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FACULDADES INTEGRADAS DA TERRA DE BRASÍLIA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Uso de plantas nos cultos Afro-brasileiros no Distrito Federal e Entorno. Jonathan Vieira Novais Recanto das Emas 2006.

Monografia Final Jonathan Novais Ftb 2006

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trabalho escolar

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  • FACULDADES INTEGRADAS DA TERRA DE BRASLIA CINCIAS BIOLGICAS

    Uso de plantas nos cultos Afro-brasileiros no Distrito Federal e Entorno.

    Jonathan Vieira Novais

    Recanto das Emas 2006.

  • Faculdades Integradas da Terra de Braslia FTB Curso de Cincias Biolgicas

    Uso de plantas nos cultos Afro-brasileiros no Distrito Federal e Entorno.

    Jonathan Vieira Novais

    Monografia de Concluso de Curso, como requisito parcial para obteno do ttulo de Licenciado em Cincias Biolgicas.

    Recanto das Emas 2006

  • Trabalho realizado junto coordenao de Cincias Biolgicas das Faculdades Integradas da Terra de Braslia. Sob a orientao da Professora MsC. Renata Corra Martins.

    Aprovado por:

    _____________________________________________

    MsC. Renata Corra Martins

    Universidade de Braslia UNB / Jardim Botnico de Braslia

    Orientadora e Presidente da Banca

    _____________________________________________

    Professor MSc. Alberto Jorge da Rocha Silva

    Faculdades Integradas da Terra de Braslia FTB

    Co - Orientador

    _____________________________________________

    Prof. Dra. Ktia Regina Ferraz Vicentini

    Faculdades Integradas da Terra de Braslia FTB

    Membro titular da Banca

  • A todos os tripulantes da oikos nave Terra,

    em especial aos divinos e completos vegetais,

    aos ancestrais,

    a todos belos irmos inorgnicos...

  • AGRADECIMENTOS

    Seria impossvel agradecer somente a uma pessoa, comeo ento dizendo que no h

    nada melhor do que acordar com algum que participe arduamente com voc de todos os

    episdios das vivncias terrenas, e este trabalho realmente ensinou-me o valor do

    companheirismo, ento digo um obrigado especial a minha linda esposa Cludia e ao filhote

    Christian.

    Meus amorosos, apoiadores e sonhadores pais Imaculada e Juarez, ao meu sogro

    Mario e sogra Eni, pelo carinho e sobre tudo a confiana em mim depositada. As minhas

    irms Dolores e Danielle.

    A faculdade, digo aos grandes empresrios do ensino, por favor, faam algo para

    melhorar o ensino deste pas, se empenhem mais, em ajudar estas pequenas molculas de carbono que somos os sonhadores homens.

    Deixo aqui meus votos de amizade a todos os companheiros de sala e professores do

    curso, adorei trocar tantas experincias com vocs, estes anos foram sementes, e a colheita

    est por vir.

    Deixo meus votos de agradecimento e felicidade aos orientadores Renata Martins e

    Alberto Silva que foram ativos em me oferecer sabedoria que j possuem, compartilhando comigo o tempo, que muitas vezes acredito eu, se absteram de exercer outras atividades. A

    querida Carolyn Proena por dispor o seu sempre requisitado tempo para me esclarecer e

    proporcionar um pouco da luz do seu conhecimento e professora Ktia Vicentini pela

    referncia e o bom exemplo, obrigado por participar da banca.

    Finalizo, agradecendo a todos os entrevistados, estes me proporcionaram momentos

    de grande aprendizado ao lado deles e sem eles no teria construdo todo este trabalho,

    aprendi com eles a agradecer dizendo assim: Que Olorum e todos Orixs abenoe, todos vocs e que a felicidade inunde o corao de todos.

  • SUMRIO

    RESUMO ..................................................................................................................... 7

    INTRODUO ........................................................................................................... 8

    OBJETIVOS .............................................................................................................. 12

    MATERIAL E MTODOS ...................................................................................... 13 RESULTADOS E DISCUSSO .............................................................................. 17

    CONCLUSO ........................................................................................................... 79

    REFERENCIAL BIBLIOGRFICO: .................................................................... 80 GLOSSRIO DE NOMES OU TERMOS AFRO-BRASILEIROS ................................................................ 84

    APNDICE - A ANUNCIA PREVIA ....................................................................................................... 87

    APNDICE B QUESTIONRIOS ............................................................................................................... 88

    C- LEVANTAMENTO DAS ESPCIES VEGETAIS TEIS, NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS NO

    DISTRITO FEDERAL E ENTORNO. ............................................................................................................. 91

    ANEXO I OSSAIM O ORIX DAS FOLHAS ........................................................................................... 93

  • RESUMO O conhecimento tradicional das culturas de origem africana, possui num contexto uma

    valorizao direta aos vegetais e este conhecimento pode ser evidenciado pela pesquisa etnobotnica. Este estudo foi conduzido no Distrito Federal e Entorno. O levantamento etnobotnico teve como alvo os sacerdotes das casas de santo (Candombl). Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, com o uso de questionrios, buscando informaes sobre os empregos dados as plantas, voltando a entrevita para quais plantas so utilizadas e suas indicaes de uso. Observou-se que as espcies vegetais so em sua maioria exticas ao bioma Cerrado. O emprego de espcies nativas do Cerrado reflete que houve a adaptao ou a incluso destas plantas nos cultos afro brasileiros no DF e entorno. Evidenciou-se

    considervel utilizao dos vegetais. Os usos foram categorizados em dez formas distintas de aplicao, so elas: amaci, banho, defumador, sacudimento, culinria, assentamento,

    iniciao e ornamental. As partes vegetais utilizadas so; folhas, frutos, flores e razes, predominando o uso das folhas. A categoria com maior citao foram banhos. Foram citados 114 espcies, 88 gneros e 50 famlias, sendo 102 indentificadas e 12 indetermindas. Com este estudo pode se perceber a necessidade de se ampliar s pesquisas nos cultos de matriz africana principalmente nas casas de santo presentes nas regies, onde o bioma cerrado a vegetao nativa.

    Palavras-chave: etnobotnica, uso tradicional, cerrado, cultos afro-brasileiros.

  • 8

    INTRODUO O termo Etnobiologia relativamente recente. Essa terminologia surgiu como um

    brao da etnocincia que vem ganhando impulso nestes ltimos anos com o aumento dos

    trabalhos publicados, e a necessidade de se conhecer como os homens lidam com os

    recursos naturais tradicionalmente.

    Segundo Posey (1987), entende-se etnobiologia como sendo o estudo do

    conhecimento e das conceituaes desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito da

    biodiversidade e do meio ambiente; em outras palavras, o estudo do papel da natureza

    no sistema de crenas e de adaptao do homem a determinados ambientes. Neste sentido,

    a Etnobiologia relaciona-se com a ecologia humana, mas enfatiza as categorias e

    conceitos cognitivos utilizados pelos povos em estudo (Posey, 1987).

    Partindo ento da viso compartimentada da cincia sobre o mundo natural, surge

    o termo "Etnobotnica", citado pela primeira vez por Harshberger em 1895 (Amorozo,

    1996). Em etnobotnica, so analisadas as relaes entre os seres humanos e os vegetais,

    procurando responder questes como: quais plantas so conhecidas, quais plantas esto

    disponveis, quais plantas so reconhecidas como recursos, como o conhecimento

    etnobotnico tradicional est distribudo na populao, como os indivduos diferenciam e

    classificam a vegetao, como esta utilizada e manejada e quais os benefcios derivados

    das plantas (Alcorn, 1995).

    Atualmente o aproveitamento botnico feito pelas diversas culturas vem sendo

    amplamente pesquisado, despertando interesses de vrios segmentos da comunidade

    cientfica; toda essa necessidade baseia-se no fato de que o conhecimento tradicional

    possui, em seu contexto prtico, uma base eficiente e de grande sucesso para os muitos

    fins que as plantas so destinadas.

  • 9

    A utilizao dos recursos oriundos da biodiversidade e a produo de

    conhecimento sobre eles no privilgio exclusivo de nenhum grupo social ou cultural.

    Os dados da Organizao Mundial da Sade destacam que, em decorrncia da pobreza e

    da falta de acesso medicina moderna, 65 80 % da populao mundial que vive em

    pases em desenvolvimento, depende essencialmente das plantas para o cuidado primrio

    sade (Vasconcellos, 2003).

    Os vegetais possuem valores de extrema abrangncia no contexto de seu uso. Das

    diversas culturas que utilizam as plantas para tratamentos teraputicos, ritualsticos,

    alimentares, decorativos, aromticos e dentre outros, incluem-se as religies de matriz

    africana.

    Os usos litrgicos, mitolgicos e ritualsticos das plantas dentro dos cultos afro

    brasileiros esto presentes fortemente dentro de sua essncia, ou seja, no que tange a

    aspectos bsicos do conhecimento, aquilo que tido pelos praticantes como fundamentos

    tradicionais da religio, as plantas manifestam-se como sendo a base para todo o culto

    religioso.

    Acredita-se que em mdia, mais de quatro milhes de africanos foram obrigados a

    cruzar o oceano, amontoados nos pores infectos e sufocantes dos navios negreiros, em

    direo a uma vida desumana de escravido no chamado novo mundo. Este nmero

    estima-se que seja equivalente cerca de 40% do contingente de negros que

    desembarcaram nas Amricas entre o final do sculo XV e o sculo XIX (A cor da

    cultura, 2006).

    Uma quantidade significativa de africanos que aportaram no pas veio da Bacia do

    rio Congo, de Moambique, do Golfo da Guin e de Angola e foram distribudos por

    quase todo o territrio brasileiro para realizar o trabalho braal nos engenhos e nas usinas

    de cana, nas minas e nas plantaes de caf. Ainda hoje possvel identificar a herana da

  • 10

    diversidade cultural africana em estados como Maranho, Bahia, Pernambuco e Rio de

    Janeiro por onde passaram centenas de negros do antigo Daom, e Bahia, conhecida pela

    influncia iorub (A cor da cultura, 2006).

