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FALCUDADE INTEGRADAS DE JACAREPAGU-FIJ INSTITUTO DE GESTO EDUCACIONAL SIGNORELLI

FBIO MACEDO DA COSTA

PREVENO DE ACIDENTE DE TRABALHO NA CONSTRUO DAS REDES DE DISTRIBUIO RURAL DO PROGRAMA LUZ PARA TODOS NO ESTADO DO TOCANTINS

ARAGUAINA-TO 2010 FBIO MACEDO DA COSTA

PREVENO DE ACIDENTE DE TRABALHO NA CONSTRUO DAS REDES DE DISTRIBUIO RURAL DO PROGRAMA LUZ PARA TODOS NO ESTADO DO TOCANTINS

Monografia apresentada a FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGU - INSTITUTO DE GESTO EDUCACIONAL SIGNORELLI, com requisito parcial para concluso de curso de Ps-graduao do curso de engenharia de segurana do trabalho Orientador: Prof THAS MOREIRA DE CARVALHO

ARAGUAINA-TO 2010

DEDICATRIA

Dedico esta monografia a minha famlia pela f e confiana demonstrada na finalizao desse sonho to esperado, Aos meus amigos pelo apoio incondicional tanto nas horas difceis como nos momentos bons de minha vida, A minha orientadora pela pacincia demonstrada no decorrer da execuo dos meus trabalhos, enfim a todos que de alguma forma tornaram este caminho mais fcil de ser Percorrido.

AGRADECIMENTOS

O Deus em primeiro lugar, pois sem o dom da vida jamais poderia realizar este trabalho, aos meus pais, a quem devo alm de uma vida inteira, o maior exemplo de integridade, inteligncia, humildade, companheirismo, honestidade e bondade, aos meus avs que me transmitiram suas ricas experincias e sabedoria.

EPGRAFE

Informar e conscientizar todos sobre temas especficos de Segurana do Trabalho, Sade Ocupacional, Higiene e Meio Ambiente que so do cotidiano da atividade de Construo de Redes do PLPT. Cristiano Ferreira

RESUMO Segurana , atualmente, exigncia com a qual as empresas convivem diariamente. A segurana do trabalho no SEP - Sistema Eltrico de Potencia busca minimizar os riscos inerentes atividade de construo de RDR Redes de Distribuio Rural e nas suas atividades relacionadas, atualmente hoje essas redes so financiadas pelo Governo Federal no PLPT - Programa Luz para Todos. O risco de acidente existe, entretanto a funo de todos empregados que trabalham na construo dessas redes atuar nos pontos crticos evitando que os mesmos aconteam, para tanto necessrio a elaborao de treinamento de segurana especfico, campanhas de conscientizao e elaborar medidas para controle dos riscos. O controle dos riscos atua nos chamados quase acidentes, ou seja, o acidente que poderia ter acontecido, entretanto no aconteceu. Estatisticamente est comprovado que diminuindo o nmero de quase acidentes teremos menos acidentes e com menor gravidade. A verificao das normas internas de segurana deve ser efetuada todos os dias, buscando constantemente a melhoria da segurana do trabalho e trabalhador. Toda medida de segurana implantada deve ter uma forma de controle para verificao de sua eficcia como meio de preveno de acidentes. O comprometimento da empresa como promotora de segurana e sade do trabalho, deve ficar evidente perante aos colaboradores para que os mesmos estejam conscientes da importncia de trabalhar com segurana.

Palavra chave: NR 10 Norma Regulamentadora de Segurana em Instalaes e Servios em Eletricidade.

ABSTRACT Security is currently a requirement with which companies live daily. Work safety in SEP - System of Electric Power seeks to minimize the risks associated with construction activity RDR - Rural Distribution Networks and its related activities, today these networks are currently funded by the Federal Government in PLPT Light for All Program. The risk of accident exists, however the function of all employees working in the construction of these networks is to act at critical points prevent them from happening, it is necessary for both the development of specific safety training, awareness campaigns and to develop measures to control risks. Risk control operates in the so-called accidents Nearly , ie, the accident could have happened, however it happened. Statistically it is proven that reducing the number of near accidents will be fewer accidents and less serious. Verification of internal security rules must be made every day, constantly seeking to improve workplace safety and worker. Every security measure implemented must have a form of control to verify its effectiveness as a means of preventing accidents. The company's commitment to promoting safety and health at work must be evident before the employees so that they are aware of the importance of working safely.

Keyword: NR 10 - Regulatory Standard Security in Facilities and Services in Electricity.

LISTA DE FIGURASFIGURA 01 Percursos da corrente eltrica no corpo humano FIGURA 02 Capacete de proteo FIGURA 03 Bota de proteo de couro FIGURA 04 culos de segurana FIGURA 05 Perneira FIGURA 06 Luva de vaqueta e raspa FIGURA 07 Cinto talabarte FIGURA 08 Luva de borracha FIGURA 09 Cone de sinalizao FIGURA 10 Fita zebrada FIGURA 11 Escada Extensiva de fibra de vidro FIGURA 12 Vara de manobra FIGURA 13 Detector de tenso FIGURA 14 Conjunto de aterramento FIGURA 15 Bandeirola FIGURA 16 Analise preliminar de risco FIGURA 17 Exemplo de Dialogo de sade e segurana do trabalho n1 FIGURA 18 Exemplo de Dialogo de sade e segurana do trabalho n2 FIGURA 19 Exemplo de Dialogo de sade e segurana do trabalho n3

LISTA DE ABREIVAESAPR Analise preliminar de risco; CIPA - Comisso interna de preveno de acidente; EPIs Equipamento de proteo individual; EPCs Equipamento de proteo coletiva PPRA Programa de preveno de riscos ambientais; PCMSO Programa de controle medico de sade ocupacional; DSS Dialogo de sade e segurana do trabalho; MAR Medidas de analise risco; ASO - Atestado de Sade Ocupacional; CAT Comunicao de acidente de trabalho; CIPAT Conscientizao, informao e preveno no ambiente de trabalho; SESMT Servio especializado em engenharia de segurana e medicina do trabalho; SIPAT Semana interna de preveno de acidentes de trabalho; PCMAT - Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo. CELTINS Centrais Eltricas do esto do Tocantins. LPT Luz para todos. CDE Conta de Desenvolvimento Energtico. TEM Ministrio do Trabalho e Emprego. NRs Normas Regulamentadoras.

SUMRIO1. INTRODUO....................................................................................................................12 2. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................17 3. OBJETIVOS.........................................................................................................................19 3.1 Objetivo Geral.................................................................................................................19 3.2 Objetivo Especifico.........................................................................................................19 4. METODOLOGIAS DE PESQUISA DO TRABALHO.......................................................20 5. CAPITULO I FUNDAMENTOS TERICOS DOS POSSVEIS RISCOS DE ACIDENTE NO AMBIENTE DE TRABALHO EM RDU (REDES DE DISTRIBUIO RURAL)....................................................................................................................................21 5.1 Choques Eltricos...........................................................................................................21 5.1.1 Natureza do Choque.................................................................................................22 5.1.2 Choque produzido por contato com um circuito energizado...................................22 5.1.3 Choque produzido pelo contato com um corpo carregado eletricamente................22 5.1.4 Choque produzido por descarga atmosfrica...........................................................23 5.1.5 Macro Choque..........................................................................................................23 5.1.6 Micro Choque .........................................................................................................23 5.1.7 Efeitos da Corrente no Corpo Humano....................................................................23 5.1.8 Efeitos fisiolgicos diretos da eletricidade..............................................................25 5.1.9 Efeitos fisiolgicos indiretos da eletricidade...........................................................25 5.1.10 Percursos da corrente eltrica atravs do corpo humano.......................................26 5.2 Arcos eltricos ou voltaicos............................................................................................27 5.2.1 Conseqncias de arcos eltricos (queimaduras e quedas)......................................27 5.3 Riscos adicionais.............................................................................................................29 5.3.1 Altura.......................................................................................................................29 5.3.2 Ambientes confinados..............................................................................................30 5.3.3 reas classificadas ..................................................................................................30 5.3.4 Umidade...................................................................................................................30 5.3.5 Condies inseguras.................................................................................................30 5.3.6 Animais peonhentos...............................................................................................31 5.3.7 Acidentes de origem eltrica....................................................................................31 5.3.8 Atos inseguros..........................................................................................................32 5.4 Condies inseguras........................................................................................................33 5.4.1 Causas diretas de acidentes com eletricidade..........................................................33 5.4.2 Causas indiretas de acidentes eltricos....................................................................34 6. CAPITULO 2 MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS ELTRICOS E NORMAS REGULAMENTADORAS NA CONSTRUO DE RDR (REDES DE DISTRIBUIO RURAL)....................................................................................................................................35 6.1 Equipamentos De Proteo Individual (EPI)..................................................................35 6.2 Circunstncias do fornecimento do EPI pelo empregador..............................................35 6.3 Obrigaes do fornecimento do EPI pelo empregador...................................................35 6.4 Obrigaes do empregado ao uso do EPI.......................................................................36 6.5 EPIs necessrios para construo de rede de energia....................................................37 6.5.1 Vestimenta de segurana..........................................................................................37 6.5.2 Capacete de proteo...............................................................................................37 6.5.3 Bota de proteo de couro........................................................................................38 6.5.4 culos de segurana.................................................................................................38 6.5.5 Perneira....................................................................................................................38 6.5.6 Luva de vaqueta e raspa...........................................................................................39

