Upload
alexsandro-urbano
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
1/50
SO PAULO
2013
CENTRO EDUCACIONAL PAULA SOUZA
ETEC GETLIO VARGAS
ELETROTCNICA
ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO
APOSTILA DE NOES BASICAS SOBRE S.P.D.A
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
2/50
SO PAULO
2013
ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO
APOSTILA DE NOES BASICAS SOBRE S.P.D.A
Trabalho Tcnicointerdisciplinar
Apresentado ao curso deEletrotcnica
Da Escola Tcnica Getlio Vargas, como
Requisito parcial para a obteno do ttulo
De tcnico.
ORIENTADOR: PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
3/50
SO PAULO
2013
ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO
APOSTILA DE NOES BASICAS SOBRE S.P.D.A
Trabalho Tcnico
interdisciplinar
Apresentado ao curso de
Eletrotcnica
Da Escola Tcnica Getlio Vargas, como:
Requisito parcial para a obteno do ttulo
De tcnico.
Aprovado pela Banca Examinadora em 10 de dezembro de 2013.
BANCA EXAMINADORA:
PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO
Orientador
PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO
PROF. DOMINGOS ALTOBELLO NETO
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
4/50
SO PAULO
2013
Dedico este trabalho com todo carinho
a toda minha famlia, minha esposa meus filhos,
meu pai e minha me que so fonte de minha inspirao para a realizao destetrabalho.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
5/50
SO PAULO
2013
AGRADECIMENTOS
Agradeo a toda a minha famlia, minha esposa Karina Sato Urbano, uma pessoamuito especial que me apoiou em todos os momentos de dificuldades, e sempre esteao meu lado para me incentivar.
Quero agradecer ao meu pai Luis Carlos Urbano e minha me Ana Dias Urbano queme ensinaram a ser objetivo e dedicado em toda a caminhada da minha vida.
Quero agradecer aos meus filhos maravilhosos Thiago Ferreira Urbano, Magno Zaque
Luis Faria, que so a fora que me motivam para alcanar os meus objetivos.
Agradeo aos meus amigos e companheiros que me motivaram nos momentosdifceis quando as dificuldades se mostraram impertinentes.
Agradeo a todos que me apoiaram para o desenvolvimento deste trabalho.
E por fim agradeo ao orientador Dr. Sergio Ferraz e ao meu Professor Domingos queme ajudaram e souberam me conduzir durante o desenvolvimento deste trabalho.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
6/50
SO PAULO
2013
RESUMO
Esta apostila tem como principal fundamento abordar conhecimentos bsicos sobreum assunto na rea da eletrotcnica que tem grande importncia na proteo deSistemas Eltricos e Estruturas. Trata-se de Sistemas de Proteo de DescargasAtmosfricas, S.P.D.A.
O contedo desse material descrevera os principais e mais importantes pontos doassunto, de forma didtica e esclarecedora para servir de introduo para um estudomais avanado e tcnico. Dando uma viso mais clara e ampla para este que e umassunto no muito abordado no meio profissional. Adotando como base de estudostodo o contexto j tratado na Norma Regulamentadora, a NBR 1519 - Proteo deestruturas contra descargas atmosfricas.
De uma forma mais leiga abrangendo um assunto complexo, porm, trazendo umconhecimento mais claro sobre diversos tipos de projetos, instalaes e tcnicassobre S.P.D.A.
Palavras-chaves: Para-Raios
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
7/50
SO PAULO
2013
ABSTRACT
This book has as its main foundation to address basic knowledge about a topic
in the field of electrical engineering that has great importance in the protection ofElectrical Systems and Structures. It Systems Lightning Protection, SPDAThe content of this material described the main and most important points of thesubject, in a didactic and enlightening to serve as an introduction to a more advancedand technical. Giving a clearer and wide for this and a subject that is not discussedmuch in the professional. Adopting the basis of studies already addressed the wholecontext in Norm,
NBR 1519Protection of structures against lightning.On a more secular covering a complex subject, however, bringing a clearer knowledgeon various types of projects, facilities and techniques on SPDA.
Keywords: lightning rod
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
8/50
SO PAULO
2013
LISTA DE ILUSTRAES
FIGURA 01DESCARGAS ATMOSFRICAS
FIGURA 02 CHOQUE ELTRICO
FIGURA 03 SPDA
FIGURA 04 HASTE VERTICAL
FIGURA 05 CAPITOR TIPO FRANKLIN
FIGURA 06 CONE DE PROTE O
FIGURA 07ESFERA ROLANTE
FIGURA 08 GAIOLA DE FARADAY
FIGURA 09 CONDUTORES NATURA IS
FIGURA 10 CONDUTOR DE DESCIDA
FIGURA 11 CABO DE DESCIDA
FIGURA 12 TENSO DE TOQUE
FIGURA 13 DESCIDAS NATURA IS
FIGURA 14 ATERRAMENMTO EM ANEL
FIGURA 15 ATERRAMENTO RADIAL
FIGURA 16 TENS O DE PASSO
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
9/50
SO PAULO
2013
LISTA DE TABELAS
TABELA 01
CLASSIFICA O DAS ESTRUTURAS QUANTO SCONSQUENCIAS DAS DESCARGAS (CD).
