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7/25/2019 Modelo Padra o 2015 Intercom Jr
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Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares daComunicaoXXXVIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Rio de Janeiro -RJ 4 a !"!#$%&
Bar Brazil: Uma anlise das edies do jornal estudantil1
Susana Azevedo REIS2
Christina Ferraz MUSSE3
Universidade Federal de Juiz de Fora, MG
Resumo
Este artigo tem como obetivo destacar o ornal !"ar "razil# no cen$rio alternativo eestudantil da d%cada de &'(), buscando caracter*sticas +ue conirmem +ue se trata de umim-resso de resist.ncia a ditadura militar, +ue se utilizou de -oemas, cr*ticas, mat%rias,cr/nicas, contos e ilustra01es -ara manter essa o-osi02o ao governo, durante o -er*odo de
gradual abertura -olitica brasileira3 "uscaremos o hist4rico do ornal, as -rinci-aistem$ticas destacadas em suas -ublica01es e +uais os g.neros te5tuais mais re+uentes nas-ublica01es, atrav%s de entrevistas em -roundidade com os colaboradores do !"ar "razil#e do m%todo de An$lise de Conte6do instru*do -or 7aurence "ardin3 8amb%m utilizaremosos "ernardo 9usins:i, ;elo*sa "uar+ue de ;ollanda -ara conte5tualizar o cen$rio cultural e
-ol*tico da %-oca3
Palavras-chave: ornalismo, im-rensa alternativo, cultura, movimento estudantil, an$lisede conte6do
Introduo
A im-rensa alternativa oi um dos maios mais signiicativos meios -ela +ual grandes
-oetas, escritores, artistas e ornalistas se e5-ressaram nas d%cadas de &'
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Da cidade mineira de Juiz de Fora, localizada a cerca de () :m de "elo ;orizonte,
o ornalismo alternativo se estabeleceu atrav%s de revistas de arte, -oesia e m6sica3 >
!Folheto Abre Alas# e as revistas !"ar "razil# e !O7ira# s2o e5em-los de como a cultura
alternativa oi eervescente na cidade nas d%cadas de &'() e &'=)3
Desse artigo, buscaremos evidencias as caracter*sticas do ornalismo alternativo na
d%cada de &'(), e analisar o !"ar "razil#, atrav%s do m%todo de analise de conte6do
disseminado -or 7aurence "ardin3
A imprensa alternativa como orma de resist!ncia
A im-rensa alternativa ganhou desta+ue no cen$rio midi$tico brasileiro no -er*ododa ditadura militar, +ue -ermaneceu no -oder de &' ornalista M$rcio "ueno divide a
im-rensa alternativa em tr.s grandes asesL a -rimeira, de &'
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-3 &3 >bservamos +ue a im-rensa alternativa utilizouKse muito da linguagem liter$ria -ara
e5-ressar seu descontentamento com o regime e -ara azer cr*ticas ao governo3 > ornal
!"ar "razil#, +ue ser$ analisado neste trabalho, se caracterizou como um ornal cr*tico, +ue
construiu suas discuss1es a -artir de -oemas, obras liter$rias e mat%rias ornal*sticas3
A im-rensa alternativa era com-osta de ornais e revistas +ue, mesmo unidos -ela
luta contra a ditadura, -ossu*am dierenciais3 iante da variedade de g.neros, 9ucins:i
divide a im-rensa alternativa em duas linhasL a -ol*tica, com ra*zes no uanismo brasileiro,
nas ideias de valoriza02o do nacional, inluenciada -elos ornais -o-ulares de &'@) e -elo
ideal mar5ista vulgar do meio estudantil dos anos &'s ornais alternativos ganharam es-a0o na m*dia brasileira3 Eram vendidos nas
bancas de ornal e -roduzidos tanto em escolas de comunica02o, como em reda01es de
