62
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII JOSE JORGE DA SILVA ARAUJO ESTUDO DE CASO COM WINPLOT: ensino e aprendizagem de funções quadráticas mediado por computador SENHOR DO BONFIM – BA 2010

Monografia José Matemática 2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Matemática 2010

Citation preview

Page 1: Monografia José Matemática 2010

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

JOSE JORGE DA SILVA ARAUJO

ESTUDO DE CASO COM WINPLOT: ensino e aprendizagem de

funções quadráticas mediado por computador

SENHOR DO BONFIM – BA

2010

Page 2: Monografia José Matemática 2010

JOSE JORGE DA SILVA ARAUJO

ESTUDO DE CASO COM WINPLOT: ensino e aprendizagem de

funções quadráticas mediado por computador

Trabalho apresentado a Banca Examinadora da Universidade Estadual da Bahia – UNEB, Departamento de Educação Campus VII, como exigência para obtenção do título de Licenciado em Matemática, sob a orientação do professor Ricardo José Rocha Amorim.

SENHOR DO BONFIM – BA

2010

2

Page 3: Monografia José Matemática 2010

JOSE JORGE DA SILVA ARAUJO

ESTUDO DE CASO COM WINPLOT: ensino e aprendizagem de

funções quadráticas mediado por computador

Aprovada em ____________/____________/____________

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________ MSc. Miriam Ferreira de Brito Avaliador (a)

_____________________________________ Esp. Wagner Ferreira de Santana Avaliador (a)

______________________________________ Dr. Ricardo José Rocha Amorim (Orientador)

3

Page 4: Monografia José Matemática 2010

AGRADECIMENTOS

Aos alunos do mini-curso, que tivemos uma experiência proveitosa durante as aulas

que vivenciemos com o Winplot.

A meu professor orientador pela paciência e confiança depositada em mim.

Aos meus amigos e aos novos amigos que fiz na universidade.

A minha família pelo total apoio que prestou e por sua compreensão e ajuda em todos

os momentos que precisei.

Aos meus queridos pais pelo carinho, amor e dedicação que me deram em minha vida.

A Deus, por tudo, pelo ar que respiro, pela vida e por esta aqui com vocês nesse dia,

vivendo e compartilhando esse momento especial.

4

Page 5: Monografia José Matemática 2010

RESUMO

Esta pesquisa teve como finalidade fazer um estudo de caso com o intuito de verificar o potencial do Winplot no ensino/aprendizagem do aluno e um breve comparativo do ensino tradicional e do software Winplot, mostrando situações de ambos os estilos no processo educativo. Resolvemos elaborar um mini-curso (Estudo de Caso com Winplot: ensino e aprendizagem de funções quadráticas mediado por computador), foi desenvolvida no Colégio Estadual Teixeira de Freitas com alunos do 1º A e 1º B do turno matutino que participaram de noves sessões. Considerando que os discentes saem do ensino médio com dificuldades em interpretações gráficas sem assimilar os conceitos e as definições sobre funções, surgiu então esta proposta de utilizar um artifício que incentivasse e motivasse o educando na aprendizagem usando tecnologias atuais e também para que assim pudéssemos vivenciar o uso do computador na sala de aula. Este mini-curso teve como objetivo caracterizar e mostrar situações em sala de aula com o uso de tecnologia digital, a fim de identificar formas de uso com o Winplot na aprendizagem do aluno, abordado as ferramentas computacionais do software Winplot e estudando funções quadráticas na demonstração de interpretações gráficas, através de conjecturas criadas e resolvidas pelos os discentes no laboratório de informática. Estudando conceitos básicos ate chegar a conceitos bem mais complexos para introduzir noções de intervalos e domínio da função, caracterizando plotagem de gráficos sobre a concavidade da parábola e valores máximo e mínimo da função quadrática.

Palavras-Chave: Winplot, ensino e aprendizagem, função quadrática e ensino tradicional.

.

5

Page 6: Monografia José Matemática 2010

ABSTRACT

This research was focused on a case study aiming to investigate the potential of Winplot in teaching / student learning and a brief comparison of traditional teaching and software Winplot, showing positions of both styles in the educational process. We decided to prepare a mini-course (Winplot case study: education and learning of quadratic functions mediated by computer) was developed in State College Teixeira de Freitas students with the 1° A and 1° B who participated in nine sessions. Whereas the students leave the school with difficulties in interpreting graphics without assimilating the concepts and definitions of functions, then came the proposal to use a gimmick to encourage and motivate the student learning using current technologies and also so that we could experience the computer use in the classroom. This mini-course aimed at characterizing and showing situations in the classroom with the use of digital technology in order to identify ways to use with Winplot on student learning, addressed the computational tools and software Winplot studying quadratic functions in the statement graphic interpretations, through conjecture created and solved by the students in the computer lab. Studying the basics until you reach the more complex concepts and to introduce concepts of intervals and area of function, featuring plot graphs on the concavity of the parabola and maximum and minimum values of quadratic functions.

Key Words: Winplot, Teaching and Learning, Quadratic Function and Traditional Teaching.

6

Page 7: Monografia José Matemática 2010

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: Planejamento e Realização de aula com Winplot

QUADRO 2: Planejamento e Realização de uma aula convencional

7

Page 8: Monografia José Matemática 2010

LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS

FIGURA 1: Estudo do gráfico da concavidade da parábola

FIGURA 2. Estudo dos gráficos quanto aos coeficientes de “a” e “b”

FIGURA 3: Estudo dos gráficos sobre os sinais e as raízes de cada função

FIGURA 4: Estudo dos gráficos sobre as coordenadas dos vértices quanto ao valor máximo e

mínimo

Gráfico 1: Qual frequência o aluno usa o computador

Gráfico 2: Onde você utiliza o computador

Gráfico 3: Você já teve aula de Matemática com o uso de computador

Gráfico 4: Você acha suficiente a aula realizada com software ou necessita de aulas

tradicionais

Gráfico 5: O uso do Winplot facilitou sua aprendizagem de função quadrática

Gráfico 6: Com qual frequência o professor usa o computador

Gráfico 7: Locais que o professor usa o computador

Gráfico 8: Durante o período de graduação, você usou algum software matemático na

Universidade

Gráfico 9: Quais os motivos que dificultam o professor usar o software como ferramenta de

suporte para o ensino/aprendizagem

Gráfico 10: Os procedimentos com aula tradicional seria o mesmo que com uma aula de

software

8

Page 9: Monografia José Matemática 2010

SUMÁRIO

1.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 14 1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 14 3.1 Mini-curso com o software Winplot ............................................................................... 17 3.2 Observação e aplicação de aula tradicional .................................................................... 18 3.3 Questionários .................................................................................................................. 18 4.1 Ensino tradicional e as tendências tecnológicas .............................................................. 20 5.1 Primeira etapa (aula com uso do software Winplot) ...................................................... 26

5.1.1 Planejamento de aula com uso do Winplot .............................................................. 26 5.1.2 Atividades resolvidas pelos alunos ......................................................................... 28 5.1.3 Aprendizagem com utilização do Winplot ............................................................... 33

5.2 Segunda etapa (aula sem o software) .............................................................................. 34 5.2.1 Planejamento de aula ............................................................................................... 34 5.2.2 Atividades realizadas pelos alunos .......................................................................... 36 5.2.3 Aprendizagem sem o uso do software ..................................................................... 37

5.3 Comparativo entre uso do Winplot x aula tradicional .................................................... 38 6.1 Análise e interpretação dos gráficos e das perguntas feitas aos alunos .......................... 40 6.2 Refletindo sobre aula de Matemática com o uso de computadores ................................ 41 6.3 Analisando o uso do software na sala de aula e questionando se aulas com o uso de software são suficientes ou necessitam de aulas tradicionais ............................................... 42

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 52

QUESTIONARIO APLICADO AO PROFESSOR ......................................................... 59 APÊNDICE ............................................................................................................................... 54

APÊNDICE I ..................................................................................................................... 55 QUESTIONARIO APLICADO AOS ALUNOS ............................................................. 55 APÊNDICE II ................................................................................................................... 59

9

Page 10: Monografia José Matemática 2010

INTRODUÇÃO

A tecnologia tem avançado de maneira rápida e decisiva na história da humanidade,

isso se deve ao fato de que o homem necessitava aprimorar-se e desenvolver novas técnicas

que contribuísse para o seu crescimento.

O ser humano está em constante desenvolvimento para ampliar suas habilidades e

capacidades no meio em que circunda, isso ocorre pelo fato que o homem sempre está

inventando novas máquinas que possam melhorar a sua qualidade de vida, exemplo disso é o

computador que facilitou a vida do ser humano com sua capacidade de armazenar

informações de modo a nos ajudar a organizá-las e processá-las, guardando os fatos

significativos e importantes para o homem.

Nas últimas décadas com a popularização da informática e internet tem ocorrido uma

considerável compra de computadores por empresas, escolas e usuários domésticos, tornando-

se assim mais acessíveis a boa parte da população. Com isso, produziu-se uma necessidade de

utilização dos computadores, pois essa máquina oferece inúmeras facilidades e vantagens no

trabalho e na escola. Nesse contexto o uso do computador tem sido promovido nas escolas

como um recurso educacional capaz de melhorar o ensino/aprendizagem. Fato considerado

fundamental para muitos autores:

Consideremos fundamental a utilização de microcomputadores, não apenas pela disponibilidade, mais principalmente, por ser viável torná-lo parte integrante do processo de ensino/aprendizagem. A tela do microcomputador, com suas inúmeras aberturas e possibilidades, tem tudo para ser um fator extremamente enriquecendo, quando pensamos na construção do conhecimento significativo (BARUFI e LAURO, apud, MAIA, 2007, p. 58).

Diante dessa proposta o computador pode ser uma parte integrante no processo de

ensino e aprendizagem sendo muito enriquecedor na construção de conhecimento e a partir

disso acarretaram-se novas exigências não somente no trabalho, mas também na educação que

necessita dessas mudanças para o ensino e aprendizagem do educando.

