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MONOGRAFIA I.- Dados sobre o autor 1.- Biografia 1 Nasceu em Messejana, que à época de seu nascimento gozada do status de município, tendo perdido tal categoria em 1921 integrando como um bairro à cidade de Fortaleza. A família transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani em 1857 que alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros. José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro, epopéia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo tem por 1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Alencar 1

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Aurelia Jose Alencar

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MONOGRAFIA

I.- Dados sobre o autor

1.- Biografia1

Nasceu em Messejana, que à época de seu nascimento gozada

do status de município, tendo perdido tal categoria em 1921 integrando como um

bairro à cidade de Fortaleza. A família transferiu-se para a capital do Império do

Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no

Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios

à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846.

Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de

estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista

no Correio Mercantil. Em 1856 publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido

de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani em 1857 que alcançou notoriedade.

Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.

José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia

indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro, epopéia sobre a origem

do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de

mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo tem por

personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em

direção à maturidade.

Em 1859 tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois

consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no

Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador (Brasil Império). Em 1868 tornou-

se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869 candidatou-se

ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido por ser

muito jovem ainda.

Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca

confirmada, poderia ser na verdade filho de Machado de Assis, o que para alguns

1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Alencar

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daria respaldo para o enredo principal do romance Dom Casmurro. Viajou para

a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso.

Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de

Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza em que a

família Alencar vivia. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio

de Janeiro.

Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877,

ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo,

1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma

característica marcante de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas

inovações no uso da língua portuguesa. Em um momento de consolidação

da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em

povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos

para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de

Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".

A Praça José de Alencar (Ceará) é uma homenagem da sua cidade natal.

2.- Obras escritas2

Romances urbanos:

- Cinco minutos (1857);

- A viuvinha (1860);

- Lucíola (1862);

- Diva (1864);

- A pata da gazela (1870);

- Sonhos d’ouro (1872);

- Senhora (1875);

- Encarnação (1893, póstumo).

II Romances históricos e/ou indianistas:

2 http://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/jose-alencar.htm

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- O Guarani (1857);

- Iracema (1865);

- As minas de prata (1865);

- Alfarrábios (1873);

- Ubirajara (1874);

- Guerra dos mascates (1873).

III Romances regionalistas:

- O gaúcho (1870);

- O tronco do ipê (1871);

- Til (1872);

- O sertanejo (1875).

II.- Dados sobre a obra

1.- Nome do livro.

“A Senhóra”

2.- Data da composição

No ano 1875.

3.- Acolhida da critica

Na internet não há uma concreta informação sobre a acolhida da critica do livro, é

provável que os motivos sejam que procurei pela critica feita por autores e

escrevedores do 1875, ano da publicação do livro, mas posso dar uma descrição do

que pude encontrar nos blogs literários onde sem dúvida esta obra é considerada

como uma das melhores escritas no âmbito romântico na literatura brasileira.

Dizem alguns blogs literários que os personagens mulheres de Alencar deram o inicio

do realismo em Brasil, pela personalidade que deu-lhes., isto porque descrevem as

costumes urbanas da sociedade fluminense dessa época. Alfredo Bosi (critico da

literatura brasileira) disse que Alencar quis fazer uma descrição da vida e as relações

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sócias onde ele mesmo viveu e nasceu, com uma perspectiva ao passado, já que

tinha muita saudade das costumes dos índios, que segundo ele só podiam ser traídas

no presente pela literatura.

O site http://www.faccar.com.br3 explica que existiu um caráter masculino dentro da

visão de mulher em “A Senhora” já que Aurélia é autônoma de seus atos, escolhe

seus marido e o compra, em poucas palavras tinha muitas qualidades que nessa

época só tinham os homens.

4.- O porque do título

O livro é titulado “A senhóra”, faz alusão a Aurélia que é um dos personagens

principais do livro. Também, a uma relação com o conteúdo do livro, já que ela

compra um marido quem faz tudo o que deve fazer segundo o contrato matrimonial,

isto é; faz tudo o que deve para que sua “senhora” fique contente, como se fosse um

empregado mais.

Na internet encontrei que o termo: “Senhor” só era dito; nesses tempos; quando se

falava de um homem, que geralmente era o jefe da casa e da família se tivesse.