TABELA 02 - CLASSIFICA O DAS ESTRUTURAS QUANTO A LTURA E
IMPLANTAL O (AL )
TABELA 03 - NECESSIDADE DE PROTE O CONTRA DESCARGAS
ATMOSFRICAS
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
10/50
SO PAULO
2013
SUMRIO
1. INTRODUO2. JUSTIFICATIVAS
3. OBJETIVO
3.1 . OBJETIVO GERAL
3.2 . OBJETIVO ESPECFICO
4. NORMA REGULAMENTADORA
5. FENMENOS NATURAIS
5.1 . DESCARGAS ATMOSFRICAS
5.2 . RAIOS
5.3 . CONSEQUNCIAS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS
5.4 . EFEITOS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS EM LINHAS DETRANSMIO E DISTRIBUIO
6. CHOQUE ELTRICO
7. PRINCIPAIS EFEITOS CAUSADOS PELOS RAIOS
7.1 . EFEITOS SOBRE OS SERES VIVOS
8. NECESSIDADE DEPROTEO
8.1 . NVEIS DE PROTEO
9. INTRODUO AO SPDA (PARA-RAIOS)
9. PROTEO ISOLADA
10. CAPTOR
10. 1. CAPTORES ARTIFICIAIS
10. 1.1. HASTES VERTICAIS (TIPO FRANKLIN)
MTODO FRANKLIN
10. 1.2. CONDUTORES DE COBERTURA
10. 1.3. EMALHADO DE CONDUTORES (GAIOLA DE FARADAY)
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
11/50
SO PAULO
2013
GAIOLA DE FARADAY
10. 2. CAPTORES NATURAIS
11. CONDUTORES DE DESCIDA11. 1. DESCIDAS ARTIFICIAIS
11. 2. DESCIDAS NATURAIS
12. ATERRAMENTO
12. 1. ATERRAMENTOS NATURAIS
12. 2. ATERRAMENTOS ARTIFICIAIS
12. 2.1. CONDUTORES EM ANEL
12. 2.2. ATERRAMENTO DO TIPO RADIAL
13. LIGAES EQUIPOTENCIAIS
14. PREVENO DA TENSO DE PASSO
15. INSPEO
15. 1. OBJETIVO DAS INSPEES
15. 2. SEQUENCIAS DAS INSPEES
15. 3. PERIODICIDADE DAS INSPEES
16. DOCUMENTAES TCNICAS
17. CLASSIFICAO DOS EDIFCIOS E ESTRUTURAS
17. 1. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO S CONCEQUNCIASDAS DESCARGAS (CD)
17. 2. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO ALTURA EIMPLEMENTAO (AL)
18. NECESSIDADE DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS
19. CONCLUSO
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
12/50
11
SO PAULO
2013
1 INTRODUO
A presente pesquisa visa demonstrar os conceitos e mtodos adotados paraum levantamento de uma serie de fatores e estudos, que sero utilizados para a
instalao de um sistema de proteo contra descargas atmosfricas, em uma
edificao ou estrutura.
A descarga atmosfrica, por ser to notvel e intensa, vem fomentando a
curiosidade e o interesse desde os tempos pr-histricos. Este incrvel fenmeno, por
apresentar tanto poder, era reverenciado pelas antigas civilizaes assim como um
Deus. O fato que este fenmeno , ainda hoje, motivo de muito espanto e
admirao.
Raios so fenmenos atmosfricos caracterizados pela formao de correntes
eltricas com milhes de volts de potencial e que atingem a superfcie causando
prejuzos materiais e mesmo mortes.
Normalmente, a temporada de temporais tem inicio em Setembro e vai at
Maro.
Foi muito longo o caminho para se descobrir a natureza eltrica das descargas
atmosfricas e para se chegar a regras aceitveis de proteo para propriedades,
aparelhos e principalmente pessoas.
At hoje no se tem 100% de proteo, desde que Franklin props pela
primeira vez o mtodo de proteo contra raios de um edifcio at os tempos de hoje a
proteo mxima que se consegue 98% de eficincia.
Esta pesquisa segue como base de estudo a NBR 5419, a norma
regulamentadora que descreve os padres para a implantao de um projeto de
proteo adequado e eficiente.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
13/50
12
SO PAULO
2013
2 JUSTIFICATIVAS
A importncia de um Sistema de Proteo contra Descargas Atmosfricas
(S.P.D.A), de proteger estruturas, edificaes e pessoas contra os efeitos das
descargas atmosfricas.
A queda de raios causam incndios, danos em equipamentos eletrnicos sensveis eat perdas humanas.
Coordenando o projeto de proteo com o de construo civil, obtm um custo menore um sistema mais eficaz de proteo.
Por isso, a importncia de se instalar um SPDA e fazer inspees peridicas paraavaliao de sua eficincia.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
14/50
13
SO PAULO
2013
3 OBJETIVO
3.1 . OBJETIVO GERAL
Apresentar uma introduo para sistemas de proteo contra descargas
atmosfricas por meio de um material didtico e de fcil compreenso.
3.1 . OBJETIVO ESPECFICO
O objetivo desse trabalho apresentar um contedo de fcil compreenso e
leitura sobre um assunto muito extenso, onde apesar de j existir uma norma
regulamentador descrevendo todas as condies tcnicas para a implantao dos
sistemas de proteo, ainda se apresenta como um assunto muito amplo e complexo.
Desse modo, podendo ser introduzido no conhecimento e contexto do dia a dia
do profissional da gama da Eletrotcnica, sendo uma base par uma pesquisa mais
avanada e mais detalhada.Afim de que possa se tornar ate mesmo uma referencia como estudo e
pesquisa para os profissionais que estiverem iniciando suas carreiras.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
15/50
14
SO PAULO
2013
4 NORMA REGULAMENTADORA
Existe na ABNT, uma NBR que rege todas as regras sobre SPDA.
A NBR 5419, Proteo de estruturas contra descargas atmosfricas, nela
contm todos os aspectos gerais para se fazer um projeto adequado e eficiente para a
proteo de estruturas e edificaes contra descargas atmosfricas.
Existem outras normas que so levadas em considerao para a citao da
NBR 5419, elas so:
- NBR 5410Instalaes eltricas de baixa tensoProcedimento
- NBR 6323Produto de ao ou ferro fundido revestido de zinco por imerso a
quenteEspecificao
- NBR 9518Equipamentos eltricos para atmosferas explosivasRequisitos
geraisEspecificaes
- NBR 13571 Hastes de aterramentos em ao cobreado e acessrios
Especificaes
Esta no se aplica a:
a) Sistemas ferrovirios
b) Sistemas de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica
externos s estruturas;
c) Sistemas de telecomunicaes externos s estruturas;
d) Veculos, aeronaves, navios e plataformas martimas.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
16/50
15
SO PAULO
2013
5 FENMENOS NATURAIS
5.1 . DESCARGAS ATMOSFRICAS
As descargas atmosfricas so fenmenos eltricos, que embora complexos
podem ser, de forma sucinta, descritos como originrios da neutralizao de cargas
eltricas, segundo o professor do Departamento de Engenharia Eltrica da Escola de
Engenharia de So Carlos e Pr-reitor de Cultura e Extenso Universitria da
Universidade de So Paulo (USP), Ruy Alberto Corra Altafim. As nuvens so
grandes mquinas eletrostticas, que provocam a separao das cargas
eltricas positivas e negativas existentes na atmosfera.Essas cargas, assim
separadas, ao atingirem determinados valores tendem a se neutralizar
repentinamente com a formao de correntes eltricas de milhares de ampres
e com curtos intervalos de tempo, da ordem de microsegundos. Essas
correntes podem ocorrer tanto no interior das nuvens, como entre nuvens e
entre a nuvem e a terra, explica ele.
