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MORIN _Os 7 Saberes Necessários

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morin

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  • Os sete saberes necessrios educao do futuro A crise das Ideias.Cap. 1 - As Cegueiras do conhecimento: O erro e a ilusoTodo conhecimento comporta o risco do erro e da iluso, e admitir os dois est acima de nossos esforos, so caractersticas que no se reconhece como so.Sempre que relembramos o passado somos colocados a frente de nossos erros e iluses vividos.

  • O calcanhar-de-aquiles do conhecimento Nossa viso da vida ilusria, o cotidiano afinal nos prega peas no dia a dia, com relao a distncias, alturas, profundidades, atitudes. O humano vive na presena de sentimento, como o amor, a paixo, a raiva, o sofrimento, isso pode ceg-lo, fazendo-o cometer erros. Se confiarmos somente na viso, sem nada de sabedoria estudada. Esta condio nos leva consequentemente ao erro, com as projees de nossos desejos, medos, e perturbaes trazidas por nossas emoes/existncia.

  • O calcanhar-de-aquiles do conhecimentoA relao intelecto-afeto deve existir como fonte de comportamento racional. As descobertas e estudos cientficos so exemplos claros de erros e iluso que devem ser vencidos, mas nunca estaro a frente de mais erros e iluses, o que tento dizer que sempre iram existir, e que ficaram ali para serem vencidos conforme aparecerem.Egdar Morin

  • Os erros mentaisA desproteoMorin cita que somos desprotegidos em relao s peas da mente, que no temos nenhum dispositivo para distinguir o errado do certo, a verdade da mentira, o real do imaginrio, o sonho da viglia, o subjetivo do objetivo.A mente tambm autora de erros quando envolvemos nela as mentiras que criamos, ns mesmos para outra pessoa, mas acreditamos tanto nessa mentira que a tornamos real para ns mesmos. (Introduo Psicose e a Neurose).

  • A iluso

  • Os erros mentaisA memria como fonte de errosNossa memria fonte de erros tanto como a prpria mente, sempre quando relembramos o passado criamos coisas novas nele, ou os desfiguramos (ressignificamos) para ser uma lembrana menos dolorosa. Podemos criar nela a fonte de iluso mais favorvel ns humanos, tornar a mente uma mquina que projeta lembranas de um passado ou futuro inexistente, causando os tais erros e as iluses.

  • Os erros mentaisA importncia da fantasiaA importncia da fantasia e do imaginrio no ser humano inimaginvel; dado que as vias de entrada e de sada do sistema neurocerebral, que colocam o organismo em conexo com o mundo exterior, representam apenas 2% do conjunto, enquanto 98% se referem ao funcionamento interno, constitui-se um mundo psquico relativamente independente, em que fermentam necessidades, sonhos, desejos, ideias, imagens, fantasias (Morin, pg. 21).

  • Os erros mentaisO papel do inconscienteNossa mente, inconscientemente, tende a selecionar as lembranas que nos convm e a recalcar; ou mesmo apagar, aquelas desfavorveis, e cada qual pode atribuir-se um papel vantajoso. Tende a deformar as recordaes por projees ou confuses inconscientes. s vezes as falsas lembranas que julgamos ter vivido, assim como recordaes recalcadas a tal ponto que acreditamos jamais as ter vivido. Assim, a memria, fonte insubstituvel de verdade, pode ela prpria estar sujeita aos erros e s iluses.

  • Os erros intelectuaisOs diferentes saberes a integrao e a desintegraoSempre que temos uma teoria, uma ideologia, ou doutrina, nos identificamos e isso nos torna venervel a discusses sobre os assuntos distintos. difcil mudar suas ideias j formadas para outras, no caso de teorias cientficas, at que algum te prove no ato feito, voc no muda de ideia, e s vezes no muda nem com a prova porque tem sua prpria teoria.As teorias resistem agresso das teorias inimigas ou dos argumentos contrrios.

  • Os erros intelectuaisTeorias, doutrinas e ideologiaNossos sistemas de ideias teorias, doutrinas e ideologia esto no apenas sujeitos ao erro, mas tambm protegem os erros e iluses neles inscritos. Est na lgica organizadora de qualquer sistema de ideias resistir informao que no lhe convm ou que no pode assimilar.

  • Os erros da razo

    O que permite a distino entre viglia e sonho, imaginrio e real, subjetivo e objetivo a atividade racional da mente, que apela para o controle do ambiente, para o controle da prtica (atividade verificadora), para o controle da cultura (referncia ao saber comum), para o controle do prximo (ser que voc v o mesmo que eu?), para o controle cortical (memria, operaes lgicas). Dito de outra maneira a racionalidade corretiva. (Morin, pg. 22)

  • Os erros da razo Por mais que evitamos

    Consideramos dois tipos de racionalidade, a construtiva e a crtica:A construtiva basicamente o racional, o que de certa forma anula a iluso, mas pode haver erros, afinal no somos to capacitados perfeitamente para no errar, considera Morin.Por mais que evitamos a iluso, exigidos pela racionalidade crtica, os erros e iluses so as bases para ela, ou seja, ela a correo, ela a discusso sobre o errado e o certo e sobre o real e o ilusrio. Discute-se as crenas, as teorias e as doutrinas.

