Modelo Tcc Anhembi

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    1/105

     

    DIEGO HENRIQUE PARENTE

    ENIO CARLOS SILVA

    LUANA GOMES RODRIGUES

    RAPHAEL NACAMAE

    VINICIUS THOMAZ 

    ESTACAS TIPO RAIZ: ALLIANZ PARQUE 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    2/105

     

    2

    SÃO PAULO

    2013

    DIEGO HENRIQUE PARENTE

    ENIO CARLOS SILVA

    LUANA GOMES RODRIGUES

    RAPHAEL NACAMAE

    VINICIUS THOMAZ

    Orientador : Profº Me. Rogério Carvalho Ribeira Nogueira

    SÃO PAULO

    2013

    Trabalho de Conclusão de Curso

    apresentado como exigência parcialpara a obtenção do título de Graduaçãodo Curso de Engenharia Civil daUniversidade Anhembi Morumbi

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    3/105

     

    3

    DIEGO HENRIQUE PARENTE

    ENIO CARLOS SILVA

    LUANA GOMES RODRIGUES

    RAPHAEL NACAMAE

    VINICIUS THOMAZ 

    ESTACAS TIPO RAIZ: ALLIANZ PARQUE

    Trabalho de Conclusão de Curso

    apresentado como exigência parcial

    para a obtenção do título de Graduação

    do Curso de Engenharia Civil da

    Universidade Anhembi Morumbi

    Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2013.

     ______________________________________________

    Profº Me. Rogério Carvalho Ribeira Nogueira

     ______________________________________________

    Nome do professor da banca

    Comentários:_________________________________________________________ 

     ___________________________________________________________________ 

     ___________________________________________________________________ 

     ___________________________________________________________________ 

     ___________________________________________________________________

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    4/105

     

    4

    Esta página é opcional e reservada para dedicatória.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    5/105

     

    5

    AGRADECIMENTOS 

     Agradecemos à Instituição Anhembi Morumbi e em especial a seus professores, pela

    paciência, orientação e incentivo que nos conduziram pela graduação até esse

    momento tão importante de nossas vidas.

    Um agradecimento especial à construtora Wtorre S.A. que nos possibilitou acesso às

    informações necessárias para a realização do presente trabalho de conclusão de

    curso.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    6/105

     

    6

    RESUMO 

     A engenharia civil está em constante desenvolvimento e evolução, hora ou outra,novas solicitações aparecem para colocar à prova as necessidades de inovação,geralmente procurando soluções econômicas e menos destrutíveis o possível,dentre outros fatores.

    Um exemplo é a reforma do antigo estádio Palestra Itália, atual Allianz Parque, quedevido a sua modernização e a necessidade de manter parte da construçãoexistente inalterada, concluiu-se que seriam necessários reforços pontuais naestrutura existente, devido às novas cargas. Em razão de algumas restrições ométodo utilizado para esses reforços foi o de execução de estacas raiz que evitougrandes intervenções no que se diz respeito à demolição da estrutura existente.

    Primeiramente são apresentadas as fundações em geral a fim informar as outraspossibilidades de reforços e fundações existentes no mercado, mas que devido àsrestrições não se tornaram a opção escolhida. Posteriormente é analisada a situaçãosobre a qual foi aplicado o método de estacas raiz e suas vantagens.

    Enfim analisa-se como para as diversas solicitações da engenharia civil, há as maisvariadas soluções, no caso da solicitação da Arena Allianz, a que mais se adequou ànecessidade foi o método de estacas raiz, evitando grandes intervenções ougrandes mobilizações, pois se trata de uma solução que atende restrições deresistência, mobilidade, limitações de espaço, vibrações e ruídos excessivos.

    Palavras Chave: reforço estrutural, fundação, estaca raiz.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    7/105

     

    7

    ABSTRACT

    Civil engineering is constantly developing and evolving, sooner or later, new requestsappear to put proof innovation needs, usually looking for economic solutions and less

    destructible possible, among other factors.

     An example is the reform of the old stadium Palestra Italia, Current Allianz Park,

    which due to its modernization and the need to keep part of the existing building

    unchanged, it was concluded that it would take off reinforcements to the existing

    structure due to new loads. Due to some restrictions the method used for these

    reinforcements was the execution of root cuttings that avoided major interventions as

    regards the demolition of the existing structure.

    First we present the general foundations to inform other possibilities reinforcements

    and foundations on the market, but due to the restrictions did not become the chosen

    option. Later analyzes the situation on which method was used to root cuttings and

    their advantages.

    Finally we look at how the various requests for civil engineering, there are several

    solutions, in the case of the request to the Allianz Arena, the one most suited to the

    need was the method of root cuttings, avoiding major interventions or large

    mobilizations, because if is a solution that meets restrictions strength, mobility, space

    limitations, vibrations and excessive noise.

    Keywords: structural reinforcement, foundation, root pile.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    8/105

     

    8

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Equipe realizando ensaio de sondagem. .................................................. 23 

    Figura 2 - Equipe realizando ensaio de sondagem. .................................................. 23 

    Figura 3 - Equipe realizando ensaio de sondagem. .................................................. 24 

    Figura 4 - Equipe realizando ensaio de sondagem. .................................................. 24 

    Figura 5 - Sondagem com Trado Cavadeira ............................................................. 25 

    Figura 6 - Sondagem com Trado Helicoidal .............................................................. 26 

    Figura 7 – Piezocone ................................................................................................ 27 

    Figura 8 - Penetrômetro Hidráulico ........................................................................... 27 

    Figura 9 - Martelo para ensaio. ................................................................................. 28 

    Figura 10 - Manômetro e ponteira ............................................................................. 29 

    Figura 11 - Execução de ensaio Pressiométrico ....................................................... 30 

    Figura 12 – Sapata Isolada ....................................................................................... 32 

    Figura 13 - Sapata Corrida ........................................................................................ 33 

    Figura 14 – Sapata Associada .................................................................................. 33 

    Figura 15 - Viga Alavanca ou Viga de Equilibrio ....................................................... 34 

    Figura 16 – Tubulões a céu aberto. ........................................................................... 36 

    Figura 17 – Tubulões a ar comprimido. ..................................................................... 38 

    Figura 18  –  Detalhe da portinhola de entrada para trabalhos hiperbáricos com

    tubulões. ............................................................................................................. 39 

    Figura 19 – Detalhe externo das campânulas montadas. ......................................... 40 

    Figura 20 - Ilustração dos componentes de uma laje radier. ..................................... 44 

    Figura 21 - Laje radier com armação, forma e instalações hidro-sanitáriasaguardando o lançamento do concreto .............................................................. 44 

    Figura 22 - Bate Estaca Hidráulico ............................................................................ 47 

    Figura 23 - Estacas de madeira armazenadas. ......................................................... 47 

    Figura 24 - Bate estaca cravando estaca pré-moldada de concreto. ........................ 50 

    Figura 25 - Trados de diversos diâmetros. ................................................................ 52 

    Figura 26 - Concreto usinado acoplado na bomba de injeção. ................................. 53 

    Figura 27 - Detalhe de armação de estacas utilizadas na obra Allianz Parque(Damasco Penna) .............................................................................................. 54 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    9/105

     

    9

    Figura 28 - Armadura montada de seção de 6,00m .................................................. 55 

    Figura 29 - Perfuratriz ............................................................................................... 56 

    Figura 30 - Perfuratriz hidráulica ............................................................................... 59 

    Figura 31 - Bomba de injeção de argamassa com misturador acoplado ................... 59 

    Figura 32 - Revestimento e hastes de perfuração ..................................................... 60 

    Figura 33 - Processo de perfuração da estaca raiz (pé direito= 4,5m). ..................... 63 

    Figura 34 - Limpeza da cabeça da estaca ................................................................ 67 

    Figura 35 - Ilustração de seqüência executiva de estaca raiz ................................... 68 

    Figura 36 - Execução de estaca raiz inclinada .......................................................... 70 

    Figura 37 - Projeto de reforço de fundação com estacas raiz ................................... 71 

    Figura 38 – Localização da obra Allianz Parque ....................................................... 73 

    Figura 39 – Locação das sondagens ........................................................................ 75 

    Figura 40 – Resultado das sondagens ...................................................................... 76 

    Figura 41 – Perfil da sondagem SP-10 ..................................................................... 77 

    Figura 42 – Perfil da sondagem SP-32 ..................................................................... 78 

    Figura 43 – Perfil da sondagem SP-38 ..................................................................... 79 

    Figura 44 – Execução da estaca hélice ..................................................................... 80 

    Figura 45 – Primeira estaca Hélice Continua executada na obra. ............................. 81 

    Figura 46 – Área da ferradura ................................................................................... 81 

    Figura 47 – Canteiro de obras ................................................................................... 83 

    Figura 48 - Diferentes níveis da certificação Leed de acordo com o desempenho do

    empreendimento. ............................................................................................... 84 

    Figura 49 – Execução da estaca raiz (pé direito = 4,5m) .......................................... 85 

    Figura 50 – Execução da estaca raiz (pé direito = 4,5m) .......................................... 86 

    Figura 51 – Armadura Estaca Raiz ........................................................................... 87 

    Figura 52 – Preenchimento da estaca com argamassa ............................................ 87 

    Figura 53 – Colocação da armadura ......................................................................... 88 

    Figura 54 – Lastro do Bloco ...................................................................................... 88 

    Figura 55 – Forma do Bloco Localizado no eixo 40 D ............................................... 89 

    Figura 56 – Bloco concretado Localizado no Eixo 43 B ............................................ 89 

    Figura 57 – Arranques do Pilar no Eixo 37 D ............................................................ 90 

    Figura 58 – Montagem da forma do pilar no Eixo 37 D ............................................. 91 

    Figura 59 – Pilar executado no Eixo 35 E ................................................................. 92 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    10/105

     

    10

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Tabela de diâmetros e suas respectivas cargas. ..................................... 41 

    Tabela 2 - Materiais ................................................................................................... 53 

    Tabela 3 - Valores Estaca Hélice .............................................................................. 57 

    Tabela 4 - Tabela de diâmetros e suas respectivas cargas ...................................... 58 

    Tabela 5 - Materiais ................................................................................................... 60 

    Tabela 6 - Estimativa de consumo de materiais por metro linear .............................. 61 

    Tabela 7 - Valores Estaca Raiz ................................................................................. 72 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    11/105

     

    11

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

     ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

     ABEF Associação Brasileira de Empresas de Engenharia deFundações e Geotecnia.