    As naes de origem dos cultos afros praticados no Brasil desrespeitam a origem

    africana, ou seja, os bantus so negros que tiveram origem de uma regio que vai de

    Camares at a frica do Sul, existem cerca de 400 grupos tnicos nessa regio. O povo

    Ketu proveniente do reino Yorub que compreende o sul e o centro da atual Republica

    do Benin, parte da Republica do Togo e sudoeste da Nigria.

    O povo Yorub ou Iorubas esto distribudos numa vasta regio que abrange a Nigria, o Nigr, o Togo e parte do Benin, os Yorub costumavam deslocar-se em grupos reduzidos, formando ncleos familiares, nos quais era comum a presena de um sacerdote, os povos Yorub compunham-se por tribos, como exemplo, temos os Ijexs junto do rio sun (Oxum). A distribuio aleatria dos grupos africanos pelo pas originou diferentes tradies religiosas, como o candombl de nao ketu, oy e ijex nos terreiros baianos, o batuque gacho, o xang pernambucano e a mina maranhense. Muitas destas linhas mesclam elementos iorubas, bantos e jejes, assim como suas variadas lnguas, culturas e crenas religiosas num fenmeno que passou a ser conhecido como a dispora africana (A cor da cultura, 2006).

    Com a criao e construo de Braslia na regio Centro-Oeste, surge entre outras

    tantas manifestaes religiosas, os cultos afro-brasileiros na regio do DF e entorno.

    Em geral as casas de santo localizam-se nas reas rurais, por estas proporcionarem

    maiores extenses de terra e em alguns casos cursos dgua.

    A adaptao das plantas nativas para somatizar, ou substituir o conjunto de

    espcies usadas nos cultos, fortaleceu a aproximao dos praticantes com a vegetao do

    Cerrado, o que proporciona uma valorizao e uma busca constante em preservar as

    espcies nativas.

    A diversidade de paisagens determina uma grande florstica, que coloca a flora do

    bioma Cerrado como a mais rica entre as savanas do mundo, com 6.429 espcies j

    catalogadas (Mendona et al. 1998). O Cerrado foi eleito com um dos mais ricos e ameaados ecossistemas do mundo. Sabe-se que atualmente de um total de 1.783.200 Km originais de Cerrado, restam intactos somente 356.630 km, ou apenas 20 % do bioma original, justificando a preocupao que se tem sobre este bioma (Scariot et al., 2005).

    Muitas espcies nativas do bioma Cerrado possuem usos tradicionais, incluindo

    diversas categorias de uso tais como alimentcias, medicinais, construo, artesanato e

  • 11

    ritualsticas. Entretanto, o usurio comum ainda a populao regional cuja atividade

    essencialmente extrativista (Ribeiro et al., 1994).

    Os cultos afros aqui tratados desrespeitam ao Candombl, este possui distintas

    origens e consolidaes de acordo com a nao, neste trabalho tem-se as naes Angola,

    Ketu, Nag, Jej. Sabe-se que atualmente alguns cultos so de origem ou de influncia

    dos cultos africanos como o caso da Santeria Cubana, os Voduns, a Umbanda dentre

    outros.

    Consoante ao baixo nmero de trabalhos envolvendo a diversidade do

    conhecimento tradicional dentro nas religies de matriz africana, no contexto do

    aproveitamento das plantas, o presente trabalho o resultado do levantamento das plantas

    utilizadas nos cultos afro-brasileiros no Distrito Federal e entorno.

  • 12

    OBJETIVOS

    Estudar o uso das plantas dentro dos cultos de matriz africana no Distrito Federal e entorno e considerar as plantas nativas do bioma cerrado utilizadas, identificar o uso dos vegetais e as formas de empregos atravs de identificar informantes e localiz-los, utilizando como critrio a distribuio deles na rea de estudo; identificar as categorias de uso e a distribuio das espcies nas mesmas; realizar coleta, herborizao e identificao do material botnico coletado; elaborar lista das espcies e descrio de uso.

    Sabendo da proximidade e da significncia das plantas aos cultos, o presente

    trabalho busca dentro das casas de santo, conhecer os vegetais utilizados e aumentar o

    conhecimento que se tem das plantas empregadas nos cultos afros inseridos na regio do

    Centro-Oeste.

  • 13

    MATERIAL E MTODOS

    A - IDENTIFICAO DAS REAS DE ESTUDO E INFORMANTES

    - rea De Estudo Figura 1 Mapa Das reas Visitadas

    Figura 1 Mapa de reas visitada (fonte: Maplink, 2006).

    A rea de estudo escolhida foi o Distrito Federal (DF) e o Entorno.

    O DF possui aproximadamente 5.822,1 km, est localizado na regio Centro-Oeste e

    possui como limites, Planaltina de Gois (Norte), Formosa (Nordeste e Leste), Minas

    gerais (Leste), Cristalina e Luzinia (Sul), Santo Antnio do Descoberto (Oeste e

    Sudoeste), Corumb de Gois (Oeste) e Padre Bernardo (Noroeste). Suas caractersticas

    so: planalto de topografias suaves e vegetao de cerrados, com altitude mdia de 1.172

    metros, clima tropical e os rios principais so o Parano, Preto, Santo Antnio do

    Descoberto e So Bartolomeu.

  • 14

    O Entorno deve ser entendido como sendo os municpios prximos ao Distrito Federal

    e que pertencem ao Estado de Gois e Minas Gerais. Os municpios do entorno visitados

    foram: Santo Antnio do Descoberto, Valparaso e Luzinia todos municpios do Estado

    de Gois, todos possuindo como vegetao tpica o Cerrado.

    A Constituio brasileira veda a diviso do DF em municpios, logo ento cria-se no

    DF as regies administrativas ou popularmente conhecidas como cidades satlites, que

    possuem administradores locais e que so subordinadas ao governo do DF.

    A flora do DF tem um promissor potencial econmico com espcies forrageiras,

    medicinais, alimentcias, corticeiras, tanferas, melferas e ornamentais.

    As regies administrativas do DF visitadas foram: Gama e Park Way.

    Gama: Regio Administrativa criada em 12/10/1960

    Park Way: Regio Administrativa criada em 29/12/2003

    Santo Antnio do Descoberto localiza-se no leste goiano, possui

    aproximadamente 938,309 km e esta 200 Km de Goinia e 45 Km do centro do

    centro do DF.

    Valparaso de Gois fundado em 15 de junho de 1995, localiza-se no leste goiano,

    possui aproximadamente 60.000 km e esta 190 Km de Goinia e 35 Km do

    centro do DF.

    Luzinia possui fundao em 13 de dezembro de 1746 localiza-se no leste goiano,

    possui aproximadamente 3.961,536 km e esta 214 Km de Goinia e 62,80 Km

    do centro do DF.

    As casas escolhidas foram previamente selecionadas a partir de uma lista de casas de

    santo fornecida pela Sr Luciana V. P. Gonalves da Fundao Palmares do Ministrio da

    Cultura e por contados diretos com as casas de santo.

  • 15

    Em todas as casas contatadas o projeto foi apresentado aos sacerdotes responsveis.

    As casas que aceitaram participar do trabalho receberam a Anuncia prvia (Apndice

    A), respeitando assim a integridade do conhecimento de cada informante.

    Os locais selecionados e as respectivas casas visitadas foram:

    A. Gama, Inzo Hamba Ua Maza Hangolo, Ncleo Rural Monjolo, Chcara Ina

    11/13.

    B. Luzinia, Il Ax Oy Bamil, Avenida 10, Parque Estrela Dalva, Quadra 54,

    Chcara 11.

    C. Park Way, Il Ax Iji Dan, Quadra 13 Conjunto 02 Chcara 44.

    D. Santo Antnio do Descoberto, Il Ax Bar leji, Manses Bittencourt Quadra 40c.

    E. Valparaso de Gois, Etapa E. Casa da V Onofra. Quadra 05 Casa 16 CEP: 72876 -

    525.

    B LEVANTAMENTO E ANLISE DOS DADOS

    Efetuou-se entrevistas semi-estruturadas com cinco informantes (Apndice A). As

    entrevistas foram preparadas atendendo ao cotidiano das comunidades trabalhadas,

    oferecendo liberdade de descrever o uso, aplicao das plantas e acompanhar a coleta dos

    vegetais.

    Todas as plantas foram coletas na presena do entrevistado, que comentavam durante

    a coleta as formas de aplicaes, as caractersticas de uso, as variaes do uso, as

    experincias vividas com a planta. As informaes coletadas foram descritas no

    preenchimento dos questionrios. Durante o processo de apresentao das plantas,

    descreviam-se o nome popular e o nome que algumas plantas possuem religiosamente, ou

    seja, no dialeto da nao de origem.

  • 16

    Para avaliar a importncia relativa de uso, utilizou-se o critrio analtico de Friedman

    (Albuquerque, 1995), adaptado para este trabalho:

    CUPc = CUP X FC

    Onde:

    CUP = percentagem de concordncia de usos principais

    FC = fator de correo

    CUPc = percentagem de concordncia de usos principais corrigidos

    C COLETA, HERBORIZAO E IDENTIFICAO DE MATERIAL

    BOTNICO.

    As plantas foram coletadas, herborizadas e identificadas. A identificao foi realizada

    no Herbrio da Universidade de Braslia (UB), por comparao e consulta de

    especialistas, com a colaborao da professora Dr Carolyn Elinore Barnes Proena,

    curadora do herbrio da UnB (UB). Tambm se utilizou de literatura especializada.

    Foi elaborada ficha descritiva (Apndice B) para cada vegetal, obedecendo a uma

    seqncia alfabtica por nome popular, e cada planta esta distribuda em uma categoria.

    As categorias foram criadas com base nos dados coletados.

