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FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE CURVELO
Bacharelado em Administrao de Empresas
Alexandre Martins Alves Souza
GESTO DA MANUTENO DA VLI LOGSTICA: ANLISE E MELHORIA.
Curvelo/MG
2014
1
Alexandre Martins Alves Souza
GESTO DA MANUTENO DA VLI LOGSTICA: ANLISE E MELHORIA.
Monografia apresentada do curso de Administrao de Empresas Faculdade Arquidiocesana de Curvelo, como requisito parcial para obteno do ttulo de bacharel em Administrao de Empresas.
Orientador Didtico: Reginaldo Vasconcelos Sena
Orientador Tcnico: Vinicius Rocha
Coordenador de Estgio: Geraldo Guimares
Curvelo/MG
2014
2
Alexandre Martins Alves Souza
GESTO DA MANUTENO DA VLI LOGSTICA: ANLISE E MELHORIA.
Monografia apresentada do curso de Administrao de Empresas Faculdade Arquidiocesana de Curvelo, como requisito parcial para obteno do ttulo de bacharel em Administrao de Empresas.
________________________________________________________________
Reginaldo Vasconcelos Sena
________________________________________________________________
Juliana Caroline Coutinho Coelho Guimares
________________________________________________________________
Eliane Aparecida Vieira
Curvelo, 18 de novembro de 2014.
3
RESUMO
Garantir programaes simples e objetivas influenciam diretamente na qualidade de
qualquer servio. Uma manuteno confivel est ligada a essa qualidade, portanto
faz-se necessrio obter dados concisos com a realidade para que seja atendido os
pontos de maior necessidade. Atacar os pontos de maior demanda reduz
significativamente as chances de que uma falha ocorra. Com um nmero reduzido
de falhas pode-se evitar imprevistos e falta de aderncia s programaes. Este
estudo se prope exatamente verificar na ferrovia da VLI quais so os pontos que
podem ser otimizados nas programaes de manuteno semanal. A metodologia
adotada foi qualitativa e foi realizado durante o perodo de estgio na VLI no setor
Via Permanente (VP). Foram utilizadas ferramentas da qualidade total como
Diagrama de Ishikawa e Grfico de Pareto atuando como instrumento de anlise dos
principais problemas que impactam nas programaes semanais da ferrovia. Alm
disso foram analisadas as rotinas do programador de manuteno (PCM).
Palavras-chave: programao, manuteno, confiabilidade.
4
ABSTRACT
Ensure simplicity and objectivity at programming and what influences directly the
quality of the service. A reliable maintenance links to that quality, so it is necessary to
obtain accurate data to ensure treatment to most critic points. Fix that points of
higher demand significantly reduces the chances of failure occurrences. Reducing
numbers of failures could avoid unexpected events. This study verifies which points
needs to be optimized in the weekly maintenance programming at VLI railroad. The
methodology was qualitative and was conducted during the internship at the Via
Permanente (VP) area at VLI. Tools of total quality were used as Ishikawa Diagram
and Pareto chart helping the analysis the main issues that impacts on the weekly
programming of the railroad. Additionally, the routines of maintenance programmer
(PCM) were also verified.
Palavras-chave: programming, maintenance, reliability.
5
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Malha Ferroviria regio sudeste. ......................................................... 18
FIGURA 2 - Matrizes por modais no Brasil................................................................ 21
FIGURA 3 Analogia entre a manuteno preventiva e a medicina preventiva ....... 27
FIGURA 4 Oito pilares de sustentao da Manuteno Produtiva Total ................ 30
FIGURA 5 Estrutura de classificao de falhas ...................................................... 31
FIGURA 6 Relao entre o esforo e a resistncia ................................................ 33
FIGURA 7 Principais causas de ocorrncias ferrovirias na superviso de Corinto
.................................................................................................................................. 49
FIGURA 8 Esquema tcnico de uma reta e curva na via frrea ............................. 50
FIGURA 9 Check list reunies de programao semanal ...................................... 54
FIGURA 10 Dirio de Bordo do programador (PCM) ............................................. 60
FIGURA 11 1 treinamento de sistema de anomalias aos colaboradores e PCM .. 61
6
LISTA DE GRFICOS
GRAFICO 1 Principais causas de ocorrncias ferrovirias na superviso de Corinto
.................................................................................................................................. 48
GRAFICO 2 Anomalias programadas para a semana 39 por ncleo ..................... 51
GRAFICO 3 Comparao retirada de anomalias programado com realizado por
ncleo ........................................................................................................................ 52
GRAFICO 4 Anomalias retiradas semana 39 por turma de manuteno ............... 53
7
LISTA DE SIGLAS
PCM Programador e Controlador de Manuteno
VP Via Permanente (linha frrea)
TMP Turma de Manuteno Preventiva
TMC Turma de Manuteno Corretiva
VR Velocidade Restrita
OS Ordem de Servio
8
SUMRIO
1 INTRODUO ...................................................................................................... 10 1.1 Objetivos ............................................................................................................ 11 1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 11 1.1.2 Objetivos Especficos ..................................................................................... 11 1.2 Justificativa ....................................................................................................... 11 1.3 Estrutura ............................................................................................................ 13
CARACTERIZAO DA EMPRESA ................................................................... 14
REFERENCIAL TERICO ................................................................................... 16 3.1 Histrico da Ferrovia ........................................................................................ 16 3.2 Modais de Transporte ....................................................................................... 18 3.2.1 Ferrovirio ....................................................................................................... 18 3.2.2 Rodovirio ....................................................................................................... 19 3.2.3 Areo ................................................................................................................ 19 3.2.4 Aquavirio ....................................................................................................... 20 3.2.5 Dutovias ........................................................................................................... 20 3.3 Transporte da carga no Brasil ......................................................................... 21 3.4 Conceito de Logstica ....................................................................................... 23 3.5 Gesto da Manuteno ..................................................................................... 24 3.5.1 Definio e Histrico da Manuteno ........................................................... 24 3.5.2 Tipos de Manuteno ..................................................................................... 25 3.5.2.1 Manuteno Corretiva ................................................................................ 26 3.5.2.2 Manuteno Preventiva .............................................................................. 26 3.5.2.3 Manuteno Preditiva ................................................................................. 28 3.5.3 TPM (Total Productive Maintenance) ............................................................ 28 3.5.4 Falhas .............................................................................................................. 30 3.5.4.1 FMEA (Failure Mode and Effects) .............................................................. 34 3.5.4.2 Confiabilidade, Disponibilidade e Manutenabilidade .............................. 34 3.5.5 Plano de Manuteno ..................................................................................... 35 3.5.5.1 Manuteno por Oportunidade .................................................................. 35 3.5.6 Programao ................................................................................................... 36 3.5.6.1 Conceitos .................................................................................................... 36 3.5.6.2 Sequncia de Implementao.................................................................... 37 3.5.7 Cadastro e Codificao de Equipamentos ................................................... 37 3.6 Ferramentas de Qualidade ............................................................................... 38 3.6.1 Diagrama de Pareto ........................................................................................ 38 3.6.2 Diagrama de causa-efeito (Ishikawa) ............................................................ 39
METODOLOGIA ................................................................................................... 40 4.1 Tipo de Pesquisa .............................................................................................. 40 4.2 rea de Atuao ................................................................................................ 40 4.3 Plano de Coleta de Dados ................................................................................ 41 4.4 Plano de Anlise ............................................................................................... 41
RESULTADOS E ANLISES ............................................................................... 42 5.1 Atual cenrio da superviso de Corinto ......................................................... 42 5.2 Funcionamento da coleta de dados de defeitos da linha frrea ................... 43 5.3 Funcionamento da rotina do programador (PCM) ......................................... 44
9
5.4 A necessidade de otimizao .......................................................................... 45 5.5 Anlise dos dados ............................................................................................ 46 5.6 Resultados ......................................................................................................... 50
CONCLUSES, LIMITAES E SUGESTES PARA FUTURAS PESQUISAS 55
REFERNCIAS ......................................................................................................... 58
ANEXO 1: ................................................................................................................. 60
ANEXO 2: ................................................................................................................. 61
10
1 INTRODUO
Diante do atual cenrio mundial onde empresas trabalham em constante
competio com concorrentes e simultneas crises econmicas, a confiabilidade do
trabalho torna-se principal fator para construir uma empresa slida.
Neste contexto, o maior gargalo dos modais de transportes a capacidade de
gerenciar de maneira tima a logstica de escoamento atravs das rodovias,
ferrovias, martimos e areos. Esse fato, exposto com muita frequncia pelos
noticirios, faz com que as empresas busquem novas alternativas de otimizar o
processo e consequentemente aumentar sua lucratividade.
Tendo em vista a atual situao do setor de transportes no Brasil, possvel
perceber que recebe menos investimentos se comparado com outros setores,
apesar de possuir uma relevncia grande para o desenvolvimento do pas. Dentre
todos os modais de transportes do pas, o ferrovirio deixou de ser ator principal
devido a obsolescncia da malha, antigamente administrada por completo pela
RFFSA Rede Ferroviria Federal S/A at o ano de 1996. Aps esse perodo o
governo federal iniciou o processo de desestatizao e abriu leilo para concesso
da via.
A ferrovia com principais conexes entre as regies Nordeste, Sudeste e
Centro-Oeste do Brasil administrada pela VLI Vale Logstica Integrada - antiga
FCA Ferrovia Centro Atlntico. O uso do modal ferrovirio basicamente para
transportes de cargas como minrio, magnesita, cal e soja. So mais de sete mil
quilmetros de ferrovia e passa por cerca de 316 municpios.
A VLI busca ser a melhor empresa de logstica do Brasil, reconhecida como
confivel. Para tanto, manter as cargas em constante movimentao atendendo aos
prazos de carregamento e descarregamento, a empresa conta com equipes de
manutenes corretivas e preventivas de via para mant-las em melhor estado
possvel afim de evitar qualquer disperso no que se refere a falhas e/ou acidentes.
As atuaes dessas equipes so programas em conjunto com inspetores,
supervisores, tcnicos e programadores (PCM).
