudos embasados em tratamentos hormonais desenvolvidos para

bovinos, foram realizados na região amazônica em bubalinos. Com o advento do protocolo

hormonal Ovsynch, foram desenvolvidos experimentos em fêmeas bubalinas a fim de testar o

efeito do GnRH, como indutor de ovulação, intercalado a uma dose de prostaglandina PGF2α

(agente luteolítico), na sincronização do cio de búfalas, passando-se a programar o dia e horário

da inseminação, biotécnica esta conhecida como IATF. Os primeiros resultados obtidos foram

considerados satisfatórios em búfalas cíclicas, com bom escore de condição corporal (ECC), no

Page 23: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

22

entanto a resposta ao tratamento não foi eficaz para búfalas lactantes, com bezerro ao pé, ou

acíclicas em anestro pós-parto. Por esta razão, outros hormônios passaram a ser adicionados ao

protocolo Ovsynch, como alguns prostágenos, visando sincronizar melhor as ondas foliculares

dos animais tratados, induzindo exógenamente o retorno ao cio dos animais acíclicos. Mais

tarde, com o avanço das pesquisas, adaptações foram feitas com o uso de outros indutores de

ovulação (estrógenos) acrescidos de indutores de crescimento folicular como a gonadotrofina

coriônica equina (eCG), e a gonadotrofina coriônica humana (hCG), para induzir o retorno ao

cio pós-parto, melhorando a eficiência do emprego da IATF em bubalinos na região amazônica,

comprovada pela obtenção de taxas de prenhez superiores.

3.2 Retrospectiva cronológica da IATF em bubalinos na Amazônia Legal

Ribeiro, em 1998, realizou um estudo que avaliou o efeito de doses reduzidas de

protaglandina PGF2α na indução do estro e na taxa de gestação em búfalas. 96 fêmeas

bubalinas, pluríparas, entre as raças Murrah e Mediterrâneo, com faixa etária de seis a oito anos,

e criadas em regime semi-extensivo com pastagem cultivada de Brachiaria humidicula,

suplementadas com sal mineral ad libidum, foram divididas em três grupos: grupo A constituído

por 30 búfalas em lactação com bezerro ao pé e corpo lúteo palpável, que receberam 250µg de

D-cloprosternol via sub-mucosa vulvar; grupo B constituído por 34 fêmeas sem bezerro ao pé,

as quais receberam o mesmo tratamento do grupo A. Ambos os grupos de animais não

demonstraram sinais de cio nos primeiros 11 dias após o tratamento, por isso outra dose de

250µg de D-cloprosternol foi administrada nas 64 fêmeas bubalinas. O grupo C, com 32 fêmeas,

serviu como grupo controle sem receber nenhum tratamento hormonal. Em todos os grupos

foram feitas duas observações de cio diárias, de manhã e de tarde, e também foram usados dois

touros rufiões com buçal marcador para detectar o cio das búfalas responsivas ao tratamento.

As fêmeas do grupo A foram inseminadas de acordo com a detecção da presença de sinais de

estro, enquanto as fêmeas do grupo B foram inseminadas entre 72 e 96h após a aplicação da

segunda dose de PGF2α. Ao todo, 62,5% dos animais tratados (grupos A e B), e 21,8% do

grupo C, apresentaram sinais de estro após quatro dias do tratamento. Depois de 21 dias, 84,3%

dos animais induzidos apresentaram cio novamente, contra 59,3% do grupo C. Das 30 fêmeas

tratadas do grupo A, 25 apresentaram sinais de cio e 19 foram inseminadas, das quais 17

(89,4%) ficaram gestantes. No grupo B, das 34 fêmeas tratadas, 29 mostraram sinais de cio e

das 26 búfalas inseminadas, 13 (50%) tornaram-se gestantes. Já no grupo C, das 19 fêmeas

inseminadas, 13 (68,4%) tiveram a prenhez confirmada. O autor concluiu que o D-

Page 24: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

23

cloprosternou, aplicado em doses reduzidas (250µg), via sub-mucosa vulvar, é um método

eficiente e economico de indução ao cio para fêmeas bubalinas. Contudo não houve diferença

significativa entre a taxa de prenhez total das fêmeas induzidas (66,6%) em relação a do grupo

controle (68,4%).

Sousa, em 1999, avaliou a eficiência do GnRH na taxa de prenhez de fêmeas bubalinas

induzidas ao cio com D-cloprostenol. Foram utilizadas 54 búfalas mestiças entre as raças

Murrah e Mediterrâneo, com faixa etária de 6 a 8 anos de idade, criadas em regime semi-

extensivo de pastagens cultivadas com capim Quicuio da Amazônia (Brachiaria Humidícula),

com suplementação mineral fornecida em cocho ad libitum. Os animais foram divididos em

três grupos: grupo A com 12 búfalas selecionadas pela presença do corpo lúteo (CL), as quais

receberam 1,0 ml (250 µg) de D-cloprostenol via sub-mucosa vulvar para indução do cio e

250µg de GnRH, no dia da inseminação (figura 02); o grupo B com 21 animais selecionados

pela presença do CL, os quais receberam somente 1,0 ml (250µg) de D-cloprostenol via sub-

mucosa vulvar (figura 01); e o grupo C com 21 animais serviu como grupo controle. O

tratamento (PGF2α + GnRH) aplicado no grupo A apresentou diferença significativa (P > 0,05)

na sincronização do cio, na taxa de prenhez, no intervalo de tratamento e detecção do cio, em

relação ao grupo B e ao grupo C. A taxa de prenhez do grupo A foi de 75%, 62% a do grupo B

e 61,9% a do grupo C. O autor considerou que o D-cloprostenol, em doses reduzidas (250µg)

via sub-mucosa vulvar, foi eficaz na indução do cio, e o tratamento com GnRH no dia da

inseminação, também se mostrou eficiente no aumento da taxa de prenhez em búfalas criadas

na região amazônica.

Tabela 01. Dados dos protocolos hormonais testados por Sousa, em 1999.

Nº D0 D3 Taxa de prenhez

12 búfalas CL + 250µg de D-cloprosternol 250µg de GnRH + IATF 75%

21 búfalas CL + 250µg de D-cloprosternol IATF 62%

Fonte: O autor.

Figura 02. Protocolo CL+PGF2α/GnRH+IATF, testado por Sousa, 1999; e Nunes, 2010.

Fonte: O autor.

Page 25: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

24

Coroa, 1999, avaliou o tratamento com a fonte de progesterona CIDR® (Controlled

Internal Drug Releasing) e desmama de 48 horas, na indução, sincronização e retorno da

atividade reprodutiva pós-parto em relação as variáveis: ECC (escala de 1 a 5), tempo de anestro

puerperal e faixa etária dos animais. O experimento contou com 80 búfalas mestiças das raças

Murrah e Mediterrâneo (Bubalus bubalis) com faixa etária de três a onze anos de idade, paridas

a mais de 70 dias, em anestro pós-parto e amamentando. Foram realizados dois experimentos

iguais, sendo um (experimento M) em regime extensivo em pastagem natural de várzea e o

outro (experimento D) em regime extensivo de pasto artificial em terra firme. Cada experimento

foi constituído de dois grupos (MI\MII e DI\ DII) de 20 animais em cada grupo, sendo que dois

receberam tratamento (MI e DI) e dois são grupos controle (MII e DII). O tratamento consistiu

na introdução do dispositivo intravaginal de progesterona (DIP) CIDR®, concomitante com a

injeção intramuscular de 2 mg de benzoato de estradiol (BE), sendo mantido o dispositivo por

nove dias. No sétimo dia do tratamento, as vacas foram submetidas ao desmame de 48 horas,

apartando-as dos bezerros, no nono dia foi retirado o DIP e no décimo aplicado mais 1mg de

BE. Segundo o autor, o ECC ≤ 2 foi limitante na resposta ao tratamento no experimento M,

onde não houve indução de cio, pois os animais do grupo MI encontravam-se todos dentro deste

escore. Quanto ao grupo MII, os três únicos animais com ECC > 2 entraram em cio

naturalmente. O ECC também interferiu nos resultados do experimento DI onde 70% (14/20)

dos animais com ECC > 2 responderam ao tratamento, contra apenas 10% (2/20) responsivos

com ECC ≤ 2, resultado estatisticamente significativo (P < 0,05). As variáveis tempo de anestro

puerperal e idade dos animais, no experimento DI, não influenciaram (P > 0,05) nos resultados

do tratamento. Entretanto, o grupo DI respondeu significativamente (P < 0,05) quando

comparado ao grupo DII, na indução do cio pelo uso do CIDR®. Por fim, o autor também

concluiu que é possível obter melhores resultados em animais mantidos em pastagens de melhor

qualidade.

Camelo, em 2002, avaliou a taxa de prenhez de búfalas com bezerro ao pé submetidas

a IATF. Foram inseminadas artificialmente 74 búfalas mestiças, entre as raças Murrah e

Mediterrâneo, com 4 a 9 anos de idade, criadas em sistema extensivo no Estado do Amapá, e

com período pós-parto de 60 dias, correspondentes ao grupo G1 (n=30), e de 90 dias

correspondente ao grupo G2 (n=29), submetidos a sincronização da ovulação pelo protocolo

Ovsynch, com IATF programada para 12 horas (figura 3.1) e 24 horas (figura 3.2) após a

segunda aplicação de GnRH, respectivamente; e o grupo controle GC (n=15) com cio

controlado e IA 12 horas após a detecção do cio. Verificou-se a influência do ECC no início do

Page 26: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

25

tratamento, período pós-parto (intervalo do parto ao tratamento), número de partos (primíparas

ou pluríparas), inseminação programada para 12 horas e 24 horas após a segunda dose de

GnRH, e análise de custo do protocolo sobre a taxa de prenhez. A taxa de prenhez média das

59 búfalas tratadas foi de 37,29% (22/59), sendo a taxa de prenhez do GI (46,67%) e do GII

(37,29%). O autor observou que o ECC 2,5 obteve uma taxa de gestação melhor de 55,81%

(24/43), enquanto o ECC 2,5 resultou em 29,03% (9/31) de prenhez. As primíparas

apresentaram menor eficiência reprodutiva quando comparadas com vacas pluríparas (17,86%

vs. 45,90%). A análise de custos do protocolo Ovsynch nas 59 búfalas foi de R$ 31,50/animal

e R$ 84,50/prenhez. O autor constatou que a IATF, 12h após a aplicação da segunda dose de

GnRH, mostrou ser a mais adequada para búfalas criadas nestas condições, sugerindo maiores

estudos comparativos quanto a melhor hora para inseminar utilizando o protocolo Ovsynch na

espécie bubalina.

Tabela 02. Dados dos protocolos usados no trabalho de Camelo, publicado em 2002.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

30 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 12h depois) IATF 46,67%

29 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 24h depois) IATF 37,29%

Fonte: O autor.

Figura 03. Protocolo Ovsynch com IATF 12h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo, 2002; Ribeiro 2003;

Queiroz, 2003; Vale, 2006; Couto, 2007; Quinta, 2018; e Rolim Filho, 2018.

Fonte: O autor.

Figura 3.1. Protocolo Ovsynch com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por Camelo, 2002; Ribeiro, 2005;

Silva, 2003; e Rolim Filho, 2009.

Fonte: O autor.

Martins, 2002, avaliou a eficiência do protocolo de sincronização utilizando implante

auricular de progesterona (IAP) a base de norgestomet-Crestar® + eCG Folligon® para induzir

e sincronizar o cio de búfalas criadas em regime semi-extensivo, em pastagem cultivada, com

água e sal mineral ad libidum, no Estado do Pará. Considerando as diferenças entre as fêmeas

Page 27: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

26

em relação ao peso, ECC e faixa etária, 15 búfalas com idades entre dois e 10 anos de idade,

estavam distribuídas em três grupos de acordo com a fase do ciclo estral: G1 (proestro), G2

(diestro) e G3 (anestro), incluindo um animal não tratado como controle. A média de ECC dos

animais era 3,5. O protocolo de sincronização (figura 04) consistiu em um implante auricular

com 3mg de norgestomet (200µg/dia) + aplicação IM de 5mg de valerato de estradiol (VE) e

3mg de norgestomet no D0. No D9 do tratamento, o IAP foi removido sendo aplicado 700UI

de eCG. A inseminação ocorreu 12h após a detecção de cio pelo rufião. Os resultados

mostraram que 7,14% do grupo G1 demonstraram cio 24 horas após a remoção do implante,

enquanto 97,68%, correspondente aos três grupos, apresentaram sinais de estro em 48h. O

resultado da análise de variância entre o peso e o ECC mostrou diferença significativa (p <

0,01) com a idade. De acordo com os resultados obtidos o autor concluiu que o protocolo

norgestomet + eCG foi eficaz na indução ao estro em fêmeas bubalinas, em diferentes fases do

ciclo estral, criadas nas condições descritas da região amazônica.

Tabela 03. Dados da avaliação da taxa de ovulação do protocolo norgestomet-Crestar® + eCG Folligon®, testado

por Martins em 2002: Norgestomet + VE/eCG/IATF

Nº D0 D9 D10 – Taxa de ovulação

após 24h

D11 – Taxa de

ovulação após 48h

15

búfalas

IAP Crestar® + 3mg de

norgestomet e 5mg de

valerato de estradiol IM

Retirada do IAP

+ 700UI de eCG

Follingon®

7,14% 97,68%

Fonte: O autor.

Figura 04. Protocolo Crestar® com IATF 24h e 48h após a retirada do DIP, testado por Martins, 2002.

Fonte: O autor.

Ribeiro et al. (2003), realizou mais um experimento em búfalas criadas na Amazônia,

buscando avaliar o efeito protocolo Ovsynch associado a um progestágeno na taxa de prenhez

de fêmeas bubalinas criadas na Amazônia. Os animais tratados foram divididos em dois grupos:

o grupo I recebeu o tratamento com GnRH+DIP/PGF2α/GnRH, e as búfalas do grupo II

receberam GnRH/PGF2α/GnRH. A taxa de prenhez do grupo I, com média de ECC = 3,0, foi

de 50%, enquanto a do grupo II, com média de ECC = 3,1, foi de 36,6%. A partir destes

resultados, os autores concluíram que o protocolo Ovsynch associado a um progestágeno

Page 28: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

27

mostrou ser mais eficaz na sincronização e indução do cio, culminando em uma melhor taxa de

prenhez.

Tabela 04. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2003.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

DIP + GnRH PGF2α GnRH IATF 50%

GnRH PGF2α GnRH IATF 36,6%

Fonte: O autor.

