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RODRIGO S. AUGUSTO - MORFOFUNCIONAL DE NEUROLOGIA Página 1

Morfo - Neuro

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    HISTOLOGIA

    DEFINIO

    NECROSE DE LIQUEFAO: caracterizada pela digesto das clulas mortas(ao contrrio do que ocorre na necrose de coagulao),resultando na transformao do tecido numa massa viscosa lquida.Este tipo de necrose bastante observada em infeces bacterianas focais ou,ocasionalmente,nas infeces fngicas,uma vez que os micrbios estimulam o acmulo de leuccitos e a liberao de enzimas por essas clulas.O material necrtico frequentemente amarelo cremoso devido a presena de leuccitos mortos e denominado por pus.No se sabe ao certo porque a morte de clulas por hipoxia no SNC se manifesta geralmente por necrose liquefativa. (Robbins & Cotran - 2011 ed.)

    CLULAS NECRTICAS - REMOVIDAS

    POR FAGOCITOSE EM TODA REA

    NECRTICA

    NECROSE DO SNC EXCEO, A

    DIMINUIO DA VASCULARIZAO

    (ISQUEMIA) - QUASE SEMPRE CAUSA

    LIQUEFATIVAS

    INFARTO CERABRAL - CLULAS

    GRNULO- ADIPOSAS

    COMUM EM TECIDOS RICOS EM

    LPIDES COMO CREBRO E A SUPRA-

    RENAL

    OCORREM APS A INJURIA CEREBRAL

    NOTAR NA IMAGEM:

    Clulas grnulo-adiposas, que so

    macrfagos com citoplasma espumoso,

    que fagocitam restos necrticos.

    (origem na micrglia e o restante em

    moncitos do sangue). Esto presentes

    tanto no crtex como na substncia

    branca.

    Presena de gliose REACIONAL

    (ou astrogliose) principal indicador de

    leso do SNC, (hipertrofia e hiperplasia

    dos astrcitos).

    Formao de micro-abscessos

    Nesta reao, estas clulas, que

    tipicamente apresentam ncleo

    ovalados com cromatina plida, aumenta

    se tornando vesicular com nuclolo

    proeminente. O citoplasma, anteriormente

    escasso, se expande se tornando brilhante,

    irregular ao redor de um ncleo excntrico.

    H tambm rea de edema e as

    cabeas de seta azul indicam clulas

    espumosas.

    A LESAO ISQUEMICA DO SNC (AVE)

    Apresenta MACROFAGOS

    A LESAO INFECIOSA (ABSCESSOS)

    Apresenta NEUTROFILOS ( SEGUIR)

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    INFARTO CEREBRAL ANTIGO CSTICO

    A.CEREBRAL MDIA - Crtex

    cerebral e substncia branca,

    ncleos da base

    A.CEREBRAL ANTERIOR - Ncleo

    caudado

    A.CEREBRAL POSTERIOR - Tlamo e

    hipocampo

    CAUSAS: Hipertenso, diabetes,

    dislipidemias, fibrilao atrial, m

    formaes arterio-venosas,

    sedentarismo e aterosclerose

    A Hipertenso sistmica acarreta

    incidncia de microinfatos;

    formando STATUS LACUNARIS com

    gliose reacional.

    COMPLICAOES: Morte e incapacidade,

    por seqelas irreversveis, como:

    epilepsia; edema cerebral;

    tromboembolias; hemiplegia ou

    tetraplegia; distrbios visuais; disartria

    e disfagia; amnsia e agnsia, afasia e

    dilexia; tonturas e dores; coma e a

    morte ocasionados pelo AVC so as

    complicaes mais graves.

    CARACTERISTICAS GERAIS

    INFARTO ISQUEMICO

    MACROSCOPIA: A primeira evidncia

    do infarto aparece vrias horas aps a

    ocluso vascular e consiste em:

    Edema (superfcie trona-se

    homognea com desvio da linha media

    e hrnias) discreto em infartos

    pequenos e intenso nos grandes.

    H aumento de volume da rea

    infartada e borramento dos limites

    entre a substncia branca e a

    cinzenta.

    http://www.criasaude.com.br/N3198/doencas/epilepsia.htmlhttp://www.criasaude.com.br/doencas/trombose.html
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    Necrose liquefativa: aps 1

    semana, o infarto

    assume consistncia de papa . A

    necrose gradualmente eliminada,

    restando cavidade de paredes

    irregulares, amareladas e de

    consistncia mais firme, devida

    gliose. A cavidade no vazia, e

    sim atravessada por traves de

    tecido glitico e vasos. Se o infarto

    for pequeno pode no

    haver formao de cavidade.