6.5.7 Cinto talabarte..........................................................................................................40 6.5.8 Luva de borracha......................................................................................................40 6.6 Grupos de EPI: ...............................................................................................................41 6.7 Equipamento De Proteo Coletiva (Epc)......................................................................41 6.7.1 Cone de sinalizao..................................................................................................42 6.7.2 Fita zebrada..............................................................................................................42 6.7.3 Escada Extensiva de fibra de vidro .........................................................................43 6.7.4 Vara de manobra......................................................................................................43 6.7.5 Detector de tenso....................................................................................................44 6.7.6 Conjunto de aterramento..........................................................................................44 6.7.7 Bandeirola................................................................................................................45 7. Medidas de anlise de riscos (MAR)....................................................................................45 7.1 Conceitos bsicos............................................................................................................46 7.2 Nveis de risco.................................................................................................................47 7.3 Classificao dos riscos..................................................................................................47 7.4 Principais medidas para a identificao dos riscos/perigos............................................48 7.4.1 Anlise preliminar de riscos.....................................................................................48 7.4.2 Anlise de falha humana..........................................................................................48 7.4.3 Mtodo de anlise de falhas e de efeitos..................................................................48 7.4.4 Anlise de segurana de sistemas............................................................................49 7.4.5 rvore de eventos....................................................................................................49 7.4.6 rvore de falhas.......................................................................................................49 8. Anlise preliminar de riscos (APR)......................................................................................50 9. SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT).................................................................................52 9.1 Atribuies do SESMT...................................................................................................52 10. Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA)........................................................54 10.1 Atribuies da CIPA.....................................................................................................55 11. Semana interna de preveno de acidentes de trabalho (SIPAT).......................................56 11.1 Objetivo da SIPAT........................................................................................................57 12. Conscientizao, informao e preveno no ambiente de trabalho (CIPAT)...................57 13. Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA).....................................................58 14. Programa de Controle Mdico de Sade oupacional (PCMSO).........................................60 15. Programa das Condies e Meio Ambiente do Trabalho na Industria da Construo (PCMAT) .................................................................................................................................62 16. Comunicao de Acidentes do Trabalho (CAT) ................................................................63 17. Atestado de Sade Ocupacional (ASO) .............................................................................64 18. Dialogo de sade e segurana do trabalho..........................................................................64 18.1 Como so feito e por quem o DSS................................................................................64 18.2 Manual de sade e segurana do trabalho.....................................................................65 19. Concluses..........................................................................................................................69 20. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................71

1. INTRODUO

A energia eltrica tem um papel fundamental e estratgico para a sociedade do Brasil, pois um elemento chave para a incluso social e do desenvolvimento econmico, bem como para a melhoria da qualidade de vida da populao brasileira em qualquer lugar do Pas.

A eletricidade um fenmeno que escapa aos nossos sentidos, percepo apenas de suas manifestaes exteriores devido conseqncia da invisibilidade, sendo assim ela se torna um agente de risco causador de muitos acidentes, no s com danos pessoais a trabalhadores, usurios e outras pessoas, mas tambm com prejuzos materiais.

Muitos riscos podem ser identificados por meio de uma rpida observao, como o risco de queda em um trabalho em altura, atropelamento, luxao ou perfurao nos membros, etc., mas em condutores ou dispositivos que estejam energizados o risco s pode ser constatado atravs de instrumentos especficos tais como o equipamento de proteo coletiva, como, por exemplo, o detector de tenso que o prprio nome j fala, sua funo e verificar se realmente h rede esta energizada ou no.

A organizao americana NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) apresenta uma estatstica em que a eletrocusso a terceira causa de acidentes fatais no local de trabalho entre jovens trabalhadores, situando-se em 12% do total.

Devido a esses fatos necessrio que os trabalhos em eletricidade sejam executados com a utilizao de procedimentos especficos de segurana, aliados a um intenso programa de treinamento em conformidade com uma assumida poltica de segurana do trabalho nas empresas.

A Responsabilidade de todos zelar pela sua segurana e sade e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas aes ou omisses no trabalho, em todos os cargos e funes, fundamental responsabilizar-se junto empresa pelo cumprimento das disposies legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos preconizados de segurana e sade do trabalho.

Todo o trabalhador que diretamente ou indiretamente, interaja em instalaes eltricas de alta, media e baixa tenso, deve ser treinado e capacitado a fim de diminuir os acidentes envolvendo eletricidade, atravs da norma regulamentadora (NR-10) norma que obrigatrio para todos que trabalham com rede de energia eltrica ou imediaes, conforme a portaria N598, de 7 de dezembro de 2004, que diz o seguinte:

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso de suas atribuies legais e tendo em vista o disposto no art. 200 da Consolidao das Leis do Trabalho, Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943 e considerando a proposta de regulamentao revisada e apresentada pelo Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora n 10 (GTT/NR-10), e aprovada pela Comisso Tripartite Paritria Permanente (CTPP), de acordo com o disposto na Portaria n1. 127, de 2 de outubro de 2003, que estabelece procedimentos para elaborao de normas

regulamentares relacionadas segurana, sade e condies gerais de trabalho, resolvem:

Art. 1 Alterar a Norma Regulamentadora n 10 que trata de Instalaes e Servios em Eletricidade, aprovada pela Portaria n 3.214, de 1978, que passa a vigorar na forma do disposto no Anexo a esta Portaria.

Art. 2 As obrigaes estabelecidas nesta Norma so de cumprimento imediato, exceto aquelas de que trata o Anexo II, que contm prazos especficos para atendimento. Pargrafo nico. At que se exaurem os prazos previstos para cumprimento das obrigaes de que trata o Anexo II, permanecer em vigor a regulamentao anterior.

Art. 3 Criar a Comisso Permanente Nacional sobre Segurana em Energia Eltrica (CPNSEE), com o objetivo de acompanhar a implementao e propor as adequaes necessrias ao aperfeioamento da Norma Regulamentadora n 10.

Art. 4 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. RICARDO BERZOINI Ministrio do Trabalho e Emprego nr10. p65

Outro conceito importante que ser destacado nesse trabalho demonstrar tcnicas e medidas de preveno de acidente do trabalho, algumas muito comuns e conhecidas j pelas empresas que atua nessa rea, mas extremamente necessrias

para o dia a dia no ambiente de trabalho e sendo assim podendo evitar um acidente fatal, tais como: APR Analise preliminar de risco; CIPA - Comisso interna de preveno de acidente; EPIs Equipamento de proteo individual; EPCs Equipamento de proteo coletiva PPRA Programa de preveno de riscos ambientais; PCMSO Programa de controle medico de sade ocupacional; DSS Dialogo de sade e segurana do trabalho; MAR Medidas de analise risco; ASO - Atestado de Sade Ocupacional; CAT Comunicao de acidente de trabalho; CIPAT Conscientizao, informao e preveno no ambiente de trabalho; SESMT Servio especializado em engenharia de segurana e medicina do trabalho; SIPAT Semana interna de preveno de acidentes de trabalho; PCMAT - Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo. NRs Normas Regulamentadoras.

Diante do exposto no decorrer desse trabalho propomos o objetivo de possibilitar a demonstrao de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores que direta ou indiretamente, interajam na construo de redes de distribuio eltricas primarias e secundarias no programa

luz para todos (LPT) no estado do Tocantins atravs de medidas, normas e tcnicas citadas.

2. JUSTIFICATIVAO Governo Federal lanou em novembro de 2003 o desafio de acabar com a excluso eltrica no pas. o Programa LUZ PARA TODOS, que tem a meta de levar energia eltrica para mais de 10 milhes de pessoas do meio rural at o ano de 2008. O Programa coordenado pelo Ministrio de Minas e Energia, operacionalizado pela Eletrobrs e executada pelas concessionrias de energia eltrica e cooperativas de eletrificao rural. Para o atendimento da meta inicial, sero investidos R$ 20 bilhes. O Governo Federal destinar R$ 14,3 bilhes e o restante ser partilhado entre governos estaduais e as empresas de energia eltrica. Os recursos federais so provenientes de fundos setoriais de energia - a Conta de Desenvolvimento Energtico (CDE) e a Reserva Global de Reverso (RGR). O mapa da excluso eltrica no pas revela que as famlias sem acesso energia esto majoritariamente nas localidades de menor ndice de Desenvolvimento Humano e nas famlias de baixa renda. Cerca de 90% destas famlias tm renda inferior a trs salrios-mnimos e 80% esto no meio rural. Por isso, o objetivo do governo utilizar a energia como vetor de desenvolvimento social e econmico destas comunidades, contribuindo para a reduo da pobreza e aumento da renda familiar. A chegada da energia eltrica facilitar a integrao dos programas sociais do governo federal, alm do acesso a servios de sade, educao, abastecimento de gua e saneamento. Durante a execuo do Programa, novas famlias sem energia eltrica em casa foram localizadas e, em funo do surgimento de um grande nmero de demandas, o Luz para Todos foi prorrogado para ser concludo no ano de 2010. O Programa coordenado pelo Ministrio de Minas e Energia, operacionalizado pela Eletrobrs e executada pelas concessionrias de energia eltrica e cooperativas de eletrificao rural, no caso do Estado do Tocantins a Celtins (Centrais Eltricas do Esto do Tocantins).