  • Os erros da razo A verdadeira racionalidade deve ser aberta, por naturezaA racionalidade deve ser aberta, na racionalizao as ideias so formadas atravs da mesma fonte da racionalidade. Um mundo racionalista aquele que se nutri de um modelo de mecanicismo, e determinismo. No entanto, a racionalizao provida de erros, e iluses. A verdadeira racionalidade sabe as barreiras da lgica, do determinismo e do mecanicismo, pensa no irracional com crticas e autocrticas, e deve conhecer a parte do amor, do afeto e do arrependimento, reconhece suas insuficincias.

  • Os erros da razoA distoro da razo

    A racionalidade no uma qualidade da qual so dotadas as mentes dos cientistas e tcnicos e de que so desprovidos os demais. Os sbios atomistas, racionais em sua rea de competncia e sob a coao do laboratrio, podem ser completamente irracionais em poltica ou na vida privada. Da mesma forma, no uma qualidade da qual a civilizao ocidental teria o monoplio. O ocidente europeu acreditou durante muito tempo ser proprietrio da racionalidade.

  • As cegueiras paradigmticasA definio de paradigmaPromoo/seleo dos conceitos-mestres da inteligibilidade. A Ordem, nas concepes deterministas;A Matria, mas concepes materialistas;O Esprito, nas concepes espiritualistas;A Estrutura, nas concepes estruturalistas, so os conceitos-mestres, que excluem ou subordinam os conceitos que lhe so antinmicos. Desse modo, o nvel paradigmtico o do princpio de seleo das ideias que esto integradas no discurso terico.

  • As cegueiras paradigmticasDescartes (1596 1650)O paradigma cartesiano (Sc. XVII), considerado o grande paradigma do Ocidente, separa o sujeito e o objeto, cada qual na esfera prpria. Essa dissociao atravessa o universo inteiro:Sujeito/Objeto;Alma/corpo;Esprito/Matria;Qualidade/Quantidade;Finalidade/Causalidade;Sentimento/Razo;Liberdade/Determinismo;Existncia/Essncia.

  • As cegueiras paradigmticasA no-obedincia a esta disjuno somente pode ser clandestina, marginal, desviante.Assim um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. no seu seio que se esconde o problema-chave do jogo da verdade e do erro.Associa-se as convices e crenas, que quando reinam em uma sociedade, impom a todos e a cada um a fora imperativa do sagrado, dos dogmas, dos tabus.

  • O Imprinting e a Normalizao Konrad Lorenz (1903-1989)O imprinting, termo proposto por Konrad Lorenz (Nobel Medicina 1973), uma marca que recebemos desde o nosso nascimento. Assim, se d conta da marca indelvel imposta pelas primeiras experincias do animal recm-nascido (como ocorre com o filhote de passarinho que, ao sair do ovo, segue o primeiro ser vivo que passe por ele, como se fosse sua me).O imprinting cultural marca os humanos desde o nascimento, primeiro com o selo da cultura familiar, da escolar em seguida, depois prossegue na universidade ou na vida profissional.

  • A Noologia: Possesso Morin, em referncia a MarxPara Marx, os produtos do crebro humano tm o aspecto de seres independentes, dotados de corpos particulares em comunicao com os humanos e entre si.Morin, acrescenta: as crenas e as ideias no so somente produtos da mente, so tambm seres mentais que tm vida e poder. Dessa maneira, podem nos possuir.

  • A NoosferaA esfera das coisas dos espritos, que pela histria civilizatria, impulsionou o Homo Sapiens/Homo Complexus, a delrios, massacres, crueldades, adoraes, xtases e sublimidades desconhecidas no mundo animal. No poderia ser diferente o enriquecimento da cultura.Os dogmas trazem ao ps-moderno esteretipos cognitivos, por vezes no contestados, e que as pessoas rejeitam at pelas evidncias existentes.

  • O inesperado O enfrentar as incertezasSempre somos surpreendidos. O novo brota sem parar. No podemos jamais prever como se apresentar, mas deve-se esperar sua chegada, ou seja, o inesperado e enfrentar as incertezas.E quando o inesperado se manifesta, preciso ser capaz de rever nossas teorias e ideias, em vez de deixar o fato entrar fora na teoria incapaz de receb-lo.Um princpio de incerteza crebro-mental;Um princpio de incerteza lgica;Um princpio de incerteza racional e um princpio de incerteza psicolgica.