A figura do programador (PCM) uma conexo do executante com o
planejamento. Est em constante contato com inspetores, mantenedores,
operao de trens, contratadas, supervisores e gerentes, o canal da informao
11
para consolid-las de maneira estratgica. Atua diretamente nos recursos
disponveis e controle financeiro, alm de ser um canal de informaes.
Esta monografia leva ao entendimento de cada atribuio do programador
diariamente, semanalmente e mensalmente. Foi analisado o fluxo de trabalho
padro e entender se existe pontos de melhoria.
Tem foco tambm em analisar as programaes semanais de manuteno e
entender de que forma possvel atuar com menos reprogramaes, menos
imprevistos e retrabalhos, maior eficincia da turma de manuteno e
consequentemente maior assertividade.
Assim, diante do que foi exposto, o objetivo desse estudo obter uma
resposta clara para o seguinte questionamento: Onde atuar para alcanar maior
aderncia s programaes?
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
Analisar a possibilidade de otimizar as rotinas do programador (PCM) e onde
atuar nas programaes semanais para que tenham sucesso e confiabilidade.
1.1.2 Objetivos Especficos
Analisar os aspectos rotineiros do programador (PCM);
Identificar os mtodos utilizados na rea para elaborao das programaes
semanais;
Identificar como so tratados os defeitos de via;
Identificar as estratgias utilizadas pela superviso em atuar nos defeitos de
via e nas emergncias e/ou acidentes;
Verificar quais mtodos utilizados de anlise de dados de via pela superviso.
1.2 Justificativa
Os programadores de via (PCM) so peas muito importantes para as
supervises, visto que so fontes de informaes de pontos de atuao das
manutenes e conseguem enxergar um horizonte de curto e mdio prazo. Tem
12
como atribuies bsicas: gerenciamento do plano de manutenes, coordenao e
tratamento das inspees, coordenao dos materiais, gerenciamento dos cadastros
de manuteno, programao dos servios, programao de paradas e controle dos
ndices de manuteno.
Planejar manuteno algo no muito fcil, ainda mais pelo fato de ter
restries que sobrepem ao processo, tais como: imprevistos, desvios de
programao, acidentes e falhas. Tratar as restries do processo que dificultam o
sucesso da programao semanal um ponto que deve ser identificado e analisado
devido ao seu impacto na aderncia. Observar quais so os imprevistos, por que
acontecem e como poderiam ser encurralados para que interfiram menos na
atuao das equipes de manuteno.
Analisar se h uma necessidade de otimizar o tempo do programador (PCM)
devido a quantidade de atribuies que possui em uma superviso. Uma vez na
semana realizada a reunio de programao para a semana seguinte. Essa rotina
em especfico deve ser tratada de forma especial devido ao tempo demandado para
a elaborao da programao. A reunio semanal define onde, quando, de que
forma e como as turmas de manuteno iro atuar no trecho. Tambm define a
distribuio de materiais para as frentes de servios para as prximas duas
semanas. Alm disso, nessa atividade que trata-se das restries que podem
impactar nas programaes da semana seguinte, as principais anomalias e
acidentes ocorridos at ento.
A otimizao do processo de manuteno desde programao at a
execuo traz um impacto forte no que se refere a confiabilidade. A empresa possui
clientes em todo o Brasil que precisam de seus produtos entregues conforme
contratado e livre de imprevistos, logo a rea de manuteno precisa garantir que
nenhum trem caia da linha ou tombe, ento necessita-se de um programador com
rotinas bem definidas e as equipes de manuteno atuando onde realmente
necessrio.
Atravs desse trabalho, as anlises e concluses daro um respaldo s
outras supervises da empresa e maior conhecimento ao meio acadmico.
13
1.3 Estrutura
Esta monografia est dividida entre seis captulos, sendo que o primeiro
apresenta o tema, a justificativa com a pergunta problema, objetivos gerais e
especficos.
O captulo dois apresenta a empresa VLI Logstica contendo as
caractersticas, histria e planos futuros da empresa que atua no modal ferrovirio
no Brasil.
O captulo trs realiza a reviso bibliogrfica dos principais autores que so
referncia no tema do projeto de monografia em relao histria dos modais de
transporte, modais de transporte no Brasil e tipos de manuteno.
O captulo quatro apresenta a metodologia utilizada para otimizao do fluxo
do processo dentro da funo de programador e de manutenes ferrovirias no
desdobramento semanal.
Captulo cinco apresenta os resultados coletados e os resultados obtidos
atravs da anlise dos dados.
O captulo seis explica a concluso das aes criadas a partir dos dados
coletados.
14
CARACTERIZAO DA EMPRESA
Misso: Oferecer solues logsticas integradas ao negcio de nosso cliente.
Viso: Transformar a logstica do Brasil.
A VLI Valor da Logstica Integrada a atual concessionria do governo
que iniciou suas atividades em 1996 na ferrovia brasileira, quando foi privatizada
pelo governo como antiga FCA Ferrovia Centro Atlntico. A companhia conta com
quatro empresas scias que compem a cpula administrativa que so:
38,1% - Vale S/A
26% - Brookfield Asset Management Inc.
15,9% - FGTS
20% - Mitsui & Co.
A empresa projeta investimento de 9 bilhes de reais para os prximos cinco
anos. No futuro, a companhia pretende abrir capital ao mercado de aes.
Atualmente a empresa movimenta cargas de mais de cem clientes e est
estruturada entre cinco corredores:
Centro-Norte;
Centro-Sudeste;
Centro-Leste;
Minas-Rio;
Minas-Bahia.
O corredor Minas-Bahia a referncia para a atual monografia, afunilando
para a superviso de Corinto, objeto do projeto. A malha possui grande capilaridade
e interiorizao portanto possui um grande poder de atuao e de crescimento nos
segmentos de commodities agrcolas, minerais, industrializados e siderrgicos.
A companhia possui concesses e subconcesses ferrovirias (FCA e FNS)
com cerca de 10.700 km de extenso, com material rodante composto por 13.000
vages e 600 locomotivas e tem acesso s ferrovias de concesso da Vale (EFC e
EFVM).
15
A VLI opera cinco terminais terrestres integrados, tendo cinco novos terminais
em desenvolvimento, um terminal martimo privado em Santos, So Paulo, contrato
de operao de um bero no porto de Itaqui em So Lus, Maranho, e tem acesso a
portos e terminais martimos da Vale.
16
REFERENCIAL TERICO
3.1 Histrico da Ferrovia
Meados do ano de 1804, em Glia do Sul, foi construda a primeira locomotiva
a vapor que andava sobre trilho industriais. A partir de ento a engenharia de outros
pases comearam a iniciar projetos de locomotivas principalmente para os Estados
Unidos e Inglaterra. (www.mrs.com.br)
De acordo com Duncan 1(1932, apud CAIXETA-FILHO E MARTINS, 2001, p.
26) a ferrovia do Brasil foi implantado entre 1840-1889, sendo que somente em 1954
que a ferrovia comeou a funcionar com um pequeno trecho de Estrella, na baa do
Rio de Janeiro, ao p das montanhas com aproximadamente quatorze quilmetros
de extenso.
Ainda, a implantao da ferrovia no Brasil demorou relativamente muito em
relao aos demais pases devido as peculiaridades que o pas possui em relao
ao volume de chuvas, clima tropical, escassez de carvo e a instabilidade
econmica. Tais fatores foram importantes para criar barreiras para os
investimentos externos (CAIXETA-FILHO, 2001, p. 26).
Pode-se observar em Duncan (1932, apud CAIXETA-FILHO E MARTINS,
2001, p. 26) que tambm que a principal fonte de empreendimentos ferrovirios no
Brasil, Inglaterra, envolvia-se com assuntos relativos a Guerra da Crimea e,
posteriormente, o Brasil com a Guerra contra o Paraguai. Fatores que contriburam
para desenvolver a malha ferroviria do pas de formas tcnicas e de eficincia
totalmente heterognea.
A primeira ferrovia brasileira, inaugurada em 30 de abril de 1854, teve
momento histrico junto a figura de Visconde de Mau em que construiu a ferrovia
que ligava o porto de Mau at as Serras de Petrpolis com cerca de 14,5km e,
tecnicamente falando, uma bitola de 1,676m. (www.mrs.com.br)
Com o crescimento das indstrias automobilsticas, houve um interesse maior
em ampliar o uso de rodovias meados do sculo XX. Nas palavras de Caixeta-Filho
e Martins (2001), muitos fatores contriburam para esse ocorrido sendo que a
ferrovia era fortemente controlada pelo estado, possua grandes extenses e as
1 DUNCAN, J. S. Public and private operation of railways in Brazil. New York: Columbia University Press,
1932.
17
tarifas eram baseadas nas mercadorias transportadas. J a rodoviria propunha
transportes de baixa escala, frete baseado em custos e pouca interveno do
governo.
Conforme ngelo 2(1987, apud CAIXETA-FILHO E MARTINS, 2001, p. 28) o
caso do Brasil foi relacionado a necessidade de atender a economia exportadora,
com linhas dirigidas do interior para os portos regionais, sendo que o Brasil estava
voltando a sua economia para o mercado interno. Afim de suportar a intensa
necessidade de implantao do processo industrial e os baixos custos que o modal
rodovirio oferecia, o Brasil tendenciou as atenes ao novo modal de transporte.
Quando comparados os modais rodovirio e ferrovirio, o modal rodovirio
o mais rpido e menor custo para cargas menores conforme explica Neto (1993,
apud CAIXETA-FILHO E MARTINS, 2001, p. 28). As tcnicas mais modernas
utilizadas na produo buscam diminuir estoques, tempo de translado e menos
transbordos.
A partir da segunda metade da dcada de 90, o Brasil iniciou uma
reestruturao no setor de transportes no que diz respeito a participao privada no
setor. Segundo Castro (2001), o governo comeou o processo de privatizao da
malha ferroviria e com isso um fracionamento da mesma. O papel do governo a
partir e ento passaria a ser reguladora dos agentes privados e estabelecendo apoio
aos novos projetos de investimentos.