FIG. 01 DESCARGAS ATMOSFRICAS
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
17/50
16
SO PAULO
2013
5.2 . RAIOS
Devido ao longo perodo de estiagem, as chuvas que comeam a cair so
normalmente acompanhadas de tempestades, ou seja, as convectivas e as frontais.
No primeiro, elas so originadas a partir do aquecimento do solo pelos raios solares
que faz o ar quente subir, carregando com este as partculas de vapor. As
tempestades frontais resultam do encontro de uma massa de ar frio com uma massa
de ar quente. O raio um fenmeno de natureza eltrica sendo produzido pela nuvem
do tipo cumulunimbusque tem um formato parecido com uma bigorna e chega a ter
12 km de altura e vrios quilmetros de dimetro. As tempestades com trovoadas se
verificam quando certas condies particulares (temperatura, presso, umidade do ar,velocidade dos ventos, etc), fazem com que um determinado tipo de nuvem de torne
eletricamente carregada internamente. O mecanismo de auto produo de cargas
eltricas vai aumentando de tal modo que d origem a uma onda eltrica (raio) que
partir da base da nuvem em direo ao solo, buscando locais de menor potencial,
definindo assim uma trajetria ramificada e aleatria. Esta primeira onda caracteriza o
choque lder que define sua posio de queda entre 20 a 100m do solo. A partir deste
estgio, o primeiro choque do raio deixou um canal ionizado entre a nuvem e o soloque dessa forma permitir a passagem de uma avalanche de cargas com corrente de
pico em torno de 20.000 Amperes. Aps esse segundo choque violento das cargas
eltricas passando pelo ar, provoca o aquecimento deste meio, at 30.000C,
provocando assim a expanso do ar (TROVO). Neste processo os eltrons retirados
das molculas de ar, retornam, fazendo com que a energia seja devolvida sob a forma
de (RELMPAGO). As descargas atmosfricas podem ser ascendentes (da terra para
a nuvem) ou descendentes (da nuvem para a terra) ou ainda entre nuvens. A fim de seevitar falsas expectativas sobre os sistemas de proteo e desmistificar muitas
crenas populares, veja os seguintes esclarecimentos:
1)O raio um fenmeno da natureza absolutamente imprevisvel tanto em
relao s suas caractersticas eltricas como em relao aos efeitos destruidores
decorrentes de sua incidncia sobre as edificaes, as pessoas e os animais.
2) Nada em termos prticos pode ser feito para impedir a quedade uma
descarga em uma determinada regio. Assim sendo, as solues aplicadas buscam
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
18/50
17
SO PAULO
2013
to somente minimizar os efeitos destruidores a partir de instalaes adequadas de
captao de conduo segura da descarga para a terra.
3)Cuidados pessoais no caso de enfrentar um tempestade:
-Nunca procure abrigo sob rvores
- No entre em rios ou lagos
-Procure abrigo em instalaes seguras, jamais ficando ao relento.
-Caso no encontre abrigo, durante uma tempestade, procure no se movimentar, e
se possvel ficar agachado, evitando assim o efeito das pontas.
5.3 . CONSEQUNCIAS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS
A ao e efeito do raio causam diversos prejuzos, dentre eles esto:
- Incndios em florestas, campos e prdios; destruio de estruturas e rvores;
- Colapso na rede de energia eltrica;
- Acidentes na aviao;
- Acidentes nas embarcaes martimas;
- Acidentes em torres de poos de petrleo;- Acidentes nas plataformas martimas de petrleo;
- Mortes de seres humanos e animais; etc.
5.4 . EFEITOS DAS DESCARGAS ATMOSFRICAS EM LINHA DE
TRANSMIO E DISTRIBUIO
O efeito das descargas pode ser direto ou indireto.- Linhas de Transmisso so dotadas de Cabo Guarda ou Cabo Para- Raios.
- LTPossibilidade de desligamento da linha devido ao Back Flash Over (Descarga
Disruptiva na cadeia de isoladores).
- RDEImportncia significativa na composio de ndices de Qualidade de Energia
Fornecida.
- Amplitudes das solicitaes causadas por descargas indiretas so menos severas.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
19/50
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
20/50
19
SO PAULO
2013
6. CHOQUE ELTRICO
FIG. 02 CHOQUE ELTRICO
O choque eltrico causado pela corrente eltrica que atravessa o corpo do ser
humano ou de qualquer outro tipo de animal. O seu acontecimento pode causar at
morte, dependendo da intensidade da corrente eltrica, por isso deve-se ter muito
cuidado com tomadas, fios desencapados e at mesmo a rede eltrica de distribuio
de energia, pois so muito perigosos e com alto poder para eletrocutar uma pessoa.
O que determina as consequncias do choque a intensidade da corrente eltrica, ou
seja, o valor da corrente. Lembrando que a corrente eltrica medida no Sistema
Internacional de Unidades em ampre. Alguns estudos sobre esse fenmeno
revelaram as consequncias de alguns valores aproximados, veja:
Corrente de 1mA a 10 mA podem provocar apenas uma sensao de
formigamento;
Correntes entre 10 mA e 20 mA podem causar uma sensao dolorosa;
Correntes maiores que 20 mA e menores que 10 mA causam
dificuldades na respirao, pode causar morte por asfixia se no
socorrido a tempo;
Correntes superiores a 100 mA so muito perigosas com alto poder de
matar, pois atacam direto o corao, fazendo com que ele funcione a
rpidas contraes e de formas irregulares, a chamada fibrilao
cardaca;
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
21/50
20
SO PAULO
2013
Correntes que so superiores a 200 mA j no causam mais a fibrilao
cardaca, mas provocam graves queimaduras e parada cardaca.
