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MÓDULO 3 – Composição e competências dos órgãos do sistema de segurança escolar
Apresentação do Módulo
Neste módulo você conhecerá a composição e as competências dos diversos órgãos do
sistema de segurança escolar.
O módulo foi estruturado para possibilitar que você seja capaz não somente de identificar o
papel de cada órgão componente da rede de proteção escolar com suas características e
peculiaridades, como também de saber a quem e como encaminhar as ocorrências que possam
acontecer no ambiente escolar.
Objetivos do Módulo
Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de:
Listar a composição e as competências dos diversos órgãos que compõem o sistema de
segurança escolar;
Identificar o papel de cada órgão componente da rede de proteção escolar;
Saber a quem e como encaminhar as ocorrências que possam sobrevir no ambiente
escolar;
Ser um profissional de segurança pública consciente das ações corretas que devam ser
adotadas nos casos de ocorrência dentro do ambiente escolar.
Estrutura do Módulo
Este módulo está organizado da seguinte forma:
Aula 1 – A Polícia Militar/Batalhão Escolar
Aula 2 – Bombeiro militar
Aula 3 – Guarda Municipal
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Aula 4 – Vara da Infância e da Juventude (VIJ)
Aula 5 – Ministério Público
Aula 6 – Polícia Civil
Aula 7 – Conselho Tutelar
Aula 8 – Conselhos de Segurança Escolar
Aula 1 – A Polícia Militar/Batalhão Escolar
Estabelece o parágrafo 5º do artigo 144 da CF/88 que às polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública.
Não se pode desconsiderar o fato de as polícias militares terem missão dupla: uma de
interesse da segurança dos cidadãos nos seus respectivos estados e outra de interesse da
União, dado que não pode ser ignorado quando da análise
do sistema policial estadual (Silva, 2008).
Fonte da imagem: Po liciamento Comunitário Escolar – EAD –
Ministério da Justiça/2011
As polícias militares e os corpos de bombeiros militares são forças auxiliares e reserva do
Exército, e, juntamente com as polícias civis, por imperativo constitucional, artigo 144, § 6º,
subordinam-se aos governadores dos estados e do Distrito Federal (DF).
No DF, esses três órgãos da segurança pública são organizados e mantidos pela União,
conforme artigo 21, XIV da CF/88. Nos demais entes da federação, tal tarefa compete aos
respectivos estados.
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O policiamento comunitário escolar, portanto, insere-se no conjunto de ações realizadas pela
Polícia Militar com o fim de cumprir sua competência constitucional.
No tocante à preservação da ordem pública, às polícias militares não só cabe o exercício da
polícia ostensiva, mas também a competência residual de exercício de toda a atividade
policial de segurança pública não atribuída aos demais órgãos.
Sobre o tema, assim se posiciona Lazzarini (1999, p.61):
Competência residual – no caso de falência operacional dos demais órgãos policiais,
a exemplo de suas greves e outras causas que os tornem inoperantes ou ainda
incapazes de dar conta de suas atribuições, caberá à Polícia Militar ag ir.
Nessa ótica caberá aos policiais do policiamento comunitário escolar realizar as missões, no
âmbito do perímetro escolar, dos demais órgãos policiais, caso ocorram situações que os
tornem incapazes de cumprir com suas atribuições.
Você já estudou no módulo 2 que o policiamento comunitário escolar é o processo de
policiamento que trabalha em cooperação preventiva com a comunidade escolar para
identificar, priorizar e resolver os problemas existentes. Essa parceria busca melhorar a
qualidade de vida da comunidade escolar, proporcionando a integração dos educadores,
educandos, policiais militares e demais profissionais com o intuito de melhorar a segurança e
a educação desenvolvidas nas escolas.
O objetivo do policiamento comunitário escolar é prevenir a violência escolar e a prática do
ato infracional que possa ser cometido por crianças e/ou adolescentes. A comunidade escolar
deve ser estimulada a colaborar com o policial militar; em contrapartida, este tem que dar
crédito às informações recebidas.
