117
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2 Modelista

Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

  • Upload
    lamngoc

  • View
    223

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o

2Modelista

Page 2: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

2

Modelista

v e s t u á r i o

emprego

Page 3: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Geraldo Alckmin

Governador

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Luiz Carlos Quadrelli

Secretário em Exercício

Antonio Carlos Santa Izabel

Chefe de Gabinete

Juan Carlos Dans Sanchez

Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante

Page 4: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Geraldo Alckmin

Governador

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Rodrigo Garcia

Secretário

Nelson Baeta Neves Filho

Secretário-Adjunto

Maria Cristina Lopes Victorino

Chefe de Gabinete

Ernesto Masselani Neto

Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante

Page 5: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

Concepção do programa e elaboração de conteúdos

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

Coordenação do Projeto Equipe TécnicaJuan Carlos Dans Sanchez Cibele Rodrigues Silva e João Mota Jr.

Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap

Gestão do processo de produção editorial

Fundação Carlos Alberto Vanzolini

CTP, Impressão e Acabamento

Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Geraldo Biasoto Jr.Diretor Executivo

Lais Cristina da Costa Manso Nabuco de AraújoSuperintendente de Relações Institucionais e Projetos Especiais

Coordenação Executiva do ProjetoJosé Lucas Cordeiro

Equipe TécnicaAna Paula Alves de Lavos, Emily Hozokawa Dias e Laís Schalch

Textos de ReferênciaSelma Venco, Maria Helena de Castro Lima, Clélia La Laina, Paula Marcia Ciacco da Silva Dias e Vagner Carvalheiro

Antonio Rafael Namur MuscatPresidente da Diretoria Executiva

Hugo Tsugunobu Yoshida YoshizakiVice-presidente da Diretoria Executiva

Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação

Direção da ÁreaGuilherme Ary Plonski

Coordenação Executiva do ProjetoAngela Sprenger e Beatriz Scavazza

Gestão do PortalLuiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira

Gestão de ComunicaçãoAne do Valle

Gestão EditorialDenise Blanes

Equipe de ProduçãoAssessoria pedagógica: Ghisleine Trigo Silveira

Editorial: Adriana Ayami Takimoto, Airton Dantas de Araújo, Beatriz Chaves, Camila De Pieri Fernandes, Carla Fernanda Nascimento, Célia Maria Cassis, Cláudia Letícia Vendrame Santos, Gisele Gonçalves, Hugo Otávio Cruz Reis, Lívia Andersen França, Lucas Puntel Carrasco, Mainã Greeb Vicente, Patrícia Maciel Bomfim, Patrícia Pinheiro de Sant’Ana, Paulo Mendes e Tatiana Pavanelli Valsi

Direitos autorais e iconografia: Aparecido Francisco, Beatriz Blay, Olívia Vieira da Silva Villa de Lima, Priscila Garofalo, Rita De Luca e Roberto Polacov

Apoio à produção: Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios

Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico

Caro(a) Trabalhador(a)

Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.

Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado.

Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.

Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.

O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-sional.

Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade.

Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores.

Boa sorte e um ótimo curso!

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material: Denise Pollini, Fernanda Binotti, Gabryelle T. Feresin, José Luis Hernández Alonso, Luís André do Prado, Maria Isabel Branco Ribeiro e SENAC São Paulo

Page 6: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

Concepção do programa e elaboração de conteúdos

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

Coordenação do Projeto Equipe TécnicaJuan Carlos Dans Sanchez Cibele Rodrigues Silva e João Mota Jr.

Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap

Gestão do processo de produção editorial

Fundação Carlos Alberto Vanzolini

CTP, Impressão e Acabamento

Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Geraldo Biasoto Jr.Diretor Executivo

Lais Cristina da Costa Manso Nabuco de AraújoSuperintendente de Relações Institucionais e Projetos Especiais

Coordenação Executiva do ProjetoJosé Lucas Cordeiro

Equipe TécnicaAna Paula Alves de Lavos, Emily Hozokawa Dias e Laís Schalch

Textos de ReferênciaSelma Venco, Maria Helena de Castro Lima, Clélia La Laina, Paula Marcia Ciacco da Silva Dias e Vagner Carvalheiro

Antonio Rafael Namur MuscatPresidente da Diretoria Executiva

Hugo Tsugunobu Yoshida YoshizakiVice-presidente da Diretoria Executiva

Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação

Direção da ÁreaGuilherme Ary Plonski

Coordenação Executiva do ProjetoAngela Sprenger e Beatriz Scavazza

Gestão do PortalLuiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira

Gestão de ComunicaçãoAne do Valle

Gestão EditorialDenise Blanes

Equipe de ProduçãoAssessoria pedagógica: Ghisleine Trigo Silveira

Editorial: Adriana Ayami Takimoto, Airton Dantas de Araújo, Beatriz Chaves, Camila De Pieri Fernandes, Carla Fernanda Nascimento, Célia Maria Cassis, Cláudia Letícia Vendrame Santos, Gisele Gonçalves, Hugo Otávio Cruz Reis, Lívia Andersen França, Lucas Puntel Carrasco, Mainã Greeb Vicente, Patrícia Maciel Bomfim, Patrícia Pinheiro de Sant’Ana, Paulo Mendes e Tatiana Pavanelli Valsi

Direitos autorais e iconografia: Aparecido Francisco, Beatriz Blay, Olívia Vieira da Silva Villa de Lima, Priscila Garofalo, Rita De Luca e Roberto Polacov

Apoio à produção: Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios

Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico

Caro(a) Trabalhador(a)

Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.

Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado.

Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.

Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.

O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-sional.

Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade.

Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores.

Boa sorte e um ótimo curso!

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia

Page 7: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

Caro(a) Trabalhador(a)

Neste Caderno, você continuará a aprender sobre a ocupação de modelista, discutin-do, compartilhando e exercitando novos saberes indispensáveis para o exercício dessa ocupação.

A Unidade 5 vai explicar do que são constituídos os tecidos e como eles são fabri-cados. Apresentará, ainda, uma descrição dos tecidos mais comuns.

Na Unidade 6, você vai aprender como tomar medidas fundamentais e medidas complementares, observando os cuidados necessários para fazer isso corretamente e garantir a qualidade do molde. Aprenderá a ler e a interpretar tabelas de medidas--padrão feminina, masculina e infantil, como fundamento para prosseguir com sua aprendizagem no curso. Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode-lista e algumas técnicas de modelagem.

Na Unidade 7, você verá como o modelista precisa pensar o modelo em três dimen-sões – a modelagem tridimensional –, contendo profundidade, largura e altura; ou em apenas duas – a modelagem plana –, contendo largura e altura. Verá, também, as etapas do trabalho do modelista em uma confecção, passando pela leitura e in-terpretação de uma ficha técnica até a construção de uma peça-piloto, que servirá de base para os cortes dos tecidos em grande escala.

Na Unidade 8, você conhecerá as técnicas para fazer o molde-base de saia reta, frente e costas, pois essa é a peça básica para a coleção de roupas femininas, e, a partir dela, verá como fazer outros moldes com outras medidas.

Na Unidade 9, ao aprender a fazer um molde de blusa com pence, poderá confec-cionar também outros tipos de blusa e, com o molde de saia, produzir o molde de um vestido. Estudará, ainda, a ampliação e redução das medidas da peça-piloto, e praticará a confecção de um molde com as medidas de um colega.

Na Unidade 10, você verificará as condições do mercado de trabalho para um trabalhador autônomo, ou seja, para quem deseja tornar-se um microempreendedor individual (MEI), bem como os prós e os contras dessa opção.

Para terminar, na Unidade 11, você verificará o que aprendeu neste curso com base no que já sabia, e o que, em sua opinião, precisará ainda aprender para progredir cada vez mais na ocupação de modelista. Além disso, poderá criar ou aperfeiçoar seu currículo.

Boa sorte!

Page 8: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

Sum á ri o

Unidade 59

Do que e como são feitos os teciDos

Unidade 629

A mAtemáticA nA moDelAgem

Unidade 761

molDe inDustriAl

Unidade 879

moDelAgem De sAiA

Unidade 991

moDelAgem De blusA

Unidade 10105

trAbAlhAnDo por contA própriA

Unidade 11109

revenDo seus conhecimentos

Page 9: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

FICHA CATALOGRÁFICATatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262

São Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Via Rápida Emprego: vestuário: modelista, v.2. São Paulo: SDECT, 2013.

il. - - (Série Arco Ocupacional Vestuário)

ISBN: 978-85-65278-75-1 (Impresso) 978-85-65278-83-6 (Digital)

1. Ensino profissionalizante 2. Vestuário - Qualificação técnica 3. Modelista – Roupa: Confecção: Molde I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia II. Título III. Série.

CDD: 371.425646.4072

Page 10: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 9

unida d e 5

Do que e como são feitos os tecidos

O principal elemento de trabalho daqueles que fazem parte da indústria da moda são os tecidos. Conhecer do que são feitos e como são produzidos é fundamental para quem quer trabalhar nessa ocupação. Vamos, por essa razão, detalhar alguns aspec-tos desse assunto.

Para fabricar tecidos, as matérias-primas utilizadas são filamen-tos ou fibras, também chamados materiais têxteis. Esses mate-riais são utilizados na produção de fios, que, por sua vez, serão usados na fabricação de tecidos ou de linhas para costura, ren-das, bordados etc.

Entende-se por têxtil todas as matérias que possam ser usadas para fiar e tecer, e que reúnam as seguintes qualidades: resistên-cia, comprimento, plasticidade e flexibilidade.

As fibras usadas para fazer tecidos podem ser naturais ou arti-ficiais/sintéticas. As fibras naturais são as de origem animal,

© D

ream

Pic

ture

s/B

lend

Imag

es/G

etty

Imag

es

Page 11: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

10 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

vegetal ou mineral. São encontradas na natureza, quase prontas para fiar e tecer, e contêm características próprias: conforto, boa absorção de calor e umidade.

Já as fibras artificiais ou sintéticas são produzidas pela indústria, por ação química ou mecânica, em processos que transformam certas matérias-primas em fios ade-quados para tecer.

Vamos ver detalhadamente, a seguir, os diferentes tipos de fibra.

Fibras naturais

Fibras de origem animal

As fibras de origem animal são consideradas as mais ricas e valorizadas da indústria têxtil. No entanto, apesar de servirem de base para a fabricação de alguns tecidos, não são utilizadas na maioria deles.

Elas podem ser divididas em dois grupos:

1. As que são extraídas e fabricadas de pelos de animais domésticos e selvagens, como:

• a lã extraída de ovelhas e carneiros;

• os pelos extraídos de cabras, camelos, lhamas, vicunhas, alpacas, coelhos, lontras etc.;

• os cabelos e as crinas.

2. As que são extraídas e fabricadas de filamentos de insetos e aracnídeos, como:

• a seda chamada de natural, produzida com filamentos retirados dos casulos de bichos-da-seda que viviam originalmente na região norte da China;

Casulos de bichos-da-seda.

© F

ritz

Pol

king

/Fra

nk L

ane

Pic

ture

Age

ncy/

Cor

bis/

Lat

inst

ock

Page 12: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 11

• a seda produzida por outros tipos de inseto da família das borboletas e mariposas (lepidópteros). Embora também seja bastante utilizada na indústria de costura, trata-se de um tipo de seda considerado inferior à produzida pelo bicho-da-seda;

• os fios ou filamentos produzidos a partir de teias de certas espécies de aranhas. As fêmeas das Nephila madagascariensis produzem um fio de tom dourado e brilhante que dá origem a uma seda característica da região de Madagascar.

Aranha produzindo a teia. Roupa feita com a seda de Madagascar.

Linho.Linhaça repassada em cama de pregos para remover as cascas de palha, como parte do processo de produção do linho.

Fibras de origem vegetal

As fibras de origem vegetal se dividem em quatro grupos, de acordo com as partes da planta de onde são extraídas:

1. Fibras extraídas de sementes: algodão e paina.

2. Fibras extraídas de caules e raízes: cânhamo, juta, rami etc.

3. Fibras extraídas de folhas: ráfia, buriti, alfa, sisal ou agave, gravatá, abacaxi, entre outros.

4. Fibras extraídas do fruto: por exemplo, coco.

© P

eter

Cha

dwic

k/S

PL

/Lat

inst

ock

© S

plas

h N

ews/

Cor

bis/

Lat

inst

ock

© J

acqu

i Hur

st/C

orbi

s/L

atin

stoc

k

© A

lexe

y K

irill

ov/K

eyst

one

Page 13: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

12 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Fibras de origem mineral

Essas fibras, extraídas de minerais, podem ser dos seguintes tipos:

1. Lã de vidro ou fios de vidro.

2. Fios metálicos (brocados, rendas e bordados).

Brocado de seda.Amianto anfibólio ou tremolito fibroso.

Tecido de poliéster e fibras de náilon atadas formando uma rede em trama, ampliada 40 vezes. Viscose.

Fibras artificiais ou sintéticas

As fibras artificiais ou sintéticas, como já dito, são criadas na indústria com a trans-formação de matérias-primas em fios para tecer. Elas se dividem em três grupos:

1. Fibras produzidas com celulose, matéria-prima de origem vegetal, como raiom ou a seda artificial, rayoncut ou algodão artificial.

2. Fibras produzidas com proteínas animais ou vegetais, como as lãs artificiais.

3. Fibras compostas de substâncias minerais, como o náilon, os filamentos de vidro e, mais atuais, as fibras derivadas da reciclagem de garrafas PET.

© K

en L

ucas

/Vis

uals

Unl

imit

ed/C

orbi

s/L

atin

stoc

k

© M

assi

mo

Lis

tri/

Cor

bis/

Lat

inst

ock

© M

icro

Dis

cove

ry/C

orbi

s/L

atin

stoc

k

© D

inod

ia P

hoto

s/A

lam

y/O

ther

Imag

es

Page 14: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 13

Como reconhecer as fibras utilizadas em cada tecido

Algumas vezes conseguimos, pelo simples toque ou pela aparência, identificar as fibras que compõem determina-do tecido. Mas nem sempre isso é possível.

Nesses casos, uma forma de reconhecer a composição das fibras é aproximá-las do fogo, provocando sua combustão ou queima. Esse processo requer muito cuidado. É pre-ciso cortar um pedaço pequeno de tecido e queimar uma das pontas, segurando-o pela outra.

Mas por que esse processo permite identificar a compo-sição das fibras? Porque a velocidade da queima varia conforme a origem da fibra.