Figura 05. Protocolo Ovsynch Plus testado por Ribeiro, 2003; Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e Quinta, 2018.

Fonte: O autor.

Queiroz (2003), avaliou a taxa de prenhez de 30 búfalas submetidas ao protocolo de

sincronização Ovsynch (figura 3). As búfalas possuíam um ECC ≥ 3,0, criadas em área de

várzea na região do médio amazonas, Santarém – Pará. O autor obteve uma taxa de prenhez de

53,3%, que considerou satisfatória e dentro da média nacional.

Tabela 05. Dados do protocolo testado por Queiroz em 2003.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

30 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 12h depois) IATF 53,3%

Fonte: O autor.

Silva, em 2003, verificou a influência da hora da inseminação (00:00h e 24:00h) após a

2ª dose de GnRH via sub-mucosa vulvar, ECC, número de crias (primíparas ou pluríparas),

presença ou ausência e análise de custos do protocolo Ovsynch em relação a taxa de prenhez

das búfalas tratadas. Foram tratadas 102 fêmeas bubalinas mestiças, entre as raças Murrah e

Mediterrâneo, de duas fazendas distintas: a fazenda A (pública) com 57 animias em sistema de

criação semi-extensivo, e a fazenda B (privada) com 45 animais em regime semi-intensivo. Os

animais foram subdivididos em dois grupos em cada fazenda experimental: G1 e G2 com 31

(00:00h) e 26 (24:00h) animias, respectivamente, na fazenda A; e G1 e G2 com 22 (00:00h) e

23 (24:00h) animais, respectivamente, na fazenda B. a taxa de prenhez total foi de 35,29%

(36/102). Na fazenda 28,07% das fêmeas tratadas ficaram gestantes e na fazenda B 44,44%. A

taxa de prenhez por tempo fixo foi de 25,81% (G1) e 30,77% (G2) na fazenda A, e 40,91%

(G1) e 47,83% (G2) na fazenda B. Não houve diferença estatística entre os resultados dos

Page 29: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

28

animias inseminados imediatamente após a 2ª dose de GnRH e os inseminados 24h depois

(P>0,05). A utilização da via sub-mucosa vulvar durante o tratamento hormonal não modificou

a eficácia do protocolo. Não houve diferença estatística (P>0,05) na taxa de prenhez em relação

as búfalas primíparas ou pluríparas e entre o ECC dos animais, embora os da fazenda B tenham

obtido um resultado melhor de 45,16% (14/31) e 42,86% (6/14) respectivamente para ≤ 3 e >

3. As melhores taxas de prenhez foram obtidas em animais sem bezerro. O custo por prenhez

do protocolo Ovsynch foi de R$ 44,53 na fazenda A e R$ 46,18 na fazenda B. A autora concluiu

que o protocolo Ovsynch demonstrou ser viável para a sincronização do cio de bubalinos

criados em regimes diferentes na Amazônia, mostrando que os resultados quanto a hora da

inseminação testados (00:00h – fugura 3.3, e 24:00h – figura 3.1), foram semelhantes ao

protocolo convencional com tempo fixo de 16:00h.

Tabela 06. Dados dos protocolos Ovsynch testados por Silva em 2003.

Nº D0 D7 D9 Taxa de prenhez

31 búfalas GnRH PGF2α GnRH + IATF 25,81%

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

26 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF

24h depois)

IATF 30,77%

Nº D0 D7 D9 Taxa de prenhez

22 búfalas GnRH PGF2α GnRH + IATF 40,91%

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

23 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF

24h depois)

IATF 47,83%

Fonte: O autor.

Figura 3.3. Protocolo Ovsynch com IATF imediatamente após a 2ª dose de GnRH (00:00h), testado por Silva,

2003; e Rolim Filho, 2009.

Fonte: O autor.

Em 2005, Ribeiro relatou mais dois experimentos com o objetivo de aumentar a taxa de

prenhez utilizando DIP em búfalas mertiças entre as raças Murrah e Mediterrâneo, na

Amazônia. O primeiro experimento, em sistema semi-intensivo de criação, foi dividido em dois

grupos: G1 com 14 fêmeas tratadas com DIP de 1g adicionada ao Ovsynch (Ovsynch Plus) com

inseminação 24 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 5.1), e G2 com 15 fêmeas tratadas sem

DIP com inseminação 24 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 3.1). O segundo experimento,

Page 30: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

29

em regime extensivo de criação, foi dividido em G1 com 29 fêmeas tratadas com Ovsynch Plus

e inseminadas 16 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 5.2), e G2 com 20 fêmeas tratadas só

com Ovsynch e inseminadas 16 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 3.2). No experimento 01

o grupo G1 obteve 71,31% de prenhez, e o G2 59,75%. Já no experimento 02 a taxa de prenhez

do grupo G1 e G2, resultou em 65,5% e 60%, respectivamente. Os resultados obtidos revelaram,

segundo o autor, que búfalas submetidas a protocolos de IATF com fonte intravaginal de

progesterona (Ovsynch Plus), obtiveram taxa de prenhez superior às do protocolo Ovsynch, em

diferentes tipos de criação na região amazônica.

Tabela 07. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2005.

Nº D0 D9 D10 D11 Taxa de prenhez

14

búfalas

DIP de 1g

CRONIPRES

® + 2ml de

GnRH

ESTROGIN®

Retirada do DIP

+ 1ml de PGF2α

CRONIBEN®

1ml de GnRH

ESTROGIN®

(IATF 24h depois)

IATF 71,35%

15

búfalas

2ml de GnRH

ESTROGIN®

1ml de PGF2α

CRONIBEN®

1ml de GnRH

ESTROGIN®

(IATF 24h depois)

IATF 59,75%

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

29

búfalas

DIP 1g

CRONIPRES

® +

1ml/100µg de

GnRH

Rtirada do

DIP

CRONIPR

ES® +

2ml/7,5mg

de PGF2α

1ml/100µg de

GnRH

(IATF 16h

depois)

IATF 65,5%

20

búfalas

GnRH PGF2α GnRH

(IATF 16h

depois)

IATF 60%

Fonte: O autor.

Figura 5.1. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 24h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro, 2005.

Fonte: O autor.

Figura 5.2. Protocolo Ovsynch Plus com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro, 2005; e Picanço,

2006.

Fonte: O autor.

Page 31: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

30

Figura 3.2. Protocolo Ovsynch com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testado por Ribeiro, 2005; e Picanço,

2006.

Fonte: O autor.

Vale et al. (2006), relatou dois experimentos. O primeiro na fazenda A com 45 búfalas

Murrah, na faixa etária de seis a 12 anos de idade, pluríparas, entre 45 e 70 dias pós-parto,

divididas em três grupos (G1, G2 e G3) para calcular a taxa de gestação após 30, 45 e 60 pós-

parto. A fazenda localizava-se dentro de uma típica área de floresta amazônica, e os animais,

com ECC ≥ 3, eram submetidos a um manejo semi-intensivo, ordenhadas uma vez ao dia, e

separados dos bezerros durante a noite. Também eram mantidos em pastagem cultivada com

Brachiaria humidícula, e suplementados com silagem, ração comercial com 16% de proteína e

sal mineral ad libitum. O experimento foi realizado entre os meses de abril e maio e buscou

avaliar o efeito do protocolo Ovsynch (figura 01) na taxa de prenhez, durante a estação do ano

desfavorável. Foram realizados diagnósticos de gestação com 30, 45 e 60 dias após a IATF (G1,

G2 e G3 – entre 66,7 – 88,6%). Entretanto, depois de 75 dias, as taxas de gestação das búfalas

sofreram mudanças no G1=53,3% (8/15), G2=66,6% (10/15), P=0,05; (P < 0,001) e no

G3=46,6% (7/15), somando um total de 55,5% (25/45) gestações. Em seguida, foi realizada

uma segunda inseminação nas búfalas vazias após a detecção do estro pelo rufião. Destas,

55,5% (11/20) emprenharam, somando um total de 80% (36/45) de prenhez. Na fazenda B, 60

búfalas mestiças (Murrah e Mediterrâneo), pluríparas, com idades entre seis e nove anos, com

mais de cinco meses de paridas, foram divididas em dois grupos. A fazenda ficava situada no

cerrado da região central do Brasil, 650m acima do nível do mar, com temperatura variando

entre 16-36ºC, aonde 95% dos bezerros nasciam entre os meses de maio e julho. Nesta fazenda

os animais eram ordenhados duas vezes por dia, possuíam ECC ≥ 3, e eram mantidos em pasto

de Brachiaria brizantha e Pannicum maximum, suplementados com silagem, ração comercial

com 16% de proteína de acordo com a produção de leite e sal mineral fornecido em cocho ad

libidum. Entre outubro e novembro de 2004, foi realizada a estação de monta. Dois grupos, G1

e G2, receberam por via IM protocolos hormonais com DIP+BE/PGF2α+eCG/hCG+GnRH

(G1) – figura 06, e DIP+BE/PGF2α/GnRH (G2) – figura 07, seguido de IATF. Este trabalho de

Vale (2006) mostrou que a taxa de prenhez obtida com a sincronização do cio das fêmeas do

Page 32: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

31

G1 (55,3% com DIP+BE/PGF2α+eCG/hCG) apresentou fertilidade superior à do G2 (46,3%

com DIP+BE/ PGF2α/GnRH).

Tabela 08. Dados dos protocolos testados por Vale em 2006.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

15

búfalas

GnRH PGF2α GnRH IATF 53,33%

15

búfalas

GnRH PGF2α GnRH IATF 66,6%

15

búfalas

GnRH PGF2α GnRH IATF 46,6%

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

30

búfalas

pluríparas

Introdução

do DIP +

2mg de BE

Sincrodiol®

Retirada do DIP

+ 0,150mg de

PGF2α + 500UI

de eCG® (tarde)

1500 UI de

Hcg + 25µg

de GnRH

(tarde)

IATF

(manhã)

55,3%

30

búfalas

pluríparas

Introdução

do DIP +

2mg de BE

Sincrodiol®

Retirada do DIP

+ 0,150mg de

PGF2α + (tarde)

25µg de

GnRH (tarde)

IATF

(manhã)

46,3%

Fonte: O autor.

Figura 06. Protocolo testado por Vale em 2006: DIP + BE/PGF2α + eCG/hCG + GnRH/IATF

Fonte: O autor.

Figura 07. Protocolo testado por Vale em 2006: DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF

Fonte: O autor.

Picanço, 2006, realizou um experimento no Estado do Amapá, no período de novembro

de 2004 a fevereiro de 2005, estação favorável à reprodução. Foram utilizadas 93 búfalas

mestiças (Murrah vs Mediterrâneo), pluríparas, com idade média de seis anos, divididas em 70

Page 33: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

32

animais submetidos a IATF e 23 compondo o grupo controle. Os animais sincronizados foram

divididos em três grupos: G1 com 20 animais utilizando o protocolo Ovsynch; G2 com 29

animais usando o protocolo Ovsynch Plus; e G3 com 21 animais submetidos ao protocolo

chamado pela autora de CL-synch: CL+PGF2α/GnRH (figura 08). O grupo controle (G4)

correspondeu a 23 animais que foram inseminados 12h horas depois da detecção do cio. A taxa

de prenhez total foi de 55,91%. Das 70 búfalas inseminadas em tempo fixo, 61,43% ficaram

gestantes. A taxa de prenhez dos grupos G1, G2, e G3 resultaram em 60%, 65,5% e 57,14%,

respectivamente. No grupo G4 39,13% ficaram gestantes. Dos 70 animais sincronizados

48,57% apresentavam muco e 77,14% apresentavam contratilidade uterina durante a IATF, e

os animais com ECC ≥ 2,5 apresentaram as melhores taxas de prenhez. A tese de Picanço

mostrou que é possível obter resultados satisfatórios com o emprego da IATF em búfalas

criadas em área de várzea na Amazônia, principalmente com a inserção da fonte de

progesterona no protocolo de sincronização da ovulação.

Tabela 09. Dados dos protocolos testados por Picanço em 2006.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

20

búfalas

1ml/25µg de GnRH

(tarde)

2ml/150µg de

D-cloprostenol

PGF2α (tarde)

1ml/25µg de GnRH

(tarde) IATF 16h depois

IATF

(manhã)

60%

29

búfalas

1ml/25µg de GnRH

+ DIP 1g (tarde)

2ml/150µg de

D-cloprostenol

PGF2α (tarde)

1ml/25µg de GnRH

(tarde) IATF 16h depois

IATF

(manhã)

65,5%

Nº D0 D2 D3 Taxa de prenhez

21

búfalas

Palpação do CL+2ml/150µg de

D+cloprostenol PGF2α (tarde)

1ml/25µg de GnRH (tarde)

IATF 16h depois

IATF

(manhã)

57,14%

Fonte: O autor.

Figura 08. Protocolo CL-synch com IATF após 16h da 2ª dose de GnRH, testado por Picanço, 2006

Fonte: O autor.

Tanaka, em 2007, avaliou o uso da IATF em búfalas na estação reprodutiva

desfavorável, testando o protocolo Ovsynch na época de seca, verificando também a eficácia

do protocolo Ovsynch Plus com DIP de 3º uso nas mesmas condições. O experimento foi

realizado no município de Peixe Boi, nordeste paraense, entre os meses de dezembro de 2006

e janeiro de 2007. De 121 animais disponíveis, somente 31 búfalas foram inseminadas, sendo

Page 34: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

33

estas divididas em dois grupos: G1 com 15 animais submetidos ao protocolo Ovsynch com

inseminação 18 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 3.4), e G2 com 16 animais submetidos

ao protocolo Ovsynch Plus com inseminação 18 horas após a 2ª dose de GnRH (figura 5.5). A

taxa de prenhez total foi de 41,94% (13/31), 33,33% (5/15) gestantes no G1 e 50% (8/16)

gestantes no G2. A autora concluiu que a utilização de DIP de 3º junto com eCG no protocolo

se mostrou eficiente, obtendo resultados dentro da média nacional em estação reprodutiva

desfavorável.

Tabela 10. Dados dos protocolos testados por Tanaka em 2007.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

15

búfalas

1ml/25µg de GnRH

(tarde)

2ml/150µg de D-

cloprostenol PGF2α

(tarde)

1ml/25µg de

GnRH (tarde)

IATF 18h depois

IATF

(manhã)

33,33%

29

búfalas

DIP de 3º uso +

1ml/25µg de GnRH

+ DIP 1g (tarde)

2ml/150µg de D-

cloprostenol PGF2α +

300UI de eCG (tarde)

1ml/25µg de

GnRH (tarde)

IATF 18h depois

IATF

(manhã)

65,5%

Fonte: O autor.