    MICROSCPICA: 6 horas aps o ictu: os

    neurnios da rea infartada mostram

    necrose, chamada de alterao celular

    isqumica (picnose nuclear e eosinofilia

    do citoplasma) e assim permanecem

    por cerca de 4 dias.

    Aps 24 a 48 horas, h tumefao

    das clulas endoteliais dos

    capilares. Surge exsudato de

    NEUTRFILOS, logo substitudo por

    MONCITOS e CLULAS DA

    MICRGLIA ativadas, que fagocitam

    os restos necrticos. Como estes

    so ricos em lpides, os fagcitos

    apresentam citoplasma vacuolado,

    constituindo as clulas grnulo-

    adiposas, que se tornam o

    elemento mais abundante nos dias

    e semanas seguintes.

    A partir do 5dia so

    notados astrcitos gemistocticos

    margeando a rea. Estes aumentam

    em nmero e volume, sintetizando

    abundantes fibrilas gliais.

    Com o passar dos meses os

    astrcitos se transformam em

    astrcitos fibrosos. Formando a

    cicatriz glial ou gliose, que resta

    como sinal permanente do infarto.

    ARTRIAS BASILARES, VERTEBRAIS E

    SEUS RAMOS NOTA-SE:

    Espessamento pela placa de

    ateroma

    Artrias cerebelares superiores

    Paciente com hipertenso

    arterial crnica

    ATEROSCLEROSE

    Afeta ramos maiores (cartida,

    cerebrais mdias, vertebrais e

    basilares)

    reas de superfcie IRREGULAR

    TROMBOSE POR ATEROSCLEROSE EM

    GRANDES ARTRIAS INTRACRANIANAS

    Artrias cartidas internas,

    cerebrais mdias, vertebrais e

    cerebelares

    http://anatpat.unicamp.br/bineuinfarto.html#antigohttp://anatpat.unicamp.br/bineuinfarto.html#antigohttp://anatpat.unicamp.br/taneuinfartos.html#cavidadehttp://anatpat.unicamp.br/lamneuro3.htmlhttp://anatpat.unicamp.br/lamneuro3.html#neuroniohttp://anatpat.unicamp.br/lamneuro3.html#neuroniohttp://anatpat.unicamp.br/lamneuro3.html#granuloadiposahttp://anatpat.unicamp.br/lamneuro3.html#granuloadiposahttp://anatpat.unicamp.br/lamneuro4.html#gemisto
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    ATROFIA CORTICAL

    CAUSADA POR:

    hipertenso arterial crnica +

    diabetes mellitus - de incio

    precoce

    COMPLICAO: Atrofia cerebral

    HIPERTENSO ARTERIAL

    SISTMICA

    Status lacunaris: Formao de

    cavidades (lacunas) nos

    NCLEOS DA BASE

    Pacientes hipertensos

    crnicos- microinfartos em

    parte de atrofia e gliose

    reacional

    STATUS LACUNARIS direita

    Principal causa: HAS

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    RM- CORTE SAGITAL T1 SEM CONTRASTE

    REA DE HIPOSINAL EM T1

    SUGESTIVO DE MICROINFARTO OU

    LACUNA

    o Leso tomografada com status

    lacunaris.

    o Apresenta Histologicamente;

    desmielinizao e gliose

    INFARTO POS-EMBOLICO

    o Depresso cavitaria associada a

    fibrose

    INFARTO ISQUEMICO ASSOCIADO A

    INFARTO HEMORRAGICO

    o Infarto isqumico e

    hemorrgico com

    compresso da art. Cerebral

    posterior por hrniaao de

    uncus em infarto de art.

