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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB

Monografia Márcio Pedagogia 2010

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Pedagogia 2010

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Page 1: Monografia Márcio Pedagogia 2010

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB

Page 2: Monografia Márcio Pedagogia 2010

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

COLEGIADO DE PEDAGOGIA

MARCIO MURILO PINTO DOS SANTOS

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: A formação do Colegiado do Ginásio

Municipal Antonio Simões Valadares, no município de Itiúba, Bahia.

Monografia apresentada ao Departamento de

Educação-Campus VII, da Universidade do

Estado da Bahia, como parte dos requisitos para

obtenção de graduação no Curso de Pedagogia.

Linha de Pesquisa: Memória, Cultura e História da

Educação.

Orientadora: Profª Drª Maria Gloria da Paz

SENHOR DO BONFIM

2010

Page 3: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

COLEGIADO DE PEDAGOGIA

MARCIO MURILO PINTO DOS SANTOS

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: A formação do Colegiado do Ginásio

Municipal Antonio Simões Valadares, no município de Itiúba, Bahia.

Monografia apresentada ao Departamento de

Educação-Campus VII, da Universidade do

Estado da Bahia, como parte dos requisitos

para obtençãode graduação no Curso de

Pedagogia

Aprovada em_______de ________________de 2010.

_______________________________________________________

Profª Drª Maria Gloria da Paz

Universidade do Estado da Bahia –UNEB

Orientadora

_____________________________________________________

Profª................................................................................

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Examinadora

_____________________________________________________

Profª............................................................................

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Examinadora

Page 4: Monografia Márcio Pedagogia 2010

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho

a minha família, que sempre esteve

presente materialmente e

espiritualmente, guiando-me sempre em

todos os momentos de minha vida.

Page 5: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha mãe Gildete Pinto dos Santos, e meus

irmãos, por suportarem a minha ausência nos

momentos em que tinha necessidade de passar a

maior parte do tempo fora de casa, em busca de

caminhos que me

levassem a subir mais um degrau de sucesso

A professora Doutora, Glória da Paz, que no momento mais difícil para mim, me

abraçou, dando-me o incentivo, alinhando meus pensamentos e fornecendo o

suporte necessário para a conclusão deste trabalho.

Aos meus amigos e companheiros de curso,

grupo de colegas que me incentivaram fortemente.

Page 6: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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EPÍGRAFE

“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as

grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”

Charles Chaplin

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RESUMO

O presente estudo toma como objetivo compreender a construção participativa do Conselho Escolar no Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares, na perspectiva de contribuir com este importante momento por que passa a referida escola. Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa tiveram o intuito de através de questionários aplicados à comunidade escolar, investigar e analisar a opinião das pessoas sobre a implantação do Colegiado Escolar do Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares. As fontes desse trabalho foram os três segmentos que formam a comunidade escolar: funcionários, alunos e professores. O trabalho é fundamentado na Lei Nº 9394/96, e alguns autores que desenvolvem estudos nessa área, além de autores regionais que ajudaram na construção do pequeno histórico do município.

Palavras- chave: Conselho Municipal de Educação - Colegiado escolar –

Ginásio Antonio Simões Valadares

Page 8: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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LISTA DE ABREVIATURAS

 

 

 

ABREVIATURAS SIGNIFICAÇÃO PÁGINA

SME  Sistema Municipal de Ensino 9 

FUNDEB  Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica  10

SEDUC  Secretaria de Educação e Cultura 10 

LDB  Lei de Diretrizes e Base da Educação 10 

ECA  Estatuto da Criança e do Adolescente 10 

MAPA  LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITIÚBA 16 

Page 9: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO - ..........................................................................................................9

CAPITULO I - O Conselho Municipal de Educação ..............................................10

1. Conselho Municipal de Educação: melhoria da educação no município...............10

1.2. Gestão democrática: uma escola diferenciada.........................................11

1.3. O Colegiado: um órgão representativo da comunidade escolar........................................................................................................................12

CAPITULO II - OS PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS....................................14

2. Os objetivos deste estudo.....................................................................................142.1. A pesquisa................................................................................................14

2.1.1. Os instrumentos.....................................................................................14

2.2. As Fontes..................................................................................................16

2.2.1.Caracterização dos pesquisados............................................................16

2.2.2. As Fontes escritas.................................................................................16

2.3. Local da pesquisa: O Município de Itiúba.................................................17

2.4. O Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares......................................18

CAPÍTULO III – Apresentando resultados .............................................................20

O QUE A COMUNIDADE ESCOLAR PENSA SOBRE O CONSELHO....................201.O Conselho na visão dos professores, alunos, funcionários e pessoas da comunidade................................................................................................................20

O PAPEL DO CONSELHO E SUAS ATRIBUIÇÕES................................................211.Professores, alunos, funcionários e comunidade: o Conselho faz cumprir as normas........................................................................................................................21

A FORMAÇÃO DO CONSELHO E O DESEJO DE SER UM CONSELHEIRO........21

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................24

ANEXOS....................................................................................................................25

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INTRODUÇÃO

O presente estudo toma como objetivo compreender a construção participativa do

Colegiado Escolar no Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares, na perspectiva

de contribuir com este importante momento por que passa a referida escola.

A história da administração escolar é marcada por uma tradição de gestão de cunho

fortemente centralizador, essa herança que se instala desde os primórdios da

“TUYBA” Abelha Dourada (Itiúba), ressurge agora com novos cenários que se

desenham fundamentados pela crença de uma democracia participativa nacional,

necessária para a retomada do desenvolvimento econômico e social.

O processo de descentralização implica na redistribuição espacial dos regimes de

poder que envolvem a educação municipal. Sabemos, pois, que são inúmeros os

instrumentos e mecanismos para o processo de descentralização e os conselhos -

Conselho Nacional, Estadual, Municipal de Educação, e Conselhos Escolares; são

instancias de grande auxílio para as gestões democráticas em processo.

