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Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Educação de Santarém Mestrado em Educação e Comunicação Multimédia 1º Ano Metodologia de Projeto Tecnológico Proposta de Intervenção Pedagógica Redes Sociais: Navegar em segurança O presente documento pretende ser uma proposta de implementação de um projeto que apoia jovens, professores e encarregados de educação no sentido de se defenderem contra os perigos da utilização da rede/Internet. Enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação de Santarém. 2011 David Pereira Maria Valadares 1-03-2011

Mtp projecto rsnes-convertido

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Instituto Politécnico de Santarém

Escola Superior de Educação de Santarém

Mestrado em Educação e Comunicação Multimédia – 1º Ano

Metodologia de Projeto Tecnológico

Proposta de Intervenção Pedagógica Redes Sociais: Navegar em segurança O presente documento pretende ser uma proposta de implementação de um projeto que apoia jovens, professores e encarregados de educação no sentido de se defenderem contra os perigos da utilização da rede/Internet. Enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação de Santarém.

2011

David Pereira

Maria Valadares 1-03-2011

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1. Identificação do Projeto

A escola como organização social que reflete a natureza da sociedade em que está inserida. As funções que nela são desempenhadas estão relacionadas com as respetivas finalidades da escola; ou seja a educação dos alunos.

No documento “Um tesouro a descobrir” da Comissão da UNESCO, datado de 1996 lê-se “para poder responder ao que lhe é solicitado, a educação deve organizar-se em redor de quatro tipos de aprendizagens fundamentais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver em comum e aprender a ser.” *1+ São estes os “quatro pilares da educação” e todos eles devem ser objeto de igual atenção por parte do ensino estruturado, de modo a que a educação seja uma experiência global.

Título: Redes Sociais: Navegar em Segurança

Área científica: Educação e Comunicação Multimédia

Palavras-chave: Segurança e perigos na internet, crianças nas Redes Sociais, Facebook;

Internet security; Dangers; Young people; Facebook

Data de início: 1 de março de 2011 (1 de março a 13 de junho)

2. Instituições Participantes

Instituição/ Participantes: Comunidade Educativa das escolas envolvidas

(pais, professores., alunos)

Escola Superior de Educação do IPS – MECM

Propõem-se dar início a este projeto, sob a coordenação da professora de Metodologia de Trabalho Tecnológico: Maria Potes Barbas e supervisão da etutora Ana Loureiro, os professores/mestrandos:

-David Alexandre Januário Pereira, licenciado em ensino na variante da Matemática e Ciências da Natureza – 2º ciclo pela Escola Superior de Educação de Santarém, concluída em 13 de junho de 2001. Atualmente a lecionar no 2º ciclo, na EB 2, 3 Dr. Anastácio Gonçalves em Alcanena, como professor contratado e diretor de turma do 6ºD.

-Mestrando do Curso ECM a frequentar o 1º ano na Escola Superior de Educação de Santarém.

-Maria Aurélia Rosália da Costa Valadares, licenciada em ensino na variante da Matemática e das Ciências da Natureza pela Escola Superior de Educação de Lisboa,

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concluída em 24 de junho de 1996. Atualmente a lecionar o 2º ciclo na Escola E.B. 2/3 de Vialonga. -Mestranda do Curso ECM a frequentar o 1º ano na Escola Superior de Educação de Santarém.

3.1 Componente Científica

Este projeto enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação de Santarém. Tem como principais objetivos:

- Averiguar como podemos proteger crianças e jovens na rede/Internet;

- Alertar os pais;

- Sensibilizar para os perigos da internet através de formações nas escolas;

- Fornecer alternativas de redes cuja utilização é apropriada à faixa etária das crianças;

- Prevenir situações de pedofilia, raptos, assaltos.