No entanto, o professor tem que se articular para poder interagir com esses recursos

tecnológicos e viabilizar condições que facilitem a aprendizagem do aluno na utilização de

determinado recursos tecnológicos não o limitando apenas ao lápis e papel.

10

Page 11: Monografia José Matemática 2010

Nesse sentido, observa-se que o computador oferece inúmeras facilidades para o

discente aprender, pois a tela do computador possibilita ao aluno manuseio para a construção

de figuras, de gráficos, comandos que ajudam o educando aprender. Não se pode mais fechar

os olhos para o que esta acontecendo, pois vivemos uma época marcada por intensas

transformações tecnológicas levando o homem a aprimorar-se cada vez mais:

Os educadores não podem mais fechar os olhos á realidade apresenta: em plena era do homem virtual, com advento a globalização, na qual as informações do mundo chegaram por meio da televisão, do radio, do vídeo e dos computadores, a relutância de muitos professores de não utilizar os recursos da informática não respaldo. Percebe-se que ainda não assimilaram totalmente a importância de despertar em seu aluno e aprendizado com autonomia, o processo do computador é maior facilitado. As informações correm soltas, a disposição de quem quiser utilizá-las. Esse novo aluno dever ser preparado para desenvolver senso critico e suficiente para selecionar as informações e utilizá-las (PETITTO, apud, MAIA, 2007, p. 58).

Observa-se na citação acima que muitos educadores ainda não perceberam a

importância do uso do computador pelo discente e que este pode ser extremamente útil e

favorável ao ensino e aprendizagem, levando-se em consideração que a utilização das TIC tal

qual se encontra disponível na televisão, no radio, no vídeo e nos computadores.

A partir do uso da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) como uma

ferramenta para o suporte no ensino e aprendizagem do aluno, buscou nesta pesquisa analisar

cuidadosamente sobre o uso de tecnologia na educação com o intuito de verificar o potencial

deste.

Neste contexto verificamos o uso de software matemático Winplot no ensino de

função quadrática com o propósito de avaliar se este pode ser usado pelo professor como uma

alternativa metodológica diferente do modelo de ensino tradicional.

Diante desta proposta consideramos algumas questões pedagógicas como, por

exemplo, o caso de professores que insistem em reproduzir modelos de ensino tradicional nas

escolas e assim, preocupados com a aprendizagem do aluno, resolveu utilizar uma prática de

ensino diferente do modelo tradicional.

Por sua vez entende-se que a aula tradicional é aquela em que o professor transmite a

informação para os alunos cabendo a estes apenas recebê-las de forma passiva. Na atualidade

existem inúmeros programas de ensino com softwares matemáticos que podem auxiliar o

11

Page 12: Monografia José Matemática 2010

aluno na aprendizagem juntamente com o professor. Tais softwares podem ser usados pelos

educadores como um novo recurso de ensinar e aprender. Diante de tal situação destacamos a

importância do uso de softwares ou ferramentas computacionais no ensino e aprendizagem da

matemática. Neste sentido, Maia (2007) considera que:

A utilização de uma ferramenta computacional favorece a manipulação da representação gráfica de maneira mais rápida que a utilização do lápis e papel, permitindo que o educando faça simulações em busca de um resultado que satisfaça o objetivo proposto, desenvolvendo a capacidade analítica de fazer previsões e questionar resultados (p.14).

A partir desta reflexão sobre a utilização de softwares matemáticos como ferramenta

para o ensino e aprendizagem; considerando a possibilidade de aplicação de uma forma de

ensinar diferente do modelo tradicional para situações em sala de aula envolvendo tecnologia

digital, decidimos utilizar o software Winplot como recurso de apoio ao ensino de funções

quadráticas na plotagem de gráficos para interpretações gráficas. Assim, questiona-se o

seguinte:

De que forma o Winplot pode ajudar aos alunos na sua aprendizagem? Como o

professor de matemática planejaria atividades com o uso do Winplot no ensino e

aprendizagem? Como essas atividades seriam realizadas? E como os alunos seriam avaliados

tendo o Winplot como ferramenta de suporte para sua aprendizagem? Estas questões levaram

ao caminho da pesquisa descrita neste trabalho e foram decisivas na definição dos objetivos

detalhados na seção seguinte:

No capítulo I, encontram-se os objetivos, o verdadeiro propósito no qual se quer

chegar com a pesquisa.

No capítulo II, encontra-se a justificativa, mostrando porque o uso do software é

importante e que pode beneficiar o ensino e aprendizagem.

Os procedimentos da pesquisa estão no capítulo III. Nele descrevemos as etapas da

pesquisa, local utilizado, metodologia, atividades e avaliações realizadas.

No capítulo seguinte, o IV estão autores que fundamentaram as principais idéias desta

pesquisa, validando o que esta sendo escrito sobre as TIC e o software Winplot.

12

Page 13: Monografia José Matemática 2010

No capítulo V, as etapas do experimento são descritas detalhada, mostrando cada

passo que foi tomado.

A análise gráfica se encontra no capítulo seguinte, é composta de dados coletados

através dos questionários aplicados aos alunos e professores.

As considerações finais são feitas no último capítulo, no qual descrevemos se os

objetivos da pesquisa foram alcançados e quais resultados foram obtidos.

13

Page 14: Monografia José Matemática 2010

CAPÍTULO I: OBJETIVOS

1.1 Objetivo geral

Identificar formas de uso do Winplot que permitam facilitar o ensino e

aprendizagem de funções quadráticas.

1.2 Objetivos Específicos

Realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso das TIC no ensino da matemática;

Avaliar o potencial de uso do Winplot no ensino e aprendizagem de funções

quadráticas;

Identificar formas de realizar/organizar atividades usando o Winplot;

Identificar formas de avaliar a aprendizagem de funções quadráticas com o uso do

Winplot.

14

Page 15: Monografia José Matemática 2010

CAPÍTULO II: JUSTIFICATIVA

Apesar do grande avanço da informática e da popularização dos computadores nas

escolas, considerando que essas novas tecnologias podem beneficiar o ensino e aprendizagem.

O sistema de educação brasileiro segue enfrentando problemas como o baixo rendimento

escolar, que é em parte provocado por pouco investimento nessa área, evidenciando-se

questões como a desvalorização do professor com baixos salários e também o excesso de

carga horária. Tal fato encontra-se ressaltado nos relatórios da Organização Desenvolvimento

Econômico (OCDE, 2009).

Diante desse cenário, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem ser

utilizadas como aliadas favorecendo o ensino e aprendizagem. É necessário utilizar uma

proposta de ensino diferente do modelo tradicional já que essas inovações tecnológicas são

essenciais no mercado de trabalho para a formação de profissões. Nesse contexto, os

Parâmetros Curriculares (PCN) recomendam a utilização de tecnologias:

As tecnologias, em suas diferentes formas e usos, constituem um dos principais agentes de transformação da sociedade, pelas modificações que exercem nos meios de produção e por suas conseqüências no cotidiano das pessoas. Estudiosos do tema mostram que escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são influenciados, cada vez mais, pelo recurso da informática. Nesse cenário, insere-se mais um desafio para a escola, ou seja, o de como incorporar ao seu trabalho, tradicionalmente apoiado na oralidade e na escrita, novas formas de comunicar e conhecer (BRASIL, 1998, pg. 43).

Portanto, esta proposta se justifica se considerarmos que o uso das TIC permite

promover a aplicação de práticas pedagógicas diversas e baseadas em inovação

possibilitando-se uma ampla variedade de formas diferentes de ensinar e aprender, facilitando

a compreensão e reflexão:

O uso das TIC na educação auxilia a compreensão de, por exemplo, conceitos abstratos visto que os estudantes podem alterar variáveis e verificar as mudanças resultantes. A disponibilidade do imenso armazém de dados que é a Web combinada com o uso de aplicações como MathML, SVG, SMIL oferece diversas perspectivas que podem ser exploradas pelo aprendiz, tornando a aquisição de novos conhecimentos mais fácil.Perceba que as ‘fronteiras’ da sala de aula estão em processo de mutação, facilitando cada vez mais o processo de consulta, ensino, aprendizado e colaboração entre estudantes, professores e profissionais de várias especialidades. Uma modesta parcela dos educadores já percebeu a riqueza das TIC e como elas podem aprimorar o processo de aprendizado. (SILVA FILHO, 2007.)

Assim, o Winplot pode ser considerado como um elemento capaz de melhorar a

15

Page 16: Monografia José Matemática 2010

motivação do discente em aprender e que permite facilitar o trabalho do docente em uma nova

abordagem de ensino e aprendizagem de funções quadráticas.

16

Page 17: Monografia José Matemática 2010

CAPÍTULO III:PROCEDIMENTO DA PESQUISA

Nesse item procuramos descrever as etapas da pesquisa, o método de trabalho,

conteúdo desenvolvido com o Winplot, organização de atividade e avaliação dos alunos. O

trabalho foi desenvolvido em três etapas: Na primeira etapa foi realizada um mini-curso com

o uso do software Winplot, na segunda etapa aconteceu a aplicação de uma aula tradicional,

para que pudesse haver comparação entre os dois tipos de aula (com o software e sem o

software). Na terceira etapa, aplicamos questionários aos alunos e professores do colégio

Estadual Teixeira de Freitas, com suas opiniões sobre o uso do software na sala de aula.

Concomitante com os recursos utilizados foi realizado uma revisão bibliográfica tendo

em vista um aprofundamento sobre o uso das TIC, em especial tecnologia digital e no

software Winplot foram consultados os seguintes autores: Maia (2007); Rossi (2009); Silva

Filho (2007); Ponte (2000); Ferraz (2006) e outros.

Estes procedimentos foram desenvolvidos, buscando-se obter uma visão ampla do

potencial do Winplot em atividades de ensino e aprendizagem.

Os procedimentos dessa pesquisa foram desenvolvidos levando em consideração a

pesquisa qualitativa explicita segundo Godoy (1995):

Considera o ambiente como fonte direta dos dados coletados e o pesquisador como instrumento chave; possui caráter descritivo; o processo o foco principal de abordagem e não o resultado ou produto (Godoy, 1995, p.58).

