Moldagem por injeção.pdf

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    Moldagem por injeoEquipamentosIntroduoPara se determinar o tamanho de uma injetora para processar materiais de engenharia, dois fatores bsicosdevero ser levados em conta: o peso total do injetado (peas mais canais); e a rea total projetada dapea. Resultados satisfatrios podem ser obtidos quando o peso total da pea injetada corresponde de 30-80% da capacidade da injetora. O uso da capacidade abaixo de 30% poder causar degradao da massafundida por excesso de tempo de residncia.Se houver necessidade da moldagem ser feita a uma temperatura muito prxima da faixa superior para umdeterminado material, necessrio reduzir-se o tempo de residncia de modo a evitar-se a degradao domaterial. Nesses casos, recomendado que seja escolhida uma injetora de tal forma que seja usado nomximo 60% de sua capacidade.Em relao rea projetada (peas mais canais), pode ser condiderada uma fora de fechamento de 3-6ton/pol2 de rea projetada. Materiais reforados com fibra de vidro requerem uma fora de fechamentomaior, 5-7 ton/pol2. O grfico 2 apresenta a fora de fechamento versus rea projetada, que pode serusado para a maioria dos materiais de engenharia.

    Bico de injeoPara os materiais de engenharia recomendado o uso de bicos curtos. O dimetro do orifcio deve ser no

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    mnimo de 5,0 mm para materiais no reforados, e 8,0 mm para materiais reforados. O comprimento doorifcio no deve ser maior que 5,0 mm. O dimetro interno do corpo do bico deve ser no mnimo de 13,0mm. Para melhores resultados, o dimetro do bico dever ser 1,0 mm inferior ao menor dimetro dabucha.

    Fig. 1 Bico de injeoUm controle apurado da temperatura do bico deve existir. O aquecimento deve ser feito por cintas e, otermopar deve estar localizado prximo ao orifcio de sada.Se for necessrio o uso de bicos longos, o aquecimento dever ser feito por cintas independentes, nestecaso a densidade de potncia dever ser rigorosamente a mesma.O bico deve ser construdo com ao 1045, o qual, alm de possuir baixo custo, macio e acomoda-se bem bucha de injeo, dificultando o vazamento de material.

    Cilindro e RoscaCilindros e roscas de injeo podem ser construdos com vrios tipos de metais, ligas e tratamentossuperficiais. Algumas combinaes de materiais para a construo de cilindros e roscas podem ofereceruma proteo ou durabilidade maior que outras.Geralmente, os cilindros so construdos com uma liga de Nquel - Cobalto - Cromo. As roscas soconstrudas em ao inoxidvel, 17-4 PH por exemplo, e revestidas com algum material para aumentar suadureza, Colmony 56 por exemplo.A figura 1 mostra um desenho esquemtico de uma rosca de injeo de uso geral.

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    Fig. 1 Rosca de uso geralNo desenho, podem ser notadas as trs regies em que se divide a rosca de injeo:

    a) Alimentao- Geralmente curta, aproximadamente 5 filetes, tem por finalidade transportar os grnulos slidospara a prxima regio, o dimetro do ncleo permanece constante e o ngulo de inclinao dosfiletes da ordem de 15-20;b) Compresso (ou plastificao)- a maior parte da rosca, geralmente 11 filetes, a zona onde se inicia a plastificao devido aoaumento constante do dimetro do seu ncleo, que far comprimir e cisalhar o material plstico,nesta regio o material j est, praticamente todo fundido;c) Homogeneizao- Regio final da rosca, geralmente com 4 filetes, com profundidade rasa e dimetro do ncleoconstante, nesta zona a plastificao completada e o material atinge sua mxima homogeneidade.

    Geometricamente, a rosca define duas outras caractersticas:a) Relao comprimento / dimetro (L/D)- Para materiais de engenharia esta relao deve ser de 18-24: 1, deve-se salientar que quanto maioresta relao, maior ser o tempo de trabalho mecnico que o material ir sofrer, bem como maiorser o tempo de residncia sob ao do calor;b) Taxa de Compresso- a relao entre os volumes de um passo da regio de alimentao e outro da regio dehomogeneizao (na prtica usada a altura dos filetes destas regies, com erro insignificante), paramateriais de engenharia a taxa de compresso varia de 1,5-3,0: 1, deve-se ter em mente que quantomaior a taxa de compresso , maior ser o trabalho mecnico sofrido pelo material,conseqentemente mais calor ser gerado devido ao atrito maior entre o material e as paredes darosca e do cilindro.

    Vlvulas de no retornoPara o processamento de materiais de engenharia, so recomendadas as vlvulas do tipo anel. As do tipobola no so recomendadas pois podem causar excessivo cisalhamento do material, conseqentemente

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    degradao.

    Fig. 1 Vlvula de No RetornoA vlvula deve ter um desempenho de no mnimo 80% do fluxo gerado na regio de dosagem da rosca. Oanel dever ter um curso livre de pelo menos 5,0 mm para roscas de pequeno dimetro (63,5 mm oumenor). Roscas com maior dimetro necessitam de curso do anel bem maior, a fim de compensar o maiorfluxo de material por rea.

    Moldagem por injeoVariveis de ProcessoOs termoplsticos de engenharia so facilmente injetados em equipamentos convencionais. Maioresdetalhes sobre equipamentos sero abordados na seo de equipamentos, mas basicamente necessrio:

    Injetora- Deve possuir no mnimo 3 zonas de aquecimento, com controle de temperatura individual, osquais devem ser periodicamente calibrados a fim de manter a preciso das temperaturas necessriasao processo.Cada material possui caractersticas reolgicas que necessitam desenhos de rosca adequados para aobteno do moldado de boa qualidade. Cada rosca deve ser projetada de forma a fundir o materialantes da injeo, promover a homogeneizao da temperatura do fundido, a disperso de pigmentose/ ou aditivos bem como manter a temperatura, presso e cisalhamento sobre controle para noprovocar a degradao do material. Detalhes sobre o desenho de rosca para cada material podem servistos na seo de Equipamentos.Molde

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    - Devem ser projetados com dutos de aquecimento e canais de injeo e distribuio adequados aplsticos de engenharia.Barril- Deve ser dimensionado de forma que o peso do injetado (peas + galhos) fique em torno de 40-80% da capacidade do barril.