O Plano Tecnológico implementado pelo governo nos últimos anos permitiu um aumento considerável da utilização da internet por parte da população portuguesa. No entanto associado a este aumento da utilização da internet têm surgido muitas situações de insegurança, maioritariamente por desconhecimento. Neste ponto, as crianças são as mais desprotegidas e as mais vulneráveis. Como diretores de turma, constatamos que mais de metade dos alunos têm perfis falsos no Facebook, pois a sua idade não permite a sua utilização. Verificámos que partilham muitas informações que as podem colocar em perigo, como por exemplo os seus dados pessoais e fotografias. O nosso projeto pretende dar resposta a este problema, procurando também ir ao encontro de alguns objetivos da Agenda Digital 2015 [2] nomeadamente os que se relacionam com a Educação de Excelência: "Disponibilização de espaços pessoais (...) para alunos, docentes e encarregados de educação" e "Disponibilização online de conteúdos educativos em todas as áreas disciplinares (...)." This project fits into the course of MTP, School of Education at Santarém. Its main objetives are: - Investigate how we can protect children and young people on the network / Internet; - Alert parents; - Raising awareness of the dangers of the Internet through training in schools; - Provide alternative networks whose use is appropriate for the age group of children; - To prevent situations of child abuse, abductions, assaults.

The Technology Plan implemented by the government in recent years has enabled a considerable increase in Internet usage by the population. However associated with this increased Internet usage have been many situations of insecurity, largely through ignorance. At this point, children are the most unprotected and vulnerable. As directors of the class, found that more than half of students have fake profiles on Facebook, as your age does not allow its use. We found that many share information that may jeopardize such as personal

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data and photographs. Our project aims to tackle this problem, trying also to meet some objetives of the Digital Agenda 2015 [2] in particular those relating to Education Excellence: "To make (...) personal spaces for students, teachers and carers "and" Available online educational content”.

3.2. Descrição Técnica:

Os intervenientes na dinamização do projeto são mestrandos de Educação e Comunicação Multimédia, para além de docentes na área da Matemática e C.N. e que estão interessados em sensibilizar toda a comunidade educativa para os perigos da utilização da rede.

Atualmente serão poucas as casas portuguesas que não tenham um PC ligado à Internet. O programa e-escolas facilitou este processo tal como vem referenciado no site da Microsoft “A Microsoft associou-se ao Programa e-Iniciativas no quadro do seu compromisso de apoio ao Governo no grande desígnio de inclusão e massificação da Sociedade de Informação. Através dos Programas e-escola, e-professor e e-oportunidades mais de 600 mil alunos, professores e formandos incluídos nas Novas Oportunidades terão acesso, em condições excecionais a um computador portátil com acesso Banda Larga”*3+. As redes sociais tornaram-se parte do nosso quotidiano e, diariamente, surgem notícias relacionadas com este fenómeno. Sabemos que as crianças, recorrendo a perfis falsos, estão no Facebook ou outras redes sociais como o MSN, só para referir outro exemplo. Ao longo da nossa vida de professor e mais nos últimos anos, temos acompanhado muitos alunos, em diferentes turmas e contextos escolares diversos, tendo usado estas plataformas como forma de aproximação e de contacto com os alunos pois sabíamos que os mesmos lá se encontravam. O que fazer para contornar esta situação? Como educar as crianças para a utilização segura deste meio de comunicação alertando-as para os perigos que podem encontrar?

O propósito deste trabalho é o de fazer uma pesquisa sobre algumas redes sociais mais diretamente vocacionadas para as crianças, nas quais estas possam interagir em segurança. Para tal, pretendemos fazer junto das escolas algumas ações de sensibilização e atividades lúdico-educativas que abranjam não só os jovens, como também os professores e encarregados de educação.

As ferramentas necessárias para a concretização deste projeto passam pelo acesso a computadores com ligação à Internet. A criação de um blog com informação detalhada, bem como a criação de grupos no Facebook.

Como necessidade premente necessitamos da colaboração das Direções das escolas para divulgação do projeto e respetiva implementação.

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3.3. Revisão da literatura:

A sociedade moderna de hoje caracteriza-se pela sua dependência tecnológica, segundo Castells “fala da nova ordem económica e social, cujo centro das transformações está na revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação e comunicações”*4+.São vários os serviços comerciais e diferentes fornecedores de Serviços de Internet (Internet Service Provider - ISP), por vezes gratuitos, que nos permitem e facilitam estar “em linha” ou conectados.