As fibras de origem animal queimam com certa dificuldade, sem produzir chamas. Além disso, durante a combustão, é possível sentir um cheiro de cabelo queimado (experimente queimar um pedacinho de lã 100%).

As fibras de origem vegetal queimam mais rápido do que as de origem animal. Pegam fogo com mais facili-dade, chegando a produzir chama e cinzas, mas sem deixar cheiro.

As fibras de origem mineral não pegam fogo. Por essa razão, costumavam ser utilizadas para a confecção de roupas especiais, usadas em ambientes ou situações em que há risco de incêndio.

As fibras artificiais ou sintéticas também queimam rapi-damente, mas produzem pouca chama. Quando derretem, em vez de cinzas, vê-se um pouco de resina, semelhante a plástico queimado.

A fabricação dos tecidos

Vimos, até agora, algumas indicações sobre as matérias--primas que servem para a fabricação dos tecidos: quais os tipos de fibra utilizados e como reconhecê-los.

Lembre-se de ter um recipiente no qual você possa jogar o pedaço de

tecido e interromper a queima.

Você sabia?O uso do amianto – fibra de origem mineral – é polêmico, pois foi consi-derado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Or-ganização Internacional do Trabalho (OIT).

No Brasil, encontra-se em discussão no Supre-mo Tribunal Federal a permanência ou não da Lei federal nº 9.055, de 1º de junho de 1995, que autoriza o uso controlado do amianto crisotila.Fonte: BANIR o amianto: longa luta em

defesa da vida. O Engenheiro, FNE. Edição 128, jan. 2013. Disponível em:

<http://www.fne.org.br/fne/index.php/fne/jornal/edicao_128_ jan_13/banir_o_

amianto_longa_luta_em_defesa_da_vida>. Acesso em: 18 jan. 2013.

Page 15: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

14 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Mas esse é só o começo de um processo com várias etapas, sendo as primeiras a extração ou obtenção/produção das fibras e a transformação dessas fibras em fios, processo chamado fiação. Com a obtenção dos fios, inicia-se o processo de tecelagem – o entrelaçamento dos fios que dá origem aos tecidos.

Atividade 1Tecelagens de onTem e de hoje

1. Você verá a seguir imagens de fábricas de tecidos ou tecelagens. A primeira é de meados do século XX (20) em São Paulo, e a segunda, uma tecelagem atual.

Tecelagem atual.

Fábrica antiga de tecidos.

© A

cerv

o M

emór

ia V

otor

anti

Gae

tan

Bal

ly/K

eyst

one/

Cor

bis/

Lat

inst

ock

Page 16: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 15

Em dupla, comparem as duas imagens e respondam às perguntas:

a) Que mudanças vocês podem perceber nos equipamentos e maquinários? Há se-melhanças entre as duas imagens?

b) Nas duas imagens, vemos operários no ambiente de trabalho. O que cada uma delas diz sobre o trabalho que eles fazem?

2. No laboratório de informática, usem a internet para buscar informações sobre as primeiras indústrias têxteis do Estado de São Paulo:

• Quando foram criadas?

• Onde estavam localizadas?

• Quem eram os trabalhadores?

• Como era a jornada de trabalho?

Essas são apenas algumas das perguntas que vocês poderão responder. Busquem levantar outras informações.

3. Façam um cartaz com os resultados da pesquisa para apresentar à classe.

Page 17: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

16 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Processo de tecelagem e a estrutura dos tecidos

A base para a fabricação dos tecidos é o entrelaçamento dos fios. Todos os tecidos fabricados em tear plano – os chamados tecidos planos – são produzidos pelo entrelaça-mento de dois tipos de fio: os do urdume (ou teia), dis-postos no sentido do comprimento, e os da trama, dispos-tos no sentido da largura. Os fios do urdume são dispostos perpendicularmente aos da trama.

Você sabia?Falamos que duas retas são perpendiculares quando elas se cruzam, formando, na sua intersecção, um ân-gulo reto (90°).

Já duas retas ou segmen-tos de reta são paralelos quando eles mantêm a mesma distância um do outro (são equidistantes) em toda a sua extensão. Não há nenhum ponto em que se encontram.

Tear plano.

O padrão do entrecruzamento do urdume e da trama define o tipo de estrutura de um tecido plano, como, por exemplo, a do tafetá, da sarja e do cetim, havendo uma que foge à regra: a do jacquard (fala-se “jacar”), como poderá ser conferido adiante.

Conhecer as estruturas é de grande utilidade para quem vai trabalhar com a modelagem ou o corte de peças. Há várias razões para isso. Com base no conhecimento sobre a composição do tecido, você poderá escolher o mais adequado para cada modelo, pois saberá se o escolhido vai dar, ou não, o movimento esperado à peça, ou até mesmo o caimento esperado à roupa. Isso fará de você um profissional mais qualificado.

Outra boa razão para você ter essa informação é que a forma de manusear os tecidos e os acabamentos que pode-rão ser feitos também variam de acordo com a estrutura.

© A

shle

y C

oope

r/C

orbi

s/L

atin

stoc

k

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 18: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 17

Tecidos mais finos e delicados, por exemplo, exigem cuidados especiais, e o conheci-mento de suas características será importante para determinar o modelo, o tipo de acabamento e os equipamentos adequados para lidar com eles.

Veja, a seguir, como são as principais estruturas de tecido com as quais vai trabalhar.

Tipos de estrutura dos tecidos planos

Estrutura tela ou tafetá

Esse tipo de tecido apresenta uma estrutura básica, considerada a mais simples entre as demais. Ela se caracteriza por ter um fio da trama passando por cima do fio do urdume e o seguinte passando por baixo, como na imagem apresentada a seguir.

O tecido é classificado conforme é trançado e segundo a resistência dos fios. Exem-plos: tafetá, musselina, voal, percal.

Estrutura sarja

Nessa estrutura, também considerada básica, o fio da trama, em vez de passar por um fio do urdume, passa por dois na primeira carreira. Na segunda, vai repetir o processo, começando, porém, um fio da trama depois de onde começou na primei-ra. Esse processo se repete sucessivamente, avançando, a cada carreira, um ponto do urdume, o que, ao final, dará a impressão de uma estria em diagonal.

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 19: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

18 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Estrutura cetim

A estrutura cetim também se caracteriza por ter o nú-mero de pontos tomados diferente do número de pon-tos deixados. Mas, se comparado com a sarja, o núme-ro de pontos deixados é maior e pode variar.

Quanto maior o número de pontos deixados, maior será a leveza do tecido e menor sua resistência.

O próprio cetim é o exemplo mais conhecido desse tipo de estrutura.

Ponto tomado: Aquele em que o fio do urdume passa por cima do fio da trama.Ponto deixado: Aquele em que o fio do urdume passa por baixo do fio da trama.

Estrutura jacquard

Na estrutura jacquard, o modo de entrelaçamento dos fios do urdume e da trama forma desenhos. Estes são realizados na própria composição do tecido, por meio do controle dos fios.

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 20: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 19

Conheça os tecidos

Já vimos que os tecidos são formados pelo entrelaçamen-to do urdume e da trama, bem como as estruturas bási-cas desse entrelaçamento. Com base nessas estruturas básicas, ou com pequenas modificações no modo de entrelaçamento dos fios (as diferentes combinações de pontos tomados e deixados), são muitas as possi-bilidades de tessitura e de tecidos resultantes.

Assim, existe no mercado uma infinidade de tipos de tecido com características semelhantes, mas que nem sempre trazem o mesmo nome ou apresentam a mesma qualidade, dependendo esta do tipo de fibra, de sua ori-gem e do processo de fabricação.

Por essa razão, é muito importante que você pesquise tecidos – seja em revistas especializadas, lojas, manuais, blogs de costura etc. – e que tenha amostras sempre à mão para quando tiver dúvidas sobre sua natureza e suas características.

Atividade 2Faça seu mosTruário de Tecidos

Esta é uma atividade que você começará agora, mas que vai se prolongar durante todo o curso e poderá, até mes-mo, continuar depois de seu encerramento.

A proposta é que você crie seu próprio mostruário de te-cidos para que possa utilizá-lo quando estiver exercendo a ocupação.

Para isso, use o modelo de ficha indicado a seguir. Você pode fazer as fichas com papel-cartão ou cartolina, pois assim garantirá que elas tenham maior durabilidade.

Além disso, deverá guardá-las em ordem alfabética – de A até Z –, de acordo com o nome principal do tecido. Dessa maneira, será mais fácil encontrar a ficha de que precisa no momento de consultá-la.

Tessitura: Textura de um tecido.

Não se prenda totalmente aos nomes dados aos tecidos, pois eles podem variar de um fabricante para outro.

Page 21: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

20 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

(nome principal do tecido)

(outros nomes dados para o mesmo tecido)

Amostra

(cole aqui um pequeno pedaço de tecido)

Fibras de origem:

( ) animal

( ) vegetal

( ) mineral

( ) artificial ou sintética

Composição: Fabricante:

Fornecedor:

Tecidos básicos

A seguir, você verá uma relação de tecidos básicos – os mais conhecidos na in-dústria de moda e de confecção – com seus respectivos nomes e características.

• Adamascado – tipo de jacquard, brilhante e resistente, semelhante ao brocado.

• Algodão ou algodãozinho – tecido de origem hebraica, fabricado em inúme-ras espécies e tipos.

Page 22: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 21

• Alpaca – tecido com formação de um fio de algodão e outro de lã.

• Brim – tecido sarjado de algodão.

• Brocado – tecido laminado, com desenhos em grandes destaques, sendo um tipo próprio para trajes sofis-ticados.

• Buclê – tecido de fio crespo, que forma anéis torcidos. O nome vem do francês e significa encaracolado, anelado.

• Cambraia – tecido fino, leve e forte, que contém o mesmo número de fios e a mesma espessura nos dois sentidos de sua tecedura, ou seja, tanto na urdidura quanto na trama.

• Camelo – tecido feito com pelo de camelo. É um tecido raro e caro.

• Canvas – espécie de linho rústico e muito resisten-te. Construção tipo tela, com trama fechada.

• Casimira da Índia – tecido trabalhado com lã de cabras do Tibete; é macio, delicado e muito agra-dável ao tato.

• Casimira inglesa – lã mais fina e mais leve.

• Cassa – espécie de voal leve (lisa ou bordada), co-nhecida por lese ou bordado suíço.

• Caxemira – lã, feita de pelo de cabra, originária da região da Caxemira, entre o Paquistão e a Índia.

• Cetim – tecido de fios de seda ou algodão, com-pacto, macio e muito brilhante. É originário da cidade de Zaitun, na China.

• Chamalote – tecido grosseiro feito de pelo ou lã de camelo, em geral tecido com seda.

• Chiffon – tecido leve, transparente e fluido.

Urdidura: O mesmo que urdume.

Page 23: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

22 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

• Chita – tecido com fibras de algodão e de baixa qualidade e resistência.

• Cirrê – tecido submetido a um tratamento especial, que se torna brilhante e lustroso, dando a impressão de encerado ou de couro.

• Crepe – tecido fino, transparente ou não, de aspecto ondulado, feito com fio muito torcido de seda ou lã natural.

• Crepe da China – tecido com fios de seda ou mesclados com seda e algodão, tendo textura bem fina e leve.

• Crepe-georgete – crepe fino e transparente de seda e sem brilho.

• Crepom – tecido de aparência enrugada, feito com fibra natural.

• Cretone – tecido de algodão de origem francesa.

• Damasco – tipo de cetim com desenhos que se destacam de um fundo bri-lhante e com relevos formados pelos fios da urdidura, destacando-se dos da trama.

• Denim – tecido sarjado em algodão ou fibras mistas, muito resistentes. Esse tecido foi fabricado em Nimes, França. Mais tarde foi usado para fazer calças rancheiras. Geralmente tingido pelo processo índigo blue. Atualmente é conhecido pelo nome da calça que o consagrou: jeans.

• Drap – tecido de lã com aparência de feltro.

• Droguete – tecido de seda, lã ou algodão, que possui desenhos pelo efeito dos pelos sobre o tafetá.

• Dupla face – tecido que não tem avesso. Próprio para capas, jaquetas, ca-sacos etc.

• Entretela – tecido de boa resistência e engomado, podendo ser de linho, juta, algodão etc. Usado durante a montagem de determinadas partes de uma peça de roupa para “armar”, “fixar” etc. Existe também entretela de fibras prensadas, além de entretelas simples e colantes.

• Escocês – tecido de lã, com desenhos xadrez em três cores.

• Esponjado ou felpudo – tecido com fibras de algodão ou artificiais e muito utilizado em toalhas de banho.

• Étamine – espécie de voal lisa ou bordada, porém de fios mais separados que a cassa, também conhecida por marquisete.

Page 24: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 23

• Façonné – tecido lavrado com desenhos.

• Faille – tecido encorpado de seda, com trama ir-regular semelhante à do tafetá, levemente bri-lhante.

• Feltro – tecido consistente e encorpado. O feltro é a agregação de filamentos através de uma máquina especial que, por meio de pressão e calor, feltra os pelos, formando um empastamento contínuo dos filamentos.

• Filó – tecido transparente, de seda, algodão ou nái-lon, tramado em forma de rede de furos redondos ou hexagonais. Usado principalmente para véus, cortinados, vestidos de noite ou saiotes de balé e como base para rendas.

• Flanela – tecido de algodão, tendo em uma das faces aspecto similar ao de lã, embora de qualidade inferior.

• Fustão – tecido geralmente de algodão, cuja trama em relevo forma desenhos. O mais comum é a casa de abelha (piquê).

• Gabardine – tecido com trama característica diagonal, podendo ser com fios de lã, algodão ou artificiais. É de origem inglesa. Certos tipos de ga-bardine são muito usados em capas impermeáveis, e outros em ternos.

• Gaze – tipo de musselina de seda, com fios mais espaçados, sendo a leveza sua principal caracterís-tica. É de origem assíria.

• Gorgurão – tecido encorpado com efeito de nervu-ras transversais. Pode ser feito em seda de lã ou algodão. Do francês gros-grain.

• Guipure – renda de malhas largas, de linho, seda ou algodão. É de origem francesa.

Feltrar: Cobrir com feltro.

Page 25: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

24 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

• Helanca – marca registrada de fio sintético que passou a ser mais tarde o nome do tecido desse fio. Muito usado nos anos 1950 e 1960.

• Herringbone – (espinha de peixe) tecido em fios de lã, algodão ou seda, cuja trama forma o desenho de uma espinha.

• Jacquard – tecido de lã, algodão ou seda que se tece em tear específico e cujo efeito de desenhos em relevo se obtém com fios tintos.