A antiga RFFSA Rede Ferroviria Federal S/A entrara no Programa
Federal de Desestatizao. De acordo com Castro (2001) a malha foi subdividida em
seis malhas regionais onde foram transferidos os seus bens imveis operacionais e
de apoio; venda dos bens de operao de pequeno valor. Todo o processo
conduzido em leilo para o contrato de concesso de trinta anos podendo este ser
prorrogado.
2 NGELO, C. F. O problema dos transportes rodovirios e ferrovirios de carga no Brasil. Estudos
Econmicos, v. 17, n 1, p. 89-104, jan./abr. 1987.
18
FIGURA 1 Malha Ferroviria regio sudeste.
Fonte: interno VLI (2014)
3.2 Modais de Transporte
De acordo com o autor Ballou (2006), existem basicamente cinco modais
operantes diretamente aos usurios: ferrovirio, rodovirio, areo, aquavirio e
dutovias. Pode haver um intermediador no processo, como um despachante,
entretanto possui capacidade de movimentar pequena ou nenhuma carga.
3.2.1 Ferrovirio
Ballou (2006) cita o modal ferrovirio para transportes de matrias-primas,
produtos manufaturados de baixo custo e cargas completas. de baixo custo, para
longos cursos com baixa velocidade e grandes quantidades. Possui privilgios em
escalas no ponto de origem e destino, garantem a roteirizao e mudana de
destino final de carregamento em pleno curso.
Sobre a histria do modal ferrovirio, Caixeta-Filho e Martins (2001) cita que o
modal ferrovirio ganhou fora devido ser o nico modo de transporte para atingir
locais, velocidade e segurana impensveis para o transporte hidrovirio, ento
19
predominante. Ou seja, o modal ferrovirio estimulou intercmbio de materiais entre
naes consequentemente o desenvolvimento.
De acordo com Fogel 3(1964, apud CAIXETA-FILHO E MARTINS, 2001, p.22)
a revoluo cientfica proporcionou conhecimento para os sculos seguidos no que
diz respeito a inovaes que so aplicadas a diversos nichos de processo
econmico. Uma delas, a engenharia a vapor, proporcionou uma parte da revoluo
industrial dessa maneira, ferrovia.
3.2.2 Rodovirio
Segundo Ballou (2006) o modal rodovirio muito utilizado para produtos
semiprontos ou acabados com cargas fracionadas e completas. As vantagens so a
possibilidade do servio porta a porta, carregamentos de menor porte, sem
necessidade de transbordo e velocidade. Em comparao ao modal ferrovirio,
possui valor mais alto e no carrega grandes quantidades.
Pode-se analisar que no Brasil a malha rodoviria muito mais ramificada em
relao a malha ferroviria, que por sua vez consegue criar muitas rotas e
possibilidades de entrega com maior alcance atendendo a diversos clientes ao
mesmo tempo atravs da carga fracionada a um custo rateado.
De acordo com Castro (2001), os programas de concesses rodovirias tm
alcanados altos nveis e avanado em escala federal, estadual e municipal, onde
consegue atingir um patamar de mais de nove mil quilmetros de estradas.
3.2.3 Areo
Ballou (2006) destaca que o modal areo possui uma vantagem at ento
imbatvel dentre os modais no Brasil, no que se refere a transportes em alta
velocidade para grandes distncias. O autor ainda explica que a confiabilidade do
transporte, em condies normais, considerada boa, mas lembrando que est
exposto a condies do tempo, trfego e manutenes que comprometem a
disponibilidade.
3 FOGEL, R. W. Railroads and american economic growth: essays in econometric history. Baltimore: The
Johns Hopkins Press, 1964.
20
O autor ainda utilizando dos estudos de Lewis, Culliton e Steele 4(1956, apud
Ballou, 2006, p. 156), explica que o transporte areo ainda um dos mais por no
necessitar de embalagens muito elaboradas pois o modal no representa exposio
a danos e a furtos excessivos.
O modal areo possui as seguintes possibilidade de frete:
Transportadores de carga geral de linha (transporte de passageiros
e cargas no mesmo avio);
Transportadores de carga geral (cargo);
Linhas areas regionais;
Transportadores suplementares;
Txi areo;
Linhas areas comutadoras;
Empresas internacionais.
3.2.4 Aquavirio
De acordo com Ballou (2006) o modal aquavirio realizado atravs de
embarcaes. um transporte ainda mais lento que o ferrovirio mas consegue
carregar grandes quantidades de cargas sendo commodities. Geralmente so
transportados em contineres afim de facilitar o transbordo intermodal e reduzir as
perdas no manuseio.
Ainda, segundo Ballou (2006) as cargas transportadas em quantidades
exorbitantes no sofrem com os impostos e regulamentaes. Geralmente no h
grandes danos e perdas resultantes do atraso no transporte, pois os compradores
mantm um alto estoque desse produto. A maior preocupao gira em torno da
quantidade alta e o preo reduzido que o modal consegue ofertar.
3.2.5 Dutovias
O modal por dutos ainda muito limitado. Ballou (2006) explica que o
transporte por dutos geralmente realizado para petrleo cru e seus derivados. H
4 LEWIS, H.T., CULLITON, J.W.; STEELE, J.D. The Role of Air Freight in Physical Distribution. Boston:
Division of Research, Graduate School of Business Administration, Harvard University, 1956.
21
tentativas de inovaes afim de expandir o leque do modal como por exemplo com
carga suspensa em transporte lquido, ainda sem sucesso. Em relao a velocidade,
pode-se dizer que lento porm possui vantagem de funcionar vinte e quatro horas,
sete dias por semana, sem parar, que quando comparada a outros modais no se
torna to lenta.
O auto tambm relaciona a confiabilidade do transporte tendo em vista que
so praticamente nulas as interrupes. Os danos e perdas nos dutos so
praticamente nulas pois os riscos so limitados e geralmente a carga transportada
no est sujeito a danos.
3.3 Transporte da carga no Brasil
Em artigo eletrnico da Revista Logstica, Rezende (2013) resume a situao
do transporte brasileiro como desequilibrada em relao necessidade de
readequaes afim de promover maior competitividade, grande diferena de custos
e desenvolvimento sustentvel. Ainda cita o exemplo de transportes para safra de
gros de quantidades enormes os quais deveriam serem levados por modal
ferrovirio tem sido realizado por rodovias.
Atravs da FIG. 2 possvel comparar a representatividade de matrizes dos
modais no Brasil:
MODAL BRASIL (%)
Rodovirio 59,0
Ferrovirio 24,0
Aquavirio 13,0
Aerovirio 0,3
Dutovirio 3,7
FIGURA 2 - Matrizes por modais no Brasil Fonte: Ministrio dos Transportes (2006, www.transportes.gov.br)
Segundo o site Wikipdia, o transporte rodovirio no Brasil o mais utilizado
e o mais extenso entre todos os demais modais. So mais de 1.300.000 quilmetros
de rede rodoviria, sendo que 30% desse valor corresponde a vias com estado de
conservao de muito danificado at a sem pavimentao alguma. Esse valor est
presente principalmente na regio Norte e Nordeste do pas. As rodovias em
22
condies adequadas ao uso correspondem a uma pequena parte dessa extenso e
ainda assim no so pblicas, h pouqussimas excees. A Unio realizou e ainda
realiza concesses de rodovias iniciativa privada, sujeitos a pedgios, porm
apresentam excelentes qualidades de uso. (www.wikipedia.org)
O transporte ferrovirio no Brasil compreende uma malha com mais de 30.000
quilmetros de via frrea, tecnicamente falando, variando bitola de 0,60m, 1m e
1,6m. De maneira simples, o fato da diferenciao de bitola na linha frrea uma
dificuldade a mais para integrao das vias. At o ano de 1997 a ferrovia no Brasil
era operada e mantida pela RFFSA Rede Ferroviria Federal S/A onde
possuam transporte de cargas e pessoas. Desde a desestatizao da ferrovia no
pas atravs de concesses privadas, o transporte de pessoas se tornou limitado a
pequenos trechos. A maioria ainda permanece com transporte de cargas
administradas e mantidas pelas concessionrias e regulamentadas pela ANTT.
(www.wikipedia.org)
O transporte hidrovirio ou aquavirio um dos transportes mais limpos,
econmicos e subutilizados no pas e est dividido em fluvial e martimo. No caso do
transporte fluvial realizado por rios que atravessam o pas. O Brasil no possui
uma grande quantidade de rios capazes de levarem embarcaes de carga para
outros pontos por questes topogrficas, com muitas quedas dgua, porm no
Norte do pas o transporte muito bem explorado como o caso da Amaznia onde
possui uma das melhores infraestruturas. No caso do martimo, so embarcaes
em portos no mar que carregam cargas e pessoas (entre a costa e ilhas). O
transporte martimo tem extrema importncia para o pas no que se refere a
exportaes sendo comprometedor de 75% das trocas internacionais.
transportado desde commodities agro minerais a carros e equipamentos de ponta.
(www.wikipedia.org)
A partir da II Guerra Mundial a aviao comercial deu um salto para o
desenvolvimento transformando o modal areo como um dos principais para
transporte de pessoas e cargas pelo mundo inteiro. O transporte areo brasileiro
utilizado para cargas e pessoas e est em constante crescimento nos ltimos anos.
Ampliando a malha area e modernizando os servios, as empresas areas
instauraram novas polticas de taxao no pas que ainda no tinham sido vistos
como por exemplo a companhia Gol com os conceitos Low Fare. O transporte areo
contribuiu para encurtar distncias e diminuir tempo de percurso, porm as
23
instalaes, infraestrutura e manutenes ainda so muito complicadas e caras que
por sua vez repassado para os consumidores. (www.wikipedia.org)
O transporte dutovirio, realizado em condutos tubulares, normalmente so
utilizados em para suco de laranja, minrio de ferro, petrleo e gs natural.
considerado o meio de transporte mais seguro. Estima-se que transporta-se cerca
de 500.000.000 litros de hidrocarboneto por dia atravs dos oleodutos. A grande
vantagem desse transporte no Brasil o fato de ter o consumo de combustveis
fsseis reduzido tendo em vista que utilizado o acionamento eltrico.