Figura 3.4. Protocolo Ovsynch com IATF 18h após a 2ª dose de GnRH, testado por Tanaka, 2007.

Fonte: O autor.

Figura 5.5. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 18h após a segunda dose de GnRH, testado por Tanaka em

2007.

Fonte: O autor.

Couto, em 2007, buscou avaliar a eficiência da sincronização da ovulação utilizando

duas dosagens de eCG, nos protocolos DIP+BE no D0, PGF2α+eCG no D8 com retirada do

DIP, BE no D9, e IATF no D10, e estes com o Ovsynch em relação a taxa de prenhez. Foram

utilizadas 94 búfalas da raça Murrah com idades entre dois e 4,5 anos, com até três crias, não

lactantes, mantidas em sistema de pastejo rotacionado intensivo. O experimento foi dividido

Page 35: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

34

entre o período mais chuvoso e menos chuvoso na mesorregião do nordeste paraense. No

período chuvoso, 24 búfalas foram divididas em dois grupos de 12 animais: o grupo I recebeu

uma dose de BE + DIP de 2º uso no dia 0 (D0), e a outra metade destes animais (grupo II)

recebeu uma dose de BE + DIP de 1º uso (figura 09). No dia 08 (D8) foi retirado o DIP e

aplicado PGF2α, no dia 09 (D9) foi administrado uma dose de GnRH e no dia 10 (D10) ocorreu

a inseminação. No período menos chuvoso foram utilizados 70 animais divididos em três

grupos: no grupo I (G1) foi utilizado o DIP 1º uso; no grupo II (G2) foi utilizado o DIP de 2º

uso; e no grupo III o protocolo Ovsynch. Os animais tratados com DIP receberam também

dosagens de eCG no D8 (400UI e 300UI, respectivamente), entre os grupos do período menos

chuvoso (figura 10). A taxa de prenhez dos animais inseminados no período chuvoso e menos

chuvoso foi de 41,6% e de 50% (P < 0,05), respectivamente. Não houve diferença na taxa de

prenhez entre os animais com fonte de progesterona nova e reutilizada. Na época menos

chuvosa a taxa de prenhez entre os grupos com progesterona de 1º uso + 400UI de eCG foi de

25%, enquanto a taxa de prenhez do grupo com progesterona de 2º uso + 300UI de eCG foi de

50%. Quanto as búfalas protocoladas com Ovsynch, 66,6% ficaram prenhas. O autor ponderou

que a adição do DIP ao protocolo Ovsynch (Ovsynch Plus), tornou-o mais caro devido ao custo

dividido por cada uso do dispositivo, e concluiu que as doses diferentes de eCG não

influenciaram significativamente nos resultados. Concluiu também que a reutilização do DIP

foi eficiente em relação ao seu 1º uso e o clima mais chuvoso e menos chuvoso no nordeste

paraense não influenciou na taxa de prenhez.

Tabela 11. Dados dos protocolos testados por Couto em 2007.

Nº D0 D8 D9 D10 Taxa de prenhez

24 búfalas DIP (12 de 1º e 12 de 2°

uso) + BE

Retirada do DIP +

PGF2α

GnRH IATF 41,6%

70 búfalas DIP + BE Retirada do DIP +

PGF2α + eCG

(400 e 300UI)

GnRH IATF 50%

n.d. GnRH PGF2α GnRH IATF 66,6%

Fonte: O autor.

Figura 09. Protocolo de 10 dias DIP + BE/PGF2/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007;

Fonte: O autor.

Page 36: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

35

Figura 10. Protocolo de 10 dias DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH/IATF, testado por Couto, 2007.

Fonte: O autor.

Rolim Filho, em 2009, avaliou a eficiência do protocolo Ovsynch em bubalinos criados

em um sistema misto de várzea e terra firme com pastagem cultivada, na Unidade de Pesquisa

Bubalina Dr. Felisberto Camargo da Embrapa Amazônia Oriental, localizada em Belém. Foram

selecionadas 57 fêmeas bubalinas divididas em dois grupos: G1 com 31 animais e G2 com 26

animais, ambos submetidos a sincronização com o protocolo Ovsynch e inseminados 00:00h

(G1) – figura 3.3, e 24:00h (G2) – figura 3.1, após a 2ª dose de GnRH. As taxas de prenhez

resultaram em 25,81% (08/31) búfalas gestantes no G1 e 30,77% (08/26) no G2. O autor

concluiu que o protocolo Ovsynch é uma ferramento viável que pode ser usada para o uso da

IATF na Amazônia, desde que utilizada adequandamente.

Tabela 12. Dados dos protocolos Ovsynch testados por Rolim Filho em 2009.

Nº D0 D7 D9 Taxa de prenhez

31 búfalas GnRH PGF2α GnRH + IATF 25,81%

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

26 búfalas GnRH PGF2α GnRH (IATF 24h depois) IATF 30,77%

Fonte: O autor.

Pinto, 2010, avaliou a eficiência do protocolo Ovsynch Plus + Ecg (figura 5.4), em

búfalas leiteiras da raça Murrah com período pós-parto > 60 dias, em lactação e com bezerro

ao pé. Também foi avaliada a influência do muco e da contratilidade uterina, do período pós-

parto e da ordem de parto na taxa de prenhez. A fazenda, localizada no nordeste paraense,

possuía uma criação intensiva com pastagem cultivadas rotativas formadas por capim

braquiarão (Brachiarya brizanta) e mombaça (Panicum maximum), com sal mineral e água a

vontade. 27 búfalas, em anestro puerperal, com ECC > 2,0, foram selecionadas e submetidas

ao protocolo Ovsynch Plus + eCG. No entanto antes da inseminação foi realizado um exame

ginecológico através de palpação retal para verificar a presença de muco e contratilidade

uterina. Após esta avaliação os animais que não apresentaram estes indicadores de estro, não

Page 37: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

36

foram inseminados. Sendo assim, 18 animais foram inseminados, subdivididos em dois grupos

menores, onde o primeiro grupo (G1) era composto por seis búfalas com ECC médio de 2,5 e

com período pós-parto de 60 a 120 dias. Já o segundo grupo (G2) era composto por 12 búfalas

com ECC de 2,8 e período pós-parto acima de 120 dias. As inseminações foram realizadas por

um único inseminador. O diagnóstico de gestação foi realizado de 25 a 30 dias após a IATF.

Foram comparadas as diferenças de frequências/probabilidades em relação às variáveis

contratilidade uterina, presença de muco uterino, período pós-parto e ordem de parto em relação

à taxa de prenhez, assim como a eficiência do protocolo no grupo animal trabalhado. 61,1% de

todas as búfalas inseminadas, tornaram-se gestantes. O grupo G1 obteve 66,6% de prenhez,

enquanto o grupo G2 obteve 58,3%, não havendo diferença estatística entre ambos (P>0,05).

Das 18 búfalas inseminadas, seis eram primíparas, e 83,3% destas tornaram-se gestantes. Já o

grupo das pluríparas era composto por 12 búfalas, onde destas, 50% tornaram-se gestantes.

Porém não houve diferença estatística entre estes grupos (P > 0,05). A taxa de prenhez das

primíparas apresentou-se superior a taxa das pluríparas, provavelmente porque as primíparas

ainda não estão em plena produção leiteira, pois elas ainda estão na primeira lactação, dessa

forma sobra mais reserva energética, podendo destinar assim energia para o processo

reprodutivo, diferentemente das pluríparas que já estão em plena produção de leite, ficando

assim mais susceptíveis aos efeitos do balanço energético negativo. Segundo Zicarelli (1999),

a perda de peso de búfalas no início da lactação varia com o nível de produção do animal, de

modo que as búfalas mais produtivas se apresentam mais magras que as menos produtivas.

Portanto a ordem pós-parto influenciou na taxa de prenhez. O protoclo Ovsynch Plus + eCG

mostrou bons resultados em búfalas em lactação, a presença de muco e contratilidade uterina

são sinais da resposta positiva a indução hormonal, resultando em taxas de prenhez satisfatórias,

não sofrendo influência do período pós-parto.

Tabela 13. Dados dos protocolos testados por Pinto em 2010.

Nº D0 D8 D9 D10 Taxa de prenhez

06 búfalas

Com 60 a

120 dias

pós-parto

DIP de 1g + 1,0ml

de GnRH

(GESTRAN

PLUS®) (manhã)

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

300UI de eCG

SincroeCG® (manhã)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

(manhã)

IATF

(tarde)

66,6%

12 búfalas

com mais

de 120 dias

pós-parto

DIP de 1g + 1,0ml

de GnRH

(GESTRAN

PLUS®) (manhã)

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

300UI de e CG

SincroeCG® (manhã)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

(manhã)

IATF

(tarde)

58,3%

Fonte: O autor.

Page 38: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

37

Figura 5.4. Protocolo Ovsynch Plus + eCG, testado por Pinto, 2010; Ribeiro, 2017; e Rolim Filho, 2018

Fonte: O autor.

Nunes, 2010, avaliou a eficiência de um método de sincronização econômico e prático

em búfalas criadas em regime extensivo de pastagem natural no Estado do Amapá (várzea) e

em pastagem cultivada no Estado do Pará (terra firme). 208 búfalas lactantes, mestiças entre as

raças Murrah e Mediterrâneo, com idades entre 30 meses e 10 anos, foram submetidos a IATF.

Aos animais que apresentaram CL no D0 foram aplicados 2ml de PGF2α. No D3 as búfalas

foram avaliadas para verificar a presença de muco e contratilidade uterina para a posterior

inseminação com sêmen de diferentes reprodutores, junto da administração de 1ml de GnRH

(figura 02). Entre 45 e 90 dias após a IATF foi realizado o diagnóstico de gestação através de

palpação retal que resultou em 42,79% de prenhez. Segundo o autor, o bom ECC e a presença

de contração uterina e muco, foram excelentes sinais indicadores de um bom crescimento e

diferenciação folicular, culminando com a indução da ovulação. O autor também concluiu que

o protocolo usado mostrou ser eficiente e promissor pelo baixo custo, pois necessita somente

de dois manejos de contenção dos animais.

Tabela 14. Dados do protocolo testado por Nunes em 2010.

Nº D0 D3 Taxa de prenhez

208 búfalas Palpação do CL + 2ml/150µg de D-

cloprostenol PGF2α (tarde)

Exame ginecológico + IATF +

1ml/100µg de GnRH (tarde)

42,79%

Fonte: O autor.

Pamplona, em 2011, avaliou a eficiência reprodutiva de búfalas leiteiras submetidas a

IATF com o uso do protocolo Ovsynch Plus + Ecg e inseminadas 16 horas após a 2ª dose de

GnRH (figura 5.3), considerando a influência do ECC, período pós-parto, número de parições,

período de serviço e idade ao primeiro parto na taxa de prenhez. O estudo foi realizado em área

de terra firme no município de Mojú – PA. Foram utilizadas 29 búfalas em lactação, com

bezerro ao pé, da raça Murrah, com idades variadas, e histórico do período pós-parto ≥ 60 dias

com ECC ≥ 2. A taxa de prenhez total obtida foi de 61,1%. Os animais que apresentaram ECC

≥ 2,5 obtiveram taxa de prenhêz de 66,7%, e os animais que apresentaram período pós-parto

entre 60 e 120 dias, obtiveram o mesmo índice de prenhez. Quanto ao número de parições, as

Page 39: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

38

primíparas apresentaram taxa de prenhez de 83,3% e as pluríparas taxa de 50%. Pode-se

concluir que o protocolo Ovsynch Plus + eCG alcançou bons resultados nos animais tratados,

podendo ser uma alternativa para melhorar a eficiência reprodutiva na bubalinocultura de leite.

Tabela 15. Dados do protocolo Ovsynch Plus + eCG testado por Pamplona em 2011.

Nº D0 D8 D9 D10 Taxa de prenhez

29

búfalas

1ml/25µg de GnRH

+ DIP 1g (manhã)

2ml/150µg de D-

cloprostenol PGF2α +

300UI de eCG (manhã)

1ml/25µg de

GnRH (manhã)

IATF 16h depois

IATF

(tarde)

61,1%

Fonte: O autor.

Figura 5.3. Protocolo Ovsynch Plus + eCG com IATF 16h após a 2ª dose de GnRH, testatdo por Pamplona, 2011

Fonte: O autor.

Pfeifer, em 2013, avaliou a eficácia de um protocolo de IATF em búfalas leiteiras,

durante uma curta estação de monta, entre setembro e novembro de 2012, no município de

Presidente Médice, Rondônia. Foram avaliadas 23 búfalas leiteiras mestiças (Murrah vs

Mediterrâneo), pluríparas, com idades entre quatro e 13 anos, mantidas em pastagem cultivada

de Brachiaria Brizantha com água e sal mineral ad libidim. As búfalas foram submetidas a um

protocolo de sincronização de 12 dias com quatro manejos (figura 9.1): DIP + BE no D0,

retirada do DIP + PGF2α no D9, GnRH no dia 11 (D11) e a IATF realizada no dia 12 (D12),

18 horas após o terceiro manejo. Houve a queda do DIP em três animais, os quais foram

excluídos da primeira avaliação. A taxa de prenhez da primeira IATF foi de 35% (7/20),

contudo, após a ressincronização, 75% (12/16) das fêmeas ficaram gestantes (P=0,01). O autor

concluiu que a taxa de prenhez superior nos animais submetidos a ressincronização, deve-se a

uma melhor sincronização do crescimento das ondas foliculares e dos folículos pré-ovulatórios,

concentrando melhor a ovulação no momento da IATF.

Tabela 16. Dados dos protocolos testados por Pfeifer em 2013.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

20 búfalas 2mg BE +

DIP de 1g

Retirada do DIP +

500µg de PGF2α

100µg de GnRH

(IATF 18h depois)

IATF 35%

16 búfalas 2mg BE +

DIP de 1g

Retirada do DIP +

500µg de PGF2α

100µg de GnRH

(IATF 18h depois)

IATF 75%

Fonte: O autor.

Page 40: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

39

Figura 9.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2/GnRH/IATF, testado por Pfeifer, 2013; e Rolim Filho, 2018.

Fonte: O autor.

Neto, 2016, avaliou a correlação da IATF com a contratilidade uterina e a presença de

muco no dia da inseminação em relação a taxa de prenhez de búfalas mestiças, entre as raças

Murrah e Mediterrâneo, criadas em sistema extensivo em área de várzea no Estado do Amapá.