Neste caso, se chama “senhora” a uma mulher já que tem todas as qualidades de um

homem que lidera a casa e faz as decisões.

5.- Ambiente onde se desenvolveu

De acordo com uma pequena pesquisa o livro foi feito em um ambiente onde a

escravidão ainda era permitida e o machismo era muito notável, uma época onde a

liderança dos homens tinha muita transcendência, donde a mulher não decidia.

III.- Análise interna

1.- Resumo

Aurélia era uma mulher muito cortejada pelos homens da cidade, pela sua formosura

e seu dinheiro, é por isso que chega a decidir que não vai ter nenhum namorado nem

3 http://www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2005_g/2005/textos/008.html

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esposo, já que tinha conhecimento da sua situação. Muitas vezes ficava abstraída nos

seus pensamentos, como se alguma coisa a faltasse.

Um dia, decide comprar um marido, e oferece-o 100 contos de reis como dote, com a

ajuda de o senhor Lemos, quem é seu tio, ela conseguiu fazer o negócio, a pessoa

escolhida era Fernando seixas, quem primeiro não quis aceitar, mais pela

necessidade da sua família ele aceita sem saber que a mulher que ia ser sua esposa

era Aurélia.

Na noite de bodas, Aurélia disse a Seixas que ela o comprou, e humilha-o com a

verdade. Antes que ela fosse rica, ela teve uma vida muito ruim, seu irmão e seu pai

morreram, então vivia só com sua mãe quem estava doente, esse foi o motivo da

insistência dela para que Aurélia encontrasse um marido, para ela procurar um foi

realmente humilhante já que ficava na janela esperando que os homens a vieram e a

cortejassem. Um dia conheceu a Seixas, e ficou completamente apaixonada dele, ele

a cortejou, e nos encontros com a mãe de Aurélia, ficaram comprometidos no

matrimonio, porém Seixas faz um analise da sua situação e chega a conclusão de

que não e conveniente ficar casado com Aurélia, foi assim que se compromete com

Adelaida que oferece-o 20 contos de reis como dote, e depois deixa Aurélia, não

porque ele não a amava, senão porque ela não tinha dinheiro e ele tinha consciência

da sua própria posição, era muito mas conveniente ficar cassado com alguma mulher

abastada.

Aurélia lhe disse que jamais lhe pediu matrimonio, que seu amor não precisava

dessas formalidades porque era sincero, mas quando informou se do compromisso de

seu Fernando como outra mulher, ficou em uma profunda tristeza.

O avô de Aurélia jamais gosto da idéia de que seu filho casasse com sua mãe, e a

verdade não se informou dos filhos que os dois tiveram senão ate que seu filho

morrera, mas passado o tempo ele ficou doente y sozinho e ao morrer deixou toda

sua fortuna a Aurélia, quando esta ficou só já que sua mãe também tinha morto.

Nestas circunstancias foi que Aurélia y Seixas casaram-se.

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A vida matrimonial estava cheia de sarcasmos e ironias, aos olhos do mundo os dois

foram o casal mas apaixonado da cidade, Seixas fazia tudo o que sua mulher

gostasse e Aurélia atuava como a mulher mais feliz do mundo, porém tinham a

consciência de ter-se casado por um negocio de dinheiro. Tinham festas, visitas a

vizinhança, como era a costume nesses tempos, inclusive dona Firmina

Mascarenhas, a parenta de Aurelia, não tinha percebido a falsidade do casamento.

Aurélia humilhava com seus ironias e caprichos as vezes que ela queria, e Seixas

consciente do dano que a tinha feito e da transação que os dois tinham assinado,

tentava fazer o melhor para sua mulher, não deixou sua maneira fina e educada de

ser e atuar, mas nunca usou nem vestiu nenhuma das coisas que Aurélia tinha

comprado para ele. Os dois não compartiam o mesmo quarto.

No entanto, os dois sentiam um profundo amor, tudo isso podia ser comprovado pelos

momentos de tensão, por exemplo: ela sentia ciúmes de Adelaide a mulher pela que

Seixas a deixou quando não tinha dinheiro e que ficou cassada com outro homem,

Seixas sofria muito ao descobrir a formosura de Aurélia, sua inteligência, sua maneira

de ser, também sentiu ciúmes dela quando um dia descobriu uma entrevista que sua

mulher tinha feito com um homem que anteriormente tinha cortejado a ela quando não

tinha dinheiro.

