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mm ii SEGUNDA-FEIRA ADE MAIO DE 1857 NUMERO 52 ^aHi^BMg-_^_-_-o_M_a_wwiwgjioi<iw'o«o~^~ . .-æ. - ¦ »i¦ ¦n mm à na * typogr^u» ma m «ch,s n 8: para a ca,,*,, por ~^P j*j£ «0»,«JU. 3** par, ,ora :_j*jgi»S ^ 488SS %% o/JUunáos pan os Sprs. a—<* «™^"«*«Mg-takg o «Çg1^^!^^ as :,sfeai dc,6m se- pagas adiantadas. LÃlijtilvií. A intlin e »H iiietae» preeloaos. « Quan-ioa especulação da Bolsa, excitada dc todos os lados c levada aos seus maiores extremos, começou a alguns mezes a couhecerqueseapproxi- mava a crise linanceira que preparara e tornara inevitável, parecia querer a Causar o com mercio de creara escassez dos capitães monetários; a ouvir os defensores c os panogarislas dos altos personagens da Bolsa, era o commercio da Índia a cousa de tudo, era para o Cantão e Calcula que tinha sido levado todo o ouro e toda a prata que antes se apanhava a pá; Chegou-se alé aflamcnlar que se uão tivessem tomado medidas administrativas conlra a exportação das espécies meUlIicas. a Todavia, as remessas de prata para as grandes índias não datão dojprincipio do império: ha todos os motivos para crer quea Europa pagara sempre com melaes preciosos as suas compras no Oriente, depois que a descoberta da, America fez entre nós baixarosseus preços. Antes desla descoberta, a Ru- ropu tirava da índia, alem da seda e das especiari- as, urna certa quantidade de ouro cin pó. mirai iiStPièifl ¦•«¦-. SIR WALTER SGOTT, « Responder-vos em espirito, senhor Varney,» disse Foster, «seria—perdoai a parábola—lançar aos porcos cousas sagradas, ou, como dizem, deitar pe- rolas A porcos. Fallar-te hei pois. a linguagem do mundo; linguagem,que Aquelle, que é rei do mundo, te ensinou a entmder, e da qual te ensinou lambem a tirar proveito n'um grau pouco ordinário. » a Dize o que quizeres, honrado fouy, » replicou Varney,« porque ou> falles segundo a tua fe absur * da, ou segundo os teus hábitos de maldade, tudo quanto disseresnão fará mais do que augmeotar o bom sabor deste fcopo de Alicante. A tua conversação é iSo gostosa?e picante que excede as ovas de peixe, e todos os pJtfaíii-™ que fazem achar melhor um ex- cellenle vinho,» « Pois bem,» tornou Foster, « então dizei me se o nosso bom senhor e amo, não seria mais bem servi- do, se a sua ante-camara mais convenientemente oc- cupada por>mens honestos e tementes a Deus, que executassem as suas ordens/e cuidassem no seu inte- resse delles com tranquillidade, e sem escândalo, do que por homens manifestamente devassos, taes como os que o rodeam,'servem e acompanham, marotos chapados, espadaehiusdesalmadosco.no Tydesly Ril- ligren, e esse birbante Lambourne que me incum- bisles (le vos procurar, e outros da mesma rale, que J 'mé:ó%l M- ti Adepreciação dos metacs preciosos, que so- hfeveio depois da conquista do México, do Brasil c do Peru, modilieou o commercio da Europa com a Índia; a baiateza de nossos inetaes fez-nos achar grandes vantagens na sua exportação; teria havido perda em continuar a importação dos metacs precio- sos da índia. Assim, as primeiras companhias das índias, fundadas na Hollanda, em Inglaterra, em Portugal ou em França, limitavão-se a carregar alguns milhões nos navios queexpedião, e a troca- los pelos productos de Ceylão, da cosia de Malabar, das Molucãse da China. M. de llumhodt, que fez sabias investigações sohrc a producçao dos metaes monetários, assegura no A.° volume de seu—Ensaio político sobre a nova Hespanha—qoe dos dollars 4.1.üOO OOÓ de ouro e dc prata, importados da Américo na Europa iodos os annos antes das guerras da revolução, mais de 20,500,000 passayãQ annualmente para a Ásia Pe- l..s'portos do Levante, diz elle, mandavão-se 4 mi- lhões; pelo Cabo da líoa-Esperança, 17,500,000 e os Russos exportarão /i milhões pelas cidades de Kiachia cdeTaholck, « üm viajante que resifiio por muito tempo na índia, China e nas ilhas Philippinas. e que di- rigio toda a sua acliya curiosidade para tudo quan lo interessa a industria manufaclureira e o commcr- trazem o forca ria cara, c a morte na mão- que são o terror dos homens pacíficos'e o escândalo da casa de mylord « Oh! socegai.meu caio senhor Antônio Fosler,» respondeu Varney; «quem se oecupa em caçar toda a espécie de aves deve ter toda a espécie de falcões, de aza curta e de aza comprida. A carreira que mylord segue nao é fácil, e cumpre que para todas as diííicul- dádes esteja provido de servidores fieis e promptos para toda a casta de serviço. Carece de um elegante cortczfio. como eu, para se apresentar com dignidade na sala do docel. e que nu Ua mão a espada se ai- guem disser alguma palavra contra a honra de my, lord...» . « Sim,» interrompeu Foster, a e para dizer um recadinho ao ouvido de uma bella, quando sua senho- ria não poder aproximar se (1'ella. » « E alem disso, » continuou Varney parecendo não ter dado pela interrupção. « carece lambem de letrados-profundose sublis gastadores-para fazer os seus contratos, pre-contralos e post contratos, e achar meios de tirar o melhor partido possível das concessões de terras da Igreja, e dos baldios, c das licenças para monopólio. - Precisa igualmente de médicos que saibam temperar uni copo de vinho ou fazer nma gen.ada (1 ..-E<le ca.alistas, con,,, Deo o Aliou, para conjurar o diabo.-E deespadachmsau- dazes, que combatam contra o próprio diabo quando for evocado e estiver de mau humor. Mas sobre tudo, sem prej ,iso dos outros, ha mister das almas santas, innocentese puras como a tua, bom Antônio, que desafiem Salanaz e que ao mesmo tempo executem asobrasdelíelzebulh,» « Não supponho queirais dizer, sennor Varney,» Ue^VNoorieinííê^ea:ciflWíí, bebida que se usa em ~ , iudateUe^ cio tios Ruropéos; Mr. Felix de SainfCroix, avalia- va cm 180 í. 1805 e 1806 que as som mas derrama- das nas índias pelas dilíerentes nações commcrcian- tes e convertidas em rupias, elevavão-se, termo me- dio, a 8 ou 9 milhões depiastras, eque a prata ab- sorvida pelo commercio dos Europeoscom o grande archipelago indiano, a China, etc. , subia a igual somma. « Cm documenta publicado por ordens do par- lamento britânico estabelece que desde 181õa 1840 tinha sido importada em numerário nas três presi- dendas de Bengala , de Madras e de Bombaim um valor dc 00,440,000 libras esterlinas, isto é, 208,980 conlos de reis, e que durante o mesmo lem- po as exportações dc espécies metálica* não tinhão sido senão de 12,120,000 libras esterlinas, isto é, 51,540 conlos de reis; o que deixava no espaço dc 2o annos nas mãos dos índios um balanço metálico de 5U20.000 libras, istoé,_41,440 contos de reis! « Perguntar-se-ha, que fazem o? indios de lo- do este dinheiro? Fazem o que tem feilo co que fa- zom ainda todos os povos na infância; enterrão-no, meltem-no em escondrijos, como cs árabes do Telli ou do Atlas, como se fazia na Europa no Baixo lm- perio e na idade media, como se fará sempre quan- do longos períodos de desposlimo e de lyrannia ti" verem espalhado por toda a parte a suspeita e o me- tomou Foster, « que o nosso bom senhor e amo, a quem julgo animado dos mais nobres sentimentos, re- corra, para se engrandecer, aos meios abjéctos e cri- minososdeque fallais?» « Vamos, homem,» disse Varney, «não olhes para mim de sobrancelha carregada-tu não me logras—nem cuides que dependo de li, como o pode imaginar o teu fraco bestnnto, por que te descubro francamente as maquinas e molas, os parafusos, ins- t< nu entos e gatos de ferro por meio dos quaes gran- des personagens se elevam em tempos de barulho.— N5íi dizes que o nosso bom lord tem sentimentos no- bivs ?_„ mcn; assim seja—por isso mais carece de ler em roda de si pessoas que o sirvam isentas de todo o escrúpulo, e que. sabendo que a sua queda asopri- mii ia e esmagaria, aventurem sangue e miolos, alma e corpo, afim de sustenta-lo em cima; e digo le isto porque não me importa que o saibam. » « Tendes razão, senhor Varney, » disse Antônio Foster; ao cabeça de um bando é como uma embar- ca vão no mar que não se eleva por si mesma, mas que è levantada pelas vagas que a sustentam.» « Fstás muito metaphorico, honrado Antônio, » replicou Varney;« essa vestia de veludo transformou- toem oráculo—far-tc-hemos doutorar em Oxford. Mas, por emquanto, dize-me, pozesle em ordem os objectos que vieram de Londres, e adereçaste os quartos do oeste de modo que mylord fique sutis- feito ? •¦> « Estão capazes de receber om rei no dia do seu noivado,» respondeu Aulonio;« e afirmo vos que a senhora Amy os eslá habitando tão ufana e contento como se fosse a rainha d*" Sábà. » « Tanto melhor, meu bom Antônio, » disse Var- ^ ney, « Importa nos fundar a nossa felicidade futura na sus bua vontade para comnosco.»