    Para se conseguir bons resultados nas peas moldadas, conveniente manter sob controle algumasvariveis:

    - Presses (injeo, recalque e contra presso)- Temperaturas (cilindro, massa e molde)- Velocidade de injeo- Rotao da rosca

    PRESSO DE INJEO

    A presso de injeo a presso necessria para promover o preenchimento da cavidade pelo materialplstico fundido. A intensidade da presso de injeo depende de algunsfatores:

    Tipo de material- quanto maior a viscosidade do material, mais difcil se torna o preenchimento da cavidade,portanto a presso necessria para fazer o material fluir e preencher a cavidade ser maior. No casode materiais com fibra de vidro, deve-se procurar trabalhar com presso de injeo baixa paramanter a integridade da fibra de vidro.Complexidade da pea- Curvas, ressaltos, nervuras e paredes finas dificultam o fluxo do material dentro da cavidade almde causar resfriamento precoce do material, causando aumento da viscosidade e portantodificultando o fluxo do material. Devido a estes obstculos o nvel da presso de injeo deve sermaior que em peas menos complexas.Temperatura do molde- Quanto maior a temperatura do molde, menor ser a perda de temperatura do material durante opreenchimento da cavidade, diminuindo assim o aumento da viscosidade do material. Dessa forma, possvel utilizar presso de injeo menor quando se utiliza temperaturas apropriadas no molde.Canais de injeo e pontos de entrada- Canais de injeo e distribuio e pontos de injeo estrangulados dificultam a passagem domaterial fundido, necessitando maior presso de injeo para preencher a cavidade.

    De uma forma geral, a presso de injeo ideal para uma determinada pea, pode ser determinadainiciando a injeo com presso baixa e ir aumentando at se obter peas de boa qualidade.

    PRESSO DE RECALQUE

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    A presso de recalque comea a atuar quando a pea j est completa. Sua funo manter o materialcompactado at que se torne slido novamente, evitando que ocorra chupagem na pea. A intensidade dapresso e o tempo de atuao dependem de alguns fatorescomo:

    Temperatura do molde- Moldes excessivamente quentes, retardam a solidificao do material e aumentam a contrao demoldagem do material, necessitando tempo de atuao e intensidade maior da presso de recalque.Projeto da pea- Paredes grossas dificultam o resfriamento do material, portanto a presso de recalque deve serregulada para que atue at que o material esteja solidificado.

    CONTRA PRESSOA contra presso a presso que se ope ao retorno da rosca durante a dosagem do material. Quantomaior, maior a dificuldade do retorno da rosca, aumentando o cisalhamento no material. Tal fator conveniente apenas quando se deseja melhorar a homogeneizao de masterbatch por exemplo.Com relao aos materiais, quanto menor o cisalhamento, melhor ser a manuteno das propriedades domaterial. Recomenda-se portanto, utilizar baixa contra presso (Mx. 5 Kgf/cm2), o suficiente paragarantir que o material a ser injetado esteja isento debolhas.

    VELOCIDADE DE INJEOA velocidade de injeo pode ser traduzida como o tempo de preenchimento da cavidade do molde pelomaterial fundido. Portanto, quanto maior a velocidade de injeo menor ser o tempo de preenchimento dacavidade. Para se processar os materiais de engenharia, recomendada a utilizao de velocidade deinjeo mdia - rpida, pois dessa forma pode-se evitar o congelamento prematuro do material econseqentemente falha na pea.No incio de produo, deve-se proceder como no caso da presso de injeo, ou seja, iniciar o processocom velocidade lenta a fim de evitar-se o surgimento de rebarbas ou danos no molde e elev-la conformea necessidade da pea.

    ROTAO DA ROSCA

    Quanto maior o RPM da rosca, maior ser a homogeneizao do material e mais rpida ser a etapa dedosagem do material, refletindo em ciclos menores de moldagem. Porm o maior atrito gerado no material prejudicial, podendo causar degradao do termoplstico.Para conciliar ciclo de moldagem, homogeneizao e conservar as propriedades do material, recomenda-se 40 a 80 RPM.

    TEMPERATURA NO MOLDEAs resinas de engenharia requerem que o molde seja aquecido. O bom controle da temperatura naferramenta determinante sobre aspectos como acabamento da pea, tenses internas, contrao eestabilidade dimensional. Para se obter controle de temperatura eficiente no molde necessrio que os

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    canais de aquecimento sejam bem projetados de forma a distribuir uniformemente o calor por todo omolde. A uniformidade da temperatura no molde crucial para materiais cristalinos, porque dela dependea uniformidade da cristalizao do material e portanto a estabilidade dimensional do moldado.

    TEMPERATURA DO CILINDRO / MASSA

    Normalmente os termoplsticos de engenharia so injetados com temperaturas que variam entre 240 e320oC. Existem casos especiais. Apesar da temperatura elevada, estes materiais podem ser processadossem problemas em equipamentos comuns, bastando utilizar mantas eltricas de maior potncia.Cada resina em particular possui um perfil mdio de temperatura caracterstico, o qual pode apresentarvariaes em funo do tempo de residncia do material no cilindro, complexidade da pea e projeto domolde. Quando se dispe de condies normais de injeo, ou seja, tempo de residncia entre 5 e 8minutos, peso do injetado entre 40 e 80% da capacidade da mquina, molde e rosca bem projetados,utiliza-se perfs de temperatura ascendentes, conforme podemos observar nas figuras abaixo. Em casoscrticos, onde o peso do moldado se aproxima de 40% da capacidade de injeo ou o tempo de residncia muito alto, deve-se trabalhar no limite mnimo do perfil de temperatura a fim de se evitar degradaotrmica do material.

    Limpeza do cilindro e incio da produo

    Devido alta viscosidade da maioria dos termoplsticos de engenharia, eles arrastam qualquer depsito deplstico deixado por injees anteriores. Se o cilindro/rosca da injetora no estiver completamente limpo,podero surgir problemas como delaminao, degradao da resina, pontos pretos e manchas no moldado.Para limpar a mquina, PS, PEAD ou uma mistura de 50/50% de acrlico / PSAI tambm podem serusados. Deve-se evitar os seguintes materiais: Nylon, PP, POM, PEBD, ABS e PVC por degradarem emaltas temperaturas ou reagirem com outras resinas, podendo causar inclusive (no caso do POM) explosesno canho.A temperatura de purga deve ser a mesma utilizada para o processamento da resina em questo.Aps a limpeza da mquina, com os materiais citados anteriormente, deve-se retirar do cilindro o materialde limpeza, utilizando o material que ser injetado. Pode-se utilizar material 100% modo.As primeiras peas moldadas devem ser separadas, pois geralmente so contaminadas com excesso dedesmoldante, leo e material de limpeza do cilindro.

    A tabela abaixo mostra quais so os melhores materiais para purga prvia ao processo deinjeo.

