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FUNDAÇÃO BENEDITO PEREIRA NUNES FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA LUISE LISIEUX NOGUEIRA VIANA LUIZA BARRETO MOTHÉ LINHARES LUIZA TAVARES RAMOS PEDRO FONTES DE QUEIROZ NETO ROBERTA XAVIER CAMPOS SUÉLLEN MONTEIRO PEREIRA PREVALÊNCIA DOS MEDOS E ATITUDES DOS ACADÊMICOS, DO CURSO DE MEDICINA DE CAMPOS, DIANTE DAS DOENÇAS E DA MORTE.

MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

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FUNDAÇÃO BENEDITO PEREIRA NUNESFACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOSCURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

LUISE LISIEUX NOGUEIRA VIANALUIZA BARRETO MOTHÉ LINHARES

LUIZA TAVARES RAMOSPEDRO FONTES DE QUEIROZ NETO

ROBERTA XAVIER CAMPOS SUÉLLEN MONTEIRO PEREIRA

PREVALÊNCIA DOS MEDOS E ATITUDES DOS ACADÊMICOS, DO CURSO DE MEDICINA DE CAMPOS, DIANTE DAS DOENÇAS

E DA MORTE.

Campos dos Goytacazes2008

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LUISE LISIEUX NOGUEIRA VIANALUIZA BARRETO MOTHÉ LINHARES

LUIZA TAVARES RAMOS PEDRO FONTES DE QUEIROZ NETO

ROBERTA XAVIER CAMPOS SUÉLLEN MONTEIRO PEREIRA

PREVALÊNCIA DOS MEDOS E ATITUDES DOS ACADÊMICOS, DO CURSO DE MEDICINA DE CAMPOS, DIANTE DAS DOENÇAS

E DA MORTE.

Projeto Científico apresentado no Curso de Graduação da Faculdade de Medicina de Campos como requisito parcial para conclusão da disciplina Metodologia Científica ministrada pelas Profª. Annelise Maria Wilken de O. Abreu e Inêz Barcellos de Andrade.

Campos dos Goytacazes2008

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LUISE LISIEUX NOGUEIRA VIANALUIZA BARRETO MOTHÉ LINHARES

LUIZA TAVARES RAMOS PEDRO FONTES DE QUEIROZ NETO

ROBERTA XAVIER CAMPOS SUÉLLEN MONTEIRO PEREIRA

PREVALÊNCIA DOS MEDOS E ATITUDES DOS ACADÊMICOS, DO CURSO DE MEDICINA DE CAMPOS, DIANTE DAS DOENÇAS

E DA MORTE.

Projeto Científico apresentado no Curso de Graduação de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos como requisito parcial para conclusão da disciplina Metodologia Científica ministrada pelas Professoras Annelise Maria Wilken de O. Abreu e Inêz Barcellos de Andrade.

Aprovada em: / /

___________________________________________________________________Annelise Maria Wilken de O. Abreu

Dra. em Biociências e Biologia Celular - UENF

___________________________________________________________________Profª. Inêz Barcellos de Andrade

Mestre em Tecnologia Educacional em Saúde - FMC

Campos dos Goytacazes2008

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“Projetistas fazem canais, arqueiros airam flechas, artífices modelam a madeira e o barro,

o homem sábio modela-se a si mesmo.”

Buda Gautama Sakyamuni

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RESUMO:

Estudo realizado sobre receios e atitudes dos acadêmicos do curso de

Medicina da Faculdade de Medicina de Campos, em Campos dos Goytacazes, com

relação à própria saúde. Visto que os estudantes de medicina são expostos a várias

situações que podem provocar uma perturbação interna, como a quantidade de

conhecimento adquirido nas aulas, nos hospitais e laboratórios, como também em

sua prática diária ao estar em contato direto com a doença, queremos com essa

pesquisa esclarecer até que ponto esses temores podem afetar sua relação com o

curso, no seu desempenho acadêmico, e também sua relação com a sociedade.

Elucidaremos, dessa mesma forma como a doença é vista pelos diferentes tipos de

alunos no decorrer do curso e de sua vida profissional. Através dessa pesquisa

demonstraremos o mecanismo desse desvio psicológico e o por quê da alta

prevalência em profissionais da saúde. Conhecer as características desse desvio

ajuda a entender as causas desse medo para melhor diagnosticar e tratar o

problema. Essa pesquisa será feita por meio de uma entrevista, em forma de

questionário, que tem como finalidade avaliar a preocupação com o adoecer, a

preocupação com a dor, os hábitos de saúde, as convicções hipocondríacas,

tanatofobia, o medo de doença, preocupações somáticas e experiências de

tratamento. Serão escolhidos, aleatoriamente, cento e cinqüenta alunos, homens e

mulheres, com a idade entre 17 e 30 anos, do primeiro ao quarto ano do Curso de

Medicina, da Faculdade de Medicina de Campos. O conhecimento do resultado

desse Projeto Científico ajudará no tratamento do profissional de saúde para que a

relação médico/paciente possa ser aprimorada, visto que o médico não evitará o

contato com o enfermo, e os seus diagnósticos serão reais e não exacerbados.