Ao observar o estilo de liderança da rede de ensino municipal com a prevalência por

muito tempo de ações autoritárias e com isso a grande concentração do poder de

decisão, o que muitas vezes neutraliza a ação educativa dos profissionais da

Educação, nos propomos à busca de respostas para questões que tratam da

implantação do Colegiado do Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares, suas

dificuldades no processo de implantação e o que as pessoas envolvidas pensam

sobre tudo isso.

Palavras- chave: Conselho Municipal, Gestão democrática, Colegiados

escolares, Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares

Page 11: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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CAPITULO I - O Conselho Municipal de Educação

1. Conselho Municipal de Educação: melhoria da educação no município

O município de Itiúba vem atravessando um período de mudanças

significativas no âmbito educacional, essas transformações se caracterizam pelas

discussões a respeito da criação do Conselho Municipal de Educação, que

normatizará a criação de órgãos colegiados, a reordenação do Sistema de Ensino

Municipal e a eleição de gestores escolares dentre outras ações que possibilitem o

fortalecimento de uma gestão escolar comprometida, onde todos os seguimentos da

escola: alunos, professores, funcionários, pais e a comunidade, possam contribuir

para a melhoria da educação no município.

O Conselho Municipal de Educação de Itiúba é um órgão representativo, o

qual é composto pelos representantes da Secretaria Municipal de Educação, dos

Diretores das Escolas Municipais, dos Professores das Escolas Particulares, dos

Servidores da Secretaria Municipal de Educação, do Conselho Tutelar, do Sindicato

dos Professores, dos pais dos alunos, professores das escolas públicas, dos Alunos,

das Igrejas, dos Trabalhadores Rurais e das Associações.

Este órgão de caráter permanente, normativo, deliberativo, mobilizador,

consultivo, fiscalizador, propositivo e de assessoramento aos demais órgãos e

instituições do SME do município, com autonomia Técnico-Administrativo, tem como

objetivo básico a ampliação da cidadania na discussão e no controle das políticas

públicas da Educação, garantindo à comunidade o direito de participar, ativa e

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organizadamente das definições políticas do setor educacional, observada a

composição paritária dos seus membros.

O mesmo deverá organizar-se em câmaras: Câmara de Educação Infantil,

Câmara de Ensino Fundamental e Câmara do FUNDEB, que funcionam amparadas

no Sistema Municipal de Ensino, ressaltando-se assim, a não constituição ainda do

Sistema Municipal de Ensino, ficando assim, o Conselho restrito a deliberações

amparadas pela Lei Nº 090, de 22 de Abril de 2009, que dispõe sobre a criação do

Conselho Municipal de Educação.

1.2. Gestão democrática: uma escola diferenciada

O mundo globalizado exige que a atuação da escola se dê de forma

diferenciada, pois está sob a sua responsabilidade a formação do indivíduo que se

comporte como alguém capaz de assumir uma profissão, que possa também atuar

como individuo pensante, criativo, cidadão comprometido, com participação efetiva

no processo de desenvolvimento da sua comunidade; neste caso, a escola é ainda

uma instituição com função específica de transmitir conhecimento, e informar esse

futuro trabalhador.

Para isso, é necessário estar a frente de seu tempo, encampando novos

modelos de gestão, a fim de ampliar as ações educativas com a participação da

comunidade escolar, dos pais e da comunidade onde está inserida – numa gestão

democrática, em que todos estejam envolvidos e engajados numa filosofia, e

comprometidos com as questões tanto de ensino quanto de formação humana.

Nessa relação, entretanto, é necessário uma visão crítica do processo da administração escolar, a qual exige um conhecimento mais ou menos preciso da estrutura sócio-econômico da sociedade capitalista que vivemos. A gestão escolar precisa ser entendida no âmbito da sociedade política comprometida com a própria transformação social. (PARO, 1997, p.149)

Uma gestão escolar democrática também passa pela formação dos conselhos

ou colegiados escolares, organismos que tem a função de auxiliar a administração

escolar, discutindo, sugerindo,regulando,normatizando e contribuindo assim para a

melhoria da qualidade do ensino e buscando atender as necessidades da vida

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contemporânea.

1.3. O Colegiado: um órgão representativo da comunidade escolar

O Colegiado Escolar é um órgão representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e

realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da Secretaria Municipal de

Educação – SEDUC, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-

Pedagógico e o Regimento da Escola/Colégio, para o cumprimento da função social

e específica da escola.

Principais objetivos do Colegiado:

I – realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática, contemplando o

coletivo, de

acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-Pedagógico da

Escola;

II – constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior

da escola, ampliando os espaços da efetiva participação da comunidade escolar nos

processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico

escolar;

III – promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a

integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na

construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal;

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IV – estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho

pedagógico na escola, a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em

consonância com as orientações da SEDUC e a legislação vigente;

V – acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela

comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como

pressuposto o Projeto-Pedagógico da escola;

VI – garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho

pedagógico da escola, de modo que a organização das atividades educativas

escolares estejam pautadas nos princípios da gestão democrática.

O Conselho Escolar, de acordo com princípio da representatividade que

abrange toda comunidade escolar, terá assegurada em sua constituição a paridade

(número igual de representantes por segmento) e a seguinte proporcionalidade:

I – 50% (cinqüenta por cento) para a categoria profissionais da escola:

professores, equipe pedagógica e funcionários;

II – 50 % (cinqüenta por cento) para a categoria comunidade atendida pela

escola: alunos, pais de alunos e movimentos sociais organizados da

comunidade.

O conselho Escolar se pretende como um fórum permanente de debates, de

articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das

necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de

questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no

funcionamento da mesma.

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CAPITULO II - OS PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

2. Os objetivos deste estudo:

1. Com este trabalho objetivamos conhecer como está acontecendo a implantação

do Colegiado Escolar no Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares.