A voltagem no um fator determinante para o fenmeno do choque eltrico. Em
algumas situaes, apesar da voltagem ser relativamente grande as cargas eltricas
envolvidas so muito pequenas, e em consequncia disso o choque eltrico produzido
no apresentam nenhum risco. Isso ocorre, por exemplo, no gerador de Van de
Graaff, utilizado em laboratrios de ensino. No entanto, voltagens que so
relativamente pequenas podem causar srios danos, dependendo da resistncia do
corpo. O corpo humano tem resistncia aproximada de 100000 com a pele seca, j
com a pele molhada cerca de 1000 . Ou seja, conclui-se que com corrente eltrica
no se brinca, pois suas consequncias podem ser fatais.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
22/50
21
SO PAULO
2013
7. PRINCIPAIS EFEITOS CAUSADOS PELOS RAIOS
Os raios podem causar a morte de pessoas e animais por vrios efeitos durante
a descarga entre nuvem e terra. Quando o lder ascendente, saindo de um solo plano,
se encontra com o lder descendente, forma-se a descarga de retorno, que de
grande intensidade, produzindo:
Elevao da temperatura no centro do raio e como consequncia, uma
violenta expanso do ar, com o rudo de um estrondo, que o trovo.
Fortes campos eletromagnticos, em torno do ponto central do raio que
se propagam a centenas de metros.
Linhas radiais de corrente no solo, com origem no ponto de impacto do
raio.
Ao longo das linhas de corrente, existiro quedas de tenso, variveis
com a resistncia do solo, formando em direo radial concntrico linhas
de corrente e em direo de curvas concntricas linhas equipotenciais.
Incndio de arvores se o raio for de baixa intensidade e longa durao
ou romper-se se for de alta intensidade e baixa durao.
7.1 . EFEITOS SOBRE OS SERES VIVOS
So os efeitos que o raio provoca sobre os seres vivos, quando atinge direta ou
indiretamente um ser vivo, podem ocorrer pela exposio ao campo eletromagntico e
suas correntes de circulao no corpo dos seres vivos.
PARADA CARDACAProvocada pela passagem de corrente no troco do ser vivo, que causa
fibrilao ventricular com parada cardaca.
TENSO DE PASSO a tenso entre os ps do ser vivo, ou seja, um passo do mesmo (com os ps
separados), com isto ele ficara com os ps em linhas equipotenciais diferentes
provocando passagem de corrente pelo seu tronco, num ser vivo bispede isto
raramente provoca a morte, pois a parcela de corrente pequena (linhas
equipotenciais prximas), j nos quadrpedes geralmente fatal (linhas
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
23/50
22
SO PAULO
2013
equipotenciais distantes) maior diferena de potencial, logo maior corrente passando
pelo tronco do ser vivo.
TENSO DE TOQUE a tenso provocada pelo toque do ser vivo no condutor durante uma
descarga eletromagntica e geralmente provocada pela alta impedncia do
condutor, provocando passagem de corrente pelo ser vivo que possui uma
impedncia menor que o condutor.
TENSO LATERAL provocado pela descarga do condutor ao ser vivo prximo pelo rompimento
da resistncia do ar provocada pela alta tenso na hora da descarga atmosfrica,
geralmente quando as pessoas esto em baixo do ponto de descarga (Arvores ousofrem efeitos dos campos magnticos no lao entre eles e a rvore).
DESCARGA DIRETA o caso onde uma pessoa andando em campo aberto recebe diretamente o
raio, neste caso ocorre queimaduras e passagem de corrente pelo corao e crebro
geralmente levando o ser vivo a morte. Os sobreviventes geralmente so seres que
receberam a descarga de um brao menor do raio ou ramo do mesmo, com baixa
intensidade.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
24/50
23
SO PAULO
2013
8. NECESSIDADE DE PROTEO
A deciso de proteger uma determinada estrutura pode ser de ordem legal
(cdigos de obras municipais Brasil), uma preocupao do proprietrio para evitar
prejuzos materiais e pessoais, ou exigncia das seguradoras j que raios provocam
danos e incndio.
O Mtodo pode vir especificado pelo cdigo de obras ou ser um dos existentes
na norma NBR5419.
8.1 . NVEIS DE PROTEO
A NBR5419 relaciona 4 nveis de proteo relacionados com as estruturas
como relacionado abaixo:
Nvel IDestinado s estruturas nas quais uma falha do sistema de proteo
pode causar danos s estruturas vizinhas ou ao meio ambiente. Ex.: depsitos de
explosivos, materiais sujeitos exploso, material txico ao meio ambiente...etc.
Nvel II Destinados s estruturas cujos danos em caso de falha sero
elevados ou haver destruio de bens insubstituveis e/ou de valor histrico, mas emqualquer caso se restringiro estrutura e seu contedo, EX.: Museus, escolas,
ginsios esportivos, Estdio de futebol...etc.
Nvel III Destinada s estruturas de uso comum, como residncias,
escritrios, fbricas sem risco de exploso ou de risco, ...etc.
Nvel IV Destinadas s estruturas construdas de material no inflamvel,
com pouco acesso de pessoas, e com contedo no inflamvel. EX.: depsitos em
concreto, e com contedo no inflamvel, estoque de produtos agrcolas ...etc.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
25/50
24
SO PAULO
2013
9. INTRODUO AO SPDA (PARA-RAIOS)
um sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos
das descargas atmosfricas. composto de um sistema externo e em alguns casos
de um sistema interno de proteo.
9.1 . PROTEO ISOLADA
aquela em que os componentes do sistema de proteo esto colocados
acima e ao lado da estrutura, mantendo uma distncia em relao a esta,
suficientemente alta, para prevenir descargas captor-teto ou descargas-faces laterais
fachada.
NOTA:O Para-raios dever ficar colocado pelo menos a 2 metros do ponto
mais alto (segundo NP4426).
Para que um para-raios seja tanto quanto possveleconmico e eficaz, o
correspondente projeto deve ser elaborado em coordenao com o projeto de
construo civil da estrutura a proteger.
Elementos Bsicos:
Captor;
Condutor de Descida;
Aterramento;
FIG. 03 - SPDA
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
26/50
25
SO PAULO
2013
10.CAPTOR
O Captor a parte do para-raios que se destina a interceptar as descargas
atmosfricas incidentes no volume a proteger. Localiza-se principalmente no topo das
estruturas ou edifcios a serem protegidos. O captor pode ser do tipo artificial ou
natural.