    N de entrevistados que citaram usos principais CUP= ______________________________________________ x 100

    N de entrevistados que citaram uso da espcie

    N de entrevistados que citaram a espcies FC= ____________________________________________________

    N de entrevistados que mencionaram a espcie mais citada

  • 17

    RESULTADOS E DISCUSSO

    A - INFORMANTES E REA DE ESTUDO

    Gama, Inzo Hamba Ua Maza Hangolo, Ncleo Rural Monjolo, Chcara

    Ina 11/13.

    Na regio administrativa Gama, encontra-se a casa da Me Ngua Carmem de

    Angor, com 54 anos de idade, nascido no Estado de Pernambuco no municpio de

    Recife, residente h 22 anos no local. Com ensino superior completo em direito, atividade

    profissional e ocupao no servio pblico, atualmente aposentada e compartilha o local

    de moradia com mais cinco pessoas.

    Sua nao Angola. Todo conhecimento adquirido sobre o uso de plantas

    proveniente da prtica religiosa, sua rea de aproximadamente 80.000 m.

    Importncia das plantas para o entrevistado: No h nada sem a folha para o Orix, no

    existe candombl sem folha (Me Carmem de Angor).

    Park Way, Il Ax Iji Dan, Quadra 13 Conjunto 02 Chcara 44.

    Na regio administrativa Park Way, encontra-se a casa Me Iracema de Obalua, com

    72 anos de idade, natural da Paraba, do municpio de Campina Grande, residente h 21

    anos no local. Com primrio completo, atividade profissional e ocupao exclusiva no

    Candombl, compartilham o local de moradia com mais seis pessoas.

    Sua nao Ketu, todo conhecimento adquirido sobre o uso de plantas proveniente

    da prtica religiosa, sua rea de aproximadamente 10.000 m.

    Importncia das plantas para o entrevistado: muito importante, pois sem folha no

    tem como haver iniciao do filho, no h candombl sem folha (Me Iracema de

    Obalua).

  • 18

    Municpio de Luzinia, Il Ax Oy Bamil, Avenida 10, Parque Estrela

    Dalva, Quadra 54, Chcara 11. Cep: 72800-000

    No municpio de Luzinia encontra-se a casa da Me Inalda, com 56 anos de idade,

    nascida no estado de Pernambuco, residente h 31 anos no local. Com 2 grau completo,

    compartilha o local de moradia com mais quatro pessoas.

    Na mesma rea de sua residncia encontra-se o Ax, local de culto e celebrao de

    festas aos Orixs, sua nao Nag, e tambm prtica do culto a Jurema. Todo

    conhecimento adquirido sobre o uso de plantas proveniente da prtica religiosa, sua rea

    de aproximadamente 2.000 m com grande diversidade de vegetais distribudos por toda

    a chcara.

    Importncia das plantas para o entrevistado: As plantas so fundamentais para tudo,

    se no houver plantas no existe candombl (Me Inalda).

    Municpio de Santo Antnio do Descoberto, Il Ax Bar leji, Manses

    Bitencourt Quadra 40c.

    No municpio de Santo Antnio do Descoberto encontra-se a casa do Pai Uibacy

    Domingos D vila (Pai Tito de Omolu), com 62 anos de idade, nascido no estado do Rio

    Grande do Sul, residente h 34 anos no local. Com ensino superior completo em

    Administrao de empresas, atividade profissional e ocupao exclusivamente dedicada

    religio e ao culto a If, compartilham o local de moradia com mais 42 pessoas, sendo

    estas, filhos de santo vinculados a casa, caseiro e cnjuge.

    Sua nao Ketu, e tambm prtica do Candombl de Caboclo, todo conhecimento

    adquirido sobre o uso de plantas proveniente da prtica religiosa. Sua rea de

    aproximadamente 30.000 m com grande diversidade de vegetais distribudos por toda a

    chcara.

  • 19

    Importncia das plantas para o entrevistado: Fundamental, no h Orix sem folha.

    um smbolo da ancestralidade do indivduo (Pai Tito de Omolu).

    Municpio de Valparaso de Gois, Casa da V Onofra Etapa E Quadra 05

    Casa 16 CEP: 72876 - 525.

    No municpio de Valparaso de Gois encontra-se a casa da V Onofra Maria da

    Silva, com 67 anos de idade, nascido no estado de Minas Gerais, do municpio de Arax,

    residente h 10 anos no local. No possui escolaridade concluda, atividade profissional e

    ocupao no servio pblico, compartilha o local de moradia com mais seis pessoas.

    Sua nao Angola, todo conhecimento adquirido sobre o uso de plantas

    proveniente da prtica religiosa, sua rea de aproximadamente 20 m .

    Importncia das plantas para o entrevistado: Muito importante para o culto, folha

    ajuda as pessoas (V Onofra).

  • 20

    B ESPCIES UTILIZADAS E FORMAS DE USO

    Durante as entrevistas foram citadas 114 plantas pelo seu nome popular, que possuem

    aplicaes litrgicas e medicinais. Os vegetais so empregados em amacs, banhos,

    defumao, sacudimento, culinria, medicinal, iniciao, assentamento.

    O estudo constatou que as plantas so utilizadas em dez categorias de uso ritualstico,

    na figura 2, as categorias esto separadas pela seqncia de A a J, as plantas

    indicadas para cada categoria esto agrupadas.

    Figura 2 Nmero de citaes por categoria de uso.

    A= AmaciB= BanhoC= DefumadorD= Medicinal E= SacudimentoF= CulinriaG= AssentamentoH= IniciaoI= OrnamentalJ= Ebs e Cerimnias

    20

    74

    6

    46

    5

    14

    49

    28

    9

    14

    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    Ca

    tego

    ra

    s

    Nmero de citao

    Numero de plantas citadas por categora

  • 21

    As categorias so;

    A) amac: compreende um preparado especial base de ervas maceradas em gua.

    usado para banhar os iniciados. Uma grande variedade de ervas pode entrar na

    composio dos amacs. A seleo das espcies feita pelo pai ou me de santo,

    respeitando o Orix regente. Nesse sentido, as plantas que so empregadas no

    amac so aquelas que pertencem divindade. A utilizao do amac visa conferir

    maior interao entre o orix e o iniciado, fortalecendo os laos. (Albuquerque,

    1995).

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Abre caminho, Algodo e Colnia.

    B) banho: consiste de um ritual que visa fortalecer, limpar e proteger os adeptos

    (iniciados), ou visitantes que buscam ajuda nas casas de santo. O banho de

    limpeza possui grande popularidade cultural, por ser de fcil manipulao.

    Comumente so feitos com ervas indicadas pelos pais e mes de santo, maceradas

    com gua fria e jogadas sobre o corpo. importante ressaltar que no so todos os

    banhos indicados que podem ser usados para lavar a cabea, sendo necessrio

    orientao direta dos pais e mes de santo. Vale ressaltar que h os banhos de

    atrao, que so banhos relacionados a processo de conquista voltado para auxiliar

    relacionamentos.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Comigo ningum pode, Laranjeira e

    Manac.

    C) defumador: um preparado de ervas secas, com propriedades curativas e de

    proteo, sendo muito usado nesta categoria o Fumo (Nicotiana tabacum),

    associado outras ervas. Representa trao marcante da cultura amerndia adaptada

    aos cultos africanos no Brasil (Albuquerque, 1995).

  • 22

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Acco, Alecrim e Cravo da ndia.

    D) medicinal: as plantas e seus empregos dentro dos cultos no se limitam ao uso

    ritualstico, sendo difundido o uso medicinal de algumas espcies. Comumente

    so plantas indicas na medicina popular.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Canela, Guaco e Jenipapo.

    E) sacudimento: processos ritualsticos de limpeza, visando aliviar tenses locais e

    psicolgicas, causadas por energias negativas acumuladas no individuo. Chamado

    de sacudimento por ser uma forma de balanar as energias, muito parecido com a

    popular Benzedura.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Pequi, Mangueira espada e Espada de

    So Jorge.

    F) culinria: as comidas preparadas nas casas de santo possuem um valor sacral, ou

    seja, cada orix possui sua comida, e tanto nas celebraes como nos rituais

    cotidianos, estes preparados culinrios levam diversas plantas. Estas podem ser

    usadas para temperar, decorar e outros.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Dend, Folha da fortuna e

    Manjerico.

    G) assentamento e fundamento: objetos, smbolos e elementos necessrios para

    estabelecer e representar o Orix, onde est assentado a sua fora dinmica,

    ficando depositado em locais especficos do terreiro; cada orix possui seu espao,

    sua casa, dentro do terreiro. Os fundamentos so as obrigaes feitas para o orix.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Jaqueira, Louquinho mido e Erva

    vintm.

    H) iniciao: os rituais de iniciao possuem uma total complexidade de

    fundamentos, que so as bases da liturgia dos cultos afro-brasileiros. No processo

  • 23

    de iniciao do filho de santo diversas plantas so utilizadas. So exemplos do

    emprego dos vegetais na iniciao; cama de folha do orix, esteira, ps, entre

    outros.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Capeba, Graviola e Inhame.

    I) ornamental: esta categoria destinada s plantas que so usadas na decorao da

    casa em dias de festa, celebraes, como tambm para a proteo da casa. As

    plantas so distribudas em pontos estratgicos, em portas e na entrada do terreiro.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Iroko, Jurema preta e Obi/ Noz de

    cola.

    J) ebs e Cerimnias: Nesta categoria, enquadram-se as plantas que so empregadas

    em Ebs. Os Ebs so trabalhos de complexa manipulao em locais fora do

    terreiro, popularmente chamados de Despacho. As plantas tambm so usadas

    em Celebraes ou ocasies especiais, como por exemplo, as celebraes

    fnebres. H tambm bebidas que so preparadas para cerimnias com

    ingredientes de procedncia vegetal e que possuem propriedades curativas.

    Exemplos de plantas citadas nesta categoria: Maracuj selvagem / ewe dan,

    Ob/Odn e Timb.

    As plantas usadas nos cultos afros so empregadas nas preparaes de amcis;

    banhos de defesa, de limpeza, de purificao. Em preparaes de ambientes; de comidas;

    bebidas e remdios. Nas cremaes em incensrios, aromatizantes, e nos ritos e cultos

    diretos aos Orixs.