2. Identificar as dificuldades na implementação do Colegiado Escolar.

3. Qual a concepção que a comunidade escolar tem sobre a função dos Colegiados.

2.1. A pesquisa

A pesquisa utilizada para esta reflexão é um estudo de caso, que segundo

LÜDKE (1986): é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se

analisa profundamente. Pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade

bem definida, como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma

pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer o seu “como” e os seus “porquês”,

evidenciando a sua unidade e identidade próprias. É uma investigação que se

assume como particularística, debruçando-se sobre uma situação específica,

procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico.

2.1.1. Os instrumentos.

Para realização deste estudo utilizamos um questionário aberto, instrumento

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por nós elaborado com a finalidade de coletar informações sobre o objeto em

estudo.

O questionário aberto é útil quando se pretende recolher informação sobre um

determinado tema. Deste modo, através da aplicação deste instrumento a uma

clientela constituída,de professores, alunos, funcionários e pessoas da comunidade,

obtivemos a opinião dos entrevistados num espaço de tempo relativamente curto.

As questões por nós elaboradas foram:

O que é Conselho Escolar? (Esta pergunta ajuda a perceber a visão dos

entrevistados quanto a este órgão colegiado).

Que decisões pode tomar o Conselho Escolar? (Por meio desta questão

podemos saber se os entrevistados são conhecedores do papel do

Conselho).

Há algo que o Conselho Escolar não pode fazer? (Saberemos se os

entrevistados conhecem as bases legais que instituem o Conselho, bem

como, das suas atribuições).

Quem pode ser membro do Conselho Escolar? (Podemos saber se os

entrevistados têm conhecimento de sobre quem pode participar do Conselho

Escolar).

Porque você gostaria de ser um membro do Conselho Escolar? (A partir

das respostas dos entrevistados saberemos o seu desejo em participar dos

Colegiados).

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2.2. As Fontes

2.2.1.Caracterização dos pesquisados

Os colaboradores deste estudo são cinco professores da rede municipal, que

tem atuação no Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares, o diretor do ginásio e

a coordenadora pedagógica, bem como cinco pessoas da comunidade, cinco pais

de alunos, cinco alunos, cinco funcionários e cinco professores, pois os mesmos

representam também a comunidade escolar, além de residirem no entorno do

ginásio.

2.2.2. As Fontes escritas

Os autores utilizados neste estudo foram:

Lúcia Helena, 2004, que trata em seu estudo sobre os conselhos como

intermediadores entre o Estado e a sociedade.

Cury, 2000, que trata sobre os Conselhos como órgãos colegiados, que tem

como objetivo estabelecer a relação entre a sociedade e o Estado, agindo

assim como dispositivos constitucionais.

Teixeira, 2001, que em seu texto discorre sobre a atuação dos cidadãos nas

definições de critérios, bem como parâmetros para ajudar na orientação da

ação pública, reforçando assim, a importância da participação nos Conselhos

Municipais.

LÜDKE, 1986, que trata em seu trabalho o Estudo de Caso como uma

categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa

Page 18: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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profundamente.

PARO, 2001, que trata sobre a necessidade da escolar poder decidir sobre

suas atividades e procedimentos de maneira compartilhada com a

comunidade escolar, servindo-os de forma mais efetiva.

Lei Nº 9394/96, que trata sobre a criação dos Conselhos de Educação como

órgãos com funções normativas e de supervisão (art. 9º, §1º) dos Sistemas de

Ensino.

2.3.Local da pesquisa: O Município de Itiúba

A região era primitivamente habitada pelos índios cariacás. O povoamento do

território, integrante da sesmaria de Garcia D’Ávila, iniciou-se no final do século XVII

por pioneiros procedentes de Inhambupe, Alagoinhas e Cachoeira. Formou-se a

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povoação de “São Gonçalo do Amarante da Serra de Itiúba”. Transformada depois

em julgado, foi anexada a Senhor do Bonfim da Tapera, em 1697. Em 1868, elevou-

se o julgado de São Gonçalo do Amarante da Serra de Itiúba à freguesia,

subordinada ao município de Vila Nova da Rainha, atual Senhor do Bonfim. Em

1884, a freguesia foi anexada ao recém criado município de Vila Bela de Santo

Antonio das Queimadas. Por volta de 1860, outro núcleo populacional surgia na

fazenda Salgada, originando a atual cidade de Itiúba. Para o local foram transferidos

os elementos administrativos, judiciários e religiosos.

O povoado recebeu a denominação de Itiúba, em 1882, e a freguesia foi

criada em 1884. O topônimo é adoção do nome da serra, localizada a 6 quilômetros

da cidade, que segundo historiadores regionais é uma corruptela do vocábulo tupi

“tu-yba”, que significa “abelha dourada”. O distrito foi criado pela resolução provincial

nº 1005, de 16-03-1868, sob a denominação de Itiúba, subordinado ao município de

Queimadas. Através do decreto nº 9322, de 17-01-1935, foi elevado à categoria de

Município com a denominação de Itiúba, desmembrando-se do município de

Queimadas.

2.4. O Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares.

O Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares, Matricula nº 920.943.673,

Diário Oficial de 06 de maio de 1969, fica localizado a Rua Vereador Ademir Simões

de Freitas, 172. Esta instituição oferece Ensino Fundamental de nove anos, bem

como Educação de Jovens e Adultos, nos turnos matutino, vespertino e noturno.

Page 20: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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Seu quadro de profissionais é constituído por 40 professores, 680 alunos no Ensino

Fundamental, 200 na Educação de Jovens e Adultos, tem 22 funcionários, o setor

pedagógico é formado por 02 coordenadores pedagógicos. O seu espaço físico

abriga 16 salas de aula, 01 direção, 01 secretaria, 01 área de recreio, 01 quadra

poliesportiva, 01 laboratório de informática, 01 biblioteca, 01 cantina, 02 banheiros

para alunos, 01 banheiro para funcionários. A estrutura física dessa instituição pode

ser considerada uma das melhores do município por ter espaço amplo para o

desenvolvimento das atividades em classe e extraclasse.