    Materiais para Purga

    Material Material para PurgaPPOPS Poliestireno (PS)Policarbonato PEAD, PS ou PC (mido)PBT PEAD ou PSABS e Blenda PC/ABSPEAD ou PSNylon PEAD ou PSPOM PEAD

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    Moldagem por injeoPreparao do MaterialINTRODUOA maioria dos termoplsticos absorvem a umidade da atmosfera, que na temperatura normal deprocessamento, provoca degradao da resina polimrica, resultando em perdas de propriedades fsicas eprejudicando o acabamento superficial da pea moldada. A degradao polimrica citada acima maisconhecida como Hidrlise que como o prprio nome diz o rompimento da cadeia polimrica devido reao qumica com a molcula de gua. Tal reao estimulada pela energia provinda das mantaseltricas da injetora (calor). Na figura abaixo temos um exemplo da Hidrlise na resina Lexan. Observeque h o rompimento de uma ligao primria na cadeia molecular, provocando a ciso da mesma econsequente diminuio do peso molecular do polmero.

    Fig. 1 Degradao hidroltica do policarbonatoPara se obter peas de boa qualidade, nos plsticos de engenharia, devem ser submetidas a um processo desecagem prvia ao processo de injeo. Tal operao pode ser realizada em trs tipos de aparelhos:

    ESTUFAS DE AR CIRCULANTE composta por um forno com vrias bandejas, as quais so dispostas umas sobre as outras de modo que oar quente circule e seque o material depositado dentro das bandejas. Este equipamento ideal para secarmateriais que no so muito sensveis Hidrlise e quando se deseja secar pequenas quantidades dematerial. Devido a sua regular capacidade de secar os grnulos, estes devem ser distribudosuniformemente na bandeja, e no devem ultrapassar 3,0 cm de altura para no comprometer o materialque est no fundo. A distncia entre as bandejas deve ser no mnimo de 5,0 cm a fim de garantir a livrecirculao do ar quente.

    Vantagens:Baixo custo;Possibilidade de secar materiais diferentes ao mesmo tempo.Desvantagens:Por utilizar ar quente com umidade ambiental, a capacidade de retirar umidade dos grnulos no alta, no sendo recomendada para materiais com baixa resistncia Hidrlise como o PBT, PC,ABS etc...

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    Risco de contaminao com materiais de bandejas diferentes;No permite a secagem de grande quantidade de material.

    SECADOR DE AR FORADOEste equipamento composto por um compartimento onde colocado o material e por um aquecedoreltrico que eleva a temperatura do ar. O ar ambiental aquecido e insulflado na parte inferior docompartimento, entrando em contato com os grnulos e retirando a umidade dos mesmos.

    Vantagens:Capacidade de secar grande quantidade de material;Se estiver limpo, no h risco de contaminao por outros materiais;Baixo custo.Desvantagens:Como no caso anterior, este equipamento aquece o ar nas condies de umidade ambiental, nopossuindo portanto, alta capacidade de retirar a umidade contida nos grnulos. So indicadossomente para secagem de materiais com boa resistncia Hidrlise.

    DESUMIDIFICADORESBasicamente este equipamento composto por um silo onde o material a ser seco armazenado, clulasdesumidificadoras que retiram a umidade do ar e um aquecedor que responsvel pelo aquecimento do arj seco que ir circular pelos grnulos da resina e retirar a umidade da mesma. A grande diferena entreeste equipamento e os citados acima que o desumidificador, retira a umidade do ar antes que o mesmoseja aquecido e insuflado no silo, ou seja, o ar quente que entra em contato com a resina est seco,possuindo portanto melhor eficincia na secagem. Na figura abaixo podemos observar o funcionamentodesse equipamento com mais detalhes.

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    Fig. 2 Esquema de um tpico desumidificador

    Fig. 3 Clula desumidificadora.Vantagens: ideal para a secagem de resinas com baixa resistncia Hidrlise e em casos onde h anecessidade de secar grandes volumes de material, pois funcionam em operaes contnuas. Sempreque o nvel de material no funil da mquina cai abaixo de um determinado limite, automaticamente transportado o material do silo para o funil da mquina. Devido a esta caracterstica, deve-se

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    prever a capacidade do silo de modo a se obter tempo de residncia entre 3 e 4 horas, dependendodo material a ser seco. Por exemplo, se uma injetora consome 100 Kg de Nylon por hora (tempo desecagem: 4 horas), a capacidade do silo do desumidificador deve ser de 400 Kg.Mantendo o equipamento limpo no h o risco de contaminao por materiais estranhos.Desvantagens:Custo relativo alto.A criticidade da operao de secagem est diretamente relacionada higroscopicidade e aresistncia Hidrolise da resina. Por exemplo, o PPO/PS alm de possuir a menor absoro de guadentre todos os plsticos de engenharia, tambm possui alta resistncia Hidrlise, portanto suasecagem s se faz necessria quando se necessita bom acabamento superficial das peas injetadas,pois no h prejuzo das propriedades mecnicas do material. Quando esta operao necessria,pode ser efetuada em estufa de ar circulante. As resinas de PBT, PC, ABS, Nylon 6 e Nylon 66, notm a mesma caracterstica do PPO/PS, possuindo inferior resistncia Hidrlise, sendo necessriomaiores tempos e temperaturas de secagem, bem como a utilizao de desumidificadores.

    A tabela a seguir mostra as condies ideais de secagem dos plsticos de engenharia.

    CONDIES DE SECAGEMMaterialTempo de secagemTemperaturaNylon 3 - 4 horas 110oCPBT 4 horas 120oCPC 3 - 4 horas 110 - 120oCPC/ABS 2 - 3 horas 100 - 110oCABS 4 horas 80oCPPO/PA 3 - 4 horas 100 - 110oCPPO/PS 3 - 4 horas 100 - 120oCPEI 5 horas 150oC

    DETERMINAO DA PORCENTAGEM DE UMIDADEPara a verificao do teor de umidade nos grnulos aps a secagem recomenda-se o ensaio I.V.T.(Indicador de Volteis de Thomasetti) como forma rpida e fcil. O equipamento necessrio para o ensaioconsiste de: uma placa aquecida (aquecedor eltrico), lminas de microscpio, uma rgua de metal, umapina e um pirmetro. Este procedimento experimental no deve ser usado com PBT com fibra , qualquermaterial carregado com fibra de vidro ou carga mineral e tipos anti-chama.

    Procedimento experimental

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    Coloque duas lminas de vidro na placa aquecida na temperatura de moldagem do material.