    NBR Norma Brasileira

    tf Tonelada Força

    MPa Mega Pascal.

    m Metro

    cm Centímetro

    mm Milímetros

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    12/105

     

    12

    LISTA DE SÍMBOLOS

    Ø Diâmetro

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    13/105

     

    13

    SUMÁRIO

    p.

    INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15 

    1.1  Objetivos .................................................................................................................... 16 

    1.2  Justificativas ............................................................................................................. 17 

    1.3  Abrangência .............................................................................................................. 18 

    2  MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................ 19 

    3  MATERIAIS E FERRAMENTAS ........................................................................ 20 

    4  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 21 

    4.1  Sondagem .................................................................................................................. 21 

    4.1.1  Sondagens a trado ................................................................................................ 25 

    4.1.2  Ensaios de Piezonoce (CPTu) ............................................................................. 26 

    4.1.3 

    Ensaios Dilatométricos (DMT)............................................................................. 28 

    4.1.4  Ensaios Pressiométricos (PMT) .......................................................................... 29 

    4.1.5  Ensaios de Palheta (Vane Tests) ........................................................................ 30 

    4.2  Fundação ................................................................................................................... 30 

    4.2.1  Fundações Diretas ................................................................................................. 32 

    Sapata ............................................................................................................................. 32 

    Tubulões .......................................................................................................................... 35 

    Radier .............................................................................................................................. 42 

    4.2.2  Fundações Indiretas .............................................................................................. 45 

    Estacas de Madeira ....................................................................................................... 45 

    Estaca Pré-Moldada ...................................................................................................... 48 

    Estaca Hélice Contínua ................................................................................................ 50 

    Equipamento: ................................................................................................................. 55 

    Estacas Raiz ................................................................................................................... 57 

    5  ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 73 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    14/105

     

    14

    5.1  Localização ............................................................................................................... 73 

    5.2  Coleta de Dados de Campo .................................................................................. 74 

    5.3  Projetos ...................................................................................................................... 80 

    6  ÁNALISE CRÍTICA ............................................................................................ 93 

    7  CONCLUSÕES .................................................................................................. 95 

    8  RECOMENDAÇÕES.......................................................................................... 97 

    9  REFERÊNCIAS ................................................................................................. 98 

    ANEXO A - ANEXOS MANUAL ABEF 2012.......................................................... 102 

    ANEXO B  – PROJETO REV. 00 ............................................................................. 103 

    ANEXO C  – PROJETO REV. 17 ............................................................................. 104 

    ANEXO D  – PROJETO REV. 31 ............................................................................. 105 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    15/105

     

    15

    1 INTRODUÇÃO

    Com o intuito de apresentar as fundações com o método de estaca raiz, será

    proposto como esta técnica pode ser útil em áreas de reforços, onde há limitações

    de espaço para equipamentos, tanto por conta de acesso quanto por restrição de

    mobilidade de um equipamento de grande porte.

    Com o projeto de uma moderna Arena a Wtorre S.A. começou um projeto de reforma

    no Estádio Palestra Itália, por determinações da prefeitura o trecho conhecido como

    ferradura (antiga parte “U” do Estádio) teve que ser mantida criando assim a

    necessidade de executar uma nova arquibancada sobre a antiga. Com o aumento

    das cargas solicitadas precisou-se criar novos pontos de apoio para suportar a nova

    estrutura e devido à impossibilidade de acesso da perfuratriz de Hélice Continua

    (Fundação executada nas demais estacas da Arena) foi se necessária a escolha por

    um sistema de fundação com equipamentos de menor porte, assim levando a

    escolha da Estaca Raiz.

    Estaca raiz é um tipo de estaca concretada “in loco”. Considerada de pequeno

    diâmetro, variando de 100 mm a 500 mm, é integralmente armada ao longo de seu

    comprimento, injetada com argamassa de areia e cimento sob pressão e tem alta

    capacidade de carga devido ao atrito lateral. É executada por meio de perfuração

    rotativa ou roto-percussiva com circulação de água ou ar comprimido.

    Este tipo de estaca pode ser empregado em qualquer tipo de terreno, mesmo em

    casos onde seja necessário atravessar matacões e blocos de concreto ou aindaquando existe necessidade de engaste da estaca no topo rochoso.

    Esta estaca também é solução em casos de reforço em fundações existentes, onde

    na maioria das obras existem diversas restrições, como a limitação de espaço e

    alturas (no caso de reforço em estruturas pré-existentes), vibrações e ruídos

    excessivos e locais acesso restrito, como será abordado no estudo de caso.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    16/105

     

    16

    1.1 Objetivos

    Objetivos Gerais

    O presente trabalho tem por objetivo abordar métodos de execução das fundações,

    apresentando um breve resumo sobre diversos tipos dando ênfase em Estaca Raiz

    como parte de um reforço de uma estrutura.

    Objetivos Específicos

    O estudo tem por objetivo apresentar os métodos de execução de estaca raiz, com

    foco na obra Allianz Parque.

    Esta pesquisa busca ainda explicar de maneira detalhada a execução de fundação

    para inclusão de novos pontos de apoio que sustentarão uma área que não pôde ser

    demolida, exigindo assim que fosse executada uma nova estrutura sobre a pré

    existente.

     Após estudos sobre o tipo de solo encontrado e nas condições executivas existente

    foi determinado que o método mais eficiente seria com a execução de estacas raiz.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    17/105

     

    17

    1.2 Justificativas

     A escolha do estudo do caso sobre as estacas raiz no Allianz Parque se deu por

    conta da alta demanda que se apresenta na atualidade nos investimentos em

    estádios de futebol que estão sendo criados no Brasil.

    O Allianz Parque apresenta uma peculiaridade pouco vista nesse tipo de construção,

    que é a execução de uma nova estrutura sobre uma pré-existente.

    Por conta disso, o tema foi escolhido para apresentar as dificuldades de execução e

    as características de um sistema de fundação altamente eficaz em qualquer

    condição de trabalho.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    18/105

     

    18

    1.3 Abrangência

    O tema proposto refere-se à execução de reforços estruturais devido à solicitação de

    aumento de carga em uma estrutura existente. Devido à limitação de espaço para

    execução das fundações do reforço optou-se pelo método de estaca raiz.

    Com o intuito de apresentar o método de estaca raiz, será feita uma abordagem

    geral a respeito de sondagens e fundações informando as metodologias, aplicações,

    vantagens e desvantagens.

    Não serão abordados, o dimensionamento das estruturas de reforço e as técnicas de

    execução das mesmas.

    Este trabalho limita-se à execução das estacas, ficando isentos quaisquer tópicos

    relacionados as posteriores atividades da mesma. 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    19/105

     

    19

    2 MÉTODO DE TRABALHO

    Inicialmente será executada uma pesquisa sobre fundações e serão abordados

    alguns tipos de fundações dando maior ênfase no tema proposto (Estaca Raiz)

    verificando história, métodos de execução de diversos tipos de fundações, o porquê

    da escolha de estaca raiz, vantagens, desvantagens e conclusão da pesquisa.

    Em seguida, serão verificadas com empresas especializadas em fundações as

    principais dificuldades executivas encontradas "in loco" para o serviço.

    Para concretizar as informações coletadas será realizada uma discussão com um

    especialista para confrontar os dados obtidos durante a execução.

    Com a parte técnica concluída serão realizados estudos nos projetos executivos da

    obra, analisando a primeira e a última revisão para entender e demonstrar o porquê

    das alterações em diâmetros, quantidades e cargas juntamente com o projetista.

    Por fim será realizada uma visita técnica na obra para verificação do local ondeforam executadas as estacas, as dificuldades de acesso do equipamento, execução

    e qual seria o prazo final da obra se não houvesse atrasos por esse tipo de

    fundação.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    20/105

     

    20

    3 MATERIAIS E FERRAMENTAS

    Inicialmente foram realizadas visitas à biblioteca para consulta em livros, revistas e

    artigos referentes a estaca raiz e reforço estrutural como também pesquisa na

    NORMA BRASILEIRA. ( ABNT NBR6122/2010).

    Para a realização deste trabalho foram utilizados softwares de produção de textos

    (Microsoft Office Word), de visualização de textos (Adobe Reader), de

    desenvolvimento de planilhas (Microsoft Office Excel), de desenvolvimento de

    imagens (Paint), de leitura de projetos (DWG View), Edição de projeto (AutoCad)

    entre outros, assim como internet, utilizando computadores para tal processamento

    de informações. Câmeras fotográficas e equipamentos de captura de imagens

    (Scanners) também foram utilizados.