  • 24

    Dentre as dez categorias de uso, a mais citada foi o Banho (B), registrando 74 espcies destinadas a este emprego como mostrado na figura 2. A categoria que menos foi citada foi o Sacudimento (E) com um total de cinco plantas.

    H tambm dentre as citaes, plantas que so destinadas exclusivamente para a

    mesma aplicao, como o caso do Abre Caminho, Tira Teima ou Quebra Demanda,

    da Famlia Lamiaceae, que foi indicada pelos cinco informantes para o mesmo uso.

    Temos outras que possuem uma aplicao diversificada, sendo citadas em mais de

    uma categoria, at preencher um total de seis aplicaes como foi o caso do Akok

    (Newbouldia laevis), que possui uma importncia muito grande dentro do culto, pois os

    informantes relataram a necessidade de t-la, para praticamente todos os tipos de

    trabalhos.

    A maioria das plantas extica ao bioma Cerrado ou ao Brasil. No presente

    levantamento pode-se verificar a presena de aproximadamente 14 plantas esto

    distribudas no bioma Cerrado.

    So exemplos de espcies nativas que possuem aproveitamento nos cultos afro-

    brasileiros, o Pequi (Caryocar brasiliense), a Quaresmeira (Tibouchina granulosa), a

    Canela de Velho (Miconia albicans), o So Gonsalino (Casearia sylvestris) e o Jatob

    (Hymenaea courbaril).

    O Pequi, alm de sua importncia e apreo alimentar, utilizado em sacudimentos,

    assentamento e em banhos. considerada uma planta com ligao ao Orix Exu e tida

    como quente e forte.

    A Quaresmeira aplicada para se fazer cama de folha dos Orixs Omolu e Nan. A

    Canela de Velho muito utilizada em banhos de limpeza. O fruto do Jatob possui

    funes ritualsticas, sendo utilizado em fundamentos do Orix Xang, como tambm o

    ch das folhas e a polpa do fruto possuem propriedades medicinais voltadas para

    problemas de anemia.

  • 25

    As plantas exticas so de origem africana como o caso do Iroko (Chlorophora

    excelsa), que considerada rvore sagrada pelos praticantes das religies de matriz

    africana.

    O uso de espcies originrias da frica como a Noz de cola ou Obi (Cola acuminata),

    de grande significado etnobotnico, pela permanncia como planta tradicional e de uso

    obrigatrio em algumas situaes ritualsticas (Albuquerque, 1995).

    Segundo Albuquerque (1997) a famlia Lamiaceae apresenta grande aceitao para

    usos ritualsticos, principalmente em banhos, devido ao seu potencial aromtico.

    Para 12 nomes citados na Tabela - 2, no foi possvel identificar as espcies

    correspondentes devido dificuldade em encontrar material botnico.

    Verificaram-se casos em que o mesmo nome popular utilizado para plantas distintas,

    em outros casos as plantas recebem o mesmo nome popular, talvez pela semelhana

    botnica, como o caso do (Piper arboreum) e o (Piper aromaticum) Pimenta de

    Macaco. As duas so de mesma famlia (Piperaceae) e so em comum utilizadas para

    banhos

    As plantas que obtiveram maior importncia relativa de uso foram: Boldo ou Tapete

    de Oxal (Plectranhtus barbatus) (100), Abre Caminho (indeterminada) (100), Colnia

    (Alpinia zerumbet) (80), Folha da fortuna (Bryophyllum pinnatum) Oken) (80), Alecrim

    (Rosmarinus officinalis)(80), Acoc (Newbouldia laevis) (80), Boldo do Chile

    (Plectranthus neochilus) (60), todas espcies exticas cultivadas, o que demonstra a

    conservao das espcies nos cultos.

    A preservao do conhecimento sobre o uso dessas plantas, leva a crer que mesmo as

    migraes dos praticantes e dos sacerdotes para outros estados como o DF e Entorno,

    comparando estes aos historicamente mais tradicionais como Bahia e Recife, mostra que

    o processo de consolidao do culto no contexto do uso de plantas vem sendo mantido.

  • 26

    A famlia Lamiaceae (Labiatae) foi a que apresentou maior diversidade, com dez

    espcies e sete gneros; seguida de Asteraceae (Compositae) com sete espcies e seis

    gneros; Piperaceae com cinco espcies e dois gneros; Moraceae, Anacardiaceae e

    Euphorbiaceae com quatro espcies e quatro gneros; Dracaenaceae com trs espcies e

    dois gneros; Lauraceae com trs espcies e trs gneros; Leguminosae com trs espcies

    e dois gneros; Solanaceae com trs espcies e trs gneros; as demais com um registro

    de espcie (Tabela - 1).

    Albuquerque (1999) relata que a freqncia de algumas espcies nos estudos feitos

    em casas de santo no Brasil se mostra constante, como o Kalanchoe brasiliensis (Saio ou

    Folha-da-costa), Rosmarinus officinalis (Alecrim) e a Cola acuminata (Obi ou Noz de

    cola).

    Muitas das espcies vegetais utilizadas nos cultos afros so tambm utilizadas

    popularmente em diversas regies do pas. Segundo Silva & Andrade (2006) em estudo

    etnobotnico com comunidades da regio litornea de Pernambuco, estas utilizam 372

    espcies, alguns destas, como o caso do Urucum (Bixa orellana), o Melo de So

    Caetano (Mormodica charantia ), Pinho roxo (Jatropha gossypiifolia), Liamba (Vitex

    agnus-castus) dentre outras, so citadas no presente trabalho.

    Outros trabalhos elaborados dentro do contexto de plantas empregadas nos cultos

    afros, descrevem o uso teraputico, como Camargo (1998), que cita este emprego para

    espcies como a Liamba (Vitex agnus-castus), a Jurema (Mimosa hostilis Benth.) e a

    Arruda (Ruta graveolens).

    Segundo Azevedo (2006), o uso de algumas espcies bem difundido pelos

    praticantes dos cultos afros em cidades como a do Rio de Janeiro. Comparado o uso de

    algumas espcies neste trabalho, vimos que espcies como a Colnia (Alpinia zerumbet),

  • 27

    a Aroeira (Schinus terebinthifolius) e o Alecrim (Rosmarinus officinalis) so

    freqentemente citadas para o uso religioso (Azevedo, 2006).

    Embora algumas espcies nativas de cerrado no tenham atingido os ndices mais

    altos de importncia relativa de uso, o fato de estarem presentes nos cultos e de serem

    citadas, para usos diversificados, pode indicar que estas plantas foram adaptadas ou

    absorvidas pelos cultos, seja pela ausncia de outras plantas ou pela incorporao destas

    aos mesmos. Exemplos destas plantas so: a Quaresmeira (Tibouchina granulosa), a

    Canela de Velho (Miconia albicans) e o Jatob (Hymenaea courbaril).

    De acordo com Trindade et al. (2000), os vegetais cultivados tm um emprego sacro

    no candombl, entretanto afirmam que a utilizao de vegetais colhidos em rea no

    cultivada indispensvel ao culto religioso.

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    Tabela 1 Famlias botnicas, nome cientfico e respectivo nome popular das plantas utilizada nos cultos afro-brasileiros no DF e Entorno;

    Famlia Nome cientifico Nome popular Aloaceae Aloe arborescens Mill. Babosa

    Amaranthaceae Alternanthera dentata (Moench) Stuchl. Terramicina, Penicilina ou Ewe lebo Anacardiaceae

    Astronium fraxinifolium Schott Mangifera indica L.

    Schinus terebinthifolius Raddi Spondias mombin L.

    So Gonsalino Mangueira

    Aroeira Caj

    Annonaceae Annona muricata L. Xylopia aromatica Mart.

    Graviola Pindaba ou Lelecum

    Apiaceae Foeniculum vulgare Mill. Erva doce Apocynaceae Allamanda puberula A.DC.

    Peltastes isthmicus Woodson Ewe ser Inhame

    Araceae Dieffenbachia amoena Hort. ex Gentil Pistia stratiotes L.

    Comigo ningum pode Alface d gua / Ojouri

    Arecaceae Elaeis guineensis Jacq. Dend Asteraceae Bidens pilosa L.

    Melampodium divaricatum DC. Mikania glomerata Spreng.

    Vernonia brasiliana (L.) Druce Vernonia condensata Baker

    Artemisia absinthium L. Centratrerum Cass.

    Carrapicho Oripep Guaco

    Assa peixe Alum / Ewe oro

    Absinto Balaio de velho

    Bignoniaceae Newbouldia laevis Seem. Tecoma stans (L.) H.B. & K.

    Akok Trombeta

    Bixaceae Bixa orellana L. Urucum Caesalpinaceae Hymenaea courbaril L. Jatob Caprifoliaceae Caprifoliaceae Sambucus L.

    Sambucus australis Cham. & Schltdl. Pararraio

    Sabugueiro Caryocaraceae Caryocar brasiliense St.Hil. Pequi

    Caryophyllaceae Drymaria cordata Willd. ex Schult. Erva Vintm Cecropiaceae Cecropia peltata L. Embaba ou Pau Polvora

    Chrysobalanaceae Licania tomentosa Kuntze Oiti Costaceae Costus spicatus Sw. Cana-do-Brejo

    Crassulaceae Bryophyllum pinnatum Kurz Kalanchoe brasiliensis Cambess.

    Folha da fortuna Sio

    Cucurbitaceae Momordica charantia L. Melo de So Caetano Dracaenaceae Dracaena fragrans Ker Gawl..

    Dracaena Vand. ex L. Sansevieria trifasciata Hort. ex Prain

    Peregum Amarelo Peregum Branco ou Pau D gua

    Espada de So Jorge Euphorbiaceae Croton perdicipes St.Hil.

    Euphorbia tirucalli L. Jatropha gossypiifolia L.

    Ricinus communis L.

    P de Perdiz Aveloz ou Gravetinho

    Pinho Roxo Mamona

    Flacourtiaceae Carpotroche brasiliensis Endl. Casearia sylvestris Sw.