TIPOS DE CAPTORES
* Captores artificiais
- Hastes Verticais (Tipo Franklin)
- Condutores de cobertura
- Emalhado de condutores (Gaiola de Faraday)* Captores naturais
- So todos os elementos condutores expostos, isto , que do ponto de vista
fsico possam ser atingidos pelos raios, e devem ser considerados como parte do
SPDA.
10.1. CAPTORES ARTIFICIAIS
10. 1.1. HASTES VERTICAIS (TIPO FRANKLIN)
Este mtodo se baseia no uso de captores pontiagudos colocados em mastros
verticais para se aproveitar os efeitos das pontas, quanto maior a altura, maior o
volume protegido, volume este que tem a forma de um cone formado pelo triangulo
retngulo girado em torno do mastro. So constitudas por um ou mais elementos
condutores da mesma natureza (cobre ou ferro galvanizado ou ao inoxidvel).
MTODO FRANKLIN
Este mtodo baseado na proposta inicial feita por Benjamim Franklin e tem
por base uma haste elevada. Esta haste na forma de ponta, produz, sob a nuvem
carregada, uma alta concentrao de cargas eltricas, juntamente com um campo
eltrico intenso. Isto produz a ionizao do ar, diminuindo a altura efetiva da nuvem
carregada, o que propicia o raio atravs do rompimento da rigidez dieltrica do ar.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
27/50
26
SO PAULO
2013
FIG. 04 HASTE VERTICAL
FIG. 05 CAPTOR TIPO FRANKL IN
FIG. 06CONE DE PROTEO
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
28/50
27
SO PAULO
2013
10. 1.2. CONDUTORES DE COBERTURA
Destinam-se a conduzir a corrente de descarga desde os captores at s
descidas. Pela sua posio elevada, estes condutores podem servir, eles prprios, de
captores, integrando nesse caso sistemas de condutores emalhados do tipo gaiola de
Faraday. Nesse mtodo, a rea protegida de uma edificao definida atravs de
uma esfera imaginria que rolada sobre o sistema de proteo projetado (hastes
verticais e condutores horizontais) e pelo entorno da edificao, de forma que nenhum
ponto da estrutura seja tocado por esta esfera.
FIG. 07 ESFERA ROLANTE
10.1.3. EMALHADO DE CONDUTORES (METODO DE FRANKLIN)
Mtodo mais utilizado atualmente, baseado na teoria de Faraday, segundo a
qual o campo no interior de uma gaiola blindada nulo, mesmo quando passa por
seus condutores uma corrente de valor elevado. Para que esse campo seja,
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
29/50
28
SO PAULO
2013
efetivamente, nulo preciso que a corrente se distribua uniformemente por toda a
superfcie.
O Mtodo de Faraday consiste em instalar um sistema de captores formado por
condutores horizontais a serem instalados na cobertura da edificao, interligados em
forma de malha, cujo mdulo (largura e comprimento) tambm deve estar de acordo
com a Tabela 1 da NBR-5419. bom lembrar que no se deve colocar condutores
eltricos paralelos aos condutores da malha na parte interior da estrutura e prximo
aos mesmos.
GAIOLA DE FARADAY
Uma Gaiola de Faraday uma blindagem eltrica, ou seja, uma superfciecondutora que envolve uma dada regio do espao e que pode, em certas situaes,
impedir a entrada de perturbaes produzidas por campos eltricos e ou
eletromagnticos externos. Qualquer que seja o mtodo escolhido para a proteo
deve-se:
* Instalar um condutor na periferia do teto (em anel).
* Instalar condutores nas periferias (em anel) de todas salincias das estruturas
(casa de mquinas dos elevadores, chamins etc).* Instalar o sistema captor, que completando a malha sobre o teto interligado
com os anis das salincias, quer colocando hastes verticais de maneira que todo o
teto esteja dentro do volume de proteo (Franklin ou modelo eletrogeomtrico).
FIG. 08 GAIOLA DE FARADAY
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
30/50
29
SO PAULO
2013
10.2. CAPTORES NATURAIS
Podem ser usados como captores naturais os elementos metlicos existentes
na parte superior da estrutura a proteger, e dimension ados de m aneira adequada
para suportar o impacto direto de uma descarga, tais como coberturas de
chamins, claraboias, depsitos, tomadas de ar dos sistemas de climatizao, etc.
Os captores naturais so integrados nos para-raios atravs dos condutores de
coberturas.
Condies que devem satisfazer os captores naturais so as seguintes:
FIG. 09 CONDUTORES NATURAIS
A espessura do elemento metlico no deve ser inferior a 0,5 mm ou conforme
na tabela indicada na NBR 5419, quando for necessrio prevenir contra perfuraes
ou pontos quentes no volume a proteger;
captor artificial(Gaiola de Faraday)
(condutores de
condutor de descida
captor artificial(haste vertical tipo Franklin)
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
31/50
30
SO PAULO
2013
A espessura do elemento metlico pode ser inferior a 2,5 mm, quando no for
importante prevenir contra perfuraes ou ignio de materiais combustveis no
volume a proteger;
O elemento metlico no deve ser revestido de material isolante (no se
considera isolante uma camada de pintura de proteo, ou 0,5 mm de asfalto, ou 1
mm de PVC);
A continuidade eltrica entre as diversas partes deve ser executada de modo
que assegure a durabilidade;
Os elementos no metlicos acima ou sobre o elemento metlico podem ser
excludos do volume a proteger (em telhas de fibrocarboneto, o impacto do raio ocorre
habitualmente sobre os elementos metlicos de fixao).
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
32/50
31
SO PAULO
2013
11.CONDUTORES DE DESCIDA
Parte do para-raios destinada a conduzir a corrente de descarga desde os
captores at aos eltrodos de terra.
Em construes de alvenaria, ou de qualquer tipo sem armadura metlica
interligada, dever ser implantado um SPDA com descidas externas, ou descidas
naturais que podem ser embutidas.