ornais modernas e e+ui-adas3 Acabaram se destacando nesse cen$rio hist4rico da ditadura,
-ela veracidade nas inorma01es -ublicadas, -ela grande diversidade de ormatos, +ue se
multi-licavam, e -ela ca-acidade de resistir Qs -ersegui01es do regime3
"ernardo 9uscins:i e ;elo*sa "uar+ue de ;ollanda airmam +ue a im-rensa
alternativa dos anos &'() oi o ruto da uni2o de duas gera01es su-er-ostasL a da+ueles +ue
n2o conseguiram ter voz a -artir de &'
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A im-ortncia da literatura -ara a cultura da %-oca se estabelece na acilidade de
obras liter$rias de transmitir novos valores e ideais, como destaca ;ollandaL !Desse e5ato
momento, em +ue a -r$5is cultural em-enhaKse basicamente na mobiliza02o de um -6blico,
a literatura como tal evidencia uma alha t$tica e -ermite uma evas2o de valores novos -ara
outras linguagens# B;>77ADA, )), -3 )3 >u sea, como nada -oderia ser e5-resso
de maneira aberta e livre, a contesta02o era veiculada atrav%s da literatura3 >s valores +ue
antigamente eram noticiadas em colunas de ornais e not*cias de r$dio e televis2o, agora
-odem ser transmitidos im-licitamente atrav%s da literatura e da m6sica3
A imprensa alternativa estudantil
entre as in6meras -ublica01es alternativas +ue surgiram entre as d%cadas de &'() e
&'=), -odemos encontrar a+uelas +ue oram -roduzidas -or estudantes e universit$rios,
atrav%s de gr.mios estudantis, diret4rios centrais e acad.micos, centros de estudo, centros
de cultura, etc3 Atrav%s do Cat$logo da im-rensa alternativa, divulgada -elo ar+uivo da
cidade do Rio do Janeiro, conseguimos ma-ear cerca de 88A, &''(, -3&=
A -es+uisadora Angelica Muller acredita +ue as -ublica01es estudantis da d%cada de
&'() oram im-ressos laboratoriais -ara novas ormas de linguagem e ormatos gr$icos3>s estudante -ossu*am a liberdade de e5-erimentar novas t%cnicas e utilizar a criatividade3
Ela destaca tamb%m as ca-as dos ornais, +ue !costumavam trazer desenhos, caricaturas +ue
evidenciavam o conte6do cr*tico ao regime# BMU77ER, )&), -3&&3 Ela tamb%m destaca
como esses ornais e revistas eram uma orma dos estudantes tentarem se organizar
-oliticamente
333ornais, murais, cartazes e -anletos reletiam a -r4-ria estrutura +ueestava ao alcance das entidades e gru-os -ol*ticos, como tamb%m as
diiculdades de organiza02o e de articula02o unto com a !massa# dosestudantes3 A -eriodicidade incerta B+ue algumas vezes chegava a um
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6nico n6mero, a alta de recursos, o teor -ol*tico +ue variou conorme ogru-o atesta a +uest2o3 BMU77ER, )&), -3&)
A maioria dos ornais estudantis dedicavaKse a -ublicar -rograma01es culturais,
inormes universit$rios, oereciam um ambiente de debate -ara a comunidade acad.mica,
dando es-a0o a criticas sociais, -oliticas e culturais3 > ornal a-arece como uma orma de
resist.ncia e engaamento -ol*tico, contra as o-ress1es do governoL
A circula02o das inorma01es e id%ias de um gru-o contidas nos ornais-ode ser encarada como maneira de sobreviv.ncia dentro de um regimeautorit$rio, e tamb%m se a-resenta como mais uma alternativa -aramostrar uma resist.ncia3 Atrav%s dos -r4-rios ornais -odemos veriicar asdiiculdades de engaamento de estudantes bem como o incentivo aatividade !ornal*stica# e as atividades em geral -ro-ostas -elos centros
acad.micos eou gru-os3 BMU77ER, )&), -3&N