• Jérsei – tecido de malha maleável, de seda ou fibra sintética, usado em lingeries.

• Lã – denominação genérica dos tecidos de origem animal e próprios para o inverno. Há diversos tipos e origens de lã, inclusive a lã sintética.

• Lã de Merino – tecido de aspecto leve, feito à base de lã proveniente da ovelha Merino, originária do norte da África.

• Lamê – tecido de lã ou seda entremeado com fios laminados.

• Lastex – tecido com a trama em elástico.

• Lãzinha – tecido de lã, fino e leve, muito utilizado para vestidos, saias e blusas.

• Linho – nome comum a uma série de tecidos fabricados com fibras vegetais de mesmo nome, proveniente da Ásia Menor. O linho pode ser de origem belga, irlandesa, italiana etc., embora exista, também, o linho com fibras artificiais.

• Lycra – tecido leve, flexível e não absorvente, de fibras artificiais. Muito uti-lizado na confecção de peças íntimas e com modelagem bem aderente ao corpo.

• Malha – tecido flexível, podendo ser de fibra de algodão ou artificial. Tem uma característica na sua tecedura: é executada em um só fio ou em uma série de fios, que obedecem a um determinado processo no entrelaçamento. Pertence ao grupo de tecidos de fios não perpendiculares.

• Matelassê – tecido entremeado por manta de algodão, lã ou fibras sintéticas. O volume é definido por costuras que formam desenhos.

• Moiré – tecido de nome francês, sedoso, espécie de tafetá, caracterizado pelos reflexos ondulantes, brilhantes e opacos, que modulam a cor conforme a incidência da luz.

Page 26: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 25

• Musselina (ou mousseline) – de origem francesa, da cidade de Moussoul. É um tecido frouxo, leve, fino, vaporoso, mas opaco e forte, sendo a grossura de seus fios quase a mesma para a urdidura e para a trama. Pode ser feito de fios de algodão, lã, seda etc.

• Náilon – nome genérico dado à fibra sintética (poliamida). Por extensão, o tecido feito com essa fibra recebe esse mesmo nome.

• Nanzuque – tecido fino de algodão parecido com “opala”, sendo que passa por um processo durante a sua tecedura, ficando um pouco mais encorpado.

• Opala – tecido fino de algodão. Tem origem na Índia e sua tecedura é qua-se idêntica à do morim.

• Organdi – tecido leve, vaporoso e transparente, sendo uma musselina de algodão levíssima, com tratamento especial, que lhe dá mais firmeza. É originário de Organzi.

• Organza – tecido do tipo do organdi, mas mais transparente e brilhante. A organza de seda é mais preciosa e bela.

• Pied-de-poule – quer dizer “pé de galinha”. Padronagem originalmente usada em tecido de lã, com formas geométricas que sugerem uma cadeia de pés de galinha.

• Piquê – tecido especial de algodão ou de seda, cuja característica é a trama formando desenhos em alto e baixo-relevo, unidos por pontos e linhas. De origem francesa, o piquê de seda é mais maleável do que o de algodão.

• Popeline – tecido de trama singela, geralmente em algodão.

• Renda – tecido feito com fio de linho, algodão, seda, fibra artificial etc., tendo como característica suas malhas bem trabalhadas e desenhadas. A renda pode ser um tecido para confecção de determinadas peças do vestuá-rio ou aviamentos decorativos.

• Sarja – tecido feito a partir da técnica de tecer, em que o batimento salteado resulta numa trama em diagonal.

• Seda – tecido fino, leve, luxuoso e brilhante. Os fios de seda, misturados com outros, dão origem a tecidos tais como: crepe de seda, jérsei de seda, cetim de seda etc.

Page 27: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

26 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

• Sentinela – tecido de pouco preparo, mas com bom brilho, resultante da mercerização dos fios.

• Shantung – tipo de seda rústica, fabricado com fios de seda pura, algodão ou fibra artificial.

• Suedine – malha de algodão de acabamento aca-murçado.

• Surah – tecido de seda sarjada, de origem indiana.

• Tafetá – tecido sedoso e com brilho, podendo ser de algodão, seda etc.

• Tergal – (marca registrada) tecido de fibra sintética que não amassa nem perde o vinco.

• Tobralco – tecido de algodão e meio acanelado. É encontrado em fio mercerizado ou não. É de origem inglesa, conhecido também como fustão.

• Tule – tecido muito leve e transparente, podendo ser de seda, algodão ou fibra artificial.

• Tweed – tecido de lã cujos fios, em duas ou mais cores, formam pequenos relevos. De origem ingle-sa, é muito usado nos trajes para o inverno.

• Veludo – tecido que tem um lado felpudo e macio e outro liso. Pode ser de seda, algodão ou fibras artificiais e sintéticas. O veludo de algodão é fabri-cado com fios de algodão mercerizado e conhecido como veludo inglês.

• Veludo cotelê – tecido canelado, com estrias em relevo, sendo fabricado também em seda, algodão ou fibras artificiais e sintéticas.

• Voal – tecido fino, leve e transparente. Fabricado com fios de algodão comum ou mercerizado.

Mercerização: Tipo de aca-bamento em que os fios de algodão são submetidos à ação química, para torná-los mais resistentes, encorpados e brilhantes.

Fonte: ESCOLA SENAI “ENGº ADRIANO JOSÉ MARCHINI”. Terminologia do vestuário: português; espanhol-português;

inglês-português; francês-português. São Paulo, 1996.

Page 28: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 27

Nome Como se fala

Façonné Façonê

Faille Fáie

Guipure Guipir

Herringbone Rerínbon

Lingerie Langerri

Lycra Laicra

Moiré Muarrê

Pied-de-poule Piedepúle

Tweed Tuídi

Caso você queira visualizar algumas imagens de tecidos, acesse

o site Teciteca Virtual, da Universidade do Estado de Santa

Catarina (Udesc). Disponível em: <http://www.teciteca.ceart.

udesc.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=1&Itemid=5>.

Acesso em: 10 jan. 2013.

Page 29: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

28 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Page 30: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 29

unida d e 6

A matemática na modelagemAs unidades de medida já são parte do nosso dia a dia e, muitas vezes, as utilizamos sem nos dar conta: no supermercado, pe-dimos ¼ de queijo, compramos 1 metro de tecido, calculamos a parte do nosso salário que é paga ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) etc.

Atividade 1 o que é medir?

1. Responda às perguntas a seguir e depois converse com um colega para comparar as respostas.

a) O que medimos no posto de saúde? Como medimos?

b) O que medimos em um cômodo da casa? Como medimos?

c) O que é medido na conta de luz? De que forma?

d) O que medimos e contamos na cozinha, quando seguimos a receita de um prato? Como e com quais instrumentos?

Page 31: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

30 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

e) E no nosso corpo, o que medimos?

2. As respostas dadas foram semelhantes? Troquem ideias sobre o que é medir.

A necessidade de medir

Esse conjunto de situações vistas na Atividade 1 apresenta uma ampla diversidade, mas em todas elas há algo em comum. Para resolvê-las, é preciso medir ou contar alguma coisa:

• em um cômodo de casa, medimos o comprimento e a altura de uma parede;

• em um livro qualquer, podemos medir o comprimento, a largura e a altura; mas também contamos o número de páginas;

• em uma caixa de ovos, contamos quantos têm; mas também podemos medir o comprimento da caixa, sua largura e sua altura.

Contar e medir são atividades que estão presentes em quase todas as áreas de tra-balho e situações da vida: na construção, no comércio, na confecção, na indústria etc. Medir é um ato tão comum em nosso cotidiano, que fica difícil imaginar um tempo ou um lugar em que não se meça algo. Se olharmos para o passado da hu-manidade, perceberemos que contar e medir fazem parte da vida do ser humano desde as épocas mais remotas.

Quando o homem primitivo deixou de viver como nômade e passou a se fixar, dedicou-se às atividades agrícolas. Com o passar do tempo e o aumento da produção, ele notou que poderia trocar com o vizinho o que não conseguia consumir. Foi quando surgiu a necessidade de haver um sistema de medidas que fosse aceito entre as partes para facilitar as trocas. Tomaram-se, então, como referência de medida, as partes do corpo humano, como palmos, polegadas etc. A partir daí, e ao longo da evolução da história, esses parâmetros foram sendo substituídos por outros, como metro, quilo etc. Depois de alguns acordos entre países sobre a adoção de um padrão comum de medida, desde 1960 está em vigor o Sistema Internacional de Unidades (SI), que vale para inúmeros países, entre eles o Brasil.

Page 32: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 31

Unidades e instrumentos de medida

Para cada situação, escolhemos a unidade e o instrumento de medida mais apro-priados. Isso nos faz perceber que, para medir algo de modo que todos entendam e aceitem, precisamos adotar um padrão, ou seja, uma só unidade de medida. Ao escolher a unidade de medida, devemos pensar se ela é adequada àquilo que dese-jamos medir.

A unidade-padrão no Brasil para medir nossa altura, por exemplo, é o metro; mas mesmo assim, precisamos de unidades menores que essa.

Para facilitar e padronizar as medições, foi criado o sistema métrico decimal – mé-trico porque utiliza o metro como unidade-padrão, e decimal porque as unidades derivadas do metro são obtidas por meio de divisões de dez. As mais usadas são:

• metro – unidade fundamental do sistema legal de medidas (símbolo: m), mas também se chama metro o objeto que serve para medir;

• centímetro – unidade de comprimento equivalente à centésima parte do metro (símbolo: cm);

• milímetro – unidade de comprimento equivalente à milésima parte do metro (símbolo: mm).

Por exemplo, quando falamos em medir a altura de uma pessoa:

• a grandeza é o comprimento;

• a unidade de medida, ou unidade-padrão, é o metro;

• a medida é o número expresso nessa unidade.

Medir é, portanto, comparar grandezas de mesma espécie, ou seja, verificar uma medida, tendo por base uma escala fixa.

As medidas utilizadas para confecção de roupas são de dois tipos: fundamentais e complementares.

Ilust

raçã

o: ©

Hud

son

Cal

asan

s F

oto:

© A

ndre

y K

uzm

in/1

23R

FCada centímetro contém dez milímetros.

Page 33: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

32 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Veja como se imaginava, nos anos 1900, a vida do modelista nos anos 2000: máquina tomando medidas e roupas saindo prontas imediatamente.

Villemard. En l’an 2000, 1910. Litografia colorida. Biblioteca Nacional da França.

Mei

o da

s co

stas

Frente Costas

Mei

o da

fren

te

Molde-base para uma saia tamanho 38.

Medidas fundamentais

São aquelas necessárias para o traçado das bases. Ou seja, ao realizar a modelagem, elabora-se um molde-base, que vai servir de guia para outros moldes que exijam maior detalhamento. São chamadas fundamentais porque são baseadas nas medidas do corpo humano. O molde de uma saia para o tamanho 38, por exemplo, servirá de referência para todos os outros modelos de saia, indepen-dentemente das particularidades que apresentarem.

Você sabia?A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveu uma norma para padronizar a mode-lagem do corpo humano.

É a ABNT NBR no 15 127, válida desde 30 de agosto de 2004, que, baseada na ISO 7 250, estabelece reco-mendações precisas sobre como as medidas do corpo humano podem e devem ser tomadas.

Essa norma, no entanto, é cobrada. Ela pode ser adquirida através do site da ABNT.

Disponível em: <http://www.abnt.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

© M

ary

Eva

ns P

ictu

re L

ibra

ry/E

asyp

ix

© H

udso

n C

alas

ans

Molde-base é aquele que serve de base para outros moldes, ou seja,

para que se realize a modelagem. A partir de um molde-base, pode-se

aumentar ou diminuir as medidas de acordo com a peça que se vai

modelar e cortar.

Page 34: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 33

Medidas complementares

São assim denominadas pois complementam o molde-base. Ou seja, são aquelas necessárias para a transformação das bases no modelo desejado. Você tem o molde--base da saia, mas essa terá, por exemplo, uma mudança no comprimento. No caso da blusa, a largura da manga é uma medida complementar, embora o tamanho da peça já tenha sido definido no molde-base.

Homem Vitruviano

Você já ouviu falar em medidas ideais para o corpo humano? No século XV (15), Leonardo da Vinci (1452-1519), considerado um gênio até hoje, construiu o homem com medidas perfeitas, tendo como base os trabalhos de um estudioso: Marcos Vitrúvio Polião. Por essa razão, o desenho leva o nome de Homem Vitruviano.

O desenho traz uma série de medidas consideradas ideais para o corpo humano. Conheça algumas delas:

a) o comprimento dos braços abertos de um homem é igual à sua altura;

b) a largura máxima dos ombros é ¼ da altura de um homem;

c) a distância do topo da cabeça até a linha dos mamilos é ¼ da altura de um homem;

d) a distância do cotovelo até a axila é 1⁄8 da altura de um homem.

Leonardo da Vinci. O homem vitruviano. Lápis e nanquim marrom sobre papel, 34 cm x 24 cm. Galleria dell’Accademia, Veneza, Itália.

© D

iom

edia

Page 35: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

34 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 2conhecendo o homem ViTruViano

1. Em dupla, no laboratório de informática, façam uma pesquisa sobre o tema “Homem Vitruviano”.

2. Façam um resumo das principais conclusões a que chegaram observando o desenho do homem ideal.

3. Na opinião da dupla, esse desenho tem relação com o trabalho de modelista? Por quê?

4. Preparem uma apresentação com suas conclusões para expor à turma.

Tomando medidas

Tomar medidas é uma atividade muito importante para o desenvolvimento da modelagem, pois é a partir do cuidado com que elas são tomadas que a qualidade do molde é garantida.

Nessa etapa da aprendizagem, vamos entender como tomar as medidas fundamentais, as mais importantes na confecção dos moldes. Mais adiante, veremos também como tomar as medidas complementares.

No momento de tomar as medidas, atentar para que a

pessoa a ser medida:• esteja com uma roupa de tecido

fino, sem volume, a fim de evidenciar as formas e permitir

medidas fiéis ao corpo; • tenha uma fita ou cordão atado

à cintura, de modo a servir como ponto de referência

para outras medidas;• mantenha uma posição ereta, para

evitar erros nas medidas.

Page 36: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 35

Veja a ilustração a seguir. Ela indica os locais onde as medidas fundamentais e complementares deverão ser tomadas.