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mm ii SEGUNDA-FEIRA ADE MAIO DE 1857 NUMERO 52

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mm à na * typogr^u» ma m «ch,s n 8: para a ca,,*,, por ~^P j*j£ «0»,«JU. 3** par, ,ora :_j*jgi»S ^488SS

%% o/JUunáos pan os Sprs. a—<* «™^"«*«Mg-takg o «Çg1^^!^^ as :,sfeai dc,6m se- pagas adiantadas.

LÃlijtilvií.

A intlin e »H iiietae» preeloaos.

« Quan-ioa especulação da Bolsa, excitada dc

todos os lados c levada aos seus maiores extremos,

começou a alguns mezes a couhecerqueseapproxi-mava a crise linanceira que preparara e tornarainevitável, parecia querer a Causar o com mercio de

creara escassez dos capitães monetários; a ouvir osdefensores c os panogarislas dos altos personagensda Bolsa, era o commercio da Índia a cousa de tudo,era para o Cantão e Calcula que tinha sido levadotodo o ouro e toda a prata que antes se apanhava a

pá; Chegou-se alé aflamcnlar que se uão tivessem

tomado medidas administrativas conlra a exportaçãodas espécies meUlIicas.

a Todavia, as remessas de prata para as grandesíndias não datão dojprincipio do império: ha todos

os motivos para crer quea Europa pagara sempre

com melaes preciosos as suas compras no Oriente,depois que a descoberta da, America fez entre nós

baixarosseus preços. Antes desla descoberta, a Ru-

ropu tirava da índia, alem da seda e das especiari-as, urna certa quantidade de ouro cin pó.

miraiiiStPièifl

¦•«¦-.SIR WALTER SGOTT,

« Responder-vos em espirito, senhor Varney,»disse Foster, «seria—perdoai a parábola—lançar aos

porcos cousas sagradas, ou, como dizem, deitar pe-rolas A porcos. Fallar-te hei pois. a linguagem do

mundo; linguagem,que Aquelle, que é rei do mundo,

te ensinou a entmder, e da qual te ensinou lambem a

tirar proveito n'um grau pouco ordinário. »

a Dize o que quizeres, honrado fouy, » replicou

Varney,« porque ou> falles segundo a tua fe absur *

da, ou segundo os teus hábitos de maldade, tudo

quanto disseresnão fará mais do que augmeotar o bom

sabor deste fcopo de Alicante. A tua conversação é

iSo gostosa?e picante que excede as ovas de peixe, e

todos os pJtfaíii-™ que fazem achar melhor um ex-

cellenle vinho,»« Pois bem,» tornou Foster, « então dizei me se

o nosso bom senhor e amo, não seria mais bem servi-

do, se a sua ante-camara mais convenientemente oc-

cupada por>mens honestos e tementes a Deus, que

executassem as suas ordens/e cuidassem no seu inte-

resse delles com tranquillidade, e sem escândalo, do

que por homens manifestamente devassos, taes como

os que o rodeam,'servem e acompanham, marotos

chapados, espadaehiusdesalmadosco.no Tydesly Ril-

ligren, e esse birbante Lambourne que me incum-

bisles (le vos procurar, e outros da mesma rale, que

J

'mé:ó%l M-

ti Adepreciação dos metacs preciosos, que so-

hfeveio depois da conquista do México, do Brasil c

do Peru, modilieou o commercio da Europa com a

Índia; a baiateza de nossos inetaes fez-nos achar

grandes vantagens na sua exportação; teria havido

perda em continuar a importação dos metacs precio-sos da índia. Assim, as primeiras companhias das

índias, fundadas já na Hollanda, já em Inglaterra,

em Portugal ou em França, limitavão-se a carregar

alguns milhões nos navios queexpedião, e a troca-

los pelos productos de Ceylão, da cosia de Malabar,

das Molucãse da China.M. de llumhodt, que fez sabias investigações

sohrc a producçao dos metaes monetários, assegura

no A.° volume de seu—Ensaio político sobre a nova

Hespanha—qoe dos dollars 4.1.üOO OOÓ de ouro e

dc prata, importados da Américo na Europa iodos

os annos antes das guerras da revolução, mais de

20,500,000 passayãQ annualmente para a Ásia Pe-

l..s'portos do Levante, diz elle, mandavão-se 4 mi-

lhões; pelo Cabo da líoa-Esperança, 17,500,000 e

os Russos exportarão /i milhões pelas cidades de

Kiachia cdeTaholck,« üm viajante que resifiio por muito tempo na

índia, há China e nas ilhas Philippinas. e que di-

rigio toda a sua acliya curiosidade para tudo quan

lo interessa a industria manufaclureira e o commcr-

trazem o forca ria cara, c a morte na mão- que são o

terror dos homens pacíficos'e o escândalo da casa de

mylord ?»« Oh! socegai.meu caio senhor Antônio Fosler,»

respondeu Varney; «quem se oecupa em caçar toda a

espécie de aves deve ter toda a espécie de falcões, de

aza curta e de aza comprida. A carreira que mylord

segue nao é fácil, e cumpre que para todas as diííicul-

dádes esteja provido de servidores fieis e promptos

para toda a casta de serviço. Carece de um elegante

cortczfio. como eu, para se apresentar com dignidade

na sala do docel. e que nu Ua mão a espada se ai-

guem disser alguma palavra contra a honra de my,

lord...» .« Sim,» interrompeu Foster, a e para dizer um

recadinho ao ouvido de uma bella, quando sua senho-

ria não poder aproximar se (1'ella. »« E alem disso, » continuou Varney parecendo

não ter dado pela interrupção. « carece lambem de

letrados-profundose sublis gastadores-para fazer

os seus contratos, pre-contralos e post contratos, e

achar meios de tirar o melhor partido possível das

concessões de terras da Igreja, e dos baldios, c das

licenças para monopólio. - Precisa igualmente de

médicos que saibam temperar uni copo de vinho ou

fazer nma gen.ada (1 ..-E<le ca.alistas, con,,, Deo o

Aliou, para conjurar o diabo.-E deespadachmsau-

dazes, que combatam contra o próprio diabo quandofor evocado e estiver de mau humor. Mas sobre tudo,

sem prej ,iso dos outros, ha mister das almas santas,

innocentese puras como a tua, bom Antônio, que

desafiem Salanaz e que ao mesmo tempo executem

asobrasdelíelzebulh,»« Não supponho queirais dizer, sennor Varney,»

