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Tweetar 0 0 Moralidade e probidade administrativa parâmetros de definição e esferas de atuação Larissa Freitas Carlos (http://jus.com.br/946718larissafreitascarlos/publicacoes) Publicado em 05/2000. Elaborado em 03/1999. «Página 1 de 1» 100% gostaram 1 voto Assuntos: Princípio da moralidade administrativa (http://jus.com.br/artigos/principiodamoralidadeadministrativa) Princípios (Direito Administrativo) (http://jus.com.br/artigos/principiosdireitoadministrativo) Direito Administrativo (http://jus.com.br/artigos/direitoadministrativo) À compreensão do tema em epígrafe, mister se faz, preambularmente, que se defina os vocábulos "moralidade" e "probidade" a partir de uma visão sistemática, bem como teleológica, de sua existência perante o meio jurídico, delineando de modo específico os limites conceituais e operacionais de cada um deles, face a grande tendência de atribuir similaridade de significação aos mesmos. Entendese por moralidade a congregação de costumes, deveres e modo de proceder dos homens para com os seus semelhantes, o corpo de preceitos e regras para dirigir as ações humanas segundo a justiça e a equidade natural. A probidade, por sua vez, consiste em honradez, integridade de caráter, honestidade, pundonor. À primeira vista, vislumbrar uma distinção efetiva não se mostra de todo evidente, todavia, da análise minuciosa de tais conceitos, percebese que a moralidade compreende o conjunto de valores inerentes à existência humana, muitas vezes restem inobservados; já a probidade configura a retidão no agir consoante tais valores perante una dada atribuição, tanto que a origem etimológica do vocábulo coloca a improbidade em sentido próprio como "má qualidade". Uma vez definidos de per si, interessante se faz colocar a discussão em torno do que vêm a ser os princípios da moralidade e da probidade administrativa, sua origem, suas evoluções, e, preponderantemente, a linha de atuação de cada um deles, mostrando as eventuais interseções que traçam seus caminhos. A discussão em epígrafe ganhou relevância com a Constituição Federal de 1988, a qual coloca a moralidade como um dos princípios ao qual deve se submeter a administração pública, desmistificando toda uma tendência, oriunda das originárias distinções entre Direito e Moral, sendo esta uma área livre da intervenção estatal, consistente numa obrigação de simples dever, íntima, dada com intenção pura, sem qualquer possibilidade de coerção. O Direito, dessarte, vinha a ser a obrigação legalmente formulada, imposta mediante coercibilidade, o que fornecia a certeza de sua observância. Tratavamse de esferas distintas. Onde o Estado podia intervir, cobrando e impondo, era o Direito; onde a consciência individual traçava os parâmetros de limitação, tinhase a moral. Porém surge um questionamento: de onde vem o Direito? Sabese que, antes das codificações normativas as relações no meio social eram tuteladas consuetudinariamente, a partir dos costumes imperantes em cada localidade; e de onde provinham, então, tais costumes? Em que se alicerçavam os povos para definirem o certo e o errado? Obviamente em valores imperantes, na moralidade, no que julgavam ser correto, honrado, íntegro. Da compilação desses costumes surgiu a norma, antes esparsa, depois codificada, passando por variadas especializações, mas resultante de como agiam os povos diante daquelas situações fáticas, afinal, não poderia todo o sistema ir de encontro a tudo o que já existia no campo da imperatividade de condutas. Assim se posicionou Georges Ripert, ao preceituar: "se uma lei corresponde ao ideal moral, a sua observância será facilmente assegurada; o respeito pela lei apoiarseá sobre a execução voluntária e contente do dever, a sanção será eficaz porque ela atingirá os membros da sociedade reconhecidamente rebeldes ao dever. Se, ao contrário, a lei fere o ideal moral da sociedade, ela não será senão imperfeitamente obedecida até o dia em que, malgrado sua aplicação difícil, ela conseguir deformar o ideal moral e aparecer ela mesma como a tradução de um outro ideal." Nessa linha de raciocínio, não há como se dissociar concretamente o direito da moral, vez que aquele nasce indiretamente desta, fundamentase num ideal de correição fornecido pelos valores genéricos do certo e do errado. O mesmo homem que buscou traçar paralelos de distinção entre direito e moral, a fim de resguardar uma certa área livre da intromissão estatal, passou a enxergar a necessidade de tutela às relações jurídicas e sociais a partir de uma outra ótica, restrita não apenas ao normativismo codificado, porém extensiva ao senso moral norteador das ações dos indivíduos. Textos relacionados Farra de passagens aéreas na Câmara dos Deputados (http://jus.com.br/artigos/36774/farradaspassagensaereasnacamaradosdeputados) A fissura moral da Administração Pública Brasileira (http://jus.com.br/artigos/32999/afissuramoraldaadministracaopublicabrasileira) Concurso público: exceções legais potencialmente lesivas à moralidade administrativa (http://jus.com.br/artigos/29034/concursopublicoasexcecoes legaispotencialmentelesivasamoralidadeadministrativa) Conteúdo jurídico do princípio da moralidade administrativa (http://jus.com.br/artigos/28976/primeirasconsideracoessobreoconteudojuridicodoprincipio ARTIGOS (HTTP://JUS.COM.BR/ARTIGOS) / TEXTO SELECIONADO PELOS EDITORES R7 TV (http://tv.r7.com/) Notícias (http://noticias.r7.com/) Entretenimento (http://entretenimento.r7.com/) Esportes (http://esportes.r7.com/) Vídeos (http://videos.r7.com/) Rede Record (http://rederecord.r7.com/) Email (http://email.r7.com/) 6 Recomendar