Page 21: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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CAPÍTULO III – Apresentando resultados

O QUE A COMUNIDADE ESCOLAR PENSA SOBRE O CONSELHO

1. O Conselho na visão dos professores, alunos, funcionários e

pessoas da comunidade

É unânime a opinião dos professores sobre o Conselho, eles o vêm como um

órgão representativo de natureza deliberativa e consultiva que avalia e fiscaliza a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola. “[...] é

o órgão máximo a nível de escola, e tem funções consultivas e fiscalizadoras, com

prévia consulta aos seus pares.” (Ana Paula); o Conselho é um órgão que visa de

forma democrática envolver todos os agentes representantes da comunidade

escolar, para a condução da gestão democrática, em torno de um objetivo comum: a

melhoria da educação básica na rede pública, assim como afirma Jailton Oliveira: “ o

conselho é algo muito importante pois trata do bem comum de todos, principalmente

da melhoria dos alunos”.A professora Rutinéia diz que o conselho é um orgão

fiscalizador, podendo inclusive se necessário apresentar denuncia para averiguação.

O pensar dos professores sobre esse órgão nos faz entender a necessidade da sua

implantação para auxíliar no processo de ensino nas escolas.

A visão dos alunos sobre o Colegiado também destaca a participação dos

membros da comunidade escolar; para eles, é um órgão colegiado com membros de

todos os seguimentos da comunidade escolar, com função de administrar

coletivamente a escola, Já os funcionários vêm o Colegiado como um grupo

Page 22: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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responsável pelo estabelecimento de objetivos e de direções que a escola tomará no

futuro. É um ponto pacífico entre os entrevistados a importância do conselho para o

melhoramento do processo educativo.

O PAPEL DO COLEGIADO E SUAS ATRIBUIÇÕES

1. Professores, alunos, funcionários e comunidade: o Colegiado faz

cumprir as normas

Para os entrevistados, por meio do colegiado escolar, se pode tomar decisões

relativas às ações pedagógicas, administrativas e financeiras, emitindo pareceres,

esclarecendo dúvidas, tomando as rédeas do direcionamento das políticas públicas

além de no âmbito escolar. Para a comunidade, o colegiado pode assessorar as

necessidades e os gastos da escola. Auxiliar o diretor sobre assuntos de

comunicação com a comunidade escolar e o bem estar dos estudantes na escola,

tomar decisões sobre os problemas de natureza administrativa e pedagógica, além

de averiguar o que a escola precisa e quais os assuntos importantes que a escola

deve focalizar.

A FORMAÇÃO DO CONSELHO E O DESEJO DE SER UM CONSELHEIRO

Todos s entrevistados têm a mesma opinião sobre a participação popular na

gestão da escola, para eles todo cidadão pode ser membro do colegiado escolar,

desde que pertença a comunidade onde esta localizada a unidade escolar.

Ser conselheiro escolar é uma função que reafirma a participação

Page 23: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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democrática nas escolas. Um conselheiro pode fazer acontecer uma educação de

qualidade para população; a sua participação direta nas ações escolares sem dúvida

é um dos principais acontecimentos da atualidade na gestão escolar, e representa o

fortalecimento da relação entre a família, à escola e a comunidade.

A comunidade escolar em geral pode participar do colegiado, ser um membro

do colegiado é um bom meio para expressar opiniões sobre assuntos importantes da

escola, além de ajudar a fazer da escola um lugar melhor.

Para os funcionários toda comunidade escolar deve fazer parte do colegiado,

pois estar ali é presenciar a democratização dos direitos e garantir que eles sejam

verdadeiramente consolidados, garantindo-se que a legitimidade das ações de todos

os envolvidos na comunidade escolar seja alcançada.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo procurou colher através de questionários direcionados aos

diferentes segmentos atuantes na escola, dados que permitiram conhecer a opinião

da comunidade escolar sobre a implantação do Colegiado Escolar do Ginásio

Municipal Antonio Simões Valadares. Os objetivos a que nos propomos ao iniciar

este estudo foram: saber como está acontecendo à implantação do Conselho no

Ginásio Municipal Antônio Simões Valadares; identificar as dificuldades na

implementação do colegiado e a concepção que a comunidade escolar tem sobre a

função dos conselhos.

O que obtivemos como resposta ao que anteriormente planejamos, é que

houve unanimidade entre os entrevistados sobre a importância do Colegiado Escolar

e nesta perspectiva, apontam os entrevistados que a tal mudança no que tange a

melhoria da escola no aspecto da gestão democrática, só será possível, se todos

estiverem empenhados em assumir o papel que cabe a cada um dos participantes

nesta construção. A pesquisa em questão é apenas um primeiro passo que busca

incentivar a comunidade escolar a levar adiante a criação e implantação do

Colegiado Escolar do Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares de Itiúba-Bahia.

Page 25: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEREDO, Robério. Itiúba e os roteiros do Padre Severo. Goiás: Unigraf, 1987.

CURY, C. R. J. Os Conselhos de educação e a gestão dos sistemas. In: FERREIRA, N. S. C. São Paulo: Cortez, 2000.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Nº 9394/96.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas.Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1986.

PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática na escola pública. São Paulo: Ática, 2001.

TEIXEIRA, L. H. G. Conselhos Municipais de Educação: Autonomia e Democratização do Ensino. Minas Gerais, 2004. Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 123, set./dez. 2004.

TEIXEIRA, E. C. O Local e o global: limites e desafios da participação cidadã. São Paulo: Cortez; EQUIP; UFBA, 2001.

Page 26: Monografia Márcio Pedagogia 2010

26

ANEXOS

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LEI Nº 090, de 22 de Abril de 2009.

“Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Educação e dá outras providências.”

A Prefeita Municipal de Itiúba, Estado da Bahia, usando de suas

atribuições que lhe foram conferidas, faz saber que a Câmara

Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Da Finalidade, Sede e Foro.