    Engenheiros civis e especialistas na área também auxiliaram na composição e

    elaboração do material colhido e apresentado através de visitas à obra, e-mails e

    telefonemas descrevendo os processos para análise dos dados.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    21/105

     

    21

    4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

    4.1 Sondagem

    Na engenharia, o solo é o fator determinante na escolha do tipo, o dimensionamento

    e a cota de implantação de uma fundação, pois servirá de base para a edificação.

    Sendo assim, são realizados estudos de reconhecimento do solo em questão,

    chamados sondagens. Esse estudo é de extrema importância para reconhecermos o

    tipo do solo existente no local e qual a resistência que ele suportará, assim sendo

    possível determinar o tipo de fundação a ser empregada na área.

     A sondagem também conhecida como ensaio de penetração padrão ou do inglês

    SPT (Standard Penetration Test) tem como objetivos principais identificar as

    camadas de solo que compõe o subsolo classificando cada uma delas, os índices de

    resistência de cada uma dessas camadas nas variadas profundidades, o nível do

    impenetrável e o nível do lençol freático.

     A sondagem SPT é muito utilizada ao redor do mundo por sua versatilidade e

    eficiência, devido a fatores como sua simplicidade operacional, recuperação de

    amostras, rapidez de execução, baixo custo. Tudo isso aliado a um vasto

    conhecimento acumulado devido sua aplicação.

     Apesar da simplicidade e rapidez de execução, para a realização da sondagem são

    recomendadas práticas a fim de se garantir o controle da execução dos serviços e

    com isso os requisitos de qualidade. Essas práticas são variadas conforme cadapaís, no Brasil tais práticas são encontradas no Manual de Execução de Fundações

    e Geotecnia, o qual apresenta a metodologia normatizada pela NBR-6484/01.

    Os equipamentos utilizados para a execução das sondagens SPT são, o tripé com

    roldana, que consiste em um cavalete de quatro pernas fabricadas com tubo de Ø 2

    ½”, com uma roldana de 8’’ acoplada em seu topo. Nessa roldana é passada a corda

    de sisal que visa levantar o martelo de 65 kg e auxiliar no manuseio e cravamento dacomposição de hastes por força manual.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    22/105

     

    22

    Como amostrador padrão, para a realização das sondagens SPT é utilizado o tipo

    do Terzaghi-Peck, com diâmetro interno de 34,9 milímetros e diâmetro externo de

    50,8 milímetros. Após o posicionamento do amostrador em cada uma das cotas de

    amostragem, são marcados sobre as hastes de perfuração três segmentos de 15

    centímetros, contados a partir do topo do tubo de revestimento. A cravação do

    amostrador é executada erguendo-se um martelo de 65 kg a uma altura de 75

    centímetros acima do topo da cabeça de bater, e em seguida deixando-se cair

    livremente. Então, são anotados os números de golpes necessários à cravação de

    cada 15 centímetros do amostrador.

     A soma do número de golpes necessários à cravação dos primeiros e dos últimos 30

    centímetros é o valor que expressa os resultados do ensaio SPT. O índice de

    resistência à penetração (N) consiste no somatório correspondente aos últimos 30

    centímetros do amostrador. Não ocorrendo a penetração dos 45 centímetros, os

    resultados são apresentados sob a forma de frações ordinárias.

     A cada metro de perfuração são feitas as coletas das amostras, sendo

    acondicionadas em recipientes devidamente identificados com o local da coleta para

    que sejam encaminhadas ao laboratório, onde é feita a classificação do tipo de

    material encontrado.

    No início da perfuração é registrada a leitura do nível do lençol freático, sendo que

    posteriormente à finalização da perfuração é feito o esgotamento do furo e feita novaleitura após o período de 24 horas.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    23/105

     

    23

    Figura 1 - Equipe realizando ensaio de sondagem.

    Fonte: Dicionário Geotécnico.

    Figura 2 - Equipe realizando ensaio de sondagem.Fonte: Dicionário Geotécnico.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    24/105

     

    24

    Figura 3 - Equipe realizando ensaio de sondagem.

    Fonte: Dicionário Geotécnico.

    Figura 4 - Equipe realizando ensaio de sondagem.Fonte: Dicionário Geotécnico.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    25/105

     

    25

    4.1.1 Sondagens a trado

    Serviço executado conforme padrões da NBR 9603  – ABNT, com trados cavadeiras

    e trados helicoidais, de 63,5 mm de diâmetro, que permite o reconhecimento das

    camadas superficiais do terreno, a identificação de eventual ocorrência de lençol

    freático raso e a coleta de amostras deformadas para ensaios de caracterização,

    compactação e CBR dos solos amostrados.

    Figura 5 - Sondagem com Trado Cavadeira

    Fonte: http://www.stack.com.br/ 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    26/105

     

    26

    Figura 6 - Sondagem com Trado Helicoidal

    Fonte: http://www.stack.com.br/

    4.1.2 Ensaios de Piezonoce (CPTu)

    O ensaio de CPT-u consiste na cravação do piezocone a velocidade constante de2cm/s. A cravação é feita com o auxílio de penetrômetro hidráulico e hastesmetálicas padronizadas.

    Durante a cravação, a cada centímetro o cone efetua três leituras por meio desensores:

      Resistência de ponta (qc)  Resistência ao atrito lateral (fs)  Pressões Neutras (u2)

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    27/105

     

    27

     As sobrepressões neutras são lidas através de elemento poroso situado na base docone, saturado com o auxílio de bomba a vácuo e óleo de silicone. Durante o ensaio,podem ser realizados ensaios de dissipação da pressão neutra.

    Figura 7  – Piezocone

    Fonte: Damasco Penna 

    Figura 8 - Penetrômetro Hidráulico

    Fonte: http://ecdambiental.blogspot.com.br

    http://ecdambiental.blogspot.com.br/http://ecdambiental.blogspot.com.br/http://ecdambiental.blogspot.com.br/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    28/105

     

    28

    4.1.3 Ensaios Dilatométricos (DMT)

    Utilizado mundialmente desde 1975, o ensaios DMT (Dilatometric Marchetti Test) é

    considerado uma das mais precisas ferramentas de ensaios “in situ” para previsão

    de recalques e estimativa do módulo de elasticidade (E) das camadas prospectadas.

    Com execução rápida e simples, pode ser utilizado em praticamente todos os tipos

    de solo.

    O teste é realizado através da cravação de uma ponteira metálica, interrompida a

    cada 20 cm cravados. A cada interrupção é introduzido gás nitrogênio que expandea membrana metálica contra o terreno. Dessa expansão é registrada no manômetro

    a dilatação e deformação do terreno.

    Figura 9 - Martelo para ensaio.

    Fonte: Damasco Penna 

    http://www.damascopenna.com.br/ensaios-dilatometricos-dmt/http://www.damascopenna.com.br/ensaios-dilatometricos-dmt/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    29/105

     

    29

    Figura 10 - Manômetro e ponteira

    Fonte: Damasco Penna 

    4.1.4 Ensaios Pressiométricos (PMT)

    Os ensaios pressiométricos tipo Ménard (PMT) consistem na inserção em um pré-furo de sonda pressiométrica e deformação radial de membrana por meio de

    inserção de gás nitrogênio.

     As medidas de deformação são através do painel de controle, que mede variações

    de pressões e volumes ocorridos com a deformação do solo. Tais leituras são

    realizadas por meio de equipamento computadorizado (Geospad) e software

    específico (Geovision) , projetado para ler automaticamente os dados leituras do

    ensaio

    http://www.damascopenna.com.br/pressiometro/http://www.damascopenna.com.br/pressiometro/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    30/105

     

    30

    Figura 11 - Execução de ensaio Pressiométrico

    Fonte: Igeotest 

    4.1.5 Ensaios de Palheta (Vane Tests)

    O ensaio de Palheta (Vane Test) é tradicionalmente empregado na determinação da

    resistência ao cisalhamento de argilas moles saturadas, submetidas à condição de

    carregamento não drenado (Su).

    Normatizado pela ABNT NBR 10905/89  –  Solo  –  Ensaios de palheta in situ -  o

    ensaio consiste na cravação estática de palheta de aço, com secção transversal em

    formato de cruz, de dimensões padronizadas, inserida até a posição desejada para a

    execução do teste.

    4.2 Fundação

    Na construção civil a fundação é um elemento de crucial importância. Ela é

    responsável por transferir as cargas atuantes na edificação para uma camada

    resistente do solo, com custos variando de 3% a 7% do custo total de um

    empreendimento.

    http://www.damascopenna.com.br/vane/http://www.astm.org/Standards/D2573.htmhttp://www.astm.org/Standards/D2573.htmhttp://www.damascopenna.com.br/vane/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    31/105

     

    31

    O primeiro passo é descobrir as características do solo que vai receber as

    fundações, geralmente com ensaios de sondagens SPT. Com a análise do solo em

    mãos e em função das cargas que serão descarregadas nele e após uma criteriosa

    análise técnica e econômica se define o tipo de fundação que será utilizada.

    Outro fator que deve ser levado em conta na hora da escolha da fundação é sua

    exequibilidade. Os principais fatores são a topografia do terreno, facilidade no

    acesso de trabalhadores e equipamentos, disponibilidade de materiais no canteiro,

    entre outros.

     A questão financeira deve ser minuciosamente estudada, pois uma fundação de alto

    custo pode acabar inviabilizando o empreendimento, lembrando que o custo só pode

    ser usado como parâmetro de definição entre as soluções tecnicamente viáveis.