(www.wikipedia.org)
3.4 Conceito de Logstica
De acordo com Ballou (2006) logstica um processo que inter-relaciona com
outras reas. Agrega valor a produtos e servios que so essenciais para a
satisfao dos clientes e proporciona o aumento das vendas. um processo
pertencente a uma parte da cadeia de suprimentos.
Ainda Ballou (2006) definiu logstica a partir de uma reflexo promulgada pelo
Council Of Logistic Management (CLM) muito bem elaborada em que:
Logstica um processo de planejamento, implantao e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, servios e das informaes relativas desde o ponto de origem at o ponto de consumo com o propsito de atender s exigncias dos clientes. (www.clml.org, p.27)
De acordo com Martin e Rogers 5(1995, apud CAIXETA-FILHO E MARTINS,
2001, p. 15) as empresas com retornos crescentes esto bem localizadas em pontos
estratgicos dos pases afim de beneficiarem com a melhor infraestrutura domstica
em economia em escala, ou seja, estas infraestruturas melhoradas so atrativos
para indstrias de outros pases.
Por outro lado, Castro 6(1995, apud CAIXETA-FILHO E MARTINS, 2001, p.
16) expe que a eficincia do sistema logstico uma condio bsica para a
competitividade de todos os setores da economia, afinal, busca-se atender aos
5 MARTIN, P.; ROGERS, C. A. Industrial location and public infraestructure. Journal of International
Economics, 39:335-351, 1995. 6 CASTRO, N. P. Intermodalidade, intramodalidade e o transporte de longa distncia no Brasil. Rio de
Janeiro: Ipea, 1995.
24
requisitos do mercado quanto qualidade, prazos, entrega, assistncia tcnica e
inovaes.
3.5 Gesto da Manuteno
Para Schoeps (1987), manuteno a tarefa ou servio de conservar
mquinas, equipamentos, instalaes e edifcios em condies operacionais
satisfatrias. Existem tambm os servios auxiliares de manuteno interna que
consiste, por exemplo, em servios de abastecimento de gua e vapor, geradores
eltricos e compressores de ar, etc.
J Xenos (2014) define manuteno como equipamentos que apresentam
degradao, desgaste natural ou uso onde aparece em forma de aparncia externa
ruim, perda de desempenho, parada de produo, m qualidade de produo e
poluio ambiental.
Ainda Xenos (2014) explica que a manuteno tem objetivo de manter o
equipamento em atividade e condies originais de operao ao longo do tempo.
Restabelecer as eventuais deterioraes e restabelecer confiabilidade intrnseca
sem exceder tais condies.
3.5.1 Definio e Histrico da Manuteno
Segundo Monks (1987) a manuteno uma ferramenta de forte atuao em
manter as condies de equipamentos e outros bens que apoiam as organizaes.
No somente nisso, a manuteno significa tambm minimizar custos a longo
perodo, segurana e estabilidade de emprego. Reflete diretamente na viabilidade do
sistema por um perodo de longo prazo.
De acordo com Slack 7(2000, apud SOUZA, 2008, p. 4) manuteno
maneira com que as empresas atuam para evitar falhas ao cuidar das instalaes
fsicas. H setores, como petroqumico, que as atividades de manuteno sero
responsveis por parte significativa do tempo e da ateno da gerncia de
manuteno.
7 SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administrao da Produo. 2 ed. So Paulo:
Atlas, 2000.
25
Wyrebski 8(1997, apud SOUZA, 2008, p.4) a manuteno de instrumentos e
ferramentas so datados desde os primrdios da civilizao no entanto deu seus
primeiros passos efetivamente de maneira organizada a partir do sculo XVI junto
com o incio da expanso industrial atravs das mquinas txteis a vapor. At ento
o operador de mquina era quem intervia na manuteno da mesma, sendo
somente necessria interveno mecnica profissional em casos mais complexos.
Com o uso de motores eltricos, a figura de um mantenedor de mquinas comea a
surgir.
3.5.2 Tipos de Manuteno
Mirshawka e Olmedo (1994) explica que existem basicamente e
principalmente os atendimentos de manutenes corretivas, preventivas e preditivas.
As mquinas esto sujeitas a imprevistos e falhas, onde o equipamento exige do
programa alteraes e adequaes ara as manutenes ocorram.
J Siqueira 9(2005, apud SOUZA, p. 5) indica que as manutenes so
classificadas conforme as atitudes dos usurios em relao s falhas sendo
separados em sob as seguintes categorias:
Manuteno Reativa ou Corretiva;
Manuteno Preventiva;
Manuteno Preditiva;
Manuteno Proativa;
Manuteno Produtiva;
Manuteno Detectiva.
De forma resumida, Siqueira (2005, apud SOUZA, 2008, p. 5) a manuteno reativa
ou corretiva atende a aquelas falhas que j aconteceram, a preventiva como o
prprio nome diz est para prevenir e evitar consequncias da falha, a manuteno
preditiva analisa a atual situao para tentar prever quando a falha poder
8 WYREBSKI, Jerzy. MANUTENO PRODUTIVA TOTAL - UM MODELO ADAPTADO. 1997.
Dissertao (M.sc) - UFSC, Florianpolis, 1997. Disponvel em: .
Acesso em: 10 out. 2007. 9 SIQUEIRA, Iony Patriota de. Manuteno Centrada na Confiabilidade: Manual de Implementao. 1 ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
26
acontecer. A manuteno produtiva busca melhorar a produtividade do
equipamento, a manuteno proativa busca otimizar o processo baseado no
histrico de experincia obtido ao longo do tempo. A manuteno detectiva busca
encontrar falhas ainda no vistas.
3.5.2.1 Manuteno Corretiva
De acordo com Wyrebski 10(1997, apud SOUZA, 2008, p. 6) so atividades
para corrigir a falha que j est instaurada, j ocorreu, decorrente de deteriorao ou
desgaste. Quer dizer uma manuteno de um equipamento inoperante, improdutivo
ou quebrado. Significa alto custo em decorrncia da falha que pode ter afetado
outras peas fora a indisponibilidade do equipamento por estar parado.
3.5.2.2 Manuteno Preventiva
De acordo com NASA 11(2000, apud SOUZA, 2008, p. 6) a manuteno
preventiva (MP) foi a tcnica mais avanada a ser utilizada nos departamentos de
manuteno. Possui dois princpios bsicos que podem ser analisados e calculados:
Idade e taxa de falha dos equipamentos;
Vida til e probabilidade de falha.
Segundo o autor Souza (2008) a manuteno preventiva significa uma
interveno antes da falha aparecer afim de manter a produo constante. Adotar a
manuteno preventiva significa introduzir o fator qualidade no servio de
manuteno.
A manuteno preventiva precisa de critrios para sua aplicao, sendo assim,
Almeida 12(2000, apud SOUZA, 2008, p. 7) prope a definio de critrios para
10 WYREBSKI, Jerzy. MANUTENO PRODUTIVA TOTAL - UM MODELO ADAPTADO. 1997.
Dissertao (M.sc) - UFSC, Florianpolis, 1997. Disponvel em: .
Acesso em: 10 out. 2007. 11 NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. Reliability Centered Maintenance
Guide for Facilities and Collateral Equipment. Washington, 2000.
27
avaliar, como por exemplo, a intensidade de uso do equipamento bem como as
particularidades de cada um. H programas mais simples com aes superficiais de
lubrificao e ajustes pequenos, mas tambm h programas mais abrangentes para
chegar ao patamar de recondicionamento de mquinas da planta industrial. O
problema comum entre os programas exatamente planejamento versus o tempo.
Ainda, o tempo no seria o nico fator comprometedor a ser levado em conta, sendo
assim as peculiaridades de cada planta industrial determinante de que maneira
estratgica atuar afim de reduzir os custos e retrabalho.
O autor demonstra analogicamente a anatomia humana ao conceito de
manuteno preventiva:
FIGURA 3 Analogia entre a manuteno preventiva e a medicina preventiva
Fonte: Monchy (1989, apud SOUZA, 2008, p. 8)
12 ALMEIDA, Mrcio Tadeu de. Manuteno Preditiva: Confiabilidade e Qualidade. Itajub: 2000. 5 p.
Disponvel em: . Acesso em: 10 out. 2007.
28
3.5.2.3 Manuteno Preditiva
De acordo com Souza (2008) a manuteno preditiva significa analisar e
apurar de forma criteriosa e estratgica todas as intervenes nos equipamentos
acompanhando indicadores de performance e definindo o momento certo para as
intervenes.
Segundo Osada 13(1993, apud SOUZA, 2008, p. 8) conceitua que evita a
tendncia de supermanuteno (excessivos) os quais so foco da preditiva. Busca
otimizar a manuteno baseado em pesquisas de ciclo de manutenes.
Ainda o auto acima definiu oito metas para a manuteno preditiva:
Determinar o melhor perodo para manuteno;
Reduzir o volume do trabalho de manuteno preventiva;
Evitar avarias abruptas e reduzir o trabalho de manuteno no
planejado;
Aumentar a vida til das mquinas, peas e componentes;
Melhorar a taxa de operao eficaz do equipamento;
Reduzir os custos de manuteno;
Melhorar a qualidade do produto;
Melhorar o nvel de preciso da manuteno do equipamento.
De acordo com Almeida 14(2000, apud SOUZA, 2008, p. 8), diferentemente da
manuteno preventiva que baseia-se na vida til e estatsticas dos equipamentos, a
manuteno preditiva usa do monitoramento das condies mecnicas, rendimentos
dos sistemas, e outros indicadores que determinam o tempo mdio de falha real e
perda do rendimento de cada mquina e da planta industrial como um todo.