Art. 1º - O Conselho Municipal de Educação de Itiúba (CMEI), órgão

Colegiado do ensino do Município, vinculado à Secretaria Municipal

de Educação, composto pelas câmaras de Educação Infantil (1ª a

4ª), Ensino Fundamental (5ª a 8ª) e pela Câmara do Fundo e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação (FUNDEB), criado por esta Lei Municipal,

rege-se pelo seu Regimento Interno, observadas as normas e

disposições da legislação pertinentes.

§ 1º - Cada Câmara cuidará das matérias a ela pertinentes.

§ 2º - As matérias pertinentes a uma câmara serão estudadas e

aprovadas em primeira instância por ela e, posteriormente, pelo

Conselho Pleno.

§ 3º Os Pareceres aprovados pelo Conselho Pleno serão assinados

pelos presidentes do Conselho e da respectiva câmara, e quando

normativo, será homologado pelo Secretário de Educação ou pelo

Executivo.

Page 28: Monografia Márcio Pedagogia 2010

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Art. 2º - O Conselho Municipal de Educação de Itiúba é um órgão de

caráter permanente, normativo, deliberativo, mobilizador,

consultivo, fiscalizador, propositivo e de assessoramento aos

demais órgãos e instituições do SME do município, com autonomia

Técnico-Administrativo-Financeira, cujo objetivo básico é a

ampliação da cidadania na discussão e no controle das políticas

públicas da Educação, garantindo à comunidade o direito de

participar, ativa e organizadamente das definições políticas do

setor educacional, observada a composição paritária dos seus

membros.

Page 29: Monografia Márcio Pedagogia 2010

29

Art. 3º - Este Conselho tem como funcionalidade o estudo,

planejamento e orientação de todas as atividades relacionadas com

o Sistema Municipal de Ensino.

Parágrafo Único – O Sistema Municipal de Ensino tem como órgão

normativo, consultivo e deliberativo o Conselho Municipal de

Educação e funciona em parceria com a Secretaria Municipal de

Educação.

Art. 4º - O Conselho Municipal de Educação tem sede e foro no

Município de Itiúba - Bahia.

CAPÍTULO II

Da Competência

Art. 5º. Compete ao Conselho Municipal de Educação, além de

outras atribuições que lhe são delegadas por lei:

I. Elaborar seu Regimento Interno, a ser homologado por

Decreto da Prefeita, e modificá-lo quando necessário;

II. Promover a discussão das políticas educacionais municipais,

acompanhando sua implementação e avaliação;

III. Participar da elaboração, do Plano Municipal de Educação,

acompanhando sua execução e suas subsequentes;

IV. Elaborar e discutir as diretrizes para o Sistema Municipal de

Educação, estabelecendo normas e medidas para a

organização, aperfeiçoamento e funcionamento;

V. Acompanhar e avaliar a qualidade do ensino no âmbito do

Município, propondo medidas que visem sua expansão e

aperfeiçoamento;

VI. Emitir pareceres, resoluções, indicações, instruções e

recomendações sobre convênios, assistência e subvenção a

entidades públicas, privadas, filantrópicas e comunitárias,

bem como o seu cancelamento.

VII. Fiscalizar as escolas, mantidas pela iniciativa privada, que

Page 30: Monografia Márcio Pedagogia 2010

30

oferecem educação infantil e fundamental para a adequação

das diretrizes emanadas do Conselho Municipal de Educação,

sem o que não estarão aptas a funcionar.

VIII. Fiscalizar as instituições de ensino do sistema municipais,

controladas por órgão específico da Secretaria Municipal de

Educação, através dos parâmetros / normas estabelecidos

pelos Conselhos Nacional Estadual e Municipal de Educação e

na proposta Pedagógica de cada unidade de ensino.

IX. Constatar irregularidade na oferta de educação infantil e

fundamental das escolas mantidas pela iniciativa privada, e

dar-lhes o prazo para saná-las, fim do o qual poderá cassar

sua autorização de funcionamento.

X. Promover e divulgar estudos sobre o ensino do Município,

propondo metas para sua organização e melhoria;

XI. Acompanhar e avaliar a chamada anual da matrícula, o

recenseamento escolar, o acesso à educação, as taxas de

aprovação/reprovação e de evasão escolar;

XII. Manifestar-se e emitir parecer sobre assuntos e questões de

natureza pedagógica e educativa, que lhe forem submetidos

pela Prefeita Municipal, Secretária Municipal de Educação e

Cultura ou entidades de âmbito municipal ligadas à educação;

XIII. Propor normas especiais para que Sistema Municipal de

Educação atenda às características regionais e sociais locais,

visando o aperfeiçoamento educativo, respeitando o

Programa Nacional de Educação;

XIV. Promover o acompanhamento e a fiscalização do uso dos

recursos públicos no ensino e na educação, conforme

estabelece a legislação vigente;

XV. Acompanhar, analisar e avaliar a situação dos integrantes do

magistério municipal, oferecendo subsídios para políticas,

visando à melhoria das condições de trabalho, formação e

aperfeiçoamento dos recursos humanos;

XVI. Elaborar relatório anual de suas atividades, encaminhando-o

Page 31: Monografia Márcio Pedagogia 2010

31

aos órgãos competentes;

XVII. Manter intercâmbio com o Conselho Federal, Estadual e

outros Conselhos Municipais de Educação;

XVIII. Fixar critérios para concessão de subvenções e auxílios a

entidades educacionais do Município;

XIX. Propor a Prefeita municipal o cancelamento ou suspensão de

subvenções e auxílios, nos casos em que as instituições

beneficiárias não tenham cumprido os compromissos

assumidos;

XX. Auxiliar a Administração Pública na execução das campanhas

junto às comunidades, no sentido de incentivar a freqüência

dos alunos à escola;

XXI. Fixar normas para inspeção e suspensão nas escolas

integrantes do Sistema Municipal de Ensino;

XXII. Zelar e incentivar o aprimoramento da qualidade do ensino no

município;

XXIII. Estabelecer critérios para a conservação e, quando

necessário, ampliação de rede de escolas a serem mantidas

pelo município;

XXIV. Promover o estudo da comunidade, tendo em vista os

problemas educacionais;

XXV. Estabelecer critérios para a concessão de bolsas de estudo a

serem custeadas com recursos municipais;

XXVI. Aprovar e fiscalizar a aplicação trimestral dos recursos

destinados à manutenção e ao custeio municipais;

XXVII. Traçar normas para os Planos Municipais de Educação;

XXVIII. Acompanhar, controlar e fiscalizar o Fundo de Manutenção e

desenvolvimento da educação Básica e dos Profissionais da

Educação (FUNDEB), merenda e transporte escolar, além de

aprovar e fiscalizar a aplicação trimestral das finanças

destinadas à manutenção e ao custeio municipal com os

recursos da educação.