Estruturas metlicas de torres, postes e mastros, assim como as armaduras de
ao interligadas de postes de concreto, constituem descidas naturais at a base das
mesmas, dispensando a necessidade de condutores de descida paralelos ao longo da
sua extenso.
11.1. DESCIDAS ARTIFICIAIS
As descidas artificiais devem ser em condutores nus de cobre (seco 16 mm2,
de ferro galvanizado ou de ao inoxidvel (seco 50 mm2)). O nmero mnimo de
descidas artificiais de dois. O traado a seguir pelas descidas deve ser quanto
possvel retilneo e vertical, de forma a minimizar o percurso entre os elementoscaptores e a terra. As descidas devem ser em regra, instaladas vista, fixadas
superfcie exterior da estrutura a proteger por meio de elementos de suporte
apropriados, estabelecidos razo de dois por metro, no mnimo. Cada descida
artificial deve ser dotada de um ligador destinado a efetuar as verificaes e medies
necessrias.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
33/50
32
SO PAULO
2013
FIG. 10 CONDUTOR DE DESCIDA
FIG. 11 CABO DE DESCIDA
Os condutores de descida no naturais devem ser instalados a uma distncia
mnima de 0,5 m de portas, janelas e outras aberturas e fixados a cada metro de
percurso.
11.2. DESCIDAS NATURAIS
Pilares metlicos de galpes ou de prdios com estrutura metlica podem ser
usados como elementos naturais de descida, desde que a sua continuidade seja
garantida, nem que seja visualmente. Nesse caso recomendado adicionalmente que
todos os pilares (pelo menos os externos) sejam aterrados, como forma de reduzir os
riscos de tenso de toquepara quem est fora da edificao. Apesar disso no ser
garantia de ausncias de outros riscos inerentes a descarga atmosfrica. No caso de
descidas naturais que no seja possvel visualizar sua continuidade, por exemplo
pilares metlicos revestidos por outros materiais, seria altamente recomendado testes
de continuidade.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
34/50
33
SO PAULO
2013
Os elementos da fachada (perfis e suportes metlicos) podero ser utilizados
como condutores de descidas naturais, desde que suas sees sejam no mnimo
iguais s especificadas para os condutores de descida conforme tabela 3 e com a sua
continuidade eltrica no sentido vertical no mnimo equivalente. Em alternativa
admite-se um afastamento no superior a 1 mm entre as superfcies sobrepostas de
condutores consecutivos, desde que com rea no inferior a 100 cm2.
As instalaes metlicas da estrutura podem ser consideradas condutores de
descida naturais (inclusive quando revestidas por material isolante), desde que suas
sees sejam no mnimo iguais s especificadas para condutores de descida na
NBR-5419e com continuidade eltrica no sentido vertical no mnimo equivalente.
Outra situao e o caso de sistemas isolados, onde a prpria estrutura desuporte do captor poder ser usada como descida natural. Lembrando que um SPDA
isolado no e um SPDA com suportes isoladores, ate porque esse suporte no e
isolador eltrico. Um SPDA isolado e um sistema de proteo que apresenta uma
distancia mnima de 2 metros da edificao que esta sendo protegida, por exemplo um
poste metlico afastado 2 metros de uma casa ou um paiol de explosivos.
Para um sistema isolado em que a estrutura de suporte do captor no seja metlica
(por exemplo, um poste de madeira), ser necessrio fazer uma descida. Esta e anica possibilidade que a norma permite uma nica descida, ou seja no sistema
isolado. Dependendo da regio do pais as descidas podem ser chamadas prumadas
ou baixadas. Em edificaes tombadas pelo Patrimnio Histrico, a tcnica e usar as
barras chatas de alumnio pintadas na cor da fachada em locais escondidos,
passando-os pelos adornos das fachadas. Caso existam condutores metlicos de
gua pluvial, estes podem ser usados como condutores naturais, desde que sejam
contnuos ou passem um condutor dentro deles, de cobre.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
35/50
34
SO PAULO
2013
FIG. 12 TENS O DE TOQUE
FIG. 13 DESCIDAS NA TURAIS
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
36/50
35
SO PAULO
2013
12.ATERRAMENTO
Do ponto de vista da proteo contra o raio, um subsistema de aterramento
nico integrado estrutura prefervel e adequado para todas as finalidades (ou seja,
proteo contra o raio, sistemas de potncia de baixa tenso e sistemas de sinal).
Para assegurar a disperso da corrente de descarga atmosfrica na terra sem
causar sobretenses perigosas, o arranjo e as dimenses do subsistema de
aterramento so mais importantes que o prprio valor da resistncia de aterramento.
Entretanto, recomenda-se, para o caso de eletrodos no naturais, uma resistncia de
aproximadamente 10 ,como forma de reduzir os gradientes de potencial no solo e a
probabilidade de centelhamento perigoso. No caso de solo rochoso ou de alta
resistividade, poder no ser possvel atingir valores prximos dos sugeridos. Nestes
casos a soluo adotada dever ser tecnicamente justificada no projeto.
Sistemas de aterramento distintos devem ser interligados atravs de uma
ligao equipotencial de baixa impedncia.