Em decorrncia do programa Luz para todos no Estado do Tocantins esse trabalho e demonstrar maneiras e subsdios informativos na forma de reduzir os acidentes de trabalho na construo e execuo da obras de redes de energia eltrica, atravs de campanhas de segurana, procedimentos, normas, dilogos e uso adequados dos equipamentos de proteo individual e coletivo.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

permitir ao trabalhador o conhecimento bsico dos riscos a que se expe uma pessoa que trabalha com instalaes ou equipamentos eltricos na construo de redes eltricas e incentivarem o desenvolvimento de um esprito crtico que lhe permita valorar os riscos.

3.2 Objetivo Especifico Conscientizar os profissionais a utilizar e seguir o uso dos equipamentos de proteo, procedimentos, dilogos, mtodos e programas de analise e preveno de riscos e acidente no seu ambiente de trabalho, tais como alguns exemplos citados abaixo: 1. Dialogo de Suade e Segurana; 2. Medidas de analise de risco; 3. Analise preliminar de riscos.

4. METODOLOGIAS DE PESQUISA DO TRABALHO

A metodologia de pesquisa adotada desse trabalho proposta em um estudo a fim de demonstrar com clareza este projeto. Foi adota a distribuio da estrutura da seguinte maneira: Primeira parte ficou constituda pela Introduo, justificativa, Objetivos e a Metodologia de pesquisa do trabalho; Segunda parte apresenta os conceitos, definies e conseqncias dos acidentes de trabalho nas construes de redes eltricas (choque eltrico, arco voltaico, quedas, riscos adicionais, etc.). Terceira parte apresentada uma proposta de um plano de proteo contra acidentes no trabalho, atravs do uso dos equipamentos de proteo individual e coletiva para as empresas de construo de Redes Eltricas no estado do Tocantins, apresentar tambm programas para conscientizao desses trabalhadores referente preveno dos riscos de acidente atravs de mtodos e procedimentos a serem cumpridos dentro das normas regulamentadoras de todo processo. E por ultimo apresentar as concluses, sugestes e recomendaes aos trabalhadores dessa rea.

5. CAPITULO I FUNDAMENTOS TERICOS DOS POSSVEIS RISCOS DE ACIDENTE NO AMBIENTE DE TRABALHO EM RDU (REDES DE DISTRIBUIO RURAL)

5.1 Choques Eltricos

O choque eltrico um estmulo rpido e acidental do sistema nervoso do corpo humano causado pela passagem de uma corrente eltrica. A passagem da corrente eltrica ocorre quando o corpo submetido a uma tenso eltrica suficiente para vencer a sua impedncia. Como resultado da passagem da corrente eltrica pelo corpo humano pode ter desde uma sensao de formigamento at sensaes dolorosas com contrao muscular. Toda a atividade biolgica seja ela glandular, nervosa ou muscular, originada de impulsos de corrente eltrica. Se a essa corrente fisiolgica for acrescentada outra corrente externa, devido a um contato eltrico, ocorrero no organismo humano alteraes das funes vitais normais. No caso de intensidade de correntes maiores, alm da sensao de dor pode ocorrer leso muscular ou at mesmo a paralisao do corao e do sistema respiratrio. A gravidade do choque eltrico determinada pela intensidade de corrente que o provocou e que depende basicamente dos seguintes fatores: - Diferena de potencial a que foi submetido o corpo; - rea de contato do corpo; - Presso de contato; - Umidade da superfcie de contato; - Durao do contato; - Tenso de contato; - Fatores psicolgicos. Esses fatores basicamente definem a intensidade de corrente que ir circular pelo corpo, corrente essa geralmente expressa em miliamperes.

O percurso e o tempo de durao da passagem da corrente so tambm muito importantes nos efeitos que sero produzidos no corpo. As correntes mais perigosas so as que atravessam o corpo de mo a mo, da mo esquerda para os ps ou da cabea para os ps, pois afetam diretamente o corao. Se a superfcie de contato do corpo estiver mida ou suada e os ps molhados, a intensidade de corrente pode assumir valores muito elevados, produzindo efeitos gravssimos.

5.1.1 Natureza do Choque Quanto natureza do choque, pode advir por contato com um circuito energizado, por meio de um corpo carregado eletricamente ou por uma descarga atmosfrica.

5.1.2 Choque produzido por contato com um circuito energizado Um circuito denominado energizado quando existe uma fonte de energia alimentando-o, como por exemplo, o circuito de uma residncia alimentada por geradores atravs da rede de distribuio das concessionrias. Neste caso, a durao do choque depende unicamente do tempo de contato com o circuito energizado. As conseqncias podem ser pequenas contraes ou at leses irreparveis.

5.1.3 Choque produzido pelo contato com um corpo carregado eletricamente Aqui o choque eltrico poder ser produzido por eletricidade esttica, originada, por exemplo, por um capacitor carregado. Na maioria das vezes o choque no provoca efeitos danosos ao corpo, porque a durao depende da descarga do capacitor que normalmente ocorre em pequenos espaos de tempo.

5.1.4 Choque produzido por descarga atmosfrica O choque tambm pode ser produzido por ao direta ou indireta de descargas atmosfricas. Os choques dessa natureza geralmente so instantneos e fatais por causa das altas voltagens e correntes (de 60kA a 100kA).

5.1.5 Macro Choque Macro choque definido quando a corrente do choque entra no corpo humano pelo lado externo. A corrente entra pela pele, invade o corpo e sai novamente pela pele. Ou seja, o corpo humano est com toda a sua resistncia no trajeto da corrente. Macro choque o choque a que est sujeito um indivduo comum.

5.1.6 Micro Choque o tpico choque que ocorre por defeito em equipamento mdico-hospitalar. Qualquer equipamento invasivo, usado para analisar, diagnosticar ou monitorar qualquer rgo humano, poder produzir micro choque.

5.1.7 Efeitos da Corrente no Corpo Humano Ao passar pelo corpo humano a corrente eltrica danifica os tecidos e lesa os tecidos nervosos e cerebrais, provoca cogulos nos vasos sanguneos e pode paralisar a respirao e os msculos cardacos. A corrente eltrica pode matar imediatamente ou pode colocar a pessoa inconsciente, a corrente faz os msculos se contrarem a 60 ciclos por segundo, que a freqncia da corrente alternada. A sensibilidade do organismo passagem de corrente eltrica inicia em um ponto conhecido como Limiar de Sensao e que ocorre com uma intensidade de corrente de 1mA para corrente alternada e 5mA para corrente contnua. Os efeitos da corrente eltrica dependem: 1. Intensidade da corrente eltrica; 2. Tempo de durao do contato;

3. Percurso da corrente eltrica no corpo humano; 4. Impedncia do corpo humano; 5. Espcie da corrente; 6. Freqncia; 7. Tipo de tenso; 8. Condies da pela da pessoa; 9. Estado de sade da pessoa; 10. Outras condies tais como, ex: quanto alguma prteses metlicas internas, marca passos, transplantes, etc. Os principais efeitos que uma corrente (externa) pode produzir no corpo humano so fundamentalmente seis: - Limiar de percepo: a menor corrente que sensibiliza o corpo humano. - Tetanizao: a paralisia muscular provocada pela circulao de correntes eltricas atravs dos tecidos nervosos que controlam os msculos. - Parada respiratria: Ocorre quando so envolvidos na tetanizao os msculos peitorais, bloqueando os pulmes e parando a funo vital de respirao. - Asfixia: Contrao de msculos ligados respirao e/ou paralisia dos centros nervosos que comandam a funo respiratria causadas por correntes eltrica superiores ao limite de largar. Se a corrente eltrica permanece, o indivduo perde a conscincia e morre sufocado. - Fibrilao ventricular: Se a corrente eltrica atinge diretamente o msculo cardaco, poder perturbar seu funcionamento regular. Os impulsos peridicos, que em condies normais regulam as contraes (sstole) e as expanses (distole), so alterados e o corao vibra desordenadamente. - Queimadura por choque eltrico: A passagem da corrente eltrica pelo corpo humano gera calor produzindo queimaduras, cuja gravidade depende da intensidade e do tempo de contato com a corrente eltrica. Em altas tenses, os efeitos trmicos

produzem destruio de tecidos superficiais e/ou profundos, artrias, centros nervosos, alm de causar hemorragias. 5.1.8 Efeitos fisiolgicos diretos da eletricidade

5.1.9 Efeitos fisiolgicos indiretos da eletricidade

5.1.10 Percursos da corrente eltrica atravs do corpo humano O percurso da corrente eltrica atravs do corpo humano depende da posio de contato do indivduo com a instalao (circuito) energizada ou que venha a ficar energizada, podendo ser o mais variado possvel, conforme as figuras (1/2/3/4/5).

5.2 Arcos eltricos ou voltaicos O arco eltrico (ou arco voltaico) uma ocorrncia de curtssima durao (menor que segundo), e muitos so to rpidos que o olho humano no chega a perceber. Os arcos eltricos so extremamente quentes. Prximo ao "laser", eles so a mais intensa fonte de calor na Terra. Sua temperatura pode alcanar 20 000C. Pessoas que estejam no raio de alguns metros de um arco podem sofrer severas queimaduras. Os arcos eltricos so eventos de mltipla energia. Forte exploso e energia acstica acompanham a intensa energia trmica. Em determinadas situaes, uma onda de presso tambm pode se formar, sendo capaz de atingir quem estiver prximo ao local da ocorrncia.