XXIX. Emitir parecer sobre concessão de auxílios e subvenções

Page 32: Monografia Márcio Pedagogia 2010

32

educacionais;

XXX. Fixar normas, nos termos da Lei, para:

a. A educação infantil e o ensino fundamental;

b. O funcionamento e o credenciamento das instituições de

ensino;

c. A educação infantil e o ensino fundamental, destinados a

educandos portadores de necessidades especiais;

d. O ensino fundamental, destinado aos jovens e adultos que a

ele não tiverem acesso na idade própria;

e. O currículo dos estabelecimentos de ensino;

f. A produção, controle e avaliação dos programas de educação

à distância;

g. A seleção e capacitação de professores para lecionar em

caráter emergencial, conforme definições estabelecidas pelas

Comissões em seus níveis disposto na Constituição Federal;

h. A criação de estabelecimentos de ensino público, ou seu

fechamento, de modo a evitar a aplicação inadequada de

recursos sem perder de vista a qualidade da aprendizagem;

i. A elaboração dos regimentos dos estabelecimentos de

ensino;

j. A “enturmação” de alunos em qualquer ano, série ou etapa,

exceto a primeira do ensino fundamental, independente de

escolarização anterior;

k. A progressão parcial, nos termos do Art. 24, III, da LDB;

l. A progressão continuada, nos termos do Art. 32, § 4º, do Art.

87 da LDB;

m. A aplicação do disposto no Plano de Carreira, Cargos e

Salários dos Profissionais da Educação do Município de Itiúba

e sugerir mudanças.

I. Exercer competência recursal em relação às decisões das

entidades e instituições do Sistema Municipal de Ensino,

Page 33: Monografia Márcio Pedagogia 2010

33

esgotadas as respectivas instâncias, ouvidas as Comissões;

II. Representar as autoridades competentes e, se for o caso,

requisitar sindicância em Instituições do Sistema Municipal de

Ensino, esgotadas as respectivas instâncias e ouvidas as

Comissões;

III. Estabelecer medidas que visem à expansão, consolidação e

aperfeiçoamento do Sistema Municipal de Ensino, ou propô-

las, se não forem de sua alçada;

IV. Estabelecer critérios para fins de obtenção de apoio técnico e

financeiro do Poder Público pelas instituições de ensino

privadas sem fins lucrativos;

V. Exercer outras atribuições, previstas em Lei, ou decorrentes

da natureza de suas funções;

CAPÍTULO III

Da Composição Organização e Funcionamento

Art. 6º - O Conselho Municipal de Educação é composto de doze

membros titulares e igual número de suplentes, nomeados pelo(a)

prefeito(a) municipal mediante indicação pelas respectivas

categorias, associações ou representantes dos seguintes órgãos e

entidades educacionais, legalmente organizados e com sede no

município:

I. 01(um) Representante da Secretaria Municipal de Educação;

II. 01(um) Representante dos Diretores das Escolas Municipais;

III. 01(um) Representante dos Professores das Escolas

Particulares;

IV. 01(um) Representante dos Servidores da Secretaria Municipal

de Educação;

V. 01(um) Representante do Conselho Tutelar

VI. 01(um) Representante do Sindicato dos Professores;

VII. 01(um) Representante dos pais dos alunos;

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34

VIII. 01(um) Representante dos professores das escolas públicas.

IX. 01(um) Representante dos Alunos

X. 01(um) Representante das Igrejas

XI. 01(um) Representante dos Trabalhadores Rurais

XII. 01(um) Representante das Associações

Art. 7º - A Diretoria do Conselho é composta de Presidente, Vice-

presidente e Secretário, eleita pelos seus membros com mandato

de 02 (dois) anos, facultado uma única recondução para o mesmo

cargo.

Parágrafo único. – Nas ausências ou impedimentos do Presidente, a

Presidência do CMEI será exercida pelo Vice- presidente;

Art. 8º – Na primeira composição, após a entrada em vigor desta Lei,

1/3 (um terço) dos Conselheiros, serão eleitos pelos membros do

Conselho e nomeados pelo Executivo Municipal e após o

cumprimento do primeiro mandato, serão reconduzidos por mais 02

(dois) anos, isso, para evitar a renovação total do conselho e

assegurar a continuidade dos trabalhos.

Art. 9º - O mandato do Conselheiro será de 02 (dois) anos,

possibilitando-se uma única recondução, se a mesma for

subseqüente.

Art. 10 - O Conselheiro titular perderá o Mandato quando deixar de

comparecer a 03 (três) reuniões ordinárias consecutivas ou 05

(cinco) intercaladas, salvo motivo aceito pelo Conselho Municipal

de Educação.

Art. 11 - A ausência do Conselheiro a mais de 02 (duas) reuniões

consecutivas ou 04 (quatro) intercaladas, no período de um ano,

será comunicada, por escrito, à entidade que o elegeu ou ao Poder

Executivo Municipal.

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35

Art. 12 - A função de Conselheiro será considerada de relevante

interesse público e não remunerada.

Parágrafo único – O Servidor Público Municipal, membro do

Conselho Municipal de Educação, fica dispensado de suas

atividades nos horários em que estiver participando das reuniões

do Conselho, quando houver coincidência de horários.