Os seguintes tipos de eletrodo de aterramento podem ser utilizados:
Aterramentos naturais;
Aterramentos artificiais;
12.1. ATERRAMENTOS NATURAIS
As armaduras de ao embutidas nas fundaes das estruturas, cujas
caractersticas satisfaam s prescries da NBR 5419 devem ser preferencialmente
utilizadas como eletrodo de aterramento natural nas seguintes condies:
a) as armaduras de ao das estacas, dos blocos de fundao e das vigas
baldrame devem ser firmemente amarradas com arame recozido em cerca de 50% de
seus cruzamentos ou soldadas. As barras horizontais devem ser sobrepostas por no
mnimo 20 vezes o seu dimetro, e firmemente amarradas com arame recozido ou
soldadas;
b) em fundao de alvenaria pode servir como eletrodo de aterramento, pela
fundao, uma barra de ao de construo, com dimetro mnimo de 8mm, ou uma
fita de ao de 25 mm x 4 mm, disposta com a largura na posio vertical, formando um
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
37/50
36
SO PAULO
2013
anel em todo o permetro da estrutura. A camada de concreto que envolve estes
eletrodos deve ter uma espessura mnima de 5 cm;
c) as armaduras de ao das fundaes devem ser interligadas com as
armaduras de ao dos pilares da estrutura, utilizados como condutores de descida
naturais, de modo a assegurar continuidade eltrica equivalente prescrita na NBR
5419;
d) o eletrodo de aterramento natural assim constitudo deve ser conectado
ligao equipotencial principal prescrita na norma, atravs de uma barra de ao com
dimetro mnimo de 8 mm ou uma fita de ao de 25 mm x 4 mm. Em alternativa, a
ligao equipotencial principal deve simplesmente ser aterrada a uma armao de
concreto armado prxima, quando estas so constituintes do SPDA;e) no caso de se utilizarem as armaduras como constituintes do SPDA, sempre
que possvel, deve ser prevista a avaliao do aterramento da edificao, por injeo
de corrente atravs da terra, entre a barra TAP, desligada da alimentao exterior, e
um eletrodo externo ao edifcio;
f) alm da verificao do aterramento, se a execuo da construo no tiver
sido acompanhada pelo responsvel pelo aterramento, dever fazer-se a verificao
da continuidade eltrica das armaduras, por injeo de corrente entre pontosafastados tanto na vertical como na horizontal. Os valores de impedncia medidos
costumam situar-se entre alguns centsimos e poucos dcimos de ohm, respeitando o
valor mximo indicado na NBR 5419.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
38/50
37
SO PAULO
2013
12.2. ATERRAMENTOS ARTIFICIAIS
12.2.1. CONDUTORES EM ANEL
O eltrodo de terra preferencial utilizar num para-raios o eltrodo em anel,
constitudo por um condutor instalado na base das fundaes do edifcio ou embebido
no macio de beto das fundaes. Nestes casos, o eltrodo em anel deve,
preferencialmente, ser constitudo por ferro galvanizado por imerso a quente.
Alternativamente pode ser utilizado um condutor em anel, enterrado a uma
profundidade de aproximadamente 0,80 m e envolvendo a estrutura a proteger.
Se para as instalaes eltricas do edifcio for utilizado um eltrodo em anel este deveser tambm utilizado como eltrodo do para-raios.
FIG. 14 ATERRAMENTO EM ANEL
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
39/50
38
SO PAULO
2013
12.2.2. ATERRAMENTO DO TIPO RADIAL
Para estruturas de dimenses tais que o raio dos eletrodos em anel resulte
inferior a 8 m, podem utilizar-se eletrodos do tipo radial (em forma de pata de ave),
constitudos por trs condutores (no mnimo de 6 a 8 m cada) derivados de um ponto
comum e enterrados horizontalmente no solo a uma profundidade mnima de 0,8 m.
Se no se optar pelo eltrodo em anel, a cada descida deve corresponder um eltrodo
de terra. Constituem eltrodos de terra naturais s estruturas metlicas enterradas
que faam parte ou penetrem no edifcio ou estrutura a proteger. So ainda
normalmente utilizadas para aquele fim as fundaes em beto armado, desde que a
sua continuidade eltrica seja assegurada. Devido ao fato de se tornar difcil verificaras caractersticas dos eletrodos de terra naturais e, sobretudo, pela dificuldade de
garantir a manuteno daquelas caractersticas ao longo do tempo utilizao dos
eltrodos naturais no dispensa a instalao de eltrodos artificiais. Nos eletrodos
radiais, o ngulo entre dois condutores adjacentes no deve ser inferior a 60.
FIG. 15 ATERRAMENTO RADIAL
A profundidade e o tipo dos eletrodos de aterramento devem ser escolhidos de
forma a minimizar os efeitos da corroso e do ressecamento do solo, e assim
estabilizar a resistncia de aterramento. Em solos de rocha viva, se no for possvel
fazer aterramento pelas fundaes; os condutores devem ser cobertos por uma
camada de concreto para proteo mecnica.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
40/50
39
SO PAULO
2013
13.LIGAES EQUIPOTENCIAIS
Todas as canalizaes ou estruturas condutoras enterradas (gua, esgotos, ar
comprimido, combustveis, eletricidade, telecomunicaes, etc.) cujo traado se situe
a menos de 3 m de qualquer ponto do conjunto de eltrodos de terra do para-raios
devem ser interligadas com aquele conjunto de eltrodos de terra por meio de
condutores de cobre (seco 16 mm2), de ferro galvanizado ou de ao inoxidvel
(seco 50 mm2).Ou seja, so condutores que visam igualar o potencial entre os
diferentes condutores de modo a impedir descargas laterais. Descargas laterais,
tambm conhecidas como correntes de sobre tenses, so causadas por diferenas
de potencial entre a corrente percorrendo o condutor e objetos prximos.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
41/50
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
42/50
41
SO PAULO
2013
FIG. 16 TENS O DE PASSO
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
43/50
42
SO PAULO
2013
15.INSPEO
15.1. OBJETIVO DAS INSPEES
Este item no se aplica aos subsistemas do SPDA instalados, que tenham seus
acessos impossibilitados por estarem embutidos no concreto armado (ferragens
estruturais) ou reboco. As inspees visam a assegurar que:
a) o SPDA est conforme o projeto;
b) todos os componentes do SPDA esto em bom estado, as conexes e
fixaes esto firmes e livres de corroso;
c) o valor da resistncia de aterramento seja compatvel com o arranjo e com asdimenses do subsistema de aterramento, e com a resistividade do solo.
Excetuam-se desta exigncia os sistemas que usam as fundaes como eletrodo de
aterramento;
d) todas as construes acrescentadas estrutura posteriormente instalao
original esto integradas no volume a proteger, mediante ligao ao SPDA ou
ampliao deste;
e) a resistncia pode tambm ser calculada a partir da estratificao do solo ecom uso de um programa adequado.
Neste caso fica dispensada a medio da resistncia de aterramento.
15.2. SEQUENCIAS DAS INSPEES
As inspees devem ser efetuadas na seguinte ordem cronolgica:
a) durante a construo da estrutura, para verificar a correta instalao doseletrodos de aterramento e das condies para utilizao das armaduras como
integrantes da gaiola de Faraday;
b) aps o trmino da instalao do SPDA;
c) periodicamente, para todas as inspees, e respectiva manuteno, em
intervalos no superiores aos estabelecidos;
d) aps qualquer modificao ou reparo no SPDA, para inspees completas;
e) quando for constatado que o SPDA foi atingido por uma descarga
atmosfrica, para inspees.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
44/50
43
SO PAULO
2013
15.3. PERIODICIDADE DAS INSPEES
Uma inspeo visual do SPDA deve ser efetuada anualmente.