    Basicamente existem dois tipos de fundações, rasas e profundas, onde as rasas são

    sempre diretas e as profundas diretas e indiretas (que se diferenciam pelo modo de

    transmissão das cargas ao maciço). As fundações diretas são aquelas em que ascargas são transmitidas para o terreno através de sua base. Elas podem ser

    executadas por intermédio de sapatas corridas, sapatas isoladas, blocos, radier ou

    artificial. 

     As fundações rasas são aquelas que apresentam camada de suporte ou seja o

    subsolo a uma profundidade de até 2,50 metros ou quando a cota de apoio do

    elemento estrutural é inferior duas vezes a menor dimensão do mesmo. Asfundações profundas são as que não se encaixam nos exemplos das rasas como

    radier, sapata e bloco, um exemplo de fundação direta profunda é o tubulão.

    Fundações profundas são utilizadas quando a camada resistente do solo não é

    encontrada na superfície do terreno (as fundações indiretas são aquelas onde a

    transmissão das cargas da edificação se dá de através do atrito lateral decorrente do

    comprimento de fundação, ou pelo efeito de ponta apoiada. Todas as fundações

    indiretas são profundas devidas à dimensão de seus elementos estruturais).

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    32/105

     

    32

    4.2.1 Fundações Diretas

    Sapata

    Conceito:

    Sapata de fundação é um elemento de fundação superficial, de concreto armado,

    dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas

    pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.

    Tipos de Sapatas:

    Sapata Isolada: É a sapata que não tem associação com nenhuma outra sapata

    (Figura 12) e é dimensionada apenas para os esforços solicitados por apenas um

    pilar podendo esse ser retangular, quadrado ou circular.

    Figura 12  – Sapata Isolada

    Sapata Corrida: É a sapata que esta sujeita a uma carga distribuída linearmente ou

    num alinhamento de pilares (Figura 13).

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    33/105

     

    33

    Figura 13 - Sapata Corrida

    Sapata Associada:  É a sapata sujeita a carga de mais de um pilar (Figura 14),

    também é chamada de combinada ou conjunta e é muito utilizada quando se tem

    uma distância considerada pequena entre dois pontos de cargas.

    Figura 14  – Sapata Associada

    Viga Alavanca ou Viga de Equilíbrio: elemento estrutural que recebe as cargas de

    um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las

    centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas

    fundações diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes (Figura 15).

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    34/105

     

    34

    Figura 15 - Viga Alavanca ou Viga de Equilibrio

    Sapatas são muito utilizadas quando o terreno apresenta alta resistência na camada

    superficial.

    Métodos Executivos:

    Para executar uma sapata simples são basicamente 05 passos:

    1- Forma para o rodapé com h=0,05m para execução da base com lastro deconcreto de traço 1:3:6 ou 1:4:8 (NBR 6122:2010). 

    2- Montagem das formas de acordo com o projeto de estrutura e na locaçãopassada pela Topografia.

    3- Colocação da armadura de acordo com projeto de armação do projetista.

    4- Forma do cálice, quando se faz necessário, para o apoio do pilar.

    5- Concretagem.

    Concretagem.

    No caso de sapatas corridas em alvenaria:

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    35/105

     

    35

    1- Abertura da vala com apiloamento feito manualmente com soquete, com oobjetivo de uniformizar o fundo da vala.

    2- Forma para o rodapé com h=0,05m para execução da base com lastro deconcreto de traço 1:3:6 ou 1:4:8 (NBR 6122:1996). 

    3- Alicerce de alvenaria (assentamento dos tijolos), utilizando tijolos queimadosou requeimados e com argamassa de traço 1:4.

    4- Execução de cinta de amarração, com a impermeabilização da mesma.

    5- Reaterro da vala.

    Tubulões

    Conceito:

    Tubulões são elementos estruturais da fundação que transmitem a carga ao solo

    resistente por compressão, através da escavação de um fuste cilíndrico e uma basealargada tronco-cônica a uma profundidade igual ou maior do que três vezes o seu

    diâmetro (Brito, 1987). Os tubulões se classificam, quanto a sua escavação, em dois

    tipos, tubulões a céu aberto e tubulões com ar comprimido.

    São indicados como fundação para obras de grande porte, com cargas elevadas

    como indústrias, grandes prédios, pontes. São utilizados geralmente em casos onde

    é apresentado um nível de água elevado, e na substituição de estacas cravadas em

    casos de subsolo com material rochoso muito compacto ou muito duro, evitando

    vibrações nas edificações vizinhas.

    Tipos de Tubulões:

    Tubulões a céu aberto (Figura 16): consistem em um poço aberto manual ou

    mecanicamente, de modo que não haja desmoronamento durante a escavação, e

    acima do nível d’água. Quando há tendência de desmoronamento, reveste-se o furo

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    36/105

     

    36

    com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou tubo de aço. O fuste é escavado até a

    cota desejada, a base é alargada e posteriormente enche-se de concreto (Brito,

    1987).

    Figura 16  – Tubulões a céu aberto.

    Fonte: 

    http://www.dicionariogeotecnico.com.br/album/fundacoes/interferencias/pages/image/imagepa

    ge8.html

    Método Executivo:

    Para a execução do tubulão a céu aberto são seguidas as seguintes etapas:

    1  – Executa-se o gabarito e a partir dele a locação do eixo da peça utilizando-se

    piquetes de madeira. Posteriormente é feita a demarcação da circunferênciaque delimita o tubulão.

    2  – Executa-se a escavação do poço até a cota especificada em projeto. Para aretirada da terra, no caso de escavação manual utiliza-se vanga, um balde eum sarrilho. No caso de escavação mecânica a terra é retirada através doaparelho rotativo acoplado a um caminhão.

    3  –  Caso ocorra presença de água durante a escavação, deverá ser feito o

    bombeamento simultâneo da água acumulada no poço.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    37/105

     

    37

    4  –  No caso de o solo não ter a resistência necessária podendo causardesmoronamentos, como por exemplo, nos solos arenosos. Será necessárioo encamisamento da peça nas áreas em que houver necessidade, podendo-se utilizar tubos de concreto com o diâmetro interno igual ai diâmetro do fustedo tubulão.

    5  – Atingindo-se a cota desejada executa-se o alargamento da base de acordocom as dimensões estabelecidas em projeto.

    6  –  Fazer a conferência de que todas as dimensões estão de acordo com oprojeto, inclusive o tipo de solo na base.

    7  – Instalação da armadura.

    8  –  Execução da concretagem, sendo que o lançamento pode ser feito dasuperfície, diretamente do caminhão betoneira através da tremonha. Ocomprimento da tremonha deve ser da ordem de 5 vezes seu diâmetro, demodo a evitar que o concreto bata nas paredes do tubulão e se misture com aterra, prejudicando a concretagem (ALONSO,1979).

    9  – O concreto é espalhado pela base pelo próprio impacto de sua descarga,

    porém recomenda-se interrupções periódicas para execução doespalhamento manual do concreto a fim de evitar vazios na massa.

    Tubulões a ar comprimido (Figura 17): são utilizados quando existe água, exige-se

    grandes profundidades e existe o perigo de desmoronamento das paredes da

    estaca. Nesse caso, a injeção de ar comprimido no tubulões impede a entrada de

    água, pois a pressão interna é maior que a pressão da água, sendo a pressão

    empregada, no máximo, de 3 atm, limitando a profundidade em 30 m abaixo do níveld’água. 

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    38/105

     

    38

    Figura 17  – Tubulões a ar comprimido.

    Fonte: Infraestrutura urbana (2013).

    Método Executivo:

    Para a execução do tubulão a ar comprimido são seguidas as seguintes etapas:

    1  – Executa-se o gabarito e a partir dele a locação do eixo da peça utilizando-sepiquetes de madeira. Posteriormente é feita a demarcação da circunferênciaque delimita o tubulão.

    2  –  Executa-se a escavação do poço primário até a cota especificada emprojeto, acima do nível d’ água.

    3  – Instalação de forma e armação para execução da câmara de trabalho.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    39/105

     

    39

    4  –  Concretagem da camisa, ou seja, o espaço entre a forma interna e aexterna.

    5  – Instalação da campânula e pressurização.

    6  – Executar escavação com instalação de armadura e formas a cada 4 metrose concretagem.

    7  – Atingida a cota de alargamento da base, fazer vistoria para averiguar todasas condições para o prosseguimento para o alargamento da base.

    8  – Instalação da armadura e concretagem da base.

    9  – Concretagem do fuste através da campânula e manter a estrutura sob o arcomprimido por no mínimo 6 horas para não haver danos devido à pressão dolençol freático.

    Figura 18  – Detalhe da portinhola de entrada para trabalhos hiperbáricos com tubulões.

    Fonte: Lan Geotecnia e Fundação (1994).

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    40/105

     

    40

    Figura 19 –

     Detalhe externo das campânulas montadas.Fonte: Lan Geotecnia e Fundação (1994).

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    41/105

     

    41

    Cargas para tubulões:

    Tabela 1 - Tabela de diâmetros e suas respectivas cargas.

    Fonte: Benapar (1994).

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    42/105

     

    42

    Radier

    Conceito:

    Lajes radier ou apenas radier, são lajes de concreto armado de contato direto com o

    solo. É constituída por um único elemento de fundação que distribui toda a carga da

    estrutura para o terreno uniformemente pela área de contato. É uma forma

    econômica de fundação quando são necessárias pequenas cargas e a resistência

    do terreno é baixa, sendo uma opção para que não seja usada a solução de

    fundação profunda.