Art. 13 - As reuniões plenárias serão públicas e se realizarão

ordinariamente, 01 (uma) vez por mês, para tratar sobre assuntos

gerais e ainda de matérias da sua competência e

extraordinariamente, a pedido Chefe do Executivo, do(a)

Secretário(a) da Educação do Presidente do Conselho e por ⅓ (um

terço) dos seus membros.

§ 1º – As Câmaras de Educação Infantil, Ensino Fundamental e do

FUNDEB reunir-se-ão ordinariamente em três sessões a cada

quinzena e extraordinariamente quando preciso for.

§ 2º – As reuniões do Conselho começarão em primeira convocação

com a maioria absoluta dos seus membros, não havendo quorum,

começarão em segunda convocação com 2/3 (dois terços) e as

decisões serão tomadas pelo voto da maioria simples dos

representantes.

§ 3º – Exigir-se-á maioria absoluta de votos na aprovação das

seguintes matérias:

I. Plano Municipal de Educação;

II. Plano de Aplicação dos recursos destinados à educação;

III. Reforma do Regimento;

IV. Credenciamento de instituições de Educação Infantil e de

Ensino Fundamental;

V. Aplicação de Sanções Educacionais;

VI. Revisão de deliberação do Plenário.

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36

Art. 14 – São impedidos de integrar o CMEI e qualquer uma de suas

Câmaras:

I. Conjugue e parentes consangüíneos ou afins até o terceiro

grau do(a) Prefeito(a), do(a) Vice-Prefeito(a) e do Secretário

Municipal de Educação;

II. Tesoureiro contador ou funcionário de empresa de assessoria

ou consultoria que prestem serviços relacionados à

administração ou controle interno dos recursos do FUNDEB,

bem como cônjuges ou parentes até o terceiro grau desses

profissionais.

III. Estudante que não seja emancipado;

IV. Pais de alunos que:

a. Exerçam cargos ou funções públicas de livre nomeação e

exoneração no âmbito dos órgãos do respectivo Poder

Executivo gestor dos recursos; ou

b. Prestem serviços terceirizados, no âmbito do Poder Executivo

Municipal.

Art. 15 - É defeso ao Conselheiro atuar em processo:

I. Quando dele for parte;

II. Quando for conjugue, parente consangüíneo ou afim do

postulante;

III. Quando for membro de direção ou da Administração da pessoa

jurídica;

IV. Quando for empregador ou empregado do postulante;

V. Quando for suspeito, devendo esta ser comprovada pelo

postulante.

Art. 16 - O CMEI terá à sua disposição um(a) Assessor(a) Técnico(a),

autorizado(a) pela Prefeita e indicado(a) entre os profissionais de

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37

nível superior pertencente ao quadro efetivo da Secretaria

Municipal de Educação.

§ 1º Ao Assessor Técnico compete:

I. Prestar apoio técnico à Presidência, aos Conselheiros, as

Câmaras e grupos de trabalho que forem criados;

II. Examinar e informar processos encaminhados ao CMEI;

III. Organizar dossiê de documentos pertinentes às reuniões em

que o Presidente do CME participa;

IV. Supervisionar o recebimento e expedição da correspondência

do CMEI;

V. Facilitar a articulação do Presidente com os Conselhos de

Educação do Estado e Municípios e outras instituições,

visando a troca de experiências institucionais;

VI. Despachar com o Presidente, dando-lhe conhecimento do

expediente e das providências adotadas;

VII. Participar de estudos, seminários e palestras promovidos pelo

CMEI ou outras instituições de ensino;

VIII. Executar outras tarefas compatíveis com sua função,

determinadas pelo Presidente do CMEI.

Art. 17 – As Câmaras de Educação Infantil, a de Ensino Fundamental

e a do FUNDEB, serão compostas de 04 (três) Conselheiros, cada,

designados pelo Presidente do CMEI, atendo-se quando possível à

preferência do Conselho.

CAPÍTULO IV

Da Estrutura e dos Órgãos

Art. 18 - A estrutura do Conselho Municipal de Educação é

constituída dos seguintes órgãos:

I – Plenário;

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38

II – Presidência;

III – Câmara;

IV – Órgãos Auxiliares.

§ 1º - São órgãos auxiliares o Setor Administrativo e Assessoria

Técnica.

§ 2º - O funcionamento do Plenário, Câmaras e Comissões serão

detalhados no Regimento Interno.

§ 3º - Cada Câmara e Comissão serão presididas por um dos

conselheiros escolhidos por seus pares, para mandato de um ano,

permitida uma recondução.

§ 4º - Nenhum conselheiro participará de mais de uma Câmara ou

Comissão e o número de integrantes de cada uma delas, não

poderá ser igual ou superior à maioria absoluta do Plenário.

Seção I

Do Plenário

Art. 19 - Sem prejuízo das atribuições que lhe forem conferidas em

Lei e observadas as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e

normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação,

compete ao Conselho Pleno:

I – Baixar normas disciplinadoras do Sistema Municipal de Ensino;

II – Interpretar a Legislação do Ensino.

Seção II

Da Presidência

Art. 20 - Compete ao Presidente:

I. Representar o conselho;

II. Cumprir e fazer cumprir o regimento;

III. Convocar e presidir o conselho;

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39

IV. Solicitar as providências e os recursos necessários ao bom

funcionamento do conselho;

V. Requisitar as diligências e exames solicitados pelos

conselheiros;

VI. Apresentar, ao final de cada ano, ao poder executivo, um

relatório de seus trabalhos;

VII. Conceder licença aos seus membros do conselho, quando

requisitada formalmente;

VIII. Comunicar à secretaria municipal de educação o término do

mandato dos membros do conselho;

IX. Convocar o assessor técnico, quando julgar necessário,

atribuindo-lhe tarefas especificas;

X. Decidir sobre as questões de ordem, após consulta ao

plenário, sobre a propriedade da questão levantada;

XI. Mobilizar as instituições para convocação das assembléias

que escolherão os novos representantes para a composição

das Câmaras e do Conselho respeitando o Art.8º,.60

(sessenta) dias antes de findar o mandato dos conselheiros;

Parágrafo Único – Em caso de vacância da Presidência, o Presidente

será sucedido por um membro eleito dentre os Conselheiros até

que se proceda à nova eleição.