© H

udso

n C

alas

ans

Manga curta

Manga comprida sem punho

Manga 3/4metade do antebraço

Manga 7/81/4 do antebraço, do

punho para cima

Circunferência de colarinho

Largura das costas

Comprimento das costas

Medida do gancho

Altura do busto

Largura do ombro

Circunferência do busto ou tórax

Circunferência da cintura

Comprimento da frente

Circunferência do quadril

Comprimento da manga + comprimento do punho

Altura do quadril

Comprimento da minissaiametade da coxa

Comprimento da saia longuete1/4 da perna, do joelho para baixo

Comprimento da saia chanelcobrindo os joelhos

Comprimento da calça comprida

Comprimento da saia 7/8metade da perna

Comprimento da saia 1/41/4 da perna, acima do tornozelo

Page 37: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

36 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Medidas fundamentais

A primeira providência para tomar medidas é ter lápis e caderno de anotações à mão, além da fita métrica. Cada medida tomada deve ser imediatamente anotada no caderno.

Caso esteja medindo partes do corpo, como busto, cin-tura, quadril, contorno do braço, e a medida resultante for um número ímpar, utilize sempre o próximo núme-ro, ou seja, um número par maior que o da medida tomada.

Circunferência do busto ou tórax

Passe a fita métrica por baixo das axilas, dando a volta pela parte mais larga das costas e contornando o busto. Tome cuidado para a fita não escorregar, mas não aper-te muito. Cheque e anote.

Número par é aquele que sempre poderá ser dividido em duas partes

iguais. Por essa razão, ele é adotado no momento da tomada de algumas

medidas, pois facilita a divisão da medida ao meio, para permitir o corte

do tecido dobrado.

© P

aulo

Sav

ala

Page 38: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 37

Circunferência da cintura

Passe a fita métrica no contorno da cintura, na parte mais estreita. Peça sempre para o cliente colocar as mãos na cintura, isso lhe dará maior segurança no início da sua nova ocupação. Lembre-se de contornar a cintura sem apertar muito nem deixar muita folga, assim evitará erros ou desperdícios quando for cortar ou mo-delar a peça.

Circunferência do quadril

Para tomar essa medida, peça para o cliente manter as pernas fechadas e os pés juntos. Circule, com a fita métrica, a parte mais saliente do quadril, que fica abaixo da cintura, mais ou menos 20 cm nas mulheres e 14 cm nos homens.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 39: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

38 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Circunferência de colarinho

Passe a fita métrica em volta da base do pescoço, acrescentando 1 cm para dar uma folga. Lembre-se de que o resultado medido deve ser um número par.

Comprimento do ombro

Apoie a fita métrica na base do pescoço e estique até o final do ombro na direção do início do braço.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 40: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 39

Largura das costas

Meça as costas do cliente de ombro a ombro, ou seja, do início da articulação de um braço com o tronco até o início da articulação do outro braço com o tronco. Outra medida da largura das costas é a que vai de cava a cava. Cava é a dobra que está no início da axila. Para tomar essa medida, peça para o cliente levantar os braços na altura do ombro, assim você saberá onde começa a cava, e então meça de uma cava até a outra.

Comprimento da frente

Essa medida é tomada apoiando-se a ponta da fita métrica na base do pescoço e descendo-a até a cintura. Deve-se tomar o cuidado de passar a fita métrica por cima do busto.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 41: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

40 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Comprimento das costas

Coloque a extremidade da fita métrica junto à base do pescoço; estique a fita até a cintura.

Altura do quadril

Após determinar a parte mais saliente do quadril, verifique a sua distância até a cintura pela lateral do corpo.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 42: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 41

Medida do gancho

Com o cliente sentado, meça da cintura até o assento da cadeira.

Atividade 3Tomando medidas FundamenTais

A ideia nesta atividade é que você e seus colegas pratiquem o ato de tomar medidas fundamentais do corpo e percebam a importância disso.

1. Com uma fita métrica, tome as medidas fundamentais de um colega; depois, ele tomará as suas.

2. Simule que está tomando as medidas para construir um modelo de uma peça que escolher, por exemplo, uma saia ou outra peça qualquer.

3. Construa uma ficha técnica com as medidas da peça que escolheu. A tabela a seguir contempla as medidas de diferentes peças, portanto, preencha apenas as necessárias para a peça escolhida.

© P

aulo

Sav

ala

Page 43: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

42 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Nome do cliente: Data:

Tecido:

Peça: Desenho da peça

Medidas

Circunferência do busto ou tórax

Circunferência da cintura

Circunferência do quadril

Circunferência de colarinho

Comprimento do ombro

Largura das costas

Comprimento da frente

Comprimento das costas

Altura do quadril

Altura do gancho

Page 44: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 43

4. Discuta com o colega quais foram as facilidades e as dificuldades que cada um encontrou na tomada de medidas.

5. Compartilhe o resultado dessa discussão com a turma.

Medidas complementares

Além das medidas fundamentais, na modelagem são necessárias também as chamadas medidas complemen-tares, usadas para fazer alterações no molde-base a fim de transformá-lo em outros modelos, como, por exem-plo, quando se quer fazer o molde de um vestido ou blusa no modelo tomara que caia. A variação, nesse caso, será a medida da altura do tomara que caia. Outros exemplos de variação: profundidade de um decote, com-primento ou largura de uma manga, comprimento de uma saia etc.

Veja agora como tomar as medidas complementares.

Altura do busto

Posicione a fita métrica junto à base do pescoço até a altura do busto e tome a medida.

A altura e a distância do busto definem a localização da pence de

busto. As pences estão presentes em saias e blusas e são utilizadas para

modelos ajustados ao corpo. Por essa razão, nem sempre são obrigatórias

nos moldes que você vai confeccionar.

Pence: Pequena prega do avesso e que vai estreitando até desaparecer, para melhor moldar ou para ajustar uma roupa.

© iDicionário Aulete. <www.aulete.com.br>

© P

aulo

Sav

ala

Page 45: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

44 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Distância ou separação do busto

Posicione a fita métrica sobre o busto de um mamilo ao outro e tome a medida.

Comprimento de saia, calça, bermuda e similares

Coloque a fita métrica na cintura e tome a medida até a altura desejada para o comprimento da peça.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 46: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 45

Comprimento de manga

Peça para o cliente posicionar a mão logo abaixo da cintura, formando um arco com o braço. Tome a me-dida do início do braço (final do ombro) até o ossinho saliente do punho, aquele que fica próximo da mão. Essa medida servirá para a manga comprida. Se o mo-delo for diferente, tome a medida até o comprimento desejado.

As medidas masculinas seguem o mesmo padrão das medidas femininas, com exceção do busto, que nos ho-mens é equivalente à medida do tórax.

Medidas individuais

Vimos até aqui como tomar medidas individuais, im-portantes para construir peças sob medida, que são aque-las feitas para um único corpo. A seguir, veremos como essas medidas também podem dar origem a uma tabela de medidas, que auxilia a confecção de peças que se adequam a vários corpos.

O trabalho do modelista é de grande responsabilidade, pois com seus moldes milhares de

peças serão cortadas.

© P

aulo

Sav

ala

Page 47: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

46 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 4medidas médias

1. Você já realizou uma atividade em que tomou as medidas de um colega. Agora, em grupo de quatro participantes, vocês vão tirar a média de cada uma dessas medidas.

Média de medidas do grupo

Integrante

Medida 1 2 3 4 Média

Circunferência do busto ou tórax

Circunferência da cintura

Circunferência do quadril

Circunferência de colarinho

Comprimento do ombro

Largura das costas

Comprimento da frente

Comprimento das costas

Altura do quadril

Altura do gancho

Page 48: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 47

Como tirar a média? Suponhamos que cada participante obteve as circunferên-cias do quadril indicadas a seguir:

• integrante 1 – circunferência do quadril: 100 cm;

• integrante 2 – circunferência do quadril: 102 cm;

• integrante 3 – circunferência do quadril: 98 cm;

• integrante 4 – circunferência do quadril: 104 cm.

Para calcular a média, é preciso somar todas as medidas (100 + 102 + 98 + 104) e dividi-las por quatro, pois é o número de participantes que integram o grupo.

A média da circunferência do quadril no exemplo é de 101 cm.

2. É importante conhecer a média das medidas? Por quê?

3. Discuta com a turma sobre as opiniões e medidas que obtiveram no seu grupo.

Medidas padronizadas

A medida padronizada é estabelecida por meio da média de uma medida, designan-do, assim, diferentes numerações de manequim conhecidas, por exemplo: manequim 42, 44 etc. O objetivo da medida padronizada é vestir o maior número de pessoas, dispensando a tomada de medidas diretamente em cada corpo.

O profissional que trabalha com modelagem industrial segue uma tabela de medi-das padronizadas, que varia de acordo com cada indústria e com o público-alvo, ou seja, se é masculino ou feminino, infantil etc. As tabelas são referências para a construção de bases e para a composição de peças, que poderão ser confeccionadas em grande escala.

Page 49: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

48 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Lendo uma tabela de medidas

Para obter medidas por meio de uma tabela de medidas padronizadas, é preciso que você encontre, na tabela escolhida, as medidas correspondentes ao número do manequim.

Tamanhos – manequins

Medidas (em cm) 38 40 42 44 46

Circunferência do busto 86 90 94 98 102

Circunferência da cintura 66 70 74 78 82

Circunferência do quadril 90 94 98 102 106

Largura das costas 40 42 44 46 48

Comprimento da frente 37 38 39 40 41

As medidas das tabelas são exatas e não incluem folgas ou

margens de costuras.

Fonte: HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Coleção O que o empresário precisa saber. Porto

Alegre: SEBRAE/RS: Feevale, 2007. Disponível em: <http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/9AFBA8F1EE63475983257457004FA761/$File/

NT0003798A.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.

Exemplo: se desejarmos saber a medida de circunferên-cia do busto para o tamanho 42, primeiro devemos localizar a coluna correspondente a esse número de manequim na tabela de modelagem feminina. Em se-guida, precisamos localizar, na linha que corresponde à medida da circunferência do busto, o número do ma-nequim 42: a medida é 94 cm.

Tabelas de medidas

As tabelas de medidas foram criadas com a intenção de padronizar medidas e tamanhos de peças, porém existe grande diversidade de tabelas, que variam de confecção para confecção. Para que você possa conhecer alguns mo-delos, apresentaremos aqui três exemplos de tabela de medidas femininas, masculinas e infantis.

Já foi ressaltada a importância na precisão das medidas, pois um erro nessa etapa poderá comprometer a peça--piloto e toda a coleção.

Page 50: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 49

Tabela de medidas-padrão – corpo feminino

Tabela de medidas

Padrão industrial para modelagem plana feminina

Tamanhos 38 40 42 44 46

Medidas fundamentais

Circunferência do busto 86 90 94 98 102

Circunferência da cintura 66 70 74 78 82

Circunferência do quadril 90 94 98 102 106

Corpo – frente

Comprimento da frente/corpo 43,5 44,5 45,5 46,5 47,5

½ largura do busto da frente 22,8 23,8 24,8 25,8 26,8

½ separação do busto da frente 8 8,5 9 10 10,5

Comprimento lateral 20 20,5 21 21,5 22

½ cintura da frente 17,5 18,5 19,5 20,5 21,5

Comprimento do ombro 12 12,3 12,6 12,9 13,2

Comprimento ombro-cintura 37 38 39 40 41

Largura do decote da frente 6 6,5 7 7 7,5

Comprimento do decote da frente 6,75 7 7,25 7,5 8

Diâmetro da zona do busto 13 14 14 15 16

Page 51: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

50 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Costado: Sinônimo de costas.

Tabela de medidas

Corpo – costas

½ largura das costas 20,2 21,2 22,2 23,2 24,2

½ costado 17 17,5 18 18,5 19

½ cintura das costas 15,5 16,5 17,5 18,5 19,5

Largura do decote das costas 6,5 7 7,5 7,5 8

Comprimento do decote das costas

2,5 2,5 2,75 2,75 3

Manga

Cabeça da manga 13 13,5 14 14,5 15

Comprimento da manga 58 58 58,5 58,5 59

Comprimento debaixo do braço 43 43,5 44 44,5 45

Cotovelo 24,5 25,5 26,5 27,5 28,5

Bíceps 28,5 29,5 30,5 31,5 32,5

Punho 16 17 18 19 20

Calça e saia

Altura do gancho 23,2 24 24,8 25,6 26,4

Comprimento lateral 100 101 102 103 104

Altura do joelho 59,5 60 60,5 61 61,5

Altura do quadril 18 18 20 20 20

HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Coleção O que o empresário precisa saber. Porto

Alegre: SEBRAE/RS: Feevale, 2007. Disponível em: <http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/9AFBA8F1EE63475983257457004FA761/$File/

NT0003798A.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.

Page 52: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 51

Tabela de medidas-padrão – corpo masculino

Tabela de medidas

Padrão industrial para modelagem plana masculina

Camisa social (colarinho) 36 38 40 42 44 46

Camisa esporte (tamanho) 0 1 2 3 4 5

Calça (tamanho/cintura) 36 38 40 42 44 46

Circunferência do tórax 88 92 96 100 104 108

Circunferência da cintura 72 76 80 84 88 92

Circunferência do quadril 88 92 96 100 104 108

Pescoço (colarinho) 36 38 40 42 44 46

Punho 21 22 23 24 25 26

Comprimento das costas 44,5 45 45,5 46 46,5 47

Costado 39 40 41 42 43 44

Comprimento da manga 60,5 61 61,5 62 62,5 63

Comprimento da calça 107 108 109 110 111 112

Altura do gancho 22,7 23,5 24,2 25 25,7 26,5

Altura do joelho 61,5 62 62,5 63 63,5 64

Altura de entrepernas 84,2 84,5 84,7 85 85,2 85,5

HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Coleção O que o empresário precisa saber. Porto Alegre: SEBRAE/RS: Feevale, 2007. Disponível em: <http://201.2.114.147/bds/

BDS.nsf/9AFBA8F1EE63475983257457004FA761/$File/NT0003798A.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.