3.5.3 TPM (Total Productive Maintenance)
De acordo com Mirshawka e Olmedo (1994) TMP significa Total Productive
Maintenance ou em portugus Manuteno Produtiva Total. Abrange a todos os
13 TAKAHASHI, Yoshikazu; OSADA, Takashi. Manuteno Produtiva Total. So Paulo: Instituto Iman,
1993. 14 ALMEIDA, Mrcio Tadeu de. Manuteno Preditiva: Confiabilidade e Qualidade. Itajub: 2000. 5 p.
Disponvel em: . Acesso em: 10 out. 2007.
29
empregos da organizao desde os nveis mais operacionais aos nveis estratgicos
da alta administrao. Quer dizer um envolvimento de todos os departamentos e
pessoas afim de alcanar uma sincronia com velocidade projetada, produzir na taxa
planejada e fornecer resultados de qualidade em harmonia com velocidade e taxa.
Cada equipamento possui um tempo para execuo de cada tipo de manuteno
para que possa desempenhar de acordo com o que foi projetado.
Conforme descrito acima, a sinergia entre setores algo fundamental para o
desenvolvimento adequado da manuteno, o qual reflete a outros setores tambm.
Pode-se evidenciar a necessidade da boa logstica do almoxarifado na questo de
reposio de peas que distribuda para as equipes de manuteno afim de utiliz-
las em reparos. Equipamentos que so utilizados, por exemplo, na frente de servio
e que necessitam de uma atuao imediata, evita o dispndio de dinheiro em
relao s horas paradas da mo de obra.
Mirshawka e Olmedo (1994) enfatiza a questo do trabalho em equipe e a
gerncia aberta s ideias da fora de trabalho. De acordo com os autores, quanto
mais aberta for a gerncia s ideias da fora de trabalho, mais simples ser para as
equipes funcionarem. Essas equipes citadas quer dizer o envolvimento de todos os
setores junto gerncia consequentemente gerando aumento em produtividade,
diminuio em interrupes, qualidade elevada com menor ndice de defeitos,
redues de custos, maior segurana entre os operadores e aumento do moral.
30
A FIG. 4 identifica os oito pilares de sustentao da TPM:
FIGURA 4 Oito pilares de sustentao da Manuteno Produtiva Total
Fonte: Suzuki (1994, apud SOUZA, 2008, p. 11)
3.5.4 Falhas
Segundo Xenos (2014) falha significa o estado de indisponibilidade de um
item que estava em funcionamento. Deve-se definir bem os critrios de falha para
que os mesmos no sejam ambguos, definir se a reduo de velocidade de um
equipamento ou produo menor podem ser considerados falha. Nem sempre o
equipamento precisa estar quebrado para ser considerado falha, quer dizer que o
equipamento no consegue desempenhar a funo requerida.
Ainda Xenos (2014) define que as causas de uma falha so definidas em trs
grandes categorias de falhas: falta de resistncia, uso inadequado ou manuteno
inadequada. Sendo ento:
Falta de resistncia: erro prprio do equipamento, que no tenha sido
projetado para suportar, a partir de uma deficincia de projeto, erro na
especificao de materiais, deficincia no processo de fabricao e
montagem.
31
Uso inadequado: so esforos que estejam fora da capacidade do
equipamento que traz erros para a operao.
Manuteno inadequada: quer dizer que as manutenes para evitar a
deteriorao do equipamento no esto suficientemente boas ou esto
sendo realizadas de maneira inadequada.
Segundo Siqueira 15(2005, apud SOUZA, 2008, p. 14) afirma que a falha a
interrupo ou a alterao da capacidade produtiva de um item ou equipamento para
exercer a funo de desempenho. Ainda classificada a falha sob diversos aspectos
como por exemplo a origem, extenso, velocidade, manifestao, criticidade ou
idade.
A FIG. 5 relaciona estes aspectos:
FIGURA 5 Estrutura de classificao de falhas
Fonte: Siqueira (2005, apud SOUZA, 2008, p. 14)
15 SIQUEIRA, Iony Patriota de. Manuteno Centrada na Confiabilidade: Manual de Implementao. 1 ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
32
Xenos (2014) classifica as falhas em de trs maneiras:
Constante: so falhas que ocorrem pelo esforo excessivo do
equipamento para exercer a funo. So falhas por eventos aleatrios
que podem ser por erro de manuteno ou operao por frequncia
maior e sobrecargas. Tais ocorrncias so inerentes medida que o
equipamento envelhece.
Crescente: so situaes tpicas uma vez que o equipamento sofre
corroso ou desgaste que esteja naturalmente exposto a esforos
constantes de tempos em tempos de forma repetida. medida que o
equipamento envelhece as ocorrncias ficam mais frequentes.
Decrescente: situao inversa da falha crescente. Uma vez que o
equipamento entra na produo e suas peas, por exemplo, so
substitudas por outras ainda mais eficientes e confiveis, as falhas
tendem a diminuir.
33
Ainda Xenos (2014) relaciona o esforo (E) e a resistncia (R), mostrando nas
reas hachuradas onde a falha ocorre conforme FIG. 6:
FIGURA 6 Relao entre o esforo e a resistncia
Fonte: Xenos (2014, p. 71)
34
3.5.4.1 FMEA (Failure Mode and Effects)
De acordo com Siqueira 16(2005, apud SOUZA, 2008, p. 15), FMEA tem o
propsito de avaliar, documentar, e priorizar o impacto potencial de cada falha
funcional, visando definir formas de preveno ou correo. necessrio identificar
os seguintes aspectos para cada funo de uma instalao:
Funo: quer dizer o objetivo com nvel de desempenho que busca;
Falha funcional: significa perda ou desvio da funo;
Modo de falha: o que pode falhar;
Causa da falha: o porqu de ocorrer a falha;
Efeito de falha: impacto resultante na funo principal;
Criticidade: severidade do efeito.
Ainda conforme Siqueira (2005, apud SOUZA, 2008, p. 16), faz parte do
estudo de sintomas das falhas incluir a localizao, o mecanismo de falha, as
recomendaes e as taxas de falhas.
3.5.4.2 Confiabilidade, Disponibilidade e Manutenabilidade
Segundo NASA 17(2000, apud SOUZA, 2008, p. 16) confiabilidade significa a
probabilidade de um item permanecer em funcionamento sem que ocorra falhas.
J para Siqueira (2005, apud SOUZA, 2008, p.16) confiabilidade est
relacionada sobrevivncia de um item a um dado intervalo (de tempo, ciclo,
distncia, etc.).
Para ReliaSoft 18Brasil (2006, apud Souza, 2008, p. 16) expe que usurio
querem produtos que satisfaam suas necessidades, ou seja, que estejam
disponveis para exercer sua funo. Estar disponvel vai depender do nmero de
falhas que ocorrem (confiabilidade), de quanto tempo demora para resolver os
16 SIQUEIRA, Iony Patriota de. Manuteno Centrada na Confiabilidade: Manual de Implementao. 1 ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. 17 NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. Reliability Centered Maintenance
Guide for Facilities and Collateral Equipment. Washington, 2000. 18 RELIASOFT BRASIL. Manuteno Centrada em Confiabilidade. So Paulo, 2006.
35
problemas (manutenabilidade) e da quantidade de apoio logstico para realizar essa
manuteno.
3.5.5 Plano de Manuteno
Muitas atividades exigem planejamento para maior eficincia ao exercer
qualquer atividade. Ter noo do que vai acontecer e do que pode acontecer pode
ser uma vantagem competitiva que garante a confiabilidade do servio.
Sendo assim, Xenos (2014), simplifica que basicamente so aes
preventivas que tem detalhes definidos e datas estipuladas para execuo. um
calendrio de aes a serem tomadas.
Ainda, Xenos (2014) explica que para elaborar um plano de manuteno
necessrio entender o equipamento com detalhamento das peas do fabricante,
principalmente para equipamentos novos no mercado. Depois de apontar todas as
peas, o Plano de Manuteno deve conter informaes detalhadas sobre como
inspecionar, reformar ou trocar, com qual frequncia, por que e como as tarefas
devem ser executadas. Tambm, definir para cada tarefa as suas respectivas datas
de execuo no calendrio.
3.5.5.1 Manuteno por Oportunidade
Segundo Osada 19(1993, apud SOUZA, 2008, p. 19) a manuteno por
oportunidade significa que o equipamento passar por uma manuteno no
programada durante o tempo de paralisao.
Manuteno por oportunidade comum ocorrer porm no algo
previamente programado. Utilizar do perodo parado para realizar uma manuteno
preventiva que ser evitada posteriormente.
19 TAKAHASHI, Yoshikazu; OSADA, Takashi. Manuteno Produtiva Total. So Paulo: Instituto Iman,
1993.
36
3.5.6 Programao
O ato de programar exige uma viso ampla de onde, quando e como atuar.
Na VLI, as programaes de manutenes so realizadas a partir de uma relao de
defeitos ou anomalias que so catalogadas diariamente, alm do conhecimento
tcnico. Para uma programao de sucesso fundamental entender os recursos
que ser utilizado, quando utiliz-los e de que maneira ser possvel sua execuo
tima sem interferir no transit time da logstica.
3.5.6.1 Conceitos
De acordo com Rezende (1992) para realizar uma programao de sucesso
faz-se necessrio informaes afim de programar o Plano de Produo que por sua
vez varia de acordo com a disponibilidade tecnolgica, insumos e faixa de trabalho.
Essas informaes so dados tcnicos do equipamento, estoque, fluxo de produo,
quantidade de recursos e o desperdcio desses recursos, jornada de trabalho,
capacidade das mquinas e equipamentos.
Siqueira 20(2005, apud SOUZA, 2008, p. 12) diz que a RCM (Reliability-
Centered Maintenance) MCC (Manuteno Centrada na Confiabilidade) est
diretamente com relao aos processos tecnolgicos e sociais que cresceram aps
a II Guerra Mundial. No setor de tecnologia, a influncia de estudos na indstria
blica seguida da automao industrial, viabilizou a evoluo da atual informtica e
telecomunicao os quais fazem parte da sociedade atual.
