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UNIVERIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
Efeitos da infusão contínua de xilazina e cetamina em ovinos
(Ovis aries)
Tobias Antas Alves
Graduando
2016
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
Efeitos da infusão contínua de xilazina e cetamina em ovinos
(Ovis aries)
Tobias Antas Alves
Graduando
Prof. Dr. Pedro Isidro da Nóbrega Neto
Orientador
Patos-PB
Julho de 2016
3
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR
A474e
Alves, Tobias Antas
Efeitos da infusão contínua de xilazina e cetamina em ovinos (Ovis
aries) / Tobias Antas Alves. – Patos, 2016.
27f.: il. color.
Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina Veterinária) -
Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia
Rural, 2016.
“Orientação: Prof. Dr. Pedro Isidro da Nóbrega Neto”
Referências.
1. Anestesia. 2. Ruminantes. 3. Sedação. I. Título.
CDU 616-089.5:619
4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Tobias Antas Alves
Graduando
Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito
parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.
APROVADO EM:....../....../...... MÉDIA:.............
EXAMINADORES:
________________________________ ______
Prof. Dr. Pedro Isidro da Nóbrega Neto NOTA
_________________________________ ______
Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto NOTA
_________________________________ ______
Med. Vet. MSc. Josemar Marinho de Medeiros NOTA
5
A Deus, que me fez forte e perseverante e não me permitiu desistir de realizar meu
grande sonho.
À minha esposa, filhos e à tia Inêz, meus maiores motivos de seguir firme em cada
etapa da minha vida.
Dedico.
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus pelo o dom da vida, pela minha saúde e pela
determinação para vencer todos os obstáculos durante minha caminhada para realização
desse sonho.
À minha esposa, Aline, a quem me falta palavras para agradecer tudo que faz
por nossa família, pela compreensão nos momentos difíceis, por suportar com firmeza
momentos de solidão causados pela minha ausência e, claro, pelo amor que dedica a
mim e aos nossos filhos.
Aos meus filhos, Ruan e Liara, meu motivo maior de perseverar e não desistir
diante dos obstáculos, pelo carinho, amor e paciência com papai. Amo muito vocês.
À tia Inêz pelo amor, carinho, apoio, orações e a mais perfeita dedicação de mãe.
À minha mãe, pelo carinho, amor, paciência e ensinamentos.
Aos meus amigos Cícero de Lima (tio Cícero), Luís Lopes e Carlinhos Burrego,
pelo apoio e acolhida durante esses anos, amizade que nasceu pra durar a vida inteira.
Aos médicos veterinários Paulo Ítalo e Heráclio Gomes, pelo carinho, confiança
e por compartilhar experiências de vida. Cada conversa, cada conselho farão muita
diferença em minha vida.
Ao professor Pedro Isidro, pela paciência, estímulo e disponibilidade em me
orientar.
À professora Verônica Nobre, pelo carinho, confiança, por compartilhar suas
experiências de vida e principalmente pelo apoio em momentos difíceis, meus sinceros
agradecimentos.
Aos amigos e companheiros de jornada Wanesk, João Leite e Paulo Antônio, por
tornarem meus dias mais alegres e me ensinarem o verdadeiro sentido da palavra
amizade. Ao Thafarel Duarte (Bolim) e à Sílvia, pela boa amizade que me
proporcionaram.
7
“Só resisti porque nasci num pé-de-serra
E quem vem da minha terra resistência é profissão
Que nordestino é madeira de dar em doido
Que a vida enverga e não consegue quebrar não”
Accioly Neto
8
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................................9
RESUMO....................................................................................................................................10
ABSTRACT................................................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................................13
2.1 Anestesia intravenosa................................................................................................13
2.2 Xilazina......................................................................................................................14
2.3 Cetamina....................................................................................................................15
3 METODOLOGIA......................................................................................................................16
4 RESULTADOS.........................................................................................................................20
5 DISCUSSÃO.............................................................................................................................22
6 CONCLUSÃO...........................................................................................................................24
7 REFERÊNCIAS........................................................................................................................24
ANEXO.....................................................................................................................................27
9
LISTA DE FIGURAS
Pág.
FIGURA 1 - A: Aferição da motilidade ruminal; B: Sistema utilizado para
mensuração da pressão arterial; C: Avaliação da analgesia ...............
19
FIGURA 2 - Valores médios das frequências cardiaca (FC) e respiratória (f) e da
temperatura corpórea (TC), em ovinos sedados com xilazina e submetidos à
anestesia intravenosa com infusão de uma solução contendo xilazina e
cetamina, em diferentes momentos ..................................................................