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Moralidade e Probidade Administrativa

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Moralidade e probidade administrativaparâmetros de definição e esferas de atuação

Larissa Freitas Carlos (http://jus.com.br/946718­larissa­freitas­carlos/publicacoes)

Publicado em 05/2000. Elaborado em 03/1999.

«Página 1 de 1»

100% gostaram 1 votoAssuntos:Princípio da moralidade administrativa (http://jus.com.br/artigos/principio­da­moralidade­administrativa)Princípios (Direito Administrativo) (http://jus.com.br/artigos/principios­direito­administrativo)Direito Administrativo (http://jus.com.br/artigos/direito­administrativo)

À compreensão do tema em epígrafe, mister se faz, preambularmente, que se defina os vocábulos "moralidade" e "probidade" a partir de uma visão sistemática,bem como teleológica, de sua existência perante o meio jurídico, delineando de modo específico os limites conceituais e operacionais de cada um deles, face agrande tendência de atribuir similaridade de significação aos mesmos.

Entende­se por moralidade a congregação de costumes, deveres e modo de proceder dos homens para com os seus semelhantes, o corpo de preceitos e regraspara dirigir as ações humanas segundo a justiça e a equidade natural. A probidade, por sua vez, consiste em honradez, integridade de caráter, honestidade,pundonor. À primeira vista, vislumbrar uma distinção efetiva não se mostra de todo evidente, todavia, da análise minuciosa de tais conceitos, percebe­se que amoralidade compreende o conjunto de valores inerentes à existência humana, muitas vezes restem inobservados; já a probidade configura a retidão no agirconsoante tais valores perante una dada atribuição, tanto que a origem etimológica do vocábulo coloca a improbidade em sentido próprio como "má qualidade".

Uma vez definidos de per si, interessante se faz colocar a discussão em torno do que vêm a ser os princípios da moralidade e da probidade administrativa, suaorigem, suas evoluções, e, preponderantemente, a linha de atuação de cada um deles, mostrando as eventuais interseções que traçam seus caminhos.

A discussão em epígrafe ganhou relevância com a Constituição Federal de 1988, a qual coloca a moralidade como um dos princípios ao qual deve se submetera administração pública, desmistificando toda uma tendência, oriunda das originárias distinções entre Direito e Moral, sendo esta uma área livre da intervençãoestatal, consistente numa obrigação de simples dever, íntima, dada com intenção pura, sem qualquer possibilidade de coerção.