Inspees completas devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de:
a) 5 anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais,
administrativos, agrcolas ou industriais, excetuando-se reas classificadas com risco
de incndio ou exploso;
b) 3 anos, para estruturas destinadas a grandes concentraes pblicas (por
exemplo: hospitais, escolas, teatros, cinemas, estdios de esporte, centros comerciais
e pavilhes), indstrias contendo reas com risco de exploso, conforme a NBR 9518,
e depsitos de material inflamvel;c) 1 ano, para estruturas contendo munio ou explosivos, ou em locais
expostos corroso atmosfrica severa (regies litorneas, ambientes industriais
com atmosfera agressiva etc.).
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
45/50
44
SO PAULO
2013
16.DOCUMENTAO TCNICA
A seguinte documentao tcnica deve ser mantida no local, ou em poder dos
responsveis pela manuteno do SPDA:
a) relatrio de verificao de necessidade do SPDA e de seleo do respectivo
nvel de proteo, elaborado conforme anexo B. A no necessidade de instalao do
SPDA dever ser documentada atravs dos clculos constantes no anexo B;
b) desenhos em escala mostrando as dimenses, os materiais e as posies de
todos os componentes do SPDA, inclusive eletrodos de aterramento;
c) os dados sobre a natureza e a resistividade do solo; constando
obrigatoriamente detalhes relativos s estratificaes do solo, ou seja, o nmero decamadas, a espessura e o valor da resistividade de cada uma.
d) um registro de valores medidos de resistncia de aterramento a ser
atualizado nas inspees peridicas ou quaisquer modificaes ou reparos SPDA. A
medio de resistncia de aterramento pode ser realizada pelo mtodo de queda de
potencial usando o medidor da resistncia de aterramento, voltmetro/ampermetro ou
outro equivalente. No admissvel a utilizao de multmetro.
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
46/50
45
SO PAULO
2013
17.CLASSIFICAO DOS EDIFICIOS E ESTRUTURAS
Com o fim de aconselhar quais os edifcios e estruturas a equipar com um pra-raios
estes se classificam quanto s consequncias das descargas (CD)e quanto altura e implantao (AI).
17.1. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO S CONSQUENCIASDAS DESCARGAS (CD).
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
47/50
46
SO PAULO
2013
17.2. CLASSIFICAO DAS ESTRUTURAS QUANTO ALTURA EIMPLANTALO (AL)
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
48/50
47
SO PAULO
2013
18.NECESSIDADE DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
49/50
48
SO PAULO
2013
19.CONCLUSO
Os Sistemas de Proteo contra Descargas Atmosfricas, so um conjunto de
elementos, de mtodos, de estudos e tcnicas que trabalhados seguindo a norma da
ABNT, desenvolve uma boa proteo para edifcios e estruturas.
Contudo, SPDA um assunto muito complexo e tcnico, e mesmo em sua sntese,
alguns pontos se mostram muitos difceis de no serem tratados de uma forma
conceitual.
Porm, o contedo deste trabalho foi suficientemente esclarecedor, atingindo sua
proposta inicial, dando uma viso clara e bem objetiva para diversos temas, como,
para-raios, descargas atmosfricas, sistemas de aterramentos, nveis de proteo.Enfim, todo o contexto tratado nesse trabalho, servira como porta de entrada para
novas pesquisas e estudos, dando uma viso mais ampla para diversas tcnicas do
extenso ramo da Eletrotcnica.
Com base em toda a pesquisa realizada para montar este trabalho, um amplo e
valoroso conhecimento sobre todo o assunto tratado pde ser adquirido. Muito dos
assuntos aqui apresentados foram pesquisados de artigos e livros j existentes,
porem cada texto lido, cada site visitado forma cuidadosamente avaliados, e toda essaexperincia serviu principalmente como um estudo pessoal.
Ao final de todo trabalho, tendo ele j todo elaborado, um ganho efetivo de
conhecimento, no somente sobre para-raios, mas tambm sobre todo o conceito
sobre os Fenmenos Naturais que ocorrem, e dos quais o SPDA teve de ser
implantado!
8/13/2019 Monografia - Alex 2013
50/50
49
REFERNCIAS BIBILIOGRFICAS
SPDA - SISTEMAS DE PROTEO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFRICAS - TEORIA, PRTICA E LEGISLAO
2012 - ANDR NUNES DE SOUZA, JOS EDUARDO RODRIGUES,
REINALDO BORELLI E BENJAMIM FERREIRA DE BARROS
Editora rica
PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS
5 EDIO - AUTOR - DUILIO M. LEITE
ATERRAMENTOS ELETRICOS
2 EDIO - SILVERIO VISACRO FILHO NBR 5419 COMENTADA PROTEO DE ESTRUTURAS
CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS
SITES E BLOGS DA WEB
www.agsolve.com.br/noticias/
entenda.mais-sobre-descargas-atmosfericas-e-evite-prejuizos
www.arg.feis .unesp.br/raios.htm
Informativo AREIA Ano 1 - n4, novembro de 2000 www.mundoeducacao.com/fisica/
choque-eletrico-um-verdadeiro-perigo.htm
www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asp
www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asp
http://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.html
http://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA374AL/projeto-spda http://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialspda.pdf
http://www.google.com/imagens
http://www.agsolve.com.br/noticias/http://www.agsolve.com.br/noticias/http://www.mundoeducacao.com/fisica/http://www.mundoeducacao.com/fisica/http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asphttp://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.htmlhttp://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.htmlhttp://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA374AL/projeto-spdahttp://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialspda.pdfhttp://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialspda.pdfhttp://www.ebah.com.br/content/ABAAAA374AL/projeto-spdahttp://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231http://spdabrasil.blogspot.com.br/p/spda-o-que-e.htmlhttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_4.asphttp://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialspda/pagina_2.asphttp://www.mundoeducacao.com/fisica/http://www.agsolve.com.br/noticias/