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Page 6: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

ABSTRACT:

Study realized about fears and attitudes of the academics of the medical

course from Faculdade de Medicina de Campos, in Campos dos Goytacazes,

regarding their own health. Once medical students are exposed to many situations

that can cause an internal disturb like quantity of knowledge acquired in classrooms,

in the hospitals and laboratories, also in their daily practice when in direct contact

with many diseases. This project intends to explain the extension of these fears that

can affect their relationships, with the course, with their academic performance, and

their relationships with society. We will try to clarify, as well, how different kinds of

students see disease during the course and their professional lives. Through this

project we will demonstrate the mechanism of this psychological deviation and the

reason for this high prevalence in health care professional of this deviation help us

diagnoses and treat the problem. This result will be made through a questionary, that

will evaluate their preoccupation about being ill, about pain, healthy habits,

hypochondriac convictions, tanatofobia, fear of disease, somatic preoccupation and

treatment experiences. A hundred and fifty student were chosen, randomly, men and

women, from 17 to 30 years old who attend medical course from the first to the fourth

grade, from Faculdade de Medicina de Campos. The result of this Scientific Project

will help in the treatment of the health care professional so that the doctor/patient

relationship can me improved, once the doctor can not avoid the contact with the

patient, their diagnosis will be real, not exaggerated.

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Page 7: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................10

3 MATERIAL E MÉTODO........................................................................................14

4 RECURSOS..........................................................................................................16

5 CRONOGRAMA....................................................................................................17

6 RESULTADOS......................................................................................................18

7 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO.................................................................................24

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................28

9 APÊNDICESAPÊNDICE A - Protocolo de coleta de dados...........................................................29APÊNDICE B - Termo de Autorização......................................................................33APÊNDICE C - Termo de Consentimento.................................................................34APÊNDICE D - Termo de Compromisso ..................................................................35

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1. INTRODUÇÃO

Durante as aulas são mostrados muitos casos médicos, vistos diariamente

e muitas informações sobre a problemática saúde/doença que assola a população.

Uma vez que isso é absorvido pelos alunos, pode gerar um extremismo, exagerando

na prevenção e deixando neles a paranóia de ter a doença. Esse medo se torna a

principal barreira entre os médicos e enfermos, quando até mesmo, o ambiente onde

pode ser propício obter tais moléstias é evitado. Isto pode danificar a relação que

deve existir entre pacientes e clínicos, e também termina por prejudicar a própria

vida, tanto pessoal quanto profissional, destes estudantes.

Por outro lado, este medo pode deixar de existir, com o decorrer do curso,

pois o acadêmico tira benefícios do conhecimento obtido e passa a ver as doenças e

a morte de modo mais natural.

Tendo em vista essa problematização, deseja-se saber se esse medo

existe, e se existir, qual a prevalência desse medo exacerbado que leva os

acadêmicos do curso de Medicina, da Faculdade de Medicina de Campos, a

manifestarem essa atitude. Acredita-se que, o fato de ter conhecimento de como se

inicia os diversos sintomas, e a expansão de uma determinada doença, contribui de

forma significativa, o modo como o estudante irá responder a essas informações, no

que diz respeito a seu próprio corpo. Além disso, colabora na prática de seus

diagnósticos acerca de certas enfermidades que, na verdade são extremamente

simples e curáveis, porém para essas pessoas, transforma-se em doenças fatais. O

objetivo dessa pesquisa é avaliar a existência de medo e sua prevalência.

O estudo feito na UNIFESP/EPM, usando o questionário de Robert Kellner,

verificou que os estudantes apresentavam diminuição significativa em relação a

preocupação com o adoecer, medo da doença e a morte. Essa diminuição foi

gradativa. No decorrer do curso o amadurecimento é alcançado na proporção do

conhecimento adquirido dos acadêmicos.

Os estudantes de medicina podem se beneficiar do conhecimento

adquirido, pois assim podem se prevenir de sintomas e doenças pois segundo Hans

Selye (1197, p.38) o stress é como “uma resposta inespecífica do organismo a uma

solicitação”. Entendendo o stress, por exemplo, o acadêmico reconhece os sinais de

tensão e faz algo a respeito, melhorando a sua qualidade de vida.

Como malefício do conhecimento adquirido, temos os transtornos mentais.

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Esses são alterações na mente que prejudicam o desempenho da pessoa no seu

cotidiano, “podemos confirmar que os transtornos mentais não tem uma causa

precisa, específica; mas que são formados por fatores biológicos, psicológicos e

socio-culturais” (AMARAL).

A inexperiência é vista por alguns profissionais como uma falha na

formação humana, uma vez que se percebe uma mudança de valores de toda

população. Segundo Lineu para uma formação adequada deve-se levar em conta

não apenas a formação médica, mas sim, a formação do indivíduo como ser

humano. A profissão está formando maus profissionais em função da má formação

da pessoa, pois os fatores morais e sociais estão totalmente mudados.

O conhecimento farmacológico torna qualquer tentativa de suicídio

altamente letal. O stress, a sobrecarga horária, privação do sono e o medo de errar,

são alguns fatores que contribuem para que esse índice de suicídio aumente. Para

Wekstein (1979):

Os elevados índices de suicídio encontrados nos estudante de medicina e

nos médicos estão relacionados com a perda de onipotência, oniciência, e

virilidade idealizados por muitos aspirantes a carreira médica durante o

curso e a vida profissional, e a crescente ansiedade pelo temor em falhar.