5.2.1 Conseqncias de arcos eltricos (queimaduras e quedas) Se houver centelha ou arco, a temperatura deste to alta que destri os tecidos do corpo. Todo cuidado pouco para evitar a abertura de arco atravs do operador. Tambm podem desprender-se partculas incandescentes que queimam ao atingir os olhos. O arco pode ser causado por fatores relacionados a equipamentos, ao ambiente ou a pessoas. Uma falha pode ocorrer em equipamentos eltricos quando h um fluxo de corrente no intencional entre fase e terra, ou entre mltiplas fases. Isso pode ser causado por trabalhadores que faam movimentos bruscos ou por descuido no manejo de ferramentas ou outros materiais condutivos quando esto Trabalhando em partes energizadas da instalao ou prximo a elas. Outras causas podem estar relacionadas a equipamentos, e incluem falhas em partes condutoras que integram ou no os circuitos eltricos. Causas relacionadas ao ambiente incluem a contaminao por sujeira ou gua ou pela presena de insetos ou outros animais (gatos ou ratos que provocam curtoscircuitos em barramentos de painis ou subestaes).

A quantidade de energia liberada durante um arco depende da corrente de curtocircuito e do tempo de atuao dos dispositivos de proteo contra sobrecorrentes. Altas correntes de curto-circuito e tempos longos de atuao dos dispositivos de proteo aumentam o risco do arco eltrico. A severidade da leso para as pessoas na rea onde ocorre a falha depende da energia liberada durante a falha, da distncia que separa as pessoas do local e do tipo de roupa utilizada pelas pessoas expostas ao arco. As mais srias queimaduras por arco voltaico envolvem a ignio da roupa da vtima pelo calor do arco eltrico. Tempos relativamente longos (30 a 60 segundos, por exemplo) de queima contnua de uma roupa comum aumentam tanto o grau da queimadura quanto a rea total atingida no corpo. Isso afeta diretamente a gravidade da leso e a prpria sobrevivncia da vtima. A proteo contra o arco eltrico depende do clculo da energia que pode ser liberada no caso de um curto-circuito. As vestimentas de proteo adequadas devem cobrir todas as reas que possam estar expostas ao das energias oriundas do arco eltrico. Portanto, muitas vezes, alm da cobertura completa do corpo, elas devem incluir capuzes. O que agora nos parece bvio, nem sempre foi observado, isto , se em determinadas situaes uma anlise de risco nos indica a necessidade de uma vestimenta de proteo contra o arco eltrico, essa vestimenta deve incluir proteo para o rosto, pescoo, cabelos, enfim, as partes da cabea que tambm possam sofrer danos se expostas a uma energia trmica muito intensa. Alm dos riscos de exposio aos efeitos trmicos do arco eltrico, tambm est presente o risco de ferimentos e quedas, decorrentes das ondas de presso que podem se formar pela expanso do ar. Na ocorrncia de um arco eltrico, uma onda de presso pode empurrar e derrubar o trabalhador que est prximo da origem do acidente. Essa queda pode resultar em leses mais graves se o trabalho estiver sendo realizado em uma altura superior a dois metros, o que pode ser muito comum em diversos tipos de instalaes.

5.3 Riscos adicionais So considerados como riscos adicionais aqueles que, alm dos eltricos, so especficos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurana e a sade dos que trabalham com eletricidade. No caso da construo de redes eltricas podemos citar os de mais riscos conforme descrito abaixo: De altura; De ambientes confinados; De reas classificadas; De umidade; Condies inseguras; Animais peonhentos.

5.3.1 Altura Trabalho em altura qualquer atividade onde o trabalhador atue acima do nvel do solo e ou desnveis de piso. Em trabalhos com energia eltrica feitos em alturas, devemos seguir as instrues relativas segurana descritas abaixo: obrigatrio o uso do cinto de segurana e do capacete com jugular. Os equipamentos acima devem ser inspecionados pelo trabalhador antes do seu uso, no que concerne a defeito nas costuras, rebites, argolas, mosquetes, molas e travas, bem como quanto integridade da carneira e da jugular. Ferramentas, peas e equipamentos devem ser levados para o alto apenas em bolsas especiais, evitando o seu arremesso. Quando for imprescindvel o uso de andaimes tubulares em locais prximos

5.3.2 Ambientes confinados O ambiente confinado definido como um volume fechado por paredes e obstrues, que apresenta restries para: o acesso, a movimentao, o resgate de pessoa e a ventilao natural. So exemplos de ambientes confinados: tanques, vasos, reatores, torres, dutos, galerias, caixas de inspeo, poos, caminhes, cabines, etc.

5.3.3 reas classificadas a rea na qual a probabilidade de presena de uma atmosfera explosiva, tal que exige precaues para a construo, instalao e utilizao de equipamentos eltricos.

5.3.4 Umidade Deve-se considerar que todo trabalho em equipamentos energizados s deve ser iniciado com boas condies meteorolgicas, no sendo assim permitidos trabalhos sob chuva, neblina densa ou ventos.

5.3.5 Condies inseguras So aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, pem em risco a integridade fsica e/ou mental do trabalhador, devido possibilidade deste acidentarse. Tais condies manifestam-se como deficincias tcnicas, podendo apresentarse: Na construo e instalaes em que se localiza a empresa: reas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de rudo e trepidaes, falta

de ordem e limpeza, instalaes eltricas imprprias ou com defeitos, falta de sinalizao. Na maquinaria: localizao imprpria das mquinas, falta de proteo em partes mveis, pontos de agarramento e elementos energizados, mquinas apresentando defeitos. Na proteo do trabalhador: proteo insuficiente ou totalmente ausente, roupa e calados imprprios, equipamentos de proteo com defeito (EPIs, EPCs), ferramental defeituoso ou inadequado.

5.3.6 Animais peonhentos Nas reas onde so construdo as redes de energia, seja vegetao rasteira ou mata, existem uma infinidade de espcies de animais peonhentos, principalmente cobras. A ocorrncia de aranhas maior em reas cobertas e cheias de entulhos. Uma picada de cobra pode levar um indivduo morte em questo de horas dependendo da espcie. Nos trabalhos externos o uso dos equipamentos de proteo individual (perneiras) evita muito a ocorrncia deste tipo de acidente, enquanto que nas reas internas a soluo a limpeza sistemtica das reas de maior possibilidade de ocorrncia.

5.3.7 Acidentes de origem eltrica A segurana no trabalho essencial para garantir a sade e evitar acidentes nos locais de trabalho, sendo um item obrigatrio em todos os tipos de trabalho. Podemos classificar os acidentes de trabalho relacionando-os com fatores humanos (atos inseguros) e com o ambiente (condies inseguras). Essas causas so apontadas como responsveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, s vezes, os acidentes so provocados pela presena de condies inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo.

5.3.8 Atos inseguros Os atos inseguros so, geralmente, definidos como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto , aqueles que decorrem da execuo das tarefas de forma contrria s normas de segurana. a maneira como os trabalhadores se expem (consciente ou inconscientemente) aos riscos de acidentes. falsa a idia de que no se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, possvel analisar os fatores relacionados com a ocorrncia dos atos inseguros e control-los. Seguem-se alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticarem atos inseguros: Inadaptao entre homem e funo por fatores constitucionais. Ex.: sexo, idade, tempo de reao aos estmulos, coordenao motora, agressividade, impulsividade, nvel de inteligncia, grau de ateno. Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o desempenho do indivduo no momento. Ex.: problemas familiares, abalos emocionais, discusso com colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doena, etc. Desconhecimento dos riscos da funo e/ou da forma de evit-los. Estes fatores so na maioria das vezes causados por: seleo ineficaz, falhas de treinamento, falta de treinamento. Desajustamento: este fator relacionado com certas condies especficas do trabalho. Ex.: problema com a chefia, problemas com os colegas, polticas salariais imprprias, poltica promocional imprpria, clima de insegurana. Personalidade: fatores que fazem parte das caractersticas da personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos imprprios. Ex.: o desleixado, o macho, o exibicionista, o desatento, o brincalho.

5.4 Condies inseguras

So aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, pem em risco a integridade fsica e/ou mental do trabalhador, devido possibilidade deste acidentarse. Tais condies manifestam-se como deficincias tcnicas, podendo apresentarse: Na construo e instalaes em que se localiza a empresa: reas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de rudo e trepidaes, falta de ordem e limpeza, instalaes eltricas imprprias ou com defeitos, falta de sinalizao. Na maquinaria: localizao imprpria das mquinas, falta de proteo em partes mveis, pontos de agarramento e elementos energizados, mquinas apresentando defeitos. Na proteo do trabalhador: proteo insuficiente ou totalmente ausente, roupa e calados imprprios, equipamentos de proteo com defeito (EPIs, EPCs), ferramental defeituoso ou inadequado.