    Materiais e equipamentos:

    Concreto de cimento Portland; Brita; Pás e enxadas; Desempenadeira; sarrafo para

    contenção do concreto; Régua para sarrafear; telas de aço; tesoura para cortar ferro;

    formas de aço ou madeira e nível laser ou de mangueira (Figura 5 e 6).

    Método Executivo:

      Com o terreno já limpo e desimpedido e instalações de esgoto, entrada de

    água e energia elétrica pronta, inicia-se a montagem das formas de borda do

    radier, ajustando o seu nível por meio de um nível de mangueira ou laser,

    (também se necessário utilizar cunhas de madeira).

      Delimitadas as bordas do radier, procede-se a escavação das valas de borda.O terreno deve ser acertado de maneira a garantir a espessura mínima do

    radier e deve-se executar um lastro de brita para impedir o contato direto com

    o solo.

      Montar a armação de tela ou barras de aço, inclusive armando as valas de

    borda.

      Efetuar o lançamento do concreto espalhando-o com enxadas e pás.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    43/105

     

    43

      Sarrafear o concreto com uma régua metálica ou madeira suficientemente

    comprido que se alcance as formas de borda do radier.

      Podem-se executar mestras intermediárias com o próprio concreto do radier,

    acertando nível destas por meio de uma linha de náilon esticada entre a

    formada de borda.

      O acabamento deve ser dado por meio de uma desempenadeira de madeira

    ou rodo-float.

      Recomenda-se retirar as formas assim que iniciar a pega do concreto, seja

    ela metálica ou de madeira, evitando-se danificá-la na desforma.

    Iniciar a cura úmida tão logo a superfície permita (secagem ao tato), ou utilizar

    retentores de água como sacos de estopa ou algodão, areia ou serragem

    saturada.

      Regiões com incidência de sol intenso recomenda-se cobrir as lajes com umalona, a fim de minimizar a perda de água por evaporação.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    44/105

     

    44

    Figura 20 - Ilustração dos componentes de uma laje radier.

    Fonte: Fk Comércio

    Figura 21 - Laje radier com armação, forma e instalações hidro-sanitárias aguardando o

    lançamento do concreto

    Fonte: Lix Obras

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    45/105

     

    45

    4.2.2 Fundações Indiretas

    Estacas

    “Elemento de fundação profunda executada inteiramente por equipamentos ou

    ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário.

    Os materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto

    moldado in situ ou mistos” (ABNT NBR6122/2010). 

    Estacas de Madeira

    Conceito

     As estacas de madeiras são empregadas desde os primórdios da historia da

    construção civil. Essas estacas nada mais são do que troncos de árvores, o mais

    reto possível, que serão cravados no solo. No Brasil, a madeira mais utilizada é o

    Eucalipto, principalmente na execução de obras provisórias. Para obras definitivas

    se usam as chamadas “madeira de lei” que são mais resistentes, como por exemplo,a aroeira, maçaranduba, ipê, peroba entre outras.

     A madeira tem duração praticamente ilimitada quando mantida permanentemente

    submersa. Porém, quando é submetida a uma variação de nível d’água ela chega a

    apodrecer por conta de fungos que se desenvolvem no ambiente que contenha água

    e ar. Devido a isso, a durabilidade de uma estaca de madeira só é obtida quando se

    elimina um desses dois fatores; como no solo é praticamente impossível eliminar suaumidade o fator que é eliminado é o ar.

     As estacas de madeira (Figura 23) enquadram-se na categoria das estacas de

    deslocamento, caracterizadas por sua introdução no terreno através de processo

    que não promova a retirada de solo. A cravação das estacas pode ser feita por

    percussão, prensagem ou vibração, e a escolha do equipamento deve ser feita de

    acordo com o tipo, dimensão da estaca, características do solo, condições de

    vizinhança, características do projeto e peculiaridades do local. A cravação por

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    46/105

     

    46

    percussão é o processo mais utilizado, utilizando-se para tanto pilões de queda-livre

    ou automáticos (Figura 15).

    Vantagens:

      Baixo custo;

      Facilidade em emendas;

      Resiste a cravação e transporte;

      Fácil corte;

      São leves comparadas com outros materiais;

      durável sob o nível d’agua. 

    Desvantagens:

      Difícil de obter em certas regiões, atacável por micro-organismos;

      Aplicável somente para solos submersos em obras permanentes;

      Quando cravadas através de solos moles ou água para atingir um estrato

    firme estão sujeitas a romperem sem ser visível o dano;

      Não admitem uma carga de trabalho elevada;

      Vulnerável a deterioração quando não tratada em situação submersa

    intermitentemente;

      Vulnerável a danos em locais de difícil cravação.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    47/105

     

    47

    Figura 22 - Bate Estaca Hidráulico

    Fonte: http://biosonda.com.br/p_batest.php 

    Figura 23 - Estacas de madeira armazenadas.

    Fonte:http://portuguese.alibaba.com/product-free/wooden-stakes-rounded-poles--

    11484111.html. 

    http://biosonda.com.br/p_batest.phphttp://biosonda.com.br/p_batest.phphttp://biosonda.com.br/p_batest.phphttp://portuguese.alibaba.com/product-free/wooden-stakes-rounded-poles--11484111.htmlhttp://portuguese.alibaba.com/product-free/wooden-stakes-rounded-poles--11484111.htmlhttp://portuguese.alibaba.com/product-free/wooden-stakes-rounded-poles--11484111.htmlhttp://portuguese.alibaba.com/product-free/wooden-stakes-rounded-poles--11484111.htmlhttp://portuguese.alibaba.com/product-free/wooden-stakes-rounded-poles--11484111.htmlhttp://biosonda.com.br/p_batest.php

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    48/105

     

    48

    Estaca Pré-Moldada

    Conceito

    Devido ao rígido controle de qualidade a que as estacas pré-moldadas são

    submetidas na sua fabricação e cravação, elas são uma excelente opção de

    fundação.

    Essas estacas pré-moldadas são fabricadas em concreto armado ou protendido e

    dependendo das especificações solicitadas, podem ter seções redondas ou

    quadradas.

     As estacas armadas podem ter seção cheia ou vazada. As estacas vazadas são

    fabricadas por trifugação ou por extrusão e têm seção redonda ou sextavada.

     As estacas pré-fabricadas são adquiridas com comprimentos que variam de 4,00m à

    12,00m. Quando se tem a necessidade de comprimentos maiores do que 12,00m

    essas estacas podem ser emendadas até alcançar o comprimento desejado pelo

    projetista.

     As emendas das estacas podem ser executadas por duas formas: pode ser feita

    através de solda de dois anéis fundidos na extremidade da estaca ou pode ser

    utilizada luvas de emenda de aço. Quando se tem a emenda por solda há a garantia

    de uma continuidade estrutural na estaca, enquanto que por luva é criada uma

    “rótula” no local da emenda. 

     As estacas devem ser fornecidas para a obra em perfeito estado, sem apresentarsinais de falhas de concretagem (bicheira), emenda e reparos de trincas e falta de

    prumada e bitola constante e compatível com a solicitada em projeto.

    VANTAGENS E DESVANTAGENS

    Vantagens:

      Garantia de qualidade da estaca;

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    49/105

     

    49

      Boa capacidade de carga;

      Possibilidade de emenda;

      Os solos não coesivos são compactados durante a cravação (aumenta a

    capacidade de carga e reduz recalques).

    Desvantagens:

      Perda significativa do material;

      Transporte envolvendo custos altos;

      Limitadas em secção e comprimento (devido ao peso próprio);

      Dificuldade de cravação;  Difícil pré-determinação do comprimento (cortes e emenda difíceis e de

    elevado custo);

      Podem sofrer deterioração se a água do lençol freático contém sulfatos ou

    valor do pH é baixo (águas contaminadas em zonas industriais);

      Por aumentar a compacidade de solos não coesivos apresentam problemas

    de cravação em grupo;

      Vulneráveis ao manuseio;  Custo elevado

      Alta vibração e deslocamento do solo

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    50/105

     

    50

    Figura 24 - Bate estaca cravando estaca pré-moldada de concreto.

    http://www.destacafundacoes.com.br/index.php?menu=servicos-05 

    Estaca Hélice Contínua

    Conceito

     A estaca tipo Hélice Contínua é uma estaca moldada in loco, (fundação profunda)

    executada com uma perfuratriz acoplada a um trado helicoidal que é introduzido no

    solo de forma rotativa até alcançar a cota de apoio definida em projeto e é capaz de

    perfurar diâmetros variáveis entre 250 mm á 1000 mm.

    Este tipo de fundação foi introduzido no Brasil em 1987, onde na época eramutilizados equipamentos nacionais que se espelhavam nos modelos usados no

    Exterior. Esses equipamentos perfuravam diâmetros de 27,5 cm, 35,0 cm e 42,5 cm

    e alcançavam um comprimento total de 15m.

     A partir de 1993 chegaram ao mercado Nacional equipamentos de grande porte

    iguais aos utilizados no Exterior, assim passou-se a contar com diâmetros de 1m e

    profundidades de até 25m. Hoje já se tem equipamentos que alcançam um diâmetroMáximo de 1,20m e 29m de profundidade.

    http://www.destacafundacoes.com.br/index.php?menu=servicos-05http://www.destacafundacoes.com.br/index.php?menu=servicos-05http://www.destacafundacoes.com.br/index.php?menu=servicos-05

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    51/105

     

    51

    Vantagens e Desvantagens:

    Vantagens:

     A maior vantagem pela escolha desse sistema de fundação se deve principalmente

    a sua alta produtividade. Com um equipamento em bom estado pode-se perfurar até

    250m de estaca por dia dependendo do diâmetro em solos com SPT’s (Standard

    Penetration Test) até de 45 golpes (exceto rocha e matacões), inclusive com a

    presença de lençol freático.