48 búfalas foram submetidas a um protocolo hormonal de 12 dias com quatro manejos que

consistiu em administrar BE + DIP monodose no D0, retirada do DIP + PGF2α + eCG no D9,

GnRH no D11 e IATF no D12, 64 horas após a retirada do DIP (figura 10.1). A taxa de prenhez

após 30 dias foi de 47,9%, considerada satisfatória para o sistema de criação, segundo o autor.

25 búfalas apresentaram diagnóstigo de gestação negativo, dentre elas 4 com inseminação

(antes da cérvix), 18 com inseminação boa (anéis craniais da cérvix) e nenhuma com

inseminação excelente (corpo uterino). Por fim o autor relatou que 43,75% dos animais

apresentaram muco durante a IATF, e 97,9% das búfalas apresentaram útero contraído, porém

somente 47,83% destas, foram diagnosticadas com prenhez.

Tabela 17. Dados do protocolo testado por Neto em 2016.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

48 búfalas 2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

monodose

PRIMER®

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG®

0,004mg

de GnRH

(tarde)

IATF

(manhã)

47,9%

Fonte: O autor.

Figura 10.1. Protocolo de 12 dias DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH/IATF, testado por Neto em 2016.

Fonte: O autor.

Page 41: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

40

Lima, 2016, avaliou a influência da presença ou ausência do corpo lúteo na taxa de

gestação de búfalas mestiças entre as raças Murrah e Mediterrâneo, criadas em sistema

extensivo em área de várzea no estado do Amapá. 48 animais foram avaliados e separados em

grupos, quanto a presença de CL (G1) – figura 11, ou ausência (G2) de CL – figura 10.1, e em

seguida submetidos ao protocolo hormonal de 12 dias que consistiu em administrar BE + DIP

monodose no D0, retirada do DIP + PGF2α + eCG no D9, GnRH no D11 e IATF no D12, 64

horas após a retirada do DIP. Após 30 dias, o grupo G1 obteve 40% (8/20) de prenhez, contra

53,57% (15/28) do grupo G2. Este estudo mostrou que o uso deste protocolo em animais sem

CL palpável foi eficaz, pela sincronização da ovulação simultânea às fêmeas cíclicas (CL

palpável).

Tabela 18. Dados dos protocolos testados por Lima em 2016.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

20

búfalas

2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

monodose

PRIMER® (com CL)

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

0,004mg de

GnRH (tarde)

IATF

(manhã)

40%

28

búfalas

2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

monodose

PRIMER® (sem CL)

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

0,004mg de

GnRH (tarde)

IATF

(manhã)

53,57%

Fonte: O autor.

Figura 11. Protocolo CL + DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testato do Lima em 2016.

Fonte: O autor.

Lima, 2016, avaliou a influência da IATF em búfalas de diferentes categorias na taxa de

gestação. Foram avaliadas oito fêmeas primíparas (G1) e 40 fêmeas pluríparas (G2), submetidas

a um protocolo de sincronização de 12 dias DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH com IATF 16 horas

após a dose de GnRH (figura 10.1). O grupo G1 obteve 50% das fêmeas gestantes, enquanto o

grupo G2 obteve 47,5% de taxa de prenhez, após 30 dias da IATF. Este resultado mostrou que

Page 42: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

41

não houve diferença significativa entre as duas categorias de fêmeas sincronizadas em relação

a taxa de prenhez.

Tabela 19. Dados dos protocolos testados por Lima em 2016.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

08 búfalas

Primíparas

2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

monodose

PRIMER® (tarde)

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

0,004mg

de GnRH

(tarde)

IATF

(manhã)

50%

40 búfalas

pluríparas

2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

monodose

PRIMER® (tarde)

Retirada do DIP + 0,5mg

de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

0,004mg

de GnRH

(tarde)

IATF

(manhã)

47,5%

Fonte: O autor.

Lima, 2016, testou a influência do protocolo D22 com o uso de 2mL de BE na taxa de

prenhez de búfalas submetidas a IATF. 96 fêmeas da raça Murrah, criadas em regime extensivo,

em área de várzea no Estado do Amapá, foram submetidas ao protocolo D22 + BE (figura 12)

que consistiu em utilizar o DIP de 1º uso + BE no D0, retirada do DIP + PGF2α + eCG no D8,

e duas IATF (58h e 70 horas após a retirada do DIP). No D22, todas as 96 búfalas iniciaram o

protocolo de ressincronização com DIP de 2º uso + BE novamente. No D30 foi realizado o

diagnóstico de gestação e as fêmeas que não estavam prenhas continuaram o protocolo de

ressincronização no D8, fazendo a retirada do DIP + PGF2α + eCG, sendo as mesmas

inseminadas 50h após a retirada do DIP, no D10. A primeira IATF teve como resultado 47,91%

de taxa de prenhez, enquanto a ressincronização com 2mg de BE resultou em 12% de prenhêz,

possivelmente relacionada a realização de apenas uma IATF, 50h após a retirada do DIP de

segundo uso.

Tabela 20. Dados do protocolo D22 + BE testado por Lima em 2016.

Nº D0 D8 D11 D22 D30 D32 Taxa de prenhez

96

búfalas

2mg

de BE

+ DIP

1º uso

(tarde)

Retirada do

DIP + 0,5mg

de PGF2α +

400UI de

eCG (tarde)

IATF 58h

(manhã) e

70h (noite)

após a

retirada do

DIP.

2mg de

BE +

DIP 2º

uso

(tarde)

0,5mg de

PGF2α +

400UI de eCG

nas não

gestantes

IATF 50h

após a

retirada do

DIP de 2º

uso.

47,91% na 1ª

IATF, e 12% na

ressincronização

Fonte: O autor.

Page 43: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

42

Figura 12. Protocolo D22 + BE com IATF 58 e 70h após a retirada do 1º DIP e 50h após a retirada do 2º DIP,

testado por Lima em 2016.

Fonte: O autor.

Bezerra, em 2016, avaliou diferentes protocolos de sincronização da ovulação em

fêmeas bubalinas, durante as estações reprodutivas favorável e desfavorável, na baixada

maranhense, Estado do Maranhão, situada na Amazônia. Foram utilizadas 200 fêmeas

bubalinas da raça Murrah, lactantes, criadas extensivamente em pastagem nativa, com água e

sal mineral ad libidum. Com base no histórico de nascimento dos bezerros na região, o mês de

julho foi escolhido para a estação do ano favorável e o mês de janeiro para a estação

desfavorável. Foram aplicados quatro protocolos para sincronização das ovulações:

GnRH/PGF2α/Hcg com IATF 16 horas após a aplicação de hCG (figura 13) como controle para

a estação favorável; GnRH/PGF2α+eCG/BE com IATF 48h após aplicação de BE (figura 14)

para a estação favorável; DIP+BE/PGF2α+eCG/hCG com IATF 16 horas após a aplicação do

hCG (figura 15) como controle para a estação desfavorável; e DIP+BE/PGF2α+eCG/BE com

IATF 40 horas após a segunda dose de BE (figura 16) para a estação desfavorável. Foi realizado

o acompanhamento da dinâmica folicular de todas as fêmeas tratadas para avaliar a taxa de

ovulação, bem como a IATF para avaliar a taxa de gestação por protocolo hormonal. Todas as

fêmeas responderam bem aos tratamentos, havendo efeito do indutor de ovulação no diâmetro

do folículo dominante e ovulatório (P < 0,05). A taxa de ovulação foi superior nos animais

tratados com hCG (65%) em relação aos tratados com BE (30%), sem influência da estação

reprodutiva. Também não houve diferença relevante entre as taxas de concepção na mesma

estação do ano entre os diferentes protocolos utilizados, mas no geral 55% das fêmeas tratadas

na época favorável ovularam, contra 40% de ovulação na época desfavorável, mesmo com o

uso de progesterona. O hCG induziu a ovulação 21,4 horas mais cedo na estação favorável, e

24 horas mais cedo na estação desfavorável em relação ao BE. Em relação a taxa de gestação

total, 29% (29/100) das fêmeas inseminadas na estação favorável ficaram prenhas, contra 3%

(3/100) na estação desfavorável (P < 0,01). Portanto, o autor concluiu que o hCG foi mais

eficiente na indução da ovulação sincronizada que o BE, não sendo possível obter taxas de

Page 44: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

43

gestações satisfatórias no período desfavorável em fêmeas bubalinas criadas extensivamente

em pastagem nativa de várzea na Amazônia.

Tabela 21. Dados dos protocolos testados por Bezerra em 2016.

Nº D0 D7 D9 D10 Taxa de prenhez

50 búfalas 0,02mg de

GnRH

(tarde)

2ml/150µg de D-

cloprostenol PGF2α (tarde)

1000UI de hCG;

IATF 16h depois

IATF

(manhã)

32%

Nº D0 D7 D8 D10 Taxa de prenhez

50 búfalas 0,02mg de

GnRH

(manhã)

2ml/150µg de PGF2α +

400UI de eCG (manhã)

1mg de BE;

IATF 48h depois

(manhã)

IATF

(manhã)

26%

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

100 búfalas DIP de 1g +

2mg de BE

(tarde)

Retirada do DIP +

2ml/150µg de PGF2α +

400UI de eCG (tarde)

1000UI de hCG;

IATF 16h depois

(tarde)

IATF

(manhã)

3%

Nº D0 D9 D10 D12 Taxa de prenhez

100 búfalas DIP de 1g +

2mg de BE

(manhã)

Retirada do DIP +

2ml/150µg de PGF2α +

400UI de eCG (manhã)

1mg de BE; IATF

40h depois

(manhã)

IATF

(manhã)

1%

Fonte: O autor.

Figura 13. Protocolo GnRH/PGF2α/Hcg/IATF, com IATF 16h após a dose de hCG, testado por Bezerra, 2016.

Fonte: O autor.

Figura 14. Protoclo com IATF 16h após a dose de BE, testado por Bezerra em 2016: GnRH/PGF2α+

eCG/BE/IATF.

Fonte: O autor.

Figura 15. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 40h após a 2ªdose de BE, testado por Bezerra,

2016.

Fonte: O autor.

Page 45: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

44

Figura 16. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/BE/IATF com IATF 16h após a 2ª dose de BE, testado por Bezerra,

2016.

Fonte: O autor.

Ribeiro, 2017, realizou mais um estudo sobre IATF em búfalas criadas extensivamente,

verificando a influência do ECC, do período das inseminações, do touro utilizado e dos

protocolos hormonais em relação a taxa de prenhez de búfalas criadas em sistema extensivo,

em área de várzea no Estado do Amapá. O primeiro experimento foi realizado entre os meses

de setembro e outubro, em 56 fêmeas com 3,5±0,6 de ECC submetidas a um protocolo de 12

dias com DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1). O segundo experimento foi

realizado entre os meses de novembro e janeiro com um grupo G1 de 34 fêmeas com

ECC=3,59±0,7, as quais receberam o protocolo Ovsynch Plus + Ecg (figura 5.4), e outras 48

búfalas no grupo G2 com ECC=3,09±0,95, sem a dose de eCG no D9 (figura 05). No

experimento 01 a taxa de prenhez foi de 44,6%, enquanto no experimento 02 as taxas de prenhez

nos grupos G1 e G2 foram de 55,88% e 27,08%, respectivamente. Segundo o autor, a menor

taxa do grupo G2 do segundo experimento se deve a redução do ECC dos animais com o início

das enchentes na região durante o mês de janeiro, podendo-se inferir que os meses de setembro

a janeiro são adequados a IATF, e que o protocolo Ovsynch Plus + eCG mostrou resultados

satisfatórios.

Tabela 22. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2017.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

56 búfalas DIP SINCROGEST®

de 3º uso+2ml de BE

SINCRODIOL®

(manhã)

Retirada do DIP+2ml

de PGF2α

SINCROCIO®+400UI

de eCG

SINCROECG® (tarde)

1ml de GnRH

GESTRAN

PLUS®

(tarde)

IATF

(manhã)

44,6%

34 búfalas DIP monodose

PRIMER®+1ml de

GnRH GESTRAN

PLUS® (tarde)

Retirada do DIP+2ml

de PGF2α

SINCROCIO®

(tarde)+400UI de eCG

SINCROECG® (tarde)

1ml de GnRH

GESTRAN

PLUS®

(tarde)

IATF

(manhã)

55,88%

48 búfalas DIP monodose

PRIMER®+1ml de

GnRH GESTRAN

PLUS® (tarde)

Retirada do

PRIMER®+2ml de

PGF2α SINCROCIO®

1ml de GnRH

GESTRAN

PLUS®

(tarde)

IATF

(manhã)

27,08%

Fonte: O autor.

Page 46: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

45

Em 2017, Lima, fez um estudo que buscou avaliar os efeitos da vacinação contra

IBR/BVD/Leptospirose e o uso da estreptomicina na taxa de prenhez e na perda gestacional de

búfalas submetidas a IATF, criadas extensivamente em terreno de várzea no Estado do Amapá.

O experimento contou com um total de 97 búfalas pluríparas com ECC 2,94±0,43. Destes

animais, foram criados dois grupos: o grupo tratado (GT) com 43 fêmeas, e o grupo controle

(GC) com 54 fêmeas. Ambos os grupos foram submetidos ao mesmo protocolo de

sincronização de 12 dias com DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), mas somente

ao GT foi adicionado uma dose de estreptomicina (Estreptomax®), além de uma dose de vacina

reprodutiva (Poliguard®) no D9 (figura 17), sendo a segunda dose realizada no D39. O

diagnóstico de gestação foi realizado depois de 30 dias, e repetido 90 dias após as inseminações.

A taxa de prenhez do GT e do GC, respectivamente, resultou em 41,87% e 33,33%. Quanto as

perdas embrionárias dignosticadas com 90 dias, o GT sofreu 11,11% de perdas, enquanto o GC

22,22%. Dessa forma, o estudo mostrou que a estreptomicina e a vacinação reprodutiva não

influenciaram significativamente na taxa de prenhez, e nem nas perdas embrionárias,

necessitando de mais estudos.

Tabela 23. Dados dos protocolos testados por Lima em 2017.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

43

búfalas

2mg de

Sincrodiol® +

BE DIP

monodose

PRIMER®

Retirada do DIP + 0,5mg de

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® + 10mg/kg de

Estreptomax® + 1ª dose da

Poliguard® (2ª dose após 30 dias)

25µg de

Gestran

Plus®

(tarde)

IATF

(manhã)

41,87%

54

búfalas

2mg de BE

Sincrodiol® +

DIP monodose

PRIMER®

Retirada do DIP + 0,5mg de

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG®

25µg de

Gestran

Plus®

(tarde)

IATF

(manhã)

33,33%

Fonte: O autor.