Este projeto, que será realizado na cidade de Campos dos Goytacazes,

na Faculdade de Medicina de Campos, tem a mesma intenção do que foi realizado

na UNIFESP/EPM.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 – Malefício do conhecimento adquirido pelos estudantes de medicina

Durante todo o curso de medicina e principalmente na sua experiência

profissional os médicos adquirem conhecimento elevado sobre o funcionamento do

corpo humano. Desde o primeiro ano do curso, nas aulas de anatomia a morte lhes

é mostrada como algo familiar. Meleiros (1988) constatou que a quantidade de

conhecimento adquirido pelos estudantes faz com que eles se posicionem como um

grupo onisciente e onipotente. Devido a essa carga de conhecimento essas pessoas

têm medo de falhar, as suas famílias não dão mais opiniões sobre sua saúde porque

acham que como médicos eles sabem se cuidar e, com o passar do tempo, eles

adquirem um orgulho que os prejudicam e os afastam de tratamentos adequados.

Segundo Sayd (1993) o aprendizado de Medicina, caracteriza-se mais, como

um ritual de iniciação do que propriamente um aprendizado de prática científica,

como quer o discurso médico convencional.

O médico ao adquirir para si, a soberba que o conhecimento traz, trata de

forma áspera os pacientes, diminuindo ou impedindo a relação médico/paciente de

ser algo saudável porque “maior era o conhecimento sobre o organismo do homem

proporcionalmente maior era o distanciamento do homem com pessoa-humana”.

(CASTRO,2003,p.38). A despeito disso Vianna (2004) declara:

Muitos pacientes valorizam mais a qualidade de vida do que a longevidade.

Especialmente em situações graves, o médico precisa saber o que os paciente esperam,

envolvendo-os muito mais ativamente com seu tratamento. O Médico precisa conhecer os

antecedentes das pessoas, crenças, cultura e seus calores, saber quem ela é. O sistema

de valores dos pacientes determina sua maneira de encarar a doença, temos de entender

e respeitar seus valores resultado ao qual gostariam de chegar, do contrário estaremos

simplesmente impondo nossos sistema de valores.

2.1.2 – Conseqüências do conhecimento adquiridos pelos estudantes de

medicina

Uma das piores conseqüências desse conhecimento é o suicídio. Meleiros

(1998) afirma que eles encontram no suicídio a forma mais rápida, direta e efetiva de

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eliminar seus problemas profissionais e pessoais. Dentre fatores de risco está

incluído o sexo: as mulheres têm maior probabilidade de cometer suicídio pela sua

própria personalidade, pois sempre estão querendo mostrar seu valor em uma

profissão ainda meio machista; inclui também certas especialidades como

anestesistas, oftalmologistas, psiquiatras e patologistas. As famílias e os próprios

colegas de trabalho devem prestar atenção nos gestos e nas tentativas de suicídio

que é demonstrada pelo médico, pois tais gestos são gritos por socorro. Ele também

salienta que “cerca de dois terços dos indivíduos que se suicidam comunicaram

suas intenções previamente para família, amigos ou médicos”.

Deve-se dar maior importância a área biopsicossocial de cada médico, porque

antes de salvar a vida de outrem, deve estar disposto a salvar e preservar a sua

própria vida. Parentes e amigos devem prestar mais atenção e fazer com que

estudantes de medicina se sintam bem socialmente e provem que existe outra

realidade fora de sua área profissional. Tal como afirma Vianna (2004) os excessos

com a falta de aceitação do próprio limite e as perdas iminentes, podem se

transformar em arrogância, que pode ser expressada até mesmo inconscientemente

para o familiar, a equipe de trabalho e o próprio doente.

Outra conseqüência importante é o fato de como é vista a doença e a morte por

estudantes de medicina. Segundo Sayd (1993, p.17):

Duas figuras se fazem presentes de imediato delineando o que a estudante chama de

quadro sombrio, a morte e a doença. A doença que se apresenta, no entanto, não é

aquela do dia-a-dia, que surge como intercorrência na vida de todos. É uma doença

“horrorosa”. Na verdade essa doença horrorosa não é mais do que uma exemplificação do

quadro mórbido aprendido anteriormente na Patologia. A doença é horrorosa porque

aparece como um quadro fixo desumanizado, sem evolução ou remissão possíveis, é

sinônimo de condenação e morte.

2.2 – Medo da morte

Conforme Castro (2003) “Desde os primórdios, não há nada que traga mais

aflição e sentimento de perda, independentemente da experiência do indivíduo do

que a morte”.

Como visto por Eizirik (2000), como não temos o poder de sabermos quando

morremos, qual a forma que irá acontecer, quem deixaremos para trás, acabamos

nos tornando inseguros, apreensivos e amedrontados ao podemos entrar em

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“contato” com aquilo que ainda não conhecemos. “pode-se considerar a

necessidade para se superar a morte m dos mais poderosos motivos do grandioso

desenvolvimento da cultura humana” (STERN apud EIZIRIK,2000).

Para Vianna (1998), enfrentar a morte sempre foi um desafio para o homem e

a medicina, mais do que outra ciência coloca essa questão diante do profissional.