    Cerebral media

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    COMPLICAES: Hrnias enceflicas

    hipertenso intracraniana (cefalia

    vmitos e edema de papila)

    HRNIA DE CNGULO sempre

    unilateral, levando ao

    deslocamento para lado oposto,

    com compresso a.cerebral anterior

    (corpo caloso); ocorre no infarto

    hemorrgico

    HRNIA DE UNCUS: causada por

    hematoma, infarto, tumor,

    abscesso ou traumatismo - edema

    em torno da leso pressiona

    uncus - cerebelo e mesencfalo

    Consequncia: compresso nervo

    oculomotor (iii), distoro do

    mesencfalo e compresso

    a.cerebral posterior

    HRNIA DE AMGDALAS: amgdalas

    cerebelares sob foramen magno. -

    bilateral, comprimindo o bulbo e

    levando a disfuno centro

    respiratrio; parada respiratria

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    PARKINSON: produz-se uma atrofia

    cerebral progressiva, bilateral e

    difusa, que comea na base para

    logo afetar a substancia nigra do

    mesencefalo,. Produzem-se

    depsitos insolveis (placas

    amiloides de protena alfa-amiloide)

    intra e extracelulares; os CORPOS

    DE LEWY - (DEGENERAO

    NEUROFIBRILAR)

    Seguidamente, as clulas da glia

    (astrcitos e microglia) tentam, sem

    xito, a eliminao da beta amilide,

    gerando-se um processo inflamatrio

    que contribui para lesar os neurnios.

    A regio da substncia negra

    produz dopamina. A deficincia de

    dopamina causa os tremores e

    dificuldades de mobilidade presentes

    nos pacientes com Parkinson.

    RIGIDEZ MUSCULAR

    TREMOR EM REPOUSO

    SISTEMA NERVOSO

    PERIFERICO

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    NA HANSENIASE VIECHOVIANA:

    A arquitetura preservada

    No h Necrose

    Apresenta infiltrado

    inflamatrio e fibrose

    A colorao de gram positiva

    COMPLICAO:

    ENDOTELITE OBLITERATIVA

    ENCEFALITE

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    ABSCESSOS

    Causado, geralmente, por

    infeco bacteriana purulenta

    Forma cavidade no tecido

    Necrose liquefativa (enzimas

    proteolticas e neutrfilos)

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    ANTAOMIA

    GENERALIDADES

    constitudo de 2 hemisfrios

    cerebrais [HC] que so incompletamente

    separados pela fissura longitudinal do

    crebro e unidos por feixes de fibras, de

    ambos os lados, que formam as

    comissuras.

    Cada um dos hemisfrios apresenta:

    Crtex cerebral substncia cinzenta

    organizada em camadas situada

    superficialmente nos HC;

    Substncia branca localizada

    profundamente substncia cinzenta

    Ncleos da base substncia cinzenta

    organizada em ncleos situada

    profundamente nos HC, circundada por

    substncia branca

    Cavidades ventriculares (ventrculo

    lateral direito e esquerdo)

    SULCOS IMPORTANTES

    o SULCO LATERAL (DE SYLVIUS)

    o SULCO CENTRAL (DE ROLANDO)

    o SULCO PARIETO-OCCIPITAL

    LOBOS CEREBRAIS

    o LOBO FRONTAL

    o LOBO TEMPORAL

    o LOBO PARIETAL

    o LOBO OCCIPITAL

    o LOBO INSULAR

    LOBO FRONTAL

    REAS IMPORTANTES:

    o Giro pr-central rea motora

    principal do crebro

    o Giro frontal superior

    o Giro frontal mdio

    o Giro frontal inferior (orbital, triangular

    e opercular) no hemisfrio esquerdo

    [giro de broca] rea cortical da

    palavra falada)

    FACE MEDIAL - SULCOS IMPORTANTES:

    o SULCO DO CORPO CALOSO

    o SULCO DO CNGULO (RAMO

    MARGINAL E RAMO SUBPARIETAL)

    o SULCO PARACENTRAL

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    NUCLEOS DA BASE

    NCLEO CAUDADO: Constitui assa

    alongada e volumosa de substncia

    cinzenta, relacionada em toda a sua

    extenso com os ventrculos laterais

    (VLs).

    Sua extremidade anterior, dilatada,

    constitui a cabea do NC, que proemina do

    assoalho do corno anterior do VL. Ela

    continua gradualmente com o corpo do

    NC, situado no assoalho da parte central do

    VL. Este afina-se gradualmente para formar

    a cauda do NC, que longa, delgada e

    fortemente arqueada.

    Em razo de sua forma arqueada, o

    ncleo caudado aparece seccionado duas

    vezes em determinados cortes horizontais

    ou frontais do crebro.

    A cabea do NC funde-se com a parte

    anterior do ncleo lentiforme.

    NCLEO LENTIFORME: No aparece

    na superfcie ventricular, situando-se

    profundamente no interior do

    hemisfrio.