Muller com-leta ao airmar +ue esses im-ressos -ermitiram +ue se unissem v$rios
gru-os +ue -ossu*am o mesmo obetivo, o de denunciar e acabar com a ditadura militar ,
-ois a !constru02o de um ornal visa, no momento a+ui estudado, criar um -4lo -ara unir os
colegas Bmesmo +ue sea em torno Tdos seus -roblemas comunsO como disse um ornal
universit$rio, se -ro-ondo a levar aos estudantes subs*dios# BMU77ER, )&), -3&(&=
A universidade a"rindo portas para a cultura
> munic*-io de Juiz de Fora, em Minas Gerais, % marcada -ela eervesc.ncia
cultural3 Da d%cada de &'
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este modo, o movimento estudantil volta a a-arecer no cen$rio uizKorano e
nacional a -artir da segunda metade da d%cada de &'(), -or ocasi2o do orte im-ulso dos
movimentos3 Segundo a historiadora Gislene 7acerda, os novos movimentos sociais
!evidenciaram o -ovo, colocandoKo como -rotagonista e voltando sua atua02o -ara as
massas e lutando de orma uniicada -elo retorno da democracia no -a*s3 B7ACERA,
)&), -3'3
Em &'(, os diret4rios acad.micos e o diret4rio central dos estudantes BCE da
UFJF oram reabertos e as elei01es se iniciaram3 Deste ano o movimento cultural oi
intenso3 > estudante Jos% Ant/nio da Silva Mar+ues oi -residente, sendo sucedido -or Ivan
"arbosa3 iversas iniciativas culturais oram iniciadas, como a -ublica02o da revista
!Dossas ?alavras#3 Segundo 7acerda, a revista tinha como obetivo colocar em debate e
discutir os -roblemas culturais da universidade3 Com a revista, iniciouKse o movimento
cultural da UFJF, +ue contou com a-resenta01es musicais, teatrais, o incentivo Q cultura, e a
-ublica02o de im-ressos3
Desta mesma gest2o de Ivan "arbosa oi criado um Centro de Cultura3 > centro
durou at% &'(
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BSADG7AR, )&3 A -artir desse movimento, surgiram mais um olheto, o !Abre Alas#,
e duas -ublica01es o !"ar "razil# e a !O7ira#3
# $Bar Brazil% no conte&to cultural dos anos '()*
> !"ar "razil# oi criado -ara ser um ornal cr*tico, cultural, liter$rio e -ol*tico3 Das
-ro-osi01es de 9ucins:i, -odemos deiniKlo como um ornal +ue deseava rom-er com os
costumes da %-oca, +ue buscava nas no01es da contracultura um nova vis2o de mundo3
Antes do !"ar "razil#, a -rimeira -rodu02o do !Movimento ?oesia#, oi o olheto
!?oesia#, +ue tamb%m era distribu*do -ela cidade, assim como o ornal3 > !?oesia#
come0ou no col%gio Magister, sendo mimeograado, mas logo oi abra0ado -ela gr$ica do
CE +ue -roduziu ' n6meros3
A -rinc*-io a gente azia com mimeograo, de uma maneira muito -rec$ria,mimeograado com a tinta, icava rodando a+uela manivela3 > CE tinha o offsete os olhetos ?oesia -assaram a ser eitos em oset3 E esses olhetos eramdistribu*dos s$bado de manh2 e no som aberto3B?R>CV?I>, )&
e-ois do olheto !?oesia#, o !"ar "razil# come0ou a ser -roduzido, entre &'(< e
&'((3 Foram tr.s -ublica01es, +ue reuniram artigos, ilustra01es, mat%rias, entrevistas e
-oemas3 > ambiente onde o ornal nasce % com-letamente -o%tico e marginal3 Estudante na
%-oca, e atual secret$rio de desenvolvimento social da ?reeitura de Juiz de Fora, Fl$vio
Che:er, comenta como a -oesia oi essencial -ara a cria02o do !"ar "razil#L