    Coloque 3 grnulos sobre a lmina com a pina.

    Posicione a segunda lmina sobre a primeira, formando um sanduche.Pressione a lmina superior com uma rgua at que os grnulos amassados fiquem com mais ou menos12mm de dimetro.

    Remova as lminas, espere esfriar e verifique o tamanho e nmero de bolhas.

    A lmina da direita mostra o material adequado, enquanto a da esquerda mostra o material com umidade.

    Observaes:

    1 - nunca toque os grnulos a serem testados com as mos.

    2 - os grnulos devem ser testados num prazo mximo de 10 minutos aps serem retirados do secador.

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    3 - posicione os grnulos sempre deitados para evitar aprisionamento de ar.4 - apenas uma bolha de ar no significa que o material est mido, em caso de dvida repetir o teste.

    Utilizao do material reciclado

    Por serem termoplsticos, os plsticos de engenharia podem ser totalmente reutilizados, sendo esta umasensvel vantagem sobre os termofixos. Para obter-se peas de boa qualidade utilizando materialrecuperado, deve-se atentar para alguns detalhes:O material a ser modo (peas, galhos e rebarbas) deve estar isento de contaminaes como leo, graxa,desmoldante e poeira. Qualquer contaminao passar a fazer parte do material, prejudicando aspropriedades do moldado.

    muito importante que o modo seja bem seco, pois a maior porosidade dos grnulos do materialpromove maior absoro e reteno da umidade do ambiente. Portanto, recomenda-se que o modo sejaseco uma hora a mais que o material virgem.

    O material modo deve ser diludo no virgem no mximo 25%.A tela do moinho deve possuir orifcios com 8 mm de dimetro (mnimo) a fim de evitar a gerao degrnulos muito pequenos. Manter as facas do moinho sempre afiadas tambm auxilia a no formao departculas (p), pois facas sem corte no cortam o material e sim o quebram. As partculas devem seevitadas, porque degradam muito facilmente quando entram em contato com a superfcie quente docilndro, prejudicando a aparncia e as propriedades da pea.

    Operaes SecundriasPintura de peas em plsticos de engenharia1 - PORQUE PINTAR PLSTICOSDevido a facilidade de produo de peas complexas, com um nmero menor de operaes e portantocom menor custo que outros materiais, a utilizao de plsticos est em constante crescimento. Porm oproduto acabado pode necessitar de algumas propriedades, tais como:

    Proteo contra substncias agressivas;Proteo contra raios Ultra Violeta e intemperismo;

    Reproduo exata e constante de cores;Ocultar defeitos na superfcie;

    Resistncia a abraso;Aparncia metlica, entre outras.

    Tais propriedades podem ser obtidas atravs da pintura das peas plsticas.

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    2 - PINTURA DE PLSTICOS DE ENGENHARIAA sensibilidade a solventes, a resistncia ao calor e os diversos nveis de polaridade superficial, sofatores que influem na pintura em substratos polimricos. A escolha do sistema deve levar emconsiderao alguns fatores, tais como:

    A polaridade superficial quando baixa ou nula, requer tratamento superficial prvio.

    O solvente utilizado deve atacar o substrato apenas superficialmente para se conseguir ancoramento datinta, pois a extenso do ataque pode comprometer seriamente a estrutura do material, prejudicandosensivelmente suas propriedades mecnicas, principalmente a resistncia ao impacto.Deve-se levar em conta que a maioria dos polmeros contm aditivos que podem vir a migrar para asuperfcie, prejudicando muito a adeso da tinta.

    Condies ambientais em que o produto acabado ficar exposto (ambientes agressivos, etc).Solicitaes mecnicas da pea ( escolha entre sistemas de tinta flexveis ou rgidos).

    3 - PRINCIPAIS SISTEMAS DE PRIMES E ACABAMENTO E SUASCARACTERSTICAS3.1 - Primer

    A utilizao de primer nos sistemas de pintura para plsticos muito comum, pois alm de promover aaderncia entre o acabamento e o substrato a um custo muito mais baixo que outros pr-tratamentosdescritos no item 5.5, fornece tambm uniformidade superficial, proteo contra solventes agressivos doacabamento , entre outros.

    Basicamente os primers se dividem em:

    3.1.1 - Primers Monocomponentes

    Em geral estes primers so constitudos de resinas vinilicas como, poliacetato de vinila, lcoolpolivinilico, policloreto de vinila.Estas resinas vinilicas possuem a propriedade de serem solveis em lcoois e insolveis em solventesorgnicos que atacam a superfcie polimrica, como os hidrocarbonetos aromticos. Dessa forma, pode-sedosar os solventes orgnicos de forma a se obter ataque suficiente para promover adeso e nocomprometer as propriedades mecnicas do material. Este balano de solventes muito importante quantose pinta resinas de uso de engenharia a alta suscetibilidade a solventes orgnicos.Outra resinas , tais como, poliuretanos e acrlicos tambm podem ser utilizadas na fabricao de primersmonocomponentes, porm estas resinas so solveis em grande parte dos solventes orgnicos, perdendoassim a vantagem de proteo do substrato. Estes primers so utilizados somente quando se desejaencobrir defeitos na superfcie do polmero.

    3.1.2 - Primers Bicomponentes

    Enquanto que no primer monocomponente forma-se uma pelcula termoplstica. Nos bicomponentes se

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    obtm uma camada de material termofixo ou elastomrico, com caractersticas do oligomero original ,tornando-os altamente resistentes a solventes e promovendo proteo ao substrato a substancias agressivasproveniente do acabamento.

    Os primers Bicomponentes so basicamente compostos por dois sistemas de resinas listados abaixo:Epoxi / Poliamida

    Polmeros Hidroxilados / Isocianato

    O primeiro possui as seguintes caractersticas:Promovem superfcies duras. Isso se deve a presena de uma resina termofixa, facilitando o lixamentoposterior, quando esta operao necessria.Aps a aplicao do primer, este permite a aplicao do acabamento aps longos perodos.

    Tempo de uso (pot life) em torno de 15 horas, sendo recomendado em processos onde h adisponibilidade de estufa.

    Grande poder de encobrir defeitos superficiais.Os sistemas poliuretnicos so divididos em 3 categorias:

    a) PU/Acrlicob) PU/Alqudicoc) PU/Polister

    Basicamente estes primers difere do anterior nos seguintes aspectos:Em geral promovem superfcies flexveis at a - 40C, sendo indicados em aplicaes onde a pinturanecessite acompanhar a flexibilidade do substrato, como por exemplo em um pra-choque.