Este trabalho teve caráter qualitativo, pois se entende que o pesquisador buscou

descreve os dados obtidos nesta pesquisa, com objetivo de explorar o ambiente como fonte

direta dos dados.

3.1 Mini-curso com o software Winplot

Este mini-curso foi desenvolvida no colégio Estadual Teixeira de Freitas na Avenida

Antônio Laurindo n° 324 na cidade Senhor do Bonfim-Ba, no turno matutino das 07h 15min

ate às 11h 30min com 45h de carga horária no Laboratório de Informática, no qual foram

17

Page 18: Monografia José Matemática 2010

selecionados vinte alunos de 1°ano. A seleção foi realizada através de um sorteio com a

caderneta de frequência dos alunos, no qual foram sorteados 10 alunos de cada turma do

ensino médio do 1ª ano.

Para compor o bloco de atividades pesquisamos em livros didáticos e internet

atividades com o estudo de função quadrática e plotagem de gráficos, sendo que foram estas

aplicadas no software pelos alunos, que realizavam as construções em equipe.

As avaliações foram feitas diariamente enquanto os alunos faziam as construções

gráficas e descreviam o processo de sua construção no Word. Para avaliar, ao termino da aula

eram corrigidas as atividades no software Winplot.

3.2 Observação e aplicação de aula tradicional

Em outro momento realizamos aulas tradicionais com o mesmo conteúdo de função

quadrática, para podemos demonstrar o ensino de software e o ensino tradicional, para

verificamos como é transmitido o conhecimento matemático aos alunos. Este momento teve

duração de três dias, com turma de 35 alunos.

Os materiais utilizados nessa aula foram apostilhas de atividades retiradas de livros

didáticos e internet. Para expor o conteúdo utilizou-se aula expositiva com quadro negro e

pincel.

A avaliação foi feita através de atividades escritas, frequência e participação dos

alunos.

3.3 Questionários

A última etapa da pesquisa se deu com questionário aplicado a 15 professores e 20

alunos, sobre o uso das TIC e do software Winplot como suporte de ensino e aprendizagem,

sendo estes analisados a seguir no capítulo da análise gráfica.

18

Page 19: Monografia José Matemática 2010

Esta pesquisa teve enfoque qualitativo quando avaliamos os alunos levando em

consideração criatividade nos exercícios, participação nas aulas, socialização de

conhecimento.

Utilizou-se como referência alguns livros e revistas disponíveis na página da internet:

(MAIA, 2007); Função Quadrática: um estudo didático de uma abordagem computacional,

(ROSSI, 2009); Winplot: uma nova ferramenta para ensinar e aprender funções de 1º e 2º

Grau, (SILVA FILHO, 2007); O papel da tecnologia da informação e comunicação na

melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

19

Page 20: Monografia José Matemática 2010

CAPÍTULO IV: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

As novas tecnologias passaram a assumir um papel importante no mundo atual, cujo

indivíduo busca cada vez mais se aprimorar e adaptar-se a essas novas ferramentas

tecnológicas, porém o ensino tradicional é insuficiente para atender as novas transformações

que vem ocorrendo no mundo. Vivemos em uma época que exigi mais desses profissionais e

que terão que se adaptar as tecnologias e estarem adeptos as mudanças que vem ocorrendo no

mundo de maneira rápida e estratégica. As empresas exigem profissionais que tenham

domínio sobre as tecnologias, e não apenas para indivíduos que se detém apenas à

memorização e a utilização de lápis e papel.

Em plena época da globalização, na qual a informação e a comunicação interagem na

sociedade capitalista e consumista, tem havido um desenvolvimento tecnológico considerável

que conduz a sociedade ao uso cada vez mais intenso das TIC. Com essas tendências

tecnológicas fornecendo inúmeras possibilidades para o individuo não só a navegação pela

internet, mas a venda ou a compra de produtos, a pesquisa de trabalhos acadêmicos e muito

mais oferecidos numa simples folha on-line à disposição de um usuário ou mais.

4.1 Ensino tradicional e as tendências tecnológicas

Nesse Trabalho, para efeito de melhor compreensão do texto, entende-se por ensino

tradicional, o ensino que se baseia em um modelo normalmente aplicado em sala de aula nas

últimas décadas. Nesse modelo geralmente os alunos participam de forma passiva, como

ouvintes e o professor se dedica à realização de atividades como, por exemplo, exposição de

conteúdos com uso de quadro e rotulador ou giz e auxilio a resolução de exercícios. Nesse

sentido, entende-se que o ensino deve ser bem mais vasto do que uma aula expositiva, o

professor deve buscar novas alternativas metodológicas que ajudem o despertar do discente na

aprendizagem, que motivem e chame atenção destes.

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhores educandos serão. Desta maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante (FREIRE, apud, FERRAZ, 2006, p. 13).

20

Page 21: Monografia José Matemática 2010

A partir desse argumento de Freire (2006), citado acima sobre os sujeitos que ensinam

e os que aprendem ou apenas são vasilhas preenchidas sem terem opiniões próprias, percebe-

se que os educadores do ensino tradicional transmitem apenas o saber formal, constituído ao

seu discente, preenchendo esses recipientes vazios, sem dar-lhe a chance de questionar,

indagar e expor o que pensam sobre o mundo atual. Surge então à pergunta: qual será o papel

do professor?

Apenas de profissional insubstituível, um juíz e o dono do saber, que usa apenas um

estilo de ensino tradicional para formar cidadãos mecanicamente sem apoiar-se as essas

tecnologias, limitando o seu aluno, sem dar-lhe outras possibilidades de integração com o

mundo virtual e moderno. Neste sentido, segundo Ponte:

O papel do professor não perde a importância, antes ganha novas dimensões e maior responsabilidade. Há quem pense que um bom computador será melhor que um mau professor. Essa forma de ver as coisas tende, porém, a ignorar que mesmo melhor o computador tem tremendas limitações. De facto, não faz sentido opor o computador e o professor como se fossem antagonistas. Será a combinação dos dois, ambos no máximo das suas possibilidades, que constituirá a equipe pedagógica do futuro (PONTE, 1997, p. 57).

Percebe-se na citação de Ponte que o computador não deve ser ignorando pelo

professor e muito menos opor-se a essa máquina, no entanto se houve uma combinação de

ambos, terá possivelmente um efeito eficaz e produtivo para desenvolver diversas

possibilidades aos alunos.

O papel do professor é muito mais amplo do que simples consumidores e a partir de Belloni (1999, pg. 56) comenta-se:

Os educadores têm um papel fundamental ao apropriar-se das tecnologias da informação e comunicação, cujo uso deverá ser como ferramenta e recurso pedagógico de uma forma crítica e responsável e não somente como meros consumidores (BELLONI, apud. ROSSI, 2009).

Os professores não devem apenas ter domínio do software para usá-los no processo de

ensino e aprendizagem como meros consumidores, mais oferecer aos seus discentes

capacidade e habilidade para produzirem conhecimento por si próprio, cujo principal objetivo

é torná-los críticos.

21

Page 22: Monografia José Matemática 2010

Os softwares são úteis como ferramentas de ensino/aprendizagem para o discente,

garantido possibilidades de criarem diferentes conceitos matemáticos, que já são apontados

pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio de 2006 que explicitam:

[...] Há programas de computador (softwares) nos quais os alunos podem construir diferentes conceitos matemáticos, referidos a seguir como programas de expressão. Programas de expressão representam recursos que provocam, de forma muito natural, o processo que caracteriza o pensar matematicamente, ou seja, os alunos fazem experimentos, testam hipóteses, esboçam conjecturas, criam estratégias para resolver problemas. (BRASIL, 2006, p. 88).

Com isso, observamos que os indivíduos podem construir diferentes conceitos e

definições ao utilizar os softwares, no qual pode fazer representações e experimentos

diversos, testando assim possibilidades para chegar a um resultado satisfatório.

Segundo Rêgo (2000):

As principais vantagens dos recursos tecnológicos, em particular o uso de computadores, para o desenvolvimento do conceito de funções seriam, além do impacto positivo na motivação dos alunos, sua eficiência como ferramenta de manipulação simbólica, no traçado de gráficos e como instrumento facilitador nas tarefas de resolução de problemas. A utilização de computadores no ensino provocaria, a médio e longo prazo, mudanças curriculares e de atitude profundas uma vez que, com o uso da tecnologia, os professores tenderiam a se concentrar mais nas idéias e conceitos e menos nos algoritmos (REGO, apud, BARRETO, 2009.).

Percebe-se que os recursos tecnológicos oferecem diversas vantagens ao usuário, na

questão do Winplot, por exemplo, tem ferramentas de manuseio que ao mudar os parâmetros

de uma equação podemos visualizar e simular o gráfico, que é bem mais perceptível e com

isso concentraríamos mais nas idéias e menos nos algoritmos, conforme afirma Moraes e

Cunha (2009):

As novas tecnologias vão, aos poucos, incorporando-se ao dia-a-dia da sala de aula e por isso devem ser tratadas, testadas e estudadas nos cursos de Licenciatura em Matemática. Tal prática faz com que professores e alunos se sintam preparados e motivados para o seu uso, o que permitirá, aos futuros licenciados, uma melhor preparação para suas atividades no ensino fundamental e médio (MORAES E CUNHA, apud, TRINDADE, 2009).

Observa-se que as novas tecnologias estão cada vez mais incorporadas aos indivíduos

que usam a todo o momento, e que tal pratica que venha a ser usada pelos educadores

22

Page 23: Monografia José Matemática 2010

preparados e motivados permitirá construir uma melhor preparação no ensino fundamental e

médio. Segundo Wright (2000), a tecnologia esta disseminando cada vez mais na escola:

Uma alternativa a esta abordagem são os estudos culturais e os estudos dos media que não se debruçam apenas sobre a noção da tecnologia entrando na escola, mas também sobre a noção do utilizador da tecnologia baseado na escola entrando no mundo da tecnologia. O computador, por exemplo, pode localizar o utilizador no ciberespaço, um «espaço alternativo sem espaço» e fornecer o potencial para que o estudante, como qualquer outro utilizador, explore e assuma muitas outras identidades e se torne parte de uma cibersociety e de comunidades no ciberespaço (WRIGTH, apud, PONTE, 2000, p.88).