5.4.1 Causas diretas de acidentes com eletricidade

Podemos classificar como causas diretas de acidentes eltricos as propiciadas pelo contato direto por falha de isolamento, podendo estas ainda ser classificadas quanto ao tipo de contato fsico: Contatos diretos consistem no contato com partes metlicas normalmente sob tenso (partes vivas). Contatos indiretos consistem no contato com partes metlicas normalmente no energizadas (massas), mas que podem ficar energizadas devido a uma falha de isolamento. O acidente mais comum a que esto submetidas s pessoas, principalmente aquelas que trabalham em processos industriais ou desempenham tarefas de manuteno e operao de sistemas industriais, o

toque acidental em partes metlicas energizadas, ficando o corpo ligado eletricamente sob tenso entre fase e terra. 5.4.2 Causas indiretas de acidentes eltricos Podemos classificar como causas indiretas de acidentes eltricos as originadas por descargas atmosfricas, tenses induzidas eletromagnticas e tenses estticas. Descargas atmosfricas - as descargas atmosfricas causam srias perturbaes nas redes areas de transmisso e distribuio de energia eltrica, alm de provocarem danos materiais nas construes atingidas por elas, sem contar os riscos de vida a que as pessoas e animais ficam submetidos. Tenses induzidas eletromagnticas e tenses estticas - Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condies secas, as linhas de energia eltrica sofrem uma contnua induo que se soma s demais tenses presentes. As tenses estticas crescem continuamente, e aps um longo perodo de tempo podem ser relativamente elevadas. Essa tenso induzida por linha ou linhas energizadas que cruzam ou so paralelas linha ou equipamento desenergizado no qual se trabalha. Essa tenso funo da distncia entre linhas, da corrente de carga das linhas energizadas, do comprimento do trecho onde h paralelismo ou cruzamento e da existncia ou no de transposio nas linhas de energia eltrica.

6. CAPITULO 2 MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS ELTRICOS E NORMAS REGULAMENTADORAS NA CONSTRUO DE RDR (REDES DE DISTRIBUIO RURAL)

6.1 Equipamentos De Proteo Individual (EPI) Conforme Norma Regulamentadora n. 6, Equipamento de Proteo Individual EPI todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

6.2 Circunstncias do fornecimento do EPI pelo empregador A empresa obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias: Sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas ocupacionais; Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; Para atender situaes de emergncia.

Com advento do novo texto da Norma Regulamentadora n10 a vestimenta passa a ser tambm considerada um dispositivo de proteo complementar ara os empregados, incluindo a proibio de adornos mesmo estes no sendo metlicos.

6.3 Obrigaes do fornecimento do EPI pelo empregador Quanto ao EPI cabe ao empregador: Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Exigir o seu uso; Fornecer ao empregado somente EPIs aprovados pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho;

Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e conservao; Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica; Comunicar ao MTE (Ministrio do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade observada.

6.4 Obrigaes do empregado ao uso do EPI Quanto ao EPI cabe ao empregado: Utilizar apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservao; Comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso; Cumprir as determinaes do empregador sobre o uso adequado.

Conforme o Art. 157 da CLT Cabe s empresas: I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho; II. Instruir o empregado, atravs de ordens de servio, quanto s precaues a serem tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas profissionais. Conforme o Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: I. Observar as normas de segurana e medicina do trabalho, inclusive as ordens de servio expedidas pelo empregador. II. Colaborar com a empresa na aplicao dos dispositivos deste captulo (V) Pargrafo nico Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: A observncia das instrues expedidas pelo empregador; Ao uso dos Equipamentos de Proteo Individual EPIs fornecidos pela empresa.

6.5 EPIs necessrios para construo de rede de energia Os equipamentos de proteo individual no evitam acidentes. Os EPIs tm a funo de proteger o usurio das leses quando da ocorrncia de acidentes de trabalho e das doenas ocupacionais. Os EPIs necessrios para esse tipo de atividade so relacionados abaixo: 1. Vestimenta de segurana; 2. Capacete de proteo; 3. Bota de proteo de couro; 4. culos de segurana 5. Perneira; 6. Luva de vaqueta; 7. Luva de Raspa; 8. Sinto talabarte; 9. Luva de borracha

6.5.1 Vestimenta de segurana Utilizada para proteo do corpo contra chuva, umidade e produto qumico.

6.5.2 Capacete de proteo Utilizado para proteo da cabea do empregado contra agentes metereolgicos (trabalho a cu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeo de objetos, queimaduras, choque eltrico e irradiao solar.

6.5.3 Bota de proteo de couro Utilizado para proteo dos ps contra toro, escoriaes, derrapagens e umidade.

6.5.4 culos de segurana Utilizado para proteo dos olhos contra impactos mecnicos, partculas volantes e raios ultravioletas.

6.5.5 Perneira Utilizada para proteo das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de animais peonhentos.

6.5.6 Luva de vaqueta e raspa Utilizada para proteo das mos e braos do empregado contra agentes abrasivos e escoriantes.

6.5.7 Cinto talabarte Utilizado para proteo do empregado contra queda em servios onde exista diferena de nvel, em conjunto com cinturo de segurana tipo pra-quedista e mosqueto tripla trava.

6.5.8 Luva de borracha Utilizada para proteo das mos e braos do empregado contra choque em trabalho e atividade com circuitos eltricos energizados, conforme classe de tenso.

6.6 Grupos de EPI: A - EPI para proteo da cabea; B - EPI para proteo dos olhos e face; C - EPI para proteo auditiva; D - EPI para proteo respiratria; E - EPI para proteo do tronco; F - EPI para proteo dos membros superiores; G - EPI para proteo dos membros inferiores; H - EPI para proteo do corpo inteiro; I - EPI para proteo contra quedas com diferena de nvel.

6.7 Equipamento De Proteo Coletiva (Epc) No desenvolvimento de servios em instalaes eltricas e em suas proximidades devem ser previstos e adotados equipamentos de proteo coletiva. Equipamento de Proteo Coletiva EPC todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou mvel de abrangncia coletiva, destinado a preservar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores usurios e terceiros. Os EPCs necessrios para esse tipo de atividade esto so relacionados abaixo: 1. Cone de sinalizao; 2. Fita zebrada; 3. Escada Extensivel-Fibra de Vidro ; 4. Vara de manobra 5. Detector de tenso; 6. Conjunto de aterramento; 7. Bandeirola;

6.7.1 Cone de sinalizao Sinalizao de reas de trabalho e obras em vias pblicas ou rodovias e orientao de trnsito de veculos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador STROBO, bandeirola, etc.

6.7.2 Fita zebrada Utilizada quando da delimitao e isolamento de reas de trabalho.

6.7.3 Escada Extensiva de fibra de vidro Equipamento destinado a permitir o acesso aos planos elevados de trabalho. composta das seguintes partes: montantes, degraus, longarinas, moito e corda, catraca, suporte de apoio, guia braadeira, sapata e tirante.

6.7.4 Vara de manobra A vara de manobra utilizada para a fixao do detector de tenso no caso do teste da confirmao de tenso na rede e tambm serve para fazer a abertura das chaves na linha viva.

6.7.5 Detector de tenso Equipamento empregado para confirmar a presena ou ausncia de tenso em um circuito ou parte dele. Podem ser: Do tipo de chave de fenda, para uso exclusivo em baixa tenso; Do tipo eletrnico, para uso em alta e baixa tenso.

6.7.6 Conjunto de aterramento O conjunto de aterramento e curto circuitamento temporrios, constituem nas principais protees do homem nos trabalhos em redes desenergizadas, considerando-se ento como sua principal ferramenta de trabalho.

6.7.7 Bandeirola Usada em acostamentos de vias para sinalizar possveis obras e tambm para alertar no trnsito intenso sobre trechos de perigo no transporte de postes.

7. MEDIDAS DE ANLISE DE RISCOS (MAR)

Os acidentes so materializaes dos riscos associados a atividades, procedimentos, projetos e instalaes, mquinas e equipamentos. Para reduzir a freqncia de acidentes, preciso avaliar e controlar os riscos.

Que pode acontecer errado? Quais so as causas bsicas dos eventos no desejados? Quais so as conseqncias? A anlise de riscos um conjunto de mtodos e tcnicas que aplicado a uma atividade identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade representa para a populao exposta, para o meio ambiente e para a empresa, de uma forma geral. Os principais resultados de uma anlise de riscos so a identificao de cenrios de acidentes, suas freqncias esperadas de ocorrncia e a magnitude das possveis conseqncias. A anlise de riscos deve incluir as medidas de preveno de acidentes e as medidas para controle das conseqncias de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham prximo instalao ou para o meio ambiente. As metodologias representam os tipos de processos ou de tcnicas de execuo dessas anlises de riscos da instalao ou da tarefa. Alguns exemplos dessas tcnicas so apresentados a seguir com uma pequena descrio do mtodo.

7.1 Conceitos bsicos Perigo Uma ou mais condies fsicas ou qumicas com possibilidade de causar danos s pessoas, propriedade, ao ambiente ou uma combinao de todos. Risco - Medida da perda econmica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinao entre a freqncia da ocorrncia e a magnitude das perdas ou danos (conseqncias).

Anlise de riscos - a atividade dirigida elaborao de uma estimativa (qualitativa ou quantitativa) do riscos, baseada na engenharia de avaliao e tcnicas estruturadas para promover a combinao das freqncias e conseqncias de cenrios acidentais. Gerenciamento de riscos - a formulao e a execuo de medidas e procedimentos tcnicos e administrativos que tm o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes na instalao industrial, objetivando mant-la operando dentro dos requerimentos de segurana considerados tolerveis.

