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Monitoramento oficial de algas tóxicas e vigilância de biotoxinas em moluscos bivalves no Brasil Reunião sobre a gestão integrada de florações de algas tóxicas no litoral paulista 26 de setembro de 2017 Isabella Fontana Chefe da Divisão de Sanidade de Moluscos e Crustáceos Coordenação de Animais Aquáticos

Monitoramento oficial de algas tóxicas e vigilância de ... - PNCMB.pdf · •Estratégia operacional de coleta e remessa de amostras •Estimativa de número total de amostras •Logística

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Monitoramento oficial de algas tóxicas e vigilância de biotoxinas em

moluscos bivalves no Brasil

Reunião sobre a gestão integrada de florações de algas tóxicas no litoral paulista

26 de setembro de 2017

Isabella Fontana Chefe da Divisão de Sanidade de Moluscos e Crustáceos

Coordenação de Animais Aquáticos

(Perna perna)

Ostras 3,030 t (2015)

Mexilhões 17,370 t (2015)

Vieiras 38 t (2015)

SC 98% da

produção nacional

Produção nacional

Fonte: IBGE (2016)APA

Histórico

• Demandas para o monitoramento • Necessidade de aumentar a qualidade do produto

• Biossegurança e maior competividade no comércio internacional

Pesquisas com algas

nocivas

Amostragens para análises microbiológicas e detecção de biotoxinas

EPAGRI/Universidades

PNCMB

1994 2005 2012

PNCMB – Aspectos legais

• Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves • INI MPA/MAPA n° 07/2012

• Portaria MPA n° 204 de 28/06/12

• Portaria MPA n° 175 de 15/05/13

• Execução no estado pelo SVO. Santa Catarina CIDASC

Estabelecimento de requisitos mínimos para garantir segurança e qualidade dos moluscos bivalves

Definição de critérios para o monitoramento e de ações para o cumprimento dos requisitos

Escopo analítico

Monitoramento

Microalgas Análises

microbiológicas Biotoxinas

E. coli ASP / PSP / DSP / YTX Análise Qualitativa

Análise Quantitativa

Amostras de água

Amostras de moluscos

Pontos de coleta

39 pontos de coleta

500g de partes comestíveis 50-70 mexilhões, 40 ostras

ou 2,5kg de berbigões

2 x

Coletas para análises de biotoxinas

Laqua-Itajaí/SC

Biotoxinas

Fonte: FAO/IOC/OMS (2004) e EFSA (2010).

• Paralytic Shellfish Poisoning (PSP) – STX

• Amnesic Shellfish Poisoning (ASP) – AD

• Toxinas lipofílicas: • Diarrhetic Shellfish Poisoning (DSP) – AO, DTX e AZA

• Yessotoxinas (YTX)

100g de partes comestíveis ~12 mexilhões, 8 ostras ou

500g de berbigões

5 x

Coletas para análises microbiológicas

Monitoramento microbiológico

• De acordo com a metodologia ISO/TS 16649-3 • Contagem de E. coli (NMP) técnica horizontal;

• Ou outro método válido (protocolo ISO 16140);

• Ou reconhecido pelo Codex Alimentarius;

Para análises quantitativas

Para análises qualitativas

2 x

2 x

250mL 250mL

250mL

Coletas de amostras de microalgas

LAQUA-Itajaí/SC

Monitoramento de microalgas

• Análises quantitativas

• 250mL de água do mar (lugol 1%)

• Contagem: Método de Utermhol (câmara de sedimentação)

• Análise qualitativa

• Rede de coleta de fitoplâncton • 3 lances de rede

• Coletor repleto de água do mar

Coletas oficiais

• Procedimentos publicados nas Portarias n. 204/2012 e n. 175/2013

• Parâmetros que irão indicar se a despesca pode ser feita numa área produtiva ou não