Um dia, Seixas descobriu que um antigo negócio que ele fez, tinha resultado bom, e

desse resultado tinha ganhado uma boa quantidade de dinheiro, quantidade suficiente

para voltar o dinheiro da compra do marido e assim ficar livre de qualquer obrigação

com Aurélia, falou com sua esposa e esta aceitou, nesse momento os dois estavam

se despedindo mas ele contou a Aurelia o porque de sua aceitação da dote, isto foi

porque uma das suas irmãs precisava do dinheiro como dote para se casar e a única

maneira de conseguir a quantidade de dinheiro foi aceitando a dote que o prometeu o

senhor Lemos, então Aurélia deu se conta da inexistência da obrigação monetária

ajoelhou se e expressou todo seu amor por Seixas, pediu-lhe que ficara com ela. Ele

ficou comovido y a beijou, mas disse-a que o dinheiro dela no permite que eles

possam ficar juntos, então Aurélia lhe disse que na noite de bodas ela achou que ia

morrer e por isso fez seu testamento onde deixava tudo a seu marido, e que se o

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dinheiro é a causa da sua separação então preferia dissipá-lo. Foi o começo

verdadeiro do casal.

2.- Idea central

O casamento entre duas pessoas cujo vínculo é o dinheiro, e a maneira em que

ambos convivem nessa situação.

3.- Personagens principais

Aurélia Camargo

Ela é uma mulher muito formosa, tinha 18 anos, muito inteligente, tinha uma profunda

seguridade, e ao mesmo tempo muita galhardia o que era o segredo para que todas

as pessoas sempre ficassem atentas os seus movimentos. É muito apaixonada, uma

pessoa capaz de ter sentimentos profundos, mas nunca o em raras ocasiões se

deixava levar por isto, controlava muito bem suas paixões.

Fernando Seixas

Um homem elegante, charmoso, com muito amor pela sua família, mas costumado

demais as reuniões da alta sociedade. Pela sua atuação como esposo de Aurélia,

acho que é muito responsável e forte de caráter, porem, e difícil de compreender sua

maneira de expressar seu amor, as vezes parece como se estivesse muito

apaixonado de Aurélia, mas também fica muito enrolado com a educação e é confuso

porque não se pode saber com certeza se sua atuação é por amor ou por as regras

da sociedade desse tempo.

4.- Personagens secundários

D. Firmina Mascarenhas

Lísia soares

Alfredo Moreira

Sr. Lemos

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Bernandina

Manuel Tavares do Amaral

Dr. Torquato Ribeiro

Adelaide

Mariquinhas

Amaralzinha

Nicota

D. Camila

Alfredo Moreira

D. Magarida Ferreira

D. Emília Camargo

Pedro de Sousa Camargo

Eduardo Abreu

5.- Personagens não pessoas

Não há.

6.- Relação com o autor

Acho que somente é de ficção, já que a vida pessoal do autor foi muito diferente em

relação ao conteúdo do livro. Porém é preciso destacar que Cavalcanti Proença no

mesmo livro quando fala sobre o autor, diz que no seu leito de morte ele ficou muito

angustiado pela vida em que deixava a sua esposa, uma vida de pobreza e

desolação, o que faz me presumir que tinha sentimentos profundos e sinceros, talvez

esse é o motivo das suas escritas românticas, porque ao final do livro Seixas que para

mim é tão difícil de analisar em quanto aos seus sentimentos, abre seu coração a

Aurélia. Pessoalmente nesta parte os sentimentos demonstrados são quase

parecidos mas a situação e completamente diferente.

Entendo que o machismo foi um tema de muita preocupação para Alencar, já que

com “A senhora” da a uma mulher todos os roles que nesses tempos só um homem

podia ter.

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7.- A mensagem da obra

Li que José de Alencar não gostava da escravidão e por isso que especialmente suas

ultimas escritas tinham um conteúdo onde a vida dos índios era manifestada. Talvez a

mensagem que quis mostrar, foi a vida de hipocrisia que tem as famílias da “alta

sociedade” onde exemplos como os de Aurelia e Seixas são ou eram completamente

normais, o matrimonio por conveniência. Também a reivindicação da mulher, para

essa época, acho que foi uma grande surpresa para a sociedade, o sentido crítico é

muito notável.