    Desvantagens:

     As principais desvantagens encontradas são a dificuldade de acesso doequipamento em algumas áreas, já que seu equipamento mede em torno de 30m,

    locais de difícil acesso, já que seu transporte é feito através de caminhões.

    Quando é Utilizada:

     A escolha por esse tipo de fundação não depende somente das características do

    solo, essas estacas são indicadas também por conta do seu baixo custo,cronograma e quando se tem restrições de ruídos sonoros.

    Método Executivo:

    Perfuração:  A perfuração é executada fazendo a Hélice penetrar no terreno,

    aplicando o torque necessário para vencer a resistência do solo.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    52/105

     

    52

    Figura 25 - Trados de diversos diâmetros.

    https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitorada

    Concretagem: Quando a hélice alcança a profundidade definida em projeto, começa

    o processo de retirada do trado, simultaneamente o concreto é bombeado através

    do tubo central, preenchendo o espaço deixado pela hélice que é extraída sem girar

    ou girando lentamente no mesmo sentido que foi feita a perfuração.

    O concreto que geralmente é utilizado é de fck de 20 Mpa com slump 22+/-3 cm

    (tabela 02), bombeável e composto de pedriscos, o consumo do cimento não inferior

    a 400 Kg/m³. O preenchimento da estaca com o concreto é executada até a cota de

    topo do terreno.

    https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitoradahttps://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitoradahttps://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitorada/trado%20mecanico.JPG?attredirects=0

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    53/105

     

    53

    Tabela 2 - Materiais

    Manual ABEF 2012

    Figura 26 - Concreto usinado acoplado na bomba de injeção.

    Fonte: ArtConstrutora

    https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitoradahttps://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitoradahttps://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitorada

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    54/105

     

    54

    Armadura:

     Após sua concretagem é introduzida a armação da mesma por gravidade, com o

    auxilio de um pilão ou vibrador.

    Figura 27 - Detalhe de armação de estacas utilizadas na obra Allianz Parque (Damasco Penna)

    Fonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    55/105

     

    55

    Figura 28 - Armadura montada de seção de 6,00m

    Fonte: https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitorada

    Equipamento:

    Uma perfuratriz comum para a cravação de hélice no terreno é constituída de um

    guindaste de esteira, contendo uma torre vertical de altura variável de acordo com o

    porte do equipamento, equipada com guias onde corre a mesa de rotação de

    acionamento hidráulico (Figura 29).

    https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitoradahttps://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitoradahttps://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitorada

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    56/105

     

    56

    Figura 29 - Perfuratriz

    http://www.meksol.com.br/servicos/

    http://www.meksol.com.br/servicos/http://www.meksol.com.br/servicos/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    57/105

     

    57

    Valores

    Tabela 3 - Valores Estaca Hélice

    DESCRIÇÃO CARGA UNIDADE SOLO

    Ø 250 mm 25 tf m R$ 25,00

    Ø 300 mm 35 tf m R$ 30,00

    Ø 350 mm 48 tf m R$ 35,00

    Ø 400 mm 63 tf m R$ 40,00

    Ø 500 mm 98 tf m R$ 50,00

    Ø 600 mm 141 tf m R$ 60,00

    Taxa de

    mobilização,

    por

    equipamento.

    - Verba R$

    25.000,00

    Fonte: Geosonda (2013)

    Estacas Raiz

    Histórico

    O desenvolvimento e a utilização da estaca raiz tiveram inicio na década de 50 na

    Itália, quando o professor Fernando Lizzi requereu as primeiras patentes com a

    denominação de “Pali Radice”. 

    Essa técnica, que originalmente foi desenvolvida para a execução de reforços de

    fundações e a melhoria de solos, foi apresentada para a Sociedade Internacional em

    1970 no 10º Congresso de Geotecnia, realizado na cidade de Bari na Itália. Desde

    então com as patentes já expiradas diversas empresas começaram a

    comercialização de estacas similares, inicialmente denominadas como micro

    estacas, por terem diâmetros de no máximo 20 cm.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    58/105

     

    58

    Inicialmente eram utilizadas apenas para reforço de fundações, hoje já é comum

    essas estacas como elemento principal de fundação, com diâmetros variando de 15

    a 50 centímetros. A estaca raiz também é solução quando a obra apresenta algumas

    dificuldades, como em espaços reduzidos, obra em que não se pode ter ruídos ou

    vibrações, pontes, perfuração de solos com matacões e rochas, podendo ser

    executadas na vertical ou inclinadas.

    Conceito

     A estaca é executada “in loco” e armada ao longo de toda sua extensão, o que lhe

    proporciona elevada tensão de trabalho ao longo do fuste. É injetada comargamassa de cimento e areia, e logo após recebe golpes de ar comprimido. Devido

    ao processo executivo é possível atingir se grandes comprimentos e também capaz

    de atravessar solos de alta resistência a penetração.

     A estaca raiz pode ser executada na vertical ou inclinada, mediante rotação ou

    rotopecursão com circulação de água ou ar comprimido. Terminada a perfuração

    com o furo totalmente revestido é introduzida a armadura necessária e dá-seandamento ao processo executivo realizando a injeção de argamassa. A injeção é

    submersa, realizada de baixo para cima.

    Tabela 4 - Tabela de diâmetros e suas respectivas cargas

    fonte: http://www.geosonda.com.br/raiz.php#tabela

    Equipamentos

      Perfuratriz - (Fig. 30)

      Bomba de injeção - (Fig. 31)

      Revestimento metálico e haste de perfuração - (Fig. 32)

      Tubo de injeção

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    59/105

     

    59

      Misturador de argamassa;

      Tanque de água;

    Figura 30 - Perfuratriz hidráulica

    Fonte: http://www.rocafundacoes.com.br/servicos/estaca-raiz

    Figura 31 - Bomba de injeção de argamassa com misturador acoplado

    Fonte: http://assuntoscruzados.blogspot.com.br/2012/04/estaca-raiz.html

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    60/105

     

    60

    Figura 32 - Revestimento e hastes de perfuração

    Fonte: http://www.technomine.com.br

    Materiais.

    Utiliza-se os seguintes materiais para a execução : cimento e areia para as injeções;

    aços CA-50 e CA-25, armadas em gaiolas, travadas e soldadas, de acordo com o

    respectivo projeto.

    Tabela 5 - Materiais

    Manual ABEF 2012

    http://www.technomine.com.br/http://www.technomine.com.br/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    61/105

     

    61

    Tabela 6 - Estimativa de consumo de materiais por metro linear

    http://www.rocafundacoes.com.br/servicos/estaca-raiz

    De acordo com a apresentação do Engenheiro Eliezer Laister realizada no Concrete

    Show sobre consumo de argamassa:

      Se aplicarmos as relações A/C para a quantidade de água utilizada

    em cada argamassa, levando em consideração uma fluidez mínima de 90mm

    de diâmetro aos 30min medido através do ensaio mini-slump, tem-se:

       Argamassas coletadas em obra (436 e 522 L/m³):

    - A/C = 0,5 = consumo de cimento de ordem de 872 kg/m³ e 1044 kg/m³;

    - A/C = 0,6 = consumo de cimento de ordem de 726 kg/m³ e 870 kg/m³

      Grouts (263 a 281 L/m³)

    - A/C = 0,5 = consumo de cimento de ordem de 526 kg/m³ e 542 kg/m³;

    - A/C = 0,6 = consumo de cimento de ordem de 438 kg/m³ e 451 kg/m³

      Isso mostra que para manter a relação A/C e a fluidez com

    consumo de cimento na ordem de 600 kg/m³ é necessário fazer uso de

    aditivos redutores de água.

    http://www.rocafundacoes.com.br/servicos/estaca-raizhttp://www.rocafundacoes.com.br/servicos/estaca-raiz

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    62/105

     

    62

      No caso de obras, onde não é possível o controle granulométrico da

    mistura, utilização de aditivos e filler, o consumo de cimento mínimo de 600

    kg/m³ é um bom agente para garantir a baixa permeabilidade e tolerar as

    variações do processo: garantia de durabilidade e resistência.

      O consumo 600 kg/m³ promove uma menor relação A/C e

     proporciona finos para que não ocorra segregação.

      É necessário definir a faixa de consistência para o bombeamento

     juntamente com o desempenho de absorção capilar, o que pode promover

    argamassas mais econômicas e duráveis, flexibilizando o consumo de

    cimento em função do desempenho tanto no estado fresco (evitando

    segregação) como também no endurecido (limitando a absorção capilar) 

    Método executivo

    Perfuração

    É realizada por meio de uma perfuratriz rotativa ou roto-percussiva (Figura 33), ondea perfuração é integralmente revestida por tubos metálicos, sendo o primeiro tubo

    uma coroa ligeiramente mais larga que o diâmetro externo da tubulação. São

    adicionados em segmentos conforme o avanço da escavação.

    O processo utiliza a circulação de água, proporcionada por bombas de alta vazão e

    pressão. O fluxo d’água é descendente no interior do revestimento e ascende

    através do espaço criado entre a tubulação e a parede do solo, esse ligeiramentemaior que o diâmetro real da estaca, desmontando e transportando o solo escavado

    na direção do fluxo.