No Distrito Federal, o mister do policiamento comunitário escolar coube, por determinação
legal, ao Batalhão Escolar da PMDF, que surgiu da necessidade de se oferecer maior
tranquilidade e segurança à comunidade escolar. A ideia de um policiamento exclusivo para
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as escolas surgiu de uma reunião com membros da Fundação Educacional do Distrito Federal,
atual Secretaria de Educação do DF, em setembro de 1988. Já nesse período, a PMDF
começou a formar policiais militares voltados para esse fim, objetivando a implantação do
policiamento escolar. Em novembro do mesmo ano, por meio do Decreto nº 11.958, foi criado
o Batalhão Escolar.
Investigando a realidade
No seu estado há um batalhão escolar?
A quem cabe a tarefa da segurança da comunidade escolar?
Aula 2 - Bombeiro militar
2.1. Bombeiro militar e a orientação sobre prevenção e combate a incêndio nas escolas
A atividade-fim dos corpos de bombeiros militares é a de prevenção e combate a incêndios,
busca e salvamento e defesa civil, prevista no art. 144, § 5º da
CF/88. Diz respeito à tranquilidade pública e à salubridade
pública, ambas integrantes do conceito da ordem pública.
Você estudará a seguir os trabalhos desenvolvidos pelo Corpo
de Bombeiros na orientação à prevenção e ao combate a
incêndio nas escolas.
O trabalho de prevenção contra incêndio é o melhor caminho
para promover uma edificação segura. O controle da quantidade de material combustível
armazenado, tais como papéis, materiais de madeira e objetos inflamáveis guardados em
almoxarifados e depósitos, é de suma importância. Atenção especial deve ser dispensada para
as fontes de calor e o manuseio de gás GLP na cozinha (www.fde.sp.gov.br).
2.2. Medidas de proteção passiva
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As medidas de proteção passiva são aquelas incorporadas, desde a etapa de projeto, ao
sistema construtivo que reagem ao desenvolvimento do incêndio, de modo a não contribuírem
com o seu crescimento e propagação. Desse modo, facilitam tanto a fuga dos usuários do
edifício quanto permitem o ingresso de pessoal treinado para as operações de combate e
resgate.
2.3. Medidas de proteção ativa
Medidas de proteção ativa são aquelas que entram em ação quando acionadas
automaticamente e/ou manualmente. A essas estão vinculadas as provisões dos seguintes
equipamentos e sistemas:
a. Equipamentos portáteis (extintores)
b. Sistema de hidrantes e mangotinhos
c. Sistema de detecção e alarme
d. Sistema de iluminação de emergência
e. Sinalização de emergência
Medidas de proteção ativa no combate a incêndio
Indicação de pavimento
Sistema de hidrantes e mangotinhos
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Fonte: Manual de orientação à prevenção e ao combate a incêndio nas escolas. Disponível em:
www.fde.sp.gov.br
Importante!
Diante de quaisquer indícios de incêndio, as medidas preventivas devem ser adotadas e o
Corpo de Bombeiros deve ser acionado imediatamente, por meio do telefone 193.
Aula 3 – Guardas municipais
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O § 8º da CF/88 estabelece que os municípios
poderão constituir guardas municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei. Embora esse preceito não
confira às guardas municipais atribuições policiais,
elas poderão constituir importante instrumento de
integração comunitária, pois estão voltadas à garantia
de interesses especificamente municipais. Insere-se
nesse mister a proteção dos prédios das escolas
municipais que sofrem com atos de vandalismo (CEPAM, 1990), as quais favorecem, como já
estudado no texto “janelas quebradas” no módulo I, a violência.
Fonte: http://www.amparo.s p.gov.br
Ao escrever O município na Constituição de 1988, (SILVA, 1990, p.11) reafirma que:
“Enfim, os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser em lei. É mera faculdade. Não serão obrigados
a criar e manter tais guardas (...). Não é, portanto, polícia de segurança pública, mas guarda de
bens, serviços e instalações municipais”.
Importante!
Vale ressaltar que há Propostas de Emenda à Constituição que pretendem alterar o § 8º do
artigo 144 da CF/88 para ampliar as competências das guardas municipais, possibilitando que
realizem policiamento ostensivo mediante convênio firmado com o estado-membro. (PEC 534
e PEC 537, ambas de 2002).
