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Newsletter informativa do Museu de Lamego. Em fevereiro, o destaque vai para a presença da exposição "Viagem ao Oriente" em Goa.
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dest
aque
Organizada pela Sociedade Lusófona de Goa, em
colaboração com o Museu de Lamego e Direção Regional de
Cultura do Norte, com a Directorate of Art and Culture
(Goa), Goa Tourism Development Corporation e a Fundação
Oriente, “Viagem ao Oriente” integra o primeiro “Festival
da Lusofonia Goa 2015”.
Com um programa vasto que se desenrola ao longo de cerca
de um mês e que visa promover a cultura dos países
lusófonos, os organizadores consideram a exposição do
Museu de Lamego o ponto alto do Festival, por
proporcionar uma viagem no tempo e no espaço, do Cairo a
Jacarta, do Egito das pirâmides e do deserto aos príncipes de
Java, passando através do Canal do Suez, Port Said, o Mar
Vermelho, o Oceano Índico, a Índia e as colónias
portuguesas, Bombaim e Ceilão, Timor, Java e as Índias
Holandesas.
Paisagens, ambientes urbanos, arquiteturas, grandes
obras de engenharia, o passado, o presente e a construção
do futuro desfilam de fotografia em fotografia, numa
coleção redescoberta na família duriense Mascarenhas
Gaivão.
“Viagem ao Oriente” esteve patente em 2014, de 8 de junho
a 14 de setembro. A itinerância leva-a agora para outras
paragens, nada mais nada menos que o próprio Oriente.
“Viagem ao Oriente”, que reúne um excecional núcleo de fotografias do século XIX, partiu para
Goa onde ficará patente até 10 de março. A mostra, que resulta do projeto do Museu de Lamego
de identificação e inventário de espólios fotográficos familiares do Douro, promete mais uma
vez transportar os visitantes para um novo mundo, no auge da descoberta e do fascínio da
Europa pelo Oriente.
“VIAGEM AO ORIENTE” em Goa
3 | APONTAMENTOS
6 | APONTAMENTOS
em
exp
osi
ção
“Cister no Douro” não é, por isso, uma exposição
tradicional, mas a tradução de um espaço maior, de uma
Ordem que transformou um vale e que desempenhou um
papel primordial na excelência hoje reconhecida à região
como Património da Humanidade.
Com comissariado científico de Nuno Resende e organizada
pela Direção Regional de Cultura do Norte, Museu de Lamego
e projeto Vale do Varosa, “Cister no Douro” assume-se como
uma instalação multimédia, destinada a divulgar a
herança histórica, cultural, arquitetónica e artística
legada pela presença desta Ordem monástica na região.
Ao todo são seis os testemunhos materiais das comunidades
cistercienses instaladas durante a Idade Média e o período
moderno a sul do Douro, duas casas femininas e quatro
masculinas: Tabosa, Arouca, S. João de Tarouca, Santa Maria
de Salzedas, São Pedro das Águias e Santa Maria de Aguiar.
A chegada de Cister no século XII viria a marcar em
definitivo a História de um território hoje reconhecido
internacionalmente. Património da Humanidade, deve a
sua classificação ao trabalho das sucessivas comunidades de
cistercienses que transformaram o Vale do Douro num
espaço de cultura e saber, modificando a paisagem e o
território.
Até 26 de abril, um território histórico, detentor de um património único, revela-se no Museu
de Lamego através de experiência de som e imagem, numa instalação que recria um claustro,
que sintetiza uma filosofia de vida.
“CISTER NO DOURO”
itinerâ
nci
a
De elevada qualidade técnica e artística, “Caminhos do
Ferro e da Prata” vai muito para além dos interesses
específicos do transporte ferroviário, por toda a informação
que reúne ao nível da paisagem, da arquitetura, do traje ou
dos costumes.
Este álbum, entre outros, conservou-se na família duriense
Mascarenhas Gaivão, herdado do bisavô, Francisco Perfeito
de Magalhães Meneses Vilas-Boas, engenheiro dos caminhos-
de-ferro à data das imagens – 1887.