Portanto a tecnologia está cada vez mais inserida nas escolas e os discentes utilizam-se

dessa tecnologia no seu cotidiano, como qualquer outro utilizador, explorando e assumindo

muitas outras identidades no ciberespaço.

As TIC poderão ajudar na aprendizagem de muitos conteúdos, recorrendo a técnicas sofisticadas de simulação e de modelação cognitiva baseadas na inteligência artificial. No entanto, não me parece que será desse modo que elas vão marcar de forma mais forte as instituições educativas, mas sim pelas possibilidades acrescidas que trazem de criação de espaços de interacção e comunicação, pelas possibilidades alternativas que fornecem de expressão criativa, de realização de projectos e de reflexão crítica (PONTE, 2000, p.75.).

Podemos observar na citação de Ponte (2000) que as TIC trazem diversas possibilidades de

criação de espaço de interação e comunicação, fornecendo assim uma expressão criativa, de realização

de projetos e reflexão crítica. De acordo com os PCN, (1998): Os computadores podem ser usados nas

aulas de matemática com varias finalidades:

Como fonte de informação, poderoso recurso para alimentar o processo de ensino e

aprendizagem;

Como auxiliar no processo de construção de conhecimento;

Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar,

refletir e criar soluções;

Como ferramenta para realizar determinadas atividades – uso de planilhas eletrônicas,

processadores de texto, banco de dados etc.

23

Page 24: Monografia José Matemática 2010

Nesse contexto nos PCN justifica-se que as TIC podem ser usadas nas aulas de

matemática com varias finalidades, como ferramentas computacionais que possibilitam aos

indivíduos pensar, refletir e criar soluções com autonomia para resolver problemas

matemáticos.

Desta forma Sunders e Blassio (1995), destacam a relação de função-grafico

enfatizando as características das funções e o uso de software para introduzir noções de

intervalo, domínio e imagem utilizando as ferramentas computacionais para o educando fazer

simulações em busca do resultado desejado:

Como podemos enfatizar a relação função-gráfico? A resposta é simples, e o computador pode ajudar. Deixemos ao computador a tarefa de descobrir os valores da tabela em t. Melhor ainda façamos o computador locar os pontos. Então o aluno poderá se concentrar no que aconteceu com uma função quando fazemos as mudanças, como y = x², y = x²+2 e y = x²-2. Fazer gráficos nos ajuda do computador enfatiza a criatividade e a beleza inerente do produto acabado. Alunos e professores continuarão gostando de fazer gráficos e alcançando a desejável relação função-gráfico (SAUNDERS e BLASSIO, apud, MAIA, 2007, p, 58).

Nesta abordagem enfatizamos a função-gráfico para o aluno que explora as

ferramentas computacionais focalizando os pontos e concentrado o que acontece com a

função ao mudar seus parâmetros e daí constata-se que o aluno torna-se um individuo que

produz conhecimento por si próprio, pois ao continuar a fazer gráficos, este explora a sua

criatividade em busca do resultado desejável.

E, assim, diante dessa abordagem teórica surge outra pergunta: Quais serão as

vantagens e a desvantagens que o uso de software para matemática pode oferecer ao ensino

desta disciplina?

Para responder a esta questão, neste trabalho foi realizado um estudo sobre o uso do

software Winplot com o propósito de identificar as vantagens que este software pode

promover na aprendizagem do aluno quando usado de maneira direcionada.

O professor não deve ter apenas um planejamento para envolver o aluno dentro do

despertar do conhecimento matemático, mas algo que possa ser aplicável, podendo assim

planejar e esquematizar os conteúdos matemáticos com os objetivos e metodologia que

possam promover ensino e aprendizagem.

24

Page 25: Monografia José Matemática 2010

O processo educacional envolve o professor, o aluno, a escola e a família, que tem

como prioridade valorizar a educação, a cultura e transmitir conhecimento a estes, servindo

como base para sustentar o ser humano num sistema educacional eficiente.

Diante deste cenário é necessário que o professor faça um planejamento estruturado

para assim propiciar o ensino e aprendizagem do aluno.

Nesse contexto foi elaborados quadros de aula descritos no capítulo V, sobre o

planejamento de uma aula convencional ou com software, dividido em etapas: pré-ativa, ativa

e a pos-ativa.

A pré-ativa é o planejamento de uma aula convencional ou de software, conforme

descritos nos quadros de aula.

Na ativa é aplicação do conteúdo aos alunos em sala de aula, mostrando situações de

uma aula com software e sem o software.

Na pos-ativa mostra algumas situações de organizar e avaliar aula para os alunos,

utilizando modelos diferentes de ensino: aula tradicional ou com software.

25

Page 26: Monografia José Matemática 2010

CAPÍTULO V: ANÁLISE DAS ETAPAS DO EXPERIMENTO

Neste item, procuramos descrever e analisar cada etapa da pesquisa, desenvolvimento

das atividades pelos alunos, planejamento, materiais utilizados, metodologia de aula,

comportamento e visão do aluno.

5.1 Primeira etapa (aula com uso do software Winplot)

Nesta etapa buscou-se verificar o potencial de uso do Winplot, nos diversos momentos

relacionados com as aulas: desde o planejamento, a realização das atividades.

5.1.1 Planejamento de aula com uso do Winplot

O mini-curso foi elaborado em dois momentos; sendo que o primeiro momento teve a

finalidade de introduzir o software Winplot e apresentar aos alunos os comandos necessários

para a utilização do programa Winplot abordando as ferramentas computacionais na busca de

ver como eles se sentiam a usar os recursos tecnológicos.

Inicialmente fizemos uma explanação do Winplot e construções de alguns gráficos de

funções para tentar identificar maiores dificuldades dos alunos e possíveis dúvidas referentes

ao conteúdo. No quadro abaixo mostra uma aula com o uso do Winplot, aplicada pelo

professor de matemática, o seu planejamento com o software, o objetivo e as maneiras

identificadas ao usar o programa.

O planejamento e a realização de uma aula com o uso do software Winplot permite

inserir a aula atividades que englobem um maior número de construções de gráficos de função

quadrática, já que este oferece aluno ferramentas ágeis na construção de gráficos. Na janela

do Winplot é possível ainda fazer vários gráficos em um só plano em pouco tempo.

Durante a realização desse tipo de aula encontrou-se uma grande vantagem, que é o

aluno poder visualizar maior variedade de gráficos e suas características. Sendo assim,

acreditamos que uma aula planejada se torna mais rico em conteúdos e possibilidades de

aprendizagem. O planejamento e a realização de aula com uso do Winplot pode ser visto a

seguir no quadro 1:

26

Page 27: Monografia José Matemática 2010

QUADRO 1: PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DE AULA COM WINPLOT

Situação Aula Com software Winplot pelo professor de matemática

Fase Pré-ativa

Plano de aula utilizando o software Winplot

Objetivo: Aplicar o software Winplot na construção de vários gráficos de funções quadráticas

Mostrar aos alunos os comandos do software na construção de funções quadráticas e mostrando a utilidade do Winplot como ferramenta de ensino e aprendizagem

Identificar os zeros da função focalizando os pontos e a imagem com a utilização do Winplot

Identificar o valor máximo e mínimo da função quadrático e seus receptivos valores com o uso do Winplot.

Fase ativa

O uso do Winplot durante as aulas

Aplica o Winplot nas plotagem de gráficos Encontra os zeros da função e a imagem Interpretações gráficas sobre o crescimento e

decrescimento da função Fazer translações de gráficos com o Winplot Fazer atividades de funções quadráticas com o

uso do Winplot

Fase pós-ativa

Aspectos do aluno a utilizar o software winplot

O aprendiz identifica os novos saberes ao utilizar o software Winplot

Observam-se as tentativas de sucessos, as conjecturas e estratégias do aluno ao utilizar o Winplot;

Nota-se a adequação ao meio e a utilização desse meio pelos alunos com uso do Winplot

Nota-se que os alunos ficam mais empolgados com os novos recursos que são utilizados na tentativa de ensino e aprendizagem das funções quadráticas

FONTE: Plano de aula

27

Page 28: Monografia José Matemática 2010

5.1.2 Atividades resolvidas pelos alunos

Durante o mini-curso realizamos atividades, com conteúdo função quadrática, no qual

foram aplicadas quatro atividades.

Fazendo um estudo da concavidade da parábola, sobre os coeficientes da função,

zeros da função e coordenadas do vértice. Com o objetivo que o aluno plotasse o gráfico no

software e fazendo reconhecimento desses, para construção e visualização do gráfico.

ATIVIDADE 1

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−3

−2

−1

1

2

3

x

yy = x^2-2x-3

y = -x^2+2x-1

FIGURA 1:Estudo do gráfico da concavidade da parábolaFonte: questão adaptada Giovanni (2002).

Percebe-se que os discentes tinham dificuldade sobre a definição de função, mas é

muito importante ressaltar que eles tinham uma enorme facilidade em operar tais ferramentas

computacionais e assim pudermos aplicar algumas atividades de funções quadráticas.

Durante o mini-curso foram resolvidas atividades que envolviam o conteúdo de

função quadrática, para identificar maneiras de resolvê-las com o uso do Winplot. No qual se

verifica, se realmente o software é um programa que facilita a aprendizagem dos alunos.

As atividades foram feitas em ambiente computacional e no Word eram digitadas as

respostas da interpretação gráfica.

28

Page 29: Monografia José Matemática 2010

As atividades foram assim resolvidas:

Construção de gráficos das seguintes funções:

y = x²-2x-3 e y = - x²+2x-1

Foram feitas alguns perguntas:

1. Como é o gráfico da função de 2° grau?

2. Observe os coeficientes da função e explique a concavidade das parábolas nas

funções?

3. Quais as funções que apresentam raízes reais? Justifique.

Depois de construído o gráfico no Winplot, os alunos digitaram no Word as respostas,

no qual estes cometeram alguns erros em relação à interpretação gráfica quanto ao

crescimento e decrescimento e concavidade da parábola.