Figura 17. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG + ATB + Vacina/GnRH/IATF, testado por Lima, 2017.

Fonte: O autor.

Page 47: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

46

Martins, 2017, testou a eficiência da aplicação de PGF2α (D-cloprostenol) no D0 do

protocolo de IATF em búfalas no município de Viseu, nordeste paraense. Entre dezembro de

2016 e janeiro de 2017, 104 fêmeas foram divididas em dois grupos: G1 com 48 fêmeas

apresentando ECC de 2,72±0,2, e G2 com 56 fêmeas apresentando ECC de 2,96±0,2. Ambos

os grupos foram submetidos ao mesmo protocolo de sincronização de 12 dias com

DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), todavia o G1 recebeu uma dose de 0,15mg

de PGF2α no D0 (figura 18). A taxa de prenhez de G1 foi de 27% e a de G2 de 44%, mostrando

que a adição de uma dose de prostaglandina no D0 não resultou em um melhor resultado com

esse protocolo.

Tabela 24. Dados dos protocolos testados por Martins em 2017.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

48

búfalas

2mg de BE Sincrodiol®

+ DIP monodose

PRIMER® + 0,15mg de

PGF2α Sincrocio®

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI

de eCG SincroeCG®

25µg de GnRH

Gestran Plus®

(tarde)

IATF

(manhã)

27%

56

búfalas

2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER®

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de

eCG SincroeCG®

25µg de GnRH

Gestran Plus®

(tarde)

IATF

(manhã)

44%

Fonte: O autor.

Figura 18. Protocolo DIP + BE + PGF2α/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Martins, 2017.

Fonte: O autor.

Ribeiro, 2018, avaliou a influência da progesterona injetável, do ECC e do horário da

IATF após a aplicação de GnRH, na taxa de prenhez e na perda gestacional em búfalas criadas

extensivamente. 118 búfalas pluríparas, majoritariamente da raça Murrah, foram divididas em

dois grupos: o grupo tratamento (GT) com 58 búfalas, e o grupo controle (GC) com 60 búfalas.

Ambos os grupos receberam o mesmo protocolo de sincronização de 12 dias que consistiu em

administrar DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), porém o GT foi submetido a

uma dose de 150mg de progesterona injetável IM (Sincrogest®), quatro dias após a IATF, no

dia 16 (D16) pela manhã (figura 19). Do total de búfalas selecionadas 34 apresentaram ECC

entre 2,5 e 2,75; 66 com ECC entre 3 e 3,5; e 18 com ECC ≥ 3,75. 112 búfalas foram avaliadas

Page 48: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

47

após a aplicação do GnRH no dia da IATF quanto ao horário da inseminação, sendo 34

inseminadas entre 07:00h e 09:00h, 52 entre 09:01h e 11:00h e 16 búfalas inseminadas entre

11:01h e 12:00h. Foram realizados diagnósticos de gestação aos 30, 90 e 140 dias após a

inseminação. A taxa de prenhez do GT foi de 58,6%, e a do GC foi de 56,6%, aos 30 dias. Aos

90 dias, a taxa de prenhez manteve-se no GT, mas reduziu para 50% no GC. Aos 140 dias não

houveram mais perdas gestacionais. Não houve diferença significativa do uso da progesterona

injetável no D16 na taxa de prenhez e perda gestacional. Já em relação ao ECC a taxa de prenhez

foi maior na faixa de 3-3,5 com 69,6% de prenhez, enquanto a de 2,5-2,75 ficou com 35,2%, e

55,5% para as fêmeas com ECC ≥ 3,75. Em relação ao horário da IATF não houve diferença

entre os três intervalos de tempo com taxas de 58,8%, 53,8 e 51,8, respectivamente. O autor,

portanto, concluiu que entre as três variáveis, a única que se mostrou relevante foi em relação

a faixa de ECC entre 3 e 3,5, a qual se mostrou mais adequada para promover a concepção.

Tabela 25. Dados dos protocolos testados por Ribeiro em 2018.

Nº D0 D9 D11 D12 D16 Taxa de prenhez

58 búfalas 2mg de BE

Sincrodiol®

+ DIP

monodose

PRIMER®

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG®

25µg de

GnRH

Gestran

Plus®

(tarde)

IATF

(manhã)

D16: 150mg

de

progesterona

injetável

Sincrogest®

58,6%

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

60 búfalas 2mg de BE

Sincrodiol®

+ DIP

monodose

PRIMER®

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG®

25µg de

GnRH

Gestran

Plus®

(tarde)

IATF

(manhã)

56,6%

Fonte: O autor.

Figura 19. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF/Progesterona, testado por Ribeiro em 2018.

Fonte: O autor.

Quinta, 2018, avaliou a taxa de prenhez de búfalas inseminadas em tempo fixo, criadas

extensivamente no município de Itaubal, Estado do Amapá. O trabalho foi realizado no período

Page 49: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

48

de vazante do Rio Piririm (setembro 2016 a janeiro 2017). Foram utilizadas 138 búfalas, com

ECC entre 2,5 e 4,5. Os animais pastejavam em piquetes rotativos de 50 a 100ha, com sal

mineral e a água ad libidum. As búfalas foram classificadas de acordo com o grau de sangue

(PO, 63/64; 31/32, 15/16, 7/8, 3/4) entre as raças Murrah e Mediterrâneo, e classificadas de

acordo com a presença ou ausência de CL no dia zero do protocolo. As búfalas foram

imunizadas duas vezes contra Leptospirose, BVD e IBR com a vacina FERTIGUARD®. Além

de cobertura com antibioticoterapia preventiva com ESTREPTOMAX® e

TERRAMICINA®/LA (figura 20) no D9 do protocolo com DIP + BE/PGF2 +

eCG/GnRH/IATF (figura 10.1). O experimento foi conduzido em três etapas: Primeira etapa

(estação de 14/09/2016 – 26/09/2016), 48 fêmeas com média de ECC 3,5, sendo usado o

protocolo de 12 dias com DIP de 3º uso no D0 e o inseminador H; segunda etapa (estação de

09/11/2016 – 21/11/ 2016) com 41 fêmeas divididas em dois grupos. No Grupo 1, 17 búfalas

com ECC em média de 3,69, sendo usado o protocolo de 12 dias com a aplicação de 1ml de

GnRH (GESTRAN PLUS®), sem BE, e DIP de 1º uso no D0, sem eCG no D9, e com o

inseminador H. No grupo 2, 24 búfalas com ECC em média de 2,76, foi usado o protocolo de

12 dias com DIP monodose mais 1ml de GnRH (GESTRAN PLUS®) no D0, com o

inseminador H; terceira etapa (estação de 12/01/2017 – 24/01/2017) com 49 búfalas divididas

em dois grupos. No grupo 1, 26 búfalas com ECC em média de 2,38, foi usado o protocolo de

12 dias com DIP de 1º uso, com o inseminador S. No grupo 2, 23 búfalas com ECC em média

de 3,83, foi usado o protocolo de 12 dias, aplicando-se somente 1ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) no D0, e apenas 2,0ml de PGF2α IM (SINCROCIO®) no D9, com o inseminador S.

Após 30 a 60 dias das inseminações de cada etapa, foi realizado o exame ultrassonográfico para

o diagnóstico de gestação. Das 138 búfalas de ambas as estações, foram diagnosticas 55 fêmeas

gestantes (39,85%). A segunda estação apresentou a maior taxa de prenhez (53,6%). Não foi

verificado diferença estatística (P < 0,05) nas taxas de prenhez, entre as estações. Não houve

diferença estatística entre o grau de sangue, escore da condição corporal, presença ou ausência

do corpo lúteo e no sêmen. No entanto, foi observado diferença estatística na variável

performance da inseminação (P=0,0295). O autor então considerou que o protocolo usado na

segunda estação, mostrou-se um instrumento promissor no programa de IATF da fazenda, para

o melhoramento genético do rebanho.

Page 50: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

49

Tabela 26. Dados dos protocolos testados por Quinta em 2018.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

48

búfalas

pluríparas

2mg de BE

Sincrodiol®+ DIP 3º

uso PRIMER® (tarde)

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

(tarde)

IATF

(manhã)

45,83%

17

búfalas

pluríparas

1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®)

+ DIP 1º uso

PRIMER® (tarde)

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® (tarde)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

(tarde)

IATF

(manhã)

53,6%

24

búfalas

pluríparas

1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®)+

DIP monodose

PRIMER® + 2mg de

BE Sincrodiol® (tarde)

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

(tarde)

IATF

(manhã)

53,6%

26

búfalas

pluríparas

DIP de 1º uso

SINCROGEST® +

2mg de BE

Sincrodiol®

Retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® +

400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

IATF

(manhã)

22,4%

23

búfalas

pluríparas

1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®)

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® (tarde)

1,0ml de

GnRH

(GESTRAN

PLUS®)

IATF

(manhã)

22,4%

Fonte: O autor.

Figura 20. Protocolo DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF, testado por Quinta em 2018.

Fonte: O autor.

Rolim Filho1 (informação verbal), em 2018, realizou um estudo retrospectivo, na região

amazônica, avaliando a taxa de prenhez em búfalas submetidas a IATF com diferentes

protocolos de sincronização do estro, nos últimos 10 anos. Um total de 2.288 fêmeas mestiças,

entre as raças Murrah e Mediterrâneo, foram submetidas a IATF utilizando diferentes

protocolos hormonais com as seguintes adaptações de sincronização:

DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF (figura 10.1), criação extensiva em várzea;

DIP+BE/PGF2α/GnRH/IATF (figura 9.1), criação semi-extensiva em terra firme; e Ovsynch

1 Rolim Filho, S.T. (Informação verbal); Professor Doutor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém,

2018. E-mail: [email protected]

Page 51: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

50

(figura 03). A taxa de prenhez variou de 38% a 58,5% (P < 0,05), com média total de 54,1%

(1.342/2.477). Foi observado que os protocolos com o uso de progesterona apresentaram uma

melhor taxa de prenhez, em especial com o uso do eCG no D9, em regime extensivo na várzea

(58,5%), do que os protocolos sem eCG como o Ovsynch (38%). Além disso, animais

manejados em pastagens cultivadas apresentaram uma melhor taxa de prenhez do que animais

mantidos em pastagens nativas. O autor constatou, portanto, que o uso de protocolos com DIP

+ eCG, e o tipo de pastagem disponível para os animais, influenciaram na obtenção de melhores

resultados na taxa de prenhez de búfalas inseminadas em tempo fixo na Amazônia.

Tabela 27. Dados dos protocolos testados por Rolim Filho em 2018.

Nº D0 D7 D9 D10 D12 Taxa de prenhez

220

búfalas

GnRH PGF2α GnRH (IATF

16h depois)

IAT

F

38%

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

1250

búfalas

DIP + BE

(tarde)

Retirada do DIP

+ PGF2α + eCG

(tarde)

GnRH

(tarde)

IATF

(manhã)

58,5%

818

búfalas

DIP + BE

(tarde)

Retirada do DIP

+ PGF2α (tarde)

GnRH

(tarde)

IATF

(manhã)

52,2%

Fonte: O autor.

Rolim Filho2 (informação verbal), compartilhou dados de 2018 de sete IATF realizadas

em búfalas leiteiras da raça Murrah, sem bezerro ao pé, criadas em regime semi-extensivo, no

Estado do Pará, com pastagem cultivada de Brachiaria brizantha cv. Marandu, suplementação

energética e sal mineral ad libidum. 456 búfalas, pluríparas, foram divididas em dois grupos:

G1 com 270 fêmeas submetidas ao protocolo de sincronização de 12 dias com o uso de DIP +

BE/PGF2 + FSH/GnRH/IATF (figura 21), e G2 com 186 fêmeas submetidas ao protocolo de

12 dias com DIP + BE/PGF2 + eCG/GnRH/IATF (figura 10.1). A taxa de prenhez total foi de

58,77% (268/456), sendo que o grupo tratado com FSH (G1) apresentou 54,44% de prenhez,

enquanto o G2, tratado com eCG, apresentou 65,05% de prenhez. Este resultado demonstra a

maior eficácia do eCG em relação ao FSH na indução do crescimento folicular.

2 Rolim Filho, S.T. (Informação verbal); Professor Doutor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém,

2018. E-mail: [email protected]

Page 52: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

51

Tabela 28. Protocolos testados por Rolim Filho em 2019.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

270 búfalas DIP + BE

(tarde)

Retirada do DIP +

PGF2α + FSH (tarde)

GnRH (tarde) IATF (manhã) 54,44%

186 búfalas DIP + BE

(tarde)

Retirada do DIP +

PGF2α + eCG (tarde)

GnRH (tarde) IATF (manhã) 65,05%

Fonte: O autor.

Figura 21. Protocolo DIP + BE/PGF2 + FSH/GnRH/IATF, testado por Rolim Filho em 2019.

Fonte: O autor.

Lima3 (informação verbal), compartilhou dados de 2018 e 2019 referentes a 237 IATF

realizadas em búfalas da raça Murrah, entre os meses de junho a setembro de 2018 e maio a

junho de 2019, no município de Salvaterra, Ilha de Marajó – PA. Os animas eram mantidos em

pastos nativos de Panicum andrequeci, Echinochloa repens, Paspalum virgatum e cultivados

de Brachiaria humidicula. Foram inseminadas 237 búfalas pluríparas, destas 88 solteiras com

média de ECC 4 e 149 paridas entre 30 e 60 dias pós-parto com média de ECC 3,5. Todos os

animais foram vacinados previamente as inseminações contra doenças reprodutivas (Bovigen®

Repro Total SE, Virbac Uruguay S.A.). 189 búfalas foram inseminadas entre junho e setembro

de 2018 (período seco), as outras 48 fêmeas em maio de 2019 (período chuvoso). O protocolo

de IATF utilizado foi o de 12 dias com DIP, BE e FOSFOSAL® no D0 às 16h; No D9 também

às 16h, foi realizada a remoção do dispositivo, aplicação PGF2α, eCG e FOSFOSAL®. No D11

às 16h foi administrado GnRH. No D12 às 08h foi realizada a IATF. O diagnóstico de gestação

foi realizado 45 dias após as inseminações com o auxílio de aparelho de ultrassonografia. A

taxa de prenhez geral foi 52,9% (100/189) no período seco e 58,33% no período chuvoso. A

taxa de prenhez total das vacas solteiras foi de 65,9% (58/88), sendo 75% (30/40) gestantes do

lote de 2018 e 58,33% (28/48) gestantes do lote de 2019; do total de búfalas paridas, 46,9%

(70/149) ficaram gestantes no período seco.