    Quando a estaca deve ser ancorada no topo rochoso do terreno ou atravessar

    matacões, ela é revestida com tubo metálico até a superfície impenetrável e em

    seguida entra em ação o martelo de fundo, que é acionado por ar comprimido.

    Em se tratando de matacões, ao serem atravessados, a perfuração continua com oauxílio de uma composição de tubos metálicos com diâmetros inferiores ao inicial.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    63/105

     

    63

    Figura 33 - Processo de perfuração da estaca raiz (pé direito= 4,5m).

    Fonte – Obra Allianz Parque

    De acordo com o Manual de Especificações de Produtos e Procedimentos da ABEF

    (2012) nos procedimentos executivos e verificações no tocante às estacas raiz, cita:

    Em solo:

    a)Realizar a perfuração do solo por meio da perfuratriz rotativa ou roto-percursiva

    com a descida do tubo de revestimento; caso o tubo de revestimento encontredificuldades para seu avanço, em razão da ocorrência de solos muito duros ou ainda

     plásticos, devem ser empregados brocas de três asas ou tricone para execução do

     pré-furo ou ainda para a limpeza do interior do revestimento;

    b)Descer o tubo de revestimento, com auxilio de circulação de água (ou ar

    comprimido)injetada no seu interior, até a profundidade prevista em projeto;

    c)Medir a profundidade da perfuração, utilizando-se a composição de tubos de

    injeção, introduzindo-a no interior do tubo de revestimento, até a cota de fundo da

     perfuração; e

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    64/105

     

    64

    d)Confrontar esta medida com aquela resultante da soma dos comprimentos dos

    segmentos de tubo de revestimento empregados, sendo que esta medida deve ser

    no mínimo igual à de projeto e quando existir diferença entre as somas dos

    segmentos de revestimento introduzidos no solo e a profundidade medida, deve

    constar, no boletim da estaca correspondente (anexo xx), a justificativa do processo

    decisório adotado para estes casos.

    Em solo e rocha:

    a) Repetir os procedimento a,b,c,d constantes no item acima  até atingir-se o

    matacão ou o topo rochoso;

    b1) Usar sapata ou coroa diamantada, acoplada ao barrilete amostrador, interno à

    composição de tubos de revestimento, de maneira a retirar-se o testemunho da

    rocha (procedimento igual ao da sondagem rotativa);

    b2) Alternativamente podem ser utilizados martelos pneumáticos ou hidráulicos,

    sendo que todos os martelos perfuram por sistema roto-percussivo, e trabalham

    interiormente ao tubo de revestimento.

    Em ambos os casos, b1 e b2, a perfuração deve prosseguir até a cota de fundo

     prevista em projeto.

    Montagem e colocação da armadura

     A armadura é montada em forma de gaiola com estribos helicoidais, sendo previstaa armadura longitudinal em CA-50A e os estribos podendo ser em CA-25. O

    diâmetro externo da armadura deve ser definido de forma a garantir um cobrimento

    mínimo de 20 mm até a parede interna do revestimento. Através de uma composição

    de lavagem, que ao fundo da perfuração, é executada a limpeza interna do tubo de

    revestimento, descendo e lavando até o fundo da estaca. A limpeza é dada por

    concluída quando a água que estiver retornando não apresentar traços do material

    escavado. Após desce se a armadura, emendando as barras quando necessário e

    respeitando o traspasse, até ser apoiada no fundo da perfuração.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    65/105

     

    65

    Injeção

     A central de injeção é munida de misturador de alta turbulencia, para preparo da

    argamassa de areia e cimento, bombas tipo rotor/estator, ou mais casualmente

    através de bombas de pistão, que são utilizadas para lançar a argamassa da central

    de injeção até o local da perfuração.

    De acordo com o Manual de Especificações de Produtos e Procedimentos da ABEF

    (2012) nos procedimentos executivos e verificações no tocante às estacas raiz, cita:

    a) lançar a argamassa de cimento por meio de bomba injetora, através dacomposição de injeção, posicionando o tubo de injeção de argamassa no fundo do

    furo;

    b) proceder a injeção de baixo para cima até a expulsão de toda água de circulação

    contida no interior do tubo de revestimento;

    c) interromper a injeção apenas quando a argamassa emergente sair limpa semsinais de contaminação de lama ou detritos. 

    Retirada do rev estim ento e aplicação do ar c om prim ido

    Logo após a injeção é iniciada a extração do revestimento, que pode ser realizada

    por um conjunto extrator hidráulico, apoiado diretamente no terreno, ou como é mais

    casual hoje em dia, pela própria perfuratriz. No decorrer da retirada dos tubos, sãoaplicados golpes de ar comprimido através de uma cabeça apropriada rosqueada no

    topo da composição dos revestimentos, garantindo assim a integridade do fuste.

    Devido à retirada dos tubos e as aplicações de ar comprimido o nível de argamassa

    tende a baixar, devendo ser completado ate o nível inicial (Figura 35).

    O manual da ABEF (2012) nos procedimentos executivos e verificações no toante às

    estacas raiz cita:

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    66/105

     

    66

    a) iniciar a extração do revestimento por ação coaxial ao eixo da estaca,

    complementando-se o volume de argamassa por gravidade, sempre que houver

    abatimento da mesma no interior do tubo;

    b.1) colocar a cabeça do revestimento a cada 4,00 m ou no mínimo três vezes por

    estaca (ponta inferior, meio e a 2,00 m de profundidade da superfície), de maneira a

     permitir a aplicação de ar comprimido sob pressão moderada (de 0,3Mpa a 0,5

    MPA);

    b.2) no caso de utilização de bomba de injeção de argamassa com pressão mínima

    de trabalho de 0,3 MPa, não há necessidade da aplicação do ar, pois a eventualcomplementação da argamassa na boca do revestimento, será feita colocando-se a

    cabeça do revestimento e injetando argamassa sob pressão.

    c) quando da retirada do revestimento, a armadura não pode se deslocar

    verticalmente para cima;

    d) independente da cota de arrasamento da estaca, o preenchimento comargamassa deve ocorrer até a superfície do terreno.

     A injeção sob pressão consolida o maciço fissurado (caso de rocha fissurada),

    compacta os horizontes fofos, aumenta o diâmetro do fuste e provoca

    irregularidades no mesmo, acarretando um aumento na resistência lateral,

    consequentemente melhorando significativamente a capacidade de carga.

    Prep aro da Cab eça da es taca

    O manual da ABEF (2012) nos procedimentos executivos e verificações no toante às

    estacas raiz cita:

    a) Uma vez que a injeção da estaca raiz obriga seu preenchimento até a superfície

    do terreno, existirá um excesso de argamassa que deve ser demolido, no mínimo um

    dia, após a execução da estaca.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    67/105

     

    67

    b) Quebrar a cabeça da estaca empregando-se marretas e ponteiras, porém

    trabalhando-se com pequena inclinação para cima em relação à horizontal (figura

    34)

    c) Manter a seção resultante do desmonte do concreto, plana e perpendicular ao

    eixo da estaca, sendo que a operação de demolição deve ser executada a modo a

    não danos à mesma.

    d) Embutir o topo da estaca, após o arrasamento, no mínimo 5cm, dentro do bloco, e

    acima do nível do lastro de concreto, cuidando-se para que a armadura, partefundamental da resistência, fique ancorada adequadamente ao bloco de

    coroamento.

    Figura 34 - Limpeza da cabeça da estaca 

    Fonte: Manual ABEF 2012

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    68/105

     

    68

    Figura 35 - Ilustração de seqüência executiva de estaca raiz

    Fonte – Geosonda (2013)

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    69/105

     

    69

    Vantagens / Desvantagens.

      Alta capacidade de carga; 

      Equipamento com acesso fácil; 

      Mínima perturbação; 

      Usam pequenos volumes de materiais; 

      Não provocam vibrações ou choque na execução. 

      Custo elevado; 

      Alto consumo de cimento; 

      Alto consumo de ferragens; 

      Não deve ser usada em locais com camadas muito espessas de

    argilas orgânicas moles submersas, por risco de seccionamento; 

      Obra alagada devido ao alto consumo de água; 

      Desperdício de água; 

      Impacto ambiental. 

    Indicações

    O emprego da estaca raiz é indicado em casos como fundação de obras com

    vizinhanças sensíveis a vibrações ou ruídos excessivos, reforços de fundações e

    terrenos com a presença de matacões e rochas. 

    Isso acontece por que o processo de perfuração do terreno não provoca vibrações,

    além da facilidade que os equipamentos possuem de trabalhar em locais com pé

    direito reduzido por serem de pequeno porte.

    Principais utilizações

    Fundações em locais de difícil acesso ou espaço reduzido:

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    70/105

     

    70

    Em casos que se têm terrenos com encostas íngremes, que tenha uma limitação de

    espaço para o acesso de um equipamento de grande porte, ou até mesmo quando a

    instalação dos bate estacas mais tradicionais fica de difícil execução, utiliza se desse

    tipo de fundação pela sua versatilidade, já que seu equipamento é de pequeno porte

    e é possível executar estacas no ângulo inclinado de 0º à 90º (figura 36)

    Figura 36 - Execução de estaca raiz inclinada

    Fonte: http://www.egbarreto.com.br/site/fundacoes/estaca-raiz/

    Reforços de fundações:

    Esse tipo de estaca é o mais indicado para se fazer reforços em fundações

    existentes uma vez que seu equipamento é capaz de perfurar sapatas e blocos já

    existentes, ela pode ser incorporada a estrutura anterior sem a necessidade de

    execução de novos blocos.

