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Modelação Matemática da Qualidade da Água
Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos
Planos de Ordenamento das Albufeiras de Castelo do
Bode, Aguieira e Santa Clara
DCEA / FCT / UNL
Objectivos Simulação da evolução da qualidade da água das albufeiras de Castelo
do Bode, Aguieira e Santa Clara, em função das restrições aplicadas às
descargas de águas residuais, determinadas pela aplicação do
regulamento dos correspondentes Planos de Ordenamento.
Determinação do estado de qualidade actual e futuro das massas de
água doce superficiais consideradas.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Captação – Albufeira de Castelo do Bode
Barragem de Castelo do Bode
Descarregadores de superfície
Santa Clara
Aguieira
Metodologia Quantificação das descargas poluentes de origem urbana e industrial
localizadas nas bacias hidrográficas das albufeiras, incluindo a área de
intervenção dos correspondentes Planos de Ordenamento (500 m
contados a partir do plano de água ao NPA):
• Carência bioquímica de oxigénio ao fim de cinco dias (CBO5), azoto (N), fósforo
(P), coliformes fecais e totais.
Quantificação da carga difusa de origem agrícola e florestal gerada nas
bacias hidrográficas das albufeiras, incluindo a área de intervenção dos
correspondentes Planos de Ordenamento:
• Azoto (N) e fósforo (P).
Área de intervenção da albufeira de Santa Clara – Uso do solo
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Metodologia
Aplicação do modelo CE-QUAL-W2 versão 3.2:
O modelo CE-QUAL-W2 foi desenvolvido pelo Environmental Laboratory do U.S.
Army Corps of Engineers e pelo Department of Civil and Environmental Engineering
da Portland State University.
É um modelo hidrodinâmico e de qualidade da água, bidimensional, lateralmente
homogéneo e, por isso, particularmente indicado para o estudo de albufeiras longas
e estreitas, com potenciais gradientes longitudinais e verticais de qualidade da água.
Grelha conceptual do modelo CE-QUAL-W2
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Metodologia
Carta de precipitação do Atlas do Ambiente Carta de escoamento do Atlas do Ambiente
Definição de coeficientes de escoamento.
Estimativa de caudais afluentes às massas de água.
Determinação da concentração das cargas poluentes nos correspondentes
caudais.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Metodologia
Integração no modelo de qualidade da água das cargas poluentes
distribuídas/difusas e pontuais/tópicas.
Ramo 1
Rio Zêzere
(Fronteira de montante)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tributário 1 11
Rib. de Alge > 12
13
14
15
16
17 59
18
19
20
21
22 Rib. da Sertã
Tributário 2 23 81 80 79 78 77 76 75 Ramo 2
Rib. de Vale Mosqueiro > 24
25 13 Rib da Isna
26 89 88 87 86 85 84 83 82 Ramo 3
28 27
28 Tributário 3
29 < Ribeira das Trutas
30
Rib de Cains 31 22
Ramo 4 90 91 92 93 94 95 32 Ribeira de Codes
33 109 108 107 106 105 104 103 102 101 100 99 98 97 96 Ramo 5
34
35 22
36
Rib do Lombo 37
Ramo 6 110 111 112 113 114 115 116 38
39
24 40
41
42 17
43
44
45
46 Rib do Souto
47 125 124 123 122 121 120 119 118 117 Ramo 7
48
49 15
13 50
51
52 Rib da Brunheta
53 132 131 130 129 128 127 126 Ramo 8
54
55
56
57
73 58
59
60
61
Rib do Pessegueiro 62
Ramo 9 133 134 135 136 137 138 139 63
64 Rib. Aldeia do Mato
60 65 146 145 144 143 142 141 140 Ramo 10
66
67 22
68
69
70 Legenda:
71 68
72 NÚMERO DE HABITAÇÕES ISOLADAS
73
74 0 Tributário (descarga pontual)
(Fronteira de jusante)
0 Tributário Distribuido (descarga difusa)
Ramo 1
Rio Zêzere
(Fronteira de montante)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tributário 1 11
Rib. de Alge > 12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22 Rib. da Sertã
Tributário 2 23 81 80 79 78 77 76 75 Ramo 2
Rib. de Vale Mosqueiro > 24
25 Rib da Isna
26 89 88 87 86 85 84 83 82 Ramo 3
27
28 Tributário 3
29 < Ribeira das Trutas
30
Rib de Cains 31
Ramo 4 90 91 92 93 94 95 32 Ribeira de Codes