As -essoas -roduziam a -oesia, as suas altas voltagens l*ricas, sem estaremminimamente -reocu-adas +ue sua arte osse -anletaria ou osse diretamentecalcada no discurso -ol*tico3 > !"ar "razil# surge um -ouco nesse entendimento3?or +ue, se voc. olhar bem, ele n2o % uma -ublica02o -anlet$ria, mas ele tem umrosto, ele diz -ara +ue ele veio atrav%s de suas -rodu01esL -oemas, outros te5tos>u sea, ele sintetiza a luta -olitica e a autonomia da arte3 BC;E9ER, )&3
Gilvan ?roc4-io oi um dos -rinci-ais colaboradores do !"ar "razil# e do
movimento liter$rio3 Ao escrever o -re$cio do livro !?oesia em movimento#, +ue selecionaos -rinci-ais -oemas +ue oram -ublicados -elos movimentos estudantis na %-oca, resume
como oi a cria02o do ornalL
As dimens1es do olheto -arecem n2o conter mais a -rodu02o e, num -rocesso dearticula02o signiicativo, o CE Bgest2o de Ivan "arbosa cria um Centro deCultura +ue deveria ser coordenado -or um -roessor da universidade3 7$ omosn4s3 A ideia -reliminar era azer uma -ublica02o +ue mantivesse o vigor do?oesia e +ue -udesse voar mais r$-ido3 Dasce assim o !"ar "razil# Bcom W deWorro, revistaKornal +ue estabelece, durante sua dura02o Btr.s anos um di$logointenso com -ublica01es semelhantes no resto do "rasil3 Entrevistas, ensaios,an$lises, contos, -oemas, ilustra01es, o ornal re-ercutiu3 B?R>CV?I>, )), &@
(
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Em entrevista concedida -ara o artigo, Gilvan ?roc4-io tamb%m comenta sobre
como surgiu o nome do ornalL
8inha um "ar na zona "o.mia de Juiz de Fora, +ue e5istia na rua ;enri+ue az,
+ue era o !"ar "razi#l, com !z#3 E era um bar +ue a gente re+uentava, muitosa+ui da universidade, -or+ue era o 6nico bar da cidade +ue tinha uma jukebox,a+uela ma+uininha +ue voc. enia a moeda, escolhe a m6sica e tal3 E a genteicava ali, tomando cervea e ouvindo musica3 E a* -egou o !"ar "razil#, aindacolocando com subt*tulo, !"ar "razil# com W de Worro3 Uma -rovoca02o mesmo,uma orma de voc. se a-resentar como contestador3 D2o % "razil com !s#, %"rasil com !z#, de um bar de zona3 ?rovoca02o mesmo3 E % um negocio muitoecl%tico3 ?or +ue o !"ar "razil# tinha -oemas, tinha contos, tinha ensaio, tinhaartigo rigorosamente de ornal, tinha ilustra02o, tinha cartum333 Uma coisa bemecl%tica3 B?R>CV?I>, )&
Com uma -ublica02o bimestral, o !"ar "razil# teve tr.s n6merosL unhoulho de
&'(
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!D4s criamos um sistema em +ue a gente mandava o ornal -ra todos os estados do "rasil, a
in6meras cidades onde in6meros gru-os $ aziam ornais inde-endentes3# BSADG7AR,
)&3
A tiragem do ornal era de cerca de &@)) e5em-lares3 > !"ar "razil# era vendido
-or um -re0o simb4lico, mas a -rinci-al inten02o era mesmo distribu*Klo -ara todos3 Xuem
n2o tivesse dinheiro, acabava ganhando3 Fl$vio Che:er, comenta sobre como o !"ar
"razil# era distribu*doL
Eram distribu*dos no IC;7 Bna Universidade, de modo geral, basicamentecentrado l$3 Mas tamb%m no cal0ad2o, nas ruas, tinha distribui02o3 Eu me lembromais do olheto da ?oesia, mas isso era enviado na %-oca, n2o sei, acho +ue oSanglard enviava isso -ara outros diret4rios, at% -ara a grande im-rensa tamb%m,
-ara outros 4rg2os de im-rensa3 > ornalzinho circulava, o !"ar "razil# circulou
um bocado3 Foi enviado -or mala -ostal -ara muita gente, -ara outroscorres-ondentes, outras -essoas +ue aziam esse movimento da ?oesia em outras
-artes do "rasil e tal3 BC;E9ER, )&
8odo o material +ue o !"ar "razil# recebia era submetido ao conselho de reda02o,
