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Museus em Nmeros
Volume 2
presidenta da repblica
Dilma Rousseff
vice-presidente
Michel Temer
ministra da cultura
Ana de Hollanda
presidente do ibram
Jos do Nascimento Junior
diretora do departamento de difuso, fomento e economia de museus
Eneida Braga Rocha de Lemos
diretor do departamento de planejamento e gesto interna
Franco Csar Bernardes
diretor do departamento de processos museais
Mrio de Souza Chagas
coordenadora geral de sistemas de informao museal
Rose Moreira de Miranda
Museus em Nmeros
Volume 2
Ministrio da Cultura
Instituto Brasileiro de Museus
Braslia
2011
Copyright 2011 - Instituto Brasileiro de Museus
Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida desde que citada a fonte.
Tiragem: 6.000 exemplares
Impresso no Brasil
unidade responsvel
coordenao editorial
Rose Moreira de Miranda
coordenao de produo e anlise da informao
Mayra Resende Costa Almeida
ncleo do cadastro nacional de museus
Karla Ins Silva Uzda
equipe tcnica
Adriana Bandeira, Alessandra Garcia, Ana Maria Moreira, Bruno Arago,
Glucia Coelho, Isabella Biato, Jssica Santana, Lcia Ibrahim, Leonardo Neves,
Michel Correia, Pedro Fideles, Renata Almendra, Thaisa Leite e Yris Lira
estagirias
Ana Paula Sene, Camila Leal e Keyla Waltz
consultoria tcnica
Lorena Vilarins dos Santos
mapas
Stefan Valim Menke
imagens do acervo - museus ibram
Sylvana Lobo - IBRAM/MINC
design grfico e capa
Marcia Mattos
reviso
Njobs Comunicao
endereo/distribuio:
INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS IBRAM
Setor Bancrio Norte, Quadra 02, Bloco N, 12 andar
Braslia/DF
CEP: 70040-000
Telefone: + 55 (61) 2024-4300
www.museus.gov.br
Instituto Brasileiro de Museus
Museus em Nmeros/Instituto Brasileiro de Museus
Braslia: Instituto Brasileiro de Museus, 2011.
720 p.; 29,7 cm; vol. 2
ISBN 978-85-63078-13-1
1. Instituto Brasileiro de Museus
2. Museus Estatstica
CDU 069:31(81)
Gostaramos de registrar o nosso mais profundo agradecimento aos profissionais e instituies,
que de diferentes formas, e em diferentes tempos e espaos, contriburam para este trabalho.
Primeiramente aos museus brasileiros que, compreendendo a importncia estratgica do
Cadastro Nacional de Museus (CNM), compartilharam suas informaes e, sobretudo, as
mantiveram periodicamente atualizadas.
Aos muselogos que ao longo dos primeiros quatro anos de atividades do CNM, se dedicaram
a pesquisa e registro de todas as informaes utilizadas nesta publicao: Adriana Bandeira
Cordeiro, Ana Paula Sene, Auriel Almeida, Emerson Castilho, Fernanda Magalhes Pinto,
Gabriela Machado Alevato, Jssica Santana, Keyla Waltz, Lucia Ibrahim, Monique Magaldi,
Penlope Saliveros Bosio Loponte e Rita Gama Silva.
Aos assistentes nos Estados e todos os envolvidos com o campo, que sistematicamente contriburam
para o levantamento e conferncia de informaes: Adolfo Samn Nobre de Oliveira (RJ, ES e
PE), Alice de Ftima Miranda Soares (PA), Ana Carla Clementino (AC), Carine Silva Duarte (RS),
Ceclia de Lourdes Fernandes Machado (SP), Dora Medeiros (PI), Elena Campo Fioretti (RR),
Eliene Dourado Bina (BA), Elizabete Neves Pires (SC), Janana Luana Louise Xavier (RN), Joana
Euda Barbosa Mundurucu (TO), Joo Batista Gomes de Oliveira (AP), Joo Paulo Vieira Neto (CE),
Marli Fvero (SC), Maria Regina Batista Silva (AL, PE e SE), Meiri Ana Moreira Castro e Silva
(MG), Rafael Duailibi Maldonado (MS), Regina Lucia de Souza Vasconcellos (AC e AM), Sandra
Valria Felix de Santana (PB e RN), Simone Flores Monteiro (RS), Tnia Mara Quinta Aguiar de
Mendona (GO) e Wvian Patrcia Pinto Diniz (PR).