Entretanto, não se sabe se as reações frente a morte surgem durante o exercício da

medicina, em situações envolvendo a morte surgem durante o exercício de

medicina, em situações envolvendo a morte de paciente ou se há predisposições

desenvolvidas durante a formação médica. O homem de hoje encara a morte como

um problema e compreender os sentimentos e atitudes dos estudantes e médicos

com relação à morte poderiam aprimorar a relação médico/paciente terminal.

Sabe-se que enfrentar a morte é um desafio, pois trata-se de algo

desconhecido, mas que tem que, de certa forma, ser vencido pelos médicos.

VIANNA (2004) também conclui que “o tema morte mobiliza conteúdos

internos, sentimentos persecutórios e angustias no profissional, que não estando

preparado, não poderá compreender o que sente e, por defesa, acabará se

distanciando do doente”.

2.2.1 – Falta de preparo do acadêmico e da instituição

Hoje em dia as escolas médicas ainda não dão total assistência psicológica

aos estudantes. A taxa é maior entre aqueles que têm maior performance dos

alunos, por serem mais exigente com eles mesmo, e quando não sabem se

impotentes podendo levar ao abandono do curso, da depressão e do próprio

suicídio. (MELEIROS 2004).

Complementando Sayd (1993) coloca que o como o estudante de medicina vê

a morte ou aprende a lidar com ela, são questões pouco discutidas no meio

acadêmico, e não fazem parte dos programas e currículos, o que vemos nas

faculdades são serviços de orientação psicopedagógica que tratam do tema

individualmente e com alunos angustiados. Assuntos como esses que não são

abordados recai sobre o perfil ideológico dos recém-formados, que de acordo com

ele “se constrói entre a realidade problemática do mercado de trabalho e a

obediência passiva da escola a esta mesma realidade”. Esse aprendizado de como

lidar com a morte não é algo que aprende com palavras, textos ou palestras, e sim

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por exibição, por sentimento, por impacto, e esse ensino demonstrativo deve

prosseguir ao longo de todo o curso.

Castro (2004, p.39) prossegue dizendo que ao observar as escolas médicas,

tanto em sua teoria quanto em sua prática, e estudando seus estudantes ainda em

formação, constata-se que elas têm deficiências. Dentre essas deficiências ele cita

“o despreparo vocacional e humanístico, a ênfase deficitária e inadequada nos

aspectos psicológicos, deficiência pedagógico-didática, falta ou estrutura

inadequada dos hospitais”.

2.2.3– Hegemonia da doença, ocultamento da morte

Segundo Sayd (1993) a doença pode ser vista de diferentes pontos de vista. Ela

deve ser tratada de uma forma hegemônica; muitas vezes os estudantes de

medicina buscam um diagnóstico preciso, pois não querem assumir os trantornos

que a morte pode trazer a família. Ele ainda ressalta que “o estudante é levado a

lidar exclusivamente com a doença e não enxergar a morte” (SAYD, 1993, p.18).

O autor complementa ainda que por mais que os médicos e estudantes sejam

capazes de diagnosticar a doença não compete a eles determinar a proximidade da

morte. Apesar disso o médico não pode permitir “o afloramento desta enquanto fato

natural” (SAYD, 1993, p.18). Caso isso acontecesse, ele estaria assumindo a sua

impotência e pequenez mediante a tal situação.

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3 MATERIAL E MÉTODO

O estudo realizado foi do tipo pesquisa observacional transversal.

Foram escolhidos aleatoriamente setenta e cinco acadêmicos do primeiro,

segundo, terceiro e quarto ano, constituído de 29 homens e 46 mulheres, com idade

entre 17 a 30 anos, todos alunos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de

Campos, situada na Avenida Alberto Torres 217, Centro, em Campos dos

Goytacazes, RJ. Os entrevistados que colaboraram com a pesquisa, ajudaram no

registro sobre quais são os receios mais comuns que os acometem durante o amplo

conhecimento adquiridos no curso de Medicina.

Os dados foram coletados através da análise do preenchimento do

questionário (APÊNDICE A), que foi disponibilizado aos estudantes, em mãos,

conforme a autorização do Coordenador do Curso de Graduação em Medicina, Dr.

Paulo Gustavo Araújo(APÊNDICE B).

O questionário utilizado foi “Escalas de atitudes perante a doença” (EAPD).

O EAPD foi elaborado por Robert Kellner em 1983 (KELLNER, 1983 apud

AVANCINE & JORGE,2008) e por ele revisado em 1987, sendo adaptado em

algumas questões pelos elaboradores da pesquisa. Através deste, pretende-se

medir atitudes, medos e convicções associados à psicopatologia da hipocondria e ao

comportamento anormal perante a doença.

O EAPD é um questionário de auto-aplicação. Muitas de suas escalas são

altamente intercorrelacionadas, o que se reflete na avaliação de um fator geral: a

preocupação com a doença.

As variáveis em questão, constituindo oito escalas, serão: preocupação com o

adoecer; preocupação com a dor; hábitos de saúde; convicções hipocondríacas;

tanatofobia; medo de doença; preocupações somáticas; experiências de tratamento.