    Mata Piolho So Gonsalino

    Geraniaceae Geranium moschatum Burm.f. Malva Rosa, Malva Cheirosa, Malva Lamiaceae Lavandula officinalis Chaix

    Melissa officinalis L. Ocimum basilicum L.

    Ocimum gratissimum L. Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.

    Plectranthus barbatus Andrews Plectranthus neochilus Schltr.

    Pogostemon cablin Benth. Rosmarinus officinalis L.

    Lavanda do Campo Melissa

    Manjerico Alfavaca, Ewe kiiobis

    Hortel da Folha Grossa Boldo ou Tapete de Oxal

    Boldo do Chile Pacthuli Alecrim

  • 29

    Vitex agnus-castus L. Liamba

    Lauraceae Cinnamomum zeylanicum Blume

    Laurus nobilis L. Persea americana Mill.

    Canela Louro

    Abacate Leguminosae

    Caesalpinia ferrea Mart. Mimosa hostilis Benth.

    Mimosa L.

    Juc ou Pau Ferro Jurema Preta

    Jurema Branca Liliaceae Cordyline terminalis Kunth Peregum Vermelho ou Peregum Roxo

    Loranthaceae Struthanthus flexicaulis Mart. Erva de passarinho Malvaceae Gossypium hirsutum L. Algodo

    Melastomataceae Miconia albicans Steud. Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.

    Canela de Velho Quaresmeira

    Moraceae Artocarpus integrifolius L.f. Chlorophora excelsa Benth. & Hook.f.

    Ficus doliaria Mart. Morus nigra L.

    Jaqueira Iroko

    Guameleira Amora

    Musaceae Musaceae Musa L. Bananeira Branca Myrtaceae Eugenia uniflora L.

    Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M.Perry Pitanga

    Cravo da ndia Nyctaginaceae Boerhavia diffusa L. Bredo de Santo Antnio ou Pega Pinto Oxalidaceae Averrhoa carambola L. Carambola

    Passifloraceae Passiflora edulis Sims Passiflora L.

    Maracuj Maracuj Selvagem

    Phytolaccaceae Petiveria alliacea L. Guin ou Tipi Piperaceae Piper aduncum L.

    Piper arboreum Aubl. Piper aromaticum Willd. Piper tuberculatum Jacq.

    Pothomorphe umbellata (L.) Miq.

    Bete fmea / Pimenta de macaco Bete cheiroso / Bete macho

    Joo Barandi/ Pimenta de macaco Jaborandi (Falso - Jaborandi)

    Capeba Plumbaginaceae Plumbago scandens L. Louquinho Mido

    Poaceae Saccharum officinarum L. Cana de Exu Punicaceae Punica granatum L. Rom Rosaceae Rosa alba L. Rosa Branca Rubiaceae Coffea arabica L.

    Genipa americana L. Caf

    Jenipapo Rutaceae Ruta graveolens L. Arruda

    Solanaceae Brunfelsia uniflora D.Don Nicotiana tabacum L.

    Solanum lycocarpum A.St.-Hil.

    Manac Fumo ou Tabaco

    Lobeira Sterculiaceae Cola acuminata Schott & Endl. Noz de cola ou Obi Verbenaceae Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex Britton & P.Wilson Erva Cidreira

    Vitaceae Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis Insulina Zingiberaceae Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt & R.M.Sm.

    Hedychium coronarium J.Koenig Colnia

    Lrio Branco

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    Tabela 2 - Plantas utilizadas tradicionalmente nos cultos afro-brasileiros no Distrito Federal e Entorno, e seus respectivos usos;

    Conveno para categoria de uso: A= Amaci, B = Banho, C= Defumador, D= Medicinal, E= Sacudimento, F= Culinria, G= Assentamento, H= Iniciao, I= Ornamental, J= Ebs e Cerimnias N de usos = Nmero de uso citado.

    Nome popular ou ritualstico Nome cientfico Famlia A B C D E F G H I J N de usos

    CUP Fc CUPc

    Abacateiro Persea americana Miller Lauraceae X 1 100 0,2 20 Abre caminho / Quebra demanda / Tira teima Indeterminada Lamiaceae X 1 100 1,0 100

    Acco Newbouldia laevis Seem Bignoniaceae X X X X X X 6 66,6 0,8 53,28 Afom/ Erva de passarinho Struthanthus flexicaulis Mart Loranthaceae X 1 100 0,2 20 Alecrim Rosmarinus officinalis L. Lamiaceae X X X X 4 100 0,8 80 Alecrim do Campo Indeterminada Indeterminada X X X 3 100 0,2 20 Alum / Ewe oro Vernonia condensata Baker Asteraceae X 1 100 0,2 20 Alface d gua / Ojouri Pistia stratiotes L. Araceae X X 2 100 0,2 20 Alfavaco / Alfavaca de caboclo/ Ewe kiiobis Ocimum gratissimum L. Lamiaceae X X X X 4 100 0,6 60

    Alfazema Indeterminada Indeterminada X X X 3 100 0,2 20 Alfazema do Campo Lavandula officinalis Chaix Lamiaceae X 1 100 0,2 20 Algodo Gossypium hirsutum L. Malvaceae X X X X 4 100 0,4 40 Amora Morus nigra L. Moraceae X X X 3 100 0,4 40 Aroeira Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae X X X X 4 100 0,8 80 Arruda Ruta graveolens L. Rutaceae X X 2 100 0,2 20 Artemsia Artemisia absinthium L. Asteraceae X X 2 100 0,2 20 Assa peixe Vernonia brasiliana (L.) Druce Asteraceae X X 2 100 0,2 20 Aveloz / Gravetinho Euphorbia tirucali L. Euphorbiaceae X 1 100 0,2 20 Babosa / Flor da babosa Aloe arborescens Mill. Aloaceae X 1 100 0,4 40 Balaio de velho Centrathrerum Cass. Asteraceae X X X 3 100 0,6 60 Bananeira Branca Musa sp. Musaceae X 1 100 0,2 20 Bete cheiroso / Bete macho Piper arboreum Aubl. Piperaceae X X X 3 100 0,4 40 Bete fmea / Pimenta de macaco Piper aduncum L. Piperaceae X X X 3 66,6 0,2 53,68 Boldo ou Tapete de Oxal Plectranhtus barbatus Andrews Lamiaceae X X X X 4 100 1,0 100 Boldo do Chile Plectranthus neochilus Schltr. Lamiaceae X X X X 4 100 0,6 60 Bredo de santo Antonio / Pega pinto Boerhavia diffusa L. Nyctaginaceae X X 2 100 0,2 20 Caf Coffea arabica L. Rubiaceae X X X 3 100 0,4 40 Caj Spondias mombin L. Anacardiaceae X X X X 4 100 0,2 20 Cana de exu Saccharum officinarum L. Poaceae X X 2 100 0,2 20 Cana do Brejo / Canela de ndio Costus spicatus (Jacq.) Sw. Costaceae X X X X 4 100 0,6 60

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    Nome popular ou ritualstico Nome cientfico Famlia A B C D E F G H I J N de ind. CUP Fc CUPc Cncerosa Indeterminada Indeterminada X X 2 100 0,2 20 Candeia branca Indeterminada Indeterminada X X 2 100 0,2 20 Canela Cinnamomum zeylanicum Breyn. Lauraceae X X X X X 5 100 0,6 60 Canela de velho Miconia albicans Steud. Melastomataceae X 1 100 0,4 40 Capeba Pothomorphe umbellata (L.) Miq. Piperaceae X X X X 4 100 0,4 40 Carambola Averrhoa carambola L. Oxalidaceae X X 2 100 0,2 20 Carrapicho Bidens pilosa L. Asteraceae X X 2 100 0,4 40 Chega at mim Indeterminada Indeterminada X 1 100 0,2 20

    Colnia Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt & R.M.Sm. Zingiberaceae X X X X X 5 100 0,8 80 Comigo ningum pode Dieffenbachia amoena Hort. ex Gentil Araceae X 1 100 0,6 60 Corredeira branca Indeterminada Indeterminada X X 2 100 0,2 20

    Cravo da ndia Syzygium aromaticum ( L. ) Merr. & L.M.Perry Myrtaceae X X X X 4 100 0,2 20 Dama da noite Indeterminada Indeterminada X 1 100 0,2 20 Dand d gua Indeterminada Indeterminada X 1 100 0,2 20 Dand d terra Indeterminada Indeterminada X X 2 100 0,2 20 Dend Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae X X 2 100 0,2 20 Embaba / pau polvora Cecropia peltata Trecl Cecropiaceae X X 2 100 0,2 20

    Erva cidreira Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex Britton & P.Wilson Verbenaceae X X 2 100 0,6 60 Erva doce Foeniculum vulgare Mill. Apiaceae X X 2 100 0,2 20 Erva tosto Boerhavia diffusa L. Nyctaginaceae X 1 100 0,2 20 Erva vintm Drymaria cordata (L.) Roem. & Schult. Caryophyllaceae X X X 3 100 0,2 20 Espada de So Jorge Sansevieria trifasciata Hort. ex Prain Dracaenaceae X 1 100 0,4 40 Ewe ser Alamanda puberula A.DC. Apocynaceae X X 2 100 0,2 20 Folha da fortuna Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken Crassulaceae X X X X X 5 100 0,8 80 Fumo Nicotiana tabacum L. Solanaceae X 1 100 0,2 20 Gameleira Ficus doliaria Mart. Moraceae X X 2 100 0,4 40 Graviola Annona muricata L. Annonaceae X 1 100 0,2 20 Guaco Mikania glomerata Spreng. Asteraceae X X 2 100 0,2 20 Guin / Tipi Petiveria alliacea L. Phytolaccaceae X 1 100 0,4 40 Hortel da folha grossa Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. Lamiaceae X 1 100 0,2 20 Inhame Peltaste isthmicus Woodson Apocynaceae X 1 100 0,2 20

    Insulina Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis Vitaceae X 1 100 0,4 40