Ao todo são 65 imagens, na sua grande maioria em fototipia,
assinadas por Emilio Biel, Antiga Casa Fritz. Quase todas no
formato aproximado de 24 x30 cm, em excelente estado de
conservação, indiciam claramente a ocasião e o processo
como foram efetuados os respetivos levantamentos.
A beleza das imagens, o percurso ao longo do rio Douro, os
aspetos históricos e etnográficos, o caráter da região e as
tradições internacionais da zona demarcada fazem desta
coleção fotográfica um conjunto único, tornado acessível
ao grande público através da sua exposição e edição de
respetivo catálogo, distinguido em 2014 pela Associação
Portuguesa de Museologia (APOM).
A exposição “Caminhos do Ferro e da Prata”, a primeira a espelhar os resultados do projeto do
Museu de Lamego de identificação e inventário de espólios fotográficos familiares com
referência ao Douro, está patente no Museu do Abade de Baçal até ao dia 28 de fevereiro. Em
itinerância, esta é uma oportunidade de levar a novos públicos uma exposição que reflete a
importância da construção da via-férrea do Douro e Minho, numa coleção de fotografias
reunidas num álbum originalmente concebido para a sua apresentação pública.
“CAMINHOS DO FERRO E DA PRATA”
8 | | APONTAMENTOS APONTAMENTOS
um
ano.u
m tem
a
Há precisamente 500 anos, o governador da Índia
Portuguesa, Afonso de Albuquerque, decidiu enviar ao rei D.
Manuel I o rinoceronte que lhe havia sido oferecido pelo
sultão Muzafar II. O rinoceronte embarcou no Nossa Senhora
da Ajuda que deixou Goa em janeiro de 1515, e chegou a
Lisboa no dia 20 de maio.
Sem nunca ter visto o rinoceronte, que foi o primeiro
exemplar vivo visto na Europa desde os tempos romanos,
Depois de em 2014 o Museu de Lamego ter trazido a público, mensalmente, um conjunto de
peças que pretenderam espelhar a qualidade e a diversidade do acervo, em 2015 a “Peça do
Mês” dá lugar a “Um Ano. Um Tema”. De cariz anual, este é um projeto que elege uma temática
e a explora através das coleções do Museu. A Gravura inaugura esta nova rubrica, no ano em que
se celebram os 500 anos da viagem do rinoceronte e da execução da gravura que o imortalizou
por Albrecht Dürer.
“Peça do Mês” dá lugar a “UM ANO. UM TEMA”
10 | APONTAMENTOS
Albrecht Dürer desenhou duas imagens do animal,
baseadas numa descrição e num esboço que viu em
Nuremberga. A partir do segundo desenho foi feita
uma xilografia que se tornaria numa das mais
célebres gravuras de sempre e também a que mais
influência exerceu na arte, de Rafael a Salvador Dali.
No ano em que se celebram os 500 anos da viagem do
rinoceronte e da execução da gravura que o
imortalizou, o Museu de Lamego propõe a sua
coleção de gravura como tema para 2015, o que é
tanto mais pertinente, quanto o facto de o museu
possuir um raro e valioso exemplar de inícios do
século XVIII, conhecido como Alegoria a África, que
reproduz a famosa imagem do rinoceronte (Cadernos
C o n h e c e r C o n s e r v a r V a l o r i z a r -
http://bit.ly/CCVcaderno1).
UM ANO. UM TEMA | janeiro
Em janeiro, o destaque não recaiu sobre a “Alegoria a
África” (maio será o mês dedicado a esta peça), mas
sim sobre uma gravura de pequeno formato,
figurando “Jesus Escarnecido”, um tema devocional
associado ao cic lo da “Paixão de Cristo”,
iconograficamente relacionado com o “Senhor da Cana
Verde”, da autoria de Hieronymus Wierix.
Hieronymus Wierix (1553-1619) é um renomado
gravador flamengo, que pertenceu a uma família de
gravadores, sendo ele um de três irmãos que se
dedicavam a este ofício. Em 1572 já era mestre em
Antuérpia, onde permaneceu até ao fim da sua vida.