3 Lima, W.F.; Médico Veterinário, especialista em reprodução animal pela Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, Pará. E-mail: [email protected]

Page 53: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

52

Tabela 29. Protocolos testados por Lima em 2019.

Nº D0 D9 D11 D12 Taxa de prenhez

189

búfalas

DIP de 1g (Primer®)

+ 2mg de BE (Ric-

BE®) + 10ml de

FOSFOSAL® (tarde)

Retirada do DIP +

0,265mg de PGF2α

(Ciosin®) + (Folligon®)

300UI de eCG + 10ml de

FOSFOSAL® (tarde)

0,1 mg de

GnRH

(Fertagyl®)

(tarde) IATF

16h depois

IATF

(manhã)

52,9%

48

búfalas

DIP (Primer®) +

2mg de BE (Ric-

BE®) + 10ml de

FOSFOSAL® (tarde)

Retirada do DIP +

0,265mg de PGF2α

(Ciosin®) + 10 ml de

FOSFOSAL® 300 UI de

eCG (Folligon®) (tarde)

0,1mg de

GnRH

(Fertagyl®)

(tarde) IATF

16h depois

IATF

(manhã)

58,33%

Fonte: O autor.

Figura 22. Protocolo DIP + BE + FOSFOSAL®/PGF2α + eCG + FOSFOSAL®/GnRH, testado por Lima em

2019.

Fonte: O autor.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram revisados um total de 31 trabalhos desenvolvidos na Amazônia Legal, entre

monografias, dissertações, teses, resumos publicados em anais de eventos regionais, nacionais

e internacionais, além de informação verbal obtida de profissionais que atuam na área. Destes

trabalhos, dois foram sobre as primeiras inseminações artificiais com uso de PGF2α e

observação de cio; um sobre sincronização de cio através de dispositivo intravaginal de

progesterona com observação de cio; três obtidos através de dados fornecidos por informação

verbal de especialistas; e 25 revisões sobre experimentos utilizando 22 protocolos de IATF

diferentes (a saber na lista de figuras e no quadro em anexo) com algumas adaptações quanto a

via de aplicação, dosagens hormonais, e tempo decorrido da aplicação do indutor de ovulação

até a IATF. A partir dos dados colhidos na literatura, um total de 5.047 búfalas, entre as raças

Murrah e Mediterrâneo, foram submetidas a protocolos de IATF dentro dos Estados do Pará,

Amapá, Maranhão e Rondônia, os quais fazem parte da Amazônia Legal, conforme o mapa 02.

Page 54: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

53

Mapa 02. Distribuição dos 31 trabalhos sobre IATF em bubalinos (esferas azuis), realizados dentro da Amazônia

Legal. O Estado do Amapá se destaca pelo uso desta biotecnica através do trabalho contínuo desenvolvido pela

equipe do Prof. Dr. Haroldo Ribeiro há mais de 20 anos.

Fonte: O autor.

A maioria das criações de bubalinos da Amazônia não possuem controle reprodutivo,

ou de acasalamento, resultando em um rebanho com ínfima variabilidade genética e elevados

problemas de fertilidade que se perpetuam pelo alto nível de consaguinidade em animais sem

nenhuma seleção técnica criteriosa. Outro problema muito presente na região é a baixa

qualidade das pastagens nativas predominantes em regimes extensivos de criação, agravado

pelas enchentes das marés em áreas de várzea e por um solo pobre, infértil e com excesso de

ferro, marcado por séculos de exploração e exportação de nutrientes, sem nenhuma reposição.

Com base nesses fatores, os animais tardam a atingir a puberdade e muitos nascem com

problemas de fertilidade. As fêmeas férteis, nestas condições, apresentam dinâmicas foliculares

bastante heterogêneas, principalmente por fatores nutricionais, com um desenvolvimento

folicular mais tardio em relação à média de regimes de criação mais tecnificados, ocorrendo

também a prevalência de folículos ovulatórios persistentes que influenciam negativamente nos

resultados da IATF. Contudo, a espécie bubalina demonstra uma boa adaptabilidade a estas

condições edafoclimáticas, e apesar de se comportarem sexualmente como poliéstricas

contínuas, nesta região, as concepções se concentram nos períodos de transição entre a época

Page 55: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

54

mais chuvosa (janeiro a junho) – quando as áreas de várzea ficam inundadas, formando-se lagos

– e a menos chuvosa (julho a dezembro) quando, no início e no final deste período, há maior

disponibilidade de pastagem para os animais desenvolverem mais biomassa corporal. O início

do período menos chuvoso corresponde a época da vazante dos rios na Amazônia, propiciando

uma melhor facilidade logística, concomitante ao ganho de peso das matrizes, resultando em

uma melhor média de ECC neste perído em áreas de várzea. Portanto, os meses de setembro,

outubro e novembro podem ser considerados ideais para a realização da IATF em áreas

alagadas, enquanto em terra firme a melhor época para o uso dessa biotécnica é a chuvosa.

A leitura do gráfico 2 demonstra os protocolos de IATF mais usados e que obtiveram

os melhores índices de prenhez geral por ano. Os tratamentos hormonais com o dispositivo

intravaginal de progesterona, mostraram-se mais eficazes na sincronização do ciclo estral de

búfalas criadas na região amazônica (Ribeiro, 2003; Ribeiro, 2005), pois o uso dessa fonte de

progesterona no protocolo hormonal, promove a indução ao cio de animais que estavam em

anestro pós-parto, em lactação com bezerro ao pé, assim como de novilhas pré-púberes. A

adição de indutores de crescimento folicular (eCG e FSH) no dia da retirada do DIP,

prosseguida da administração de indutores de ovulação (GnRH, BE, VE e hCG) horas antes da

IATF, também resultaram em taxas de gestação superiores devido a diminuição da amplitude

de ovulação das fêmeas bubalinas tratadas. Após a revisão de alguns estudos, foi possível

considerar que o eCG (80% FSH e 20% LH) propicia uma melhor resposta no crescimento

folicular de folículos ovulatórios do que o uso isolado do FSH (Rolim Filho, 2019). Da mesma

forma, o GnRH também obeteve uma melhor resposta geral em relação aos hormônios

estrogenios (BE) e ao hCG (Bezerra, 2016). No entanto, quando o hCG e o BE são comparados

entre si, o hCG obteve uma melhor resposta em bubalinos, pois promove a ovulação em até 24

horas, enquanto o BE promove a ovulação entre 48 e 54 horas após a sua administração. Estudos

utilizando o GnRH como indutor de ovulação indicam que o melhor momento de realizar a

IATF é entre 12 e 16 horas após a sua administração (Camelo, 2002; Silva, 2003). Pode-se

afirmar que embora a hormonioterapia com GnRH tenha um custo mais elevado, em conjunto

com o eCG e o DIP, o uso de hormônios provados como mais eficientes, resultam em taxas de

gestação satisfatórias em animais lactantes com ECC ≥ 2,5 (Couto, 2007; Pamplona, 2011),

salvo a sua importância para animais criados em condições carentes de um manejo nutricional

e reprodutivo adequado para a IATF.

Page 56: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

55

Gráfico 01. Melhores índices de prenhez dos protocolos mais usados por ano.

Fonte: O autor.

Apesar de se mostrar como uma alternativa viável, com a redução do número de

manejos e do custo do tratamento hormonal por animal gestante, o protocolo D22 + BE (Lima,

2016) utilizado em apenas um dos trabalhos revisados, resultou em índices insatisfatórios,

principalmente na ressincronização. Isso indica que são necessários mais estudos em relação ao

emprego deste protocolo em bubalinos na região amazônica, principalmente realizando-o com

o uso de GnRH em substituição ao BE. Já o protocolo que utiliza o princípio ativo Norgestomet

+ VE (Crestar®) também necessita de mais estudos na região amazônica para a comprovação

de sua eficiência em bubalinos, visto o excelente resultado obtido no trabalho de Martins

(2002). O protocolo CL+PGF2α/GnRH+IATF mostrou um resultado considerado promissor

em búfalas pluríparas lactantes, por seu baixo custo e quantidade reduzida de manejos (Nunes,

2010). Contudo são necessários mais estudos para comprovar a sua viabilidade, visto que este

tratamento não é eficaz em animais acíclicos, em anestro pós-parto, e necessita da mão de obra

especializada para fazer a seleção de fêmeas com CL, e sem problemas de fertilidade, através

de exame ginecológico prévio, podendo haver maus resultados com seu emprego de forma

inescrupulosa por mão de obra não habilitada. Todavia, assim como outros protocolos de dois,

ou três manejos como o CL-synch, é possível usá-los com garantia de bons resultados em

novilhas púberes, evitando assim a indução de ciclicidade desta categoria a qual atrasa o

melhoramento genético da espécie em relação a precocidade. No gráfico 03 é possível conhecer

os protocolos mais usados nos últimos 35 anos, desde a primeira IA com cio induzido em 1984.

0

10

20

30

40

50

60

70

80T

axa

de

pre

nhez

Ano

CL+PGF2α/IATF

Ovsynch

Ovsynch Plus

DIP+BE/PGF2α/GnRH/IATF

DIP+BE/PGF2α+eCG/GnRH/IATF

Ovsynch Plus+eCG

CL+PGF2α/GnRH+IATF

DIP+BE+FOSFOSAL®/PGF2α+eCG

+FOSFOSAL®/GnRH

Page 57: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

56

Gráfico 02. Protocolos de IATF mais usados, testados em pelo menos dois trabalhos distintos, em 35 anos de

história (1984-2019).

Fonte: O autor.

Muitos autores, ao longo de décadas de estudo, também discutiram sobre alguns fatores

intrínsecos ao animal como o ECC, a contratilidade uterina e presença de muco no dia da IATF,

a influência da presença ou ausência do bezerro e do CL no protocolo de IATF, bem como de

búfalas não lactantes com CL no D0, e da categoria dos animais inseminados (pluríparas ou

primíparas). Os resultados colhidos até hoje, ressaltam a importância de um ECC adequado

para se obter bons resultados com a prática da IATF. Com base nesses estudos retrospectivos,

pode-se considerar adequado para a IATF, o ECC no intervalo de 2,5 a 4, mas o ideal para a

garantia de bons resultados são animais com ECC entre 3 e 4. Búfalas tratadas com DIP por

nove dias não responderam ao tratamento de indução ao cio devido a média de ECC dos animais

tratados ser ≤ 2 (Coroa, 1999). A contratilidade uterina e a secreção de muco viscoso e cristalino

são exímios sinais de cio e devem ser levados em consideração no dia da IATF, pois a sua

identificação indica uma maior probabilidade de concepção após uma inseminação excelente

(Picanço, 2006; Nunes, 2010; Neto, 2016). A presença do bezerro em vacas lactantes pode

prejudicar a eficiência de protocolos hormonais, visto que isto exerce uma pressão endócrina

no animal, bloqueando parcialmente o eixo hipotalâmico-hipofisário pela liberação de ocitocina

e prolactina. Alguns estudos comprovaram que búfalas não lactantes, ou solteiras, com CL

funcional, apresentaram taxas de gestação superiores às búfalas lactantes com bezerro ao pé

(Ribeiro, 1998; Silva, 2003). A simples apartação temporária do bezerro – da retirada do DIP

até momentos após a IATF – fase crucial de crescimento folicular para a ovulação, pode resultar

em taxas de prenhez melhores em fêmeas lactantes com bezerro ao pé (Coroa, 1999). Estudos

retrospectivos também mostraram que fêmeas primíparas com ECC adequado, submetidas à

IATF a partir de 60 dias pós-parto obtiveram melhores índices de prenhez do que fêmeas

pluríparas nas mesmas condições (Pamplona, 2011; Pinto, 2010), fator que pode ser explicado

pela menor exigência energética em sua primeira lactação comparado a de uma fêmea que já

DIP+BE/PGF2+eCG/GnRH/IATF ;

11

DIP+BE/PGF2/GnRH/IATF ;

03

Ovsynch Plus + eCG ;

05Ovsynch Plus ;

07

Ovsynch ;

16

CL+PGF2α/GnRH+IATF ;

02

CL+PGF2α/IATF ;

02

Page 58: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

57

passou por mais de três lactações. Trabalhos recentes também mostraram que búfalas pluríparas

solteiras apresentam uma melhor resposta à sincronização da ovulação quando comparadas a

fêmeas paridas há mais de 60 dias, submetidas ao mesmo protocolo hormonal e as mesmas

condições de criação (Informação verbal, Lima, 2019).

Atualmente o protocolo Ovsynch e suas derivações estão entrando em desuso com o

advento de novas hormioterapias com melhor custo benefício. Entre estes protocolos está o DIP

+ BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF que vem demonstrando resultados satisfatórios na indução

de fêmeas acíclicas e sincronização do cio, substituindo uma dose de GnRH no D0 por uma de

BE, o que representa uma economia de 20% em relação ao protocolo Ovsynch Plus + eCG, que

produz o mesmo efeito. Para tentar agregar mais vantagens ao seu uso, especialistas da região

começaram a adicionar minerais injetáveis (FOSFOSAL®) ao protocolo, a fim de suprir, de

forma paliativa, a carência destes elementos essenciais na dieta dos animais submetidos a IATF,

com expectativas de obter melhores resultados na taxa de prenhez. Contudo, a sua viabilidade

ainda é muito discutida por aumentar os custos do protocolo por animal em 52,6%, embora o

fato de uma prenhez a mais cobrir totalmente este custo extra. Portanto, para garantir a

vantagem ou viabilidade da adoção de aditivos ao protocolo DIP + BE/PGF2α +

eCG/GnRH/IATF, desde 2017 a vacina reprodutiva vem sendo utilizada por estes especialistas

com a finalidade de prevenir perdas gestacionais devido a alta prevalência de enfermidades que

causam reabsorção embrionária e abortamento na região. Com o mesmo propósito, a adição de

uma dose única de antibióticos de largo espectro no D9, promove a esterilização uterina contra

as condições insalubres do ambiente devido a lama e a água parada, que estes animais costumam

usar para fazerem a própria termorregulação. A incorporação destes dois últimos aditivos ao

protocolo eleva seu custo em 135,82% para animais primovacinados, e 82,76% para animais já

vacinados com reforço anual. Para demonstrar isso, a tabela 30 mostra o custo por fêmea de

cada um dos protocolos mais utilizados.

Tabela 30. Protocolos hormonais mais utilizados e seus respectivos custos em reais.