Sobre a utilização da guarda municipal, assim se manifesta Lazzarini (1999, p.121):
Vê-se, de plano, que as guardas municipais, sem extrapolar a determinação
constitucional, podem ser úteis à coletividade, protegendo as escolas , os hospitais,
pronto-socorros, centros de saúde, parques, creches, centros educacionais, mercados,
monumentos, prédios públicos em geral, cemitérios, enfim toda a infraestrutura
municipal que vem sendo atacada diuturnamente por atos de vandalismo (grifo do
conteudista).
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Aula 4 – Vara da Infância e da Juventude (VIJ)
Vara especializada e exclusiva da infância e da juventude, pertencente ao Poder Judiciário,
que, por sua vez, estabelece a sua proporcionalidade por número de habitantes, as dota de
infraestrutura e dispõe sobre o seu atendimento, inclusive em plantões (ECA, art.145).
Cabe ao juiz da VIJ aplicar ao adolescente as medidas socioeducativas e as restritivas de
liberdade referentes às representações de apuração de ato infracional, dos pedidos de adoção,
das irregularidades em entidades de atendimento, das infrações administrativas previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente ou dos casos encaminhados pelo Conselho Tutelar.
Cabe ainda à VIJ a designação de comissários voluntários, conhecimento dos pedidos de
guarda e tutela, destituição do pátrio poder e questões de adoção, entre outras, inclusive a
fiscalização da execução das medidas socioeducativas.
Nas ações de policiamento comunitário escolar, essa instituição pode auxiliar nas diversas
operações realizadas no ambiente escolar, além de ter atuações específicas nas resoluções de
problemas envolvendo alunos.
Aula 5 – Ministério Público
Nossa Carta Magna estabelece que o Ministério Público (MP) é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127 CF/88).
O MP abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados.
O MP da União compreende (Art. 128 CF/88):
a) o Ministério Público Federal
b) o Ministério Público do Trabalho
c) o Ministério Público Militar
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
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O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato
de dois anos, permitida a recondução. Já os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
Federal e Territórios têm por chefe o Procurador-Geral Estadual, que será nomeado pelo chefe
do poder executivo para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Fato interessante é
que no DF o chefe do MP está ligado ao Procurador-Geral e a sua nomeação será feita pelo
Presidente da República, já que quem organiza e mantém o Poder Judiciário, o Ministério
Público e a Defensoria Pública no DF é a União.
Em relação à criança e adolescente, a Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente),
em seu artigo 201, estabelece uma série de competências ao Ministério Público. Algumas
delas são:
Promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atribuídas a
adolescentes.
Promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos
interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à
adolescência.
Instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a
instauração de inquérito policial, para apuração de ilícitos ou infrações às
normas de proteção à infância e à juventude.
Zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às
crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais
cabíveis.
Inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os
programas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas
administrativas ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades
porventura verificadas.
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Requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos,
hospitalares, educacionais e de assistência social, públicos ou privados, para
o desempenho de suas atribuições.
O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todo
local onde se encontre criança ou adolescente.
Importante!
Em todas as ações envolvendo crianças e adolescentes, esse órgão estatal necessita participar
de todas as fases.
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Aula 6 – A Polícia Civil (PC)
Estabelece nossa Constituição que às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a
apuração de infrações penais, exceto as militares (§ 4º, art. 144, CF/88).
Os principais órgãos da PC especializados no atendimento à criança e adolescente são a
Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente (DPCA). Veja, a seguir, cada uma delas.
Delegacia da Criança e do Ado lescente (DCA)
Tem como obje t ivo a operac iona lização do ECA, no que d iz respe ito à p r ior idade
de atend imento e agilização dos encaminhamentos. Atuará nas a t ividades de
políc ia jud ic iár ia e de inves t igação, a través de proced imentos espec ia is re ferentes
às infrações atr ibuídas a ado lescentes e às oco rrênc ias envo lvendo cr ianças,
promovendo– lhes o auxil io e o encaminhamento p revis to na legis lação própr ia,
poss ib ilitando também a e fet iva parcer ia entre o s órgãos e ent idades ligadas ao
atend imento de cr ianças e ado lescentes, para a so lução adeq uada dos prob lemas
ocorrentes.