Com uma obra extensíssima, Wierix executou uma
11 | APONTAMENTOS
série de gravuras intitulada “Paixão de Cristo”, que
deveria incluir o presente exemplar. Dessa série, o
Museu Britânico (The British Museum) possui um
conjunto de 16 gravuras que, tal como a do Museu de
Lamego, possuem excertos do “Livro dos Salmos”.
As gravuras de Wierix tiveram grande aceitação na
Europa católica e influenciaram, sobretudo, a
pintura do século XVII, de países como Portugal e
Espanha, ao seguirem a estética difundida pela
Igreja da Contra-reforma.
De proveniência desconhecida, admite-se que a
gravura “Jesus Escarnecido” tenha sido incorporada
pelo Museu de Lamego, entre 1929-1955, período que
correspondeu à aquisição de diversas gravuras pelo
então Grupo de Amigos, criado em 1924.
LEGENDA
Jesus Escarnecido (da série “Paixão de Cristo”)
Hieronimus Wierix
Antuérpia
1572 – 1619
Tinta e papel
Museu de Lamego, inv. 908
UM ANO. UM TEMA | fevereiro
“Um Ano. Um Tema” traz em fevereiro o retrato do
Imperador Frederico III de Habsburgo, Sacro
Imperador Romano-Germânico e marido da Infanta de
Portugal, D. Leonor, irmã do rei D. Afonso V. Apelidado
de «Lábio Grosso», o imperador é representado como
uma figura imponente, ostentando coroa imperial
cravejada de joias.
O retrato de Frederico III pertence a uma coleção de
treze retratos intitulada “Effigies Imperatorum
domus Austriacae“, publicada em Haarlem, pela
primeira vez, em 1644, e que incluía os retratos de
imperadores germânico-austríacos da linhagem de
Habsburgo. Cada um dos retratos, em grande formato,
é delimitado por cercadura ornamental de autoria de
Pieter Claesz Soutman, responsável também por todas
as imagens publicadas. Os gravadores foram Jonas
Suyderhoef e Pieter van Sompel, escolhidos entre os
melhores aprendizes de Pieter Soutman.
Desta série foram feitas novas reedições, conservando-
se atualmente alguns exemplares nas coleções do
British Museum e da National Portrait Gallery
(Londres), do Fitzwillim Museum, (Cambridge), do
Deutshes Historisches Museum (Berlim), do
Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque) e do Fine
Arts Museums (São Francisco). O Museu de Lamego,
pertencentes à mesma série, possui também os
retratos dos imperadores Matias I e de D. Fernando II.
De proveniência desconhecida, poderá admitir-se que
a gravura tenha sido adquirida pelo valor de 50$00
(conforme inscrição a lápis), durante a direção de João
Amaral (1917-1955), que coincidiu com a compra de
outros exemplares, adquiridos para o Museu pelo
próprio ou através do Grupo de Amigos do Museu,
criado em 1924.
Retrato do Imperador Frederico III (Frederico de Habsburgo)
Jonas Suyderhoef (Haarlem, 1580-1657); Pieter Claesz
Soutman (Haarlem, 1580-1657); Frederick Wit
Haarlem (Centro de Fabrico)
Séc. XVII
Tinta e papel
Museu de Lamego, inv. 2206
LEGENDA
13 | APONTAMENTOS
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15 | APONTAMENTOS
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16 | APONTAMENTOS
Museu de Lamego
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5100-147 Lamego
Tel: (+351) 254600230
E-mail: [email protected]
Site: www.museudelamego.pt
Facebook: www.facebok.com/museu.de.lamego
Horário
De terça-feira a domingo, das 9h30 às 18h00.
Encerra às segundas-feiras.
Gratuito no primeiro domingo do mês.
Serviço Educativo
Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e
exposições temporárias, mediante marcação prévia.
Biblioteca
De terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às
18h00, mediante contacto prévia.
Auditório
100 lugares
Loja
APONTAMENTOS fevereiro 2015
18 | APONTAMENTOS