7.2 Nveis de risco Catastrfico Moderado Desprezvel Crtico No Crtico

7.3 Classificao dos riscos Quanto severidade das conseqncias: Categoria I Desprezvel Quando as conseqncias / danos esto restritas rea industrial da ocorrncia do evento com controle imediato. Categoria II Marginal Quando as conseqncias / danos atingem outras subunidades e/ou reas no industriais com controle e sem contaminao do solo, ar ou recursos hdricos. Categoria III Crtica Quando as conseqncias / danos provocam contaminao temporria do solo, ar ou recursos hdricos, com possibilidade de aes de recuperao imediatas. Categoria IV Catastrfica Quando as conseqncias / danos atingem reas externas, comunidade circunvizinha e/ou meio ambiente.

7.4 Principais medidas para a identificao dos riscos/perigos

7.4.1 Anlise preliminar de riscos Mtodo de estudo preliminar e sumrio de riscos, normalmente conduzido em conjunto com o grupo de trabalhadores expostos, com o objetivo de identificar os acidentes potenciais de maior prevalncia na tarefa e as caractersticas intrnsecas destes. um mtodo de estudo de riscos realizado durante a fase de planejamento e desenvolvimento de um determinado processo, tarefa ou planta industrial, com a finalidade de prever e prevenir riscos de acidentes que possam acontecer durante a fase operacional e de execuo da tarefa.

7.4.2 Anlise de falha humana Mtodo que identifica as causas e os efeitos dos erros humanos observados em potencial. O mtodo tambm identifica as condies dos equipamentos e dos processos que possam contribuir para provocar esses erros.

7.4.3 Mtodo de anlise de falhas e de efeitos Mtodo especfico de anlise de riscos, concebido para ser utilizado em equipamentos mecnicos, com o objetivo de identificar as falhas potenciais que possam provocar acontecimentos ou eventos adversos e tambm efeitos desfavorveis desses eventos. um mtodo de anlise de riscos tecnolgicos que consiste: Na tabulao de todos os sistemas e equipamentos existentes numa instituio ou planta industrial; Na identificao das modalidades de falhas possveis em cada um deles;

Na especificao dos efeitos desfavorveis destas falhas sobre o sistema e sobre o conjunto das instalaes.

7.4.4 Anlise de segurana de sistemas a tcnica que tem por finalidade avaliar e aumentar o grau de confiabilidade e o nvel de segurana intrnseca de um sistema determinado, para os riscos previsveis. Como a segurana intrnseca o inverso da insegurana ou nvel de vulnerabilidade, todos os projetos de reduo de riscos e de preparao para desastres concorrem para incrementar o nvel de segurana.

7.4.5 rvore de eventos Tcnica dedutiva de anlise de riscos utilizada para avaliar as possveis conseqncias de um acidente potencial, resultante de um evento inicial tomado como referncia, o qual pode ser um fenmeno natural ou ocorrncia externa ao sistema, um erro humano ou uma falha do equipamento. um mtodo que tem por objetivo antecipar e descrever, de forma seqenciada, a partir de um evento inicial, as conseqncias lgicas de um possvel acidente. Os resultados da anlise da rvore de eventos caracterizam seqncias de eventos intermedirios, ou melhor, um conjunto cronolgico de falhas e de erros que, a partir do evento inicial, culminam no acidente ou evento-topo ou principal. 7.4.6 rvore de falhas Tcnica dedutiva de anlise de riscos na qual, a partir da focalizao de um determinado acontecimento definido como evento-topo ou principal, se constri um diagrama lgico que especifica as vrias combinaes de falhas de equipamentos, erros humanos ou de fenmenos ou ocorrncias externas ao sistema que possam provocar o acontecimento.

8. ANLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)

O que analise preliminar de risco? uma tcnica qualitativa cujo objetivo consiste na identificao dos riscos/perigos potenciais decorrentes de novas instalaes ou da operao das j existentes. Em uma dada instalao, para cada evento perigoso identificado em conjunto com as respectivas conseqncias, um conjunto de causas levantado, possibilitando a classificao qualitativa do risco associado, de acordo com categorias preestabelecidas de freqncia de ocorrncia do cenrio de acidente e de severidade das conseqncias. A APR permite uma ordenao qualitativa dos cenrios de acidentes encontrados, facilitando a proposio e a priorizao de medidas para reduo dos riscos da instalao, quando julgadas necessrias, alm da avaliao da necessidade de aplicao de tcnicas complementares de anlise. A metodologia adotada nas Anlises Preliminares de Riscos ou Perigos compreende a execuo das seguintes tarefas: a) definio dos objetivos e do escopo da anlise; b) definio das fronteiras das instalaes analisadas; c) coleta de informaes sobre a regio, as instalaes, as substncias perigosas envolvidas e os processos; d) subdiviso da instalao em mdulos de anlise; e) realizao da APR propriamente dita (preenchimento da planilha); f) elaborao das estatsticas dos cenrios identificados por categorias de freqncia e de severidade; g) anlise dos resultados, elaborao de recomendaes e preparao do relatrio. As principais informaes requeridas para a realizao de uma APR so as seguintes:

sobre as instalaes: especificaes tcnicas de projeto, especificaes de equipamentos, layout das instalaes e descrio dos principais sistemas de proteo e segurana; sobre os processos: descrio dos processos envolvidos; e sobre as substncias: caractersticas e propriedades fsicas e qumicas. Para simplificar a realizao da anlise, as instalaes estudadas so divididas em "mdulos de anlise", os quais podem ser: unidade completa, local de servio eltrico, parte de locais de servio eltrico ou partes especficas das instalaes, tais como subestaes, painis, etc. A diviso das instalaes feita com base em critrios de funcionalidade, complexidade e proximidade fsica. A realizao da anlise propriamente dita feita atravs do preenchimento de uma planilha de APR conforme o modelo relacionado abaixo:

9.

SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA SEGURANA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)

DE

Os Servios Especializados em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho est regulamentado conforme dispositivo da Lei 6.514/77 Portaria 3.214/78, especificado na Norma Regulamentadora NR 4. A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existncia do SESMT em todas as empresas privadas, pblicas, rgos pblicos da administrao direta e indireta dos poderes Legislativo e Judicirio, que possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas CLT, com a finalidade de promover a sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. O dimensionamento do SESMT vincula-se graduao do risco da atividade principal e ao nmero total de empregados do estabelecimento. Para que o funcionamento do SESMT atinja seus objetivos, necessrio que a poltica visasse segurana e a sade do trabalhador, seja bem definida e garantida pelo apoio da administrao e pela conscientizao de cada trabalhador da empresa em todos os nveis hierrquicos.

9.1 Atribuies do SESMT Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho no ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive mquinas e equipamentos, de modo a reduzir at controlar os riscos ali existentes sade do trabalhador; Determinar ao trabalhador a utilizao de Equipamentos de Proteo Individual EPI, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminao do risco como determina a NR 6 e se mesmo assim este persistir, e desde que a concentrao, a intensidade ou caracterstica do agente assim o exija;

Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantao de novas instalaes fsicas e tecnolgicas da empresa;

Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientao quanto ao cumprimento do disposto nas NRs aplicveis s atividades executadas pelo trabalhadores das empresa e/ou estabelecimentos;

Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao mximo de suas observaes, alm de apoi-la, trein-la e atend-la, conforme dispe a NR 5;

Promover a realizao de atividades de conscientizao, educao e orientao dos trabalhadores para a preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais, tanto atravs de campanhas quanto de programas de durao permanente (treinamentos);

Esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do trabalho e doenas ocupacionais, estimulando-os em favor da preveno;

Analisar e registrar em documentos especficos todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, e todos os casos de doena ocupacional, descrevendo a histria e as caractersticas do acidente e/ou da doena ocupacional, os fatores ambientais, as caractersticas do agente e as condies dos indivduos portadores de doenas ocupacional ou acidentado;

As atividades dos profissionais integrantes do SESMT so essencialmente prevencionistas, embora no seja vedado o atendimento de emergncia, quando se tornar necessrio. A elaborao de planos de controle de efeitos de catstrofes, disponibilidade de meios que visem ao combate a incndios e o salvamento e de imediata ateno vtima de qualquer outro tipo de acidente esto includos em suas atividades.

10. COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES (CIPA)

Conforme determina a NR 5 as empresas privadas, pblicas, sociedades de economia mista, rgos da administrao direta e indireta, instituies beneficentes, associaes recreativas, cooperativas, bem como outras instituies que admitam trabalhadores como empregados devem constituir CIPA por estabelecimento e mant-la em regular funcionamento. A CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador. A CIPA composta por representantes do empregador - (designados) e dos empregados (eleitos). O organograma pode ser representado conforme segue:

10.1 Atribuies da CIPA

Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participao do maior nmero de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;

Elaborar plano de trabalho que possibilite a ao preventiva na soluo de problemas de segurana e sade no trabalho;

Participar da implementao e do controle da qualidade das medidas de preveno necessrias, bem como da avaliao das prioridades de ao nos locais de trabalho;

Realizar, periodicamente, verificaes nos ambientes e condies de trabalho visando a identificao de situaes que venham a trazer riscos para a segurana e sade dos trabalhadores;

Realizar, a cada reunio, avaliao do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situaes de risco que foram identificadas;

Divulgar aos trabalhadores informaes relativas segurana e sade no trabalho;

Participar, com o SESMT, onde houver, das discusses promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alteraes no ambiente e processo de trabalho relacionado segurana e sade dos trabalhadores;

Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisao de mquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente segurana e sade dos trabalhadores;

Colaborar no desenvolvimento e implementao do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados segurana e sade no trabalho;

Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como clusulas de acordos e convenes coletivas de trabalho, relativas segurana e sade no trabalho;

Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da anlise das causas das doenas e acidentes de trabalho e propor medidas de soluo dos problemas identificados;

Requisitar ao empregador e analisar as informaes sobre questes que tenham interferido na segurana e sade dos trabalhadores;

Requisitar empresa as cpias das CATs emitidas; Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho SIPAT;

Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Preveno da AIDS.