33 109 108 107 106 105 104 103 102 101 100 99 98 97 96 Ramo 5
34
35
36
Rib do Lombo 37
Ramo 6 110 111 112 113 114 115 116 38
39
40
41
42
43
44
45
46 Rib do Souto
47 125 124 123 122 121 120 119 118 117 Ramo 7
48
49
50
51
52 Rib da Brunheta
53 132 131 130 129 128 127 126 Ramo 8
54
55
56
57
58
59
60
61
Rib do Pessegueiro 62
Ramo 9 133 134 135 136 137 138 139 63
64 Rib. Aldeia do Mato
65 146 145 144 143 142 141 140 Ramo 10
66
67
68
69
70 Legenda:
71
72 NÚMERO DE NÚCLEOS URBANOS
73
74 0 Tributário (descarga pontual)
(Fronteira de jusante)
0 Tributário Distribuido (descarga difusa)
Casal Ascenso Antunes
Caniçal
Casalinho de Santana
Dornes
Horta da Coelha
Rio Cimeiro
Valbom
Várzea de Pedro Mouro
Vale Serrão
Moinhos da Ribeira
Foz da Sertã
Bairrada
Rio Fundeiro
Trísio
Bairrada/Bairradinha
Cardal
Montes
Vale do Açor
Carrapatoso
Bairros
Outeiro do Forno
Castelo de Bode
Martinchel
Alvrangel
Cabeça Gorda
Vale do Vime
Atalaia
Carregal
Bioucas
Maxieira
Vila Nova
Cabeça Ruiva
Espinheiro
Maxial
Maxial Além
Alcamim
Castanheira
Fernandaires
Martinela
Nova Isna
Casal Pombeira
Zaboeira
Maxial
Sambado
Foz do Alge
Almegue
Aveleira
Macieira
Água das Casas
Cabecinha
Matagosa
Malhada
Habitações isoladas localizadas na
área de intervenção do POACB
Núcleos urbanos localizados na
área de intervenção do POACB
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Temperatura
0
5
10
15
20
25
30
35
Jan-05 Mar-05 Jun-05 Ago-05 Nov-05 Fev-06 Abr-06 Jul-06 Out-06 Dez-06
ºC
Metodologia
Calibração do modelo considerando os dados de qualidade da água
observados nas massas de água
Evolução temporal da temperatura à superfície, simulada e observada, na albufeira de Santa Clara
Evolução temporal da cota da superfície livre, simulada e
observada, na albufeira de Castelo do Bode
PARÂMETROS SUBMETIDOS A SIMULAÇÃO: temperatura,
oxigénio dissolvido (OD), carência bioquímica de oxigénio
ao fim de cinco dias (CBO5), ortofosfatos (PO4), nitratos e
nitritos (NOx=NO3+NO2), azoto amoniacal (NH4), biomassa
algal, coliformes totais, coliformes fecais, pH, sólidos
dissolvidos totais (SDT), carbono inorgânico e alcalinidade.
Estações de qualidade da água - albufeira de Santa Clara
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Metodologia
Estratificação térmica - albufeira de Castelo do Bode
Estratificação térmica - albufeira da Aguieira
Estratificação térmica – albufeira de Santa Clara
Calibração da temperatura, OD, NOx, NH4, e PO4,
considerando perfis obtidos em profundidade
nas massas de água.
Perfis de OD – Albufeira de Castelo do Bode
Perfis de OD – Albufeira de Castelo do Bode
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Metodologia
Definição de cenários de simulação:
Cenário 0 - Caracteriza a situação de referência da massa de água:
Albufeira de Castelo do Bode – corresponde ao ano de 2003
Albufeira da Aguieira – corresponde ao ano de 2004
Albufeira de Santa Clara - corresponde ao ano de 2005
Os restantes cenários de simulação foram definidos de forma a caracterizar
as potenciais alterações na qualidade das massas de água, determinadas
pela aplicação das medidas consignadas nos correspondentes Planos de
Ordenamento, bem como nos próprios Planos de Bacia Hidrográfica, e
para caracterizar situações específicas inerentes a cada uma das
albufeiras:
1) Aplica, em simultâneo, de todas as medidas de redução da
afluência de cargas poluentes, consignadas no Regulamento de cada
um dos Planos de Ordenamento.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Metodologia 2)Considera as medidas de gestão da qualidade da água definidas nos
Planos de Bacia Hidrográfica, que implicam cumprir o disposto no
Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto e no Decreto-Lei n.º 152/97, de
19 de Junho, relativamente à implementação de linhas de tratamento
dos efluentes industriais, adequadas ao nível de protecção exigido
para o meio receptor, e de sistemas de drenagem e tratamento das
águas residuais originadas em aglomerados urbanos.