Para captarem a atenção e preferência dos seus clientes, estes serviços oferecem sempre garantias de segurança e inigualáveis experiências de comunicação. Contudo, parece-nos difícil estas empresas fornecerem e assegurarem a privacidade e segurança na Internet dos seus clientes, ou dos comportamentos adequados destes nesse contexto. Por outro lado, também não existe por parte do governo forma de controlar o comportamento dos seus cidadãos numa correta utilização destes serviços.

“A Internet é uma vasta rede global que não é gerida por nenhum governo ou empresa. Qualquer pessoa no mundo - empresa, governo, organização, indivíduo - pode livremente publicar materiais na Internet. Um ISP liga-nos a estes locais, mas tem muita dificuldade em controlar o que neles existe.” *5+

A utilização da internet tem aspetos positivos mas pode compreender riscos, principalmente para as crianças e os jovens. Estas podem ser alvo de crimes e explorações.

No jornal Ionline, publicado a 19 de abril de 2011, a jornalista Sílvia Caneco afirmou: ” Um

quarto das crianças está nas redes sociais sem proteção”. Ao definirem o perfil como público ficam mais vulneráveis a práticas de assédio e aliciamento”. [6] Este artigo refere ainda que, um quinto destas crianças, fornece dados pessoais como moradas e números de telefone. Também os responsáveis pela Agenda Digital reagiram perante o inquérito realizado pela

“Eu Kids Online Portugal” para a Comissão Europeia junto de 25 mil jovens europeus, e exigiram que se tomassem medidas para que as redes sociais fossem mais seguras e protegessem o perfil dos mais jovens. Sobre o mesmo estudo, Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e também responsável pela Agenda Digital para a Europa referiu: "Todas as empresas de redes sociais devem, de imediato, predefinir os perfis dos menores de modo a que fiquem acessíveis apenas para uma lista aprovada de contactos e fora do alcance dos motores de pesquisa. As empresas que ainda não assinaram os princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE devem fazê-lo sem demora, a fim de garantir a segurança das nossas crianças”. [6]

Neelie Kroes afirmou também que as empresas das redes sociais deveriam ser

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responsáveis pela ocultação dos perfis dos menores uma vez que cada vez mais novas, estas crianças utilizam as redes: "muitas não tomam as precauções necessárias para se protegerem em linha".[6]

A União Europeia tem assumido um papel cada vez mais incisivo na política de regulação sobre as redes sociais, tendo pedido uma avaliação de todos os atuais acordos de autorregulação das empresas de redes sociais.

É também interessante analisarmos os dados de um outro estudo: “Todos em (na) Rede”, publicado pela rede EUKidsonline [7] referente a um inquérito financiado pelo Programa “Safer Internet” da Comissão Europeia e realizado na primavera verão de 2010:

A população alvo em estudo foram crianças e respetivos pais/EE, dos 25 países da União Europeia, com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos, utilizadoras da Internet.

Estiveram em estudo:

• Algumas conclusões do estudo: Usos e Atividades online

Portugal é um dos países em que as crianças e jovens afirmam ter utilizado excessivamente a Internet (49%- acima da média Europeia).

Riscos online*Pornografia

*Recebimento de mensagens de caris sexual

*Contato com pessoas

desconhecidas

*Encontros com pessoas desconecidas via Internet

*Conteúdos nocivos

*Abuso de dados

pessoais

*Bullying

93%

Uma vez por semana

60%

Todos os dias ou quase

todos os dias

Periodicidade de acesso à

Internet

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- 7 anos

(Dinamarca e Suécia);

- 8 anos

(Norte Europa)

- 78% entre os 9 e 16 anos

(Portugal)

1/3 entre os 9 e 10 acede

diariamente

80% entre os 15 e 16 anos acede

diariamente

Média de idades de Acesso

Acedem à Internet no seu quarto

Portugal (67%)-diferença mais acentuada do que a média europeia

49%Acedem à Internet pelo telemóvel ou outro dispositivo móvel

33%

A média de idades de acesso à Internet atinge os 78% em Portugal, em crianças entre os 9 e os 16 anos.

A Dinamarca e a Suécia são os países em que acedem crianças mais novas.

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Uma das vantagens desta utilização é o facto de a frequência facilitar a literacia digital e a segurança.