Protocolos hormonais mais usados Custo (R$)

Cl + PGF2α/GnRH+IATF 8,21

Ovsynch 14,35

Ovsynch Plus 19,85

Ovsynch Plus + Ecg 29,5

DIP + BE/PGF2α + eCG/GnRH/IATF 23,84

DIP + BE + FOSFOSAL®/PGF2α + eCG +

FOSFOSAL®/GnRH/IATF

36,38

DIP + BE/PGF2α + eCG + ATB + Vacina

reprodutiva (dose de reforço)/GnRH/IATF

43,57

Fonte: O autor.

Page 59: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

58

Por fim, analisar a evolução da IATF em bubalinos na Amazônia não é uma tarefa fácil,

como já foi mostrado através da revisão e discussão de diversos experimentos com

hormonioterapias diferentes, até estabelecer um protocolo com melhor custo benefício. O uso

dessa biotécnica na região amazônica carrega consigo muitos desafios, o maior deles é a sua

expansão em larga escala, limitada pela falta de infra-estrutura da maioria dos estabelecimentos

de produção bubalina na região, pela baixa valorização da carne e do leite pelo mercado fora

da porteira, e pela rara existência de pecuaristas corajosos e engajados à luta para dissolver

estereótipos sobre a bubalinocultura e seus produtos no nicho de sua cadeia produtiva, e do

consumidor final. Em razão disso é importante realizar uma estimativa a cerca da média

percentual de inseminações em bubalinos dentro da Amazônia Legal. Para isto foram usados

dados populacionais da espécie na região obtidos pelos censos agropecuários de 1985, 2006 e

2017, publicados pelo IBGE, e a total de inseminações alcançado com esta revisão foi separado

em intervalos de tempo correspondendo a períodos de 1985 a 2006, de 2007 a 2017 e de 2018

a 2019. A partir destes dados, tornou-se possível elucidar de forma evolutiva, uma estimativa

de fêmeas inseminadas na Amazônia Legal até o final de cada período, considerando a

população de búfalas a metade do total de bubalinos na região. O resultado final mostrou que

atualmente, apenas 0,87% das fêmeas bubalinas da Amazônia Legal são inseminadas (grágico

04), revelando que essa biotecnica continua sendo sub-utilizada, como forma de prover o

melhoramento genético da espécie bubalina na região.

Gráfico 03. Estimativa percentual de búfalas inseminadas na Amaônia Legal de 1985 a 2019.

Fonte: O autor.

0,0052

0,16

0,47

0,87

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1985 2006 2017 2019

Búfalas inseminadas na Amazônia Legal (%)

Page 60: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

59

REFERÊNCIAS

ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial); Index Asbia 2017. Disponível em:

http://www.asbia.org.br Acessado em 17/06/2019.

Bastianetto, E. Criação de búfalos no Brasil: situação e perspectiva. Revista Brasileira de

Reprodução Animal, Belo Horizonte, n.6, p.98-103, dez. 2009. Disponível em

www.cbra.org.br.

Bezerra, D.C; Sincronização da ovulação para Inseminação Artificial em Tempo Fixo

(IATF) em fêmeas bubalinas (Bubalus Bubalis) na Amazônia Equatorial. Tese (Doutorado

em Programa de Pós-Graduação REDE BIONORTE) - Universidade Federal do Maranhão.

2016.

Camelo, A.S.A. Taxa de prenhez de búfalas amamentando submetidas a sincronização da

ovulação e inseminação em tempo predeterminado. 75 f. Dissertação de mestrado

apresentada ao curso de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Pará,

2002.

Coroa, A. Uso do CIRD® associado ao desmame de 48 horas na sincronização de cios de

búfalas no período pós-parto. 0 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Centro

Agropecuário da UFPA, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 1999.

Couto, G.A.B. Reutilização de dispositivo intravaginal de progesterona na inseminação

artificial em tempo fixo em búfalas criadas na região nordeste do Estado do Pará.

Dissertação apresentada para obtenção de grau de mestre em ciência animal pela Universidade

Federal do Pará, 2007.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); Senso Agropecuário de 2017.

Disponível em: www.ibge.gov.br. Acessado em 17/06/2019.

Lima, W.F; Conde, R.C.; Victor, C.M; Silva, G.A.L; Macedo, M.B; Ramos, A.S; Coelho, AS;

Ribeiro, H.R.F; Filho, S.T.R. Influência da categoria da vaca sobre a taxa de prenhez em

bubalinos (Bubalus Bubalis). Congresso Norte-Nordeste de Reprodução Animal (VIII

CONERA), 8, 2016, Teresina – PI. Anais da Revista Brasileira de Reprodução Animal, v.40,

n.4, pag. 306-307, out./dez. de 2016. Belo Horizonte: CBRA, 2016.

Lima, W.F; Rodrigues, I.C; Silva, G.A.L; Macedo, M.B; Neta, A.C; Remédios, N.T; Ribeiro,

H.R.F; Filho, S.T.R. Perfil da Inseminação Artificial em Tempo Fixo, presença de muco e

o status uterino correlacionado com a taxa de prenhez em vacas bubalinas no Estado do

Amapá. Congresso Norte-Nordeste de Reprodução Animal (VIII CONERA), 8, 2016, Teresina

– PI. Anais da Revista Brasileira de Reprodução Animal, v.40, n.4, pag. 308-309, out./dez. de

2016. Belo Horizonte: CBRA, 2016.

Lima, W.F; Silva, G.A.L; Macedo, M.B; Neta, A.C; Carvalho, C.S; Farias, A.D.M; Filho,

S.T.R; Ribeiro, H.F.L. Influencia da vacinação contra doenças reprodutivas e o uso de

estreptomicina na taxa de prenhez e perda gestacional de búfalas submetidas a IATF no

Estado do Amapá. SBTE 037 (SUBMISSÃO: 1834). IATF, TETF e IA, pag. 57 dos Anais da

XXXI Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões, Cabo de Santo

Agostinho, 2017.

Lima, W.F; Silva, G.A.L; Macedo, M.B; Neta, A.C; Carvalho, C.S; Farias, A.D.M; Filho,

S.T.R; Ribeiro, H.F.L, Mesquita, E.F; Conde, R.C; Mileo, V.C; Ramos, A.S. Ressincronização

22 dias após a primeira iatf em fêmeas bubalinas, criadas extensivamente em terras

Page 61: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

60

alagadas no Estado do Amapá, Amazônia. SBTE 039 (SUBMISSÃO: 1595). IATF, TETF e

IA, pag. 211 dos Anais da XXX Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia de

Embriões, Foz do Iguaçu, 2016.

Lourenço Júnior, J.de B; Garcia, A.R; Panorama da bubalinocultura na Amazônia. Encontro

Internacional da pecuária da Amazônia, 1, 2008 Belém – PA. Meio ambiente e pecuária: [anais].

Belém, Pará: FAEPA: Instituto Frutal; SEBRAE-PA, 2008.

Martins, R.P.; Oliveira, F.F. De; Ribeiro, H.F.L.; Quirino, C.R.; Estrous induction and

synchronization using Crestar® in buffaloes in the Para state, Brazil. The 1º Buffaloes

Symosium od Americas. September 01 to 08. Belém, Pará. 2002.

Martins, F.F; Gusmão, M.E; Ramos, A.S; Silva, G.A.L; Neto, A.C.N; Nascimento, C.V.S;

Ribeiro, H.F.L; Filho, S.T.R. Efeito da condição corporal e da aplicação de PGF2α no dia

zero do protocolo de IATF em búfalas mestiças. SBTE 038 (SUBMISSÃO: 1836). IATF,

TETF e IA, pag. 58 dos Anais da XXXI Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia

de Embriões, Cabo de Santo Agostinho, 2017.

Neto, A.C.; Silva, G.A.L.; Lima, W.F.; Macedo, M.B.; Carvalho, L.C.; Ohana, J.; Ribeiro,

H.F.L.; Rolim Filho, S.T.; Perfil da Inseminação artificial em tempo fixo, presença de muco

e o status uterino correlacionado com a taxa de prenhez em vacas bubalinas no estado do

Amapá. Congresso Norte-Nordeste de Reprodução Animal (VIII CONERA), 8, 2016,

Teresina, PI. Anais...Belo Horizonte: CBRA, 2016.

Nunes, K.B. CL-Synch: protocolo alternativo para a Inseminação Artificial em búfalas,

criadas em sistema extensivo na Amazônia. Dissertação de mestrado apresentada ao curso de

Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade federal do Pará, 2010.

Pamplona, A.C.B. Uso da IATF voltada para melhoria da eficiência reprodutiva em

bubalinocultura de produção leiteira desenvolvida no município de Mojú-PA. 2011. 51 f.

Monografia (TCC em reprodução animal) – Coordenadoria do Curso de Medicina Veterinária,

Instituto de Saúde e Produção Animal, Universidade Fderal Rural da Amazônia, Pará, 2011.

Pfeifer, L.F.M; Estação reprodutiva de curta duração com utilização de IATF em búfalas

lactantes. ISSN 0103-9334. Circular Técnica, Embrapa, Porto Velho – RO, 2013.

Picanço, N. S; Uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em bubalinos criados

em sistema e produção na várzea no Estado do Amapá. Dissertação de mestrado do curso

de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Pará, da Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária – Amazônia Oriental e da Universidade Federal Rural da Amazônia,

2006.

Pinto, B.B.; IATF em bufalas leiteira criadas no municipio do Moju, estado do Pará. 2010.

Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Medicina Veterinaria) - Universidade Federal

Rural da Amazonia. Orientador: Haroldo Francisco Lobato Ribeiro.

Queiroz, A.C.L; Sincronização do ciclo estral e Inseminação Artificial em Tempo Fixo em

búfalas criadas em várzea no município de Santarém – Pará. 127f. Especialização em

Produção e Sanidade Animal – Centro de Produção e Sanidade Animal, Universidade Federal

Rural da Amazônia – UFRA. 2003.

Ribeiro, H. F. L; Lima, W. F; Silva; Ramos, A. S; Neto, Á, C; Silva, C; Farias, A. D. M; Filho,

S. T. R; Inseminação Artificial em Tempo Fixo em búfalas criadas extensivamente em

terras alagadas do Amapá. SBTE 035 (SUBMISSÃO: 1832). IATF, TETF e IA, pag. 56 dos

Anais da XXXI Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões, Cabo de

Santo Agostinho, 2017.

Page 62: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

61

Ribeiro, H.F.L. Reprodução de bubalinos na região amazônica. In: I SIMPÓSIO DE

PRODUÇÃO DE RUMINANTES - ASPECTOS NUTRICIONAIS, REPRODUTIVOS E

SANITÁRIOS, 2007, Manaus. Simpósio de Produção de Ruminantes. Manaus: Moderna Ltda,

v. 1. p. 74-98. 2007.

Ribeiro, H.F.L.; Marques, J.R.F; SILVA, J. C. da C; Sousa, J.B.S. ; Lourenço Junior, J.B.

Inseminação Artificial em Tempo Fixo de búfalas com sincronização da ovulação através

do Ovsynch + progesterona. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v. 27,

n.3, p. 245-247, 2003.

Ribeiro, H.F.L.1; Picanço, N.S.; Rolim Filho, S.T.; Pinho, R.O.; Araújo, C.V.; Vale, W.G;

Eficiência da inseminação em tempo fixo com progesterona

intravaginal na taxa de prenhez em búfalas criadas em diferentes

sistema de produção na Amazônia. Acta Scientiae Veterinariae 33 (Suplemento 1): 2005.

Ribeiro, H.F.L; SOUSA, J. S; SILVA, A. O. A. da; VALE, W. G. The luteolitic effect small

doses of prostagladin for oestrus synchronization and fertilty in buffaloes. In: Proc. of the

4th SIPAR Follow-Up Seminar on Animal Reproduction and Biotechnology for Latin America,

1998, Castanhal-Pará-Brazil. SIPAR. Compenhagem: SIPAR. v. 2. p. 70-75. 1998.

Ribeiro, H; Tavares, S; Farias, A.D; Neto, A; Ramos, A.R; Chahar, S.K. Influência da

progesterona injetável na taxa de prenhez e perda gestacional em búfalas criadas

extensivamente na Amazônia. Pag. 35 dos Anais da XXXII Reunião Anual da Sociedade

Brasileira de Tecnologia de Embriões, Cabo de Santo Agostinho, 2018.

Rolim Filho, S.T; Ribeiro, H.F.L; Vale, W.G; Picanço, N.S; Barbos, E.M; Ferreira, R.N;

Desempenho reprodutivo de fêmeas bubalinas criadas em sistema misto (várzea e

pastagem artificial) no Estado do Pará. Idade a primeira cria, intervalo entre partos,

época de parição, eficiência reprodutiva e taxa de prenhez. Revista Ciência Animal

Brasileira, v. 10, n. 3, p. 754-763, jul./set. 2009.

Santiago, A.A; Introdução dos búfalos no Brasil. Associação Brasileira de Criadores de

Búfalos (ABCB). Cartilha publicada em comemoração ao 40º aniversário da ABCB. 2000.

SEDAP (Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário do Pará). Programa de melhoramento

genético de búfalos com inovação para o Estado do Pará – Promebull Pará. 2017.

Disponível em:

http://www.sedap.pa.gov.br/sites/default/files/PROMEBULL%20PAR%C3%81%203%20%2

81%29.pdf

Silva, J.C.C.; Taxa de prenhez em bufalas (Bubalus bubalis) submetida a sincronização do

cio com o protocolo Ovsynch e inseminadas em tmpo fixo de 0 e 24 horas. 2003. 80 f.

Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Federal do Pará. Orientador:

Haroldo Francisco Lobato Ribeiro.

Sousa, J.S; Ribeiro, H.F.L; Silva, A.O.A. da; Vale, W.G. Efeito do GnRH na taxa de prenhez

em búfalas, com cio induzido pela prostaglandina. Revista Brasileira de Reprodução

Animal, Belo Horizonte, v. 23, n.3, p. 358-359, 1999.

Tanaka, S.M; Uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em búfalas com

progesterone de 3º uso, durante a estação reprodutiva desfavorável no nordeste do Pará. 2007. 51 f. Monografia (TCC em reprodução animal) – Coordenadoria do Curso de Medicina

Veterinária, Instituto de Saúde e Produção Animal, Universidade Fderal Rural da Amazônia,

Pará, 2007.

Page 63: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

62

Vale, W.G et al. The use of hormones for ovulation synchronization in buffalos in the

breeding season followed by a Fixed Timed Artificial Insemination (FTAI). Proc. Of the

5th Asian Buffalo Congresso on Social Economic Contribution of Buffalo to Rural Areas.

Nanning-China, April 18-22, v.l, p.594, 2006.