    Est dividido em putmen (*) e globo

    plido (*) por uma fina lmina de

    substncia branca, a lmina medular

    lateral. O putmen situa-se lateralmente e

    maior que o globo plido, que se dispe

    medialmente. O globo plido subdividido

    por outra lmina de substncia branca, a

    lmina medular medial, em partes externa

    e interna.

    Medialmente relaciona-se com a

    cpsula interna que o separa do ncleo

    caudado e do tlamo. Lateralmente

    relaciona-se com o crtex da nsula, do

    qual separado por substncia branca e

    pelo claustrum.

    CLAUSTRUM: uma delgada camada

    de substncia cinzenta situada entre o

    crtex da nsula e o ncleo lentiforme.

    Separa-se daquele por uma fina lmina

    de substncia branca, a cpsula

    extrema.

    CORPO AMIGDALIDE: uma massa

    esferoide de substncia cinzenta de

    cerca de 2 cm de dimetro situada no

    polo temporal do hemisfrio cerebral,

    em relao com a cauda do ncleo

    caudado.

    O corpo amigdaloide faz parte dos

    sistema lmbico e um importante centro

    regulador do comportamento sexual e da

    agressividade.

    NCLEO ACCUMBENS: Massa de

    substncia cinzenta situada na zona de

    unio entre o putmen e a cabea do

    ncleo caudado em rea que alguns

    autores chamam de corpo estriado

    ventral.

    NCLEO BASAL DE MEYNERT:

    Macroscopicamente de visualizao

    difcil.

    Situa-se na base do crebro, entre

    a substncia perfurada anterior e o globo

    plido, regio conhecida como substncia

    inominata. Contm neurnios grandes,

    ricos em acetilcolina.

    GENERALIDADES SUBSTANCIA BRANCA:

    conjunto de fibras mielnicas. Podem ser

    classificados em:

    1. FIBRAS DE ASSOCIAO ligam reas

    corticais em pontos diferentes do

    crebro. Podem ser:

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    o Fascculo do cngulo percorre o giro

    de mesmo nome, unindo o lobo frontal

    ao temporal, passando pelo lobo

    parietal;

    o Fascculo longitudinal superior ou

    fascculo arqueado, liga os lobos

    frontal, parietal e occipital pela face

    spero-lateral de cada hemisfrio; tem

    um papel importante na linguagem na

    medida em que estabelece conexo

    entre os centros anterior e posterior da

    linguagem, situados, respectivamente,

    no lobo frontal e na juno dos lobos

    temporal e parietal

    o Fascculo longitudinal inferior une o

    lobo occipital ao lobo temporal;

    o Fascculo unciforme liga o lobo

    frontal ao temporal, passando pelo

    fundo do sulco lateral.

    2. INTER-HEMISFRICAS

    o Fascculo do cngulo percorre o giro

    de mesmo nome, unindo o lobo frontal

    ao temporal, passando pelo lobo

    parietal;

    o Fascculo longitudinal superior ou

    fascculo arqueado, liga os lobos

    frontal, parietal e occipital pela face

    spero-lateral de cada hemisfrio; tem

    um papel importante na linguagem

    Fascculo longitudinal inferior une o

    lobo occipital ao lobo temporal;

    o Fascculo unciforme liga o lobo

    frontal ao temporal, passando pelo

    fundo do sulco lateral.

    FIBRAS DE ASSOCIAO INTER-

    HEMISFRICAS OU COMISSURAIS Fazem

    a unio entre reas simtricas dos dois

    hemisfrios.

    o Comissura do Frnix: Estabelecem

    conexo entre os dois hipocampos

    (arquicrtex);

    o Comissura anterior: Poro olfatria

    liga os bulbos e tractos olfatrios;

    Poro no olfatria conexo entre

    os lobos temporais.

    o Corpo Caloso: Estabelece conexo

    entre reas corticais simtricas dos

    dois hemisfrios, com exceo

    daquelas do lobo temporal (comissura

    anterior). Permite a transferncia de

    conhecimentos e informaes de um

    hemisfrio para o outro.

    3. FIBRAS DE PROJEO ligam o crtex

    a centros subcorticais

    o Frnix liga o hipocampo aos ncleos

    mamilares do hipotlamo.Integra o

    circuito de Papez [sistema lmbico].

    o Cpsula Interna [CI]: Grande feixe de

    fibras que separa o n. caudado (medial-

    superior) e tlamo (medial-inferior), do

    n. lentiforme (lateralmente). Acima do

    n. lentiforme continua com a coroa

    radiada. Abaixo continua com a base

    do pednculo cerebral.

