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MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS NA REPÚBLICA VELHA: Operários e tenentes Profa.Margareth Cordeiro Franklim

Movimentos sociais

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MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS NA REPÚBLICA VELHA: Operários e tenentes

Profa.Margareth Cordeiro Franklim

Movimentos político-sociais e correntes

ideológicas que influenciaram a questão

social no período :

1- Socialistas e Anarquistas

2- Positivistas, Católicos, e Nacionalistas

3- Tenentismo

4- Modernismo

Desde o final do período monárquico as cidades conheceram um grande crescimento, apesar de o país preservar-se rural.

A atividade financeira e industrial

contribuíram para essa urbanização, assim

como a abolição da escravidão.

Nesse sentido o crescimento urbano

foi acompanhado pela formação da

classe operária e de uma camada de

trabalhadores braçais desqualificados,

negros e mulatos, marginalizados

ainda mais pelo preconceito racial

As camadas pobres da população ocupavam a periferia das cidades, as áreas baixas, sem as mínimas condições de saneamento. Tal fato contribuiu para a eclosão de movimentos que passaram a contestar a ordem estabelecida.

Os primeiros movimentos operários surgiram como ligas operárias e as sociedades de ajuda mútua

Reivindicavam melhores salários,menor jornada de trabalho,assistência ao trabalhador doente ou acidentado e regulamentação do trabalho feminino e infantil

O movimento operário sofreu influências do

Socialismo e do Anarquismo .

O anarquismo tinha

como ideal a

mudança da

estrutura da

sociedade

transformando o

estado burguês por

uma forma de

cooperação entre os

indivíduos livres

O socialismo, por sua vez, via o movimento de luta da classe como o motor da história . Influenciados pela social democracia europeia, queriam eleger representantes dos operários.

O movimento operário começou no século XIX, e teve ascensão entre 1905 -1908, quando aconteceu a primeira onda de greves,principalmente em São Paulo .

.

A fundação da Confederação Operaria Brasileira (COB) em 1906, por iniciativa de sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco foi um dos mais importantes marcos no processo de mobilização do operariado brasileiro.

A primeiro grande movimento grevista da história sindical no Brasil que paralisou a cidade de São Paulo em 1917, iniciou-se com greves localizadas em fábricas têxteis.

As manifestações de rua foram

duramente reprimidas pela polícia. Os

governos oligárquicos tratavam a

questão social como "caso de polícia",

preferindo adotar medidas como

espancamento e prisão das lideranças

grevistas e expulsão dos estrangeiros

do país. .

José Martinez, operário, morreu durante a Greve de 1917

Apesar da forte repressão, o movimento grevista liderado pelo sindicalismo de inspiração anarquista e com a participação maciça de imigrantes italianos e espanhóis, estendeu-se praticamente até 1919 para várias regiões do território brasileiro.

Se por um lado as greves não alcançaram seus objetivos mais imediatos, certamente contribuíram para promover debates no meio operário sobre os rumos do movimento sindical.

No cenário internacional, a transição

do anarquismo para o socialismo é

consolidada sobretudo, após a vitoriosa

Revolução Bolchevista na Rússia, em

novembro de 1917.

Colocando em crise a ideologia anarquista, as greves de 1917 foram decisivas para o crescente avanço dos ideais socialistas, e para a fundação do Partido Comunista Brasileiro , em 1922.

Fundadores do PCB

O Partido Comunista

do Brasil (PCB)

de âmbito nacional,

fundado em março de

1922 , tinha como

objetivo principal

promover no Brasil

uma revolução

proletária que

substituísse a sociedade

capitalista pela

sociedade socialista

Apesar da pouca repercussão do

congresso de fundação, já em junho

de 1922, o governo de Epitácio

Pessoa colocou o partido na

ilegalidade, condição em que passaria

a maior parte de sua existência.

As Camadas Médias Urbanas

haviam se tornado mais numerosas e

diversificadas. Naquele momento de

crise, como a que abalava o país nos

anos 20, mostravam-se insatisfeitas

com a falta de liberdade e as limitadas

possibilidades de influir na vida

política.

Tenentes - 1922

O tenentismo acabou sendo a expressão de todos os

setores insatisfeitos e revoltados com a violência dos

grupos oligárquicos dominantes.

Eles dispunham de armas, estavam organizados em uma instituição de caráter nacional – o Exército. .

Os tenentes possuíam uma “rede” de contatos em todo o país, eram numericamente majoritários dentro do Exército, tinham nível cultural acima da média existente no Brasil

Tanto o Exército quanto a Marinha estavam divididos entre os Tenentes e seus simpatizantes e os legalistas, que apoiavam o governo.

Os “Tenentes” queriam moralizar os costumes políticos para que os princípios liberais pudessem funcionar de fato (voto secreto, fim das fraudes).

Para eles, os militares deveriam ter o

papel de salvar o país e as instituições

dos maus políticos. Visavam implantar o

legítimo poder civil que realizaria um

programa liberal.

Havia também grande cobrança em

relação às Forças Armadas, que

precisava de medidas concretas de

modernização e insatisfação quanto à

carreira militar.

O movimento armado que foi

organizado principalmente pelos

tenentes contou com a simpatia e a

participação de elementos da baixa

oficialidade (sargentos, cabos e

soldados) enquanto que a cúpula militar

se manteve fiel a "ordem".

Os principais movimentos

tenentistas da década de 1920 foram

os 18 do Forte, os levantes de 1924,

e a Coluna Prestes.

Coluna Prestes