Aos profissionais que participaram do desenvolvimento desta publicao: Bruno Sadeck,
Lorena Vilarins dos Santos, Nuno Duarte da Costa Bittencourt, Petras Shelton-Zumpano,
Victor Hugo de Carvalho Gouvea e, em especial, a Marcia Mattos que para alm de sua
atuao profissional destacada, nos brindou com sabedoria, pacincia e amizade no design
grfico desta obra.
Ao Ministrio da Cultura da Espanha e Organizao dos Estados Ibero-Americanos, que
patrocinaram as atividades de implantao do CNM nos anos de 2006 e 2007.
Por fim, gostaramos de registrar nossos agradecimentos especiais a Jos do Nascimento
Junior, Mrio de Souza Chagas, Eneida Braga Rocha de Lemos, Claudia Storino e Marcio
Rangel pelo incentivo, apoio e contribuio expressiva em todas as etapas do processo de
concepo e implantao do CNM, sobretudo durante os anos de 2005 e 2006.
Sumrio ix Mapear para agir
xi Museus e seus desafios
xv Introduo
Regies do Brasil 01 Regio Norte
02 acre
24 amap
45 amazonas
71 par
97 rondnia
115 roraima
121 tocantins
139 Regio Nordeste
140 alagoas
166 bahia
191 cear
216 maranho
238 paraba
263 pernambuco
289 piau
313 rio grande do norte
340 sergipe
363 Regio Sudeste
364 esprito santo
389 minas gerais
415 rio de janeiro
442 so paulo
471 Regio Sul
472 paran
497 rio grande do sul
523 santa catarina
549 Regio Centro-Oeste
550 distrito federal
575 gois
603 mato grosso
627 mato grosso do sul
Anexos
655 ndice de mapas, grficos e tabelas dos captulos das UFs
687 Iconografia
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Mapear para agir
Aprimorar a gesto das polticas culturais do Brasil tarefa essencial
para que o Ministrio da Cultura (MinC) continue a avanar em sua misso
frente ao desenvolvimento cultural brasileiro. Mas no possvel pensar em
avano sem um diagnstico aprofundado sobre o cenrio cultural do Pas, em
suas potencialidades e limitaes. No campo dos museus, ento, essa estrat-
gia torna-se fundamental.
Por isso o Ministrio da Cultura, por meio do Instituto Brasileiro de Museus
(IBRAM), produziu esta publicao, que traz ao pblico levantamento feito
pelo Cadastro Nacional de Museus (CNM) com informaes sobre localizao,
acervo, acesso ao pblico, servios oferecidos e caracterizao fsica de todos
os museus j mapeados pelo IBRAM em territrio nacional.
Com este lanamento, o MinC atende demanda por subsdios consistentes
para uma cartografia deste campo. Ele integra um esforo na direo de uma
poltica de informaes e indicadores culturais que ser consolidada com a
criao do Sistema Nacional de Informaes e Indicadores Culturais (SNIIC).
O Museus em Nmeros ser uma publicao peridica, com edies trienais,
para servir de referncia ao planejamento de polticas pblicas, ao desenvol-
vimento de pesquisas e participao social.
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Mais do que uma compilao de dados estatsticos, procurou-se analisar
os dados levantados pelo Cadastro Nacional de Museus com um olhar
multidisciplinar, compreendendo as particularidades do campo museo-
lgico brasileiro.
Procuramos produzir indicadores que respaldem o planejamento, a imple-
mentao, o acompanhamento e a avaliao das polticas voltadas para museus,
apontando rumos possveis ao dos gestores pblicos e privados.
Nossa expectativa a de que os dados e anlises aqui apresentados ofeream
parmetros orientadores para a ao dos museus do Brasil e para a investiga-
o relacionada a este campo, alm de estmulo ao envolvimento da sociedade
civil, que poder avaliar as polticas e aes voltadas aos nossos museus e
propor novos rumos.
Ana de Hollanda
Ministra da Cultura
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Museus e seus desafios
As polticas pblicas devem sempre buscar a construo de indi-
cadores que permitam avaliar sua abrangncia e seu desenvolvimento. Essa
necessidade ainda mais premente na rea da gesto cultural, que tem pouca
tradio na construo de nmeros que demonstrem sua importncia para o
desenvolvimento humano.