20
FIGURA 3 - Valores médios da pressão arterial média (PAM) e da saturação parcial de
oxihemoglobina (SpO2), em ovinos sedados com xilazina e submetidos à
anestesia intravenosa com infusão de uma solução contendo xilazina e
cetamina, em diferentes momentos ................................................................
21
FIGURA 4 - Valores médios da analgesia e da motildade ruminal, em ovinos sedados
com xilazina e submetidos à anestesia intravenosa com infusão de uma
solução contendo xilazina e cetamina, em diferentes momentos ..................
21
10
RESUMO
ALVES, TOBIAS ANTAS. Efeitos da infusão contínua de xilazina e cetamina em
ovinos (Ovis aries). Patos-PB, UFCG, UAMV 2016, 27p. Monografia (Trabalho de
Conclusão de Curso em Medicina Veterinária).
A infusão contínua por via intravenosa é uma forma prática e racional de administração
de fármacos, sendo geralmente empregada por resultar numa anestesia mais consistente
com menores doses de cada agente empregado. Dentre os fármacos mais utilizados para
sedação de ruminantes está a xilazina, assim como para anestesia injetável o mais
empregado é a cetamina. Foram aferidos parâmetros fisiológicos em ovinos submetidos
à infusão contínua com esses fármacos, com o intuito de medir a eficácia e segurança da
técnica. Para isso foram utilizados 10 ovinos machos, hígidos, com idade variando de
12 a 24 meses, pesando 18,6 ± 3,0 kg, os quais foram oriundos da Fazenda
Experimental da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Patos – PB,
com alimentação e água ad libitum e passando por um período de adaptação de sete dias
Os animais foram medicados com xilazina 2% (0,1 mg/kg), IV e 10 minutos após com
cetamina 10% (2 mg/kg), IV. Cinco minutos após a administração da cetamina, iniciou-
se a infusão contínua IV de uma solução contendo xilazina (0,1 mg/mL) e de cetamina
(1 mg/mL) na dose inicial de 2 mL/kg/hora, durante 60 minutos. Foram mensurados:
frequência cardíaca (FC), pressão arterial média (PAM), frequência respiratória (f),
saturação parcial de oxihemoglobina (SpO2), motilidade ruminal (MR) e temperatura
corpórea (TC). Os parâmetros foram mensurados antes da aplicação da xilazina (T-15),
imediatamente antes da administração da cetamina (T-5), imediatamente antes do início
da infusão contínua da xilazina e cetamina (T0) e a cada 10 minutos após T0, durante 60
minutos (T10, T20, T30, T40, T50 e T60). Os dados foram submetidos à análise
estatística pelo software Graphpad Instat, sendo que a comparação entre os momentos e
entre os grupos foi realizada a partir do emprego da análise de variância para amostras
repetidas e teste de Student-Newman-Keuls e as médias referentes à indução e à
recuperação anestésica avaliadas segundo o teste t de Student, ao nível de 5% de
significância. Ocorreu redução em FC, PA, TR, f e MR. A SpO2 não variou entre os
momentos. Já a analgesia iniciou-se aos 0,5 ± 0,5 minutos após a administração da
cetamina e foi mantida com a infusão contínua, na dose média de 2,4 mL/Kg/hora. Os
animais assumiram o decúbito esternal e a posição quadrupedal 37,6 ± 17,4 e 45,1 ±
15,5 minutos após o término da infusão da solução anestésica, respectivamente. Desta
forma, a técnica empregada demonstrou-se segura e eficaz para a contenção e anestesia
de ovinos.
Palavras-chave: anestesia, ruminantes, sedação.
11
ABSTRACT
ALVES, TOBIAS ANTAS. Effects of continuous infusion of xylazine and ketamine
in sheep (Ovis aries). Patos-PB, UFCG, UAMV 2016 27p. Monograph (Work
Completion of course in Veterinary Medicine).
Continuous intravenous infusion is a practical and rational way of drug administration,
usually being employed to result in a more consistent anesthesia with lower doses of
each agent used. Among the most used drugs for sedation ruminants is xylazine, as well
as injectable anesthetic is employed as ketamine. Physiological parameters were
measured in sheep subjected to continuous infusion of these drugs, with the aim of
measuring the effectiveness and safety of the technique. For this we used 10 male,
healthy sheep, aged from 12 to 24 months, weighing 18.6 ± 3.0 kg, which were derived
from the Experimental Farm of the Federal University of Campina Grande (UFCG) in
Patos - PB with food and water ad libitum and passing an adjustment period seven days
the animals were treated with 2% xylazine (0.1 mg / kg) 10 minutes after IV and 10%
with ketamine (2mg / kg) IV. Five minutes after administration of ketamine, began
continuous intravenous infusion of a solution containing xylazine (0.1 mg / mL) and
ketamine (1 mg / ml) at an initial dose of 2 mL / kg / hr for 60 minutes. Were measured:
heart rate (HR), mean arterial pressure (MAP), respiratory rate (f), partial
oxyhemoglobin saturation (SpO2), rumen motility (RM) and body temperature (BC).