No entanto os alunos compreenderam que quando o coeficiente “a” é maior que zero a

parábola é voltada para cima e quando o coeficiente “a” é menor que zero parábola é voltada

para baixo.

Os discentes visualizaram e identificaram os zeros no gráfico da função y = x²-2x-3,

quando disseram que suas raízes eram -1 e 3.

Verificaram também que quando delta é maior que zero, terá duas raízes reais e

distintas. Na segunda função y = -x²+2x-1, os alunos comentaram que a função só tinha

apenas uma única raiz e foi nesse momento que explicamos que quando as funções tiverem

um delta igual à zero, admitirá um zero real duplo, ou seja, duas raízes reais e iguais que é o

caso desta função, tendo apenas o 1 como raiz.

Com auxílio do data show e do software Winplot, a questão foi corrigida e explicada

sobre a concavidade da parábola; mostrando intervalos de crescimento e decrescimento,

ficando assim mais claro para os alunos.

29

Page 30: Monografia José Matemática 2010

Ao final, estes concluíram que quando “a” e “b” for maior que zero, a parábola

intercepta o eixo das ordenadas com sua concavidade crescente, e quando “a” e “b” for

menor que zero, a parábola intercepta o eixo das ordenadas com sua concavidade decrescente.

Isso vale para “a” maior ou menor que zero então este fato ocorrerá em relação ao coeficiente

“b”.

ATIVIDADE 2

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−3

−2

−1

1

2

3

x

y

y = x^2+2x-1

y = x^2+2x+1

y = x^2+2x+2

FIGURA 2. Estudo dos gráficos quanto aos coeficientes de “a” e “b”Fonte: questão adaptada Giovanni (2002).

Nessa segunda situação trabalhamos o coeficiente “c”, alterando-o e permanecendo

fixo apenas o coeficiente “a” e “b”. Daí perguntamos o seguinte:

Qual é a relação do coeficiente “c” nas funções quadráticas: y = x²+2x-1, y = x²+2x+1 e y

= x²+2x+2?

O questionamento sobre o coeficiente “c” foi respondido pelos alunos, este que

cometeram alguns equívocos nas suas respostas. Os alunos só conseguiram interpretar a

questão por completo depois de observar a explicação da questão no Winplot. Argumentaram

que na função y = x²+2x-1, sendo o delta é maior que zero, possuirá duas raízes reais e

30

Page 31: Monografia José Matemática 2010

distintas e na segunda função y = x²+2x+1 onde o delta é igual a zero, a função admitirá um

zero real duplo.

Na terceira função, y = x²+2x+2 a parábola não tem ponto em comum e foi a partir

disso que explicamos aos alunos que a função não admite raízes, pois o delta é menor que

zero.

A partir disso, os alunos compreenderam que quando mudamos o coeficiente “a” há

uma mudança no comportamento dos gráficos, demonstrando as características diferenciadas

que cada função apresenta com essa alteração.

ATIVIDADE 3

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−3

−2

−1

1

2

3

x

yy = x^2

y = 3x^2

y = 4x^2

y = -x^2

y = -3x^2

y = -4x^2

FIGURA 3: Estudo dos gráficos sobre os sinais e as raízes de cada funçãoFonte: questão adaptada Giovanni (2002).

Nessa atividade, que teve como intuito explorar a translação vertical: o que diferencia

os gráficos, as concavidades das parábolas, os sinais de cada função e as suas respectivas

raízes, propomos aos alunos que construíssem os gráficos das seguintes funções no Winplot:

1) y = x²

2) y = 3x²

31

Page 32: Monografia José Matemática 2010

3) y = 4x²

4) y = -x²

5) y = -3x²

6) y = -4x

Nesta aula houve uma dificuldade da turma quanto a ampliação e redução de

determinados gráficos. Perguntou-se sobre a diferença que eles tinham para os alunos, que

responderam: “o gráfico vai aumentando e depois diminuindo”. Insistimos mais, porém não

houve resposta. Então completamos dizendo que quanto maior é o coeficiente “a”, a função

tende a ficar mais estreita, como se a função tivesse reduzido. Se o coeficiente “a” for menor,

a função é mais dilatada, e nesse ritmo a aula seguiu-se, tendo assim melhores respostas.

ATIVIDADE 4

−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−3

−2

−1

1

2

3

x

yy = x^2-4x+3

y = -x^2-7x-10; -5.500000 <= x <= 4.500000

FIGURA 4: Estudo dos gráficos sobre as coordenadas dos vértices quanto ao valor máximo e mínimoFonte: questão adaptada Giovanni (2002).

32

Page 33: Monografia José Matemática 2010

Essa foi a ultima atividade com o uso do Winplot. Abordamos as coordenadas do

vértice, apresentando situações gráficas que pudessem explorar o valor máximo e mínimo de

uma função.

Inicialmente os alunos apresentaram dificuldades, pois se confundiram com a questão

das coordenadas do vértice. No entanto, estabelecemos alguns exercícios envolvendo a

funcionalidade do software Winplot para plotagem do gráfico. A questão foi respondida no

data show, para que as dúvidas fossem esclarecidas.

Mostramos que quando o coeficiente “a” tem valor menor que zero assumi valor

máximo, quando o coeficiente “a” é maior que zero assume ponto de mínimo. Dai alguns

alunos notaram a diferença e passaram a visualizar e identificar estas características melhor

no gráfico. O objetivo foi familiarizar o Winplot com a função quadrática para que os

discentes pudessem visualizar as características apresentada de cada gráfico construído.

5.1.3 Aprendizagem com utilização do Winplot

Os exercícios foram resolvidos em ambiente computacional, os alunos puderam

aprender o conteúdo, visto que estes compreenderam que quando varia o coeficiente numérico

da função, o gráfico automaticamente muda de posição. Notando-se que o conteúdo de

função quadrática ficou mais perceptivo ao discente que manipula as ferramentas do Winplot,

construindo gráficos e questionando o comportamento da função.

Embora o Winplot permita trabalhar com equações na forma implícita, utilizamos à

forma explícita que torna melhor a visualização. É importante ressaltar que o software permite

rotacionar as figuras construída pelo usuário, obtendo assim, uma vista melhor dos gráficos

permitindo construir diversas funções quadráticas num mesmo plano com a plotagem de

gráficos.

Da mesma maneira que os alunos começaram a criar varias funções, gerando vários

gráficos e identificando seus pontos de intersecção, os zeros da função, valores máximos e

mínimos no Winplot, caracterizando o comportamento da função.

33

Page 34: Monografia José Matemática 2010

Com este software o aluno pode construir conceitos e definições sobre o conteúdo de

função quadrática. Vale relembrar que numa aula tradicional os professores não poderiam

fazer inúmeros gráficos e em tão pouco tempo.

Percebe-se que a utilização de uma ferramenta computacional pode ser muito útil,

quando os educadores utilizam um programa na aprendizagem do aluno sobre um

determinado conteúdo.

Na segunda etapa do mini-curso com Winplot, tivemos que fazer uma sondagem sobre

a aprendizagem com a utilização do software matemático, visto que eles já detinham do

conhecimento de tecnologia. Procuramos analisar se os alunos que participaram do mini-curso

havia aprendido o conteúdo matemático, já que durante todo o mini-curso observaram-se a

facilidade de aprendizagem com software e se eles concordavam com uso de tecnologia como

uma forma nova de aprender.

5.2 Segunda etapa (aula sem o software)

Neste momento realizamos aulas tradicionais com o mesmo conteúdo de função

quadrática, para podemos demonstrar ambos os estilos de ensino. Utilizou-se, por exemplo,

como referência: (Giovanni, 2002); Matemática Fundamental: Uma nova abordagem, (Maia,

2007); Função Quadrática: Um estudo didático de uma abordagem computacional.

Nesta etapa mostraremos planejamento de aula sem o software, atividades realizadas

pelos alunos e análise destas.

5.2.1 Planejamento de aula

No planejamento de uma aula convencional é necessário levar em conta o pouco

tempo de aula, por isso a quantidade de conteúdo deve ser reduzida. Por isto a aula foi

dividida em: explicar, fazer atividades e tirar dúvidas.

Esta tabela caracteriza o planejamento e a realização de uma aula convencional com o

conteúdo programático, objetivos e metodologia, para assim produzir conhecimento

matemático. Temos uma representação de um plano de aula aplicada pelo professor de

matemática utilizando o ensino tradicional.

34

Page 35: Monografia José Matemática 2010

No quadro 2 descrevemos o planejamento e a realização de uma aula tradicional feita

pelo professor, descrevendo o plano de aula e possível avaliação aplicada por este.

QUADRO 2: PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DE UMA AULA

CONVENCIONAL

Situação Aula Tradicional do professor de matemática

Fase Pré-ativa

Plano de aula

Conteúdo Programático: Função do segundo grau ou função quadrática

Objetivos: Identificar o domínio e a imagem da função quadrática Identificar o valor máximo e valor mínimo da função quadráticaConstruir gráficos a partir dos valores dos coeficientes da função quadrática e visualizar e representar..Metodologia: Aula expositiva, utilizando livros didáticos sobre o conteúdo programado e explicar o assunto no quadro com piloto.Primeiro momento: Explicar o conteúdo programático ao alunoSegundo momento: Tirar dúvidas dos alunos sobre o conteúdoTerceiro momento: aplicar atividades sobre o conteúdo programático e analisa se os alunos entenderam.

Recursos utilizados: quadro, piloto e livros sobre o conteúdo de função quadrática. Habilidades em que o aluno devera desenvolver:Compreender o conceito da função quadráticaAprender construir gráficos dos zeros da função quadrática,Saber os valores do coeficiente linear e angular da função quadrática,

Fase Ativa

Durante as aulas

Resolver atividades de função quadrática proposta pelo professor viabilizando ao ensino/aprendizagem do educandoVerificar se os alunos aprenderam o conteúdo programático desenvolvidas na sala de aula,Notar se os alunos sabem resolver as atividades do conteúdo programático,Diagnosticar situações em que o aluno não resolve as questões, pois tem dificuldade em resolver tais atividades.