Page 53: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

52 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Tabela de medidas-padrão – corpo infantil

Tabela de medidas

Padrão industrial para modelagem plana infantil

Idade/tamanho 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Medidas

Circunferência do busto

52 54 56 58 60 62 64 68 70 72 74 78 80

Circunferência da cintura

52 52 54 56 58 58 60 60 60 62 63 63 65

Circunferência do quadril

56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 78 82 86

Frente

Comprimento da frente

20 22 23 24 25 26 28 30 31 32 33 34 36

Ombro 6,5 7 7,5 8 8 8,5 9 10 10 10,5 10,5 11 12

Queda do ombro

2 2 2,3 2,5 2,5 2,5 2,8 3 3 3,2 3,2 3,5 3,7

Pescoço 24 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 34

Costas

Comprimento das costas

19 21 22 23 24 25 27 29 30 31 32 33 35

Costado 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 35

Manga

Comprimento da manga

26 28 30 32 34 36 38 40 42 46 48 50 52

Punho 11,5 12 12,5 13 13,5 14 14,5 15 15,5 16 16,5 17 17,5

Page 54: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 53

Tabela de medidas

Saia e calça

Comprimento da saia

21 22 23 23 24 25 25 26 26 27 28 29 30

Gancho 42 44 45 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64

Comprimento da calça

42 48 52 56 58 59 60 62 64 68 72 76 80

Altura do quadril 11 12 12 12 13 13 13 13,5 13,5 14 15 16 17

Guia de pence 2 2 2,5 2,5 3 3 4 4 5 5 6 7 7

HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Coleção O que o empresário precisa saber. Porto Alegre: SEBRAE/RS: Feevale, 2007. Disponível em:

<http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/9AFBA8F1EE63475983257457004FA761/$File/NT0003798A.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.

Materiais do modelista

O principal instrumento utilizado pelo modelista é a fita métrica: um pedaço de plástico ou de tecido plastificado, estreito, chato e delgado, graduado com medidas do sistema métrico decimal (metro, decímetro, centímetro ou milímetro).

Veja a seguir outros materiais importantes para o trabalho do modelista.

© J

akub

Kre

chow

icz/

123R

F

Page 55: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

54 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Papel kraft

Usado para traçar os moldes.

Lápis e borracha

O lápis comum serve para traçar o risco do molde no papel. A borracha deve ser utilizada para apagar erros, traços ou linhas incorretas e indesejáveis dos moldes.

Régua

A régua deve ser utilizada para traçar linhas e medir os traços do molde. Na mode-lagem industrial, utilizamos dois tipos de réguas: a milimetrada e a curva.

• Régua milimetrada – de madeira ou de material plástico, graduada em centí-metros e milímetros.

© P

aulo

Sav

ala

© J

ill F

rom

er/P

hoto

disc

/Get

ty Im

ages

© P

aulo

Sav

ala

© P

aulo

Sav

ala

© P

aulo

Sav

ala

© P

aulo

Sav

ala

Page 56: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 55

• Régua curva – existem vários tipos de régua curva. Ela auxilia a traçar, nos moldes, as partes curvas equivalentes a quadril, cavas, decotes, ganchos, lapelas etc., propiciando traçados mais exatos do que os feitos à mão livre.

Régua curva francesa para modelagem.

Esquadro

Em modelagem industrial, utilizam-se dois tipos de esquadro: o convencional e o de alfaiate.

• Esquadro convencional – formado por um ângulo reto, é utilizado para traçar linhas perpendiculares.

• Esquadro de alfaiate – serve para traçar linhas curvas ligeiramente acentuadas. Esse esquadro não é um material fundamental, mesmo assim alguns modelistas preferem utilizá-lo.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 57: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

56 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Tesoura

O modelista precisa de dois tipos de tesoura: a de alfaia-te e a comum.

• Tesoura de alfaiate – facilita o processo de cortar o tecido seguindo o molde, pois seu pegador é um pou-co mais elevado do que as lâminas.

• Tesoura comum – deve ter um bom corte e de prefe-rência ser grande, pois isso facilita o trabalho de cortar os moldes.

Não use a tesoura de tecido para cortar os moldes de papel, pois

prejudicará seu corte.

Fot

os ©

Pau

lo S

aval

a

Page 58: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 57

Giz de alfaiate

Muito útil para transferir o molde feito em papel para o tecido ou fazer marcações nas peças. Não mancha o tecido e sai com facilidade.

Descosturador

Usado para desmanchar costuras. A ponta fina, ao ser inserida no ponto que se quer eliminar, leva a linha até a lâmina, que fica em sua curva central. É muito útil também para abrir casas de botão.

Carretilha

É utilizada na modelagem industrial para copiar as linhas dos moldes em papel ou tecido. Para transferi-las para o tecido, é necessário o uso de papel-carbono.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 59: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

58 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Alfinetes

São usados para fazer marcações de ajustes e prender os moldes aos tecidos.

Punção

Serve para perfurar ou marcar um ponto em uma peça. É muito útil para transferir a localização de furos em gabaritos. Costuma ser feito de metal, com uma ponta moldada em uma das extremidades.

Gabarito: Peça de plástico ou de papel rígido produzida para auxiliar nos processos de modelagem, costura ou acabamentos, como a locali-zação de botões e caseados.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 60: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 59

Manequim

É um importante apoio para elaboração de modelagens. No manequim, o modelista pode analisar o caimento de mangas, visualizar golas e volumes (drapeados, por exemplo).

Você sabia?Grande parte das confec-ções já atua com sistemas de modelagem feitos no computador. Há casos, inclusive, em que ela é totalmente computadori-zada. Por exemplo, digi-taliza-se no computador uma modelagem de saia e, a partir dela, podem-se criar diversos moldes. Ou, então, faz-se primeiro o moulage (fala-se “mulage”) em tecido e depois ele é di-gitalizado no computador.

Isso é possível utilizando--se um software para ela-boração de moldes. O CAD (Computer Aided Design, que pode ser tra-duzido livremente como “desenho auxiliado por computador”) é uma fer-ramenta que tende a ser cada vez mais utilizada na indústria de confecção.

Esse poderá ser um curso a ser feito posteriormen-te, quando você estiver mais familiarizado com a modelagem.

Também são importantes para uso do modelista: computador, calculadora, mesa para desenho, fita ade-siva e grampeador.

© P

aulo

Sav

ala

© J

ose

Man

uel G

elpi

Dia

z/12

3RF

Page 61: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

60 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 5moulage

Agora que você já conhece melhor os tecidos e viu no Caderno 1 como Madeleine Vionnet (1876-1975) criava seus modelos, vamos tentar fazer um moulage.

1. Imagine a peça do vestuário que você vai criar e que possa ser modelada em um manequim. Solte a ima-ginação e pense no caimento, na cor e na estação do ano em que ela será usada.

2. Em uma folha avulsa, esboce um desenho do modelo que você imaginou.

3. Tente montar seu modelo no manequim.

4. Apresente à turma sua produção e, se possível, foto-grafe-a para seu futuro portfólio.

Você sabia?Draping (fala-se “drá-pim”) ou moulage é uma técnica de modelagem tridimensional feita dire-tamente no manequim ou no corpo do modelo. Essa técnica dá ao mode-lista uma visão mais com-pleta do caimento da peça, o que lhe permite verificar, modificar ou criar novos efeitos antes mesmo de terminar o modelo.

Page 62: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 61

unida d e 7

Molde industrialPara iniciar a produção de moldes, vamos, em primeiro lugar, relembrar como se dá a criação de uma peça.

O papel do modelista se compara ao de um tradutor. O esti-lista pensa no modelo, no caimento, no movimento que a rou-pa deve ter etc., e o modelista, por sua vez, concretiza (traduz) no papel as ideias pensadas na etapa de desenvolvimento do modelo.

Modelagem bidimensional x modelagem tridimensional

Além de passar para o papel a ideia do estilista, o modelista faz outro tipo de tradução – tem de pensar um modelo que terá três dimensões: profundidade, largura e comprimento, sendo, portanto, tridimensional.

Para chegar a esse resultado, ele pode pensar em trabalhar com o moulage ou com a modelagem bidimensional, conhecida como modelagem plana, ou seja, com moldes que tenham duas di-mensões: comprimento e largura.

Modelo desenhado pelo estilista. Molde elaborado com base no modelo idealizado pelo estilista.

© H

udso

n C

alas

ans

© P

aulo

Sav

ala

Page 63: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

62 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

O trabalho do modelista pode ser realizado considerando também os dois processos, primeiro a modelagem plana e depois a modelagem tridimensional.

Compare as duas formas:

Modelagem bidimensional Modelagem tridimensional

Método Manual, no papel Manequim

Tempo 1 hora 5 horas

EstéticaApresenta maior risco de erro na indicação de detalhes no modelo

Apresenta maior precisão na localização dos detalhes

Visibilidade Traça as formas e os volumes

Permite o manuseio real de formas e volume, bem como a percepção do comportamento do tecido

Caimento Requer maior quantidade de ajustes na peça-piloto Reduz o número de ajustes

Construção de bases Construído por desenho Construído diretamente em

um modelo

Funcionalidade Limita-se à tabela de medidas

Torna possível o estudo de dobras e o deslocamento de linhas, estruturas, volumes e ajustes

Conceito Capacidade de visualizar mentalmente o resultado final

Exige técnica manual e visual, sensibilidade e ação criativa

Fonte: BORBAS, M. C.; BRUSCAGIM, R. R. Modelagem plana e tridimensional – moulage – na indústria do vestuário. Revista de Ciências Empresariais da Unipar, Umuarama, v. 8, n. 1 e 2, p. 155-67, jan./dez. 2007. p.

164-5. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/empresarial/article/viewFile/2679/2043>. Acesso em: 17 jan. 2013.

Page 64: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 63

Empregar a modelagem tridimensional não elimina a modelagem plana (que também pode ser feita de forma computadorizada), mas o uso combinado dos dois mé-todos traz maior qualidade ao produto final. Apesar de serem métodos diferenciados e de, comumente, o mo-delista encontrar mais facilidade em um deles, o ideal é usar os dois métodos para aproveitar os pontos fortes de cada um. Por exemplo, o modelista pode fazer o traçado de um blazer (fala-se “blêizer”) na modelagem plana, mas fazer a gola por moulage para chegar mais rápido ao desenho e ao volume desejados.

As etapas da confecção de roupas na indústria

O trabalho na indústria de moda é, geralmente, bastan-te dividido. É o chamado trabalho especializado, no qual as etapas e as funções de cada profissional são bas-tante demarcadas. Contudo, dependendo do porte da indústria, os profissionais do vestuário podem formar uma equipe que valorize a experiência de cada um, pos-sibilitando maior troca de informações e experiências. Se isso ocorrer, com certeza o resultado do trabalho será melhor.

Tomando como exemplo uma indústria com tarefas mais divididas, o trabalho do modelista começa na interpretação do modelo proposto pelo estilista. Esse modelo, também conhecido como croqui, deve vir acompanhado de uma ficha técnica muito precisa, que considere as medidas e/ou tamanhos a serem pro-duzidos, além da descrição completa do modelo, tal como: o tecido, os acabamentos a serem utilizados, os detalhes etc.

Cada empresa tem um modelo próprio de ficha técnica, mas, ainda assim, existem dois modelos básicos. Obser-ve-os a seguir.

A ficha técnica de uma peça deve ser única, e todos os setores

envolvidos na produção devem ter o mesmo documento. Portanto, se

houver qualquer alteração na ficha, todos os departamentos precisam ser

imediatamente comunicados.O uso adequado desse documento permite evitar compras erradas e,

consequentemente, prejuízos para a produção da peça, seja ela em grande

ou em pequena escala.

Ficha técnica: Documento importante para o planeja-mento da produção de qual-quer peça de vestuário. Ela tem como objetivo especifi-car todos os passos a serem seguidos para determinado modelo, bem como indicar tamanho, tecido, cor, avia-mentos etc.

Page 65: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

64 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Modelo 1: o foco está na descrição de todas as etapas de costura e montagem da peça.

Ficha técnica

Descrição do produto:

Fases Nº Operações Máquinas Acessórios

Observações:

Page 66: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 65

Modelo 2: possibilita que o modelista visualize como a peça ficará depois de pronta.

Ficha técnica

Descrição do produto: Modelo:

Coleção: Código:

Estilista: Modelista:

Croqui frente Croqui costas

Cores: Tamanhos:

Tecidos: Assinatura do modelista:

Aviamentos: Assinatura do costureiro:

Observações:

Aviamento: Material utili-zado no acabamento de uma peça de roupa, de acordo com o tecido empregado.

Page 67: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

66 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 1inTerpreTando a Ficha Técnica

Observe a ficha técnica a seguir.

FICHA TÉCNICA Modelo:

Descrição do produto:

Regata de malha Denise

Designer:

VanessaModelista:

Sílvia

Grade:

P-M-GTamanho da piloto:

PData:

20/12/2012Tecido:

ViscolycraFornecedor:

SintotexComposição:

95% viscose, 5% elastanoConsumo:

0,83 mRendimento:

2,70 m/kg

Aviamentos:

Cartela Hot Fix Fornecedor:

Ornare AviamentosConsumo:

3255Código:

1

Cor 1:

PretoCor 2:

...............

Regata de malha com Hot Fix

Variantes:

Cor 1: pretoCor 2: branco

Coleção:

Primavera-verão 2013

© H

udso

n C

alas

ans

Page 68: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 67

Agora, identifique:

1. Qual é a peça a ser confeccionada?

2. Quais serão os tamanhos a serem confeccionados?

3. Quantos tipos de tecido são empregados na produção da peça?

4. Quais são os tecidos a serem empregados?

5. Quais são os aviamentos necessários?

6. Observando a peça, responda: Algum aviamento ou acabamento não foi inserido na ficha técnica? Se sim, qual(is)?

7. Algum detalhe que facilitaria o trabalho do modelista foi esquecido? Se sim, qual(is)?

Page 69: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

68 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 2produzindo a Ficha Técnica

1. Escolha um modelo de peça (vestido, saia, blusa etc.) e faça um esboço no quadro a seguir.

2. Como seria a ficha técnica necessária para o modelo elaborado? Você incluiria outros detalhes na ficha? Quais? Por quê?

Page 70: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 69

3. Preencha a seguir a ficha técnica idealizada por você a partir do exemplo da página 65. Comente o resultado com os colegas.

Ficha técnica

Page 71: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

70 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

4. No laboratório de informática, refaça a ficha técnica que você elaborou em uma planilha eletrônica.

A geometria na modelagem

Após uma análise minuciosa do modelo com a respec-tiva ficha técnica, é o momento de traçar o molde.

Mas, antes disso, você precisará recorrer a alguns ele-mentos matemáticos, mais especificamente de cálculos e da geometria. Vamos começar pela geometria. Ela é de extrema utilidade na realização dos moldes.

Vejamos: O que é um ponto? O que é uma reta? E um segmento de reta?

Em geometria, o ponto não tem partes, podendo ser representado, por exemplo, pelo sinal feito com a pon-ta do lápis no papel. Uma reta é uma linha infinita, sem início nem fim, formada por pontos alinhados. Um segmento de reta tem início e fim delimitados, como mostra a imagem a seguir.