The parameters were measured before application of xylazine (T-15), immediately
before the administration of ketamine (T-5) immediately before the start of continuous
infusion of xylazine and ketamine (T0) and 10 minutes after T0 for 60 minutes (T10,
T20, T30, T40, T50 and T60). Data were statistically analyzed by Graphpad INSTAT
software, and the comparison between the moments and between groups was performed
from the use of analysis of variance for repeated samples and test Student-Newman-
Keuls and means regarding the induction and anesthetic recovery evaluated according to
Student's t test, at 5% significance level. There was a reduction in HR, MAP, BC, and f
RM. The SpO2 did not vary between times. Since analgesia was started at 0.5 ± 0.5
minutes after administration of ketamine, and was maintained with a continuous
infusion, at a mean dose of 2.4 ml / kg / hour. The animals took sternal recumbency and
standing position 37.6 ± 17.4 and 45.1 ± 15.5 minutes after the infusion of the
anesthetic solution, respectively. Thus, the technique proved to be safe and effective for
containing and anesthesia sheep.
Keywords: anesthesia, ruminants, sedation
12
1 INTRODUÇÃO
A realização da maioria dos procedimentos cirúrgicos em ruminantes é possível
com o emprego da contenção física e da sedação, associadas à anestesia local ou
regional. Nos procedimentos em que a completa imobilidade do paciente é necessária,
geralmente emprega-se a anestesia dissociativa ou a geral. Raramente emprega-se a
anestesia geral inalatória, devido o fato de tal técnica anestésica necessitar de
equipamentos sofisticados e de alto custo. Neste contexto, a anestesia intravenosa –
dissociativa ou geral – oferece maior praticidade para o anestesiologista, especialmente
sob condições de campo, tornando possível o emprego de associações de fármacos que
visam obter efeitos sinérgicos e assim promover uma anestesia de qualidade e com
segurança.
A anestesia intravenosa total (AIT) por infusão contínua é a forma mais prática e
racional de administração dos fármacos nestes tipos de procedimento, sendo uma
técnica anestésica geralmente empregada por resultar em uma anestesia mais consistente
com menores doses de cada agente empregado, bem como melhor controle da
profundidade anestésica.
Considera-se a AIT um método que não requer absorção, permite uma rápida
distribuição, com rápido início de ação, e permite ajustes na dose anestésica. Quando
empregada na forma de infusão contínua, a AIT oferece conforto para o veterinário que
trabalha em condições de campo fazer cirurgias mais complexas com segurança e menor
variação da profundidade anestésica para o paciente.
A AIT na forma de infusão contínua tem sido pouco utilizada durante os
procedimentos cirúrgicos de ruminantes, sob condições de campo. É importante
evidenciar melhor o uso desse método, através de pesquisas que permitam ao cirurgião
que trabalha sob condições de campo usar técnicas confiáveis e acessíveis em termos de
fármacos, e que não requeiram aparelhagens muito sofisticadas.
Dentre os fármacos utilizados na tranquilização e/ou sedação de ruminantes
estão a acepromazina, alfa2 agonistas como xilazina, detomidina, medetomidina e
romifidina. A anestesia dissociativa pode ser induzida por meio da injeção de cetamina
ou tiletamina-zolazepam e a anestesia geral com propofol ou tiobarbitúricos, como o
tiopental (RIEBOLD, 2013).
13
Portanto, tendo em vista o potencial de utilização da AIT em cirurgias de
ruminantes sob condições de campo, objetiva-se com este estudo avaliar a eficácia e
segurança da anestesia obtida a partir do emprego da associação de xilazina e cetamina,
administradas por infusão intravenosa contínua, a partir da análise dos seus efeitos sobre
alguns parâmetros fisiológicos, em ovinos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Anestesia intravenosa
A contenção física e a sedação de bovinos associada à anestesia local ou regional
permitem a realização de muitos procedimentos cirúrgicos (ARAUJO, 2011). Alguns
procedimentos cirúrgicos realizados em condições de campo em ruminantes requerem
maior complexidade sob o ponto de vista anestésico, e em varias ocasiões a anestesia
inalatória se torna inviável, pois requer equipamentos sofisticados e de alto valor
comercial (SANTOS et al., 2010). A praticidade destas técnicas oferecerem maior
segurança cardiorrespiratória além de terem um custo mais baixo, possibilitando o
emprego de associações de fármacos visando obter efeitos sinérgicos e promover
anestesia de qualidade e com segurança (GOUVEIA et al., 2016).