3)Avalia os efeitos na qualidade da água das albufeiras dos
empreendimentos turísticos previstos nos Planos de Ordenamento.
4)Avalia o efeito da carga difusa de origem agrícola e florestal, gerada na
área de jurisdição dos Planos de Ordenamento.
5)Considera, por questões de comparação, do efeito resultante do
eventual tratamento terciário de todas as descargas de águas residuais
urbanas e industriais geradas nas bacias hidrográficas drenantes para
cada uma das albufeiras, bem como de uma redução de 90% da carga
poluente de origem agrícola e florestal.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
CENÁRIO 0 – Este cenário representa a situação de referência da massa de água, correspondente ao
ano de 2002 e
2003
CENÁRIO 1 – Com a definição deste cenário, pretende-se avaliar a influência das regras definidas no
POACB. Assim, proceder-se-á à remoção de 90% das cargas de CBO5 e de coliformes totais, de origem
urbana, afluentes à albufeira de Castelo de Bode, com origem na área de intervenção do POACB. Desta
forma será simulado o tratamento secundário de todos os efluentes urbanos gerados na área de
intervenção.
CENÁRIO 2 – Este cenário representa a implementação dos objectivos contemplados no PBH do rio
Tejo, que visam cumprir o disposto no Decreto-Lei nº 152/97, relativo à implementação de sistemas de
drenagem e de tratamento de águas residuais.
CENÁRIO 3 – Com o objectivo de avaliar em conjunto as medidas estabelecidas pelo POACB e pelo
PBH do rio Tejo, implementou-se um cenário de simulação, que conjuga o CENÁRIO 1 e o CENÁRIO 2 .
CENÁRIO 4 – Com a criação deste cenário, pretende-se avaliar o efeito na massa de água do potencial
tratamento terciário de todas as descargas de água residuais urbanas, geradas na bacia hidrográfica da
albufeira de Castelo de Bode. Assim, pretende-se avaliar o efeito da remoção de 90% da carga de
CBO5, NOx e P2O5, afluente à albufeira de Castelo de Bode.
Resultados Obtidos - Albufeira de Castelo do Bode
Plano de Ordenamento da Albufeira de
Castelo do Bode zonamento
Zonas
Turísticas
Zonas
Sensibilidade
Ecológica
Centro Náutico
Protecção aos Órgãos da Barragem
Zona de Protecção
às Captações
Zonamento do
Plano de Água
(nav. interdita, restrita, livre)
Zonas de Recreio Balnear
Zonas
Urbanas
Distribuição espacial da
carga de coliformes totais de
origem urbana gerada na
área de intervenção de
POACB por concelho
Distribuição espacial da
carga de CBO5, de origem
urbana gerada na área de
intervenção de POACB por
concelho
Resultados Obtidos - Albufeira de Castelo do Bode
Localização dos núcleos
populacionais e das
habitações isoladas na
área de intervenção do
POACB
Resultados Obtidos – Albufeira de Castelo do Bode
Resultados Obtidos - Albufeira de Castelo do Bode Os resultados obtidos com a simulação dos diferentes cenários desenvolvidos
permitiram concluir o seguinte:
a redução de carga poluente, resultante da intervenção na área de influência
do POA, é determinante na melhoria da qualidade da água da albufeira de
Castelo do Bode, relativamente à contaminação microbiológica, contribuindo
para compatibilizar a qualidade da água com os limites legais associados à
classificação de zonas de recreio balnear e às zonas de captação de água.
apesar da redução da carga de nutrientes com origem na área de
intervenção do POA poder determinar melhorias significativas na qualidade
da água da albufeira de Castelo do Bode, apenas a intervenção em toda a
bacia drenante permitiria reduzir a tendência evolutiva do estado oligotrófico
para o estado mesotrófico da albufeira.
a albufeira possui uma boa capacidade de depuração de cargas poluentes,
devido à dimensão da massa de água e ao reduzido tempo de retenção da
mesma, o que reduz a pressão induzida pelas cargas poluentes geradas na
correspondente bacia hidrográfica.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Resultados Obtidos - Albufeira de Castelo do Bode No seguimento dos trabalhos de simulação matemática da qualidade da água
desenvolvidos relativamente à albufeira de Castelo do Bode, foram realizados
outros estudos, de entre os quais se destaca o inerente à avaliação dos
potenciais efeitos da navegação recreativa a motor nessa massa de água.