Cada pergunta contém cinco alternativas de respostas: não, raramente, de vez em

quando, freqüentemente, praticamente sempre. Essas alternativas recebem,

respectivamente, pontuação de zero a quatro; portanto, o escore total em cada

escala varia de zero a doze.

O questionário foi administrado, face a face com os estudantes, durante o

período de provas. Consultaram-se os estudantes sobre a disponibilidade para

participar de um estudo de atitudes perante a doença, não tendo havido recusa em

preencher o questionário. Os alunos que aceitaram participar assinaram o termo de

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consentimento pós-informado (APÊNDICE C) após serem amplamente orientados

sobre os objetivos do projeto. O coordenador do Curso de Medicina da FMC

autorizou a presente pesquisa na instituição (APÊNDICE D)

A análise dos dados foi feita de forma estatística, sendo apresentada o

percentual das diferentes reações em frente a doença mediante o conhecimento

obtido. Está sendo apresentada, também, a pontuação total das oito escalas, com a

quantidade dos estudantes entrevistados em cada ano do curso.

O projeto de pesquisa foi submetido à avaliação e aprovação do Comitê de

Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Campos.

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4 RECURSOS FINANCEIROS

4.1 Custo: materiais de consumo

MATERIAL DE CONSUMO QUANTIDADE CUSTO

UNIT. TOTAL

CÓPIAS DO PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS

1000 R$0,10 R$100,00

IMPRESSÃO 105 R$0,30 R$31,50

EQUIPAMENTO/COMPUTADOR 1 R$2,000,00 Cedido pela FMC

EQUIPAMENTO/IMPRESSORA 1 R$300,00 Cedido pela LAN House

ENCADERNAÇÃO 4 R$2,50 R$10,00

TOTAL R$210,80

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Page 17: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

5 CRONOGRAMA

AÇÃO/TEMPO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOV/DEZ

COLETA DE DADOS

ENTREVISTA

INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

REDAÇÃO DA MONOGRAFIA

FINALIZAÇÃO EAPRESENTAÇÃO

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6 RESULTADO

Fizeram parte do estudo 88 estudantes de medicina da Faculdade de

Medicina de Campos, com idade entre 17 e 30 anos, de ambos os sexos, sendo 63

do primeiro ano, 10 do segundo ano, 10 do terceiro ano e 5 no quarto ano.

Na Tabela 1, encontram-se diferenças estatisticamente significantes. As

pontuações de cada ano são mostradas, mas não servem como comparação entre

os anos do curso de medicina, pela diferença encontrada na quantidade dos alunos

entrevistados entre cada ano. Foi pesquisada a preocupação com o adoecer, a

preocupação com a dor, os hábitos de saúde, as convicções hipocondríacas, a

tanatofobia, o medo de doença, as preocupações somáticas e as experiências de

tratamento.

No Gráfico 1 estão os valores da turma de medicina do primeiro ano,

contendo as diferentes variáveis de acordo com as suas pontuações, em

percentagem. É bem claro que, diferente dos outros anos pesquisados, a

preocupação com o adoecer é alta, seguida pelos hábitos de saúde e a preocupação

com a dor, tendo como sua menor pontuação as convicções hipocondríacas.

O segundo, terceiro e quarto ano demonstraram uma equivalência de

resultados, mostrados nos Gráficos 2, 3 e 4, tendo como assunto de maior zelo os

hábitos com a saúde, vindo depois a preocupação com a doença, a dor e o medo da

doença. Como demonstrado no primeiro ano, as convicções hipocondríacas

receberam a menor pontuação.

No Gráfico 5 apresentam-se os resultados das comparações múltiplas entre

os estudantes das diversas turmas. Nesse gráfico, consegue-se perceber as

diferenças entre as turmas em relação as escalas já citadas acima.

O Gráfico 6 e 7 representa também, de forma percentual, os resultados

obtidos nos diferentes sexos. É possível observar que em ambos os gráficos as

diferenças são mínimas, podendo provar que o comportamento dos sexos,

masculino e feminino, não difere em relação às atitudes frente às doenças. Os dois

apontam que o maior percentual é inclinado para a preocupação com o adoecer e

hábitos de saúde.

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Page 19: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

TABELA 1 - RESULTADO APLICADO ÀS PONTUAÇÕES OBTIDAS POR ALUNOS DE MEDICINA NO QUESTIONÁRIO “ESCALA DE ATITUDES PERANTE A DOENÇA”

ESCALAS TURMAS DO CURSO DE MEDICINA DA FMC

PREOCUPAÇÃO COM O ADOECER

1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO

NR

63484

1058

1065

532

PREOCUPAÇÃO COM A DOR

NR

63348

1038

1048

521

HÁBITOS DE SAÚDE

NR

63412

1067

1073

545

CONVICÇÕES HIPOCONDRÍACAS

NR

63133

1020

1011

55

TANATOFOBIA NR

63294

1021

1031

511

MEDO DE DOENÇA NR

63365

1042

1035

510

PREOCUPAÇÕES SOMÁTICAS

EXPERIÊNCIAS DE TRATAMENTO

NR

NR

63249

1028

1039

514

63311

1029

1043

510

N = Número de estudantes entrevistadosR = Soma de pontos na amostra

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GRÁFICO 1 – RESULTADO DA PONTUAÇÃO, EM PERCENTUAL,DO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE PERANTE A DOENÇA”