Atividades potencialmente benéficas online

Trabalho escolar

(85% das crianças entre os 9 e 16 anos)

Jogos

(83%)

Veêm clips de vídeo

(76%)

Trocam mensagens instantaneas

(62%)

Publicam imagens

(39%)

Partilham imagens

(31%)

Usam Webcam

(31%)

Usam sites de partilha de ficheiros

(16%)

Usam blogues

(11%)

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No entanto, em Portugal, 13% das crianças e jovens afirma já ter visto imagens sexuais em sites (uma em cada quatro declarou ter ficado incomodada com o que viu). Só 4% dos pais é que admitem que os seus filhos já as encontraram.

- No caso Português, 5% dos jovens inquiridos afirmou já ter ido a encontros com pessoas que conheceu online e 16% desses continua a manter os referidos contactos (estes dados uma vez mais estão abaixo da média europeia)

9 ou 10 anos (26%)

11 ou 12 anos (49%)

13 ou 14 anos (73%)

15 ou 16 anos (82%)

Popularidade

Holanda

(80%)

Lituânia

(76%)

das Redes

Dinamarca

(75%)

Roménia

(46%)

Sociais

Turquia

(49%)

Alemanha

(51%)

Hungria

(55%)

Roménia

(44%)

Turquia

(46%)

29 % têm mais de 100 contactos

Portugal

(25%)*

*destes apenas 7% partilha morada ou nº telefone

Perfis públicos entre os utilizadores-"qualquer

pessoa pode ver"

(26%)

É na Holanda que as redes sociais são mais populares.

A Alemanha fica-se pelos 51% de popularidade.

É na Hungria que se observam mais jovens com perfis públicos.

Em Portugal, apenas 25% dos jovens tem um perfil público.

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“São as crianças dos 9 aos 12 os que menos têm preocupações de privacidade na rede: em 15 dos 25 países, a percentagem de crianças dessas idades com perfis públicos é superior à dos jovens dos 13 aos 16 anos. E se mais de três quartos (78%) dos jovens dos 15 aos 16 dizem saber como mudar os parâmetros de privacidade, apenas 56% dos jovens com 11 e 12 anos sabem como alterar o seu perfil. A média das crianças dos 9 nove aos 12 anos que têm mais de 100 amigos na rede social situa-se nos 15%, mas a percentagem triplica entre as crianças húngaras: 47% afirmam ter mais de 100 contactos no seu perfil. A percentagem dos 13 aos 16 anos belgas, dinamarqueses, gregos, húngaros, italianos, neerlandeses, noruegueses, polacos, suecos e britânicos com mais de 100 contactos é superior à dos jovens dos restantes países.” *7+

Como já referimos, existem alguns riscos para as crianças que usam a Internet. Contudo, os jovens estão particularmente em risco uma vez que utilizam frequentemente o computador sem supervisão familiar e por isso é mais provável que visualizem páginas ou participem em conversas em linha relacionadas com atividades sexuais. Alguns dos riscos são:

• 43%

• Só amigos podem verPerfis privados

• 28%

• Podem ver os "amigos dos amigos ou outras redes"

Perfil parcialmente

privado

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– Como podem atuar os pais?

Todos são unânimes em acordar que a participação e supervisionamento dos pais são de suma importância. Estar alerta, conversar com os filhos, procurar orientações com professores são alguns conselhos que podemos deixar. A internet tem as suas potencialidades que podem e devem ser aproveitadas, desde que se mantenha e alerte para os perigos da sua utilização. [8] [10]

3.4. Plano de Investigação e Métodos:

Segundo Fortin (1999;51) “ uma questão de investigação é uma interrogação explícita relativa a um domínio que se deve explorar com vista a obter novas informações.” *9+

Para este projeto de investigação foi formulada a seguinte questão:

Como educar as nossas crianças nas redes, alertando-as também para os perigos que podem representar?

O tipo de estudo presente neste projeto de investigação é essencialmente exploratório com uma componente prática, uma vez que existem, de acordo com a nossa revisão

Riscos de utilização da Internet para

as crianças

Exposição a material

inapropriado

Abuso físicoLegal e

financeiro

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bibliográfica acerca do tema, conhecimentos prévios sobre o assunto.