Essa avaliação indicou a existência de uma relação entre a navegação
recreativa a motor e os valores da concentração de poluentes persistentes na
massa de água, com destaque para os compostos orgânicos voláteis e semi-
voláteis.
Destaca-se a redução verificada nos valores da concentração de naftaleno - o
composto orgânico semi-volátil mais frequentemente detectado na albufeira de
Castelo do Bode de entre os vários pesquisados, adquirindo por isso uma
maior representatividade - que se verificou no ano de 2004 relativamente ao
ano de 2003, e que constitui uma evidência clara de que a proibição da
navegação de embarcações de recreio com motores a 2-tempos, imposta pelo
Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo do Bode, se
traduz numa efectiva melhoria da qualidade da água desta albufeira, no que a
este parâmetro diz respeito.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Vários estudos, promovidos pela CE e que estiveram na base da Directiva
2003/44/CE, indicam que os motores 2T mais antigos produzem cerca de 8X
mais emissões de hidrocarbonetos quando comparados com os motores de 4T
da mesma geração;
Com o sistema de injecção directa introduzida nos motores 2T consideram, os
mesmos estudos, de que existe uma redução de 75% nas emissões de
hidrocarbonetos, no entanto têm ainda valores significativos, porque e
numa situação ideal para os dois tipos de motores de total combustão da
gasolina, com emissão apenas de vapor de água e CO2, no caso dos
motores a 2T continua a verificar-se emissão de óleo de lubrificação uma
vez que neste tipo de embarcação o óleo introduzido no motor, quer por
mistura no depósito (os modelos mais antigos) quer por injecção directa (os
mais recentes) é, em cada rotação lançado para a água.
Resultados Obtidos - Albufeira de Castelo do Bode
Cenário 0 – caracteriza a situação de referência da massa de água ( 2004).
Cenário 1 – aplicação, em simultâneo, de todas as medidas de redução da afluência de cargas poluentes,
referidas no regulamento do POAA, no seu artigo 21.º, relativo ao saneamento básico.
Cenário 1A – diverge do cenário 1, porque avalia alternativa proposta pelo regulamento de instalação de
fossas sépticas associadas a órgãos complementares de infiltração ou de filtração para as edificações
localizadas na faixa localizada entre os 150 e os 500 m.
Cenário 2 –considera as medidas de gestão da qualidade da água consignadas no PBH do rio Mondego,
que implicam cumprir o disposto pelo Decreto-Lei n.º 152/97 de 19 de Junho.
Cenário 3 – representa a conjugação do Cenário 1 com o Cenário 2.
Cenário 4 – estabelece a comparação entre os efeitos na qualidade da água da albufeira da Aguieira dos
empreendimentos turísticos previstos no POAA e os que se encontravam previstos no PROZAG.
Cenário 5 – avalia o impacte, na qualidade da água da albufeira da Aguieira, resultante da descarga das
águas residuais dos sistemas de tratamento localizados na área de intervenção do POAA e na área
adjacente à mesma.
Cenário 6 – avalia o efeito da carga difusa de origem agrícola e florestal, gerada na área de intervenção,
que drena para a albufeira da Aguieira.
Cenário 7 – avalia o efeito do eventual tratamento terciário de todas as descargas de águas residuais
urbanas geradas na bacia hidrográfica dominada pela barragem da Aguieira.