Ue ^VNoorieinííê^ea:ciflWíí, bebida que se usa em~ , iudateUe^

cio tios Ruropéos; Mr. Felix de SainfCroix, avalia-va cm 180 í. 1805 e 1806 que as som mas derrama-

das nas índias pelas dilíerentes nações commcrcian-

tes e convertidas em rupias, elevavão-se, termo me-

dio, a 8 ou 9 milhões depiastras, eque a prata ab-

sorvida pelo commercio dos Europeoscom o grandearchipelago indiano, a China, etc. , subia a igual

somma.« Cm documenta publicado por ordens do par-

lamento britânico estabelece que desde 181õa 1840

tinha sido importada em numerário nas três presi-dendas de Bengala , de Madras e de Bombaimum valor dc 00,440,000 libras esterlinas, isto é,

208,980 conlos de reis, e que durante o mesmo lem-

po as exportações dc espécies metálica* não tinhão

sido senão de 12,120,000 libras esterlinas, isto é,

51,540 conlos de reis; o que deixava no espaço dc

2o annos nas mãos dos índios um balanço metálico

de 5U20.000 libras, istoé,_41,440 contos de reis!

« Perguntar-se-ha, que fazem o? indios de lo-

do este dinheiro? Fazem o que tem feilo co que fa-

zom ainda todos os povos na infância; enterrão-no,

meltem-no em escondrijos, como cs árabes do Telli

ou do Atlas, como se fazia na Europa no Baixo lm-

perio e na idade media, como se fará sempre quan-do longos períodos de desposlimo e de lyrannia ti"

verem espalhado por toda a parte a suspeita e o me-

tomou Foster, « que o nosso bom senhor e amo, a

quem julgo animado dos mais nobres sentimentos, re-

corra, para se engrandecer, aos meios abjéctos e cri-

minososdeque fallais?»« Vamos, homem,» disse Varney, «não olhes

para mim de sobrancelha carregada-tu não me

logras—nem cuides que dependo de li, como o podeimaginar o teu fraco bestnnto, por que te descubrofrancamente as maquinas e molas, os parafusos, ins-

t< nu entos e gatos de ferro por meio dos quaes gran-des personagens se elevam em tempos de barulho.—N5íi dizes que o nosso bom lord tem sentimentos no-

bivs ?_„ mcn; assim seja—por isso mais carece de

ler em roda de si pessoas que o sirvam isentas de todo

o escrúpulo, e que. sabendo que a sua queda asopri-

mii ia e esmagaria, aventurem sangue e miolos, alma e

corpo, afim de sustenta-lo em cima; e digo le isto

porque não me importa que o saibam. »« Tendes razão, senhor Varney, » disse Antônio

Foster; ao cabeça de um bando é como uma embar-

ca vão no mar que não se eleva por si mesma, mas queè levantada pelas vagas que a sustentam.»

« Fstás muito metaphorico, honrado Antônio, »

replicou Varney;« essa vestia de veludo transformou-toem oráculo—far-tc-hemos doutorar em Oxford.Mas, por emquanto, dize-me, já pozesle em ordem

os objectos que vieram de Londres, e adereçaste os

quartos do oeste de modo que mylord fique sutis-

feito ? •¦>

« Estão capazes de receber om rei no dia do seu

noivado,» respondeu Aulonio;« e afirmo vos que a

senhora Amy os eslá habitando tão ufana e contento

como se fosse a rainha d*" Sábà. »« Tanto melhor, meu bom Antônio, » disse Var-

^ney, « Importa nos fundar a nossa felicidade futura

na sus bua vontade para comnosco.»

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nmoêo mmmt, i^m&t&ÊÈÈtèÈÊZÊ^*àL**^^

(Io Sím os ínto escondem o dinheiro que lhes en-

vi.uiio-, mas nao 6 Im nmn ra7.au para rpm deixemosí.VIími ivíiidiif; sã» e.|Íi!S qnesnííreai a perda resul-

i-inli. da .••niquilaçíto deste capilal, como ba vem osde (Jeiii-.iii-lrafeui iim próximo arligo.

pciMiilIa-í-e-uos ilk-.e-ro : se os Índios parecemi,:to poder snhir ainda deijla infância seuíl, a c.ul-

pa provem um pouco da companhia ingleza das in-cíiiiE líã porlo de duzeííibs e cincoenta atineis cjtn

;, r-;iui|!iin1ii;/ oenipa ou possue a índia, e neslcs

dous séculos o meio a/i o tem por assim dizer, feito

nada para assímiJhar a índia a Ruropa ; pelo con-

t ra rio, lem iinped-ído todo u eslnhclecimchio de eu-

lup.eos na índia, tem fecha-lo locí.i a peninsula ásidéas como aos fardos (jue não pássiivao pelos seus

iirmazens. Os índios de hoje são pois o que erãolu ires séculos ; é cie suppor que a nova políticainaugurada cm I8-Í8 modificará pouco a pouco,pelo contraio nas ideas, dos coslumés, dos factos,

jlíi industria da Europa, os hábitos trinta ou qua-¦rvnla vezes seculares <Jos índios.

« Aióa,*;ora, os íiimlous assemelharão-se a to-ciosos seus conquistadores; com o tempo os vence-dores lornarão-se os .vencidos. Acontecerá de outrasorte, emeamos predizelo , com os europeus, cujaconquista, alem disso, seni pacifica. Ásemelhançada índia, á Europa provará que te ohlem muilo mais«om uni fardo de mercadorias do que com a espadaou os canhões Comtudo um fado muito curioso queaqui devemos notar, é que até o presente as grandesfortunas feitas na Índia pertencem aos frtrréés Osllinduus-Rrahmes, os Musulnianos, os inglezes nãofundão forluna como os Pareces lão ricos como osreis das linatiças em Londres e Pariz.

T. N. Ikrtuinl.

(Jornal, do Havre.j

—Ktw&mim.