Seção III

Das Câmaras

Art. 21 - Para a elaboração de atos a serem submetidos ao plenário,

o Conselho Municipal de Educação disporá das seguintes Câmaras

Permanentes:

I – Câmara de Educação Infantil;

II – Câmara de Ensino Fundamental;

III - Câmara do FUNDEB

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§ 1º - A fim de se desincumbir de encargo não especifico das

Câmaras Permanentes, pode, o Presidente, constituir Comissão

Especial para tarefa determinada.

§ 1º - A Comissão Especial estará automaticamente dissolvida, uma

vez concluída a tarefa de que foi incumbida.

Art. 22 - São atribuições da Câmara de Educação Infantil:

I. Elaborar e aprovar o Regimento Interno do CMEI, a ser

homologado pela Prefeita Municipal;

II. Zelar e incentivar o aprimoramento da qualidade de ensino no

Município;

III. Fixar normas, nos termos da Lei, para:

a) A educação infantil;

b) O funcionamento e o credenciamento das instituições de

educação infantil;

c) O currículo dos estabelecimentos de educação infantil.

IV. Aprovar os Regimentos e bases Curriculares das instituições

educacionais do Sistema Municipal de Ensino;

V. Autorizar o funcionamento das instituições de educação

infantil que integram o Sistema Municipal de Ensino;

VI. Credenciar, quando couber, as instituições de educação

infantil do Sistema Municipal de Ensino;

VII. Exercer competência recursal em relação às decisões das

entidades e instituições do Sistema Municipal de Ensino, no

âmbito da educação infantil esgotada as respectivas

instâncias;

VIII. Manifestar-se sobre assuntos e questões de natureza

pedagógica, que lhe forem submetidos pela Prefeita ou

Secretario de Educação e de entidades de âmbito municipal,

ligadas à educação;

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IX. Manter intercâmbio com Conselhos de Educação;

X. Exercer outras atribuições, previstas em Lei, ou decorrentes

da natureza de suas funções.

Art. 23 - São atribuições da Câmara de Ensino Fundamental:

I. Elaborar e aprovar o Regimento Interno do CMEI a ser

homologado pela Prefeita Municipal;

II. Zelar e incentivar o aprimoramento da qualidade do ensino no

Município;

III. Fixar normas, nos termos da Lei, para:

a. O Ensino Fundamental

b. O funcionamento e o credenciamento das instituições de

ensino fundamental do Sistema Municipal de Ensino;

c. O currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental do

Sistema Municipal de Ensino.

IV. Aprovar os Regimentos e Bases Curriculares das instituições

de ensino fundamental do Sistema Municipal de Ensino;

V. Autorizar o funcionamento das instituições que integram o

Sistema Municipal de Ensino;

VI. Credenciar, quando couber, as instituições de ensino

fundamental do Sistema Municipal de Ensino;

VII. Exercer competência recursal em relação às decisões das

entidades e instituições do Sistema Municipal de Ensino, no

âmbito do ensino fundamental, esgotadas as respectivas

instâncias;

VIII. Manifestar-se sobre assuntos e questões de natureza

pedagógica, que lhe forem submetidos pela Prefeita ou

Secretário de Educação e de entidades de âmbito municipal

ligadas à educação;

IX. Manter intercâmbio com Conselheiros de Educação;

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X. Exercer outras atribuições, previstas em Lei, ou decorrentes

da natureza de suas funções.

Art. 24 - As atribuições da Câmara do FUNDEB serão definidas pelo

Conselho, após sua constituição.

Seção V

Da Secretaria Geral

Art. 25 - Compete ao secretario eleito superintender os serviços

administrativos e de assessoramento, dar andamento às

determinações da presidência e, em especial:

I. Preparar a pauta das sessões plenárias juntamente com a

Presidência, encaminhando as respectivas convocações;

II. Elaborar as Atas das sessões plenárias, quando solicitado pela

Presidência;

III. Encaminhar o relatório anual das atividades do CMEI ao Poder

Executivo Municipal;

IV. Exercer outras atribuições pertinentes ou que decorram das

deliberações do Plenário.

CAPITULO VI

Das Disposições Gerais

Art. 26 - Os encargos financeiros do Conselho Municipal de Educação

correrão à conta de dotação própria da Secretaria Municipal de

Educação.

Art. 27 - O recesso anual do CMEI será de 30 (trinta) dias.

Parágrafo Único. Durante o recesso, o plenário e as Câmaras poderão

ser convocados, extraordinariamente, pelo Presidente do CMEI ou

por ⅔ (dois terços) dos membros.

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Art. 28 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Gabinete da Prefeita, 22 de abril de 2009.

CECÍLIA PETRINA DE CARVALHOPrefeita Municipal

Art. 1º Acrescentar os números das leis para complementar o artigo:

LDO, FUNDEB, DIRETRIZES OPERACIONAIS DA EDUCAÇÃO NO CAMPO,

AFRO DESCENDENTE INDIGENA E PESSOAS COM DEFICIENCIA, PISO

NACIONAL DA EDUCAÇÃO e outras que compõem o sistema nacional de

ensino.

Art. 5º o inciso XXXVI com a seguinte redação; convocar e organizar

Conferencia Municipal de educação.

Art. 6º Rever o inciso X e acrescentar um representante dos terceiros

candomblé e umbanda;

Rever i inciso XI e acrescentar um representante das associações

urbanas.

acrescentar um representante da Câmara Municipal de Vereadores.

Art. 16 acrescentar parágrafo único com a seguinte redação: as

atribuições contidas no caput e nos incisos: I, II, III, IV, V, VI, VII E VIII o

assessor técnico autorizado pelo executivo exercerá as atribuições

citadas quando solicitado pelo Conselho Municipal de Educação.

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