    Aps a aplicao dos primers b e c, estes permitem a aplicao do acabamento mesmo depois de longosperodos, porm o sistema Acrlico/Poliuretano pode comprometer a aderncia com o acabamento se aaplicao deste for muito demorada.O tempo de uso menor, em torno de 5 horas, sendo mais indicados em processos onde no se dispe deestufas.O poder de encobrimento de defeitos superficiais menor em relao ao sistema anterior.

    4 - ACABAMENTOSA funo bsica do acabamento conferir ao substrato a aparncia desejada, alm de melhoria daresistncia ao intemperismo, resistncia qumica, etc.Os acabamentos tambm se dividem em:

    Sistemas monocomponentesSistemas Bicomponentes

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    Comumente utiliza-se sistemas monocomponentes os poliacrilatos e nitratos de celulose, os quais soconhecidos tambm como Laca Acrlica e Laca Nitrocelulose respectivamente. Estes sistema requerempequenos investimentos de instalao e manuteno, refletindo em um baixo custo, porm se prestamsomente a promoverem esttica, j que possuem limitada resistncia ao intemperismo e qumica. Destaforma, estes sistemas so indicados em aplicaes que no sejam expostas a ambientes agressivos.Na grande maioria dos casos utiliza-se os sistemas uretnicos, quando se trata de sistemas Bicomponentes.

    Os mais frequentes so:Poliuretano / Acrlico: Quando se utiliza o acrlico como polmero, se obtm sistemas de excelenteresistncia ao intemperismo e resistncia qumica.Poliuretano / Polister: Esta combinao no fornece a mesma performance de resistncia a intempries ,porm sua resistncia qumica excelente e apresenta boa flexibilidade, caracterstica esta que se faz notarat a -40C.Quando se trata de cores metlicas /perolizadas obtm-se efeito desejado aplicando-se sobre o acabamentoum verniz transparente PU/ Acrlico. Cores lisas no necessitam deste verniz.

    5 - LIMPEZA DE SUBSTRATOS POLIMRICOS

    A obteno de uma pintura de boa qualidade, no que se refere a aderncia e acabamento, s pode serobtida se a superfcie do substrato estiver limpa. Os tipos mais comuns de sujeira presente em superfciesplsticas so:Poeira atrada para a superfcie devido a presena de cargas eletrostticas.

    Suor e gordura das mos.

    Desmoldantes.Para a remoo destes, damos a seguir alguns sistemas de limpeza mais comuns:

    5.1 - Limpeza com solventes

    Os solventes podem ser aplicados por imerso, por pulverizao sob presso ou em fase vapor, no qual ovapor de solvente condensa sobre a pea, efetuando dessa forma a limpeza. A grande vantagem dossolventes seu alto poder de dissoluo de compostos orgnicos, como desmoldantes e gorduras quefrequentemente so encontrados em superfcies polimricas.

    A limpeza por solvente na fase vapor, tem como vantagem o fato de s entrar em contato com a peasolvente limpo, excluindo-se assim a recontaminao devido a secagem do solvente sujo sobre a mesma.Suas desvantagens so a dificuldade de remover sujeiras particuladas, incompatibilidade com algunspolmeros (principalmente ao amorfos), perigo para a sade, risco de incndio e risco para o meioambiente.

    Na escolha de um solvente deve-se levar em conta o nvel de ataque qumico a pea, podendo ocorreramolecimento da superfcie e ou fissuramento sob-tenso.

    Os solventes mais utilizados so a base de hidrocarbonetos halogenados e aromticos.

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    5.2 - Agentes de limpeza aquosos

    So formados por "tensoativos" e "coadjuvantes". Em geral so aplicados por imerso ou por jateamentoem soluo de 0,1 a 10% em gua. A funo do tensoativo proporcionar o molhamento da superfcie eremover leos e gorduras mantendo-os separados na fase aquosa em consequncia da emulsificao e dasolubilizao. A funo dos coadjuvantes prevenir a precipitao de sais de clcio e de magnsio,contribuir significativamente na remoo dos slidos, evitar que estes sejam novamente atrados para asuperfcie a partir da soluo e tambm apoiar a remoo e emulsificao de graxas e de leos.Estes agentes de limpeza se diferenciam pelo Ph:

    a) cidos - possuem o Ph ao redor de 4.

    Em geral so constitudos de fosfato monossdico como componente coadjuvante principal, cidofosfrico(decapantes de cido fosfrico), cido sulfrico ou cido clordrico ( desengraxante decapante).So indicados para remoo de contaminantes oleosos e ferrugem, porm possuem aplicao limitada narea de polmeros.

    b) Neutros

    O Ph varia entre 7,5 e 9,5. Geralmente so constitudos de cidos graxos de cadeia curta e aminas queajudam na proteo contra corroso dos equipamentos metlicos. Esta classe de agentes aquosos so emgeral aplicados por jateamento.

    c) Alcalinos

    Possuem Ph na faixa de 8 a 14. So constitudos de sais de brax, carbonato e hidrogenato de sdio,fosfatos especialmente condensados, e hidrxidos de potssio com coadjuvantes inorgnicos. Os agentesalcalinos constituem a maioria dos agentes de limpeza industriais. 5.3 - Agentes de limpeza por emulsoEstes agentes so constitudos principalmente de leos ou solventes. Geralmente so aplicados porjateamento.

    Podem ser aplicados de duas maneiras:Emulso em gua a 10-20% para aplicao por imerso ou jateamento.

    Concentrados, para aplicao por imerso, em combinao com enxge em gua, formando assimemulso.

    Estes agentes so indicados quando se deseja remover leos, graxas ou ceras que so difceis de removercom agentes de limpeza aquosos.

    6 - PR-TRATAMENTO DO SUBSTRATOEstes tratamentos visam aumentar a polaridade superficial em polmeros apolares ou parcialmente polarese criar condies de ancoramento mecnico atravs da oxidao do polmero e eroso superficial dosubstrato respectivamente, aumentando dessa forma a aderncia da tinta ao substrato polimrico.

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    6.1 - Flambagem

    Este tratamento consiste na queima superficial do substrato polimrico, alterando-se dessa forma apolaridade superficial e aumentando sua tenso superficial.

    VantagensTratamento rpido.

    Custos operacionais baixos.

    Pequena influncia no meio ambiente.DesvantagensRisco de incndio.Em casos de parada de operao na fbrica durante o tratamento, pode ocorrer destruio da pea pelocalor.Parmetros como tempo, temperatura e distncia entre a chama e a pea devem ser rigidamentecontrolados.