A discusso do tema da cultura como fator de desenvolvimento passa pela
ampliao dos mecanismos de conhecimento das dinmicas existentes nos
diversos setores que compem o campo cultural, entendendo suas complexi-
dades e diversidades. necessrio compreender que trabalhamos com recur-
sos sejam eles simblicos, histricos, sociais e econmicos que com-
pem o universo dos fenmenos culturais, cada dia mais entrelaados em um
mundo globalizado.
A produo de indicadores para o campo do patrimnio cultural, em especial
o patrimnio museolgico, no pode se restringir somente mensurao de
pblico, visando ao aumento de rankings de visitao. A busca de elementos
que permitam planejar melhor os impactos de todos os tipos de investimen-
tos nessa rea somente ser possvel a partir de contedos informacionais
que permitam aos gestores decidir como e onde os recursos pblicos devem
induzir o desenvolvimento das nossas instituies e cidades.
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Nesse sentido, estamos falando sobre um trabalho de coleta de informaes
que tem a inteno de melhorar a gesto das polticas pblicas culturais, per-
mitindo ao longo do tempo construir sries histricas que possibilitaro um
olhar em perspectiva da evoluo dessas polticas.
A primeira edio do livro Museus em Nmeros foi pensada com o intuito de
suprir esta lacuna de informao, colaborando para anlise e perspectiva do
campo dos museus. Comeamos, com esta publicao, a oferecer elementos
para que os setores polticos, acadmicos e a sociedade civil enxerguem os
museus de maneira transparente, com suas fortalezas e tambm suas fragili-
dades, para que possamos avanar na melhoria do setor.
Ao publicar Museus em Nmeros, elaborado a partir dos dados disponibiliza-
dos pelas instituies museolgicas ao Cadastro Nacional de Museus, damos
sequncia a um dos elementos fundamentais para o monitoramento do Plano
Nacional Setorial de Museus: a produo de indicadores estatsticos que pos-
sam contribuir para partilhar vises sobre um panorama diversificado com
todos os agentes do setor museolgico, em cada Estado.
A anlise dos dados revela, por exemplo, que ainda no passamos do Tratado
de Tordesilhas. exceo da regio Sul, h ainda uma concentrao de insti-
tuies museolgicas nas regies mais ricas, nos municpios com mais de 100
mil habitantes e prximos ao litoral. Isso mostra a necessidade de ampliao
das polticas pblicas na qual a cultura tenha um papel estratgico e o direito
memria seja um eixo estruturante.
Neste sentido, a tarefa de criar polticas setoriais exige do gestor pblico, em
seu trabalho cotidiano, dois tipos de olhar. O primeiro deles um olhar pano-
rmico, capaz de enxergar o campo e compreend-lo no cenrio mais amplo
das polticas nacionais e internacionais. O segundo, e igualmente indispensvel,
trata-se de um olhar mais especfico e acurado para o setor, capaz de visualizar,
em nvel micropoltico, os elementos que determinam os contornos do setor.
Essa regra de ouro ainda mais importante quando tratamos dos museus.
O museu , por excelncia, um espao complexo. o espao social do saber e
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do fazer; o lcus do conhecimento, das histrias, das identidades. Enquanto
espao social, o museu reflete dinmicas sociais e nos lembra de que no
basta olhar para a economia para avaliar o grau de desenvolvimento de uma
sociedade, como bem nos lembra o socilogo francs Pierre Bourdieu. pre-
ciso avaliar tambm seu capital cultural.
Desde a criao da Poltica Nacional de Museus, em 2003, e com impulso ainda
maior aps a entrada em cena do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) em
2009, o Ministrio da Cultura tem empreendido esforos no sentido de fortale-
cer o setor museal brasileiro. O objetivo no outro seno o de produzir parme-
tros capazes de dialogar com a realidade do campo e indicar novos caminhos.
O lanamento de Museus em Nmeros representa parte essencial desse projeto.
Produto de quatro anos de um trabalho de pesquisa e anlise que envolveu
mais de 30 profissionais de diversos campos de conhecimento, esta publicao
traz um resultado indito: pela primeira vez na histria, o Brasil conta com um
estudo aprofundado sobre a quantidade e as caractersticas de seus museus.
Os dados apresentados nas pginas a seguir evidenciam o inegvel cresci-
mento do campo museal brasileiro, a juventude da maior parte das institui-
es, seu carter eminentemente pblico e o aumento da visitao. Apontam,
por outro lado, discrepncias regionais, concentraes, dificuldades de acesso
e outros desafios relacionados democratizao da experincia museal.