Neste projeto de investigação realizar-se-á um estudo descritivo com análise de conteúdo a qual será submetida a uma concretização efetiva em contexto sala de aula nas diferentes escolas onde os mestrandos lecionam. Para isso foi concebido um plano de formação que conduzirá a alguns seminários na sensibilização das comunidades educativas face aos riscos de utilização da internet. Serão também dinamizados um blogue e constituir-se-á um grupo fechado de alunos no facebook no sentido de se promoverem reflexões sobre as temáticas.

Segundo Fortin (1999:161) um estudo descritivo “visa obter mais informações, quer seja sobre as características de uma população, quer seja sobre fenómenos em que existam poucos trabalhos de investigação.” *9+

Para Fortin (1999:161) “ a investigação exploratória-descritiva consiste em descrever, nomear ou caracterizar um fenómeno, uma situação ou um acontecimento, de modo a torna-lo conhecido”. *9+

Uma vez que:

- O Plano Tecnológico é uma realidade, integrando a Agenda Digital 2015 a qual se propõe utilizar e potenciar as Redes de Nova Geração;

-O Governo não tem legislação própria (e) nem consegue controlar as atitudes dos cidadãos numa correta utilização da rede.

Pensámos poder ser uma mais-valia nesta caminhada da sociedade moderna tão dependente da Tecnologia, sensibilizando e alertando as comunidades educativas em que nos inserimos para os aspetos positivos e negativos da utilização das redes sociais pelos nossos jovens.

As metodologias que iremos adotar passam essencialmente pelas seguintes tarefas:

- Pesquisa Bibliográfica; Elaboração da entrevista; Consulta de relatórios/registos; Recolha de dados; Pesquisa de informações noutros países; Realização de entrevista; Dinamização do Facebook (grupo restrito); Dinamização do Blogue; Realização dos Seminários/Cursos de Formação; Interpretação resultados/conclusões.

Desta forma, e com as ações que pretendemos desenvolver, desejamos ser mais “um agente” na ajuda e disseminação desta temática entre os jovens.

Como resultados expectáveis, esperamos apresentar um estudo cuja interpretação dos resultados nos ajude a tirar conclusões que conduzam a uma prática da utilização das redes sempre com maior segurança e privacidade.

Como apresentaremos na secção seguinte, a pesquisa bibliográfica que tomará os quatro meses de elaboração e implementação do projeto caberá aos dois elementos do grupo e as restantes tarefas serão subdivididas para uma maior rentabilização e gestão do tempo.

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3.5. Tarefas:

AV – Aurélia Valadares DP – David Pereira Tarefas AV DP

Objetivos

Metodologias Resultados esperados

Articulação com outras

tarefas

Pesquisa Bibliográfica

X X *Descrever trabalhos anteriores e recolher informação sobre a temática escolhida

*Pesquisar nos diferentes meios à disposição

(b-on; recaap e Zapping)

*Recolher uma base sólida de informação que nos permita elaborar o projeto e mostrar inovação na proposta apresentada.

*Esta será a base para a elaboração de todo o trabalho.

Elaboração e realização da

entrevista

Recolha de dados

X

(EE)

X

(Alunos)

*Recolher algum feedback de estudantes e EE sobre como atuam na rede

*Elaborar uma

entrevista a ser realizada a estudantes e EE

*Recolher dados que possam ser uma mais-valia na apresentação de resultados e conclusões do projeto

*Permitirá tirar conclusões e interpretar resultados

Consulta de relatórios/

Registos/

Estudos recentes

Pesquisa de informações

noutros países

X X *Descrever trabalhos anteriores e recolher informação sobre a temática escolhida

*Pesquisar nos diferentes meios à disposição

(b-on; recaap e Zapping)

*Recolher uma base sólida de informação que nos permita elaborar o projeto e mostrar inovação nas proposta apresentada.

*Esta será a base para a elaboração de todo o trabalho.

Dinamização do Facebook

(grupo restrito)

X *Alertar e promover a temática das redes sociais e potenciais perigos na sua utilização.

*Criar um grupo fechado no facebook

*Sensibilizar para uma correta utilização das redes sociais

*Permitirá tirar conclusões e interpretar resultados

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Dinamização do Blogue

X

*Alertar e promover a temática das redes sociais e potenciais perigos na sua utilização.