Resultados Obtidos – Albufeira da Aguieira
1
2
3
4
5
6
7
35 8
36 9
37 10
38 11
39 12
40 13
65 41 14
66 42 15
67 43 16
68 44 17
69 45 18
70 46 19
71 47 20
72 48 21
73 49 22
74 50 23
75 76 77 51 24
78 79 80 52 25
81 82 83 53 26
54 55 27
56 57 28
58 59 29
60 61 30
62 63 64 31
32
33
34
Tributário 2
Raiva
Ramo 1:
Mondego
Ramo 2:
Dão
Ramo 3:
Criz
Tributário 1
Fronhas
Quinta do Rio
Pedra da Sé
Srª da Ribeira
Covelo
Ázere
Chamadouro
T. Mondego
Falgaroso do Maio
Granjal
S. Vicente
Almacinha
Barragem da Agueira
Crafunho
Distribuição espacial da carga poluente gerada
pelos empreendimentos turísticos
Resultados Obtidos – Albufeira da Aguieira
1
2
3
4
5
6
7
35 8
36 9
37 10
38 11
39 12
40 13
65 41 14
66 42 15
67 43 16
68 44 17
69 45 18
70 46 19
71 47 20
72 48 21
73 49 22
74 50 23
75 76 77 51 24
78 79 80 52 25
81 82 83 53 26
54 55 27
56 57 28
58 59 29
60 61 30
62 63 64 31
32
33
34
Tributário 2
Raiva
Ramo 1:
Mondego
Ramo 2:
Dão
Ramo 3:
Criz
Tributário 1
Fronhas
Santa Comba Dão
Coval / Cagido II
Castelejo / Granjal
Senhora da Ribeira /Pinheiro I
Póvoa dos Mosqueiros
São João das Areias
Fontainhas
Ázere I / Ázere II
Almacinha
Distribuição espacial da carga poluente gerada
pelos sistemas de tratamento localizados na área
de intervenção do POAA
Resultados Obtidos – Albufeira da Aguieira
1
2
3
4
5
6
7
35 8
36 9
37 10
38 11
39 12
40 13
65 41 14
66 42 15
67 43 16
68 44 17
69 45 18
70 46 19
71 47 20
72 48 21
73 49 22
74 50 23
75 76 77 51 24
78 79 80 52 25
81 82 83 53 26
54 55 27
56 57 28
58 59 29
60 61 30
62 63 64 31
32
33
34
Ramo 3: Criz
Tributário 2
Raiva
Tributário 1
Fronhas
Ramo 1:
Mondego
Ramo 2:
Dão
Fiais da Telha - Bacia I
Fiais da Telha - Bacia II
Azenha
Albergaria
Vila Meã
Casal Mendo
Gorguião
Tábua 1
Tábua 2
Tábua 3
Tábua 4
Parque Industrial
Vila Dianteira
São João da Boavista
Pinheiro 2
Casal da Torre
Povoa das Forcadas
Midões 1
Midões 2
Midões 3
Midões 4
Candosa 1
Candosa 2
Parada - Bacia II
Parada - Bacia I
Rojão Grande
Rojão Pequeno
Pinheirinho 1
Pinheirinho 2
Lamieiras 1
Lamieira 2
Silvares - Guarita
São Joanhinho
Fundo da Vila
Casal Bom
Vila Pouca
Pedraires
Casal Maria
Vila de Barba 2
Vila de Barba 1
Pregoinho
Laceiras
Oliveirinha - Bacia I
Sobral
Travanca
Alvarelhos
Pinheiro
Caparrosa
Nagosela
Treixedo
Papizios
Espinho
Real
São Miguel
Cancela
Gestosa 2
Gestosa 1
Cagido 1
Distribuição espacial da carga poluente gerada pelos sistemas de
tratamento localizados na área adjacente à área de intervenção do
POAA
Resultados Obtidos – Albufeira da Aguieira
Resultados Obtidos – Albufeira da Aguieira
Os resultados obtidos com a simulação dos diferentes cenários
desenvolvidos permitiram concluir o seguinte:
Se as medidas preconizadas no regulamento do POA, relativas à
construção de edifícios para habitação na correspondente área de
intervenção, forem aplicadas, nomeadamente no que se refere às regras
inerentes ao tratamento/confinamento das águas residuais, a qualidade
da água da albufeira será preservada.
Relativamente à construção de empreendimentos turísticos, a conclusão
é análoga, uma vez que o tratamento terciário das águas residuais
produzidas pelos mesmos, previsto no regulamento do POA, minimiza o
potencial efeito que estas poderão ter na qualidade da água da albufeira.
O tratamento secundário de todas as águas residuais urbanas e
industriais geradas na bacia hidrográfica, terá efeitos muitos positivos na
qualidade da água da albufeira da Aguieira.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Resultados Obtidos – Albufeira da Aguieira Relativamente à análise efectuada aos perímetros de protecção das captações
superficiais consideradas, concluiu-se que a interdição da navegação recreativa a
motor a montante dessas captações, como medida preventiva contra eventuais
contaminações resultantes de potenciais derrames, poderá contribuir para uma
protecção acrescida das referidas captações.