NOS ESTUDANTES DO PRIMEIRO ANO

GRÁFICO 2 – RESULTADO DA PONTUAÇÃO, EM PERCENTUAL,DO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE PERANTE A DOENÇA”

NOS ESTUDANTES DO SEGUNDO ANO

GRÁFICO 3 – RESULTADO DA PONTUAÇÃO, EM PERCENTUAL,DO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE PERANTE A DOENÇA”

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NOS ESTUDANTES DO TERCEIRO ANO

GRÁFICO 4 – RESULTADO DA PONTUAÇÃO, EM PERCENTUAL,

DO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE PERANTE A DOENÇA”NOS ESTUDANTES DO QUARTO ANO

GRÁFICO 5 – COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS ENTRE AS PONTUAÇÕES DOS ALUNOS DO CURSO MÉDICO NO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE

PERANTE A DOENÇA”

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Page 22: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

GRÁFICO 6 – RESULTADO DA PONTUAÇÃO, EM PERCENTUAL,DO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE PERANTE A DOENÇA”

NO SEXO MASCULINO

GRÁFICO 7 – RESULTADO DA PONTUAÇÃO, EM PERCENTUAL,DO QUESTIONÁRIO “ESCALAS DE ATITUDE PERANTE A DOENÇA”

NO SEXO FEMININO

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Page 23: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

7 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO

Conforme se pode ver nas tabelas, a maioria dos escores não conseguiu

provar que, com o decorrer dos anos do curso acadêmico de medicina, haja uma

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Page 24: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

diminuição ou um aumento do medo perante as doenças, salvo algumas questões

como foi visto no caso da preocupação com o adoecer e os hábitos de saúde.

No primeiro ano, como em todas as escolas médicas, ocorre

fundamentalmente a aquisição teórica do conhecimento. A exceção, nesse período,

diz respeito a uma disciplina prática de anatomia e a algumas experiências de

laboratório. No segundo e terceiro ano, com as práticas nas aulas de semiologia, os

acadêmicos se deparam com sua inexperiência, insuficiência dos conhecimentos

que detém e a necessidade de interagir com a equipe. No quarto ano, com o

começo de estágios, e as idas freqüentes a enfermarias o aluno precisa conciliar

suas necessidades pessoais com sua formação profissional.

Nesse cenário, discutir-se-á a seguir as diversas atitudes investigadas no

presente estudo.

Preocupação com o adoecer

A preocupação do estudante de medicina com seu próprio adoecer

apresentou-se durante todo o curso. Porém é possível perceber que houve uma

diminuição do primeiro para o segundo ano. Isso pode ser explicado, porque é nesse

período do curso que os estudantes passam a entrar em contato direto com os

pacientes e suas patologias. E permaneceu sem muita alteração no terceiro e

quarto ano. Tal resultado pode ser atribuído a um estado defensivo do aluno, que

desenvolveria um sistema de controle onipotente de sua própria existência,

encobrindo o temor de ser vulnerável às doenças e, principalmente, de ser mortal.

Preocupação com a dor

A presente pesquisa se restringe à preocupação do aluno de medicina com a

dor em si mesmo. Aconteceu uma leve diminuição dessa preocupação ao longo do

curso médico. Isso pode estar ligado ao envolvimento progressivo do aluno com o

sofrimento de outrem, ou seja, dos pacientes.

Hábitos de saúde

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Page 25: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

A preocupação com os cuidados com a própria saúde revelou durantes os

anos do curso um aumento significativo, podendo expressar uma mudança de

hábitos em relação a uma possível patologia expressa por meio da hipocondria, ou

de certa forma, os conhecimentos ajudaram o aluno a prestar atenção em seus

hábitos que influenciam, de certa maneira, a saúde. Os resultados do presente

estudo poderiam, provavelmente, serem vistos como conseqüência do balanço

dessa contraposição, fazendo com que se verifique nos últimos anos do curso uma

maior preocupação com os hábitos de saúde.

Convicções hipocondríacas

No decorrer do curso, o aluno de medicina passa a ter convívio direto e

concreto com pessoas doentes e pode ser surpreendido por vivências intensas de

temor em relação à sua própria saúde.

Essa vivência, em seu maior grau, pode levá-lo a ter convicção patológica de

estar doente, o que constitui uma manifestação hipocondríaca, na maior parte das

vezes, de caráter transitório.

Nos estudantes da Faculdade de Medicina de Campos ocorreu uma

diminuição a cada ano que passava. Com isso se pode discernir que o

conhecimento adquirido possibilita-lhes a conhecer melhor cada diagnóstico, o que

descarta possíveis doenças imaginárias que temeram quando estavam no primeiro

ano.

Tanatofobia

No Gráfico 5 – Comparações Múltiplas entre as Pontuações dos Alunos no

Curso Médico no Questionário “Escala de atitudes perante as doenças”, foi mostrado

que, em relação ao medo da morte e do morrer, permanece, de certa forma,

constante nos quatro primeiros anos da vida acadêmica de um estudante de

medicina da Faculdade de Medicina de Campos. Isso pode referir, que o aluno

tende, desde o primeiro ano, e atribuir a morte apenas a pacientes e não a sua

própria.