  • 32

    Nome popular ou ritualstico Nome cientfico Famlia A B C D E F G H I J N de ind. CUP Fc CUPc Iroko Chlorophora excelsa Benth. & Hook.f. Moraceae X X 2 100 0,2 20 Jaborandi (Falso - Jaborandi) Piper tuberculatum Jacq. Piperaceae X X X 3 100 0,4 40 Jambo Indeterminada Indeterminada X 1 100 0,2 20 Jaqueira Artocarpus integrifolius L.f. Moraceae X 1 100 0,2 20 Jatob Hymenae courbaril L. Caesalpinaceae X X 2 100 0,2 20 Jenipapo Genipa americana L. Rubiaceae X X X 3 100 0,2 20 Joo Barandi/ Pimenta de macaco Piper aromaticum Willd. Piperaceae X 1 100 0,4 40 Juc / pau ferro Caesalpinia ferrea Mart. Leguminosae X X 2 100 0,4 40 Jurema branca Mimosa sp. Mimosaceae X X 2 100 0,2 20 Jurema preta / Jurema sagrada Mimosa hostilis Benth. Mimosaceae X X X X 4 100 0,6 60 Laranjeira Citrus sinensis L. Rutaceae X 1 100 0,2 20 Liamba Vitex agnus-castus L. Lamiaceae X X 2 100 0,4 40 Lrio branco Hedychium coronarium J.Koenig Zingiberaceae X X 2 100 0,4 40 Lobeira Solanum lycocarpum A.St.-Hil. Solanaceae X X 2 100 0,4 40 Louquinho mido Plumbago scandens L. Plumbaginaceae X 1 100 0,2 20 Louro Laurus nobilis L. Lauraceae X X X 3 100 0,2 20 Malva Cheirosa / Malva Rosa Geranium moschatum Burm.f. Geraniaceae X X X 3 100 0,6 60 Mamona Ricinus communis L. Euphorbiaceae X 1 100 0,2 20 Manac Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don Solanaceae X 1 100 0,2 20 Mangueira Espada Mangifera indica L. Anacardiaceae X X X X 4 100 0,4 40 Manjerico / Manjerico Mido Ocimum basilicum L. Lamiaceae X X X 3 100 0,4 40 Maracuj Passiflora edulis Sims. Passifloraceae X 1 100 0,2 20 Maracuj selvagem / ewe dan Passiflora sp. Passifloraceae X X X 3 100 0,2 20 Mata piolho Carpotroche brasiliensis Endl. Flacourtiaceae X X 2 100 0,2 20 Melo de So Caetano Momordica charantia L. Cucurbitaceae X X 2 100 0,2 20 Melissa Melissa officinalis L. Lamiaceae X X X 3 100 0,2 20 Obi/ Noz de cola Cola acuminata Schott & Endl. Sterculiaceae X X X X X X 6 100 0,2 20 Ob/Odn Peltastes isthmicus Woodson Apocynaceae X X X X X X 6 100 0,6 60 Oiti Licania tomentosa Kuntze ou Fritsch Chrysobalanaceae X 1 100 0,2 20 Onda do mar Indeterminada Indeterminada X X 2 100 0,2 20 Oripep Melampodium divaricatum DC. Meliaceae X X 2 100 0,2 20 Pacthuli Pogostemon cablin Benth. Lamiaceae X X 2 100 0,2 20

    Pararraio Melia azedarach L. Caprifoliaceae X X 2 100 0,2 20

    P de perdiz Croton perdicipes A. St.-Hil. Euphorbiaceae X X 2 100 0,2 20

  • 33

    Nome popular ou ritualstico Nome cientfico Famlia A B C D E F G H I J N de ind. CUP Fc CUPc Pequi Caryocar brasiliense St.Hil. Caryocaraceae X X X X 4 100 0,4 40 Peregum Amarelo Dracaena fragans Ker Gawl. Dracaenaceae X 1 100 0,2 20 Peregum Branco / Peregum / Pau dgua / peregum verde Dracaena sp. Dracaenaceae X X X X X X 6 66,6 0,6 53,28

    Peregum Vermelho / Roxo Cordyline terminals (L.) Kunth Liliaceae X X X X X 5 100 0,4 40 Pindaba / lelecum Xylopia aromatica Mart. Annonaceae X X 2 100 0,2 20 Pinho roxo Jatropha gossypiifolia L. Euphorbiaceae X X X 3 100 0,4 40 Pitanga Eugenia uniflora L. Myrtaceae X X 2 100 0,2 20 Quaresmeira Tibouchina granulosa Cogn. ex Britton Melastomataceae X 1 100 0,2 20 Rom Punica granatum L. Punicaceae X X 2 100 0,2 20 Rosa branca Rosa alba L. Rosaceae X X 2 100 0,2 20 Sabugueiro Sambucus australis Cham. & Schltdl. Caprifoliaceae X X X X 4 100 0,4 40 Saio Kalanchoe brasiliensis Camb. Crassulaceae X X 2 100 0,2 20 So Gonalinho Casearia sylvestris Sw. Flacourtiaceae X X X 3 100 0,2 20 So Gonsalinho Astronium fraxinifolium Schott Anacardiaceae X X 2 100 0,2 20 Terramicina/ Penicilina vegetal / Ewe lebo Alternanthera dentata (Moench) Stuchlik Amaranthaceae X X X 1 100 0,4 40

    Timb Serjania lethalis Sapindaceae

    X 1 100 0,2 20

    Trombeta Tecoma stans (L.) H.B. & K. Bignoniaceae X X 2 100 0,2 20 Urucum Bixa orellana L. Bixaceae X X X 3 100 0,4 40

  • 34

    C - LISTA DAS ESPCIES E DESCRIO DE USO

    1. Abacateiro

    Famlia: Lauraceae

    Nome cientfico: Persea americana Miller

    Parte usada: Folha e fruto.

    Restrio de uso: No foi informada.

    Uso ritualstico: No indicado

    Outros empregos: Folha usada em forma de cataplasma na cabea, para dores na mesma e os

    frutos so considerados bons para os rins.

    Categoria: D

    2. Abre caminho / Quebra demanda / Tira teima

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, e utilizada em banhos de limpeza. Ebs e

    assentamento.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: B

    3. Acoc

    Famlia: Bignoniaceae

    Nome cientfico: Newbouldia laevis Seem.

    Parte usada: Folha

  • 35

    Restrio de uso de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Assentamento de todos os Orixs, iniciao e matana.

    Utilizada junto ao b, em Ebs para atrair dinheiro.

    Planta macerada com gua fria, e utilizada em banhos de limpeza junto ao b.

    Folha seca usada como defumador.

    Outros empregos: Enfeitar pratos.

    Categoria: B, C, F, G, H, J.

    4. Afom ou Erva de passarinho

    Famlia: Loranthaceae

    Nome cientfico: Struthanthus flexicaulis Mart.

    Parte usada: Folha e flores.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada e cozida, utilizada em banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: B.

    5. Alecrim

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Rosmarinus officinalis L.

    Parte usada: Folha e caule.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza. Folha usada como

    defumador.

  • 36

    Outros empregos: O ch usado como calmante e cicatrizante. A folha cozida combate

    queda de cabelo. A planta tambm utilizada como tempero.

    Categoria: B, C, D, F.

    6. Alecrim do campo

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza. Folha usada como

    defumador. Cama de folha para o Orix Ogum.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: B, C, G.

    7. Alface dgua / Ojuori

    Famlia: Araceae

    Nome cientfico: Pistia stratiotes L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e de atrao.

    Outros empregos: Usada para lavar os olhos em casos de inflamaes.

    Categoria: B, D.

    8. Alfavaca / Alfavaco / Alfavaca de Caboclo / Ew Kiiobis

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Ocimum gratissimum L.

  • 37

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, e no assentamento

    para o Orix Oxossi.

    Outros empregos: O ch usado contra gripe, pode ser usado associado ao manjerico. Folha

    usada como tempero para carne.

    Categoria: B, G, D, F.

    9. Alfazema

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, Amaci e atrao.

    Folha usada como defumador.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: A, B, C.

    10. Alfazema do campo

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Lavandula officinalis Chaix

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado. No informado.

  • 38

    Categoria: B.

    11. Algodo

    Famlia: Malvaceae

    Nome cientfico: Gossypium hirsutum L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e Amacis. Cama de

    folha de Orix.

    Associada a folha da Aroeira e Alfazema, maceradas e cozidas em banhos de limpeza.

    Outros empregos: O ch usado para combater infeces uterinas.

    Categoria: A, B, D, G.

    12. Alom / Ew oro

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Vernonia condensata Baker

    Parte usada: Folhas

    Restrio de uso: No indicado

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e assentamento do

    Orix Omolu.

    Outros empregos: O ch usado para combater clicas intestinais, problemas de estomago,

    fgado e dores de barriga.

    Categoria: D

    13. Amora

    Famlia: Moraceae

  • 39

    Nome cientfico: Morus nigra L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No indicado

    Uso ritualstico: Utilizado em fundamentos para Eguns, sacudimento, limpeza do lar e

    obrigao fnebre.

    Outros empregos: O ch usado como regulador hormonal para menopausa e insnia.

    Categoria: E, G, J.

    14. Aroeira

    Famlia: Anacardiaceae

    Nome cientfico: Schinus terebinthifolius Raddi

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Colher antes do nascer do sol.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza. Iniciao, Amaci,

    sacudimento, cama de folha e assentamento do Orix Ogum.

    Outros empregos: No informado. No indicado.

    Categoria: A, B, H, E, G.

    15. Arruda

    Famlia: Rutaceae

    Nome cientfico: Ruta graveolens L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No lavar a cabea durante o banho e o ch possu propriedades abortivas.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: Ch para gargarejo contra infeces na boca.

  • 40

    Categoria: B, D.

    16. Artemsia

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Artemisia absinthium L.

    Parte usada de uso: Folha

    Restrio de uso: Planta abortiva e txica, quantidade mxima de trs xcaras de ch por dia.