*Promover o diálogo e a discussão nos blogues das turmas com vista aos objetivos pretendidos

*Sensibilizar para uma correta utilização das redes sociais

*Permitirá tirar conclusões e interpretar resultados

Participação no concurso

de vídeo Seguranet

X X *Alertar e promover a temática das redes sociais e potenciais perigos na sua utilização.

*Promover o diálogo e a discussão das turmas com vista aos objetivos pretendidos através de um meio audiovisual.

*Sensibilizar para uma correta utilização das redes sociais

*Alertar para os perigos de utilização da internet.

Realização dos

Seminários/Cursos de

Formação

X

X

*Averiguar como podemos proteger crianças e jovens na rede/Internet;

*Alertar os pais;

*Sensibilizar para os perigos da internet através de formações nas escolas;

*Fornecer alternativas de redes cuja utilização é apropriada à faixa etária das crianças;

*Prevenir situações de pedofilia, raptos, assaltos.

*Estruturar um pequeno curso de Formação em forma de seminário a ser realizado nas escolas envolvidas

*Alertar e sensibilizar a comunidade educativa

*Permitirá tirar conclusões e interpretar resultados

Interpretação

resultados/conclusões

X X *Interpretar e tirar conclusões do projeto implementado que não termina com a sua apresentação mas continuará ao longo da vida.

*Interpretar e tirar conclusões sobre o projeto implementado

*Contribuir para a sensibilização da comunidade escolar

*Permite fazer a súmula de todo o trabalho

4. Responsável e justificação dos recursos humanos

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Os dois mestrandos, Aurélia Valadares e David Pereira.

Os recursos humanos envolvidos nesta fase do projeto são: alunos de cada uma das

nossas turmas e respetivos encarregados de educação.

5. Calendarização e Gestão do Trabalho

Cronograma

Apresenta-se um exemplo de calendarização:

Tarefas Março Abril Maio Junho

Pesquisa Bibliográfica X X X X

Elaboração e realização da entrevista

Recolha de dados

X X

Consulta de relatórios/

Registos/

Estudos recentes

Pesquisa de informações noutros países

X X X X

Dinamização do Facebook (grupo restrito)

X X

Dinamização do Blogue X X

Participação no concurso de vídeo Seguranet

X

Realização dos Seminários/Cursos de

Formação

X X

Interpretação

resultados/conclusões

X

X

X

X

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6. Referências Bibliográficas [1] Educação, um tesouro a descobrir, Porto, Ed. Asa, Cap. 4 -Publicações da Unesco, 1996

[2] Agenda Digital 2015. Plano Tecnológico Portugal a Inovar. Ministério da Economia da Inovação e do Desenvolvimento.

[3] Programa E-Escolas da Microsoft. Acedido em 14 de maio de 2011 em http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/

[4] Castells, Manuel (2000) - A SOCIEDADE EM REDE. São Paulo: Paz e Terra

[5] Centro de Competência TIC da Universidade de Évora. Segurança das Crianças na Internet – Publicações. Acedido em 20 de abril de 2011 em http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/

[6] Caneco, Sílvia (2011, 19 de abril) Um quarto das crianças está nas redes sociais sem proteção. Acedido a 20 de abril de 2011, em http://www.ionline.pt/conteudo/118134-um-quarto-das-criancas-esta-nas-redes-sociais-sem-proteccao#enviar

[7] Eu Kids Online Portugal. Os resultados completos de uma investigação Europeia. Acedido em 21 de abril de 2011, em http://www.fcsh.unl.pt/eukidsonline/

[8] Miúdos Seguros na NET. Minimizar Riscos, Maximizar Benefícios. Acedido em 20 de

abril de 2011, em http://miudossegurosnanet.blogs.sapo.pt/tag/redes+sociais

[9] - FORTIN, Marie-Fabienne (2000) – O Processo de investigação: da conceção à

realização. 2ª Edição. Loures: Lusociência.

[10] Hughes, Donna. Kids Online: Protecting Your Children in Cyberspace [Versão

electronica] . Acedido em 20 de abril de 2011, em

http://www.protectkids.com/kidsonline/index.htm

Santarém, 1 de abril de 2011

Os professores:

____________________

(Aurélia Valadares)

___________________

(David Pereira)

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.