Se nesse segmento de reta for marcado um terceiro pon-to C, teremos dois segmentos, AC e CB:

O segmento de reta AC é formado pelo ponto inicial A ligado ao ponto C; e o segmento de reta CB é formado pelo ponto inicial C ligado ao ponto B.

Para saber mais sobre como elaborar planilhas, recorra ao Caderno do

Trabalhador 3 − Conteúdos Gerais – “ABC da informática”. Você poderá

consultá-lo no site do Programa Via Rápida Emprego.

Disponível em: <http://www.viarapida. sp.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

A B

A C B

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 72: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 71

Veja um exemplo:

Se o segmento AB for igual a 4 cm e o ponto C estiver localizado a 2 cm do ponto A, o ponto C será chamado de ponto médio do segmento AB.

Segmento AB = 4 cm

Segmento AC = 2 cm

Segmento CB = 2 cm

Ponto médio = ponto C

Você utilizará, conforme visto na Unidade 6, vários ins-trumentos de trabalho, como lápis, borracha, esquadros e réguas especiais para traçar linhas retas e curvas, com a finalidade de ligar pontos no traçamento dos riscos dos moldes. Para traçar linhas curvas, se preferir, você tam-bém poderá usar um transferidor ou mesmo um compasso.

Recorra ao Caderno do Trabalhador 3 – Conteúdos Gerais – “Fazendo

contas”, pois lá você poderá rever os sistemas de medidas e como fazer

cálculos usando a calculadora.Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.

br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

© P

aulo

Sav

ala

© O

ksan

a T

rach

uk/1

23R

F

© H

udso

n C

alas

ans

2 cm 2 cm

A C B

Page 73: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

72 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

O traçado dos moldes

O molde é usualmente feito em papel kraft, também conhecido por papel-manilha. Conforme visto na Unidade 6, ele será traçado de acordo com a tabela de medidas na qual o modelista se baseará.

Essa é a etapa em que são inseridos todos os detalhes do modelo.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 74: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 73

Quando os moldes estiverem finalizados, você poderá inserir o acréscimo (ou margem) de costura, de acor-do com as máquinas a serem utilizadas, o modelo e o efeito desejado.

O tamanho das margens de costura também pode ser definido de acordo com o padrão de cada confecção. Algumas podem até optar por não incluir as margens no molde e inseri-las no momento de riscar o tecido para o corte.

Aqui sugerimos que você deixe os seguintes valores para as margens:

• 1 cm na cintura;

• 2 cm nas laterais;

• 2 cm no meio das costas;

• 3 cm para a bainha.

Para conhecer mais sobre os tipos de máquina, você pode consultar o

Caderno 2 – Costureiro. Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.

br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

Margem

de costura

Margem

de costura

Margem

de costura

Margem

de costura

Margem

de costura

Exemplo de molde traçado com 1 cm de margem de costura.

© H

udso

n C

alas

ans

Page 75: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

74 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Após traçar os moldes e, caso indicado, acrescentar as margens de costura, é neces-sário recortar cada parte e anotar em cada uma as seguintes informações:

• nome da peça (anotar no molde “manga”, por exemplo);

• tamanho da peça (no 42, por exemplo);

• nome ou referência (coleção verão, ref. xxxx, por exemplo);

• quantidade de partes a ser cortada (X [um número], por exemplo);

• quantas partes compõem o molde (7 partes, por exemplo);

• posição do fio do urdume;

• nome do modelista;

• data do molde.

É também atribuição do modelista calcular o consumo de tecido para cada mode-lo, assim como em relação a todos os materiais que serão usados para a peça-piloto.

A peça-piloto é o primeiro molde a ser testado e é feita, normalmente, em um único tamanho. A partir dela, será realizada a prova de ajustes, quando se fazem todos os acertos necessários, antes da produção em série.

.

Modelista faz ajustes em peça-piloto.

© P

aulo

Sav

ala

Page 76: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 75

Modelista passa para o molde os ajustes feitos na peça-piloto.

A confecção da peça-piloto passa por várias etapas e en-volve diversos profissionais. Depois de um modelo ser idealizado e desenhado pelo estilista, e de o molde ter sido confeccionado pelo modelista, uma primeira peça é cortada e transformada em peça-piloto, que é o protó-tipo – ou seja, a primeira versão do produto – das peças que serão produzidas em grande quantidade.

Geralmente, o costureiro pilotista é responsável por cos-turar a peça-piloto e fazer os ajustes que o estilista e o modelista poderão solicitar. Mas é bom esclarecer que, muitas vezes, em confecções de micro e pequeno portes, ou quando se trabalha por conta própria, o modelista tem de ter conhecimento de corte e costura, porque não é possível contar com os serviços de um pilotista.

A confecção da peça-piloto é de extrema importância, pois evita prejuízos e perdas futuras, já que a partir dela se definirão a quantidade de tecido, os aviamentos, os acessórios, as cores, além de se determinar o custo final da peça a ser comercializada.

Com o molde-base definido, é o momento da gradação, conforme a grade de tamanhos com a qual se trabalha.

Gradação: Termo emprega-do para se referir ao aumen-to ou à redução do molde da peça-piloto, ou seja, uma vez pronta, se procede à elabo-ração dos modelos maiores e menores a partir dela.

© P

aulo

Sav

ala

Page 77: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

76 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 3Você na indúsTria

1. Imagine que você está trabalhando em uma indústria de confecção e recebeu de seu colega estilista a ficha técnica a seguir.

FICHA TÉCNICA Modelo:

Descrição do produto:

Saia godêCódigo:

XPTOTamanho:

42

Modelo com 60 cmde comprimento,4 cm de barra

Coleção:

Primavera-verãoCor:

EstampadaTecido:

Algodão

© H

udso

n C

alas

ans

Page 78: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 77

2. Com base nessa ficha, você, como modelista, tem todas as informações necessárias para realizar o mol-de? Explique sua resposta.

3. Caso a ficha precise de complementos, responda: Como proceder? Com quem você deve falar? Como vai se dirigir a essa pessoa?

4. Com base nas informações da ficha técnica, tente traçar o molde da saia. Este é um exercício de tenta-tiva e descoberta de volumes e proporções do corpo feminino. Se preferir, poderá ser usado um manequim ou o corpo de uma colega para testar ajustes e cai-mentos.

Ao fazer essa atividade e tentar traçar o molde, é importante considerar as

margens de costura indicadas anteriormente:•1cmnacintura;•2cmnaslaterais;

•2cmnomeiodascostas;•3cmparaabainha.

Quando a costura for diferente de 1 cm, deve ser indicada com pique.

Piques: Pequenos recortes de 1 mm de largura x 4 mm de comprimento.

Page 79: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

78 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

5. Em grupo, discutam:

a) Quais dados vocês retirariam ou incluiriam na ficha apresentada? Por quê?

b) Quais foram as dificuldades e as facilidades para elaborar o molde?

Para finalizar esta Unidade, a turma poderá realizar uma exposição com o tema Meu primeiro molde.

Page 80: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 79

unida d e 8

Modelagem de saiaEsta Unidade tem como objetivo apresentar a modelagem de saia, peça básica do vestuário feminino, também base para vestidos.

Vamos aprender, em primeiro lugar, a fazer um molde-base para saia reta – frente e costas –, pois, a partir dele, você poderá confeccionar outros moldes com as medidas do modelo que será criado.

Atividade 1consTruindo o molde-base

de saia reTa

A saia reta é mais justa ao corpo, sendo utilizada em várias si-tuações, como na composição de um tailleur (fala-se “taiêr”), por exemplo, podendo variar no comprimento.

Seu molde é a base para muitos modelos.

1. Em grupo de três ou quatro participantes, pratiquem a con-fecção do molde a seguir para adquirir bastante familiarida-de com os procedimentos.

Page 81: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

80 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Base da saia reta

Para a execução do molde-base da saia reta, você preci-sará do material completo e da mesa organizada.

O molde-base dessa saia é traçado pela metade, em pa-pel kraft. Quando for cortar o tecido, basta dobrá-lo e colocar a parte reta desse molde sobre a dobra do tecido.

Por este ser um molde-base, você não precisará inserir margens de costura, pois a base servirá de ponto de par-tida para outros modelos de saia. Quando for definir o molde da peça que será cortada e costurada, então você poderá inserir as margens de costura.

Cintura

Pences da frente

Frente

Bainha

Os moldes de peças que têm os dois lados iguais são, normalmente, feitos

pela metade. Na hora de passá-los para o tecido, encoste sua parte central na dobra. Assim, quando desdobrá-los, você terá o lado (da frente ou das costas) completo.

Para garantir um trabalho bem-feito, mantenha sempre sua mesa

organizada. Separe todo o material que precisará usar na confecção do molde da saia reta e mãos à obra!

© H

udso

n C

alas

ans

1. Consulte a tabela de medidas da Unidade 6, “Tabela de medidas-padrão – corpo feminino”, manequim 40.

2. Em seguida, em uma folha de papel kraft de 1 m x 1 m e com o auxílio da régua, trace um retângulo com as seguintes medidas: menor lado (linha AB na figura) equivale à metade do quadril, e o maior lado (linha BC na figura) equivale ao comprimento da saia.

Page 82: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 81

A B

D C

3. Agora, nesse retângulo, marque o ponto E na metade da medida entre A e B, e o ponto F na metade da medida entre C e D. Trace uma linha reta unindo E e F.

A B

D C

E

F

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

4. Com a régua na linha AD, marque o ponto G, a partir do ponto A, com a me-dida do quadril. Faça o mesmo na linha BC, e marque, a partir de B, o ponto H. Trace uma linha unindo G e H. No cruzamento entre as linhas EF e GH, marque o ponto I. Observe que a medida AG é igual à medida BH, ou seja, essa é a altura do quadril.

Page 83: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

82 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

A B

D C

E

F

G HI

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

A B

D C

E

F

G HI

3 cm 3 cm

E1 E2

5. A partir do ponto E, marque 3 cm para cada lado: pontos E1 e E2. Una E1 e E2

com I, utilizando a curva francesa, como na imagem a seguir.

Meça a reta AE1 e a reta E2B, some essas medidas e anote o resultado, pois você o usará a seguir.

Page 84: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 83

6. Volte à tabela e veja a medida da cintura. Dela, subtraia o resultado que você encontrou no passo 5 (AE1 + E2B). Essa diferença deverá ser eliminada por meio de pen-ces, que serão divididas igualmente entre a frente e as costas do molde. O comprimento das pences poderá ser de 12 cm.

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

O corpo feminino apresenta uma diferença entre a medida do quadril e

a medida da cintura. A maioria das mulheres tem a cintura mais fina que

o quadril. Portanto, para ajustar a cintura é necessário fazer pences.

A B

D C

E

F

G HI

3 cm 3 cm

E1 E2

3 cm 3 cm

7. Em seguida recorte os moldes, separando frente e costas. Veja a seguir como deverão ficar:

Frente

Mei

o da

fren

te

Fio

Mei

o da

s co

stas

Fio

Costas

8. Para transferir os moldes ao tecido, eles devem ser alfinetados ou colados sobre ele, com a parte reta na dobra do tecido, para não ter perigo de se deslocar nem de provocar marcações incorretas.

De posse dos moldes feitos para a saia reta, elabore sua ficha técnica.

Page 85: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

84 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Variações do molde

Saia evasê

A saia evasê – também conhecida como saia A, pois tem o formato dessa letra – pode ser criada a partir do molde-base de saia reta, com algumas variações.

Atividade 2consTruindo um molde de saia eVasê

1. Em dupla, preparem um molde-base de saia reta.

2. Tracem uma linha vertical na direção da pence e cortem o molde, da barra até ela.

3. Dobrem a pence na cintura. Ao fazer isso, a linha que vocês cortaram abrirá na mesma proporção da dobra, transferindo para a barra um aumento que provo-cará o caimento do modelo.

A A

Pence fechada

E

E

B B B

C C C

F FD

D

Linha do quadril

Mei

o da

fren

te (d

obra

)

Mei

o da

fren

te (d

obra

)

Linh

a ve

rtic

al

Esquema 1 Esquema 2

Ilust

raçõ

es ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 86: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 85

4. Nas costas, repitam o mesmo procedimento, cortando o molde até o final da pence. A abertura das costas é maior do que a da frente em função do contorno das nádegas.

M M

Pencefechada

N N

R

R

L L L

S SP

P

Linha do quadril

Mei

o da

s co

stas

Mei

o da

s co

stas

Late

ral

Late

ral

Linh

a ve

rtic

al

Esquema 3 Esquema 4

Fio reto, atravessado e enviesado

Escolher a forma como o molde será colocado em relação à ourela do tecido e a peça será cortada é importante, pois essa escolha determinará o caimento da roupa e fará com que o modelo fique mais ou menos armado.

Então, se você cortar o tecido no sentido do fio reto, o caimento será firme, mas não rígido. Já o caimen-to de um corte no sentido do fio atravessado será armado, enquanto o do fio enviesado deixará a roupa mais mole e flexível. É o caso dos godês.

•Fio reto – é preciso traçar no molde uma linha perpendicular à cintura, que ficará paralela à ourela.

Our

ela

Fio reto

Para

lelo

Ilust

raçõ

es ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 87: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

86 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Saia godê simples

•Fio atravessado – a linha perpendicular do molde fica em posição transversal à ourela.

•Fio enviesado – a linha perpendicular traçada no molde deverá formar, com a ourela do tecido, um ângulo de 45°. Isso se torna mais fácil com o uso de um esquadro.

Our

ela

Fio atravessado

Perp

endi

cula

r

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

sO

urel

a

Fio enviesado

450

Page 88: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 87

Esse tipo de saia é exceção em relação ao molde de saia reta, mas é ainda mais simples.

A saia godê é o único modelo de saia em que o traçado não parte da base de saia. Seu traçado é feito a partir de uma folha em branco. Existem dois tipos de godê: em semicírculo (ou godê simples), e em círculo (ou godê guarda-chuva).

O molde que vamos aprender primeiro é o de saia godê simples, que é basicamente a construção de um semicírculo.