A administração de anestésicos por via intravenosa pode ser realizada através de
injeções em bolus ou por infusão contínua (CÔRTES, 2010). A técnica de infusão
contínua constitui a forma mais prática e racional de administração dos fármacos, tendo
em vista que os mantém em concentrações plasmáticas constantes (AGUIAR, 2009).
Segundo Santos et al. (2010) a infusão contínua de fármacos geralmente resulta
em uma anestesia mais consistente, com menores doses de cada agente empregado, bem
como melhor controle da profundidade anestésica.
Os fármacos mais utilizados na tranquilização e ou sedação de ruminantes
incluem a acepromazina, o diazepam, o midazolam e os agonistas alfa-2 adrenérgicos
como xilazina, detomidina, medetomidina e romifidina (RIEBOLD, 2013). Ainda de
acordo com Riebold (2013) a anestesia pode ser induzida de forma injetável, com
fármacos como tiobarbitúricos, propofol, cetamina e tiletamina-zolazepam, ou de forma
inalatória, com halotano, isoflurano ou sevoflurano.
14
Lin (2013) afirma que a xilazina costuma ser administrada antes ou em
concomitância com a cetamina para anestesia de curta duração em ruminantes, podendo
ser prolongada pela aplicação intravenosa lentamente de cetamina até alcançar o efeito
desejado.
2.2 Xilazina
A xilazina é um fármaco agonista alfa-2 adrenérgico com características
sedativas, analgésicas e miorelaxantes, empregada com frequência na sedação de
ruminantes (RIEBOLD, 2013).
Na década de 1960 a xilazina foi sintetizada na Alemanha Ocidental para ser
utilizada na medicina humana como anti-hipertensivo, mas logo foi demostrado o seu
potencial no emprego da sedação em animais (LEMKE, 2013) tornando-se o primeiro
agonista alfa-2 adrenérgico usado por veterinários (GROSS, 2003).
Na década de 1970 a xilazina foi utilizada como adjuvante na anestesia
veterinária e descrita na literatura americana e europeia como um fármaco eficaz para
eliminar a hipertonicidade muscular induzida pela cetamina (LEMKE, 2013).
Lemke (2013) assegura ainda que só no início da década de 1980 os efeitos da
xilazina foram definitivamente ligados à ativação dos receptores centrais alfa-2
adrenérgicos, e a variação de doses produziam grande variação do grau de sedação e
analgesia.
A fórmula molecular do cloridrato de xilazina é C12H16N2SHCl, seu peso
molecular é 256,8 e o seu ponto de fusão varia entre 164 e 167°C. É formada por
cristais incolores de sabor amargo e é solúvel em água e metanol e insolúvel em éter e
clorofórmio (MASSONE, 2008).
A xilazina provoca alterações na ativação dos adrenorreceptores alfa-2 pré-
sinápticos do sistema nervoso central, reduzindo as transmissões interneuronais de
norepinefrina (RIBEIRO et al., 2012). Este fármaco também age nesses mesmos
receptores, localizados em tecidos periféricos, causando efeitos colaterais nos tratos
gastrintestinal, cardiovascular e respiratório, além de útero, pâncreas, rins e fígado,
ocasionando timpanismo ruminal, bradicardia, bradipneia, edema pulmonar, hipoxemia,
contrações uterinas, hipoinsulinemia e poliúria (SANTOS et al., 2010; MASSONE,
15
2011; RIEBOLD, 2013). A administração intravenosa da xilazina provoca um curto
período de hipertensão, seguido por bradicardia reflexa e diminuição duradoura do
débito cardíaco e da pressão arterial (RIEBOLD, 2013).
Em bovinos a farmacodinâmica da xilazina foi determinada após administração
de 0,2 mg/kg por via intravenosa, tendo sido determinada uma meia vida de eliminação
de 36 minutos (LEMKE, 2013).
Em ruminantes, a dose de xilazina normalmente empregada para produzir efeito
sedativo é de 0,05 a 0,1 mg/kg pela via intravenosa e de 0,1 a 0,2 mg/kg pela via
intramuscular, podendo alcançar forte sedação com relaxamento muscular intenso e
prolongado com a dose de 0,3 mg/kg por via intravenosa (MASSONE, 2008; LEMKE,
2013).
2.3 Cetamina
Massone (2008) descreveu que o cloridrato de cetamina é um pó cristalino
branco, formando uma solução límpida incolor, estável na temperatura ambiente, com
fórmula molecular C13H17Cl2NO, peso molecular 237,74 e ponto de fusão entre 262 e
263°C. É uma solução preparada em pH que varia entre 3,5 e 5,5, possui meia vida de
sete minutos e sua metabolização é feita pelo fígado, com eliminação renal.