    DISTINGUEM-SE 3 PARTES: Perna anterior

    entre a cabea do n. caudado e o n.

    lentiforme. Perna posterior entre o

    tlamo e o n. lentiforme. Joelho no

    ngulo entre essas duas partes.

    o Via de passagem das fibras no crtex

    cerebral. Entre as fibras originadas no

    crtex [descendentes] tem-se tractos

    crtico-espinhal, crtico-nuclear e

    crtico- pontino, alm das fibras

    crtico-reticulares, crtico-rubras e

    crtico-estriatais.

    o As fibras que passam na CI e dirigem-se

    ao crtex vm do tlamo, sendo, pois,

    denominadas radiaes. Entre estas

    temos as radiaes ptica e auditiva.

    o Estas fibras no esto misturadas

    podendo, pois, ser lesadas

    separadamente, o que determina

    quadros clnicos diferentes.

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    ANATOMIA

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    MESENCEFALO

    LIMITES E DIVISO: Interposto entre a

    ponte (inferior) e o crebro (superior),

    do qual separado por um plano que

    liga os corpos mamilares comissura

    posterior [diencfalo].

    atravessado pelo aqueduto

    cerebral, que une o III ao IV ventrculo, e o

    divide em duas partes principais:

    Tecto do mesencfalo [posterior]

    Pednculos cerebrais [anterior]. Estes,

    por sua vez, dividem-se:

    Tegmento dorsal

    predominantemente celular.

    Base ventral formada de fibras

    longitudinais.

    LIMITE ENTRE BASE E TEGMENTO :

    Em seco transversal a substncia

    negra [neurnios com melanina].

    Externamente sulcos longitudinais

    sulco lateral do mesencfalo e sulco

    medial do pednculo cerebral [n.

    oculomotor, III par craniano].

    TECTO DO MESENCFALO

    Apresenta 4 eminncias arredondadas,

    os colculos superiores e inferiores

    (corpos quadrigmeos), separados por

    dois sulcos perpendiculares em forma

    de cruz.

    Cada colculo se liga a uma pequena

    eminncia oval do diencfalo, o corpo

    geniculado, atravs de um feixe de

    fibras nervosas que constitui o seu

    brao.

    o Colculo inferior brao do

    colculo inferior corpo

    geniculado medial .

    o Colculo superior brao do

    colculo superior corpo

    geniculado lateral.

    PEDNCULOS CEREBRAIS

    Dois grandes feixes de fibras que

    surgem na borda superior da ponte e

    divergem cranialmente para penetrar

    profundamente no crebro.

    Delimitam uma depresso triangular, a

    fossa interpeduncular, limitada

    anteriormente por duas eminncias

    pertencentes ao diencfalo, os corpos

    mamilares.

    O fundo da fossa interpeduncular

    apresenta pequenos orifcios para a

    passagem de vasos e denomina-se

    substncia perfurada posterior.

    Do sulco medial do pednculo, emerge

    de cada lado o n. oculomotor .

    PONTE Interposta entre bulbo (inferior),

    mesencfalo (superior) e situada

    ventralmente ao cerebelo.

    Limite inferior sulco bulbopontino.

    Limite superior emergncia do

    pednculo cerebral do mesencfalo

    PARTE ANTERIOR DA PONTE BASE DA

    PONTE

    Apresenta estriao transversal: feixes

    de fibras transversais pednculo

    cerebelar mdio (ou brao da ponte).

    Entre a ponte e o brao da ponte

    ponto de emergncia do V (n.

    trigmeo) par craniano.

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    separada do bulbo pelo sulco bulbo-

    pontino, de onde emergem de cada

    lado a partir da linha mediana o VI, VII

    e VIII pares cranianos.

    Percorrido pelo sulco basilar aloja a

    artria basilar.

    PARTE DORSAL DA PONTE TEGMENTO

    Constituem o assoalho do IV ventrculo

    IV VENTRICULO

    Est situado entre o bulbo e a ponte,

    ventralmente, e o cerebelo, dorsalmente

    Se prolonga de cada lado para formar

    os recessos laterais, situados na superfcie

    dorsal do pednculo cerebelar inferior.

    Comunica de cada lado com o espao

    subaracnideo por meio das aberturas

    laterais do IV ventrculo (forames de

    Luschka).