OS AFGHANS;

O Monitor do Exercita exlrahe de uma cartade Téhéran de 7 cie novembro os seguintes detalhespobre o exercito des Afghaiis, adversários do shab daPérsia na guerra octual:

<c Então ediíicareinos na areia, » replicou Foster;«porque suppoudp que díiíwela para a corte, ondeha de gozar da jerarchia e autoridade de mylorcl, com

que olhos me poderá ver, a mim, que sou de 3lgummodo o seu carcereiro, e que a seu pezar a retenhoaqui como uma lagartixa n;uui muro velho, quandoella dezejariaser uma matizada borboleta de um jar-çlíiTi real ? »

« Não temas o seu desagrado, homem,» tornouVarney. « Dar-lhe-hei a entender que luclu o que tensfeito n'issoé por melhor serviço seu e de mylord ; e

quando elle quebrar a casca, e caminhar sò, confes-sara que fomos nòs que chocamos o ovo da sua grau-dez a. y>

a Olhai por vòs, senhor Varney, » disse Fusier :((podeis enganar-vos irisso altamente.— Recebeu-i os esta. manhan çocu Ioda a frieza; e, segundo creio,ve-vos com lão maus olhos como a mim: »

oKnganais-vos com ella,iVosier—enganais-vos re-dondameute. Esti unida a mim com as mesmos laços,

que podem prende-Ia ao.homem que lhe procurou osmeios de satisfazer a seu amor e ambição. Quem foitirar do seu humilde eslado a obscura Amélia Robsart,lilha de um cavalheiro empobrecido c tonto—pro-meltida esposa a um lunático, a um louco enthusiastacomo Eduardo Tressiiiun,—e quem, d,igo,l*.ie mostrouem perspectiva a mais brilhante fortuna de inglaler-ra e talvez, da Europa ? fui eu, homem ; fui eu-comu

já muitas vezes te disse—que busquei opportunidade

para as suas. reuniões secretas—-fui. eu quem vigiavao bosque em quanto elle batia, a caça;—sou eu a

quem a sua familia accusa de lhe ter sido companhei-ro na fuga ; e se eu estivesse nas visiuhanças do velhocavalheiro, faria hera em trazer uma camisa cie cousa

mais., for leque panno de Hollanda, se não quizesse que•rs -jjinha-s èoslei]^;^^^ conhecimento cem nm

O paiz cios -\fgiians-ncciipa lodo o limite ocridtiu-

tal da líciisia; comprehende considerável numero

de tribos, enlre as quaes co,ltão-«.e «rlnla principaes.Obdece a nm príncipe cujo jmder ò Ijmitacjn e o go.

verno feudal. O throno e hereditário, porem o diroí-

lo de. progenilura não esta estabelecido: logo que es-

te príncipe morra, os chefes das tribos e os grandesdecidem qual de seus ...lhos deve sar chamado a

coroa. .Os Afghans lem sido a nação dominante na in-

dia, desde o começo do segundo alé o sexto século.

};m 15SÚ possuião ainda d reino de «cngala;ein 1722,

conquistarão a Pérsia; e se tem perdido a dominação

deste paiz, lem conservado algumas de suas antigas

provincias, especialmente o prlncipadode íierat.

Desde a época de sen poder ale: nossos dias, os

Afghans sempre têm eslado ein oppp/jjçãp a Pérsia: a

guorra actual, ein,cujo ponto de partido os aggravus

não parecem ter sido do lado da corte de Teheran.

não é senão a consecjucncia de um estado de cousas

secular.O actual soberano dos Afghans, Dost Ittoham-

med, acha-se neste momento íi icsiii de um exercito

cie quasi 70,000 homens, que, diz-se, será elevado a

100,000! mas esle exercito iudisciplinailo.no qual o

shalída Pérsia conta como partidários todus os ma-

sulmauüsda seita dos schiistes, «cria por sua nature-

xa inferior ao exercito Persla.no; se elle não fosse sus-

tentado pelos Inglezes ate a sua organisaçào.

O exercito dos Afghans compõe-se de c.on.lingen-

tes fornecidos pelas suas difrerentes tribos; nao em-

prega para os dous terços senão a cavallaria, que for-

ma a sua melhor parte, listes sao divididos em 25

corpos, cominandados pelos chefes principaes do paiz.Seu coslumã piltoresco remonta aos mais antigos tem-

pus. Os soldados usâo um grande honet de fôrma co-nica muilo elevada, rollele cumprido, «alça larga e

botas de marroquim.Não são armados de uma maneira uniforme; uns

trazem grandes espingardas como os Árabes, outroslanças mortíferas, e outros machados que manejãocom extraordinária destreza. Ksla cavallaria não ma-nobra a maneira europea; é na verdade temível.

A inferioridade do exercito Afghan nasce de suainfantaria. Os soldados cie que se compõem trazem

foiha de Hespanha. Quem era o portador das cartas ?—eu. Quem entrelinha o cavalheiro, e Tressilian ?-~eu. Quem fez o plano da evasão '—fui eu. N'uma palavra, fui eu, Oik Varney, que arranquei esta lindamargaritinha do seu humilde canto, e a puz na maissoberba carapuça da Grau bretanha, d

a Muito beto. senhor Varney. »disse Foster;« mas talvez ella pense que se a cousa dependera devós, teria a flor licaclo tão mal segura na carapuça, queao primeiro supro do vento inconstante da paixão apobre margarita cairia na herva. »

a Ella deve considerar. »lornou Varney, sorrindo se, « que a lealdade, que devo a meu senhor e amo,me obstou no principio a aconselhar o casamento—e.

que sò o aconselhei quando vi que nada a satisfaziasenão o...casamento ou ceremonia—como chamastu a isto, Antônio ? r>

a Ainda ha outro motivo porque vos quer mal,»disse Pôster, « e fallo vos assim para que vos acaute-leis em t»mpo. Não quer occullar o seu esplendor naa lanterna de furla-fogo de um mosteiro gothico, masdeseja brilhar cumo condessa enlre as condessãs. »

a É mui natural e justo,» disse Varney ; « masque posso eu fazer ?—pode brilhar atravéz de um f\-dru baçouu de um cristal puro, segundo aprouver amylord; contra isso nada lenho que dizer. »

et Está persuadida, que empunhais um remo destelado da barca, senhor Varney. n replicou Foster, «e

que podeis faze-la andar ou. parar segundo vos der navontade. iVuina palavra, atlribue a solidão eobocu-ridade em que vivo aos conselhos secretos que dais amylord, e ao rigor com que cumpro os meus deveres;assim que, ella nos quer tanto como um sentenciado aojuiz eao carcereiro. »

cc Imporiaqu.ç aos queira ui.ais antes dcs,airtl*a»

grosseiras cnrabfnaa dus quaes se servem .nalrWio

estão habituados ás marchas e á fadiga, einaafto*» <sem união.

Para combater esta inferioridade, tanto iinta

sensível hoje que a infantaria pcisiana é nctUc-mc,

decidirão os Inglezes mandar uma biigacla iKC«.11dtla

dViilre sitas melhores iropas par a rèfouara infanta,

ria dos Afghans. lista decisiio prova a iii;portaicia

cjue o. gover no da c.ran-bnundií» liga i« qm-stüo un

que se empenha. A sua art ilha lia não émellicrqucainfantaria; os-inglezcs pois tem julgado tinirüieifics-sa d uma brigada de suas tropas duas baterias de o.buz.s. Um meio tanbcin tlbcazè aquelle que os in-

glezes acabão de eiiíprcgar recentemente, dando aDost Wolianuned, cuja avidez é conhecida, spnimas

consi ierãveis e fornecendo- lhe par a ?«ti uso aruircs emiuriçôts. listessacriíicios são tanto mais úteis parachamar a si este chefe selvigcm, jor isso que Dcsl-

Moharf.met sabe que a Rússia é alliada du Pcraia, o queelle tem o poder dos czars. ,;

Os Afghans saci valentes, ssc|iieajdòres e iiidiscípli-nados; seu exercito attrahe as hordas que o acompa-

nharáo outras vezes, nas expedições de Cengis khan eseus successores. li' solido de um maierial umside-rovel pertencente a rada tribo. Muitos d'entre elleslevão a guerra suas mulheres e seus lilhos; esle habitoconcilia-se coní seus ctsicuis, esseiicltimtiíle nc-ma d as.