Para Turbino (2000), estimar recursos financeiros, produtivos e de vendas
dentro do Plano de Produo estabelece um Planejamento Estratgico da Produo
para um determinado perodo longo prazo. Prever os tipos e quantidades de
produtos, entender a limitao da produo no processo produtivo junto do
planejamento dos custos cria um horizonte estratgico.
20 SIQUEIRA, Iony Patriota de. Manuteno Centrada na Confiabilidade: Manual de Implementao.1 ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005
37
3.5.6.2 Sequncia de Implementao
Segundo Siqueira (2005, apud SOUZA, 2008, p. 13) o MCC (Manuteno
Centrada na Confiabilidade) adota uma sequncia de sete etapas:
Seleo do Sistema e Coleta de Informaes: identificar e documentar
o sistema ou processo a ser analisado;
Anlise de Modos de Falha e Efeitos: identificar e documentar todas as
funes e modos de falhas utilizando o mtodo FMEA (Failure Mode
and Effects);
Seleo de Funes Significantes: analisar cada funo encontrada na
etapa anterior e determinar se a falha significante;
Seleo de Atividades Aplicveis: determinar as atividades de
manuteno preventiva ou corretivas para cada falha;
Avaliao da Efetividade das Atividades: determinar se a atividade
preventiva efetiva a nveis aceitveis;
Seleo das atividades Aplicveis e Efetivas: determina a melhor
atividade;
Definio da Periodicidade das Atividades: define de quanto em quanto
tempo acontecer a atividade.
3.5.7 Cadastro e Codificao de Equipamentos
Manter informaes do passado um diferencial que deixa a manuteno um
passo frente em como e onde atuar para ter melhor desempenho e tomada de
deciso.
Marques 21(2003, apud SOUZA, 2008, p. 18) equipamentos de produo so
mquinas, isoladas ou integradas, para fabricao de produtos ou realizao de
servios. Tambm se encaixam os perifricos que compem ou do suporte aos
equipamentos principais. Os equipamentos facilidades que compreendem
instalaes, canos, iluminao, etc. As instalaes sendo edificaes,
computadores, etc. O autor classifica alguns imperativos da empresa:
21 MARQUES, F.T.M et al. Sistemas de Controle de Manuteno. Itajub: UNIFEI, 2003.
38
A necessidade de se ter um inventrio dos equipamentos, codificado,
analisado e localizado;
A necessidade de repartir e precisar os domnios de responsabilidade
da manuteno dos bens;
A necessidade de determinar prioridades e nveis de manuteno;
A necessidade de reagrupar em "famlias os diferentes bens.
Ainda o autor menciona que os equipamentos devem ser cadastrados por
famlias para possvel recondicionamento, logo precisam de detalhes:
Endereo (Localizao) da aplicao atual;
Dados de identificao geral, de cada famlia de equipamentos, tais
como nmero patrimonial, fabricante, marca, modelo, nmero de srie,
etc.;
Dados tcnicos nominais, construtivos e de montagem, tais como
dimetro do eixo, rpm, voltagem, amperagem, temperatura, frequncia,
etc.;
Dados complementares sobre o equipamento, dados administrativos,
etc.
3.6 Ferramentas de Qualidade
Segundo Paladini (1994), as ferramentas de qualidade so mtodos bem
estruturados que viabilizam a implementao da qualidade total adequado ao uso
em uma organizao possibilitando a criao de uma cultura que pode se sustentar
a longo prazo.
3.6.1 Diagrama de Pareto
Segundo Rangel (1995) Diagrama de Pareto uma ferramenta que direciona
os esforos de acordo com sua priorizao, levando a reais problemas.
representado graficamente em barras verticais que demonstra os problemas mais
crticos e a ordenao para sua resoluo.
39
Ainda Rangel (1995) descreve o grfico como uma importante ferramenta que
prioriza as aes de maneira eficiente.
3.6.2 Diagrama de causa-efeito (Ishikawa)
De acordo com Corra e Corra (2006), o diagrama de causa-efeito, mais
conhecido como diagrama de Ishikawa, uma ferramenta utilizada depois que
feito o grfico de Pareto como forma de estratificao do ponto de maior prioridade.
Tem a finalidade de entender as causas que levaram ao problema.
Paladini (1994) explica que o diagrama de causa-demonstra quais as causas
que determinaram certos efeitos. Se o efeito for nocivo, as causas podem ser
eliminadas; se os efeitos forem benficos, as causas podem continuar no processo.
40
METODOLOGIA
De acordo com Roesch (2005), faz parte do processo cientfico a combinao
de teoria e prtica. So modelos e conceitos expostos em uma experincia prtica e
concreta onde requer observao e anlise para coletar informaes de forma
sistmica. Envolve a realidade da empresa e as teorias.
4.1 Tipo de Pesquisa
Existem dois tipos de pesquisas utilizados: quantitativas e qualitativas. Cada
uma utilizada dependendo das caractersticas do projeto ou trabalho.
Roesch (2005) explica que pesquisa quantitativa tem relao com medio de
variveis, ou seja, avaliao numrica. Controle de uma pesquisa baseado em uma
anlise de e interpretao dos resultados.
J para a pesquisa qualitativa, Roesch (2005) explica que o mtodo
qualitativo busca em fase inicial e exploratria da pesquisa, dados e pontos para
anlise. utilizado para a avaliao formativa, efetividade de um plano ou programa,
definio de metas e avaliar os resultados.
Este projeto tem foco na pesquisa qualitativa pois avalia a atual sistema de
manuteno onde engloba rotina de trabalho e a forma de atuao do programador
bem como anlise das programaes de manuteno afim de buscar uma
alternativa tima em que o fluxo de trabalho e as programaes sejam bem
estruturadas e definidas com o mximo de aderncia.
4.2 rea de Atuao
O trabalho foi executado na rea de PCM (Programador e Controlador de
Manuteno) na figura do programador que gerencia os dados e na rea de VP (Via
Permanente) o qual so os executores das programaes de manuteno.
O local de execuo foi na estao de Corinto, onde est localizado o
supervisor da VP e o PCM. Dentro da empresa VLI, a superviso pertence ao
corredor ferrovirio chamado de Minas-Bahia que compreende o trecho da linha
tronco de Prudente de Morais Augusto de Lima e o ramal que comea em Corinto
e termina em Pirapora (linha terminal).
41
As duas reas trabalham em conjunto sendo que a rea tcnica est definida
para a VP com anlise e cadastro das anomalias, correo dos defeitos catalogados
e definidos por prioridade. A rea do programador definida como estratgica em
um horizonte de curto e mdio prazo garantindo a logstica de materiais para a frente
de servio.
4.3 Plano de Coleta de Dados
Dados coletados atravs de sistemas internos, relatrios e observaes.
4.4 Plano de Anlise
Para anlise dos dados coletados foram utilizadas ferramentas como sistemas
internos, grficos e planilhas. Todos foram utilizados para verificar o principal ponto
de dificuldade da superviso no que se refere a impacto na programao bem como
sua aderncia, a atuao eficaz afim de evitar retrabalhos ou reprogramaes e
padronizao do fluxo de trabalho do programador para otimizao.
42
RESULTADOS E ANLISES
5.1 Atual cenrio da superviso de Corinto
Todos os processos operacionais da VLI possuem foco no cliente e na
confiabilidade dos seus ativos para que estejam disponveis para uso. O plano de
manuteno utilizado atualmente na Via Permanente (VP) so as manutenes
preventivas e corretivas:
Preventivas (TMP): realizadas por uma empresa contrata que realiza,
no caso da superviso de Corinto, servios de trocas de dormentes de
madeira, servios de infraestrutura como roada manual, limpeza de
valeta e canaleta e servios diversos caso seja necessrio porm
utilizados de forma espordica. O principal servio mapeado so as
manutenes preventiva dos ativos com substituio de dormentes,
que por sua vez tambm so metas anuais das supervises. Esta
meta estipulada junto gerncia atravs de uma prospeco
realizada um ano antes.
Corretivas (TMC): realizadas pela turma de colaboradores prprios,
atua em servios de correo imediata de defeitos e tambm de forma
planejada a curto prazo. So servios de troca de dormentes de
madeira, trilhos, juntas metlicas, parafusos, roada, poda de rvores,
etc. alm das inspees visuais realizadas a p e de trem. Todos os
defeitos em que a turma corretiva deve atuar armazenado em um
sistema interno criado pela prpria empresa que por sua vez
alimentado diariamente com informaes de defeitos nos ativos.
Os servios de manuteno tanto preventivas quanto corretivas so
programados e viabilizados pelo programador (PCM) com o respaldo dos tcnicos
de via, inspetores e supervisor.
Pode-se observar que os maiores impactos nas programaes semanais so
por parte dos imprevistos que ocorrem durante o desenrolar da semana. Sabe-se
que normal ocorrer imprevistos nas programaes mas que pode ser minimizada
ainda mais se a programao semanal for realizada de forma eficiente e eficaz
atacando de forma corretiva os principais pontos.
43
Os principais pontos que podem causar algum tipo de impacto em uma
programao na superviso de Corinto so:
Ocorrncias ferrovirias: descarrilamento ou tombamento de trem;
Avaria de veculos: auto de linha (veculo ferrovirio para transporte
das turmas de manuteno), caminho rodovirio;
Atendimento emergencial: quando alguma falha (ex.: quebra de trilho)
acontece nos ativos e precisam ser tratados imediatamente.
Dos casos acima, a avaria de veculos seria algo inerente ao setor de Via
Permanente (VP) pois depende da rea de Mecanizadas, portanto ser considerado
uma restrio que no entra no plano de anlise exposto nesse trabalho.
Nos casos de Ocorrncias Ferrovirias e atendimento emergencial sero
tratados juntos pois um consequncia do outro. Para tanto, as ocorrncias e
atendimentos emergenciais sero relacionados como anomalias ou defeitos de via.