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
Tem a competênc ia pa ra fisca liza r, invest igar e ins taura r inquér ito e
proced imentos po lic ia is nos casos de infração pena l pra t icada contra cr iança e
ado lescentes. Isso s ignif ica que a DPCA é responsáve l por cr imes em que as
cr ianças e ado lescentes são as vítimas , e não autores do delito.
Nas ocorrências envolvendo crianças e adolescentes, os policiais do policiamento comunitário
escolar conduzem o caso, quando este requer, para esses órgãos especializados, nos estados
onde eles existam, ou órgão similar nos demais estados
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Aula 7 – Conselho Tutelar (CT)
É um órgão público, permanente, não jurisdicional e autônomo, que atua na esfera
distrital/municipal, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente. Não pode ser dissolvido pelo governador/prefeito e nem sofrer qualquer
interferência em relação ao modo de cumprimento de suas atribuições e na oportunidade e
conveniência da aplicação de suas medidas de proteção (ECA, arts. 131 a 140).
As competências do CT estão estatuídas nos art. 136 do ECA. O Conselho Tutelar atua em
duas frentes de ação igualmente importantes: uma preventiva, fiscalizando entidades,
mobilizando sua comunidade para o exercício de direitos assegurados a todo cidadão e
cobrando as responsabilidades dos devedores do atendimento de direitos à criança e ao
adolescente e à sua família; outra repressiva, agindo diante da violação consumada,
defendendo e garantindo a proteção especial preconizada pelo ECA. Suas atribuições1 estão
centradas em vários artigos do ECA.
Saiba mais...
Saiba mais sobre os conselhos tutelares lendo as Perguntas e Respostas que constam dos
Subsídios para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (www.oab.cs.org.br).
Aula 8 – Os Conselhos Comunitários de Segurança Escolar
Sob o prisma constitucional de que a segurança pública é dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, e é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio (art.144 da CF/88), há possibilidade de serem
criados vários CONSEGs. Nesta aula você estudará somente o Conselho Comunitário de
Segurança Escolar. A referência será o do DF, mas seus princípios podem ser aplicados em
qualquer parte do território nacional.
1 Acessar Atribuições do Conselho Tutelar em Anexos
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Observação
Os Conselhos de Segurança (no Distrito Federal) são entidades comunitárias privadas de
cooperação voluntária com a política de segurança pública e defesa social, constituídas por
pessoas de uma mesma comunidade que se reúnem com autoridades públicas para discutir,
analisar, planejar, avaliar e acompanhar a solução de seus problemas de proteção social, bem
como estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais.
Constituem canal privilegiado para o direcionamento dessas ações, mediante parceria do
governo com a comunidade na consecução do objetivo comum, que é o bem-estar de todos
(www.ssp.df.gov.br).
8.1. Os Conselhos Comunitários de Segurança Escolar
Os Conselhos Comunitários de Segurança Escolar são entidades privadas, autônomas,
constituídas por representantes da escola, membros governamentais e da sociedade para
discutir, analisar e avaliar os problemas da comunidade escolar, fornecendo subsídios para
aperfeiçoar a atuação dos órgãos que compõem o sistema de segurança pública. No DF, o
CONSEG Escolar está instituído por meio do Decreto nº 28.495, de 04 de dezembro de 2007.
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8.2. Finalidade dos CONSEGs
Constituir canal privilegiado pelo qual a Secretaria de Estado de Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS) – em alguns estados, Secretaria de Segurança Pública (SSP) –
obterá subsídios da sociedade para otimizar a atuação dos órgãos de segurança pública e
defesa social em benefício do cidadão e da comunidade.
Congregar as lideranças comunitárias afins, conjuntamente com as autoridades locais,
no sentido de planejar ações integradas de segurança que resultem na melhoria da
qualidade de vida da comunidade e na valorização dos integrantes do sistema de
segurança pública e defesa social.