O Afghanislan occidental, q» se «cha cm guerra com

a Pérsia, comprehende tièsgrandes divisões própria-tnenle ditas: o reino dc Kaboul, que contem cinco

piovincips; o reino de Kandahar, quo eucerro lres;o

principacio da Iléral.que se divide em duas provin-cias, que se compõe da cidade deste coma e de seuter ilorio, eque comprehende alem «iisso as cidadesde Goiirondjé e (1'Oubach, e a de Siabhaud, que tem

por cabeça a cidade do mesmo nome. Ii' por ler a-tacada esta porção do paiz que a Pérsia csU hoje em

guerra com todo o Afghanislan.Kaboul è a residência de Dost Moham med e a ca-

pilai de todo o seu império; está situada a 2.000 metros acima do nivel do mar, e possue obras de defez*construídas pelos príncipes da família Timous.emreas quaes figura um inagestoso palácio elevado porAureng-Zeyb em 1673. Alem disso contem immenso»

qui. Antônio, » tornou Varney. « Se razões pondero-sas me obrigaram a dar de conselho que fosse conservada aqui por algum lempo. lambem posso aconselhar

que seja apresentada em publico com todo o esplen-der da sua dignidade. Mas occnpando o emprego quetenho junto a mylord, bem tolo seria eu se tal íizes esondo ella minha inimiga. Nào percas oceasião de aconvencer desta verdade, Antônio, e descaoça em mimà cerca do cuidado de lhe fallar em teu abono, e de teexaltar na sua opinião.- /'cfwt m mim, pensareiem ti—d provérbio universal,-Convém que a damaconheça os seus amigos, e que esteja oo alcance de

julgar do poder que teem de se tornar seus inimigo —-

no entanto vigia-a rigorosamente, mas com todo orespeilo exterior que a tua aspei a condição le permit-lir. É cousa exceliente esse teu olhar ferox. e essa In-dole de cão de filia : tu e mylord deviam dar por isso

graças a fteus; porque, quando se trata de algumamedida de rigor ou de crueza, havens-te de modo queparece proceder isso da tua natural propensão, c naode ordens recebidas; e desta sorte íica rcyloid livre

do censura. —Mas escula—Ia balem a porta—vai ver

à janella—-não deixes eotrar ninguém— esta conferi n*

cia não perinjtte interrupção. »

« È o sujeito de quem filamos antesde jantar,»disse Foster olhando da janella ;«e -Miguel Larohc»-

urne. »« Ob .' manda-o entrar imrordiatamente, » disse

o cortezão ; a vem trazer-nos: alguma noticia d seu

companheiro-—importa-nos saber os passos q M

lídiuundo Tressilian.-Anda, manda-o entrar, mas

não o tragas para aqui-jà voa ter comvosco a livraria

d.u abbade.»{Continúa-A}'

Page 3: mm ii SEGUNDA-FEIRA ADE MAIO DE 1857 NUMERO 52memoria.bn.br/pdf/720011/per720011_1857_00052.pdf · era para o Cantão e Calcula que tinha sido levado todo o ouro e toda a prata que

' 'í>iei'?o iío MiMMíim, Seg«*sida-!eíra 1 de Maio de ifôl a : .-.. '

'úfrjfôhúiifcmvM^

l

A

.va.íuTraneosonde o celebre imperador i\loi)gol, umítts mais famosos príncipes da Ásia, euc.urav;» os seusl ti o sou ros.

INseescondrij;) era intccoscivci.Sabe-se que um dos fillíps d ri imperado** tondo en -

Irado nesse lugar sem ordem de sou pai. esti; ordenoui|1 alli o fechassem lendo depois tapado a porta de on-trada. A terrível sentença Iui executa da, e o jovenprincipe morreu depois lle ler sbltridí» as agonias dafome, nomeiodos aamnioados thesouros do Impera-dor. Ainda se descobre o lugar em que elle exalou o"tiítiínd suspiro, e onde os seus ossos forão eneonlra-• ios quando -\bmed-Shah mandou abrir o sublerra-rico cm 17A7. s

A cidade de Kabmil possuo lambem o túmulo deBáber, neto de Tamerlan que í» um lugar de peregri-nação para ns mttstilmauos.

A cidade de Ivandaliar. capital do reino desse no-íoe, estíi situada perto da margem esquerrlíi do Org-'rendai), um dos nílluentesdo IJelmetil. lista Impor-"Mnfe cidade ja existia no tempo de Al<naiv're; foidepois destruída e reconstruída muitas vezes. Km1507 o impprador llaber tomon-a; em 1M5 foi on-quistada por Abbas o grande; em ,if».ji'8 Mi-Mordnn-3han. que a governava eni nome da Pérsia, enlre.rrou-ii por traicção ao imperador njehanghiz; em Iti7i9cíhio sol) o poder de Abbas !!; em 1700 foi toma-ibi pelo general aftrhah 'dyroers; Nadei Shab emfimtómou.-a por ac.«a!to em 18!57 depois de um côreo deraeWit') niezè.s, destfiiiúilo-a para lev_nnt:il-n nm pou-co mais para o sul NSqha outra cidade que, comoesta, lenha tanto sotTrido; sua população subio emfiiii 1 SOO a 100.000 almbs, porém desde essa épochactiminuio nm pouco.

A cidadã de lierat, capital da província desse no-me, tem últifüamenlè sido descripta por varias vezes.

A palavra afglian significa monlatiliez, e indicaque na sua idade primitiva os povos dessas regiões vi-viào nas montanhas que se ergem ontro a Pérsia, oIndostãòe a Bactríana.

Qualquer que seja o desfecho da campanha quese vai abrir, os afgbans lerão nella uma parte impor-taiite, em consequenci. das suas lutas seculares coma Pérsia.

É' pois de grande utilidade o conhecimento desua òrganisnção visto, que os inglezes parecem pro-curar entre elles o seu mais seguro ponto dc apoio.

-Ur

1

retirava-so' mansamente levando comsigo a vela ace-sa da estanle. Finalinenlc ficarão apenas dnns rabo-ras ipie toeavão in duo no meio de uma obsenrida-de qnasi t/dal.

() elVeito desse concerto foi iTio imprevisto e liíooriginal, (pie o príncipe Fsterliazy, encantado, de-clamo (jui- piKirdíiva a sua orchestra. dirigindo aomesmo tempo a IlayUüh as mais llsóngeifas felicitações.

(DiárioUo Bio.)

WWUii.ITU KlIfiH

lü «íRiimi.

Era esperado ultimamente cm Londres o revê-rendo doutor Livingstone, nome tantas vezes citadonos círculos daquella capital; tendo sido ferido poi*\m leão, o reverendo doutor conserva o braço direi'lo quebrado, o em parte innlüisado. A sua ausênciade Inglaterra durou 17 aunos; atravessou o grandecontinente africano ate" ao centro índio do O para E,explorando regiões onde nunca penetrou uma crea-Jura civilísada, e fazendo iiaportanlissiiDas descober-tas, no duplo caracter de missionário e de medico,provido de um diploma legal.

O Rev. doutor é um homem baixo, de rosto a-gradavel e serio, e de um olhar que revela a grande«energia de seu caracter.

Poucas pessoas, diz o Avcnir. conhecem umapeça musical denominada O adeusde.flayden.q.vifoi executada recentemente em Hamburgo em umconcerto; è uma symphonia que desde alguns annosnão era ouvida e cuja origem é digna de curiosidade.