    6.2 - Tratamento Corona

    Este tratamento consiste de uma descarga eltrica de alta frequncia (14-40KHz) tenses que variamentre 10 e 20Kv. Tal descarga eltrica flui entre dois eletrodos, onde se localiza o substrato a tratar.VantagensBaixo consumo de energia.

    Processo rpido (da ordem de segundos).DesvantagensA distncia entre os eletrodos e entre estes e a pea crtica, encontrando- se portanto, dificuldades empeas cujo o perfil no uniforme.

    Necessidade de equipamentos especiais, quando se trata de superfcies irregulares, pois deve-se utilizareletrodos do mesmo formato da pea, de modo que a superfcie polimrica seja tocada por uma cortina dedescarga eltrica que se amolda a pea a ser tratada.

    Em geral esta mtodo muito utilizado em filmes, devido ao seu perfil uniforme.

    6.3 - Tratamento com Plasma

    Difere do tratamento Corona no que se refere a presso onde efetuado o tratamento. O tratamento comPlasma efetuado em vcuo moderado, com presso mxima de 0,1 mbar, resultando numa descargaalternante de eltrons e ons sobre a pea plstica.

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    VantagensEm decorrncia do vcuo, o tratamento de superfcies complexas facilitado.

    Devido as partculas possurem alta energia, consegue-se alteraes superficiais de at 1microm deprofundidade.DesvantagensEquipamento de custo elevado.Liberao de gases como o Argnio, CF, entre outros.

    6.5 - Primer de aderncia

    Uma melhoria pronunciada quanto a aderncia em resinas parcialmente polares e apolares, pode seralcanada atravs da aplicao de pelculas (~ 3 microns) de primer, o qual compatibiliza a superfciepolimrica tinta.VantagensBaixo custo.Impede o ataque na pea pelo solvente da tinta, mantendo a resistncia ao impacto original.

    Facilidade de aplicao.Aplicvel em qualquer perfil.

    Desvantagens um processo relativamente mais lento, pois geralmente necessita que ocorra a cura do primer antes daaplicao da tinta. Pode-se eliminar esta desvantagem utilizando-se primer mido-mido

    7 - PREPARAO DA SUPERFCIEContaminantes como poeira, desmoldante e agentes lubrificantes devem ser eliminados da superfcie dosubstrato atravs de sua limpeza com lcool isoproplico ou com soluo de detergentes, sendo que oltimo pode ser utilizado em linha de pintura atravs do sistema "Power Wash".

    Em casos onde a simples limpeza superficial no suficiente para proporcionar uma boa aderncia, pode-se melhorar a polaridade superficial atravs da oxidao superficial que pode ser feita pelos mtodoscitados anteriormente no item 6.

    8 - APLICAO DA PINTURANumerosas tcnicas de aplicao de pintura tem sido empregadas para pintura de peas feitas plsticos deengenharia, dentre elas se incluem pistola convencional, pintura hidrulica e pintura eletrosttica.

    Air spray - Utiliza ar comprimido para pulverizar a tinta.

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    Airless spray - Utiliza fora hidrulica para atomizar a tinta. Esta presso gira em torno de 500psi. Emrelao a primeira, esta apresenta diminuio da nvoa de over spray e um melhor acabamento.Spray eletrosttico - Este mtodo consiste basicamente em formar um campo eltrico entre o aplicador ea pea pintada previamente com um primer condutivo, de modo a aumentar a fora de impacto entre aspartculas de tinta e a pea, que chega a ser 1000 vezes o peso da partcula.

    9 - CURA DA TINTAA cura pode ser feita a temperatura ambiente ou em estufa dependendo do sistema de pintura envolvido.No caso da cura ser feita em estufa, a temperatura mxima a ser aplicada deve ser em torno de 10C,inferior ao HDT do material a ser pintado.

    10 - PROBLEMAS COMUMENTE ENCONTRADOS NA PINTURA DEPLSTICOS DE ENGENHARIA10.1- Obteno de peas manchadas

    Causas provveis:Pea altamente tensionada.

    Solvente muito agressivo.Aparncia ruim do moldado.

    Espessura da tinta insuficiente.Possveis solues:Ajustar as condies de moldagem.

    Utilizar um solvente menos agressivo.Minimizar linhas de solda, estrias, etc.

    Aumentar espessura da tinta.

    10.2 Fissuramento

    Este problema pode ser detectado pela presena de trincas superficiais na pintura.

    Causas provveisSolvente agressivo.

    Pea altamente tensionada.Possveis solues:Utilizar solvente mais apropriado.

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    Ajustar as condies de moldagem.

    10.3 Ferfura

    Caracteriza-se pela presena de pequenas e numerosas bolhas na pintura.

    Causas provveis:Solvente retido abaixo da superfcie da pintura que exsuda para a superfcie quando a pea exposta aocalor.

    Solvente retido nos poros existentes no substrato que exsuda para a superfcie.Possveis soluesAumento do tempo de evaporao do solvente.Ajuste das condies de moldagem para eliminar a porosidade da pea moldada ou usar um primerselador.

    10.4 Branqueamento

    Causa provvelCondies de alta umidade.Possvel soluo

    Aumentar a quantidade de solvente de maior ponto de ebulio.

    10. 5 - P de Galinha

    Caracteriza-se pela presena de trincas com ramificaes na pintura, assemelhando-se a pegadas deGalinha.Causas provveisFilme de tinta muito espesso.Sistema de solventes/pigmentos incorreto.

    Contaminao superficial.

    Possveis soluesChecar a tcnica de aplicao da tinta.

    Mudar o sistema de solventes na formulao.

    10.6 Crateras

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    Causas provveisPequenas partculas ou gotculas de leo, silicone, entre outros.

    Contaminantes slidos no sistema de pintura.Possveis soluesChecar o sistema de limpeza da superfcie do substrato.Checar o sistema de pintura no que se refere impurezas.

    10.7 - Casca de Laranja

    A superfcie da rea pintada apresenta poros semelhantes aos de uma casca de laranja.

    Causas provveisBico da pistola longe da superfcie do substrato.M homogeneizao da tinta.

    Condies de umidade muito alta ou muito baixa.Possveis soluesAjustar a distncia.Homogeneizar a tinta.

    Ajustar as condies ambientais ou aumentar a porcentagem de solvente.

    10.8 - Baixa Resistncia a Adeso

    Causas provveisPresena de agente desmoldante ou outros contaminantes na superfcie do substrato.Seleo incorreta da tinta.

    Possveis soluesEliminar o uso de agente desmoldante ou efetuar melhor limpeza da pea. Agentes desmoldantes a base deSilicone dificilmente so eliminados no processo de limpeza da pea.