11. SEMANA INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES DE TRABALHO (SIPAT)

uma semana voltada preveno, tanto no que diz respeito a acidentes do trabalho quanto a doenas ocupacionais. uma das atividades obrigatrias para todas as Comisses Internas de Preveno de Acidentes do Trabalho, devendo ser realizada com freqncia anual. A Legislao da SIPAT est prevista na Portaria n 3.214, NR-5, item 5.16 Atribuies da CIPA - letra O:

Promovida anualmente em conjunto com o Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho (SESMT), a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho - SIPAT.

11.1 Objetivo da SIPAT Orientar e conscientizar os funcionrios da SUA EMPRESA sobre a importncia da preveno de acidentes e doenas no ambiente do trabalho; Fazer com que os funcionrios resgatem valores esquecidos pelo corre- corre do dia-a-dia, ou seja, no s tenham idia de segurana, mas que tambm pratiquem segurana. Na SIPAT, os assuntos relacionados com sade e segurana do trabalho so evidenciados, buscando a efetiva participao dos funcionrios envolvendo, tambm, os diretores, gerentes e familiares se possvel. Ela no deve ser vista como mero cumprimento da legislao, mas sim como a continuidade dos trabalhos voltados para a preveno de acidentes e doenas ocupacionais, onde a lucratividade est na promoo da sade, aumento da produtividade e na valorizao da vida.

12.

CONSCIENTIZAO, INFORMAO AMBIENTE DE TRABALHO (CIPAT)

E

PREVENO

NO

A CIPAT tem como objetivo oferecer educao, conscientizao e promoo da sade trazendo ganho s empresas por estarem realizando trabalhos de preveno e cuidados aos seus funcionrios, favorecendo uma vida mais saudvel e prevenida, bem como estar exercendo sua responsabilidade social, a CIPAT realiza todo esse trabalho atravs de palestras sobre as Doenas Sexualmente Transmissveis e AIDS, sob os aspectos de identificao, contgio, reproduo e preveno, bem como, refletir acerca do preconceito, discriminao e solidariedade s pessoas

vivendo com HIV/AIDS, contribuindo na preveno das DSTs/AIDS , e melhorando a qualidade e o modo de viver do portador do vrus HIV.

13. PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)

O Programa de Preveno de Riscos Ambientais um documento de reviso anual, que visa identificar, avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, promovendo a preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais, tais como: Radiao eletromagntica, principalmente na construo e manuteno de linhas de elevado potencial (transmisso e sub-transmisso) e em subestaes; Rudo em usinas de gerao eltrica e subestaes; Calor em usinas de gerao eltrica (sala de mquinas), servios em redes subterrneas de distribuio de energia eltrica e em subestaes; umidade em caixas subterrneas; Riscos biolgicos diversos nos servios em redes subterrneas de distribuio de energia eltrica (eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construo de modo geral; Gases txicos, asfixiantes, inflamveis nos servios em redes subterrneas de distribuio de energia eltrica tais como metano, monxido de carbono, etc; Produtos qumicos diversos como solventes para limpeza de acessrios;

leos dieltricos utilizados nos equipamentos, leos lubrificantes minerais e hidrocarbonetos nos servios de manuteno mecnica em equipamentos sobre tudo em subestaes de energia, usinas de gerao e transformadores na rede de distribuio;

cido sulfrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de gerao eltrica. Ascarel ou Bifenil Policlorados (PCBs), ainda presente em transformadores e capacitores de instalaes eltricas antigas, em atividades de manuteno em subestaes de distribuio eltrica e em usinas de gerao eltrica, por ocasio da troca de transformadores e capacitores e, em especial, da recuperao de transformadores e descarte desse produto.

Outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos porventura decorrentes de atividades de construo, tais como vapores orgnicos em atividades de pintura, fumos metlicos em solda, poeiras em redes subterrneas e obras, etc.

fundamental a verificao da existncia dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial ateno para os seguintes: Discusso do documento base com os empregados (CIPA); Descrio de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho, internos ou externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores prprios ou de empresa contratadas); Realizao de avaliaes ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados (radiao, calor, rudo, produtos qumicos, agentes biolgicos, dentre outros), contendo descrio de metodologia adotadas nas avaliaes, resultados das avaliaes, limites de tolerncia estabelecidos na NR15 e

medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado; Descrio das medidas de controle coletivas adotadas; Cronograma das aes a serem adotadas no perodo de vigncia do programa. O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de Sade e Segurana do Trabalho - SST, como PCMSO, PCA e o PCMAT (em caso de construo de linhas eltricas, obras civis de apoio a estruturas, prediais), e inclusive, com todos os documentos relativos ao sistema de gesto em SST adotado pela empresa

14. PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OUPACIONAL (PCMSO)

fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado anualmente com base em um preciso reconhecimento e avaliao dos riscos presentes em cada ambiente de trabalho, em conformidade com os riscos levantados e avaliados no PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais, no PCMAT Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo, bem como em outros documentos de sade e segurana, e inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA). Esse Programa constitui-se num dos elementos de Sade e Segurana do Trabalho - SST da empresa e no pode prescindir de total engajamento e correspondncia com o sistema de gesto adotado na empresa, se houver, integrando-o, tanto na fase de planejamento de aes quanto na fase de monitorao dos resultados das medidas de controle implementadas. Frente s situaes especficas do setor eltrico, onde na maioria dos casos no esto presentes os riscos clssicos industriais, o Programa de Controle Mdico de

Sade

Ocupacional

(PCMSO)

deve

considerar

com

profundidade

fatores

ergonmicos: De ordem psicossocial relacionados presena do risco de vida no trabalho com eletricidade e dos trabalhos em altura, seja no poste urbano quanto nas atividades em linhas de transmisso, como: stress associado a tais riscos, grande exigncia cognitiva e de ateno, necessidade de condicionamento psquico e emocional para execuo dessas tarefas, entre outros fatores estressores De natureza biomecnica relacionados s atividades em posturas pouco fisiolgicas e inadequadas (em postes, torres, plataformas), com exigncias extremas de condicionamento fsico; De natureza organizacional relacionados s tarefas planejadas sem critrios de respeito aos limites tcnicos e humanos, levando a premncia de tempo, atendimento emergencial, presso produtiva. Alm dos fatores citados, evidentemente o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO) dever levar em conta os demais riscos presentes nas atividades executadas conforme cada caso especificamente. O controle mdico dever incluir: Avaliaes clnicas cuidadosas, admissionais e peridicas, com nfase em aspectos neurolgicos e osteo-msculo-ligamentares de modo geral; Avaliao de aspectos fsicos do trabalhador pertinentes a outros riscos levantados, incluindo rudo, calor ambiente e exposio a produtos qumicos; Avaliao psicolgica voltada para o tipo de atividade a desenvolver; Avaliao de acuidade visual, (trabalho muitas vezes distncia, e com percepo de detalhes).

Exames complementares podero ser solicitados, a critrio mdico, conforme cada caso. Ainda, aes preventivas para situaes especiais devem ser previstas, como vacinao contra Ttano e Hepatite, no caso de atividades em caixas subterrneas prximas rede de esgoto. O Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO), alm da avaliao individual de cada trabalhador envolvido, periodicamente, tem o carter de um estudo de corte, longitudinal, onde o mdico do trabalho tem oportunidade de acompanhar uma determinada populao de trabalhadores ao longo de sua vida laboral, estudando o possvel aparecimento de sintomas ou patologias, a partir da exposio conhecida a fatores agressores. fundamental que os relatrios anuais sejam detalhados, com a guarda judiciosa dos pronturios mdicos, sendo a implementao do programa verificada pelo Auditor Fiscal do Trabalho por meio da correo dos Atestados de Sade Ocupacionais, quanto a dados obrigatrios e periodicidade, disponibilidade dos relatrios anuais e, caso necessrio, por meio das anlises dos pronturios mdicos.

15.

PROGRAMA DAS CONDIES E MEIO AMBIENTE TRABALHO NA INDUSTRIA DA CONSTRUO (PCMAT)

DO

um Programa obrigatrio para todos os estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores (empregados e terceirizados) ou mais. Este Programa elaborado segundo as exigncias contidas no PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais e objetiva o reconhecimento, avaliao e controle dos riscos encontrados nesta atividade laboral. Os documentos que integram o PCMAT so: Memorial sobre condies e meio ambiente de trabalho Projeto de execuo das protees coletivas Especificao tcnica das protees coletiva Cronograma de implantao das medidas preventivas

Layout inicial do canteiro de obra Programa educativo sobre acidentes e doenas do trabalho.