Atividade 3consTruindo uma saia godê simples

1. Em dupla, tracem o molde da saia godê a seguir para o manequim 40 (ver tabe-la de medidas na Unidade 6).O molde desse tipo de saia parte de duas linhas retas perpendiculares, formando um ângulo reto:

2. Antes de marcarem os pontos, façam o seguinte cálculo:

• dividam a medida da cintura por 3 e tirem, do resultado obtido, 2 cm – a medi-da da cintura para o manequim 40 na tabela é 70 cm, portanto, ⅓ é aproxima-damente 23 cm; tirando 2 cm, ficamos com 21 cm;

• acrescentem a essa medida o valor do comprimento da saia – no manequim 40, a altura do joelho é 60 cm, então, 21 + 60 = 81 cm.

3. Agora, comecem a marcar os pontos:

• ponto A – encontro das linhas;

• pontos D e E – partindo do ponto A, ⅓ da medida da cintura menos 2 cm; por-tanto, neste caso, 21 cm;

• pontos B e C – partindo do ponto A, comprimento total; no caso, 81 cm.

A

E

D B

C

A

E

D B

C

A

E

D B

C

© H

udso

n C

alas

ans

Page 89: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

88 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

4. Para garantir a mesma medida de comprimento em toda a roda da saia, façam várias linhas partindo do ponto A.

5. Marquem em cada uma delas um ponto com a medi-da total do comprimento, igual à linha AB, e um ponto equivalente à posição da cintura, igual ao seg-mento de reta AD (vejam a figura a seguir).

6. Agora, unam os pontos, um a um, na altura da cintura e na altura da barra, com um transferidor ou uma régua curva, conforme ilustração a seguir.

7. Ao fazer a saia, lembrem-se de acrescentar 3 cm para a barra.

8. O molde está pronto.

Caso os resultados das contas não sejam exatos, devem-se arredondar

os valores, ou seja, aproximar o resultado do número inteiro. Isso foi demonstrado na página anterior no

cálculo: 1/3 de 70, cujo resultado não é um número exato, portanto, foi

aproximado para 23 cm.

A

E

D B

C

A

F

G

H

E

D B

C

A

E

D B

C

A

E

D B

C

A

F

G

H

E

D B

C

A

E

D B

C

A

F

G

H

E

D B

C

A

E

D B

C

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 90: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 89

Instruções gerais:

• os moldes da saia godê são iguais, tanto para a frente como para a parte de trás;

• para carretilhar o molde, é importante que você o du-plique para posicioná-lo no tecido. A saia feita dessa forma terá duas costuras laterais. Lembre-se de seguir o mesmo sentido do fio, nas duas partes:

• caso deseje uma saia com apenas uma costura, una os moldes de papel e coloque esse novo molde no tecido para carretilhar:

Quando for fazer a bainha de qualquer modelo godê, pendure a roupa em um cabide e aguarde 12

horas para que o caimento do tecido se complete, evitando que o comprimento fique desigual.

Frente

Ourela

Ourela

1,40

m d

e la

rgur

a

Costas

Ourela

1,40

m d

e la

rgur

a

Ourela

Meio das costas Meio das costas

Mei

o da

fren

te

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Ourela

1,40

m d

e la

rgur

a

Ourela

Meio das costas Meio das costas

Mei

o da

fren

te

Page 91: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

90 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

• o raciocínio para o traçado da saia godê serve como guia para o traçado de qual-quer molde em godê, como golas, punhos etc.;

• sobre a quantidade de tecido necessária:

– se o tecido tiver 1,40 m de largura, compre uma altura do tamanho do tecido mais as folgas para a costura. Considera-se “altura”, na hora de comprar o te-cido, o comprimento da peça;

– se o tecido tiver 90 cm de largura, compre duas alturas mais as folgas para costura.

• antes de cortar, não se esqueça de marcar o fio reto;

• corte o tecido e, com seus colegas, discutam as correções que acreditam ser ne-cessárias para aperfeiçoar a peça e melhorar seu caimento e conforto;

• após construir a base da saia, faça uma experiência com o molde-base, isto é, faça uma peça-piloto com um tecido de baixo custo. Corte, costure e verifique se ficou de acordo com o que esperava.

Atividade 4crie uma saia

1. Tome as medidas de uma colega e escolha o modelo da saia cujo molde vai preparar.

2. Faça uma saia de papel e verifique os aspectos mais fáceis e os difíceis de executar.

3. Converse com a turma, verifique as soluções encontradas e acompanhe as orien-tações do monitor para cada situação.

Page 92: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 91

unida d e 9

Modelagem de blusaNesta Unidade, conheceremos o molde de blusa. A partir dele e do molde de saia, você poderá compor também vestidos.

Molde-base de blusa

Para a execução da modelagem básica da blusa, você precisará do material completo e da mesa organizada.

Assim como para as saias, as bases para blusas com os dois lados iguais são, normalmente, traçadas pela metade: basta você do-brar o tecido ao meio para ter o molde completo.

Para o método a seguir, será necessária uma folha de papel kraft de aproximadamente 1 m x 1 m.

© P

aulo

Sav

ala

Page 93: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

92 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

1. Para dar início ao molde, dobre o papel ao meio e faça uma linha horizontal, partindo da dobra do papel, em qualquer altura e com qualquer comprimento, conforme a imagem a seguir.

2. Marque na linha, a partir da dobra, a metade da medida da largura das costas e, a partir desse ponto, desça 2 cm.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 94: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 93

3. Meça, desse ponto para o centro do papel, o comprimento do ombro. Com a régua inclinada, trace uma linha para fazer a inclinação do ombro, conforme mostra a imagem.

4. Abaixo do encontro entre a dobra do papel e o início da linha horizontal, marque a medida da circunferência do colarinho dividida por quatro e trace uma linha curva ligando esse ponto ao da inclinação do ombro, conforme a imagem a seguir.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 95: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

94 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

5. Abaixo do encontro entre a dobra do papel e o início da linha horizontal, deter-mine a altura do busto, da cintura e do quadril. A partir desses pontos, trace linhas horizontais com cada uma das medidas equivalentes à circunferência do busto, da cintura e do quadril divididas por quatro.

6. Para fazer o ponto da cava, marque 5 cm acima do fim da linha do busto. Para desenhar a cava, você deverá utilizar a régua curva francesa, unindo o final da linha do comprimento do ombro até o ponto da cava.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 96: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 95

7. Trace uma linha a partir do ponto da cava até a cin-tura, unindo os finais das linhas desenhadas – do busto, da cintura e do quadril –, que formarão a late-ral da blusa.

8. Na metade da linha da cintura, marque as pences da cintura com 0,5 cm para cada lado. O comprimento delas será determinado por linhas que você deverá traçar, do busto até a cintura, e da cintura até o qua-dril, como mostram as imagens na próxima página.

A pence será usada dependendo do modelo a ser cortado ou da

anatomia do corpo; mas, como é um molde-base, é importante que

ela esteja marcada.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 97: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

96 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Para o molde das costas, faça uma cópia do molde da frente com as seguintes alterações:

1. Suba 1 cm a linha do comprimento do ombro.

2. Na dobra do papel, suba 5 cm a partir do ponto do decote da frente. Este será o ponto do decote das costas. Trace, usando a curva francesa, o decote das costas até o ponto final do ombro.

Fot

os: ©

Pau

lo S

aval

a

Page 98: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 97

Modelagem da blusa com pence

Existem muitas variações de modelagem de blusa. A partir da modelagem traçada anteriormente, podemos criar uma nova modelagem com pence de busto. Essa modelagem é indicada para roupas confeccionadas em tecido plano e é essencial para mulheres com bastante busto, pois, quando costurada, modela a peça formando o volume do seio. O molde das costas não sofre alteração, permanecendo o mesmo.

Para traçar o molde-base da blusa com pence, você pre-cisará de uma folha de papel kraft, papel-carbono e car-retilha.

1. Coloque sobre a mesa a folha de papel kraft e, sobre ela, o papel-carbono.

2. Agora, pegue o molde da blusa obtido anteriormente, coloque-o por cima do papel-carbono e carretilhe apenas a parte da frente. Você obterá um molde como o da imagem a seguir.

© H

udso

n C

alas

ans

Carretilhe a parte da frente do molde, pois é nela que serão

marcadas as pences do busto.

Page 99: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

98 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

3. Depois de recortar o molde, trace uma reta do final da pence da cintura (na linha do busto) até o centro do ombro. Em seguida, trace outra reta do final da pence da cintura (na linha do busto) até a cava. Recorte essas duas retas conforme a imagem a seguir.

4. Cole novamente o pedaço recortado, deixando uma abertura de 6 cm para formar a pence do busto.

5. Retrace a cava para acertar o molde. Você obterá um molde final como o da imagem a seguir.

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 100: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 99

Instruções gerais:

• vamos proceder como fizemos com a saia. Elabore um molde e, com um re-talho de tecido, teste-o. Mas atenção: antes de carretilhar para traçar o mol-de, feche as pences da frente e das costas, dobrando o papel e refazendo a curva;

• carretilhe em outro papel, separando a parte da frente da parte das costas;

• transfira para o tecido, colocando o molde sobre ele e alfinetando-o;

• antes de cortar, não se esqueça de marcar o fio reto;

• corte, separando frente e costas.

Discuta com um colega as correções que acreditam ser necessárias para aperfeiçoar a peça e melhorar o seu caimento e conforto.

Atividade 1modelando blusas

1. Refaça o molde-base da blusa com pence com as medidas de uma colega.

2. Recorte em papel e observe o molde.

3. Quais foram as dificuldades e facilidades que encontrou para produzir esse molde?

Ampliar e reduzir moldes

Agora, você vai aprender a ampliar e reduzir moldes-base de algumas peças de roupa.

Todos os processos aqui ensinados ampliam ou reduzem as peças em um manequim. Vamos lá.

Page 101: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

100 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Vestido

Trace no molde-base três linhas: uma vertical, que vai do ombro até a barra, e outras duas horizontais – uma na altura da cava e outra na da cintura.

Para ampliar a medida em um manequim, corte o molde nessas linhas e coloque-o em outro papel, ou no tecido, deixando 1 cm de vão na linha vertical, e na linha da cava e na da cintura, 0,5 cm.

A seguir, amplie também o contorno do molde em 0,5 cm (para o lado de fora do molde).

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

1 cm

0,5 cm

0,5 cm

Page 102: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 101

Para reduzir o molde em um número de manequim, risque as mesmas linhas, só que, em vez de cortar o molde e pregá-lo com folga, faça uma pequena dobra (uma espécie de preguinha) em cada um dos locais indicados anteriormente, com as mesmas medidas.

Saia

Parta do molde-base:

Mei

o da

s co

stas

Frente Costas

Mei

o da

fren

te

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 103: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

102 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Esse molde é muito fácil de ampliar. Apoie o molde em outro papel ou no tecido e marque na parte do meio uma linha paralela. Deixe 1 cm nas laterais e 0,5 cm de vão na linha horizontal.

Proceda da mesma forma com o molde da parte de trás da saia.

Para reduzir, o procedimento é semelhante, só que o molde deverá ser dobrado nas laterais e na linha horizontal antes de ser transferido para o tecido.

Calça

Para ampliar o molde de uma calça, trace no molde-base uma linha vertical, onde cairia o vinco da calça, e duas horizontais, uma na altura do joelho e outra no meio do gancho.

Mei

o da

s co

stas

Frente Costas

Mei

o da

fren

te

Joelho

Meio do

gancho

Vinc

o

Joelho

Meio do

gancho

Vinc

o

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 104: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 103

Como no vestido, corte o molde nesses traços e cole-o em outro papel ou marque no tecido, atentando para posicionar um espaço de 1 cm ao longo do comprimen-to da calça – sentido vertical –, 1 cm no joelho e 0,8 cm no gancho.

Para reduzir, faça as mesmas marcações, só que, ao invés de cortar, faça preguinhas no molde, diminuindo 1 cm no sentido vertical, 1 cm no joelho e 0,8 cm no gancho.

1 cm1 cm

0,8 cm 0,8 cm

1 cm1 cm

1 cm 1 cm

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 105: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

104 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Manga

Trace, no molde-base, duas linhas: uma vertical, acom-panhando o comprimento da manga, e outra horizontal, que passará na altura do meio da cabeça da manga.

Para ampliar, corte nas linhas traçadas e monte o molde novamente em outro papel ou no tecido, cuidando para deixar um espaço entre as partes cortadas de 1 cm no traço vertical e 0,5 cm no traço horizontal.

Para reduzir, parta dos mesmos traçados, só que faça preguinhas com as medidas apontadas anteriormente no molde-base.

0,5 cm

1 cm

Atividade 2ampliando e reduzindo um molde-base

1. Em dupla, seguindo as medidas da tabela, ampliem um molde de saia tamanho 40 para 42.

2. Em seguida, pratiquem a redução do molde tamanho 40 para 38.

3. Comentem suas impressões sobre esse processo com a turma. O que acharam da atividade? Quais foram as dificuldades ou facilidades encontradas em sua execução?

Ilust

raçõ

es: ©

Hud

son

Cal

asan

s

Page 106: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 105

unida d e 10

Trabalhando por conta própriaSegundo muitos donos de empresas de confecção, está ha-vendo uma grande procura por modelistas no mercado, pois a maioria das pessoas que almeja empregar-se nessa ocupação fica atraída pelos salários e benefícios oferecidos pelas gran-des empresas.

Por essa razão, e muitas vezes também por desconhecimento dessas oportunidades pelos profissionais da área, há uma gran-de quantidade de vagas para modelistas nas micro e pequenas confecções.

Uma das alternativas para conseguir um emprego nessas con-fecções é ser um trabalhador autônomo ou um microempreen-dedor individual (MEI).

Segundo o site Portal do Empreendedor, do governo federal:

Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa

que trabalha por conta própria e que se legaliza

como pequeno empresário. Para ser um micro-

empreendedor individual, é necessário faturar

no máximo até R$ 60 000,00 por ano e não ter

participação em outra empresa como sócio ou

titular. O MEI também pode ter um empregado

contratado que receba o salário mínimo ou o

piso da categoria.

Portal do Empreendedor. MEI – Microempreendedor Individual. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-micro

empreendedor-individual>. Acesso em: 10 jan. 2013.

A Lei Complementar no 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um microempreendedor individual legalizado.

Page 107: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

106 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que lhe possibilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.

Além disso, o microempreendedor individual será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Com essas contribuições, também terá acesso a benefícios como auxílio-materni-dade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.

Mas essa forma de trabalho requer alguns cuidados e, principalmente, muita infor-mação para que a pessoa possa ser bem-sucedida. Um dos cuidados é verificar sa-beres e atitudes pessoais indispensáveis para a construção de um perfil profissional adequado, sem os quais se corre o risco de ter muito trabalho, mas renda insuficien-te para manter-se.