As anomalias de via so entendidas como qualquer ativo que no esteja em
condies adequadas com algum tipo de defeito classificados como P1 (prioridade 1
= atendimento imediato) ou P2 (prioridade 2 = atendimento a ser programado em
curto prazo). Essa classificao sensitiva, ou seja, vai de acordo com a percepo
de quem a observa e, se possvel, utilizando de ferramentas de medida.
Ainda pode-se observar a questo do programador (PCM) que, em muitas
das suas tarefas, os imprevistos ocasionam um desvio da sua rotina diria para
atender s demandas emergncias, ou seja, fora da programao. Avisar aos
tcnicos, garantir material, movimentar colaboradores, garantir trnsito do socorro
at o local, se necessrio parar movimentao de trem e obter informaes para
serem repassadas adiante. Esse contratempo seria sanado a partir do momento que
no ocorrer emergncias a serem tratadas no trecho.
5.2 Funcionamento da coleta de dados de defeitos da linha frrea
O processo de coleta de dados de anomalias realizado principalmente e, na
maior parte, por rondas de linha, ou seja, colaboradores que percorrem todas as
semanas todo o trecho analisando, classificando e alimentado o banco de dados em
um sistema interno. O trabalho realizado por esses colaboradores de extrema
44
importncia visto que so as primeiras pessoas a identificarem um defeito antes que
algum acidente possa acontecer.
Ainda, conta-se com os tcnicos de via e inspetores para realizarem tambm
inspees sensitivas. Esses possuem maior conhecimento tcnico da via e
gerenciam a turma de manuteno corretiva e os rondas de linha.
O banco de dados interno possui uma extensa quantidade de anomalias
registradas no somente pelos rondas de linha, mas tambm por tcnicos,
inspetores, supervisores e outros equipamentos de medio de linha.
Os outros equipamentos citados referem-se a mquinas de via ou
equipamentos de medio que realizam uma inspeo anual com uso de
computadores, atingindo anlises que esto longe da viso do ser humano. Um
exemplo desses equipamentos o ultrassom, um equipamento de via que consegue
analisar a condio do trilho tanto superficial quanto interna dando uma viso de
fissuras, fraturas e possveis quebras no futuro.
5.3 Funcionamento da rotina do programador (PCM)
Alm das rotinas do programador (PCM), foi observado interrupes
constantes durante as atividades do dia a dia. Parar de realizar a atividade atual e
comear outra que poderia ser tratado pela rea responsvel causa uma perda de
tempo e de foco do programador (PCM).
Tambm foi identificado que h informaes referente a produo das turmas
que so repassadas de forma incorreta, o que gera contratempos.
Foi presenciado como estava sendo desenvolvida as atividades em dia de
ocorrncia ferroviria (imprevisto) e foi identificado que o programador (PCM)
precisava de contatar outras reas solicitando suporte quanto a interdies de linha,
restries de velocidade, movimentao de equipes, conseguir recursos e materiais,
criar OS para realizao do servio. Parte da rotina no foi alcanada no expediente
fazendo com que o programador realizasse horas extras.
Foi identificado tambm falha na programao do programador (PCM) quanto
a recebimento de materiais para as frentes de servio (dormentes, material metlico,
etc.). Esse ponto extremamente crtico pois a falta de material geraria a parada
das turmas de manuteno, impactaria na programao anual e na meta dos
mantenedores.
45
5.4 A necessidade de otimizao
Pode-se observar que todos os processos so interligados de forma direta
tanto programador quanto os tcnicos de via permanente. Essa conexo entre as
duas reas j existe e uma ligao forte que torna o trabalho bastante eficiente
porm ainda no muito eficaz. Isso acontece pois no existe uma manipulao
constante dos dados que existem no sistema de anomalias. Quando fala-se em
manipular, est sendo referido forma que so cruzados dados importantes para
alcanar tal eficcia.
Acredita-se que ao criar uma rotina de consulta frequente e buscar dados
relevantes fariam as programaes semanais terem melhor resultado e maior
aderncia. Atacar os pontos que necessitam de manuteno imediata conciliando
com os pontos que necessitam de manuteno a curto prazo poderia otimizar o
trabalho e cobrir uma rea mais significativa afim de evitar uma possvel ocorrncia
ferroviria.
Compreende a retirada de anomalias como meta anual da superviso, porm
tambm tem-se como meta da superviso a substituio de dormentes e evitar
ocorrncias ferrovirias. Logo possvel observar a possibilidade de otimizar o
atendimento de metas ao programar retirada de anomalias que contenham tambm
substituio de dormentes em locais crticos.
Esse trabalho de acompanhamento baseado em anomalias j uma
realidade na empresa, porm no disseminado abertamente a aqueles que
executam o servio. possvel perceber que os colaboradores da superviso de
Corinto precisam ter o sentimento de dono em relao ao trecho em que realizam
manuteno, ver os nmeros mudando por causa das suas atuaes, que so parte
daquilo tambm.
O trabalho realizado pela rea de confiabilidade, que j acompanha as
anomalias no sistema, no enftico no propsito da superviso de Corinto em
especfico. Essa rea trabalha com pontos que possuem velocidades restritas e
defeitos bem especficos, porm a superviso precisaria de um acompanhamento
prprio em que consiga visualizar todos os defeitos de um mesmo ponto que seja
mais relevante. Apesar de todas as supervises receberem report da rea de
Confiabilidade, existem peculiaridades de cada superviso na empresa toda. Um
acompanhamento semanal dos principais pontos a serem atendidos e conferindo se
46
realmente esto sendo realizados poderia causar um impacto significativo positivo
de forma otimizada nas metas de anomalias, dormentes e reduo de ocorrncias
ferrovirias.
Pode-se tambm observar que h uma necessidade por parte dos rondas de
linha, tcnicos e inspetores uma reciclagem quanto ao uso do sistema interno tendo
em vista que houve muita movimentao de colaboradores ao longo do ano sem
registro de treinamento nessa rea.
Em relao ao programador (PCM) a rotina de trabalho bem definida garante
a execuo sem perder o ritmo dirio, como um passo a passo a ser seguido. Afim
de reduzir a carga de outras reas ao programador (PCM), h uma necessidade de
treinamentos, bate-papos, conferncias, etc., ou seja, um reforo das atividades de
cada rea e o uso do bom senso quanto s demandas.
5.5 Anlise dos dados
Foram coletados os dados referentes aos procedimentos padres do
programador (PCM) bem como sua rotina diria, semanal e mensal.
Rotina diria do programador (PCM):
Coletar dados das produes das turmas de manuteno do dia
anterior para a reunio matinal dos PCMs;
Informar na intranet com as informaes produes coletadas;
Passar os dados das produes via teleconferncia ao coordenador de
PCMs;
Justificar as perdas de servios no realizados na intranet;
Justificar as perdas de programao de autos de linha22;
Cadastrar VR23 do dia seguinte;
Cadastrar manutenes do dia seguinte com sada de autos de linha;
Acompanhar trens de servio24;
Participar da reunio de formao de trem (chamada de RP);
22 Veculo ferrovirio que locomove pessoas das turmas de manuteno linha frrea. 23 Velocidade Restrita - Aviso eletrnico que mostra aos maquinistas onde existem pessoas na linha frrea e o
que esto fazendo. 24 So trens formados pelo PCM para atender a demanda interna de distribuio de materiais para a frente de
servio.
47
Participar da reunio do centro de comando das operaes (CCO);
Rotina semanal do programador (PCM):
Enviar OS25 de manuteno para os coletores;
Participar da reunio de diretrizes bsicas do programador com o
coordenador de PCM;
Encerrar as OS das manutenes realizadas na semana anterior;
Realizar anlise das anomalias para as reunies de programao;
Acompanhar as falhas na linha frrea;
Realizar a reunio de programao semanal;
Participar de programao semanal com o coordenador de PCM.
Rotina mensal do programador (PCM):
Realizar a reunio de programao mensal baseado na programao
anual;
Enviar a programao mensal;
Enviar programao de interdio de linha por mais de 4 horas;
Enviar quantidade de estoque de sucatas;
Encerrar OS do ms anterior (verificar).
25 Ordem de Servio nmero para identificar qual o servio e para quando est programado. Ficam armazenados nos aparelhos eletrnicos chamados de coletores, so similares a um celular e servem para
apontamento da realizao das OS.
48
Referente as manutenes e aos defeitos, foram coletados dados do sistema
interno da empresa de 2007 a 2014 para visualizar quais so os principais defeitos
de via que causam ocorrncias ferrovirias e colocado no GRAF. 1 de Pareto:
GRAFICO 1 Principais causas de ocorrncias ferrovirias na superviso de Corinto
Fonte: banco de dados VLI (2014)
Os dados obtidos do sistema interno da empresa mostraram que a maior
frequncia de ocorrncias ferrovirias foi causada pelo defeito de via
desnivelamento transversal de via.
17 1614 13
11
86 5 4 4 3 2 2
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Anomalias de Via causadoras de Ocorrncias Ferrovirias
Frequencia Porcentagem Acumulada
49
Esse defeito pode ser estratificado afim de obter quais defeitos especficos
causaram o desnivelamento transversal da linha:
FIGURA 7 Principais causas de ocorrncias ferrovirias na superviso de Corinto
Fonte: banco de dados VLI (2014)
Tecnicamente, o nivelamento transversal a diferena de medida entre um
trilho e outro no mesmo ponto de uma determinada seo transversal. O
nivelamento transversal, medido nas retas ou medido nas curvas, nada mais que a
diferena cota entre o topo dos trilhos da linha, no mesmo ponto quilomtrico.
Nivelamento
Transversal
Irregular
Lastro Insuficiente
Intempries
Lastro Contaminado
Junta Defeituosa
Dormente Podre
Defeito Superficial
Trilho
50
A FIG. 8 demonstra como uma linha frrea e onde so encontrados os
desnivelamentos transversais, principal motivo de ocorrncias ferrovirios na
superviso de Corinto:
FIGURA 8 Esquema tcnico de uma reta e curva na via frrea
Fonte: Manual Tcnico de Via Permanente VLI (2014)
5.6 Resultados
Foi implantado a rotina de semanalmente gerar para a superviso um
informativo enviado por email para o supervisor, inspetores, tcnicos de via e
programador (PCM) contendo os dados de retirada de anomalias. O foco foi
baseado nos dados obtidos atravs do Grfico de Pareto cruzando com a meta de
substituio de dormentes. Essa rotina no existia na superviso e as pessoas
envolvidas no tinham conhecimento de quais dados eram informados e qual a sua
preciso. Foi pontuado a necessidade de um treinamento com todos que utilizam do
sistema interno.