NMP E. coli Biotoxinas marinhas

Abaixo do limite Igual ou superior

< 230 Liberado Suspenso

230 ≥ E. coli ≤ 46.000 Liberado sob condição Suspenso

> 46.000 Suspenso Suspenso

Monitoramento

Autorizado

Sob condição

Suspenso

Consumo humano após inspeção

Consumo humano após processamento industrial: tratamento térmico, evisceração e remoção das

gônadas

Ato administrativo para suspender a despesca e o trânsito

Detecção de clusters de ocorrência de DSP Clusters de D. acuminata (amostras de água)

Fonte: FONTANA, I. (2016)

Próximos passos

1 Implementar efetivamente o Programa no âmbito nacional

2 Reavaliar o desempenho do Programa e discutir os ajustes necessários

3 Melhorar as abordagens dos métodos de amostragem e vigilância baseada em risco

4 Desenvolver alertas mais eficientes para a detecção de florações tóxicas

5 Aumentar o escopo de análises de toxinas

6 Investir em pesquisas sobre florações de algas tóxicas

7 Aumentar o escopo das analyses microbiológicas (norovirus, salmonella, virus da hepatite, etc.)

8 Incluir o monitoramento de resíduos e contaminantes (ex.: PCBs, metais pesados)

9 Discutir novas fontes de financiamento

10 Conscientizar o setor produtivo nas questões de saúde de animais aquáticos

11 Cooperações internacionais

12

Atendimento de padrões internacionais para exportação de produtos

Infecções por:

Perkinsus marinus

Perkinsus olseni

Marteilia refringens

Ostreid herpesvirus OsHV-1

Mikrocytos mackini

Bonamia ostrea

Bonamia exitiosa

Source: MAPA

Zoneamento de patógenos de

importância para o comércio

internacional

Dificuldades

• Obstáculos à implementação de políticas de saúde pública na

produção de moluscos:

• Licenças ambientais;

• Acesso limitado a créditos;

• Conhecimento limitado sobre a saúde dos animais aquáticos pelos

serviços veterinários e pelo setor privado;

• Rastreabilidade de produtos de animais aquáticos;

• Financiamento de emergência;

• Custos do Programa;

• Comunicação entre as autoridades competentes.

Roteiro para implementação

• Vigilância ativa grande esforço operacional

• 1) Cadastro dos locais de cultivo (formulário IN n. 4 de 4/2/15 - manual) • Os OESAs podem solicitar aditivo via convênio SUASA estabelecido

com o MAPA para viabilizar o cadastro

• Atualização dos sistemas informatizados

• 2) Instituir Comitês Estaduais de Sanidade AA • Caráter consultivo (setor produtivo e órgãos oficiais)

• Políticas públicas e estratégias de compensação/indenização

• Subcomitê de Resíduos e Contaminantes PNCMB (manual)

• 3) Subcomitê dossiê técnico-científico plano de ação • OESA SFA parecer favorável DSA (aprovação pela CAQ).

Dossiê técnico-científico

• Distribuição espacial dos cultivos com base no cadastro • Órgão ambiental licenciamento

• Definição dos pontos de coleta com justificativa • Inventário de contaminações, condições geográficas,

oceanográficas e meteorológicas, material científico

• Apontar e justificar a periodicidade de coleta, caso seja diferente da Portaria MPA nº 204/12 • Parecer favorável SFA. Etapa compulsória para N e NE

Dossiê técnico-científico

• Estratégia operacional de coleta e remessa de amostras • Estimativa de número total de amostras

• Logística de coleta

• Como será custeada

• OESA poderá contratar empresa de coleta e remessa

• OESA poderá solicitar aditivo do convênio SUASA para custeio

• Definir os laboratórios para análises microbiológicas (LANAGROS, ANVISA/MS ou credenciados) e de biotoxinas (LAQUA-Itajaí/SC)

Dossiê técnico-científico

• Como será feita a interdição de áreas suspensas

• Como será feito o alerta de fechamento de áreas • Produtores, SVO, inspeção, vigilância sanitária,

consumidores

• Educação sanitária conscientização/comunicação

• Aprovação pela CAQ CGAL para planejamento

• Execução

• OESA devem dar publicidade aos resultados (net)

• OESA pode solicitar capacitação e treinamentos

Obrigado! [email protected]