A avaliação da influência da fertilização do campo de golfe, cuja construção se
encontra prevista no POA junto à povoação de Falgoroso do Maio, sobre a
qualidade da água da albufeira da Aguieira, permitiu concluir que não são
expectáveis efeitos negativos na qualidade da água desta albufeira, decorrentes da
implementação desse projecto. Contudo, esses potenciais efeitos negativos serão
localmente mais sensíveis, se se vier a verificar uma melhoria significativa da
qualidade da água da albufeira da Aguieira, correspondente à sua classificação
como oligotrófica
A tendência para a eutrofização que prevalece na albufeira da Aguieira, resultante
da conjugação de descargas poluentes pontuais de origem urbana e industrial e da
poluição difusa de origem urbana, industrial, agrícola e florestal, com origem na
bacia hidrográfica do rio Mondego, pode ser atenuada com a melhoria das redes de
drenagem e com o tratamento secundário de todas as águas residuais urbanas e
industriais geradas ao nível da bacia hidrográfica
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Cenário 0 – caracteriza a situação de referência da massa de água, ( 2005 e de 2006).
Cenário 1 –aplica, em simultâneo, de todas as medidas de redução da afluência de cargas poluentes,
referidas no regulamento do POASC, no seu artigo 27.º, relativo ao saneamento básico.
Cenário 1A – diverge do cenário 1, porque avalia alternativa proposta pelo regulamento de instalação de
fossas sépticas estanques, para as edificações localizadas na faixa de 500 m.
Cenário 2 – inclui as medidas de gestão da qualidade da água definidas no PBH para o rio Mira, que implicam
cumprir o disposto pelo Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto.
Cenário 3 – considera as medidas de redução da carga poluente, definidas no Cenário 2, mas aplicadas
apenas para as descargas de águas residuais realizadas na área da bacia hidrográfica, dominada pela
barragem de Santa Clara.
Cenário 4 – representa a conjugação do Cenário 1 com o Cenário 2.
Cenário 5 –avalia os efeitos na qualidade da água da albufeira de Santa Clara dos empreendimentos
turísticos previstos no POASC.
Cenário 6 –avalia o efeito da carga difusa de origem agrícola e florestal, gerada na área de jurisdição do
POASC, através da comparação com a situação de referência (cenário 0).
Cenário 7 – caracteriza o efeito do eventual tratamento terciário de todas as descargas de águas residuais
urbanas e industriais geradas na bacia hidrográfica dominada pela barragem de Santa Clara e de uma
redução em 90% da carga poluente de origem agrícola e florestal.
Cenário 8 – refere-se à comparação resultante da simulação dos cenários 0 e 4 ao longo de um período
temporal de 8 anos.
Resultados Obtidos - Albufeira de Santa Clara
Resultados Obtidos - Albufeira de Santa Clara Os resultados obtidos com a simulação dos diferentes cenários desenvolvidos
permitiram concluir o seguinte:
se as medidas preconizadas no regulamento do POA, relativas à construção
de edifícios para habitação e turismo na correspondente área de intervenção
forem aplicadas, nomeadamente no que se refere às regras inerentes ao
tratamento das águas residuais, a qualidade da água da albufeira será
preservada.
o tratamento terciário das águas residuais produzidas pelos
empreendimentos turísticos previstos no POA, minimizará o efeito que os
mesmos poderão ter na qualidade da água da albufeira.
com o tratamento secundário de todas as águas residuais urbanas e com a
aplicação da legislação nacional que regula a descarga de águas residuais
industriais, existe já uma margem de eficácia que terá efeitos muito positivos
na qualidade da água da albufeira de Santa Clara.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara
Conclusões O desenvolvimento de cenários de simulação, e a avaliação dos mesmos
através da utilização do modelo CE-QUAL-W2, permitiu evidenciar o importante
contributo da utilização de modelos matemáticos de simulação da qualidade da
água para o estudo das relações entre as pressões poluentes e o estado de
qualidade de uma massa de água.
Os estudos desenvolvidos permitiram avaliar a eficiência das medidas de
controlo da poluição consignadas nos Planos de Ordenamento das albufeiras
submetidas a simulação, bem como a complementaridade das mesmas
relativamente às medidas previstas noutros instrumentos de planeamento e
gestão, com destaque para os Planos de Bacia Hidrográfica.
Os referidos estudos permitiram também considerar as situações específicas
inerentes a cada massa de água, possibilitando a avaliação do grau de
resiliência das mesmas às pressões a que estão sujeitas, e melhorar o
conhecimento relativamente à resposta das massas de água face a eventuais
alterações sobre as referidas pressões.
Modelação Matemática da Qualidade da Água. Avaliação da Eficiência das Medidas Propostas nos Planos de Ordenamento das
Albufeiras de Castelo do Bode, Aguieira e Santa Clara