    (Lorenzi, 2002).

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e assentamento para

    o Orix Oxum e Iemanj.

    Outros empregos: No informado. No indicado.

    Categoria: B, G.

    17. Assa peixe

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Vernonia brasiliana (L.) Druce

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No indicado

    Uso ritualstico: Limpeza da casa em celebraes fnebres.

    Outros empregos: Usada na elaborao de xarope para gripe.

    Categoria: D, J.

    18. Aveloz / Gravetinho

    Famlia: Euphorbiaceae

    Nome cientfico: Euphorbia tirucali L.

    Parte usada: Folha

  • 41

    Restrio de uso: Planta txica

    Uso ritualstico: Utiliza em assentamento para o Orix Exu.

    Outros empregos: No informado. No indicado.

    Categoria: G.

    19. Babosa

    Famlia: Aloaceae

    Nome cientfico: Aloe arborescens Mill.

    Parte usada: Folha e Flor

    Restrio de uso: No indicado

    Uso ritualstico:

    Outros empregos: usada a baba que h entre as folhas para o cabelo, faz se banho de

    assento para problemas de hemorrida, e o ch das flores usado para combater pneumonia.

    Categoria: D

    20. Balai de velho, Balaim de velho e Balaio.

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Centratherum sp.

    Parte usada: Folha, raiz e flores.

    Restrio: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, em assentamentos e

    fundamentos.

    Outros empregos: utilizado o ch da raiz, das flores e das folhas para curar problemas

    orgnicos.

    Categoria: B, D, G.

  • 42

    21. Bananeira Branca

    Famlia: Musaceae

    Nome cientfico: Musa sp.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Uso ritualstico:

    Outros empregos: A folha utilizada para enrolar a comida chamada de Aca.

    Categoria: F.

    22. Bete Cheiroso, Bete Macho e Abranda Mundo.

    Famlia: Piperaceae

    Nome cientfico: Piper arboreum Aubl.

    Parte usada: Folha

    Restrio: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, assentamento e

    iniciao para todos os orixs.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G, H.

    23. Bete Fmea ou Pimenta de Macaco

    Famlia: Piper aduncum L.

    Nome cientfico: Piperaceae

    Parte usada: Folha e fruto.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

  • 43

    Uso ritualstico: A folha da planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Assentamento e iniciao para Iemanj. Os frutos so utilizados em fundamentos.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G, H.

    24. Boldo ou Tapete de Oxal

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Plectranhtus barbatus Andrews

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria para banhos de limpeza e dor de cabea,

    assentamentos, fundamentos e iniciao de filhos de Oxal.

    Outros empregos: O ch utilizado para combater problemas de fgado e estmago.

    Categoria: B, D, G, H.

    25. Boldo do Chile

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Plectranthus neochilus Schltr.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, cama de Orix para

    Nan, Oxal e Oxumar.

    Outros empregos: O ch utilizado para combater problemas de fgado e estmago.

    Categoria: B, G, H.

    26. Bredo de Santo Antonio Pega Pinto ou Ew Tipola

  • 44

    Famlia: Nyctaginaceae

    Nome cientfico: Boerhavia diffusa L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e assentamento do

    Orix Ogum.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    27. Caf

    Famlia: Rubiaceae

    Nome cientfico: Coffea arabica L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e em cerimnias

    fnebres. Tambm utilizada em rituais para Ossanha.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G, H.

    28. Caj

    Famlia: Anacardiaceae

    Nome cientfico: Spondias mombin L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

  • 45

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, entra em todos os

    banhos, fundamentos e Amacs.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: A, B, G, H.

    29. Cana de Ex

    Famlia: Poaceae

    Nome cientfico: Saccharum officinarum L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, assentamento e

    Ebs para o Orix Exu.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, J.

    30. Cana do Brejo ou Canela de ndio.

    Famlia: Costaceae

    Nome cientfico: Costus spicatus (Jacq.) Sw.

    Parte usada: Folha, raiz, frutos e galhos.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, cama de folha para

    Nan, Oxumar e Oxal.

    Utilizada no Amac do Candombl de Jurema.

    Outros empregos: O ch da folha combate problemas renais.

    Categoria: A, B, D, H.

  • 46

    31. Cncerosa

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos, uma planta

    txica.

    Uso ritualstico: Planta utilizada em Ebs para o Orix Omolu.

    Outros empregos: Faz-se remdio para cncer.

    Categoria:D, J.

    32. Candeia Branca

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e assentamento do

    Orix Oxal e Exu.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    33. Canela

    Famlia: Lauraceae

    Nome cientfico: Cinnamomum zeylanicum Breyn.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

  • 47

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, fundamentos,

    Amaci e tambm usada para forrar o cho em dias de festivos.

    Outros empregos: O ch muito apreciado usado para Problemas de estmago.

    Categoria: A, B, D, G, I.

    34. Canela de velho

    Famlia: Melastomataceae

    Nome cientfico: Miconia albicans Steud.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado. No informado

    Categoria: B.

    35. Capeba

    Famlia: Piperaceae

    Nome cientfico: Pothomorphe umbellata (L.) Miq.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, assentamento,

    iniciao e em cerimnias fnebres.

    Outros empregos: No informado. No informado

    Categoria: B, G, H, J.

    36. Carambola

    Famlia: Oxalidaceae

  • 48

    Nome cientfico: Averrhoa carambola L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e cerimnias.

    Outros empregos: Ch utilizado para problemas renais.

    Categoria: B, J.

    37. Carrapicho ou Carrapicho Rasteiro

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Bidens pilosa L.

    Parte usada: Folha, raiz e flor.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e assentamento do

    Orix Omolu.

    Outros empregos: Ch utilizado para dar banhos em crianas com ictercia e para combater

    infeces uterinas.

    Categoria: B, D.

    38. Chega at mim

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de atrao.

    Outros empregos: No informado.

  • 49

    Categoria: B.

    39. Colnia

    Famlia: Zingiberaceae

    Nome cientfico: Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt & R.M.Sm.

    Parte usada: Folha, raiz e flor.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, Amac e iniciao.

    Cama de folha para o Orix Oxum. Assentamento dos Orixs Oxal e Nan.

    Outros empregos: O ch da raiz e folhas usado para problemas renais, como tnico cardaco

    e calmante. O ch das flores usado para diabetes.

    Categoria: A, B, D, G, H.

    40. Comigo ningum pode

    Famlia: Araceae

    Nome cientfico: Dieffenbachia amoena Hort. Ex Gentil

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Pode causar irritao na pele, coletar antes do nascer do sol, quando usada

    para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

    41. Corredeira branca

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

  • 50

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e assentamento de

    Omolu.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    42. Cravo da ndia Famlia: Myrtaceae

    Nome cientfico: Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M.Perry

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, defumador, cama

    de folha para Orix Omolu.

    Outros empregos: Ch utilizado para clicas menstruais e para diminuir o fluxo da

    menstruao.

    Categoria: B, C, D, H.

    43. Dand d' terra

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Raiz

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Fundamento usando a batata ralada para o Orix xang.

    Outros empregos: No informado

  • 51

    Categoria: G

    44. Dand d' gua

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Raiz

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Fundamento e banho usando a batata ralada para o Orix Oxal.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    45. Dama da noite

    Famlia: Indeterminada

    Nome cientfico: Indeterminada

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banha de atrao.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

    46. Dend

    Famlia: Arecaceae

    Nome cientfico: Elaeis guineensis Jacq.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No indicado.

  • 52

    Uso ritualstico: As folhas so utilizadas para decorar a casa nos dias festivos. O azeite

    apreciado no preparo de alguns pratos, podendo ou no ser usado de acordo com o Orix.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: F, I.

    47. Embaba ou Pau Plvora

    Famlia: Cecropiaceae

    Nome cientfico: Cecropia peltata Trecl

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banha de limpeza, assentamento para os

    Orixs Xang e Ob.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    48. Erva Doce

    Famlia: Apiaceae

    Nome cientfico: Foeniculum vulgare Mill.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Defumador

    Outros empregos: O ch utilizado como calmante.

    Categoria: C, D

    49. Erva Cidreira

    Famlia: Verbenaceae

  • 53

    Nome cientfico: Lippia alba (Mill.) N.E.Br. Ex Britton & P.Wilson

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Amaci.

    Outros empregos: O ch utilizado como calmante e alvio em problemas cardacos,

    combater gripe e o mal-estar.

    Categoria: A, D.

    50. Erva Tosto

    Famlia: Nyctaginaceae

    Nome cientfico: Boerhavia diffusa L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Amaci

    Outros empregos: No informado

    Categoria: A.

    51. Erva Vintm

    Famlia: Caryophyllaceae

    Nome cientfico: Drymaria cordata (L.) Roem. & Schult.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, assentamento e

    Ebs ao Orix Xang.

    Outros empregos: No informado

  • 54

    Categoria: B, G, J.

    52. Espada de So Jorge

    Famlia: Dracaenaceae

    Nome cientfico: Sansevieria trifasciata Hort. Ex Prain

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Sacudimento

    Outros empregos: No informado

    Categoria: E

    53. Ewe sere

    Famlia: Apocynaceae

    Nome cientfico: Alamanda puberula A.DC.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, assentamento para o

    Orix Xang.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    54. Folha da Fortuna

    Famlia: Crassulaceae

    Nome cientfico: Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken

    Parte usada: Folha.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

  • 55

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, enfeitar comidas de

    Orix, cama de folha para os Orixs Xang e Oxal, assentamento dos Orixs If e Exu, em

    Amaci e Iniciao.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: A, B, F, G, H.

    55. Fumo ou Tabaco

    Famlia: Solanaceae

    Nome cientfico: Nicotiana tabacum L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    O uso indicado como presente no culto a Jurema.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

    56. Gameleira

    Famlia: Moraceae

    Nome cientfico: Ficus doliaria Mart.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Amaci e em assentamento. considerada uma folha sagrada do Orix Iroko.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: A, G.