    Consultar o fabricante de tinta.

    10.9 - Resistncia de adeso no uniforme.

    Causas provveisContaminaes localizadas na tinta ou na superfcie do substrato.

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    Homogeneizao do sistema tinta/solvente.Possveis soluesChecar se h agente desmoldante ou outras substncias estranhas.Checar a limpeza superficial da pea e a filtragem da tinta.

    Efetuar melhor a homogeizao da tinta.

    10.10 Bolhas

    Causas provveisPresena de gua no sistema.Presena de leo no sistema.Contaminao superficial.

    Possveis soluesVerificar linha de ar, pistola de pintura, etc.Verificar a limpeza superficial e possvel contaminaes de silicone.

    Limpar a superfcie a ser pintada com lcool Isoproplico. Eliminar fontes de contaminantes.

    Unio de peas em plsticos de engenhariaA necessidade de se unir peas plsticas bastante frequente no campo de aplicaes tcnicas que socomumente encontradas na indstria automotiva, eltro-eletrnica, entre outras.Existem vrios meios de se unir peas plsticas, as mais comuns so:

    - Colagem por solventes;- Colagem por adesivos;- Soldagem por ultra som;- Soldagem por placa quente.

    A seguir analisaremos os mtodos acima:

    1 - COLAGEM POR SOLVENTES

    A colagem por solventes pode ser utilizada em todos os termoplsticos amorfos (PC, ABS, etc...) paraunirem peas moldadas com o mesmo material ou com outro material compatvel.

    As vantagens desse mtodo so:Baixo custoProcesso rpido

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    Desvantagens:rea mxima de colagem: 900cm2Baixa resistncia mecnica da regio colada quando comparada a uma colagem por adesivos.No se aplica a materiais cristalinos devido a alta resistncia qumica desses polmeros (PBT, Nylon ePOM).Para se obter a melhor resistncia da unio recomenda-se o seguinte procedimento:Remover todos os contaminantes da superfcie a ser colada, tais como graxa, leo e poeira com lcoolisoproplico ou detergente neutro. Sempre que possvel, no utilizar agente desmoldante na prpria peaou mesmo na rea de fabricao desta. Caso as peas estejam contaminadas com silicone, recomendadoque se limpe a pea com lcool Isopropilico, lixe a regio a ser colada e limpe-a novamente com lcoolIsopropilico.Aplicar o solvente em ambas as superfcies e rapidamente juntar as duas peas, mantendo presso sobreelas por 30 a 50 segundos ou at que a aplicao necessite.Em casos onde necessrio que a "Cola" tenha corpo para o preenchimento de pequenos frestas, pode-seadicionar entre 5 e 25% da resina da pea a ser colada no solvente selecionado.A seguir temos algumas sugestes de solventes para a colagem das resinas.PPO/PS: Tricloroetileno, Metil etil cetona, Tolueno

    ABS: Cloroformio, Tricloroetileno + XilolPC: Tricloroetileno, Cloreto de metileno

    2 - COLAGEM POR ADESIVOS

    A unio de peas com adesivos um dos mais convenientes mtodos de montagem de componentesplsticos, tanto para polmeros iguais como para os diferentes do ponto de vista de estrutura qumica.Isto se deve a:Os adesivos distribuem a tenso aplicada nas peas montadas por toda rea em que o mesmo est presentee produzem uma selagem hermtica se necessrio;

    Adesivos flexveis podem eliminar problemas de fixao de materiais com diferentes coeficientes deexpanso trmica e rigidez;

    Existe uma infinidade de tipos disponveis no mercado, sendo alguns de baixo custo e que no requeremcondies especiais para sua aplicao.

    A escolha do adesivo deve levar em conta as exigncias da aplicao como temperatura de trabalho,resistncia qumica , umidade do meio, etc. Alm disso os seguintes fatores devem ser considerados:a) A temperatura de cura do adesivo no pode ultrapassar a temperatura de distoro trmica do polmero

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    utilizado para moldar a pea a ser colada;b) Os adesivos devem ser previamente testados quanto a compatibilidade com o polmero em questo,levando-se em considerao as tenso residuais da pea e a temperatura a que esta ser exposta;c) Deve-se verificar a resistncia a adeso usando-se corpos de prova de trao, impacto e cisalhamento.O procedimento de limpeza da pea deve ser igual ao descrito no item anterior.Algumas famlias de adesivos e suas caractersticas principais so analisadas a seguir:

    2.1 - Epxies

    So conhecidos por sua versatilidade e alta resistncia mecnica. Suas propriedades de resistncia atrao, condutividade eltrica e estabilidade trmica podem ser modificadas para atender as mais diversasaplicaes. Os adesivos epxies bicomponentes podem ser curados a temperatura ambiente ou atemperaturas elevadas, j os monocomponentes devem ser curados a altas temperaturas, por volta de150C, por uma hora ou mais. Em geral os adesivos epoxies curados em altas temperaturas, promovemmaior resistncia mecnica. Os sistemas bicomponentes so mais utilizados porque podem serarmazenados por longos perodos de tempo.

    Caractersticas principais:Temperatura de operao: -50 a 230CResistncia ao cisalhamento: 35 a 70MpaFormas: lquido, pasta ou filme

    VANTAGENS:Alta resistncia a trao.Boa rigidez.

    Alta resistncia trmica.Cura fcil.Resistncia a fluncia.DESVANTAGENS:Baixa resistncia ao impacto.Alto custo.

    2.2 Uretanos

    Esta famlia de adesivos promove boa adeso numa grande variedade de substratos, ou seja, poliuretanosso geralmente utilizados em aplicaes onde se necessita alta resistncia aliada a flexibilidade. Estesadesivos podem ser tanto mono como bi componente.

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    Caractersticas principais:Formas: lquido ou pasta

    Resistncia ao cisalhamento: at 50 MpaTemperatura de servio: -180 a 150CVANTAGENS:TenacidadeFlexibilidade.Alta resistncia ao impacto.Resistncia a abraso.

    Alta resistncia a delaminao.DESVANTAGENS:Voltil.Baixa resistncia a fluncia.

    Sensibilidade qumica e a umidade.Em geral necessita de primer.

    2.3 Acrlicas

    Atualmente so utilizados adesivos acrlicos modificados provendo caractersticas semelhantes aosadesivos epoxie e poliuretanos, com a vantagem de raramente exigirem a aplicao de primer. Podem serencontrados em mono e bi-componentes, constitudos de um catalizador e um adesivo. Esta classe deadesivos curam totalmente em 30 minutos ou menos a temperatura ambiente e seu tempo de manuseio de 60 a 90 segundos.