    Fundações em terrenos com antigas fundações:

    Nesse caso o uso de estacas convencionais exige operações com custo elevado e

    de sucesso duvidoso. Com isso o uso da estaca raiz é a melhor solução, sendo que

    o processo executivo permite que a perfuração atravesse qualquer tipo de obstáculo

    (Figura 37).

    http://www.egbarreto.com.br/site/fundacoes/estaca-raiz/http://www.egbarreto.com.br/site/fundacoes/estaca-raiz/http://www.egbarreto.com.br/site/fundacoes/estaca-raiz/

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    71/105

     

    71

    Figura 37 - Projeto de reforço de fundação com estacas raiz

    Fonte: http://www.fundesp.com.br/port/pt_08_m2.htm

    Quando se tem situações adversas em que não é possível a execução de paredes

    diafragma, o reticulado de estacas raiz pode ser usado para substituir e servir como

    estrutura de contenções. Esses métodos além de resistir ao empuxo do terreno

    podem servir também como submuração e reforço de construções próximas ao local,

    ou até mesmo como fundação para pilares da obra em questão.

    Fundações para equipamentos industriais:

     A estaca raiz é a mais utilizada principalmente quando se tem a substituição ou

    acréscimo de um equipamento com novos carregamentos e na estabilização de

    equipamentos que apresentem grandes vibrações. O seu uso em blocos de

    fundação existentes, modifica a inércia e elimina essas vibrações danosas.

    Estaca raiz em rocha:

    Na presença de camadas rochosas, onde se tem a necessidade do embutimento da

    estaca raiz em rocha, é utilizado o sistema de roto-percussão com martelo de fundo

    (down the hole) e bits de vídia na parte interna do tubo de revestimento, com

    diâmetro reduzido na rocha.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    72/105

     

    72

    Hoje se dispõe de equipamentos e ferramentas que permitem uma perfuração em

    rochas com diâmetro de 76mm à 355mm.

    Fundações em locais com restrição de barulho e obras em estado precário:

     Ao se utilizar estaca raiz, a cravação não ira apresentar praticamente nenhum tipo

    de ruído ou vibração do solo, tendo se a vantagem também do furo ser revestido não

    tendo perigo de descompressão do terreno. 

    Valores

    Tabela 7 - Valores Estaca Raiz

    DESCRIÇÃO CARGA UNIDADE SOLO ROCHA

    Ø 100 mm 11 tf m R$ 90,00 R$ 300,00

    Ø 120 mm 16 tf m R$ 110,00 R$ 330,00

    Ø 150 mm 25 tf m R$ 120,00 R$ 380,00

    Ø 160 mm 28 tf m R$ 125,00 R$ 400,00

    Ø 200 mm 44 tf m R$ 140,00 R$ 430,00

    Ø 250 mm 69 tf m R$ 160,00 R$ 450,00

    Ø 310 mm 106 tf m R$ 170,00 R$ 600,00

    Ø 400 mm 176 tf m R$ 220,00 R$ 700,00

    Taxa de

    mobilização,

    por

    equipamento.

    - VB R$ 15.000,00 -

    fonte: http://assuntoscruzados.blogspot.com.br/2012/04/estaca-raiz.html (08-2013)

    http://assuntoscruzados.blogspot.com.br/2012/04/estaca-raiz.htmlhttp://assuntoscruzados.blogspot.com.br/2012/04/estaca-raiz.html

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    73/105

     

    73

    5 ESTUDO DE CASO

    5.1 Localização

     A obra escolhida para ser estudada foi o Allianz Parque (antigo Palestra Itália)

    localizada na Av. Francisco Matarazzo 1705 - Água Branca - SP.

    Figura 38  – Localização da obra Allianz Parque

    (www.allianzparque.com.br)

    Dados da Obra:

     Área de terreno: 90.277,30 m²

     Área a manter: 2.429,48 m²

     Área a demolir: 18.252,61 m²

     Área de reforma: 11.428,49 m²

     Área a construir: 147.921,99 m²

     Área a reconstruir: 4.634,97 m²

     Área total de construção: 166.414,93 m²

    Data da obra: Outubro/2010 à 1º Trimestre 2014

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    74/105

     

    74

    O Allianz Parque tem um investimento em torno de R$ 350 milhões. Considerado

    como a Arena multiuso mais moderna da América Latina o empreendimento leva em

    consideração todos os padrões exigidos pela FIFA. Sendo assim é credenciado para

    receber torneios esportivos de relevância internacional. O empreendimento contará

    com 166 camarotes, lanchonetes, lojas, restaurante com visão panorâmica, auditório

    modular para até 2 mil pessoas e acomodará 45 mil espectadores em local coberto e

    em dias de shows até 55 mil.

    Hoje no Brasil não se tem nada parecido com esse projeto e em nível mundial uma

     Arena que se assemelha ao Allianz Parque é a Amsterdam Arena.

    5.2 Coleta de Dados de Campo

    - Sondagem da área

     A sondagem e todo o projeto de fundação da Arena foram realizados pelo escritório

    Damasco Penna Engenharia Geotécnica.

    De acordo com a Norma de Fundações ABNT (NBR - 6122), as sondagens de

    reconhecimento a percussão são consideradas indispensáveis, entretanto em certas

    situações podem ser convenientes ensaios Geotécnicos complementares como o

    CPT (Cone Penetration Test), DMZ (Flat Plante Dilatometer Test), PMT (Prebored

    Pressuremeter Test) e VST (Vane Shear Test).

    Todas as perfurações foram executadas de acordo com a norma ABNT (NBR  – 6484) e a descrição das amostras coletadas seguiu o estabelecido pela norma ABNT

    (NBR – 7250)

    Para verificar o tipo de solo existente no local foram necessários 41 pontos de

    sondagem SPT, somando 983,15m perfurados.

    No estudo do tipo de solo foram encontradas camadas de diversos tipos, como

    aterro, argila siltosa, areia, silte micáceo, entre outros.

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    75/105

     

    75

    Figura 39  – Locação das sondagens

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    76/105

     

    76

    Figura 40  – Resultado das sondagens

    Fonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    77/105

     

    77

    Figura 41  – Perfil da sondagem SP-10

    Fonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    78/105

     

    78

    Figura 42  – Perfil da sondagem SP-32

    Fonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    79/105

     

    79

    Figura 43  – Perfil da sondagem SP-38

    Fonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    80/105

     

    80

    5.3 Projetos

     A partir dos resultados da Sondagem, foi determinada que o melhor tipo de fundação

    a ser executada nas áreas era a Estaca Hélice Continua com uma média de 20m de

    profundidade. Esse tipo de estaca seria a ideal para sustentar toda a carga que seria

    solicitada pelo empreendimento e pela obra se localizar num bairro residencial a

    escolha por esse equipamento também se deu devido ao baixo ruído emitido

    durante a execução do serviço.

     As estacas Hélice Continua da Arena tiveram início em 15/07/2011 (figura 44 e 45) e

    por conta de diversos fatores como alteração do projeto, liberação de frentes e

    problemas com equipamentos só foi concluída em Junho de 2013.

    Figura 44 –

     Execução da estaca héliceFonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    81/105

     

    81

    Figura 45  – Primeira estaca Hélice Continua executada na obra.

    Fonte: Obra Allianz Parque

    Com o processo de perfuração com estaca Hélice Contínua iniciado, ainda existia

    uma área onde não se sabia qual o tipo de fundação seria adotado (figura 46), área

    esta conhecido como Ferradura (em projeto entre Eixos 23 – 43) vide anexa.

    Figura 46 –

     Área da ferraduraFonte: Obra Allianz Parque

  • 8/17/2019 Modelo Tcc Anhembi

    82/105

     

    82

    Por conta dessa indefinição, os primeiros projetos executivos não apresentavam

    nenhum tipo de fundação para a área (Anexo B), problema que só começou a ter

    solução a partir da revisão 17 do projeto (Anexo C) que saiu na data de 09/04/2012.

    Por se tratar de uma reforma, seria necessário preservar toda essa área

    (aproximadamente 2.429,48 m²) e a grande questão passou a ser como realizar uma

    estrutura por cima da existente, para que o Estádio ficasse uniforme e assim como

    seria feita a sustentação da carga do novo projeto, carga essa que somaria o peso

    da antiga estrutura com a atual, levando em conta toda a restrição de acesso e de

    espaço físico para o trabalho de uma perfuratriz.

    Com base nas cargas definidas pelo Projetista da Estrutura e as restrições passadas

    pela topografia, o escritório responsável pelo projeto de Fundações pode trabalhar

    com os dados para definir o tipo de fundação que seria adotada no local, assim

    sendo adotada a Estaca Raiz como o método mais funcional.

    Com o tipo de estaca definidos, atendendo as cargas solicitadas pelo Calculista foi

    realizado o primeiro projeto onde se incluía as Estacas Raiz no trecho da ferradura,projeto esse que sofreu diversas alterações devido a interferências de pilares,

    locação incorreta, aumento de cargas e inviabilidade de execução,

    consequentemente o projeto foi finalizado apenas na revisão 31 (Anexo 4).

    Devido a diversos impedimentos tanto de restrição de espaço, aproveitamento de

    pilares da estrutura existente, interferências, prumo da estrutura as maiores

    alterações do projeto foram os de relocar as estacas, aumento da quantidade,alteração do diâmetro e revisões dos projetos de arquitetura