O Direito, dessarte, vinha a ser a obrigação legalmente formulada, imposta mediante coercibilidade, o que fornecia a certeza de sua observância. Tratavam­sede esferas distintas. Onde o Estado podia intervir, cobrando e impondo, era o Direito; onde a consciência individual traçava os parâmetros de limitação, tinha­sea moral. Porém surge um questionamento: de onde vem o Direito? Sabe­se que, antes das codificações normativas as relações no meio social eram tuteladasconsuetudinariamente, a partir dos costumes imperantes em cada localidade; e de onde provinham, então, tais costumes? Em que se alicerçavam os povospara definirem o certo e o errado? Obviamente em valores imperantes, na moralidade, no que julgavam ser correto, honrado, íntegro. Da compilação dessescostumes surgiu a norma, antes esparsa, depois codificada, passando por variadas especializações, mas resultante de como agiam os povos diante daquelassituações fáticas, afinal, não poderia todo o sistema ir de encontro a tudo o que já existia no campo da imperatividade de condutas.

Assim se posicionou Georges Ripert, ao preceituar: "se uma lei corresponde ao ideal moral, a sua observância será facilmente assegurada; o respeito pela leiapoiar­se­á sobre a execução voluntária e contente do dever, a sanção será eficaz porque ela atingirá os membros da sociedade reconhecidamente rebeldes aodever. Se, ao contrário, a lei fere o ideal moral da sociedade, ela não será senão imperfeitamente obedecida até o dia em que, malgrado sua aplicação difícil, elaconseguir deformar o ideal moral e aparecer ela mesma como a tradução de um outro ideal."

Nessa linha de raciocínio, não há como se dissociar concretamente o direito da moral, vez que aquele nasce indiretamente desta, fundamenta­se num ideal decorreição fornecido pelos valores genéricos do certo e do errado. O mesmo homem que buscou traçar paralelos de distinção entre direito e moral, a fim deresguardar uma certa área livre da intromissão estatal, passou a enxergar a necessidade de tutela às relações jurídicas e sociais a partir de uma outra ótica,restrita não apenas ao normativismo codificado, porém extensiva ao senso moral norteador das ações dos indivíduos.

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da­moralidade­administrativa)Improbidade administrativa: 21 anos da Lei 8.429/92 (http://jus.com.br/artigos/28695/improbidade­administrativa)

No campo do direito administrativo, público por natureza, há a preponderância do interesse coletivo em detrimento do individual, o Estado se investe da funçãoadministrativa a fim de proporcionar aos jurisdicionados uma perfeita vivência em sociedade. Como então desprezar o fator moralidade? Uma vez o Estadodotado de uma função, se a ética fosse dispensada de análise, como garantir a efetividade da prestação a que se obriga? Em nome da norma há um leque deopções frente a cada caso concreto, todavia a permissibilidade de agir há de ser delimitada pelas diretrizes morais; não basta que a autoridade seja competente,os motivos verdadeiros, o objeto lícito, se a intenção do agente for desvirtuada, configurando desvio de poder, invalidando o ato de pleno direito; é de seobservar a finalidade, o intento, e isso perpassa aos campos da mera norma jurídica solitária, indo encontrar abrigo na conceituação de moralidadeadministrativa.

A partir do momento em que o interesse público está em xeque, não se pode deixar os limites de ação a cargo somente e tão somente da consciênciaindividual; indispensável é a proporcionalidade entre os meios e os fins a serem atingidos, entre os sacrifícios impostos à coletividade e os benefícios que porela serão auferidos, a razoabilidade entre o possível juridicamente e o plausível faticamente. Exemplificadamente, os governos, seja Municipal, Estadual ouFederal têm direito a um percentual da receita a ser destinado a publicidade das suas realizações e planos de governo; assim, é lícito que o nosso governadorprovidencie as propagandas das suas obras, mas será moral às vésperas de uma eleição, quando na realidade existem fatos muito mais carecedores deatenção e investimentos, como as áreas de saúde, educação, etc.?