IV.- Análise Pessoal

1.- Trechos ou cenas que mais me impressionaram

Na noite onde Aurélia humilha a Seixas e se conhece a historia dos dois, antes

que Aurélia seja rica.

Os últimos dois parágrafos do livro, já que se conhecem os verdadeiros

sentimentos de Aurélia y Seixas, onde começa o matrimonio fora dos negócios do

casamento por conveniência.

A noite da festa na casa de Aurélia onde ela e Seixas dançam o vals, foi tão forte a

mescla de sentimentos entre os dois, que as forças dela se desvaneceram, foi

impressionante.

2.- Pensamentos mais interessantes do livro.

“O mundo tem o direito de exigir de mim a dignidade da mulher; e esta ninguém

melhor que o senhor sabe como o respeito. Quanto a meu amor não devo contas

senão a Deus que me deu uma alma, e ao senhor a quem a entreguei.”

“Aurélia amava mais seu amor do que seu amante; era mais poeta do que mulher;

preferia o ideal ao homem”.

“Esse sentimento era a intensa admiração que lhe inspirava a energia e

veemência do amor de Aurélia. Havia nessa paixão que o acabava de insultar uma

beleza fera, que incutia-lhe entusiasmo cheio de espanto”.

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“Passava os dias encerrada em seu tocador. Quando aparecia, era sempre

distraída e tinha o aspecto dessas pessoas que se habituam a viver no mundo da

fantasia, e que sentindo-se como aturdidas quando descem a realidade, refugia-se

em suas quimeras”.

“A rotina da sala Mao conhece os movimentos impetuosos e desordenados das

paixões, Ali tudo se faz com regra e medida. Uma menina que desde os sete anos

se habitua a entregar os lábios as caricias dos amigos da casa recebe seu

primeiro beijo de amor com um pudor gracioso, mas sereno.”

3.- A obra llhe agradou? Por quê?

Sim, agradou-me demais, as razões são muitas:

A maneira em que se conta não é lineal, há um momento em que a historia

tem de voltar ao passado para entender os acontecimentos: na noite do

casamento.

É a primeira vez que veio que o problema não é a separação dos amantes,

senão sua união por conveniência.

A maneira em que Aurélia expressa suas emoções e a complexidade da sua

personalidade faz o livro fascinante, é uma mulher forte, mas também

vulnerável.

Seixas foi um personagem tão complexo para mim, que só ate a ultima parte

do livro que ficou mais clara sua personalidade.

E um motivo fora do livro, é que Alencar sem duvida foi muito corajoso em

escrever uma história onde se criticava de alguma maneira a mesma

sociedade onde ele viveu, sendo ele um político.

V.- Análise de formas exteriores.

1.- Estrutura e composição

O livro foi dividido em 4 partes:

1) O Preço

2) Quitação

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3) Posse

4) Resgate

2.- Vocabulários e sua significação

Sopé.- s.m. Falda, base de montanha, parte inferior da encosta. Parte da rocha

ou muro mais próxima do solo

Atingido.- é uma palavra derivada de atingir. Atingir: v.t. Tocar com um projétil:

atingir com uma pedrada. Alcançar: atingir o alvo; atingir idade avançada. Fig.

Atacar, ferir: atingir alguém em sua honra. Compreender, perceber.

Sertão.- s.m. Lugar agreste afastado dos pontos cultivados.

Serões.- é uma palavra derivada de seroar. Seroar: (serão+ar) vint Fazer serão;

trabalhar de noite; saroar

Desagravada.- v.t. Reparar (uma ofensa ou injúria); dar satisfação de um agravo.

Vingar de agravo; desafrontar.

Carrascos.- .m. Bras. Caminho pedregoso. Mata anã, de arbustos duros e

esguios, de altura raramente superior a um metro.

Arcadas.- s.f. Fila de arcos sustentados por pilares ou colunas. O empuxo exterior

de cada arco encontra o empuxo do arco próximo da série, e ambos se

compensam.

Bacharel.- s.m. Indivíduo que obteve um diploma em qualquer curso universitário

Convergirão.-  centralizarão; concentrarão; confluirão; dirigirão; encaminharão;

reunirão. 

Escoadouro.- s.m. Orifício, canal ou vala por onde transvasa água excessiva ou

de serventia.