A cetamina é um fármaco que causa a dissociação do córtex cerebral de modo
seletivo, causando analgesia e desligamento sem perda dos reflexos protetores
(MASSONE, 2011). Esse anestésico dissociativo é atualmente o mais utilizado na
medicina veterinária (LIN, 2013).
Ferreira (2010) e Lin (2013) propõem que a cetamina promove o antagonismo
dos receptores do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA) do sistema nervoso central (SNC),
como mecanismo molecular envolvido na condução de impulsos sensoriais espinhais,
talâmicos, límbicos subcorticais e corticais, promovendo assim efeitos anestésico,
analgésico, psicomimético e neuroprotetor.
A cetamina é um fármaco versátil, uma vez que permite sua administração por
via intramuscular e intravenosa. Atinge rapidamente os tecidos muito perfundidos,
como o cérebro, e se redistribui para os tecidos de menor perfusão (músculos) e depois
para o tecido adiposo (SOUZA, 2007; SILVA, 2008).
16
Os efeitos simpaticomiméticos da cetamina estimulam a frequência cardíaca,
causam ação vasoconstrictora periférica e aumentam de forma considerável a pressão
arterial (MASSONE, 2008). A estimulação cardíaca está associada ao aumento do
trabalho cardíaco e do consumo de oxigênio pelo miocárdio (LIN, 2013).
Massone (2008) refere que o uso da cetamina dispensa a intubação endotraqueal,
mantendo as vias aéreas livres e os reflexos protetores preservados. Ferreira (2010)
ressalta que no sistema respiratório a cetamina causa ventilação apnêustica, e a
respiração se torna pausada e prolongada após a inspiração, e quando aplicada em doses
mais elevadas torna a respiração irregular e superficial.
Lin (2013) menciona que a cetamina aumenta a pressão intracraniana e eleva o
fluxo sanguíneo cerebral, em decorrência da vasodilatação cerebral e incremento da
pressão arterial sistêmica.
A dose de cetamina sugerida para ruminantes por Andrade (2002) e Lin (2013) é
de 1 a 2 mg/kg pela via intravenosa e de 10 a 20 mg/kg pela via intramuscular. A
duração da anestesia é de 15 minutos, quando aplicada pela via intravenosa, e de 30
minutos, quando pela via intramuscular.
3 METODOLOGIA
Foram utilizados 10 ovinos machos, hígidos, com idade variando de 12 a 24
meses, pesando 18,6 ± 3,0 kg, os quais foram oriundos da Fazenda Experimental da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Patos – PB. Os ovinos foram
trazidos para o Hospital Veterinário da UFCG, onde o experimento foi realizado, e
foram mantidos em um curral coletivo, alimentados com capim elefante (Pennisetum
purpureum), feno de capim gramão (Cynodon dactylon) e água à vontade. Respeitou-se
um período de adaptação de sete dias, evitando desta forma que o estresse alterasse a
obtenção dos resultados.
Após jejum alimentar e hídrico de 12 horas, implantou-se um cateter calibre 18G
na veia jugular externa esquerda do animal e outro, calibre 22G, na artéria auricular
média, ambos sob anestesia local subcutânea com três mL de lidocaína 2% sem
17
vasoconstrictor1. Em seguida o animal foi medicado com xilazina 2%
2, na dose de 0,1
mg/kg, via intravenosa (IV), seguida, 10 minutos após, pela cetamina 10%3, na dose de
2 mg/kg, via IV. Cinco minutos após a administração da cetamina, iniciou-se a infusão
contínua intravenosa de uma solução anestésica contendo 0,1 mg/mL de xilazina e 1
mg/mL de cetamina, na dose de 2,2 mL/kg/hora, durante 60 minutos.
A diluição da solução anestésica foi realizada com NaCl a 0,9%4 e a
administração da mesma feita com bomba de infusão peristática5.
Logo após a indução anestésica os animais foram colocados em decúbito lateral
direito, sobre um colchão ortopédico.
Foram mensurados os parâmetros fisiológicos: frequência cardíaca (FC), pressão
arterial média (PAM), frequência respiratória (f), saturação parcial de oxihemoglobina
(SpO2), motilidade ruminal (MR) e temperatura corpórea (TC).
FC, f e MR foram mensuradas através de auscultação indireta com estetoscópio,
sendo FC e f mensuradas durante um minuto e MR durante dois minutos (Figura 1A).
A temperatura corpórea foi aferida através de um termômetro clínico digital,
cujo bulbo foi introduzido cerca de cinco centímetros no reto do animal e mantido em
contato com a mucosa retal.