    Caractersticas principais:Formas: lquido ou pastaResistncia ao cisalhamento: at 40MpaTemperatura de servio: -150 a 180C

    VANTAGENS:Alta resistncia mecnica.Cura rpida.

    Alta tenacidade.

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    DESVANTAGENS:Forte odor.Inflamvel.

    Dificuldades de penetrao em lacunas.

    2.4 Cianoacrilatos

    Os adesivos cianoacrilatos so monocomponentes de cura rpida a temperatura ambiente, o tempo paramanuseio de 2 a 3 segundos e seu tempo total de cura de 24 horas.A cura se inicia pela presena de umidade na superfcie do substrato.

    Caractersticas principais:Formas: lquidoResistncia ao cisalhamento: at 35 MpaTemperatura de servio: -50 a 80C

    VANTAGENS:Alta tenso de ruptura.No h limitao no tempo de armazenamento.

    DESVANTAGENS:Frgil.No recomendado para contato constante com a gua.No recomendado para colagem de diferentes materiais.

    2.5 Silicones

    Silicones so mais frequentemente utilizados como selantes por causa de sua extrema resistncia asolventes e a umidade. Podem tambm ser utilizados em aplicaes que no necessitem altas tenses detrao ou cisalhamento. Em aplicaes de engenharia como juntas, os silicones so muito utilizadosdevido a alta resistncia trmica e intempries. So normalmente encontrados em monocomponentes quecuram pelo contato com a umidade do ar, ou tambm como bicomponentes, onde uma das partes umcatalisador. Sua cura total pode levar de 1 a 5 dias a temperatura ambiente.

    Caractersticas principais:Formas: Lquido ou pastaResistncia ao cisalhamento: at 70Mpa

    Temperatura de servio: at 300C

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    VANTAGENS:Alta resistncia ao impacto.Boa resistncia a delaminao.Excelente estabilidade trmica.DESVANTAGENS:Baixa resistncia ao cisalhamento.A figura a seguir mostra alguns tipos de juntas recomendadas para se obter a mxima eficincia tanto emsistemas com adesivos como em sistemas utilizando solventes.

    3 - SOLDAGEM POR ULTRA SOM

    A soldagem por ultra-som um mtodo muito comum de unio de duas peas plsticas. Este mtodopossibilita unies fortes e confiveis com ciclos curtos de operao.

    Geralmente a unidade de Solda por Ultrasom composta por dois componentes bsicos, o primeiro afonte de energia que transforma a frequncia da energia recebida de 60 Hz para geralmente 20 kHz. Osegundo responsvel por converter a energia eltrica em movimento mecnico e aplic-lo na pea a sersoldada atravs do sonotrodo, o qual desenhado para a pea a ser soldada.Alguns pontos importantes para se obter boa qualidade de solda:

    Resina - Materiais com fibra de vidro apresentam maior dificuldade de solda, j que a fibra no se funde.

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    Neste caso deve utilizar mquinas de solda mais potentes para garantir a fuso da fase polimrica docomposto.Os materiais das peas a serem soldadas devem ser compatveis entre si.Contaminaes superficiais - Contaminantes como leo, graxa ou silicone dificultam a unio do materialfundido. Deve-se garantir que as superfcies que sero soldadas estejam livres de contaminantes paragarantir a mxima resistncia da unio.Potncia da mquina de solda deve ser compatvel com o material e dimenso da rea de soldagem.Projeto do diretor de energia

    -Este um item muito importante e responsvel pela maioria dos casos de insucesso neste tipo desoldagem. As figuras abaixo fornecem as dimenses para alguns tipos de diretores de energia.

    Usinagem de peas em plsticos de engenhariaOs termoplsticos de engenharia podem ser usinados com as mesmas ferramentas de ao rpido utilizadaspara metal. Para grandes produes e resinas com fibra de vidro, recomenda-se ferramentas com ponta depastilha de carbono. O calor excessivo sobre as peas deve ser reduzido aplicando-se como refrigerante arou gua. Outros meios, principalmente leos derivados do petrleo, no devem ser empregados.As serras podem ser circular, manual ou de fita. No caso de chapas com espessura inferior a 3mmrecomenda-se o ltimo modelo. Para furao, as brocas de ao rpido devem possuir ngulo de ataque de5, mantendo-se afiadas para conservar a qualidade do corte. A figura e tabela a seguir orientam quanto avelocidade adequada.O torneamento requer ferramentas de ao rpido com angulo de ataque de 15 a 20. Se o material daferramenta for de ponta de pastilha de carbono, o ngulo deve ser menor.Para frezamento, melhor utilizar ferramentas usuais com 4 canais, ngulo de ataque de 5 e ngulo desada de cavaco entre 20 e 25. Deve-se empregar velocidade de rotao entre 100 e 500 RPM e de avanoentre 0,1 e 0,5 mm/min.Machos concntricos de ao rpido e ngulo de ataque de 10 a 15 permitem melhor rosqueamento. Paraorifcios at 3mm deve-se usar machos com 2 canais , enquanto para os furos maiores, os de 4 canaisproporcionam melhor resultado.Pode-se estampar orifcios em termoplsticos de engenharia da GE com at 3mm de espessura. Comngulo de ataque de 45 e folga de lmina e o bero de 0,015 a 0,030 mm consegue-se melhor acabamentono corte.

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    Se a usinagem necessria for muito grande, deve-se recozer as peas posteriormente. Este procedimentoreduz as tenses internas geradas e a possibilidade de fratura prematura do produto.

    4 - SOLDAGEM POR PLACA QUENTE

    Este tipo de solda consiste basicamente em fundir as peas nas regies a serem soldadas e ento uni-lassob presso.Esta tcnica proporciona boa resistncia da unio, selagem confivel e permite soldagem de resinas poucocompatveis, alm de necessitar de baixo investimento no equipamento de solda. Porm apresentamalgumas desvantagens como: Ciclos longos, normalmente o material fundido adere na matriz, fazendo-senecessrio limpeza peridica e tambm h a possibilidade de degradao do material.Tal como a soldagem por Ultrasom, o projeto da regio de solda um fator importante. A figura abaixomostra algumas recomendaes de juntas para soldagem por placa quente.Dimetro do furoVelocidade da brocaVelocidade de avano(mm) (rev/mm) (mm/rev)3 1750 0,035-0,0756 1000-1500 0,035-0,0759 660-650 0,012-0,07412 325-650 0,07518 350 0,075