    57. Graviola

  • 56

    Famlia: Annonaceae

    Nome cientfico: Annona muricata L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Utilizada para preparar cama de folha, para o Orix Iroko.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: H.

    58. Guaco

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Mikania glomerata Spreng.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Planta utilizada para preparar cama de folha.

    Outros empregos: O ch para combater gripe e problemas respiratrios.

    Categoria: D, H.

    59. Guin ou Tipi

    Famlia: Phytolaccaceae

    Nome cientfico: Petiveria amboinicus

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

  • 57

    60. Hortel da folha grada ou Hortel da folha grossa

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: No informado

    Outros empregos: O ch utilizado para combater gripe, resfriados. indicado para ser

    utilizado junto ao mel, como um xarope.

    Categoria: D.

    61. Inhame

    Famlia: Apocynaceae

    Nome cientfico: Peltaste isthmicus Woodson

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Planta utilizada para cama de folha do Orix Ogum.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: H.

    62. Insulina

    Famlia: Vitaceae

    Nome cientfico: Cissus verticillata (L.) Nicolson & C. E. Jarvis

    Parte usada: Folha e gavinha.

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: No informado.

  • 58

    Outros empregos: Ch utilizado para problemas de diabete

    Categoria: D.

    63. Iroko

    Famlia: Moraceae

    Nome cientfico: Chlorophora excelsa Benth. & Hook. F.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta utilizada para decorao e como cama de folha para o Orix Iroko.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: H, I.

    64. Jaborandi, Falso Jaborandi ou Pimenta de Macaco

    Famlia: Piperaceae

    Nome cientfico: Piper tuberculatum Jacq.

    Parte usada: Folha e flor.

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e para assentamento

    do Orix e Oxossi.

    Outros empregos: A planta macerada com gua fria utilizada para os cabelos.

    Categoria: D, B, G.

    65. Jambo

    Famlia: Planta no identificada.

    Nome cientfico: Planta no identificada

    Parte usada: Folha

  • 59

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Planta utilizada para fundamentos de Orix.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: G.

    66. Jaqueira

    Famlia: Moraceae

    Nome cientfico: Artocarpus integrifolius L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Planta utilizada para fundamentos e assentamento dos Orixs Iroko e Exu.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: G.

    67. Jatob

    Famlia: Caesalpinaceae

    Nome cientfico: Hymenae courbaril L.

    Parte usada: Folha e fruto

    Restrio de uso: Coletar as folhas antes do nascer do sol.

    Uso ritualstico: O fruto da planta utilizado em fundamentos para o Orix Xang.

    Outros empregos: O ch e o fruto so indicados para problemas de anemia.

    Categoria: D, G.

    68. Jenipapo

    Famlia: Rubiaceae

    Nome cientfico: Genipa americana L.

  • 60

    Parte usada: Folha e fruto

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: A folhas da planta utilizada em fundamentos do Orix Omolu.

    Outros empregos: O fruto associado com mel indicado para combater anemia, quando

    usado pela manha em jejum. O fruto muito apreciado na culinria como doce.

    Categoria: D, F, G.

    69. Joo Barandi ou Pimenta de Macaco

    Famlia: Piperaceae

    Nome cientfico: Piper aromaticum Willd.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta cozida em gua, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

    70. Juc ou Pau Ferro

    Famlia: Leguminosaceae

    Nome cientfico: Caesalpinia ferrea Mart.

    Parte usada: Folha e casca.

    Restrio de uso: Coletar as folhas antes do nascer do sol.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza destinados ao Orix

    Ogum.

    Outros empregos: O ch da casca utilizado para diabetes.

    Categoria: B, D.

  • 61

    71. Jurema Branca

    Famlia: Mimosaceae

    Nome cientfico: Mimosa sp.

    Parte usada: Casca

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol.

    Uso ritualstico: A casca da planta utilizada para elaborar bebida sagrada utilizada no

    Candombl de Caboclo.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: D, J.

    72. Jurema Preta

    Famlia: Mimosaceae

    Nome cientfico: Mimosa hostilis Benth.

    Parte usada: Casca e entre casca e raiz

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol.

    Uso ritualstico: A casca da planta utilizada para elaborar bebida sagrada utilizada no

    Candombl de Caboclo.

    A folha utilizada no Amaci do Catimb Jurema.

    Outros empregos: Planta ornamental. A entrecasca utilizada para aliviar dor de dente, e

    para elaborar beberagem de propriedades curativas chamada "Jurema".

    Categoria: A, D, I, J.

    73. Laranjeira

    Famlia: Rutaceae

    Nome cientfico: Citrus sinensis Osbeck

  • 62

    Parte usada: Flor

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: Flor da planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: B.

    74. Liamba

    Famlia: Verbenaceae

    Nome cientfico: Vitex agnus-castus L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de atrao.

    Outros empregos: A folha da planta utilizada na elaborao da beberagem "Jurema".

    Categoria: B, D.

    75. Lrio Branco

    Famlia: Zingiberaceae

    Nome cientfico: Hedychium coronarium J. Koenig

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza destinado ao Orix

    Oxal. Cama de folha do Orix Oxal.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, H.

    76. Lobeira

  • 63

    Famlia: Solanaceae

    Nome cientfico: Solanum lycocarpum A. St. Hil.

    Parte usada: Folha, flor, raiz e fruto.

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta utilizada em assentamento para o Orix Exu.

    Outros empregos: O ch da folha utilizado para fazer banho de assento para hemorrida. O

    fruto cozido utilizado para diabete e o ch da flor para resfriado.

    Categoria: D, G.

    77. Louquinho mido ou loquinho

    Famlia: Plumbaginaceae

    Nome cientfico: Plumbago scadens L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Assentamento do Orix Exu.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: G.

    78. Louro

    Famlia: Lauraceae

    Nome cientfico: Laurus nobilis L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza. Cama de folha o

    Orix Ians.

  • 64

    Outros empregos: O ch da folha utilizado para dores de cabea. As folhas so usadas na

    culinria como tempero.

    Categoria: B, D, H.

    79. Malva, Malva Cheirosa ou Malva Rosa

    Famlia: Geraniaceae

    Nome cientfico: Geranium moschatum Burn. F.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e atrao. Amaci.

    Outros empregos: O ch utilizado para gripes e para infeces uterinas.

    Esta planta tambm utilizada no culto Catimb-Jurema.

    Categoria: A, B, D.

    80. Mamona

    Famlia: Euphorbiaceae

    Nome cientfico: Ricinus communis L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: As folhas so utilizadas para enrolar aca do Orix Exu.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: F.

    81. Manac

    Famlia: Solanaceae

    Nome cientfico: Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don

  • 65

    Parte usada: Folha e flor.

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

    82. Mangueira Espada

    Famlia: Anacardiaceae

    Nome cientfico: Mangifera indica L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza. Amac,

    sacudimento e cama de folha para o Orix Ogum.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: A, B, E, H.

    83. Manjerico mido

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Ocimum basilicum L.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso:

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: O ch utilizado para gripe e pode ser associado com alfavaca, s folhas

    tambm so usadas como tempero.

    Categoria: B, D, F.

  • 66

    84. Maracuj

    Famlia: Passifloraceae

    Nome cientfico: Passiflora edulis Sims.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: No informado

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B.

    85. Maracuj selvagem ou Ewe dan

    Famlia: Passifloraceae

    Nome cientfico: Passiflora sp.

    Parte usada: Folha e galhos.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banho destinado ao Orix Oxumar.

    Ebs e assentamentos.

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G, J.

    86. Mata piolho

    Famlia: Flacourtiaceae

    Nome cientfico: Carpotroche brasiliensis Endl.

    Parte usada: Folha

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

  • 67

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos destinados ao Orix

    Omolu.Assentamento

    Outros empregos: No informado

    Categoria: B, G.

    87. Melo de So Caetano

    Famlia: Cucurbitaceae

    Nome cientfico: Mormodica charantia L.

    Origem:

    Parte usada: Folha e galho.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza.

    Outros empregos: O ch pode ser usado como banho para aliviar irritaes na pele e cabea.

    Categoria: B, D.

    88. Melissa, Ewe Cerim ou Folha de If

    Famlia: Lamiaceae

    Nome cientfico: Melissa officinalis L.

    Parte usada: Folha, flor e galho.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza. Assentamento.

    Outros empregos: O ch utilizado para problemas cardacos.

    Categoria: B, D, G.

    89. Ob ou Noz de Cola

    Famlia: Sterculiaceae

  • 68

    Nome cientfico: Cola acuminata Schott Endl.

    Parte usada: Folha e fruto.

    Restrio de uso: No informado.

    Uso ritualstico: As sementes possui propriedades curativas, acreditam que elas sejam

    rejuvenescedoras. O fruto utilizado em todos os rituais para os Orixs.

    Outros empregos: As folhas so maceradas com gua fria, para diminuir queda de cabelo.

    Categoria: A, D, G, H, I, J.

    90. Ob ou Odn

    Famlia: Apocynaceae

    Nome cientfico: Peltastes isthmicus Woodson.

    Parte usada: Folha.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza, cama de folha e

    para os Orixs Xang e Oxum, utilizada em Ebs para chamar dinheiro, associada ao Acco.

    Enfeitar pratos de oferenda. Assentamento do Orix Xang.

    Outros empregos: .

    Categoria: B, F, G, H, I, J.

    91. Oiti

    Famlia: Chrysobalanaceae

    Nome cientfico: Licania tomentosa Kuntze

    Parte usada: Folha.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

  • 69

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos destinados ao Candombl de

    Caboclo.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: B.

    92. Onda do mar

    Famlia: No identificada.

    Nome cientfico: No identificada.

    Parte usada: Folha.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.

    Uso ritualstico: Planta macerada com gua fria, para banhos de limpeza e em assentamento

    do Orix Iemanj.

    Outros empregos: No informado.

    Categoria: B, G.

    93. Oripepe

    Famlia: Asteraceae

    Nome cientfico: Melampodium divaricatum DC.

    Parte usada: Folha.

    Restrio de uso: Coletar antes do nascer do