A pressão arterial média (PAM) foi aferida com um esfigmomanômetro
aneroide6 (Figura 1B) conectado a um equipo de 30 centímetros de comprimento,
preenchido com solução heparinizada (10 UI de heparina7/mL) até 50% do seu
comprimento e conectado ao cateter 22G previamente inserido na artéria auricular
média.
A saturação parcial de oxihemoglobina foi mensurada através do oxímetro de
pulso de um monitor multiparamétrico8, cujo sensor foi posicionado na prega ano-
caudal do animal.
Todos os parâmetros foram mensurados antes da aplicação da xilazina (T-15),
imediatamente antes da administração da cetamina (T-5), imediatamente antes do início
1 Lidovet – Laboratório Bravet Ltda. –Engenho Novo, RJ
2 Anasedan - Laboratorio Ceva Sante Animale Ltda.- Paulínia, SP
3 Dopalen - Laboratorio Ceva Sante Animale Ltda. - Paulínia, SP
4 Cloreto de Sódio 0,9% - Eurofarma Laboratórios Ltda. – Campo Belo, SP
5 Bomba de infusão peristática rotativa MP-20 – CELM Stramedical, Balneário Camboriú, SC
6 Esfigmomanômetro aneroide Premium – Accumed Produtos Médico-Hospitalares Ltda. – Duque de
Caxias, RJ 7 Liquemine 5000 UI/mL – Roche Laboratórios – São Paulo, SP
8 Monitor InMax Color – Instramed Ind. Médico Hospitalar Ltda. – Porto Alegre - RS
18
da infusão contínua da xilazina e cetamina (T0) e a cada 10 minutos após T0, durante 60
minutos (T10, T20, T30, T40, T50 e T60).
A analgesia (Figura 1C) foi avaliada apenas partir da indução anestésica (T0),
com base na presença ou ausência de reação ao pinçamento da pele da região
paralombar esquerda, com pinça hemostática de Kocher de 16 centímetros, travada até o
primeiro dente da cremalheira. Esta pesquisa foi realizada a cada minuto após a
administração da cetamina, até que o animal não reagisse à mesma e, a partir de então,
nos momentos já citados para os parâmetros fisiológicos, sempre após a aferição destes.
Como reação positiva ao pinçamento considerou-se qualquer movimentação voluntária,
vocalização ou aumento abrupto da frequência cardíaca e/ou respiratória ao pinçamento.
Caso o animal reagisse ao pinçamento cutâneo durante o período de infusão contínua da
solução anestésica anotava-se o valor 0 (zero) na avaliação e a dose da solução foi
aumentada em 10%. Caso o animal não reagisse, anotava-se o valor 1 (um).
Foram mensurados os tempos decorridos: da administração da cetamina até a
ausência de reação ao pinçamento cutâneo (período de latência); do término da
administração da infusão contínua da xilazina e cetamina até o momento em que o
animal assuma o decúbito esternoabdominal (recuperação esternal); e do término da
administração da anestesia ao retorno à posição quadrupedal (recuperação total).
19
Figura 1- A: Aferição da motilidade ruminal; B: Sistema utilizado para mensuração da pressão
arterial; C: Avaliação da analgesia.
As alterações comportamentais ocorridas durante os períodos de indução,
manutenção e recuperação anestésica foram anotadas.
A análise estatística foi realizada em microcomputador, com o programa
Graphpad Instat. Os dados referentes às frequências cardíaca e respiratória, à
eletrocardiografia, à motilidade ruminal, à temperatura corpórea foram analisados com o
emprego da análise de variância para amostras repetidas e a comparação entre os
momentos e entre os grupos foi realizada pelo teste de Student-Newman-Keuls. Os
dados referentes à indução e à recuperação anestésica foram avaliados segundo o teste t
de Student. Todos os testes foram aplicados ao nível de 5% de significância.
A B
C
20
4 RESULTADOS
As médias e desvios-padrão dos parâmetros fisiológicos mensurados podem ser
observados no Anexo 1. Ocorreu redução significativa da FC, PAM e TC em relação
aos valores basais (T-15), a partir do T-5 e da MR a partir do T10, a qual perdurou por
todo o período experimental. A f e a analgesia aumentaram significativamente a partir
do T10, o que perdurou por todo o período experimental. Não houve variação estatística
da SpO2 entre os momentos.
As figuras 2, 3 e 4 demonstram as oscilações dos valores médios referentes a
cada parâmetros fisiológico estudado ao longo do período experimental.