+ue escolhia o +ue seria ou n2o -ublicado3 Segundo Gilvan ?roc4-io, o conselho era
criterioso, mas os 6nicos crit%rios eram a +ualidade de te5to e o teor -ol*tico3 !Material n2o
altava, a gente recebia muito mais material do +ue era ca-az de -ublicar, n2o dava conta3
Eu acho +ue nunca e5istiu tanto -oeta em Juiz de Fora como na+uela %-oca3# B?R>CV?I>,
)&3
A Anlise de conte+do
A !an$lise de conte6do# oi o m%todo +ue consideramos mais ade+uado -ara
analisarmos o conte6do das tr.s edi01es do !"ar "razil#3 Esta % uma metodologia +ue -ode
ser a-licada -rinci-almente no cam-o das ci.ncias sociais, onde se inclui a comunica02o3 >
obetivo -rinci-al desse conunto de m%todos % buscar o +ue est$ oculto no te5to +ue ser$
analisado, decodiicando a mensagem, -ara melhor entendimento do conte6do3 7aurence"ardin deine a an$lise de conte6do comoL
um conunto de instrumens metodol4gicos, +ue se a-lica a YdiscursosYBconte6dos e continentes e5tremamente diversiicados3 > ato comumdessas t%cnicas m6lti-las e multi-licadas Z desde o c$lculo dere+u.ncias +ue ornece dados cirados, at% Q e5tra02o de estruturastraduz*veis em modelos K % uma hermen.utica controlada, baseada nadedu02oL a iner.ncia3 En+uanto esor0o de inter-reta02o, a an$lise deconte6do oscila entre os dois -4los do rigor da obetividade e daecundidade da subetividade3# B"ARID, )&&, -$g3 &@
'
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Esse m%todo -ode ser a-licado em dierentes onte de dados, como material
ornal*stico, discursos -ol*ticos, cartas, -ublicidades, romances, relat4rios oiciais,
entrevistas, etc3 A an$lise de conte6do tem como -rinci-al oco o desvendar critico, sendo
um m%todo +ue utiliza m%todos +uantitativos e +ualitativos3 > m%todo, segundo "ardin, %
com-osta -or tr.s eta-asL A -r%Kanalise, a e5-lora02o do material e o tratamento dos
resultados, a iner.ncia e a inter-reta02o3
A -r%Kanalise % a organiza02o do +ue ser$ analisado e como ser$ sistematizado as
ideias iniciais, !de maneira a conduzir um es+uema -reciso do desenvolvimento das
o-era01es sucessivas, num -lano de an$lise# B"ARID, )&&,-3 &@3 Dessa -rimeira
eta-a, ocorre a leitura lutuante dos documentos e ser$ selecionado o +ue ser$ analisado3
Um material -ro-*cio a ser analisado deve seguir algumas regrasL a regra da e5austividade,
re-resentatividade, homogeneidade e -ertin.ncia3 7ogo, % ormulada a hi-4tese e os
obetivos da -es+uisa3 Uma hi-4tese % !uma su-osi02o cua origem % a intui02o e +ue
-ermanece em sus-enso en+uanto n2o or submetida Q -rovas de dados seguros# B"ARID,
)&&, -3 &=, ou sea, % uma su-osi02o e buscamos com-rovar -or meio de alguma
metodologia +ue nossa -ressu-osi02o est$ correta ou n2o3 e-ois, % realizado a
reerenciar2o dos *ndices e a elabora02o dos indicadores3 Um *ndice -oder$ ser a men02o de
algum tema na mensagem, e a re+u.ncia de um determinado indicador -oder$ com-rovar
esse *ndice3 ?ara inalizar essa eta-a, -re-aramos o material -ara a analise3
A segunda eta-a % a e5-lora02o do material, a -arte mais longa3 "ardin e5-lica +ue a
ase consiste em o-era01es de codiica02o, onde ocorre a transorma02o dos dados brutos
do te5to -or meio de recorte, agrega02o e enumera02o, +ue -ermite atingirmos !uma
re-resenta02o do conte6do e de sua e5-ress2o# B"ARID, )&&, -3&NN3 Assim, h$ uma
unidade de registro e uma unidade de conte5to, res-ectivamente, -or e5em-lo, a -alavra