Auxiliar as autoridades na definição e execução de ações prioritárias de segurança
pública e de defesa social.
Mobilizar a comunidade, visando à solução de problemas que possam trazer
implicações à segurança pública e à defesa social.
Estimular o desenvolvimento de valores cívicos e comunitários.
Sugerir programas motivacionais, visando maior produtividade dos agentes de
segurança pública e defesa social da área, reforçando sua autoestima e contribuindo para
reduzir os índices de criminalidade.
Incentivar a integração e a interação entre a comunidade, as lideranças comunitárias
afins e as instituições de segurança pública e defesa social.
Promover palestras, conferências, fóruns de debates, campanhas educativas e outros
empreendimentos culturais que orientem a comunidade na percepção de riscos à sua
segurança.
Realizar estudos e pesquisas com o fim de proporcionar o aumento da segurança na
comunidade e maior eficiência dos órgãos integrantes da segurança pública e defesa
social, inclusive mediante convênios ou parcerias com instituições públicas e privadas.
Encaminhar às autoridades competentes, por intermédio da Subsecretaria de Programas
Comunitários (SUPROC/SSPDS), propostas ou subsídios para elaboração legislativa em
prol da segurança e defesa social da comunidade.
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Levar ao conhecimento das autoridades públicas as reivindicações e queixas da
comunidade.
São membros colaboradores dos Conselhos Comunitários de Segurança Escolar
(CONSEG/Escolar), previamente neles cadastrados, os representantes legais (art. 41 do
Decreto nº 28.495/2007):
- das escolas públicas estabelecidas na Região Administrativa;
- dos estabelecimentos particulares de ensino fundamental e médio estabelecidos na
Região Administrativa;
- das entidades sindicais ou associações de professores e de servidores ou trabalhadores
em educação;
- das associações ou grêmios estudantis;
- das associações e órgãos de qualquer natureza, vinculados ao ensino e sediados na
Região Administrativa;
- do Batalhão de Policiamento Escolar.
Finalizando...
Neste módulo você estudou que:
À Polícia Militar, por meio do Batalhão Escolar, cabe a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública no ambiente escolar. Que a PM, o CBM são forças
auxiliares e reserva do Exército, e juntamente com a PC, por imperativo constitucional,
subordinam-se aos governadores dos estados e do Distrito Federal;
No tocante à preservação da ordem pública, às polícias militares não só cabe o exercício
da polícia ostensiva, mas também a competência residual de exercício de toda a
atividade policial de segurança pública não atribuída aos demais órgãos;
O objetivo do policiamento comunitário escolar é prevenir a violência escolar e a
prática do ato infracional que possa ser cometido por crianças e/ou ado lescentes. Esse
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policiamento é realizado por meio de vários processos: à pé, motorizado, de bicicleta e
montado;
A atividade-fim dos corpos de bombeiros militares é a de prevenção e combate a
incêndios, busca e salvamento e defesa civil. Diz respeito à tranquilidade pública e à
salubridade pública, ambas integrantes do conceito da ordem pública ;
Guardas municipais são destinadas à proteção dos bens, serviços e instalações, dos
municípios conforme dispuser a lei. Embora a CF/88 não confira às guardas municipais
atribuições policiais, elas poderão constituir importante instrumento de integração
comunitária. Insere-se no mister das guardas: a proteção dos prédios das escolas
municipais que sofrem com atos de vandalismo que favorecem a violência;
Nossa Carta Magna estabelece que o Ministério Público é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O MP
abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados;
Às polícias civis incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Os principais órgãos da
PC especializados no atendimento à criança e adolescente são a Delegacia da Criança e
do Adolescente (DCA) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA);
O Conselho Tutelar é um órgão público, permanente, não jurisdicional e autônomo que
atua na esfera distrital/municipal, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos
da criança e do adolescente. O Conselho Tutelar atua em duas frentes de ação,
igualmente importantes: uma preventiva e outra repressiva;
Os Conselhos Comunitários de Segurança Escolar são entidades privadas autônomas,
constituídas por representantes da escola, membros governamentais e da sociedade para
discutir, analisar e avaliar os problemas da comunidade escolar, fornecendo subsídios
para aperfeiçoar a atuação dos órgãos que compõem o sistema de segurança pública.