16. Comunicao de Acidentes do Trabalho (CAT)

Conforme O Art. 22. A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o 1 (primeiro) dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, comunidade competente, sob pena de multa varivel entre o limite mnimo e o limite mximo do salrio-de-contribuio, sucessivamente aumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pela Previdncia social. 1 Da comunicao a que se refere este artigo recebero cpia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. 2 Na falta de comunicao por parte da empresa, podem formaliz-la o prprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica, no prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. 3 A comunicao a que se refere o 2 no exime a empresa de responsabilidade pela falta de cumprimento do disposto neste artigo. 4 Os sindicatos e entidades representativas de classe podero acompanhar a cobrana, pela Previdncia Social, das multas previstas neste artigo. Art. 23 Considera-se como dia do acidente, no caso de doena profissional ou do trabalho, a data do incio da incapacidade laborativa para o exerccio da atividade habitual, ou o dia da segregao compulsria, ou o dia em que for realizado o diagnstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. Art. 169 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de 12 meses, a manuteno de seu contrato de trabalho na empresa, aps a cessao do auxlio-doena acidentrio. Independentemente da percepo de auxilio-acidente. Art. 173 O pagamento pela Previdncia Social das prestaes por acidente do

trabalho no exclui a responsabilidade civil d empresa ou de outrem.

17. ATESTADO DE SADE OCUPACIONAL (ASO)

o atestado que define se o funcionrio est apto ou inapto para a realizao de suas funes dentro da empresa. Para cada exame realizado, o mdico emitir em duas vias o ASO. A primeira via ficar arquivada no local de trabalho inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras disposio da fiscalizao do trabalho. A segunda via ser obrigatoriamente entregue ao trabalhador mediante recibo na primeira via. Este documento de extrema importncia, pois alm da identificao completa do trabalhador, o nmero de identidade, a funo exercida, os riscos que existem na execuo de suas tarefas, procedimentos mdicos a que foi submetido, ou seja, informaes completas sobre a sade do funcionrio deixando o mesmo e a empresa cientes de sua atual condio.

18. Dialogo de sade e segurana do trabalho

Os Dilogos de sade e Segurana trabalho so oportunidades para que se implante a cultura de segurana nas diversas reas que venha trazer algum risco ao trabalhador, por isso o DSS tem o habito de desenvolver nas pessoas o costume da conversa sobre assuntos relativos sade e segurana do trabalho. 18.1 Como so feito e por quem o DSS Normalmente os DSS so reunies rpidas de aproximadamente 10 a 15 minutos realizadas 2 dias da semana no local de trabalho para discutir assuntos relativos aos riscos e preveno dos mesmos, bem como discutir acidentes e incidentes ocorridos nas determinadas atividades na construo de rede de energia rural.

O DSS pode ser conduzido por (Encarregados, Supervisores, Coordenadores, etc.), ou seja, qualquer um deles responsvel por realizarem os DSS nos diversos locais de trabalho, de acordo com sua rea de atuao. Para a escolha do tema a pessoa responsvel utiliza um manual de Higiene e Segurana do Trabalho, que tem como finalidade dar assessoria na escolha do tema para que no fique repetitivo os assuntos discutidos no DSS. 18.2 Manual de sade e segurana do trabalho Este Manual foi preparado para fornecer material aos Coordenadores de modo que os mesmos possam conduzir os DSS. Possui textos referentes a assuntos relativos Sade e Segurana nos diversos locais de trabalho, que podem servir de base para o estabelecimento de discusses e/ou sugestes de melhorias. Mensalmente o Coordenador deve encaminhar para o HST as listas com assinatura dos participantes dos DSS realizados, para fins da elaborao do respectivo controle estatstico. Os textos contidos neste manual falam dos assuntos de Sade e Segurana de uma forma genrica. muito importante que, ao realizar o DSS, sejam adaptados aos locais de trabalho, com a citao de exemplos prticos, falando sobre a observao dos procedimentos e acidentes ocorridos que possam relacionar-se com o assunto em questo. Como exemplo segue abaixo alguns temas e modelo de um DSS que pode ser abordado no seu ambiente de trabalho:

19. CONCLUSES

Podemos dizer que os acidentes so to antigos quanto o prprio homem, pois o envolvimento deste com a questo tm ceifado muitas vidas, mas tambm tm salvado outras tantas. Nas buscas e desenvolvimento contnuo de tcnicas e ferramentas gerenciais que venham a garantir um ambiente seguro para realizao de atividades de quaisquer naturezas, faz-se necessrio utilizar uma terminologia conhecida e alinhada a padres internacionais, para que estes assuntos ganhem clareza e preciso. Assim, evitam-se os possveis desvios e vcios de comunicao e compreenso que podem se adicionar as dificuldades na resoluo de problemas estudados. J a eletricidade considerada como um agente de risco causador de muitos acidentes, no s com danos pessoais a trabalhadores, usurios e outras pessoas, mas tambm com prejuzos materiais. Muitos riscos podem ser identificados por meio de uma rpida observao, como o risco de queda em um trabalho em altura, o risco devido ao vazamento de gases txicos ou combustveis, percebidos pelo olfato, etc., mas em condutores ou dispositivos que estejam energizados o risco s pode ser constatado atravs de instrumentos especficos. Com este trabalho procurou-se apresentar procedimentos, normas e medidas a serem adotadas para diminuir incidncia de acidentes na construo de redes de energia eltrica rural, que hoje ainda esta em alta devido o programa do governo Luz Para todos. O foco maior foi desenvolver um plano de segurana do trabalho a ser implantado pelas empresas que trabalham nessa rea com a viso de cada dia. As empresas que adotar e trabalhar com esse plano tem a reduzir os seus acidentes, fato ressaltarmos alguns pontos fundamentais resumidamente apresentados no trabalho conforme especificado abaixo: 1 - Passar a priorizar a preveno de acordo com a periculosidade e os riscos presentes nas atividades; 2 s aes, preventivas, esto sendo elaboradas e acompanhadas por profissionais especializados que esto atuando diretamente com as empresas contratadas;

3 - Garantir que todos os funcionrios das empresas que trabalham na construo de redes eltricas tenham treinamento com a NR-10. 4 - Atender e seguir todas as normas regulamentadoras necessrias conforme a Legislao. 5 - Utilizar todos os equipamentos de proteo Individual e Coletiva para execuo dos trabalhos. E por ultimo os funcionrios devem acatar e retribuir estudando as normas de segurana e medicina do trabalho, bem como as instrues dadas pelo empregador, colaborar com a empresa na aplicao das leis sobre segurana e medicina do trabalho e usar corretamente os EPIs e EPCs quando necessrio.

20. BIBLIOGRAFIA

ABNT NBR 5410:2004 Instalaes Eltricas de Baixa Tenso Associao Brasileira de normas Tcnicas, ABNT, 30 de setembro de 2004, 209 pg. ISBN 97885-07-00562. ABNT NBR 14039: Instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 kV a 13,2 Kv. 2003. 65 p. ABNT NBR 6146: Graus de proteo. KINDERMANN, Geraldo. Choque eltrico. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzato, 2000. NR-10 - Instalaes e Servios em Eletricidade. Manual de Segurana e Medicina no Trabalho, So Paulo: Editora Atlas, 52. edio, 2003. NR-10 complementar Curso complementar de Segurana do Trabalho em Sistema Eltrico de Potencia e em suas Proximidades. Apostila do senai-Servio Nacional de Aprendizagem Industrial do Tocantins, Cetec-Araguaina, 2009. NR-10 Bsico Curso complementar de Segurana do Trabalho em Sistema Eltrico de Potencia e em suas Proximidades. Apostila do SENAI - Servio Nacional de Aprendizagem Industrial de Braslia, dois de agosto de 2005, 74pg. Norma Regulamentadora NR7. Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO). Manual de legislao Atlas, Segurana e Medicina do trabalho. So Paulo: Atlas 2008.62.ed.797p. ISBN 978-85-224-5007-7. Norma regulamentadora NR9. Programa de preveno de Riscos Ambientais (PPRA). Manual de legislao Atlas, Segurana e Medicina do trabalho. So Paulo:Atlas, 2008. 62.ed.797p. ISBN 978-85-224-5007-7. Norma Regulamentadora NR6. Equipamentos de proteo Coletivas (EPIs). Manual de legislao Atlas, Segurana e Medicina do trabalho. So Paulo: Atlas 2008.62.ed.797p. ISBN 978-85-224-5007-7. Norma tcnica NTD-15 : Montagem de Redes de Distribuio Area Rural Trifsica e Monofsica 13,8 E 34,5 KV. Celtins-Centrais eltricas do Tocantins (Rede Energia), 9 de julho de 2008.

Norma tcnica NTD-12. Montagem de Redes Areas Secundarias Isoladas com Cabos Multiplexados. Celtins-Centrais eltricas do Tocantins (Rede Energia), 08 de fevereiro de 2008.

Orientao Tcnica Distribuio OTD-03. Construo de Redes por Terceiros Manual do Construtor. Celtins-Centrais eltricas do Tocantins (Rede Energia), julho de 2009.