Caso você esteja interessado em trabalhar por conta própria, procure se informar sobre as oportunidades disponíveis, pesquisando as formas de contratação na região em que pretende trabalhar e avaliando os desafios que possivelmente terá de trans-por para que possa começar um novo empreendimento.

Atividade 1aValiando os conhecimenTos sobre o Trabalho

por conTa própria

Reúna-se com três colegas e respondam às questões a seguir.

1. Quais são as vantagens de ser um profissional autônomo? E as desvantagens?

Page 108: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 107

2. Enumere as cinco principais qualidades e as cinco principais características ne-gativas de um empreendedor.

3. Troquem os resultados com outros colegas. Acrescentem às suas respostas o que encontraram de diferente.

Embora você possa estar entusiasmado com a ideia de ter um negócio próprio, é indispensável refletir sobre certas possibilidades que podem favorecer ou prejudicar o sucesso do empreendimento. Veja a seguir algumas vantagens desse tipo de trabalho:

• trabalhar em casa ou próximo dela, fazendo refeições mais saudáveis;

• ter mais independência em relação ao trabalho com carteira assinada;

• ter a possibilidade de ganhar mais dinheiro do que receberia sendo assalariado;

• não ter de se submeter às ordens do empregador;

• estar mais motivado para enfrentar o trabalho;

• ter mais liberdade para tomar decisões;

• não correr o risco de ser despedido e precisar procurar oportunidades de emprego.

Muito embora essas vantagens sejam bastante interessantes e apresentem bons atrativos, devemos ter em mente a existência de algumas desvantagens:

• dedicar muitas horas ao trabalho e até sacrificar férias com a família;

• depender fundamentalmente de atender e agradar a clientela;

• não ter mais estabilidade no emprego e salário garantido;

• ter a responsabilidade de garantir, além do sustento da família, o pagamento de empregados;

• depender do envolvimento e da aceitação da família com o trabalho;

• adaptar-se à mudança da rotina da família.

Fonte: Time do Emprego. Disponível em: <http://www.timedoemprego.sp.gov.br/materiais-de-apoio.html>. Acesso em: 10 jan. 2013.

Page 109: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

108 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade 2prós e conTras de ser

um empreendedor

Com base nas respostas da Atividade 1 e no texto que acabou de ler, elabore em seu caderno um pequeno tex-to, com as próprias palavras, sobre as vantagens e as desvantagens de ser um microempreendedor individual. O monitor poderá avaliá-lo e, caso necessário, ajudá-lo a reorganizar seu texto.

Atividade 3o que sabemos sobre o Trabalho por

conTa própria?

Em dupla, respondam às questões:

1. Quais são as qualidades que vocês consideram indis-pensáveis para trabalhar por conta própria?

2. Vocês conhecem alguma pessoa que consideram ter sido bem-sucedida trabalhando por conta própria? Como ela conseguiu se estabelecer?

Para saber mais sobre esse assunto, você pode consultar o Caderno do

Trabalhador 4 – Conteúdos Gerais – “Trabalhar por conta própria”,

especialmente a Unidade 5, “O cenário econômico e os caminhos de

trabalho possíveis”, e Leituras complementares, “Trabalho precário é

predominante nos pequenos negócios”. Disponível em: <http://www.viarapida.

sp.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

Page 110: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 109

unida d e 11

Revendo seus conhecimentos

A CBo é o documento oficial que informa a todos os empregadores

os conhecimentos que cada profissional deve ter.

Estamos na reta final desta etapa da construção de sua nova ocupação.

Ao longo deste curso, você listou suas dificuldades e fa-cilidades na hora de modelar.

Vamos voltar ao documento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), e, com base na descrição das atividades do mo-delista, verificar aspectos que você aprendeu durante o curso e outros que precisará retomar, informando-se pela internet, em livros especializados, em outros cursos de qualificação, para dar continuidade ao aprendizado que iniciou.

O código da ocupação de modelista ou modelador de roupas na CBO é 3188-10.

Portanto, ao ser empregado com registro, confira se é assim que consta em sua carteira de trabalho.

Atividade 1eu, modelisTa

1. Leia as atividades listadas no quadro a seguir e reflita.Assinale com um X, indicando se você já sabe fazer bem essa etapa de seu trabalho ou se ainda é necessá-rio rever o que aprendeu.

Page 111: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

110 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

Atividade Sei fazer bem Preciso estudar/ aprender

Traçar moldes de roupas

Marcar referências em moldes

Interpretar modelos e desenhos de roupas

Elaborar tabelas de medidas de roupas

Elaborar ficha técnica de roupas

Confeccionar peça-piloto de roupas

Demonstrar capacidade de organização

Trabalhar em equipe

O importante é não ficar parado

Analisando a última coluna do quadro preenchido na atividade anterior, há ainda coisas que você considera necessário aprender? Sim? Isso é normal e não deve desanimá-lo.

Assim, planeje o que fará para dar sequência ao seu aprendizado e como ampliará seus conhecimentos na área da modelagem:

• voltando a estudar;

• procurando um novo curso nessa área;

• lendo revistas ou livros especializados;

• procurando na internet mais informações sobre as práticas de modelagem.

Só você poderá escolher o que fazer. Não há uma regra do que é certo ou errado nessa hora. O importante é não deixar o tempo passar para não perder o ânimo e se programar para realizar as atividades escolhidas de forma organizada.

O planejamento é um instrumento que deve ser revisto de tempos em tempos para não se tornar ultrapassado. Ações e prazos podem, e devem, ser sempre atualizados.

Não adianta prever muitas ações difíceis de serem executadas. A chance de você desanimar, nesse caso, é muito grande.

Page 112: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 111

Atividade 2planeje seus próximos aprendizados

Para fazer o seu planejamento, utilize o quadro a seguir.

O que fazer? Por quê? Como? Quando?

Prepare-se para o mercado de trabalho

Além de aprimorar os seus aprendizados, é importante preparar-se para obter um lugar no mercado de trabalho. Para iniciar essa procura, você deve organizar seus documentos e fazer o seu currículo.

Para montar o currículo, comece organizando documentos que comprovem tudo o que você sabe fazer ou já fez e que esteja relacionado com a área em que você pre-tende atuar. Ou seja, mesmo que você nunca tenha atuado na área de modelagem, pense em trabalhos – mesmo informais – que você tenha feito e que envolveram corte, costura, desenho de roupas etc.

Esses documentos, assim como uma cópia dos documentos pessoais, devem ser colocados de forma organizada em uma pasta. Ela serve para sua apresentação nos locais onde você vai procurar emprego e deve conter:

• comprovação da sua escolaridade formal – diplomas;

• certificados de cursos que você fez, incluindo este;

• comprovação de suas experiências de trabalho, que podem incluir registros infor-mais, declarações, fotos etc.;

• cartas de recomendação.

Page 113: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

112 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

No currículo, você vai elaborar um resumo de tudo o que já fez e tudo o que sabe.

Antigamente, os currículos eram longos e com informa-ções bastante detalhadas. Hoje em dia, eles são curtos e objetivos. Vão direto ao ponto e, de preferência, ressaltam os conhecimentos e as práticas relacionados à ocupação ou ao cargo que a pessoa pretende.

Atividade 3consTruindo seu currículo

1. Agora que você refletiu sobre seus novos conhecimen-tos, está na hora de construir seu novo currículo no laboratório de informática. Nele devem constar os seguintes itens:

• dados pessoais – nome, endereço, telefone e e-mail;

• escolaridade – a indicação de seu grau de escolaridade;

• cursos de qualificação profissional – por exemplo: Curso de modelista. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, certificado por....... [coloque o nome da institui-ção em que fez o curso];

• conhecimentos na área de modelagem – por exemplo: modelagem de saias, blusas e vestidos simples;

• experiência profissional – relacione a experiência pro-fissional que teve até hoje, dando destaque à área à qual está se candidatando.

Chegamos ao final deste curso, em que teve a oportuni-dade de adquirir novos saberes. Agora você poderá bus-car outras oportunidades no mercado de trabalho para ampliar sua trajetória como modelista. Além deste curso, você poderá realizar outros, ampliando assim seus co-nhecimentos sobre essa ocupação.

Boa sorte!

No editor de textos, com auxílio da ferramenta “inserir tabela”, seu texto poderá ficar bem alinhado e com boa apresentação. Se quiser, você poderá deixar as linhas da tabela invisíveis:

basta selecionar toda a tabela e acionar o comando “sem bordas”.

Peça ajuda ao monitor, se necessário.

Page 114: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 113

Referências bibliográficas

AVELAR, Suzana. Moda, globalização e novas tecnologias. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2011.

BORBAS, Maria Cleusa; BRUSCAGIM, Rosana Ruiz. Modelagem plana e tridi-mensional – moulage – na indústria do vestuário. Revista de Ciências Empresariais da Unipar, Umuarama, v. 8, n. 1 e 2, jan./dez. 2007.

BRYANT, Michele Wesen. Desenho de moda: técnicas de ilustração para estilistas. São Paulo: Senac São Paulo, 2012.

CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecido, moda e linguagem. Rio de Janeiro: Es-tação das Letras, 2006.

CRANE, Diana. A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das roupas. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.

DEJEAN, Joan. A essência do estilo: como os franceses inventaram a alta-costura, a gastronomia, os cafés chiques, o estilo, a sofisticação e o glamour. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

DUARTE, Sonia; SAGGESE, Sylvia. Modelagem industrial brasileira. Rio de Ja-neiro: Cleo Rodrigues, 2010.

______. MIB – Modelagem industrial brasileira: saias. 5. ed. Rio de Janeiro: Guarda-roupa, 2010.

DUBURG, Annette; TOL, Rixt van Der. Moulage: arte e técnica no design de moda. Porto Alegre: Bookman, 2012.

ESCOLA SENAI “ENGo ADRIANO JOSÉ MARCHINI”. Terminologia do ves-tuário: português; espanhol-português; inglês-português; francês-português. São Paulo, 1996.

FAERM, Steven. Curso de design de moda: princípios, prática e técnicas. São Paulo: GG Brasil, 2012.

FEGHALI, Marta Kasznar; DWYER, Daniela. As engrenagens da moda. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2010.

FISCHER, Anette. Construção de vestuário. Porto Alegre: Bookman, 2010.

FULCO, Paulo. Modelagem plana feminina. São Paulo: Senac São Paulo, 2003.

Page 115: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

114 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o mo D e l i s t A 2

GARCIA JÚNIOR, Antônio Carlos. Condições de trabalho e saúde dos trabalhado-res na indústria do vestuário em Colatina/ES. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2006. Disponível em: <http://sstmpe.fundacentro.gov.br/Anexo/Dissertacao.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013.

HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Novo Hamburgo: Feevale, 2007.

. Molelagem & técnicas de interpretação para confecção industrial. Nova Hamburgo: Feevale, 2007.

KÖHLER, Carl. História do vestuário. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

LEITE, Adriana Sampaio; VELLOSO, Marta Delgado. Desenho técnico de roupa feminina. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.

MENDES, Valerie; HAYE, Amy de la. A moda do século XX. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

NAKAO, Jum. A costura do invisível. São Paulo: Senac São Paulo, 2005.

NERY, Marcelo (Coord.). De volta ao país do futuro: crise europeia, projeções e a nova classe média. Rio de Janeiro: CPS/FGV, 2012.

OLIVETE, Ana Luiza. Fundamentos de costura: acabamentos. Brasília: LK, 2011.

PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: história, tramas, tipos e usos. São Paulo: Senac São Paulo, 2007.

POLLINI, Denise. Breve história da moda. São Paulo: Claridade, 2007.

RAMAZZINI, Bernardino. De morbis artificum diatriba, 1700. Traduzido do latim pelo abade Chiari da Pisa sob o título Le malatie degli artefici. Veneza: Domenico Occhi, 1745. Tradução do italiano: Rita De Luca.

SABRA, Flavio (Org.). Modelagem: tecnologia em produção de vestuário. Rio de Janeiro: Estação das Letras, 2009.

WEBER, Caroline. Rainha da moda: como Maria Antonieta se vestiu para a Revo-lução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008.

Page 116: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

mo D e l i s t A 2 Arco Ocupacional Ve s t uá r i o 115

Sites

ASSIS, Machado de. “Um apólogo”. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16978>. Acesso em: 10 jan. 2013.

ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

BANIR o amianto: longa luta em defesa da vida. O Engenheiro, FNE. Edição 128, jan. 2013. Disponível em: <http://www.fne.org.br/fne/index.php/fne/jornal/edicao _128_jan_13/banir_o_amianto_longa_luta_em_defesa_da_vida>. Acesso em: 18 jan. 2013.

DESCUBRA seu estilo pessoal. Jornal Hoje. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/05/descubra-seu-estilo-pessoal.html>. Acesso em: 10 jan. 2013.

DOS loucos anos 20 à crise de 1929-1933. Infopédia. Disponível em: <http://infopedia.pt/$dos-loucos-anos-20-a-crise-de-1929-1933>. Acesso em: 10 jan. 2013.

GALVÃO, Patrícia (Pagu) (1910-1962). Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: <http://itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction =biografias_texto&cd_item=35&cd_verbete=9038>. Acesso em: 10 jan. 2013.

MINISTÉRIO do Trabalho e Emprego (MTE). Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

MOHERDAUI, Bel. De volta ao passado: pesquisadores recriam, do tecido aos bordados, roupas dos nobres da Itália renascentista. Veja on-line. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/300703/p_090.html>. Acesso em: 10 jan. 2013.

PORTAL do empreendedor. MEI – Microempreendedor Individual. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual>. Acesso em: 8 jan. 2013.

TIME do emprego. Disponível em: <http://www.timedoemprego.sp.gov.br/materiais-de-apoio.html>. Acesso em: 10 jan. 2013.

VARELLA, Flávia. Vitrine global da fantasia: a criatividade e o impacto da alta--costura servem para chamar a atenção do mundo e legitimar os preços do mercado do luxo. Veja Moda & Estilo, edição especial Mulher, maio 2005. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/especiais/estilo_2005/p_040.html>. Acesso em: 10 jan. 2013.

Page 117: Modelista 2 · -padrão feminina, masculina e infantil, ... Conhecerá ainda os materiais indispensáveis para o mode - lista e algumas técnicas de modelagem. Na Unidade 7,

v i a r á p i d a e m p r e g o

www.viarapida.sp.gov.br

Do que e como são feitos os tecidos

A matemática na modelagem

Molde industrial

Modelagem de saia

Modelagem de blusa

Trabalhando por conta própria

Revendo seus conhecimentos