Uma das finalidades do CONSEG Escolar é constituir canal privilegiado pelo qual a
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) – em alguns
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estados Secretaria de Segurança Pública (SSP) – obterá subsídios da sociedade para
otimizar a atuação dos órgãos de segurança pública e defesa social em benefício do
cidadão e da comunidade escolar.
Exercícios
1. Analise as alternativas abaixo e assinale aquela em que o órgão informado não é
representante do sistema de segurança escolar.
A ( ) Conselho Tutelar
B ( ) Polícia Civil
C ( ) Conselho de Segurança Escolar
D ( ) Ministério Público
E ( ) Conselho de Medicina
F ( ) Nenhuma das respostas anteriores
2. Marque a alternativa correta. Órgão do sistema de segurança escolar que tem por missão
constitucional a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
A ( ) Corpo de Bombeiros Militares
B ( ) Polícia Civil
C ( ) Polícia Federal
D ( ) Delegacia da Criança e do Adolescente
E ( ) Polícia Militar
3. Assinale a alternativa correta. Articulação dos órgãos do sistema de segurança escolar para
a resolução de problemas na escola é importante, pois permite:
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A( ) Melhor análise das questões de segurança da escola, possibilitando articulação entre os
órgãos.
B( ) Uma visão sistêmica dos problemas, o que corrobora ações mais efetivas.
C( ) Que cada órgão possa expor sua visão a respeito dos problemas, bem como apresentar
possíveis soluções para demandas de segurança existentes.
D(x ) Todas as respostas anteriores .
4. Com relação à Vara da Infância e da Juventude, é correto afirmar.
A ( ) Não pertence ao Poder Judiciário e sim ao Poder Executivo.
B ( ) Ao juiz da VIJ cabe apenas aplicar as medidas socioeducativas, mas não as restritivas de
liberdade ao adolescente em conflito com a lei.
C ( ) Cabe à VIJ a designação de comissários voluntários.
5. Com relação à criança e ao adolescente, são competências do Ministério Público,
estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, exceto:
A ( ) Promover e acompanhar os procedimentos relativos às informações atribuídas a
adolescentes.
B ( ) Promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses
individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência.
C ( ) Instalar sindicância, requisitar diligências investigatórias e determinar a instauração de
inquérito policial para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção à infância e à
juventude.
D ( ) Não poderá requisitar força policial para o desempenho de suas funções.
6. Com relação à Polícia Civil, não é correto afirmar:
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A ( ) São dirigidas por delegados de carreira.
B ( ) Ressalvadas as competências da União, exerce as funções de polícia judiciária e apura
as infrações penais, exceto às militares.
C ( ) Seus principais órgãos especializados no atendimento à criança e ao adolescente são:
Delegacia da Criança e do Adolescentes (DCA) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente (DPCA).
D (x) A DCA e a DPCA atuam quando a criança e o adolescente são vítimas e não autores
indistintamente.
7. Com relação ao Conselho Tutelar, não é correto afirmar:
A ( ) Possuem duas frentes de atuação: uma preventiva e outra repressiva.
B ( ) Na frente repressiva não estão incluídos o atendimento de crianças e adolescentes que
tiverem seus direitos violados por ação ou omissão do Estado.
C ( ) Cabe a esse órgão atender e aconselhar os pais ou responsáveis, exigindo o
cumprimento dos deveres inerentes ao pátrio poder ou decorrente de tutela ou guarda, de
acordo com a determinação do Conselho Tutelar.
D ( ) O órgão pode requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente
quando necessário.
E ( ) Pode receber a confirmação obrigatória de suspeita ou confirmação de maus-tratos
contra criança e adolescente.
8. Com relação aos Conselhos Comunitários Escolares, não se pode afirmar que:
A ( ) São entidades privadas, autônomas, constituídas por representantes da escola, membros
governamentais e da sociedade.
B ( ) Têm por finalidade a discussão, análise, planejamento, avaliação e acompanhamento
dos problemas da escola, dentre outras.