0
20
40
60
80
100
120
140
T-15 T-5 T0 T10 T20 T30 T40 T50 T60
FC
f
TC
Figura 2 - Valores médios das frequências cardiaca (FC) e respiratória (f) e da temperatura
corpórea (TC), em ovinos sedados com xilazina e submetidos à anestesia
intravenosa com infusão de uma solução contendo xilazina e cetamina, em
diferentes momentos.
MOMENTOS
21
0
20
40
60
80
100
120
T-15 T-5 T0 T10 T20 T30 T40 T50 T60
PAM
SpO2
Figura 3 - Valores médios da pressão arterial média (PAM) e da saturação parcial de
oxihemoglobina (SpO2), em ovinos sedados com xilazina e submetidos à anestesia
intravenosa com infusão de uma solução contendo xilazina e cetamina, em
diferentes momentos.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
T-15 T-5 T0 T10 T20 T30 T40 T50 T60
Analgesia
MR
Figura 4 - Valores médios da analgesia e da motildade ruminal, em ovinos sedados com xilazina
e submetidos à anestesia intravenosa com infusão de uma solução contendo xilazina
e cetamina, em diferentes momentos.
A abolição da resposta à estimulação dolorosa (período de latência) ocorreu em
média 2,2 ± 2,5 minutos após a administração da cetamina e a dose média da solução
anestésica necessária para manutenção anestésica foi de 2,4 mL/Kg/hora, o que foi
suficiente para manter a analgesia significativamente presente a partir do T10.
MOMENTOS
MOMENTOS
22
Os períodos de recuperação esternal e recuperação total foram, respectivamente,
37,6 ± 17,4 e 45,1 ± 15,5 minutos.
Foram observadas alterações comportamentais nos animais anestesiados, tais
como hipersalivação, que foi observada em todos os animais entre os momentos T0 e
T10; e vocalização, que ocorreu em momentos alternados entre T20 e T60 em três dos
dez animais. Ocorreu ainda rotação ventral do globo ocular em quatro animais entre T-5
e T0, e micção, em quatro animais, entre T50 e T60.
5 DISCUSSÃO
A diminuição da frequência cardíaca dos ovinos logo após a administração da
xilazina e durante a manutenção da anestesia, está de acordo com os resultados obtidos
por Santos et al. (2010), ao estudar a infusão contínua de xilazina, éter gliceril guaiacol
e cetamina na herniorrafia em bezerros, e por Sousa (2015). Tal efeito pode ser devido à
indução de bradicardia reflexa, seguida pela diminuição do débito cardíaco e da pressão
arterial causados pela ativação de receptores periféricos alfa-2 pós-sinápticos pela
xilazina (LEMKE, 2013). Quando se administra a xilazina associada à cetamina, a
redução da frequência e do débito cardíacos é parcialmente compensada, pois a
cetamina os eleva e também incrementa a pressão arterial, a resistência vascular
sistêmica e o consumo miocárdico de oxigênio (LEMKE, 2013). No entanto esta
compensação do efeito bradicardizante da xilazina pela cetamina não foi suficiente para
evitar a bradicardia nos ovinos, que segundo Feitosa (2014) têm frequência cardíaca de
90 a 115 batimentos cardíacos por minuto.
A redução da pressão arterial observada no presente experimento segue a
tendência descrita por Riebold (2013) sobre a administração intravenosa da xilazina. Já
Massone (2008) demonstra que a cetamina causa vasoconstrição periférica elevando a
pressão arterial devido aos seus efeitos simpaticomiméticos. A administração
intravenosa de xilazina na maioria das espécies é associada a um decréscimo de 20 a
30% na pressão arterial. Em ovinos a queda da pressão arterial é causada pela ativação,
pela xilazina, dos receptores periféricos alfa-2 e na perfusão ocasionada por
desequilíbrio relacionado à ventilação e circulação pulmonar (LEMKE, 2013).
O aumento da frequência respiratória ocorrido durante a manutenção da
anestesia corrobora os resultados de Santos et al. (2010). O uso da xilazina altera
23
adrenoreceptores α2 pré sinápticos causando bradipneia (MASSONE, 2011). Em
contrapartida, a aplicação de cetamina em doses mais elevadas causa superficialização e
irregularidade respiratória (FERREIRA, 2010) fazendo com que a frequência
respiratória seja elevada para compensação hemodinâmica, fato que provavelmente
justifica a taquipneia registrada no presente experimento.
No presente estudo, apesar de as frequências cardíaca e respiratória haverem
sido alteradas, a manutenção da perfusão e da oferta de oxigênio às células
aparentemente não sofreu alterações significativas, uma vez que a saturação parcial de
oxigênio na hemoglobina (SpO2) não alterou-se, fato também observado por Araújo
(2011).