    H tambm uma abertura mediana do

    IV ventrculo (forame de Magendie),

    situado no meio da metade caudal do tecto

    do ventrculo.

    Por meio destas cavidades o lquido

    crebro-espinhal, que enche a cavidade

    ventricular, passa para o espao

    subaracnideo.

    ASSOALHO DO IV VENTRCULO:

    formado pela parte dorsal da ponte e

    da poro aberta do bulbo. Limites:

    o nfero-lateral: pednculos cerebelares

    inferiores e tubrculos do n. grcil e n.

    cuneiforme.

    o Spero-lateral: pednculos cerebelares

    superiores.

    BULBO

    A superfcie percorrida sulcos

    longitudinais (continuao dos sulcos da

    medula). Estes sulcos delimitam reas

    (continuao direta dos funculos da

    medula):

    Anterior: fissura mediana

    anterior sulco lateral anterior

    Lateral: sulco lateral anterior

    sulco lateral posterior

    Posterior: sulco lateral

    posterior sulco mediano

    posterior

    EST DIVIDIDO EM DUAS METADES:

    Inferior (fechada)

    Superior (aberta) canal central IV

    ventrculo.

    REAS DO BULBO

    rea anterior

    Limitada: fissura mediana anterior

    sulco lateral anterior

    Fissura mediana anterior termina no

    forame cego

    Apresenta as Pirmides decussao

    das pirmides

    rea lateral

    Limitada: sulco lateral anterior sulco

    lateral posterior

    Do sulco lateral anterior: filamentos

    radiculares n. hipoglosso (XII)

    Do sulco lateral posterior: filamentos

    radiculares n. glossofarngeo (IX), n.

    vago (X) e n. acessrio (XI) [apenas a

    raiz craniana]

    Apresenta a eminncia Olivar ncleo

    olivar inferior

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    rea posterior

    Limitada: sulco mediano posterior

    sulco lateral posterior

    Est dividida pelo sulco intermdio

    fascculos grcil (medial) e cuneiforme

    (lateral) tubrculos grcil e

    cuneiforme

    pednculo

    cerebelar

    inferior.

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    MEDULA ESPINHAL

    CONSISTE EM:

    8 segmentos cervicais (C),

    12 segmentos torcicos (T),

    5 segmentos lombares (L),

    5 segmentos sacrais (S) e

    1 segmento coccgeo

    LIMITES:

    Cranial o bulbo (nvel forame magno

    do osso occipital).

    Caudal termina no nvel da vertebra

    L2. afila-se para formar o cone medular

    que continua com um delgado

    filamento menngeo o filamento

    terminal.

    INTUMESCNCIA CERVICAL formada

    pelos segmentos medulares C4 T1.

    Conexo c/ razes plexo braquial

    INTUMESCNCIA LOMBAR formada

    pelos segmentos medulares L1 S3.

    Conexo c/ razes do plexo

    lombossacral

    Devido a ritmos de crescimento diferentes

    entre ME e coluna vertebral. Tem-se:

    Diferena de tamanho entre a ME e o

    canal vertebral

    Dissociao da correspondncia

    vrtebro-medular.

    No adulto - a ME no ocupa todo o

    canal vertebral (termina em L2). Abaixo

    deste nvel contm apenas meninges e

    razes nervosas dos ltimos nervos

    espinhais, que, dispostas no filamento

    terminal constituem a cauda equina;

    Regra prtica de correspondncia entre

    vrtebra [processo espinhoso (PE)] e

    segmento medular (SM):

    Entre PE de C2 T10 SM = PE + 2

    Entre PE de T11 T12 SM = L1 L5

    PE de L1 SM = S1 S5

    A ME tem 31 pares bilaterais de NE, e cada

    par est associado a um SM

    correspondente.

    As razes posterior e anterior de cada

    SM dirigem-se ao seu forame

    intervertebral correspondente e, nele

    ou perto dele, unem-se para formar o

    NERVO ESPINHAL.

    Como os Nervos Espinhais so nervos

    mistos, contendo neurnios aferentes

    e eferentes, as razes posterior e

    anterior so funcionalmente distintas.

    As razes posteriores:

    Contm neurnios aferentes primrios

    que seguem dos receptores sensitivos

    perifricos para a ME e o tronco

    enceflico.

    Os corpos celulares nervosos destes

    neurnios esto localizados nos

    gnglios sensitivos dos NEs.