Fase pós-ativa

Avaliação dos alunos/curso

Aplicar avaliação sobre o conteúdo de função de segundo grau ou função quadrática; a partir das aulas que foram desenvolvidas na sala de aula.

FONTE: Plano de aula

35

Page 36: Monografia José Matemática 2010

5.2.2 Atividades realizadas pelos alunos

Durante as aulas de matemática foram aplicadas algumas atividades para os alunos,

analisando como é produzido o conhecimento matemático ao utilizar o ensino tradicional.

Nessas atividades percebemos que os discentes se preocupavam em encontrar as raízes da

função e não se sentiam motivados a fazer interpretações gráficas.

Ao analisarmos os intervalos, a imagem e o domínio da função quadrática,

percebemos que os alunos tinham algumas dificuldades em interpretação gráfica.

Essas atividades foram desenvolvidas com a intenção de analisar, como os alunos

resolvem as funções quadráticas no ensino médio e de como é feita a interpretação gráfica.

Atividade 1:

As seguintes funções são definidas em IR. Verifique quais delas são funções

quadráticas e identifique em cada um de seus valores de a, b e c.

a) f(x) = 2x(3x-1)

b) f(x) = (x+2)(x-2) – 4

c) f(x) = (1+x)(1-x) + x²

Essa atividade 1 consistiu em reconhecer uma função quadrática, analisar e identificar

os coeficientes numéricos para verificar como os alunos reagem resolvendo as funções.

Atividade 2

Faça o esboço do gráfico para os valores (-2,-10,1,2,3,4) das seguintes funções

quadráticas:

a) f(x) = x²+4x+3

36

Page 37: Monografia José Matemática 2010

b) f(x) = x²+2x+1

c) f(x) = -x²+6x-9

Na atividade 2 os alunos conseguiram realizar o cálculo das raízes da função,

identificando a imagem e o domínio. Porém, apresentaram dificuldade no esboço do gráfico,

no que diz respeito à localização dos pontos no plano cartesiano.

5.2.3 Aprendizagem sem o uso do software

Em outro momento realizamos aulas tradicionais com o mesmo conteúdo de função

quadrática para podermos comparar ambos os estilos de ensino: o de software e o ensino

tradicional. Teve como propósito verificar aspectos de ensino que podem favorecer ou não a

aprendizagem em ambas as modalidades.

Diante dessa proposta tive uma experiência em sala de aula com duração de três dias

úteis que aconteceram na terça, quarta e sexta com carga horária de 6h. A sala foi composta

de 35 alunos, mas apenas 28 alunos participaram das aulas.

Ao iniciamos a aula, perguntamos para aos alunos o que entendiam do conceito de

função. Observamos que estes ficaram calados e assim, utilizamos a exposição da teoria com

o conteúdo de função quadrática.

No quadro negro esboçamos o gráfico da função y = x²+2x -3. Diante dessa explicação

pudemos verificar que os alunos tinham dificuldades com o sinal negativo e também com a

construção de gráficos, pois apresentavam dificuldade em focalizar o “x” e o “y” no plano

cartesiano.

Então traçamos o plano cartesiano com os valores das ordenadas e das abcissas,

mostrando os valores positivos e negativos no gráfico. Em seguida, esboçamos o gráfico e

verificamos os motivos pelos quais a concavidade da parábola é voltada para cima, pois o

coeficiente “a” é maior que zero, e os alunos entenderam perfeitamente essa parte do

conteúdo.

37

Page 38: Monografia José Matemática 2010

Em outra situação exploramos a função quadrática y = ax²+bx+c para encontramos as

raízes ou zeros da função, e assim determinamos os x` e x”, caso haja raízes. Logo notamos

que os discentes sabiam das fórmulas do Delta e de Báskara. No entanto, tinham algumas

dificuldades no sinal e cometiam erros quanto a aplicação e uso da formula. Pudemos

perceber que os alunos pareciam estar acostumados com aquele tipo de ensino pronto e

acabado. No qual o professor usa apenas o livro de didático para resolver atividades com os

alunos, que simplesmente copiam no caderno e depois resolvem utilizando apenas com lápis

e a borracha de forma mecânica.

5.3 Comparativo entre uso do Winplot x aula tradicional

Neste trabalho com aplicação do mini-curso, pudemos identificar algumas situações na

sala de aula que contribuíram para a aprendizagem matemática dos alunos.

Na plotagem e interpretações gráficas verificamos as habilidades dos alunos quanto ao

manuseio das ferramentas computacionais, quando estes ao utilizarem o Winplot, fizeram

múltiplos gráficos de funções quadráticas num só plano. Numa aula tradicional gastaria muito

tempo para o professor construir diversos gráficos no quadro negro e não teriam tempo

suficiente para analisá-los.

Outro fato interessante é quanto à alteração de coeficiente da equação quadrática, pois

ao mudar o coeficiente do gráfico automaticamente é alterado, mudando sua posição, ficando

bem mais perceptível ao educando visualizar o movimento do gráfico. No entanto, na aula

tradicional durante a construção de gráfico com utilização do pincel e quadro negro, o

professor apenas resolveria a atividade e o aluno seria um ouvinte.

Percebemos também, na plotagem gráfica usando a animação, que o aluno ao utilizar o

Winplot pode fazer movimentos com as ferramentas computacionais. Sendo possível fazer

demonstrações do conteúdo de matemática ao simular a plotagem. A partir disso

identificamos formas de uso com o Winplot que podem produzir conhecimento e promover

ensino e aprendizagem, não estando apenas limitado a sala de aula, mais a outros ambientes

que favorecem conhecimento ao aluno.

38

Page 39: Monografia José Matemática 2010

Os gráficos construídos com o uso do Winplot são bem mais definidos e acabados, no

qual a visualização gráfica é mais perceptível ao analisar o crescimento e decrescimento da

parábola de uma função quadrática, focalizando os pontos do domínio e o eixo que intercepta

a parábola, observando o que esta acontecendo com o gráfico. No entanto, com o uso do

Winplot podemos constatar que os alunos podem fazer simulação na plotagem gráfica,

movimento, animação e ampliação contribuindo para que o discente tenha uma visão ampla e

definida do conteúdo de função quadrática na interpretação gráfica.

Diante dessa abordagem de aula tradicional, os professores explicam o conteúdo e

depois aplica uma lista de atividade para ser resolvida, no entanto, os alunos ficam limitados

apenas a prática de exercícios de forma mecânica. O ensino com software, juntamente com

ensino tradicional favorece a aprendizagem do aluno, quando usado de maneira direcionada.

39

Page 40: Monografia José Matemática 2010

CAPÍTULO VI: ANÁLISE GRÁFICA

Esta etapa teve o objetivo de complementar os resultados obtidos, com as observações

de aula com e sem o software Winplot. Para tanto, foi feita uma analise gráfica, através de

dados dos questionários respondidos por professores e alunos.

6.1 Análise e interpretação dos gráficos e das perguntas feitas aos alunos

A elaboração de gráficos a partir do estudo de questionários e as experiências

vivenciadas no mini-curso nos deram os seguintes resultados listados a seguir:

O gráfico 1 comprova-se que dos vinte discentes que responderam o questionário,

sendo que 70% utilizam o computador sempre e 30% às vezes, Isto demonstra que estes têm

muito contato com computadores e que usa as vezes ou sempre tal aparelho.

70%

30%

Uso sempre Uso às vezes

Gráfico 1. Qual frequência o aluno usa o computadorFonte: questionário aplicado aos alunos

E no gráfico 2 os indicadores mostram que o uso do computador esta muito inserida

nas vidas desses alunos que utilizam na lan house, em casa, para fazer trabalhos escolares,

entretenimento e no trabalho.

40

Page 41: Monografia José Matemática 2010

10,00%

15,00%

25,00%

50,00%

No trabalho Na escola Em casa Lan House

Gráfico 2. Onde você utiliza o computadorFonte: questionário aplicado aos alunos

Com o avanço tecnológico na idade contemporânea, o computador tornou-se um

instrumento essencial, pois hoje em dia quem não tem um conhecimento de informática em

pleno século XXI não terá uma carreira profissional no mercado de trabalho, diante desse

desenvolvimento tecnológico muitos das profissões que aparecem no mercado de trabalho

necessitam de informática, considerando que o computador pode ser uma peça favorável e

estimulante para a aprendizagem do aluno na carreira profissional, pois ao usa o computador

o discente desenvolver suas habilidades.

6.2 Refletindo sobre aula de Matemática com o uso de computadores

A partir desse contexto, no gráfico 3 foi feita uma investigação, se os alunos já tiveram

aulas de matemática no Laboratório de Informática sobre o conteúdo de matemática com uso

de software.

Como pudemos comprovar, a maioria afirma ter tido aula com o computador para

pesquisar conteúdos de alguma disciplina, porém desconhecem softwares matemáticos.

Verificamos que os alunos têm facilidades em opera os comandos computacionais. Sendo que

35% destes já tiveram aula com o computador e 65% disseram que não, porém os discentes

ainda desconhecem do uso do software para o auxílio do ensino/aprendizagem.

41

Page 42: Monografia José Matemática 2010

35%

65%

Sim Não

Gráfico 3. Você já teve aula de Matemática com o uso de computadorFonte: questionário aplicado aos alunos

Como pudemos perceber o computador é um aparelho que muito favorece o ensino e

aprendizagem do aluno, pois sua tela tem inúmeras aberturas e possibilidades para

aprendizagem, um fato extremamente útil para o discente que pode construir conhecimento

com a utilização de softwares educacionais.

6.3 Analisando o uso do software na sala de aula e questionando se aulas com o uso de

software são suficientes ou necessitam de aulas tradicionais

A partir das respostas no gráfico 4, os quais constatamos que o uso de softwares é bem

favorável ao ensino e aprendizagem do aluno, uma vez que tal programa estabelece

possibilidades para visualização, ampliação e simulação de gráficos.