A diminuição da motilidade ruminal ocorrida concorda com Sousa (2015) e com
Lemke (2013) que citam que os α2 agonistas diminuem a motilidade gastrointestinal ao
se ligarem a receptores pré-sinápticos, provocando diminuição na liberação de
noradrenalina, reduzindo a atividade simpática no sistema nervoso central e as
contrações cíclicas do retículo e do rumem são inibidas pela xilazina, mecanismo
também descrito por Santos et al. (2010), Massone (2011) e Riebold (2013).
A redução da temperatura retal durante a manutenção da anestesia, concorda
com os efeitos causados pela xilazina descritos por Araújo (2011), que se devem à ação
hipotalâmica do fármaco e que, no estudo aqui relatado, causou hipotermia nos ovinos,
uma vez que os limites considerados normais para a espécie são de 38,5 a 40°C
(FEITOSA, 2014).
A analgesia obtida com a infusão de xilazina e cetamina concorda com Sousa
(2015), que descreve o potencial de analgesia causado pela xilazina e principalmente da
cetamina, que conforme cita Lin (2013), deprime seletivamente a atividade neuronal no
eixo neocorticotalâmico e no núcleo central do tálamo, promovendo anestesia e
analgesia. Embora no presente experimento a analgesia tenha sido avaliada apenas com
o pinçamento cutâneo, acredita-se que a anestesia promovida pela associação utilizada
seja suficiente para a realização de procedimentos cirúrgicos, fato que será avaliado em
estudos futuros.
O período de recuperação total registrado no presente estudo foi inferior ao
citado por Santos et al. (2010), que administrou a associação de xilazina, cetamina e éter
gliceril guaicol (EGG) em bezerros, os quais só assumiram a posição quadrupedal 152 ±
60 minutos após o término da infusão. Provavelmente esta diferença deva-se à ausência
24
do EGG na solução anestésica do presente estudo, uma vez que este fármaco
reconhecidamente acumula-se nos tecidos quando administrado em infusão contínua.
6 CONCLUSÃO
A técnica de infusão intravenosa contínua de xilazina e cetamina mostrou-se
simples de empregar e eficaz na manutenção da analgesia, permitindo a realização de
cirurgias em condições de campo de forma segura tanto para o cirurgião quanto para o
paciente. Os dados obtidos podem subsidiar novos estudos que visem aprimorar e
popularizar a técnica pra ruminantes.
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25
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(Graduação em Medicina Veterinária). Centro de Saúde e Tecnologia Rural.
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, 2007.
27
ANEXO
Tabela1: Valores médios e desvios padrão (x + s) da frequência cardíaca (FC), frequência respiratória ( f ), pressão arterial média (PAM),
temperatura corpórea (TC), saturação parcial de oxihemoglobina (SpO2), analgesia e motilidade ruminal (MR) em ovinos sedados
com xilazina e submetidos à anestesia intravenosa com infusão de uma solução contendo xilazina e cetamina, em diferentes
momentos.
a, b: Médias na mesma linha seguidas por letras diferentes, diferem estatisticamente (p < 0,05)
Parâmetros Momentos
fisiológicos T-15 T-5 T0 T10 T20 T30 T40 T50 T60
FC 117,9±17,8a 98,8±17,0
b 94,5±16,2
b 86,4±13,8
b 92,8±10,6
b 87,4±10,5
b 89,8±11,6
b 90,4±13,7
b 84,2±14,6
b
f 44,4±19,1a 44,4±13,8
a 46,0±13,8
a 73,4±37,7
b 82,2±32,2
b 81,6±32,8
b 88,0±23,6
b 86,8±25,0
b 83,6±21,5
b
PAM 105,6±15,5a 88,0±10,8
b 94,5±11,1
b 97,3±4,1
b 95,9±11,7
b 93,7±13,2
b 89,8±13,0
b 86,9±11,6
b 83,2±12,8
b
TC 39,8±0,6a 39,2±0,8
b 38,8±1,0
b 38,4±1,0
b 38,1±0,8
b 37,8±0,7
b 37,8±0,7
b 37,5±0,9
b 37,1±1,2
b
SpO2 98,1±1,5a 96,2±4,3
a 96,0±3,1
a 93,2±8,5
a 93,1±4,8
a 97,2±4,6
a 94,4±4,7
a 95,8±4,2
a 96,3±5,9
a
Analgesia - - 0,5±0,5 a 0,8±0,4
b 0,9±0,3
b 1,0±0,0
b 0,9±0,3
b 0,9±0,3
b 0,9±0,3
b
MR 0,6±0,5 a 0,4±0,5
a 0,5±0,5
a 0,2±0,4
b 0,1±0,3
b 0,1±0,3
b 0,1±0,3
b 0,1±0,3
b 0,1±0,3
b