Nos emails em formato de informativo semanal possvel visualizar o que foi
programado na semana anterior e o que conseguiram realmente corrigir no trecho
conforme GRAF. 3. Tambm informa quantas anomalias foram retiradas pela turma
corretiva e quantas foram retiradas pela turma preventiva conforme GRAF. 4, ou
seja, a turma corretiva precisa ter mais defeitos retirados que a turma preventiva por
51
motivos obvios da sua finalidade. Ainda, possvel visualizar a semana seguinte
quantas anomalias esto previstas sairem at a data do envio por email conforme
GRAF. 2.
Anexo ao email enviado planilhas com dados cruzados de anomalias a
serem retiradas no mesmo ponto de prioridade 1 e 2 incluindo o servio de
substituio de dormentes podres que compreende a meta anual. Tudo informado
est em um formato simples com as informaes mais importantes para que os
tcnicos utilizem na programao semanal.
Os GRAF. 2, 3 e 4 utilizam as seguintes siglas:
P1: prioridade 1 retirar defeito em at 48hs;
P2: prioridade 2 retirar defeito a curto prazo apontado na
programao semanal;
P3: prioridade 3 retirar a longo prazo com necessidade de
acompanhamento pois ser um possvel P2 ou P1.
Os GRAF. 2, 3 e 4 so referentes a semanas que j passaram e serviram de
laboratrio para entender na prtica a eficcia da manuteno baseada na
confiabilidade. O incio da atividade de implementao do projeto partiu da semana
21, porm os resultados para exemplo da anlise foram demonstrados da semana
38 e 39 conforme os grficos abaixo nomeados.
GRAFICO 2 Anomalias programadas para a semana 39 por ncleo
Fonte: banco de dados VLI (2014)
4
7
3
6
9
Cordisburgo Corinto Varzea da Palma Vespasiano
Anomalias Programadas S39
P1
P2
P3
52
O GRAF. 2 demonstra como a semana 39 comeou, sendo j previstos 29
anomalias na programao porm esses nmeros tendem a fechar a semana ainda
maiores. Esse efeito no considerado como tratativas fora da programao pois
uma limitao do sistema que gera as OS e dos tcnicos, que por sua vez impacta
no grfico.
GRAFICO 3 Comparao retirada de anomalias programado com realizado por ncleo
Fonte: banco de dados VLI (2014)
O GRAF. 3 mostra como foi o andamento da semana anterior, ou seja, a
semana 38. As anomalias programadas e realizadas na semana 38 foram 95%
aderentes programao semanal. Foi uma semana bastante proveitosa para as
turmas de manuteno pois conseguiram tratar vrios defeitos de via sem esquecer
da meta de substituio de dormentes. Os defeitos que no foram tratados na
semana 38 esto reprogramados na semana 39 conforme GRAF. 2.
106 48 13 5
379113 10 21 10 9
10348 11 5
377
1139 21 7 2
Co
rdis
bu
rgo
Co
rin
to
Var
zea
da
Pal
ma
Ves
pas
ian
o
Co
rdis
bu
rgo
Co
rin
to
Var
zea
da
Pal
ma
Ves
pas
ian
o
Co
rdis
bu
rgo
Var
zea
da
Pal
ma
P1 P2 P3
Anomalias Programadas x Realizadas por Criticidade S38
Anomalias Retiradas
53
GRAFICO 4 Anomalias retiradas semana 39 por turma de manuteno
Fonte: banco de dados VLI (2014)
Durante a semana 38, a turma preventiva (TMP) no retirou nenhuma
anomalia, porm a turma corretiva (TMC) deu um show de programao com a
melhor semana de retirada de anomalias do ano, conforme demonstra o grfico
acima.
Para tratar a rotina do programador (PCM) foi analisado junto coordenao
de programadores do corredor Minas-Bahia como analisado e realizado o
acompanhamento da rotina dos PCMs. Recentemente a coordenao tinha liberado
um Dirio de Bordo, anlise dessa monografia, contendo todas as atividades bsicas
para rotinas dirias e mensais. O Anexo 1 demonstra como foi feito o Dirio de
Bordo do programador (PCM).
Foi analisado e verificado cada rotina apontada no Dirio de Bordo e
conferido com o PRO26 da VLI.
26 PRO Lista de atividades e procedimentos padro de um cargo.
106
379
1048
113
13 10 9 5 21
P1 P2 P3 P1 P2 P1 P2 P3 P1 P2
Cordisburgo Corinto Varzea da Palma Vespasiano
TMC versus TMP por Criticidade S38
TMC
54
Foi verificado se existe algum passo a passo para as reunies de
programaes semanais e at o momento possuem um check list simples com as
necessidades bsicas de um programador (PCM) a serem passadas durante uma
reunio semanal, logo a FIG. 9 demonstra o atual modelo:
FIGURA 9 Check list reunies de programao semanal
Fonte: coordenao de PCM VLI (2014)
CHECK REUNIO DE PROGRAMAO VP SUP CORINTO
TMC
Carteira de Servios
Itens PDMF
Restries
HH frias/treinamento/DSS especial
Imput GAF
Disponibilidade Autos / Loco/ CLS/ Caminhao rodoviario
Estoque de dormentes
Estoque Materiais metlicos
Material Aprovisionado no trecho
Programao VP S e S+1
Recebimento brita
Plasser
QUESTIONRIO PARA PROGRAMAO SEMANAL
1- Algum dia as turmas iro parar na S+1 por algum motivo ( Treinamentos, feriados,
Paradas, interdies e etc ) ?
2- Alm do PDM a turma ir fazer algum outro servio ( Retirada de restrio,
nivelamento, amvs, pns ) ?
3- Os materiais necessrios para produo na S+1 j esto disponveis? Em algum
dia da programao ser preciso ser feito descarga do material a ser aplicado com
VP? Caso sim, reduzir 20% da produo daquele dia.
4- Os materiais pendentes chegaro a partir de quarta atravs de carretas? Caso sim, no deve ser programado dependendo desse material.
5- A quantidade e local aplicado esto dentro da premissa de travamento do
trecho e de acordo a necessidade do ativo?
6- A quantidade de efetivos direto na substituio suficiente para a troca
planejada?
7- Qual o tipo de fixao no local, elstica ou rgida? Caso seja elstica, o tempo deaplicao dos dormentes, por exemplo, maior, favor considerar uma produo menor em mdia 5%.
8- Qual a condio do lastro? Caso o lastro esteja contaminado, devemos considerar umamenor na produo entre 20% a 30%.
9- O local onde a turma ir trabalhar em corte, tneis, ponte ou PN? Caso o localse encaixe em algumas dessas situaes, devemos considerar a menor de 15%, 40%, 60% e 70% na
produo, respectivamente em cada local.
10- A quantidade programada est de acordo premissa de gastos do PDM no ms
( 85% PDM e 15% Correlatos ) ? A quantidade programada est em ritmo aderente
quantidade programada no ms?
Com base nessas premissas o nmero de dormentes a ser programado para um
equipamento e/ou dia de servio dever ser o resultado de multiplicarmos o HH
Disponvel na Semana pelo Coeficiente de Produtividade identificado, balizado
pela quantidade de material disponvel e necessidade de aplicao naquele
equipamento.
Seguindo estes passos, e melhorando-os, podemos construir programaes com
maior chance de Sucesso tornando nossa VP mais disponvel e confivel!
Contamos com vocs!
TMP
Quantidade Efetivo
Localizao TMP
55
CONCLUSES, LIMITAES E SUGESTES PARA FUTURAS PESQUISAS
So muitas as restries que podem impactar em uma programao semanal
como desvios, imprevistos e falhas. A empresa dissemina metas anuais de reduo
de falhas, reduo de ocorrncias, maior aderncia programao e retirada de
anomalias da via.
Inicialmente a presente monografia tinha seu projeto com foco no fluxo de
trabalho do programador (PCM) como possvel principal motivo de perda em
aderncias s programaes. Talvez organizar melhor o tempo do programador
(PCM) traria benefcios para maior cobrana s turmas e/ou desenvolver outros
mtodos para obter uma programao mais assertiva e mais aderente, porm no
era a raiz do problema. No decorrer do desenvolvimento do trabalho foi possvel
observar pontos de grande importncia que estavam sendo considerados como
menos impactantes. Pontos que so fortemente ligados maior parte das metas
anuais da superviso e que deveriam ser tratados com maior eficcia pelas turmas
de manuteno. Foi percebido que entender e trabalhar esses pontos causam um
efeito em cadeia sob outros, que so fatores que influenciam na programao. A
raiz do problema para as perdas de aderncia s programaes no era como a
programao estava sendo feita mas sim o que estava sendo programado. Esse
trabalho de analista cria uma perspectiva de excelncia a todos envolvidos, onde
conseguem atuar a curto e mdio prazo com efeitos a longo prazo. Trabalhar
baseado na manuteno focada na confiabilidade otimiza os processos e garante
uma programao mais aderente.
Os grficos gerados semanalmente atravs dos informativos, alm de
realizarem um acompanhamento da aderncia meta anual e programao
semanal, trazem consigo uma viso sistmica de onde existem defeitos em potencial
de se tornarem falhas. Aliado a esses defeitos que podem se tornar falhas, tratar dos
pontos que so potenciais causadores de ocorrncias ferrovirias, no caso da
superviso de Corinto pontos de desnivelamento transversal, dificultam os
imprevistos nas programaes. Alm disso, atrelar as manutenes com a meta
anual de substituio de dormentes traz consigo a otimizao da manuteno
realizada pela superviso de Cor