20%

80%

Sim Não

Gráfico 4. Você acha suficiente a aula realizada com software ou necessita de aulas tradicionaisFonte: questionário aplicado aos alunos

42

Page 43: Monografia José Matemática 2010

Neste caso os indicadores demonstram que 80% dos discentes acha interessante e

inovador o uso de software e 20% acham suficiente. Mas todos concordam que devem ter as

duas formas, com aulas tradicionais e com o uso de software, pois necessitam de ambas.

O uso de um programa é muito favorável ao ensino/aprendizagem do aluno que pode

desenvolver suas habilidades com o computador não limitando ao discente apenas ao lápis e

papel, pois a tecnologia é um recurso novo que podem ser utilizado por aqueles desejam

aprender.

De acordo com os PCN, o uso de alguns softwares pode ser muito útil para a

construção de gráficos, no qual é bem mais fácil visualizar as informações gráficas da função,

explicita pelos PCN:

[...] Hoje a computação gráfica é um recurso bastante estimulador para a compreensão e analise do comportamento dos gráficos de funções com alterações que estes sofrem quando ocorrem mudanças nos parâmetros de suas equações. Assim a visualização e a leitura de informações gráficas em matemática são bem mais importantes, pois auxiliam na compreensão de conceitos e o desenvolvimentos de capacidades gráficas. (BRASIL, apud, MAIA, 2007, p.59).

Os indicadores abaixo mostram no gráfico 5, que dos vinte alunos que fizeram o mini-

curso tiveram êxito com uso do Winplot para facilitar a aprendizagem de função quadrática.

Pois foram capazes de fazer o estudo do gráfico,um exemplo disso é o gráfico da função y =

x² obtidos por translações verticais em torno do eixo x, no entanto se houve uma constante a

variável x implica em uma translação horizontal y = (x + q)².

100,00%

0,00%

Sim Não

Gráfico 5. O uso do Winplot facilitou sua aprendizagem de função quadráticaFonte: questionário aplicado aos alunos

43

Page 44: Monografia José Matemática 2010

Quando os alunos experimentam as ferramentas computacionais com o uso do

software estabelecem uma série de demonstrações e funcionalidade no programa;

incentivando a tentarem a utilizar por varias vezes o uso da máquina, fazendo diversas

experiências ao manusear o teclado, para chegar num resultado satisfatório.

O software Winplot é feito para se adequar ao conteúdo matemático na aprendizagem

do aluno, para construção de conhecimento. Tais inovações do Winplot favorecem ao

discente: simulação, ampliação e movimento da função quadrática permitindo ao aluno sua

visualização, pois se percebe como esta acontecendo com o gráfico. A partir disso questionou-

se sobre o uso de tecnologia na sala de aula a seguir:

Você concorda que a tecnologia digital deve ser usada em sala de aula como um novo

recurso de ensinar?

( ) Sim ( ) Não

Nesta questão indagamos se o aluno concorda com o uso da tecnologia digital com

base no questionário aplicado aos alunos no mini-curso, verificamos algumas respostas

justificadas pelos alunos sobre o uso da tecnologia.

Observamos que o discente tem muita facilidade em operar os recursos

computacionais e a partir daí situamos que o aluno tem um vasto entendimento das

ferramentas computacionais e sabe como usá-las.

Justificativa de alguns alunos sobre o questionário aplicado em sala de aula,

“... Por que fica bem mais rápida a informação com o uso da tecnologia.” (Aluno A).

“... Sim porque é mais fácil e pratico em visualizar o gráfico e também podemos ampliar e visualizar com o uso das ferramentas do winplot.” (Aluno B).

“... Por que a tecnologia é uma forma inovadora de ensinar.” (Aluna C).

“... E uma forma de inovar, tornando as aulas mais atrativas.” (Aluna D).

“... Por que a tecnologia nos ensinar coisas novas.” (Aluno E).

“... Por que a tecnologia é um meio pratico e avançando para a aprendizagem.” (Aluno F).

44

Page 45: Monografia José Matemática 2010

Nesta questão sobre o uso da tecnologia em sala de aula, os vinte alunos que o

responderam o questionário aplicado concordaram com o uso da tecnologia para o

ensino/aprendizagem. Com base na questão acima, mostra que o uso tecnologia na sala de

aula tornou-se necessária, pois os Parâmetros Curriculares já apontam à necessidade da TIC.

De acordo com os PCN (Brasil, 1999), o computador é um instrumento de mediação no

aprimoramento da prática educativa, desde que possibilite investigar novas relações na

mobilização dos saberes e novas formas de atividade mental, como:

Possibilitar a problematização de situações-limite;

Desenvolver processos metafísicos (pensar sobre o pensar);

Favorecer a aprendizagem cooperativa e ativa;

Motivar a utilização de procedimentos de pesquisa.

Com base nesta abordagem consideramos que a proposta da TIC na educação para

reflexão critica é um recurso novo, possibilitando maneiras diferentes de aprender e ensinar

ao aluno por meio do computador integrado ao trabalho metodológico do professor na sua

formação.

6.4 Análise e interpretação dos gráficos e das perguntas feitas aos professores

67%

33%

Uso sempre Uso as vezes

Gráfico 6. Com qual frequência o professor usa o computadorFonte: questionário aplicado aos professores

45

Page 46: Monografia José Matemática 2010

De acordo com o gráfico 6, os indicadores mostram que dos quinze professores que

responderam a seguinte pergunta usa o computador.

Nos quais 67% educadores usam sempre o computador e 33% deles usam às vezes,

comprovando que a tecnologia esta incorporada a esses docentes e que são capazes de usa tais

recursos computacionais.

33,00%

20,00%

47,00%

No trabalho Na escola Em casa

Gráfico 7. Locais que o professor usa o computadorFonte: questionário aplicado aos professores

A partir do gráfico 7 constata-se que estes utilizam o computador em vários locais

quando têm acesso.

Segundo Valente (1994 e 1999):

O uso do computador na educação objetiva a integração deste no processo de aprendizagem dos conceitos curriculares em todas as modalidades e níveis de ensino, podendo desempenhar um papel de facilitador entre o aluno e a construção do seu conhecimento. O autor defende a necessidade de o professor da disciplina curricular atentar para os potenciais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades não informatizadas de ensino-aprendizagem e outras passíveis de realização via computador.

A tecnologia esta cada vez mais incorporada com o homem, pois somos frutos de tais

avanços tecnológicos que vem crescendo em ritmo acelerado e dispomos cada vez mais

desses recursos, sendo assim tanto o aluno e professor usam o computador, seja na sua casa,

no trabalho, escola e lan house para usufruir de tais benefícios que essa máquina vem

oferecendo ao homem.

46

Page 47: Monografia José Matemática 2010

A partir do questionário aplicado, no gráfico 8. Surge então à necessidade de pergunta

aos professores de matemática, se eles tiveram na sua graduação o uso de software

matemático.

40%

60%

Sim Não

Gráfico 8. Durante o período de graduação, você usou algum software matemático na UniversidadeFonte: questionário aplicado aos professores

Ficou constatado que dos quinze professores que responderam essa pergunta; 60%

disseram não ter tido capacitação com o uso de software, porém observamos que esses

professores já eram bem mais antigos na instituição de ensino e outros 40% tiveram o uso de

software na universidade, sendo que estes tiveram formação recente, pois foi oferecido o uso

da tecnologia na sua graduação, mas mesmo assim estes não ofereciam aos alunos um ensino

informatizado.

Durante o mini-curso o Winplot no gráfico 9, foram selecionadas algumas hipótese

que dificultavam o professor usa algum recurso tecnológico que pudesse favorecer a

aprendizagem do aluno e estimular a motivação desses.

Porém tivemos as seguintes respostas: que 32% não se sentiam preparados, 32%

acham que os computadores nas escolas são insuficientes e 36% responderam dizendo que

crerem que seja interessante, mas não sentem capacitados com o uso de tecnologia. Podemos

observar nas respostas dos educadores que tinham a certeza que seria muito interessante e

proveitoso ensinar com uso de tecnologia, pois notavam que os discentes têm uma facilidade

de manipulação com tais recursos tecnológicos.

47

Page 48: Monografia José Matemática 2010

32,00%

32,00%

36,00%

Não me sinto preparado, pois não tive oportunidade de algum software na minha graduação

Os computadores na escola são insuficientes para atender tantos alunos

Creio que seja interessamte, porém não me sinto capacitada para usar um

Gráfico 9. Quais os motivos que dificultam o professor usar o software como ferramenta de suporte para o ensino/aprendizagemFonte: questionário aplicado aos professores

O gráfico 10 aponta sobre a questão dos procedimentos que envolvam uma aula com

software ou tradicional.

Para construirmos exercícios que se adaptassem ao software, tivemos que readaptar e

refazer os exercícios para se adequar ao Winplot. No gráfico 10 constatou-se que 100% dos

professores concordam que procedimentos nas aulas matemáticas são diferentes com uso de

software, pois é necessário que o educador faça uma atividade que se adequasse ao software

winplot.

100,00%

0,00%

Sim Não

Gráfico 10. Os procedimentos com aula tradicional seria o mesmo que com uma aula de softwareFonte: questionário aplicado aos professores

48

Page 49: Monografia José Matemática 2010

Conforme observamos, o uso do software Winplot motiva e favorece a aprendizagem

dos alunos. No entanto ainda existem muitos motivos que impedem o uso deste artificio na

sala de aula, pois ainda ha professores que não utilizam o computador por não se sente

capacitado e também o acumulo de carga horaria.

49

Page 50: Monografia José Matemática 2010

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para melhor compreensão do uso das TIC e software Winplot, buscamos fazer uma

revisão bibliográfica, com fundamentos de teóricos que mostram quanto a tecnologia pode

contribuir para o ensino e aprendizagem quando usado de maneira direcionada pelo professor.

Nessa revisão bibliográfica percebemos as possibilidades e desenvolvimento que as TIC

podem promover para os alunos, estes que usam computadores em casa, na escola e demais

lugares, mostrando que a tecnologia esta relacionada ao cotidiano do aluno, o que leva-nos a

considerar a tecnologia digital como um novo recurso de ensino.