Vale, W.G; Ribeiro, H.F.L; Sousa, J.S; Ohashi, O.M. Inseminação artificial em búfalos

(bubalus bubalis) na região amazônica. In: XIX CONG. BRAS., 1984, Belém-Pará. XIX

Cong. Bras. Med. Vet. Belém: XIX Cong. Bras., v. 1. 1984.

Zicarelli, L. Nutrition of dairy buffalos. In: Tonhati, H.; Barnabe, V. H.; Baruselli, P. S.; Edits.

Bubalinos: sanidade, reprodução e produção. Jaboticabal: UNESP. p. 157-178, 1999.

Zorzetto, M. F, et al. "Aspectos físicos e morfológicos do sêmen de bubalinos da raça

Murrah em maturidade sexual." Veterinária e Zootecnia 23.4 (2016): 647-655.

Page 64: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

63

APÊNDICE – LISTA COMPLETA DE PROTOCOLOS DE IATF TESTADOS EM BUBALINOS NA AMAZÔNIA DESDE 1984.

10 búfalas D0: CL + PGF2α D3: IATF Taxa de prenhez: 60% Vale et al. 1984

12 búfalas D0: CL + 250µg de PGF2α D-cloprosternol D3: 250µg de GnRH + IATF Taxa de prenhez: 75% Sousa, 1999

21 búfalas D0: CL + 250µg de PGF2α D-cloprosternol D3: IA Taxa de prenhez: 62% Sousa, 1999

30 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) IATF 12h depois D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 46,67% Camelo, 2002

29 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH IATF 24h depois D10: IATF Taxa de prenhez: 37,29% Camelo, 2002

15 búfalas D0: IAP Crestar® + 3mg de norgestomet e 5mg de

valerato de estradiol IM

D9: retirada do IAP + 700UI de eCG

Follingon®

D10: Taxa de ovulação após 24h: 7,14% D11 Taxa de ovulação após 48h: 97,68% Martins, 2002

D0: GnRH + DIP (tarde) D7: retirada do DIP + PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 50% Ribeiro, 2003

D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 36,6% Ribeiro, 2003

30 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) IATF 12h depois D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,3% Queiroz, 2003

31 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH + IATF Taxa de prenhez: 25,81% Silva, 2003

26 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 24h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 30,77% Silva, 2003

22 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH + IATF Taxa de prenhez: 40,91% Silva, 2003

23 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 24h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 47,83% Silva, 2003

14 búfalas D0: DIP 1g CRONIPRES® + 2ml de

GnRH ESTROGIN®

D9: Retirada do DIP + 1ml de PGF2α

CRONIBEN®

D10: 1ml de GnRH ESTROGIN®

(IATF 24h depois)

D11: IATF Taxa de prenhez: 71,35% Ribeiro, 2005

15 búfalas D0: 2ml de GnRH ESTROGIN® D9: 1ml de PGF2α CRONIBEN® D10: 1ml de GnRH ESTROGIN®

(IATF 24h depois)

D11: IATF Taxa de prenhez: 59,75% Ribeiro, 2005

29 búfalas D0: DIP 1g CRONIPRES® +

1ml/100µg de GnRH

D7: Retirada do DIP + 2ml/7,5mg de PGF2α D9: 1ml/100µg de GnRH

(IATF 16h depois)

D10: IATF Taxa de prenhez: 65,5% Ribeiro, 2005

20 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH

(IATF 16h depois)

D10: IATF Taxa de prenhez: 60% Ribeiro, 2005

15 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,33% Vale, 2006

15 búfalas D0: GnRH (tarde) D7: PGF2α (tarde) D9: GnRH (tarde) D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 66,6% Vale, 2006

15 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 46,6% Vale, 2006

30 búfalas D0: DIP + 2mg de BE Sincrodiol®

(tarde)

D9: retirada do DIP + 0,150mg de PGF2α +

500UI de eCG (tarde)

D11: 1500 UI de hCG + 25µg de

GnRH (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de concepção:

55,3%

Vale, 2006

30 búfalas D0: DIP + 2mg de BE Sincrodiol®

(tarde)

D9: retirada do DIP + 0,150mg de PGF2α

(tarde)

D11: 25µg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de concepção:

46,3%

Vale, 2006

20 búfalas D0: 1ml/25µg de GnRH (tarde) D7: 2ml/150µg de D-cloprostenol PGF2α

(tarde)

D9: 1ml/25µg de GnRH (tarde)

IATF 16h depois

D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 60% Picanço, 2006

29 búfalas D0: 1ml/25µg de GnRH + DIP 1g

(tarde)

D7: 2ml/150µg de D-cloprostenol PGF2α

(tarde)

D9: 1ml/25µg de GnRH (tarde)

IATF 16h depois

D10: IATF (manhã) Taxa de Prenhez: 65,5% Picanço, 2006

21 búfalas D0: palpação do CL + 2ml/150µg de D-cloprostenol

PGF2α (tarde)

D2: 1ml/25µg de GnRH (tarde) IATF 16h depois D3: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 57,14% Picanço, 2006

24 búfalas D0: DIP + BE D8: retirada do DIP + PGF2α D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 41,6% Couto, 2007

70 búfalas D0: DIP + BE D8: retirada do DIP + PGF2α + eCG (400 e 300UI) D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 50% Couto, 2007

n.d. D0: DIP de 1º

uso + BE

D8: retirada do DIP + PGF2α + 300UI de eCG D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 50% Couto, 2007

n.d. D0: DIP de 2º

uso + BE

D8: retirada do DIP + PGF2α + 400UI de eCG D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 25% Couto, 2007

n.d. D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH D10: IATF Taxa de prenhez: 66,6% Couto, 2007

Page 65: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

64

26 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 24h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 30,77% Rolim Filho,

2009

31 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9 GnRH + IATF Taxa de prenhez: 25,81% Rolim Filho,

2009

208 búfalas D0: palpação do CL + 2ml/150µg de D+cloprostenol PGF2α (tarde) D3: exame ginecológico + IATF + 1ml/100µg de GnRH

(tarde)

Taxa de prenhez: 42,79% Nunes, 2010

29 búfalas D0: 1ml/25µg de GnRH + DIP 1g (manhã)

D8: 2ml/150µg de PGF2α (D-cloprostenol) + 300UI de eCG (manhã)

D9: 1ml/25µg de GnRH (tmanhã) IATF 16h depois

D10: IATF (tarde) Taxa de Prenhez: 61,1% Pamplona, 2011

20 búfalas D0: 2mg BE + DIP de 1g D9: retirada do DIP + 500µg de PGF2α D11: 100µg de GnRH (IATF 18h

depois)

D12: IATF Taxa de prenhez: 35% Pfeifer, 2013

16 búfalas D0: 2mg BE + DIP de 1g D9: retirada do DIP + 500µg de PGF2α D11: 100µg de GnRH (IATF 18h

depois)

D12: IATF Taxa de prenhez: 75% Pfeifer, 2013

48 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER®

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®

D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 47,9% Neto, 2016

20 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER® (com CL)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®

D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 40% Lima, 2016

28 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER® (sem CL)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®

(tarde)

D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,57%

Lima, 2016

08 búfalas

Primíparas

D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®

(tarde)

D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 50% Lima, 2016

40 búfalas

pluríparas

D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG SincroeCG®

(tarde)

D11: 0,004mg de GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 47,5% Lima, 2016

96 búfalas D0: 2mg de BE

Sincrodiol® +

DIP 1º uso

PRIMER® (tarde)

D8: retirada do DIP +

0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de

eCG SincroeCG® (tarde)

D11 IATF 58h

(manhã) e 70h

(noite) após a

retirada do DIP

D22: 2mg de BE

Sincrodiol® + DIP

2º uso PRIMER®

(tarde)

D30: 0,5mg de BE

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® nas

diagnosticadas sem gestação.

D32: IATF 50h

após a retirada do

DIP de 2º uso.

Taxa de prenhez: 47,91%

na 1ª IATF, e 12% na

ressincronização.

Lima, 2016

50 búfalas D0: 0,02mg de GnRH (tarde) D7: 2ml/150µg de D-cloprostenol PGF2α

(tarde)

D9: 1000UI de hCG; IATF 16h

depois

D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 32% Bezerra, 2016

50 búfalas D0: 0,02mg de GnRH (manhã) D7: 2ml/150µg de PGF2α + 400UI de eCG

(manhã)

D8: 1mg de BE; IATF 48h depois

(manhã)

D10: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 26% Bezerra, 2016

100 búfalas D0: DIP de 1g + 2mg de BE (tarde) D9: retirada do DIP + 2ml/150µg de PGF2α +

400UI de eCG (tarde)

D11: 1000UI de hCG; IATF 16h

depois (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 3% Bezerra, 2016

100 búfalas D0: DIP de 1g + 2mg de BE (manhã) D9: retirada do DIP + 2ml/150µg de PGF2α +

400UI de eCG (manhã)

D10: 1mg de BE; IATF 40h depois

(manhã)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 1% Bezerra, 2016

56 búfalas D0: DIP SINCROGEST® de 3º uso +

2ml de BE SINCRODIOL® (manhã)

D9: retirada do DIP + 2ml de PGF2α SINCROCIO® +

400UI de eCG SINCROECG® (tarde)

D11: 1ml de GnRH

GESTRAN PLUS®

(tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 44,6% Ribeiro, 2017

34 búfalas D0: DIP monodose PRIMER® + 1ml

de GnRH GESTRAN PLUS® (tarde)

D9: Retirada do DIP + 2ml de PGF2α SINCROCIO®

(tarde)

D11: 1ml de GnRH

GESTRAN PLUS®

(tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 55,88% Ribeiro, 2017

Page 66: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

65

48 búfalas D0: DIP monodose PRIMER® + 1ml

de GnRH GESTRAN PLUS® (tarde)

D9: Retirada do DIP + 2ml de PGF2α SINCROCIO®

+ 400UI de eCG SINCROECG® (tarde)

D11: 1ml de GnRH

GESTRAN PLUS®

(tarde)

D12: IATF

(manhã)

Taxa de prenhez: 27,08% Ribeiro, 2017

43 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER®

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG SincroeCG® + 10mg/kg de

Estreptomax® + 1ª dose da Poliguard® (2ª dose após

30 dias)

D11: 25µg de GnRH

Gestran Plus® (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 41,87% Lima, 2017

54 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER®

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG SincroeCG®

D11: 25µg de GnRH

Gestran Plus® (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 33,33% Lima, 2017

48 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER® + 0,15mg de

PGF2α Sincrocio®

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG SincroeCG®

D11: 25µg de GnRH

Gestran Plus® (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 27% Martins, 2017

56 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® + DIP

monodose PRIMER® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +

400UI de eCG SincroeCG® (tarde)

D11: 25µg de GnRH

Gestran Plus® (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 44% Martins, 2017

58 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® +

DIP monodose PRIMER® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

D11: 25µg de GnRH

Gestran Plus®

(tarde)

D12: IATF

(manhã)

D16: 150mg de

progesterona injetável

Sincrogest®

Taxa de prenhez:

58,6%

Ribeiro, 2018

60 búfalas D0: 2mg de BE Sincrodiol® +

DIP monodose PRIMER® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

D11: 25µg de Gestran Plus® (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 56,6% Ribeiro, 2018

48 búfalas

pluríparas

D0: 2mg de BE Sincrodiol®+ DIP

3º uso PRIMER® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 45,83% Quinta, 2018

17 búfalas

pluríparas

D0: 1,0ml de GnRH GESTRAN

PLUS® + DIP 1º uso PRIMER®

(tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® (tarde)

D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,6% Quinta, 2018

24 búfalas

pluríparas

D0: 1,0ml de GnRH GESTRAN

PLUS® + DIP monodose

PRIMER® + 2mg de BE

Sincrodiol® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 53,6% Quinta, 2018

26 búfalas

pluríparas

D0: DIP de 1º uso

SINCROGEST® + 2mg de BE

Sincrodiol® (tarde)

D9: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α

Sincrocio® + 400UI de eCG

SincroeCG® (tarde)

D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 22,4% Quinta, 2018

23 búfalas

pluríparas

D0: 1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (tarde)

D9: 0,5mg de PGF2α Sincrocio®

(tarde)

D11:1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (tarde)

D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 22,4% Quinta, 2018

06 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®) (manhã)

D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio® +

300UI de eCG SincroeCG® (manhã)

D9: 1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (manhã)

D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 66,6% Neto, 2016

12 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®) (manhã)

D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio®

+ 300UI de eCG SincroeCG® (manhã)

D9:1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (manhã)

D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 58,3% Neto, 2016

06 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®) (manhã)

D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio®

+ 300UI de eCG SincroeCG® (manhã)

D9: 1,0ml de GnRH (GESTRAN

PLUS®) (manhã)

D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 66,6% Neto, 2016

12 búfalas D0: DIP de 1g + 1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®) (manhã)

D8: retirada do DIP + 0,5mg de PGF2α Sincrocio®

+ 300UI de eCG SincroeCG® (manhã)

D9:1,0ml de GnRH

(GESTRAN PLUS®) (manhã)

D10: IATF (tarde) Taxa de prenhez: 58,3% Neto, 2016

220 búfalas D0: GnRH D7: PGF2α D9: GnRH (IATF 16h depois) D10: IATF Taxa de prenhez: 38% Filho, 2018

Page 67: Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia …bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1153/1/Uma... · 2019-10-29 · Barbosa, Luis Américo Lucas Uma breve

66

1250 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α + eCG

(tarde)

D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 58,5% Filho, 2018

818 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α (tarde) D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 52,2% Filho, 2018

189 búfalas D0: DIP + BE + FOSFOSAL®

(tarde)

D9: retirada do DIP + PGF2α +

FOSFOSAL® (tarde)

D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 52,9% Lima, 2018

48 búfalas D0: DIP + BE + FOSFOSAL®

(tarde)

D9: retirada do DIP + PGF2α +

FOSFOSAL® (tarde)

D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 52,9% Lima, 2019

270 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α + FSH

(tarde)

D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 54,44% Filho, 2019

186 búfalas D0: DIP + BE (tarde) D9: retirada do DIP + PGF2α + eCG

(tarde)

D11: GnRH (tarde) D12: IATF (manhã) Taxa de prenhez: 65,05% Filho, 2019

Legenda:

Protocolos GnRH/PGF2/BE ou hCG/IATF

Protocolo D22 + BE

Protocolo IAP + Norgestomet + Valerato de estradiol

Protocolos com DIP + BE

Protocolos com DIP + GnRH

Protocolos com DIP + GnRH + eCG

Protocolos Ovsynch

Protocolo Cl-synch

Protocolo CL + PGF2/IATF

Protocolo CL + PGF2/GnRH + IATF