Enlevado.- adj. Que está em estado de êxtase; encantado.

Frêmito.- s.m. Barulho, rumor, rugido. Fig. Comoção, abalo, estremecimento de

alegria. Sensação espasmódica.

Fumegantes.- adj (de fumegar) Que fumega.

Vilipendiado.- É uma palavra derivada de vilipendiar. Vilipendiar: v.t.d. Fazer

com que algo ou alguém se sinta desprezado ou desdenhado; tratar com desdém:

vilipendiar os desfavorecidos economicamente. 

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Depoimento.- s.m. Ato de depor em juízo, pelo qual uma pessoa, denominada

testemunha, faz suas declarações perante a autoridade que a convocou ex officio

ou em atenção a pedido deferido por ela.

Desfeito.- adj. Destruído; desmanchado; que mudou de forma; transfigurado.

Fadado.- adj. Que possui um propósito determinado; predestinado: fadado ao

fracasso. 

Guisa.- s.f. Maneira ou modo; somente utilizada na locução "à guisa de". 

À guisa de. Ao jeito de; ao modo de; no local de; como: utilizava uma garrafa à

guisa de copo. 

Feminilidade.- s.f. Característica, particularidade ou estado particular da mulher;

comportamento feminino; feminidade.

Quixotesca.- adj. Que diz respeito a Dom Quixote; próprio de Dom Quixote.

Fig. Diz-se do que ou de quem é generosamente impulsivo; sonhador, romântico,

nobre, mas um pouco desligado da realidade.

Partilhar.- v.t.d. e v.bit. Dividir em muitas partes; repartir com alguém: partilhou a

comida; partilhou seus bens com os filhos.

Agiotas.- adj. Que coloca em prática a agiotagem ou a usura; que se dedica à

agiotagem.

Fidalgo.- f. Mulher de fidalgo. Mulher nobre.

Leviandade.- s.f. Característica ou particularidade do que ou de quem é leviano;

ausência de seriedade.

Submeter.- v.t. Sujeitar, subjugar, dominar, controlar: submeter os rebeldes.

Fig. Propor ao julgamento, ao exame: submeto-lhes novo projeto.

Escrevinhador.- adj. e s.m. Que ou quem escrevinha; escritor de má qualidade,

de obras sem valor; escrevedor, escrevinhadeiro, escriba, rabiscador.

Resgate.- s.m. Ação ou efeito de resgatar. Libertação do local em que se estava

preso, mediante o pagamento de uma quantia (valor) combinada: quem pagou o

resgate? O valor pago por essa libertação. 

Cacoetes.- s.m. Movimento involuntário muscular do rosto ou do corpo. Mau

hábito. Mania, trejeito, momice.

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Ceticismo.- s.m. Ausência de qualquer tipo de crença. Característica daquele que

é cético ou comportamento de quem duvida de tudo; descrente.

Disfarce.- s.m. Ação ou efeito de disfarçar ou disfarçar-se. Aquilo que pode ser

usado para disfarçar; que esconde a verdadeira aparência de (algo ou alguém);

fantasia ou máscara. 

Alugar.- v.t. Dar, tomar em aluguel: alugar uma casa, um automóvel.

Arrendar.

Estelionato.- .m. Fato de vender ou hipotecar a mesma coisa a duas ou mais

pessoas.

Embaçar.- v.t. Tornar baço, fazer perder o brilho, reduzir a transparência de: o

vapor de água embaça o espelho. Empanar, obscurecer; o mesmo que embaciar.

Arroubos.- s.m. Êxtase, enlevo, encanto.

Lances.- s.m. Risco; perigo, transe. Passagem ou descrição de qualquer ato

notável: um lance importante da história.

Talho.- s.m. Ato ou efeito de talhar ou cortar; talhamento, talha.

Corte produzido por fio ou gume: deu um talho no dedo.

Ferimento.- s.m. Ato ou efeito de ferir. Ferida, corte.

Móvel.- adj. Que se move: a mandíbula é móvel. Que pode ser movido: ponte

móvel. Fig. Inconstante, volúvel.

Traste.- s.m. Móvel caseiro. Coisa velha, de pouco valor. Indivíduo inútil, sem

préstimo. Pessoa de mau caráter.

Galicismo.- s.m. Palavra, locução ou construção peculiar à língua francesa.

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