Isso pode acontecer em um estágio do quarto ano, por exemplo, onde os

próprios alunos expressem o desejo de que o paciente não morra durante aquele

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Page 26: MONOGRAFIA PRONTA!! - ALELUIA!!!

período ou manifestem alívio por nenhum paciente ter morrido naquele plantão.

Para um estudante de medicina, então, é muito mais fácil falar sobre a morte

do outro e negar toda e qualquer situação ligada a possibilidade da própria morte.

Medo de doença

A hipocondria pode estar ligada a particularidade do psiquismo dos

estudantes, que se vincula à sua história de vida. Essa estrutura no caráter, pode

não conseguir ser modificada pela profissionalização médica. Esse medo, porém,

como pôde ser constatado entre os estudantes da Faculdade de medicina de

Campos, pode diminuir entre os alunos que se deparam com a doença e como ela

age nos seus mínimos detalhes. Aprendem a lidar com ela e a vencê-la e,

conseqüentemente, vencem o medo de tê-la. Vemos por esse exemplo o começo da

onipotência que acompanha o aluno em sua vida médica.

Preocupações somáticas

Muitas vezes, apenas o curso de medicina desvenda os enigmas da vida e da

morte, pois o médico consegue enxergar o que está oculto dentro do corpo, e

consegue discernir o que é, e ter autoridade para modificá-lo ou conhecê-lo em

profundidade. Assunto como: o corpo humano, o sexo, a intimidade e a morte.

Os desejos de conhecer esses enigmas podem ter realizações na carreira

médica, porque o estudante não passa a conhecer somente o seu próprio corpo,

mas já no primeiro ano são mostrados, nas aulas de anatomia, outras fontes e

corpos. Isso pode ter duas conseqüências: o estudante passar a dirigir a sua

atenção somente para o conhecimento do corpo do paciente, diminuindo as

preocupações somáticas localizadas em si mesmo, ou então, não alterar, pelo

menos nos quatro primeiros anos, como foi visto na Faculdade de Medicina de

Campos, de forma significativa essa preocupação com o corpo.

Experiências de tratamento

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No decorrer do curso, o aluno, ao adquirir o papel de médico, tende a

cristalizar um sentimento de invulnerabilidade a partir das equações doença=doente

e saúde=médico, levando-se a uma menor procura por tratamentos.

Observa-se que, na maioria das escalas pesquisadas, os alunos do 1º ano

apresentaram maior preocupação com seus sintomas dolorosos e mais convicções

hipocondríacas, tomaram mais precauções com a saúde,  expressaram mais

freqüentemente preocupações com seus sintomas somáticos e procuraram com

maior freqüência, profissionais da área de saúde do que os alunos do 4º ano do

curso médico. Esses achados, de certa forma, contrapõem-se ao fato de que os

alunos estão mais expostos ao sofrimento humano e à morte ao final do curso

médico.

8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, C. Os temores na formação e prática da medicina: Aspectos Psicológicos.

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Revista Brasileira de Educação Médica. V. 28, n.1. jan./abr. 2004.

EIZIRIK, C. L. O médico, o estudante de medicina e a morte. Revista AMRIGS, Porto Alegre, v. 44, n. 1-2, p. 50-55, jan/jun, 2000. Disponível em: <http://www.amrigs.com.br/revista/44-01-02/O%20m%C3%A9dico,%20o%20estudante%20de%20Medicina%20e%20a%20morte.pdf >. Acesso em: 1 jun 2008

MELEIRO, A.M.A.S. Suicídio entre médicos e estudantes de medicina. Revista da Associação Médica Brasileira v. 44 n.2. São Paulo abril/jun 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010442301998000200012&script=sci_arttext&ting=en>. Acesso em: 1 jun 2008

VIANNA, A.; PICELLI, H. O estudante, o médico e o professor de medicina perante a morte e o paciente terminal. Revista Associação Médica Brasileira, v.44, n. 1, São Paulo, jan/mar 1998.

VIANNA, G. LUCY. O Paciente e o médico diante da morte. Jornal Brasileiro de Medicina, v. 87, n,4, p.43-45, out. 2004.

SAYD. D. Jane. A escola médica e seus implícitos sobre a morte. Revista Brasileira de Educação Médica, v.17, n.3, p.14-20, set/dez 1993

APÊNDICE A – PROTOCOLO DE DADOS

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Ano do curso: _______

Sexo:    Masculino: ( )              Feminino: ( )

Idade: _____ anos

- Favor responder de acordo com o que você sente atualmente.- Responda às perguntas assinalando com um X sua resposta.- Assinale a resposta mais próxima à realidade (mesmo que não seja a mais precisa).- Nas questões com respostas por escrito, seja sucinto(a).- Não pense muito antes de responder. TRABALHE RÁPIDO!!!