O principe Esterhazy quiz uai cerlo dia despedira orchestra que organisara sob a direeção de Hayden,pretextando economia ou talvez por não achar o re-pertorio dos seus músicos bastante variado para dis-tráil-o; a pedido do celebre maestro conscalio porémem assistir a uinjuliimo concerlo. Executou-se nes-te concerto uma symphonia composta por llayden eintitulada de propósito por essa occasião—O adeus,

A principio tocarão todos os instrumentos em

perfeita -harmonia; depois calarão-se os baixos, emseguida os altos, eèrn cada vez que um instrumento.'_riüÍ!i:iV3 a èça. nírte o artista que o locava \

A arv.»!*» ti o _.)_»,

Ia>in !<r\nre [artacarpus incisa) , da familiada* fipoirns, da se naturnlmeiilc nas ilhas do mardo sul. nasMolucas, tio Brasil; nas ilhas Mariannas,eem Batavin: actual mon te ellaé lambem cultivadana ilha de França, nn Jamaica, em Ciiyennn Ac.

O sou tronco direito, e da grossura de um ho-mem, eleva-se á altura de quarenta pés: a sua corli-

ça é pardilba, aberta e grelada; o cimo copado,esférico na sombra, cobre com a sua sombra um es-

paçodcqiíasi trinta pés de diâmetro, k madeira éamarelladíii branda eleve. As folhas do tamanho dedous pés são profundamente recortadas em sete oulipvf lobulos. e as íloies nascem na extremidade dosramos. Osfníctos são redondos do tamanho de dous

punhos, ou de um melão pequeno, e conservam acasca verde, áspera no exterior, apresentando um

lavorquasi regular de figuras oitavadas e triaiígu-lares.

Debaixo da sua grossa casca o frueto contem

uma polpa, que um pouco antes da sua perfeita ma-

dureza é branca, farfnaceá, o alguma cousa fihrosa;

mas quando está perfeitamente madura torna-se a-

marcllada, sucrulenta, e gelatinosa, alguns destes

fruetos cão sem caroço, e na ilha de Otahiti não ha

d'0'úlra qualidade; porem nas outras ilhas da Ocea-

nia toemos früclòs um caroço oval, uni pouco pon-tudo nas extremidades, e do tamanho dc uma cas-

tanha.A arvore do pão dá fiiicAo durante oilo mezes

seguidos. Paro comer estes fruetos se escolhe o graudeinadürezíi emquea polpa está farihVcèa, e alva,

o que se conhece pela cor da casca. O preparo quese lhes dá consiste em corta-los em grossas talhadas,

que se cosem sobre fogo de carvão: tambem os mel-

tem inteiros em forno bem quente, e ahi os deixam

ficar até que a cn^ca comece a fazer-se negra. Dc

qualquer modo que se preparem, raspa-se depois a

parte queimada, e o interior íica branco, tenro como

o miolo depãomoile, ede um go<to noucodifierente

do pão de trigo, sendo alimento são e agradável.Para fazerem uso deste alimento durante os

quatro mezes, que a arvore não dá frueto, os habi-

tant.es dn Oceania aproveitam a occasião em que a

colheita é mais abundante de que, o preciso para o

uso diário, e com o excedente preparam uma massn,

que fermenta, e podo ser conservada muito tempo

sem se corromper. Esta massa cosida depois no forno

produz uma espécie dc pão. cujo sabor um pouco a-

cido. nã^ é todavia desagradável?.,Ein algumas par-tes.e principalmente nas ilhas Olebes e Molucas

os habitantes: éòm.fêm es caroços da fruetn assatrlo-os

no fogo. e não é lambem desagradável o seu sabor.

Amadeira da arvore é própria para construcção de

casas e para baleis, e fazem-se das cascas uma boa

i<ca, e do sueco branco das folhas extrahe-se um

visco cxcellerite para apanhar pássaros. Duas mt

tres arvores bastam para alimentar uma pessoa du-

rante um annoA arvore do pão é tão formosa, que, ainda pres-

cindindo da sua utilidade, merecia com razão sercultivada para adorno dos passeios públicos e quin-tas.

(Exlrátiidó.)

MBiiHÂO. ¦

Audiências.—Segunda-feira—òo juiz especia}do (.'ommercio, doíjuizimuhieipaljtla 1." vara so-mente paia os pioeessos crimes das poMaras dacan ara, sessão da Ih.eVouraíi» da fazenda, e tribu-nal do commorcio. ....

i-.ii.-L

T-.Tí-a-íiMrii—(hi Hel'áçfío.'dó Juiz de direito dji

l.a vara, e dos juizes de'paz du '.)?' e h." di>trictol(ju.iria-feira—Io juiz inú.niçi| al on ií." vara.

do juizo ecclesiastico, e do subderegadò tle policiado 1° dislricto.

Quinta-feira—dos juizes de direitos da 1." o°2.u|vara do crime, e dos leitos da fazenda; tio juizd'orphãose ausentes, do subdelegado do _°di>tii< U\dn sessão do tíiesouro provincial, e do juizespcci.,do comnicrcio.

Sext.a-fui'á—do triíuioál do commercio, (!.•>

juiz municipal da l.a vara, e sessão da ihesotiver \de fazen(bj.

Sabbado—(ia Relação, do chefe de policia, do

juizo ecclesiastico.

Navios áicartja. — Daica j Princesa Victoria

para Liverpool.¦

PdUcho Portuguez Roà-Fè para Lisboa.Ilialc Americano Maria para New-York.Iliate nacional Eduviges para o Pará.Kscuna Franceza Maranhão para o Hàyfe'.

Óbitos do dia 1.—- Filomena Dioniza Ribeiro,7 annos, Miarim—Diarrhéa.

llezoa, escrava dos orphãos, filho; deLotíren-ço Lusitano de Castro Belíort, b"0 aniíos, Itapicuru—Diarrhéa.

ÍÍI5 COIIÍlEllllil,t-aras r.*___——"nmíj.ií——. ___5C—i ~ B ¦

AlÊrtr.iílejSía.

(maio i.)

Para Liverpool na Barca --Princeza-Victnria - Wii-1 liam Youle , 92 saccas de algodào bom , 08 ditas de dilo

maquina.Para New-York no Hiale—Maria— Manoel Pereira

Guimarães Caldas, 80 barricas tapioca do Pará, 15(5 cou-ros. . .

Para Lisboa no Patacho—Bod-Fé—Simões Primo kC.", 140 couros.

Rendimento do dia 1. . . . 0:Ü74^_3_

COLÍ.I.tTORDA PBOYAT.C1AL.

Rendimento do dia I. . . ....*,. 1)74^35

PREÇOS COÜKENTES.

Alcatrão sueco ....Azeite doce portuguez b. 8.Alíasema roxa ....BacalhauBezerros

» envernizados .Breu .....••Cabos de linho . . . .