-ara a rase, o tema -ara o -aragrao3 A-4s isso, azemos a categoriza02o e % criada umatabela de an$lise de conte6do3
A terceira e 6ltima eta-a, % o tratamento dos resultados obtidos e sua inter-reta02o3
[ realizado a s*ntese e sele02o de resultados B+uantitativa e as iner.ncias e a inter-reta02o
inal do obeto de estudo B+ualitativo3
Analisando o conte+do do $Bar Brazil%
?ara nossa -es+uisa, en+uadramos as mat%rias em orma de te5to do !"ar "razil#em categoriasL ic02o, cr*ticas, entrevistascartas e inorma02o, -ara termos uma vis2o
&)
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geral sobre +ual o conte6do mais re+uente no im-resso3 [ im-ortante salientar +ue este
trabalho busca a-enas analisar o conte6do escrito do ornal, mas o !"ar "razil#, -ossui um
material e5-resso de ilustra01es, otograias e charges3
Assim, aos dividirmos os N= ti-os de te5tos -resentes nos tr.s ornais, obtivemos o
seguintes resultadosL inte te5tos de ic02o, onde se en+uadram -oemas e contosP &
cr*ticas, sociais, cinematogr$icas, liter$riasP N entrevistas cartas e N te5tos inormativos3
3?aralelo a isso, buscamos os -rinci-ais temas recorrentes no im-resso, nas
categorias m6sicas, livros, -ol*tica, lirismo e mem4ria3 A -artir dessas categorias iniciais,
desenvolvemos subcategorias +ue observamos em nossa leitura lutuante3 S2o elasL Da
m6sicaL discuss2o sobre roc:, valoriza02o da M?", e5alta02o da m6sica nacional e reei02o
da m6sica internacionalP 7ivrosL reer.ncia a literatura marginal, alus2o aos autores
nacionais, descaso das editoras, im-ortncia da literatura, sociedade do consumodom*nio
do ca-italismo e da ind6stria cultural no mercado brasileiro, contraculturabusca da
liberdade, sociedade alienada, nacionalismoP ?ol*ticaL ditadura, dom*nio do -atr2o sobre o
em-regadoluta de classesP re-ress2o de outro ti-o, 7irismo e Mem4ria n2o -ossuem n2o
-ossui subcategorias3
Assim, destacamos em todas as categorias o grande n6mero de te5tos +ue
valorizaram a cultura nacional3 Da m6sica, as = cita01es das subcategorias se relacionaram
com essa busca da valoriza02o nacional e nos livros, s2o cita01es3 Do cinema,
encontramos a-enas um te5to +ue destaca a cultura da Am%rica 7atina3
e modo geral, o nacionalismo e5acerbado e a ren6ncia a toda cultura n2o local, e
considerado de massa, % reeitado -elos colaboradores do ornal3 e todo o conte6do do
ornal, a-enas duas cr*tica cinematogr$icas, uma de um ilme norteKamericano e outro de
um ilme \\\\\\\, alam sobre uma tem$tica internacional3 As outras mat%rias criticam a
-rodu02o do roc:, -or considerar +ue o estilo musical n2o -ertence ao "rasil3estacamos a entrevista de S%rgio Cabral concedida ao !"ar "razil# em sua
-rimeira edi02o3 Da entrevista, Cabral !acusa# 8$ri: de Souza, Ana Maria "ahiana e outros
intelectuais de -romoverem sho]s de roc: e escreverem na !Revista do Roc:#, azendo
assim a-ologia ao roc:3 > ornalista desvaloriza com-letamente o estilo e a m6sica
internacional, +ue -ara ele, % a m6sica norteKamericana
A m6sica estrangeira % um inimigo muito orte3 Ent2o, n4s temos, -aracombateKla, ser ortes tamb%m3 ^333_ Xuais as or0as +ue n4s temos -ara
combater a m6sica estrangeira, A m6sica brasileira, de Doel Rosa a MiltonDascimento3 evemos usar de todos os meios, sem -reconceito, -ra n2o
&&
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ser col/nia cultural BCA"RA7, &'(