1. Você se preocupa com sua saúde?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

2. Você teme vir a ter uma doença grave no futuro?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

3. Você se aterroriza com a idéia de uma doença grave?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

4. Se sente alguma dor, você se preocupa a ponto de pensar que possa ser causada por alguma doença grave?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

5. Se uma dor perdura por uma semana ou mais, você procura um médico?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

6. Se uma dor perdura por uma semana ou mais, você acha que está com uma doença grave?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

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7. Você evita ter hábitos que possam ser prejudiciais a você, como fumar ou beber em excesso?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

8. Você evita alimentos que possam não ser saudáveis?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

9. Você examina seu corpo a fim de detectar se existe algum problema?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

10. Você acha que é portador(a) de uma doença grave que não foi diagnosticada corretamente pelos médicos?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

11. Quando o seu médico lhe diz que você não tem nenhuma doença que explique seus sintomas, você se recusa a acreditar nele?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

12. Quando o médico lhe diz o que encontrou, você logo acha que está com uma nova doença?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

13. Você tem medo de notícias relacionadas à morte? (tais como anúncios de falecimentos e funerais)?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

14. Você se assusta com a idéia da morte?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

15. Você tem medo de que possa vir a morrer em breve?

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[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

15A. O seu médico lhe disse que você é portador de alguma doença no momento? Se sim, qual é a doença?[    ] Sim _____________________________________________________ [ ] Não

15B. Com que freqüência você se preocupa com esta doença?

[    ] Nunca [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

16. Você tem medo de ter câncer?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

17. Você tem medo de ter uma doença cardíaca?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

18. Você tem medo de ter alguma outra doença grave? Qual?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

19. Quando você lê ou ouve falar sobre uma doença, você começa a ter sintomas semelhantes aos da doença?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

20. Quando você nota algo diferente no seu corpo, fica difícil pensar em outra coisa?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

21. Quando você sente algo diferente no seu corpo, iso lhe preocupa?

[    ] Não [    ] Raramente [    ] De vez em quando [    ] Freqüentemente [    ] Praticamente sempre

22. Com que freqüência você vai ao médico?

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[    ] Quase nunca [    ] Muito raramente [    ] 4 vezes por ano (aprox.)    [    ] 1 vez ao mês (aprox.)

[    ] 1 vez por semana (aprox.)

APÊNDICE B – TERMO DE AUTORIZAÇÃO

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APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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Título do Projeto: PREVALÊNCIA DOS MEDOS E ATITUDES DOS ACADÊMICOS, DO CURSO DE MEDICINA DE CAMPOS, DIANTE DAS DOENÇAS E DA MORTE.Curso: MEDICINA Nome: Ano do Curso:Instituição onde será realizado: FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOSNome dos pesquisadores: Luise Lisieux; Luiza Linhares; Luiza Tavares; Pedro Fontes; Roberta X. Campos; Suéllen M. Pereira

O objetivo desta pesquisa é avaliar como os estudantes reagem diante da possibilidade de doença e morte. Essa é uma pesquisa desenvolvida no âmbito da Faculdade de Medicina de Campos, em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, como requisito da conclusão do ano letivo da disciplina de Metodologia Científica. Para participar dessa pesquisa você precisa:

-Aceitar participar da pesquisa, assinando o termo de consentimento, localizado ao final dessa página;-Preencher todos os campos do questionário.-Entregar o questionário preenchido, a qualquer um dos pesquisadores responsáveis pela pesquisa.

Esclarecemos que não há benefício direto e individual para o participante da pesquisa. Somente no final do estudo poderemos concluir a presença de algum benefício, sendo esse de caráter coletivo.

Caso você considere que alguma das questões lhe ocasiona algum constrangimento, de alguma natureza, você tem o direito de recusar-se a responder tais questões.

Caso você queira desistir de sua participação, mesmo após o envio do aceite do termo de consentimento e do questionário, seus direitos serão preservados.

As informações obtidas serão consideradas confidenciais. Serão analisadas em conjunto com outros participantes da pesquisa, não sendo divulgado a identificação de nenhum participante. Os dados coletados serão utilizados exclusivamente para a realização dessa pesquisa.

Os resultados da pesquisa somente serão divulgados com objetivo científico.

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li acima. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados e as garantias de confidencialidade. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas.

Declaro, ainda, que recebi cópia do presente Termo de Consentimento.

Campos, _____de ________________de 200__.

Pesquisador: ________________________________________________________(nome e CPF)

Sujeito da Pesquisa: __________________________________________________(nome e CPF)

APÊNDICE D – TERMO DE COMPROMISSO

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FUNDAÇÃO BENEDITO PEREIRA NUNESFACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS

Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos

TERMO DE COMPROMISSODE UTILIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE DADOS

Título da pesquisa:________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Pesquisador Responsável: __________________________________________________

Eu, SUÉLLEN MONTEIRO PEREIRA, responsável pela pesquisa acima identificada, declaro que conheço e cumprirei as normas vigentes expressas na Resolução no. 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, e em suas complementares (Resoluções 240/1997, 251/1997, 292/1999, 303/2000, 304/2000 e 340/2004 do CNS/MS), e assumo, neste termo, o compromisso de, ao utilizar dados e/ou informações coletados no(s) prontuários do(s) sujeito(s) da pesquisa, assegurar a confidencialidade e a privacidade dos mesmos. Assumo ainda neste termo o compromisso de destinar os dados coletados somente para o projeto ao qual se vinculam. Todo e qualquer outro uso deverá ser objeto de um novo projeto de pesquisa que deverá ser submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, pelo que assino o presente termo.

Campos dos Goytacazes, _____ de________________ de 2008.

_____________________________________________________Pesquisador Responsável(Suéllen Monteiro Pereira)

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