!> ); cairo ....CanellaCarneiras francezas de corCera em vellas de LisboaCtia liysson . ....Chouriçá- de .Lisboa . .Chumbo de munição . alarva doce. . . . • .fàiihha dc triga. . . -

. barril 10^OOO'afc20^000o. barril 5.° asaooo, >. .iOüOOO.'arroba S$'5'0M ". barrica . nao ha. dúzia IGftOOÍÍ » 189000. .{..Í6000 » íOSOÒti

. barril feOP » SiüsOOO. rpiiiital WmO » -iOôOOt). Ô2$Ó0() i| 'ÒÍ0O

. libra S8->0 » '

§M. dúzia 19*ÜO0 » 208000

libra ÍS-OÓ ¦»• i^Hgmm gwuo» arroba 106000 » -ÈgOOO1; q(IinIal mm i mm

: barrica c^ooo»200Q00

Page 4: mm ii SEGUNDA-FEIRA ADE MAIO DE 1857 NUMERO 52memoria.bn.br/pdf/720011/per720011_1857_00052.pdf · era para o Cantão e Calcula que tinha sido levado todo o ouro e toda a prata que

Diário (lo Maranhão, Segunda-feira4dc Maio de i857.

Folha de flandres .... caixaLouas ria Russia .... peça

«tfinglezas ..... i»Manteiga ingleza .... libra

» franceza . . . . »Massa - surtidas caixaÓleo dc liuhaça. . . . . frascoPassas moscateis .... caixaPaios «le Lisboa «luziaPresuntos porluguezes. . . arrobaPixe da Suécia barrilPólvora. libraQueijos flamengos .... umToucinho portuguez . . . arrobaTaboado dc pinho 1)0 palmos, (luziaVinagre pipaVinho tinto do Porto .¦..,-..•¦»

» )> de Lisboa. . . »» branco » .,.._»>• tiuto francez . . . . »» :> hespanhol ...». muscatel engarrafado. . «luzia» bórdcaiix ». chánipágné »

¦2Í8000 8-8*000 -0$p0030|000 3-2.000

eo:10 87008500 8G00

è$ooo» òSgríoo18100 » 1815008000 » 7800038200 » 38100

108000 » 1280001 Oí-000 _ 2Ò8000

8500 » 85008000 . 18000

118000 _ I18500208000 _ 2.8000

1.08000 »1 GO.-. 0008 » 8

3308000 ». ..080003308000 .3.-08QÒ.

sem preço.3008000 i 3-258000

8 88 8

228000 » 248000

Gêneros «le I_ *_iioHação.

Algodão l." qualidade . .» Serra

Assacar branco l.a sorte .» 2.a dita .

» mascavado . . ,AguardenteArroz pin casca. . .. . ,

. do vapor. . . . ,.*¦ d'outras fabricas . .

Azeite de carrapato. . . .» » andiroba . . . .d » gergelin . . . .

Carne secca CalTè cm cascaChifres dc boiCouros de boi salgados verdes.

» i> » )> seccos .Farinha dc mandioca. . .

. d'aguaFumo !dc molho

>*¦ » corriaGergelin .......Gomma do solGrude de peixeMilhoOlco de cupahiba . . . .Hap.Sabão da terra

» amarelloTaboado dc costado. . . .

» » hacuri. . . .» » cedro ....» ;* paparauba . .

TiquiraVaquctás

arroba

-)))>

pipaalqueirearroba

)>

quartilho»

frascoarroba

»

centolibra

»

alqueire»

arroba

78000 »78000 »58200 ..18000 »38500 »

1008000 »18700 _28000 .28500 »

8 "8100 ti

18100 ».800088500.800088

18400•18500..8000

7810078200

li.800018800

81008500

18300.800098000

58000 _alqueire 28000 »

>*.

libraalqueirecanárialibraarrobalibrapalmo(luzia

»

»

frascouma

5&600 »81 GO »

18800 «8

48000 .38100 »81008100 d

108000 »128000 *>58000 »

8850 »38200 »

8831Ò'

¦18<»0038000G8000

12800028200

880028000

818-0038800

88200

218000208000980008000

38000

Câmbios.

Sobre Londres. ... 27 3j_. Portugal. . . . 90 a 95» França .... 350

I* a. los no Porto.

Patacho Portuguez Boa-Fè para Lisboa.Hiato Nacional EduvigesHiate Americano Maria » New-York.Barca Ingleza Princeza Victoria » LiverpoolEscuna Francesa—Maranhão— . o Ilavre.Galera franceza Paul Robert, para Ilavre...rigue-esc.ma brazileiro Graciosa, para Pernambuco.Patacho inglez 7/aw/ Cf.n, para Liverpool.Patacho brazileiro Maria.

ÂfflüNCIOS.—José Narciso da Silva Tavares tem a venda na sua

loja na rua Grande os seguintes objeelos: Compêndio rieTheologta Moral da 3.a edição pelo Padre Manoel do Mon-te Kodrigncs d'Azevcdo, bertura para camisas, conriessas,e redes para crianças, bem assim lila preta superior, oçue tudo vende por preços còiimiódos. íi

- Jíimí. Joaquim Lopes da Silva continua a vender noseu escriptorio o seguinte: Maquinas de debulhar iiuliio,moinhos para moer «íiio, sobrcceilenlc. para o mesmo,cxcoílehlcs colheres rie metal do príncipe tonto dc sopacomo para chà, tudo vende-se por preço rasoaveí. (1

Leilão.—\%o «lia'9(1.0 corrente mez serão vendidos em leilão mer-caniil do corrector Manoel Josó Gomes chi seu armasemna praça do comincrcio, tres escravos pertencentes á mas-sa fallida «le Antônio Pinto Ferreira Vianna.

Maranhão 1 dè Marco «le 1857. (1

—IVes.a lypograpiiia se diz quem tem [tara venderuma mula mansa, ensinada e sem manhas. (2

—João l-scouhrè, cidadão francez, retira-se para lo-ra ria provinciá.

Maranhão 27 dc Abril de 1857. (2

—._ Viuva «le João ria Rocha Santos & Filhos, lemuma encomenda vinda do Porto na galera Aurora parao Sr. João Fernandes «Ia Silva, a qual poderá procurar nacasa rios aniiuiiciatiles. (2

—__ul-S Paulino Homem «le Loureiro Sequeira,mora-dor na rua «Ia Saude, n.° 15, tem para alugar uma boa amarie leite, sein cria.

Maranhão 30 «le Abril «lc 1857. (2

—._ eiiniter-._:t_._(i «Io Consulado da nação Portu-giiczá murioi.-se para a rua «ta Kslrella, casa uítimámènieali construiria com frente dc azulejo. (9

-- A 15 de Dezembro lindo, fugio um escravo de D.Maria Ursulla Alves Monteiro, rie nome Raimundo mola-l«», lera 35 aimos, pouco mais ou menos, estatura regu-lar, cabeilos frizados, varias manchas rie tetingas bran-cas, pelo rosto <; pescoço, lem dois lomhinhos, um sobrea pà e outro sobre o hoiiibro rio lado esquerdo, jà temsido visto no caminho grande desla cidade, se desconfiaque esteja para Cajapiò, aonde tem M;»i ou para o lado «leAlcântara, por ler sitio escravo rio Sr. capitão ManoelAntônio Pires Lima, «piem o pegar ou der noticias cer-tas alem ria paga será gralifuíario;, podendo, se dirigiramesma senhora acima ou a Luiz Paulino Homem de Loti-rciro Siqueira

Maranhão 50 de Abril rie 1857. (2—Simf.es Primo <_ C», mudarão o.s seus estabeleci-

mentos «le molhados e fazendas inglezas:, para a rua daEstrella, casa ulliinamonte ali construiria, com frente d'a-zulejo. (2

Para PernambucoSegue cm poucos dias o vellciro briguc-eseuna Cracio-sa por ter o seu carregamento prompto. Recebe passa-gciros, aos quaes offerccc bons commodos—a tratar comJosé Francisco Àrleiro. (9

A quem convier.—Wo ru_ do Sol, casa n.° 3S quer-se alugar escravos

idosos próprios para trabalhar cm silio ; também abigão-se dois homens , livres ou escravos , que sejão acliyos odiligentes , para v.ndagerii d _gua pela cidade. (2

uita Altenção.—__»» ha chão vasio algum da freguezia ria Conceição

desta cidarie, que uão esteja cheio rie inato capa/ rie es-ronder uma manada rie carneiros , e atè cheios rie lixo ,que atormenta as ventas nao sò rios moradores visinhos ,como dos que transitão pelas ruas ! Sr. Fiscal olhe paraestas cousas, tenha dò das ventas rio próximo. (2

lenda dr Prata.—José Joaquim dWzcvcrio Almeida & C* estão au-

lhocisados pa .a vender um 1'aqueii'o. uma urna, 2 ter-' rinas; uni apparelho completo para chà. um bonito ga-lhcleiro, uma escrivaninha e quatro salvas, tudo de pra-ta rie lei e em bom uso; quem pe.'tender qualquer destesobjeetos dirija-se aos annunciantes.