Em face da discricionariedade imanente ao poder da administração, há de existir uma limitação e uma ampliação do controle jurisdicional dos atosadministrativos, de modo que uma vez inexistente a moralidade a nortear as práticas ditas lícitas, estas perdem as feições de legalidade até então prescritas emtexto normativo. È de se interpretar a norma tendo como supedâneo o seguimento a determinado modelo que permita numerar as fases logicamentedistinguíveis na justificação ou motivação judicial, de tal modo a identificar o pontos em que ela dá ensejo à fundamentação de ordem moral. A lei permite que aadministração extraia da norma suas consequências, conforme juízo de valor a ser feito em cada caso concreto; nessa apreciação, terão que prevalecer osvalores éticos da instituição, que constituem limites à discricionariedade administrativa, os quais, se transpostos, ensejam correção pelo Poder Judiciário.

Acrescente­se ainda, do gênero moralidade, a espécie improbidade administrativa, revelando a qualidade do administrador que não procede bem, por não serhonesto, que age indignamente, por não ter caráter, que não atua com decência, por ser amoral. Consoante já esposado, a moralidade compreende o conjuntode valores inerentes à existência humana, muitas vezes restem inobservados; já a probidade configura a retidão no agir consoante tais valores perante una dadaatribuição.

A moralidade administrativa compreende o tipo de comportamento que os administrados esperam da administração pública para a consecução de fins deinteresse coletivo, segundo uma comunidade moral de valores, já a probidade na administração vem a ser o agir em consonância com tais valores, de modo apropiciar uma administração de boa qualidade. A moralidade é o genérico, do qual a probidade é uma especialização.

Divergências assentam­se no cerne de tais definições no sentido de colocar a probidade enquanto gênero do qual a moralidade vem a ser a espécie; ospartidários de tal linha de pensamento consubstanciam­se na preponderância do termo improbidade nos textos legais reguladores da matéria em epígrafe. Tudobem que a nova lei de improbidade administrativa volta­se inteiramente ou uso de tal vocábulo, todavia não é de se olvidar que todo o aparato deproteção emerge do caput do art. 37 da CF/88, a saber: "A administração pública direita, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, aoseguinte: (...)"

Em suma, o ato de imoralidade afronta a honestidade, a boa­fé, o respeito à igualdade, as normas de conduta aceitas pelos administrados, o dever de lealdade,a dignidade humana e outros postulados éticos e morais. A improbidade significa a má qualidade de uma administração, pela prática de atos que implicam oenriquecimento ilícito do agente ou em prejuízo ao erário ou, ainda, em violação aos princípios que orientam a pública administração. Não há pois como restaremdúvidas. A moralidade é o postulado alicerce, do qual a probidade erige, trazendo para a prática a axiologia inserta no termo "moral", traduzindo aqueleadministrador que não se norteia pelas valorações éticas componentes da moralidade, como ímprobo, passível, de conseguinte, das sanções cabíveis a suaatuação condenável.

Recomendar Imprimir (http://jus.com.br/imprimir/353/moralidade­e­probidade­administrativa)

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Assuntos relacionados: Princípio da moralidade administrativa (http://jus.com.br/artigos/principio­da­moralidade­administrativa) • Princípios (DireitoAdministrativo) (http://jus.com.br/artigos/principios­direito­administrativo) • Direito Administrativo (http://jus.com.br/artigos/direito­administrativo)

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Larissa Freitas Carlos (http://jus.com.br/946718­larissa­freitas­carlos/publicacoes)acadêmica de Direito na UFRN, em Natal (RN)

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Informações sobre o textoComo citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT)

CARLOS, Larissa Freitas. Moralidade e probidade administrativa: (http://jus.com.br/artigos/353/moralidade­e­probidade­administrativa). Revista Jus Navigandi,Teresina, ano 5 (http://jus.com.br/revista/edicoes/2000), n. 41 (http://jus.com.br/revista/edicoes/2000/5/1), 1 (http://jus.com.br/revista/edicoes/2000/5/1) maio(http://jus.com.br/revista/edicoes/2000/5) 2000 (http://jus.com.br/revista/edicoes/2000). Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/353>. Acesso em: 21 abr.2015.

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