    As razes anteriores:

    contm neurnios eferentes. Estes so

    compostos de neurnios motores

    [inervam msculos esquelticos] e

    neurnios pr-ganglionares [SNA].

    Os corpos celulares esto localizados

    na substncia cinzenta espinal.

    Os Nes C1-C7 emergem do canal

    vertebral da regio superior da

    primeira das sete vrtebras cervicais; o

    nervo espinal C8 emerge abaixo da

    stima vrtebra cervical, e o restante

    emerge abaixo das vrtebras

    correspondentes.

    Imediatamente depois de sair dos

    forames intervertebrais, os Nes se dividem

    para produzir um ramo posterior e um

    ramo anterior [maior].

    O ramo posterior inerva os msculos e

    a pele da regio do dorso.

    O ramo anterior inerva os msculos e a

    pele da parte anterior do corpo e

    tambm dos MMII E MMSS

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    ENVOLTORIO MEDULAR

    envolvida por membranas fibrosas

    denominadas meninges, que so: dura-

    mter [paquimeninge], aracnoide e

    pia-mter [leptomeninge].

    DURA-MTER (DM):

    Envolve toda a medula, como se fosse

    um dedo de luva, o saco dural.

    Cranial: continua com a dura-mter

    craniana.

    Caudal: termina em um fundo-de-saco

    ao nvel da vertebra S2.

    Prolongamentos laterais embainham

    os nervos espinhais, continuando com

    o tecido conjuntivo (epineuro), que

    envolve estes nervos.

    ARACNIDE:

    Entre a DM e a PM. Compreende um

    folheto justaposto DM e um

    emaranhado de trabculas, as

    trabculas aracnideas, que une este

    folheto PM.

    PIA-MTER (PM)

    Intimamente aderida ao tecido nervoso

    da ME.

    Qdo a ME termina no cone medular

    (L2), a PM continua caudalmente,

    formando filamento terminal este

    perfura o fundo-do-saco dural (S2) e

    continua caudalmente at o hiato

    sacral.

    Ao atravessar o saco dural, o filamento

    terminal recebe vrios prolongamentos

    da DM e o conjunto passa a ser

    denominado filamento da dura-mter

    espinhal. Este, ao inserir- se no

    peristeo da superfcie dorsal do cccix

    constitui o lig. coccgeo.

    ESPAO EPIDURAL OU EXTRADURAL

    Situa-se entre a dura-mter e o

    peristeo do canal vertebral.

    Contm tecido adiposo e um grande

    nmero de veias que constituem o

    plexo venoso vertebral interno

    ESPAO SUBDURAL

    Situado entre a dura-mter e a

    aracnoide;

    uma fenda estreita contendo uma

    pequena quantidade de lquido,

    suficiente apenas para evitar a

    aderncia das paredes

    ESPAO ARACNOIDEO

    Situado entre a aracnoide e a pia-

    mter.

    Contm uma quantidade

    razoavelmente grande de lquido

    crebro-espinhal ou liquor.

    PARTICULARIDADES ANATMICAS: da

    dura-mter e da aracnide na regio

    lombar da coluna vertebral:

    O saco dural e a aracnide que o

    acompanha terminam em S2.

    A medula termina mais acima, em L2.

    Entre estes dois nveis, o maior,

    contm maior quantidade de lquor e

    nele se encontram apenas o filamento

    terminal e as razes que formam a

    cauda equina

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    PUNO LOMBAR: Tem por finalidade a

    retirada de lquido cefalorraquidiano, para

    exames laboratoriais ou descompresso do

    sistema e para infuso de medicamentos.

    feita preferencialmente entre L3-L4

    A agulha deve ser introduzida at o

    espao SUB-ARACNOIDE

    ANESTESIA PERIDURAL

    A anestesia peridural (ou epidural) um tipo de anestesia aplicada no espao peridural da coluna vertebral, sem perfurar a duramter, portanto, sem atingir o lquor. Ela mantm a pessoa acordada, mas torna insensvel a parte inferior do corpo, normalmente at o umbigo.

    O mdico acessa o

    espao peridural com uma fina agulha,

    podendo ser realizada a nvel cervical,

    torcico, lombar ou sacral, sendo mais fcil

    entre L3 e L5, onde o espao peridural

    maior. A agulha penetrada at encontrar

    a resistncia do ligamento amarelo, a qual

    deve ser vencida para atingir-se o

    espao peridural.

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