Quanto ao potencial do uso do Winplot, foi possível perceber durante as aulas que o

uso deste software facilita na visualização quanto ao crescimento e decrescimento da

parábola, automatiza a construção, trazendo um diferencial na aula, sendo satisfatório o

manuseio do software e desenvolvimento de habilidades do aluno na aprendizagem de função

quadrática, ampliando o conceito matemático, pois o software possibilita a simulação,

ampliação, permite a plotagem de vários gráficos num só plano, ao contrário do livro didático

que mostra apenas uma posição.

Ao preparar as atividades para os discentes realizarem com o Winplot, percebemos

que seria necessário preparar exercícios que se adaptassem ao software, pois o material

didático não é completo, pois é importante que o educador veja a dificuldade do aluno e use

material que possa suprir essa necessidade.

Durante as atividades feitas de função quadrática no computador, percebemos na

plotagem do gráfico com Winplot, que os alunos participaram de forma satisfatória na

aprendizagem do conteúdo. Os alunos nestas construções puderam fazer simulações de

gráficos e interpretações, estas que foram cuidadosamente discutidas em sala de aula.

Ao avaliar os alunos com uso do Winplot, buscamos ver como estes reagem a esse tipo

de aula verificando se há ou não aprendizagem. Com dados dessa pesquisa é possível dizer

que a avaliação diária e em grupo, através de atividades usando o Winplot, levando em

consideração participação, frequência e habilidades durante as construções pode ser eficaz

nesse tipo de aula, pois acredita-se que somente uma avaliação não é o suficiente para

constatar a aprendizagem.

50

Page 51: Monografia José Matemática 2010

Em trabalhos futuros pretende-se fazer um aperfeiçoamento sobre o uso do software

Winplot a partir da capacitação de professores e alunos, pois entendemos que o programa

pode ajudar na elaboração e organização de ambas atividades. Pretende-se também a

ampliação dos estudos sobre o software propondo a utilização deste em um componente

curricular.

51

Page 52: Monografia José Matemática 2010

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação. CEAD: Centro de Educação Aberto a Distância. Ementas das Áreas de Conhecimento. Universidade Federal de Ouro Preto, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio, Brasília 2000.

BRIGNOL, Sandra Mara Silva. Novas tecnologias de informação e comunicação nas relações de aprendizagem da estatística no ensino médio. Especialização em Educação Estatística com Ênfase em Softwares Estatísticos. Faculdades Jorge Amado, Salvador 2004.

FERRAZ, Alexandre Barcellos. Pare ‘pra ver a banda passar’: Uma Organização Socializadora Dentro do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Conclusão do Curso de Licenciatura Plena em Educação Artística com Habilitação em Música da UNIRIO-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Centro de Letras e Artes, Rio de janeiro, 2006.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 2001.

GIOVANNI, José Ruy. Matemática fundamental: uma nova abordagem: ensino médio. Volume único / José Ruy Giovanni, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Junior. São Paulo: FTD, 2002.

GODOY, A.S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de administração de empresas, São Paulo 1995.

MAIA, Diana. Função Quadrática: um estudo didático de uma abordagem computacional. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – PUC/SP: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2007.

PONTE, João Pedro da. Tecnologias de informação e comunicação na formação de professores: que desafios? Revista Iberoamericana, n° 24, de Educação. Dezembro 2000.

PONTE, João Pedro da. Tecnologias de informação e comunicação na formação de professores. Revista Iberoamericana de Educacion, n° 24, Setembro - Dezembro2000.

ROSSI, Bianca Hoffmeister e Colegas. Winplot: Uma Nova Ferramenta Para Ensinar e Aprender Funções de 1º e 2º Graus. GT 05 – Educação Matemática: Tecnologias Informáticas e Educação à Distância. Encontro Gaúcho de Educação Matemática junho 2009.

SILVA FILHO, Antonio Mendes da. O papel da tecnologia da informação e comunicação na melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Revista Espaço Acadêmico, n° 74, ano VII. ISSN 1519.6186 julho de 2007.

52

Page 53: Monografia José Matemática 2010

SOUZA, Sérgio de Albuquerque. Gráficos de 2D e 3D com Winplot, São Paulo 2004.

TRINDADE, Marcelo da Silva. Aplicações do Software Winplot no Estudo da Matemática. GT 02 – Educação Matemática no Ensino Médio e Superior. Encontro Gaúcho de Educação Matemática, Junho de 2009.

VALENTE, José Armando e Colegas. Informática na Educação no Brasil. O computador na sociedade do conhecimento São Paulo 1993.

53

Page 54: Monografia José Matemática 2010

APÊNDICE

54

Page 55: Monografia José Matemática 2010

APÊNDICE I

QUESTIONARIO APLICADO AOS ALUNOS

55

Page 56: Monografia José Matemática 2010

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII

CURSO-LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA

AS QUESTÕES ABAIXO TÊM POR OBJETIVO OBTER DADOS PARA O MEU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Colégio: ____________________________________________________________

Serie: ______________________

1°) Com qual freqüência você usa o computador

( ) Sempre ( ) Uso as vezes ( ) Somente para trabalho ( ) Não uso

2°) Onde você utiliza o computador

( ) No trabalho ( ) Na escola ( ) em casa ( ) Lan House ( ) outros

3°) Você utiliza o computador para:

( ) Trabalhos escolares

( ) Entretenimento

( ) No meu Trabalho apenas

4°) Você acha que o uso de um software específico auxilia a aprendizagem?

( ) Sim ( ) Não

Justifique:

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5°) Você concorda que a tecnologia deve ser usada em sala de aula como um novo recurso de

ensinar ?

( ) Sim ( ) Não

Justifique:

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

56

Page 57: Monografia José Matemática 2010

6°) Você conhece algum software matemático?

( ) Sim ( ) Não

Cite-o:

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

7°) Já teve aula de matemática com o uso de computadores na sua escola?

( ) Sim ( ) Não

8°) Você já estudou algum conteúdo especifico usando algum software matemático na sua

escola?

( ) Sim ( ) Não

9°) Você notou diferença entre uma aula com software e outra sem o software? Justifique

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

10°) você percebeu alguma diferença em resolver um exercício com o software e outro apenas

com o livro didático?

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

11°) Você já conhecia o winplot?

( ) Sim ( ) Não

12°) O uso do software winplot facilitou sua aprendizagem de função quadrática?

( ) Sim ( ) Não

13°) Você é capaz de fazer o estudo do gráfico e de identificar os zeros da função, valor

máximo e mínimo da função?

( ) Sim ( ) Não

57

Page 58: Monografia José Matemática 2010

14°) Você pode identificar o ponto de intersecção nas funções quadráticas e também

visualizar os coeficientes e nota como o gráfico mudar ao alterar o valor numérico da função

quadrática?

( ) Sim ( ) Não

15°) Você acha suficiente a aula realizada com software ou necessita também de aulas

tradicionais?

( ) Sim ( ) Não

16°) Sobre o uso de softwares matemáticos, o que você acha melhor? Uma aula:

( ) Apenas com o uso de software

( ) Aulas tradicionais com uso de softwares, usando as duas formas

( ) Apenas aulas tradicionais, sem softwares

58

Page 59: Monografia José Matemática 2010

APÊNDICE II

QUESTIONARIO APLICADO AO PROFESSOR

59

Page 60: Monografia José Matemática 2010

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII

CURSO-LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA

AS QUESTÕES ABAIXO TÊM POR OBJETIVO OBTER DADOS PARA O MEU

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Colégio que ensina: _____________________________________________________

Formação: ____________________________________________________________

Tempo de Profissão: ___________________________________________________

1°) Com qual freqüência você usa o computador

( ) Sempre ( ) Uso as vezes ( ) Somente para trabalho ( ) Não uso

2°) Onde você utiliza o computador

( ) No trabalho ( ) Na escola ( ) em casa ( ) Lan House ( ) outros

3°) Você utiliza o computador para

( ) Trabalhos escolares

( ) Entretenimento

( ) No meu Trabalho apenas

4°) Conhece algum software matemático?

( ) Sim ( ) Não

5°) Durante o período de graduação, você usou algum software especifico para matemática na

universidade?

( ) Sim ( ) Não

6°) Qual(is): ___________________________________________________________

60

Page 61: Monografia José Matemática 2010

7°) Quando terminou a graduação teve oportunidade de fazer algum curso de extensão na área

de tecnologia com uso de software?

( ) Sim ( ) Não

8°) Você já usou algum software matemático para ensinar um conteúdo especifico de sua

disciplina?

( ) Sim ( ) Não

9°) Você acredita que o uso de software seja eficaz no ensino/aprendizagem do aluno:

( ) Sim ( ) Não

10°) Quais os motivos que dificultam o professor usar o software como instrumento de

suporte para o ensino/aprendizagem?

( ) Os computadores na escola são insuficientes para atender tantos alunos

( ) A escola não tem infra estrutura de manutenção necessária, pois sempre há muitos

computadores com problemas

( ) Os computadores são ultrapassados para o que necessito

( ) O tempo para cumprir o plano de curso é pouco e não há espaço para incluir uma

estratégia de ensino nova

( ) Creio que seria interessante, porem não tive capacitação para usar um software na sala

de aula

11°) Você acha interessante e inovadora uma aula com o uso de software para a motivação do

aluno?

( ) Sim ( ) Não

12°) Você acha que uma aula com o uso de software usada como um suporte para o

ensino/aprendizagem do aluno ajudaria a melhorar o rendimento dos alunos?

( ) Sim ( ) Não sei, pois não entendo de tecnologia ( ) Não tenho certeza

( ) Talvez sim, se usada de forma adequada ao conteúdo do professor

13°) Os procedimentos com um aula tradicional seria o mesmo que com uma aula de

software?

( ) Sim ( ) Não

61

Page 62: Monografia José Matemática 2010

14°) Você conhece o software winplot?

( ) Sim ( ) Não

15°) Você seria capaz de ensinar funções com o uso de winplot na sala de aula como

instrumento de suporte?

( ) Sim ( ) Não

Justifique sua resposta para sim ou não:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

____________________________________________________________

62