Maranhão 30 de Abril de 1857. (3

—As pessoas que sálisíizerão a importância rie . reci-tas terão a bondade de mandar receber o importe das duasque faltão, a casa do Sr. Zieglcr, rua do Egypto, n. 27. (3

—7¥a loja rie José Loureiro do Rozario <_ C.tt ha umlindo adereço de diamantes e pérolas, o qual se vendepor módico preço. ('3

--Larjií-o rio Carmo, canto da rua do Sol, vende-seum bom cavallo rie sella. /.

—Joaquim Pedro Coelho da Silva mudou a sua re-sidencia para o pè do passo—Lapinberg. (3

—Antônio Monteiro da Silva & Irmão, comprão co-bre velho a pezo. (3—Kptimos chapeos dc pcllò para homem a 38000rendem Cunha .Sobrinho & C.a, no largo do Carmo ni'. 20.

lleiucilio liieoni|.firnvel.

Ungoento llolloway.Milhares dc indivíduos dc todas as nações podem tes-

temunhar as virtudes desie remédio incoinparavcl, c pro-var em caso necessário que, pelo uso «pie delle fizeram,lem seu corpo e membros inici.anic.nte sãos, depois dchaver empregado innlilmeiile ouiros tratamentos. Cadapessoa porier-se-ha convencer dessas curas maravilli.vaspela leitura «los periódicos que il. as relatam todos os diaslia mui)os annos, a maior parle dellas são lão surpreliondentes «pie admiram, os médicos mais celebres. Quantaspessoas rccohrárani com esle soberano remédio o uzo deseus braços o pernas, depois de lerem permanecido longotempo nos hospitaes, onde deviam soili.r, a amputação.Dellas lia muitas «jue havendo deixado esses azylos de pa-riecinienlo, para senão suhnieltcrcm a esta operação do-,loroza, foram curadas completamente, mediante ouzodesseprecioso remédio. Algumas das taes pessoas, na eflusão«lo seu reconhecimento, declararam estes resultados be-neíicõs (iiárile do lord corregedor, c ouiros magistrados, a-fim dc mais autcnlioarcin sua allirmaliva.

Ninguém desesperaria do estado rie sua saude se li-vesse bastante confiança para ensaiar esle remédio cons-lanieinente, seguindo algum lempo o Iralamenlo que neacessitasse a iiaiureza do mal, cujo resultado seria prov-incòiilesiavelnienie: Que tudo cura!

O uguento é útil mais particularmente nos seguintescasos:

Alporeas, Caimbras, Callos, Cancercs, Dores de ca-beca, daseòslás e dos membros; Emlcrmidãde da culisemgeral, Fmferiuidaries rio ânus, Erupções escorbulicas, Fis-lulas no abdômen, Frialdadc ou falta de calor nasexlremi-dados, Fileiras, Geugivàs escaldadas, Inchaçôcs, Inflama-ção do Fígado, ria bexiga e da líializ, Lepra, Males d, per-nas, dc peilos c de olhos: Mordeduras dos reptis, Picadu-ras de mosquitoSj Pulmões, Queiniarielas, Sarna, Supura-ções, lenha cm qualquer parle que seja, Tremor de ner-vos, Ulceras na boca, rio ligado e das articulações, Veiastorcidas ou nodadas nas pernas.

Veurie-se nesta Cidarie cui caza «le José Joaquim deAzevedo Almeida & O. , e Ferreira à C\ ; em S. Dcn-o , José Luiz Teixeira ; Rosário , Antônio Leito Pereira «iO. ; Caxias , Frederico Ferreira Gouyea Pimentel Del-leza; Guimarães , Fernandes de Moura ; Vianna , Do-iningõs «le Mattos <x Filho.

Cada uma caixinha contem uma instrucçâo em portu-uez para explicar o modo de se uzar este ungoento.

—-FaisF.-se empenho saber aonde existe prescnten-*e_teo Sr. José Raptisla Alves, natural rio Rio de Janeiro, oqual tendo ainda muito moço ido dali par» Lisboa cm com -panhia de José Joaquim de Almeida Regadas (18.1) , veiodepois para esta cidade recommeiidado à casa dc JoséConsalves Franco & (..*¦, que o empregaram no commer-cio. Consta ter estado algum tempo em Caxias , e quedepois se empregara no Arsenal de Marinha, aonde pare-ce «pie ao seu nome acrescentara—Regadas.

Qualquer pessoa qiie d _lle der informações ao abaixoassignado, para os transmitiu' para o Rio a pessoa que d-elle hoje muito se interessa,alem de obsequiar,fai\.um bomserviço ao mesmo Alves, que presentemente deve ter cêr-ca rie .0 annos, e talvez se ache casado e sobrecarregadorie família. Maranhão 24 de Abril de 1817.

David Gonsalves de Azevedo. (3"" -*flifi-«iel Archanjo rie Lima, na loja de Marcineiro nolá. go de Palácio , tem para vender os seguintes objeetos:Guai-la-veslirios para senhora, ináilçira fina angico, meias«íomoda, lavatorios. cadeiras ehtrefina. ímiito l)òaqualidadebonitos quadros com relevos rie borracha e frizos doura-rios. imagens «le «lilíercníesqüaliriaries .111 estampas, cha*pas com vidros, lambem tem palhinha.

' (3

—\a loja de Domingos Gonsalves da Silva, no largo doCarm«),caza n.° 17, tem a venda haliíis com excellentes per-fumarias e |»or preço muilo em Con (a , assim como umgrande surtimenlo de chapeos do elrilly. (3

—3_To armazém do Manoel Nina, Irmão &. C.«, ven-de-se: —capotes de borraxa, ditos de seda e lã, im-permeiaveis, çapaíos de borracha por preços reduzidos ,cliámpàgné em gigos pequenos , bolacha de ioda - as qua-lidados, maquinas rie lazer manteiga , sellins inglczes efrancezes , novo surtimenlo de todas as qualidades. (3

--Aluga-se o sitio no rio das Ricas,'denominado—Cor-rèa—com porto dè ioda marc, o qual tem terreno exc#l-lente próprio para qualquer plantação ; existindo jà nellebastante arvoredo plantado, assim como bons poços dcmuito boa agoa potável, já conhecida pelas embarcaçõesque por costume ali vão fazer.

Quem o quizer arrendar folie com Joaquim Marqueslisues. __-aíih__ Ifi ri. Aln_l rip 18.-7. ._Rodrigues. Maranhão 16 tle Am.iI (le 1857. (3

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Marahhão--Typ. dcFriab—Rua dos barbeiros IN. 8.

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