O Instituto Brasileiro de Museus acredita que esta publicao torna-se desde
j instrumento obrigatrio para o diagnstico e enfrentamento dos descom-
passos do setor museolgico, ao permitir o acesso da sociedade civil a infor-
maes pertinentes sobre o tema, alm de estimular a produo de conhe-
cimento relacionado rea e possibilitar uma gesto mais qualificada dos
museus do Brasil.
Jos do Nascimento Junior
Presidente do Instituto Brasileiro de Museus
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Introduo
Coletar, registrar, armazenar e validar sistematicamente volumes
expressivos de dados so aes que produzem sentido quando desenvolvidas
com o objetivo de estruturao e anlise, ampliando a gerao de informa-
es em determinados campos. Esse processo, pertinente a qualquer rea do
conhecimento, torna-se ainda mais relevante no campo museolgico brasi-
leiro, que, historicamente, vem produzindo instrumentos descritivos para o
compartilhamento de informaes referentes aos museus com a sociedade.
Esse foi o desejo que motivou a criao do Cadastro Nacional de Museus
(CNM) em 2006: manter um sistema capaz de processar regularmente infor-
maes sobre a diversidade museal brasileira, contribuindo para a construo
de conhecimento e seu compartilhamento pblico.
Ao longo de seus quatro anos de existncia, vrios produtos foram gerados a
partir dos dados fornecidos pelo CNM. So mapas, artigos, dissertaes, teses,
relatrios, estatsticas, guias, sites, matrias jornalsticas, vdeos e uma srie de
outros usos por uma larga gama de atores.
No ano de 2010, a equipe do CNM/CPAI/CGSIM iniciou dois importantes
projetos de publicao direcionados para pblicos diferentes. O primeiro res-
gatava a tradio da produo de guias no Pas, entendendo a importncia
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dessa ferramenta na divulgao dos museus brasileiros. Assim, aps 11 anos
da impresso do ltimo catlogo de instituies museolgicas, foi lanado em
maio deste ano o Guia dos Museus Brasileiros, contendo informaes sobre 3.118
instituies mapeadas (incluindo 23 museus virtuais). A segunda publicao
tem o objetivo de produzir e analisar dados sobre o setor museal brasileiro. O
resultado desse trabalho constitui e d vida ao Museus em Nmeros.
A publicao fruto da ao de uma equipe multidisciplinar, formada por
profissionais oriundos da Museologia, Estatstica, Geografia, Antropologia,
Sociologia, Histria, Pedagogia e Jornalismo, que se comprometeu a enfrentar
o desafio de processar e analisar 545 variveis que pudessem ser decodificadas
em informaes claras e objetivas para o setor museal; desse total, optamos
por trabalhar com 337 variveis, apresentadas em frequncias simples e cru-
zadas, oriundas de respostas auto-declaradas, prestadas por 1.500 instituies
ao questionrio do CNM.
Buscando cumprir um dos dez princpios fundamentais da produo de esta-
tsticas oficiais, formulados pela Comisso de Estatstica das Naes Unidas1,
buscamos conhecer padres de disseminao no campo das estatsticas muse-
ais. Nesse sentido, raros foram os referenciais estatsticos localizados e con-
sultados. O baixo nmero de publicaes contendo estatsticas museais esti-
mulou ainda mais nosso trabalho, tendo em vista o imperativo de conhecer
um segmento que cresce em nmeros substanciais.
No Brasil, apesar dos importantes avanos realizados na gerao de indicado-
res econmicos e sociais, recente a preocupao na construo de instru-
mentos de aferio quantitativa e qualitativa do universo das expresses cul-
turais. Nessa direo, ressaltamos o convnio estabelecido entre o Ministrio
da Cultura (MinC) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE),
em 2004, com o objetivo de desenvolver uma base consistente e contnua de
informaes relacionadas ao setor cultural, de modo a fomentar estudos, pes-
1 UNITED NATIONS STATISTICS DIVISION. Fundamental Principles of Official Statistics. Disponvel em: http://unstats.un.org/unsd/methods/statorg/FP-English.htm. Acesso em: 12 mai. 2011.
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quisas e publicaes (...)2. Dessa ao resultaram duas publicaes: o Sistema
de Informaes e Indicadores Culturais 2003 (lanado em 2006) e o Perfil dos
Municpios Brasileiros: Cultura 2006 (lanado em 2007).
No mesmo ano de 2007, a Secretaria de Polticas Culturais do Ministrio da
Cultura comeou a reunir informaes quantitativas sobre os diferentes seg-
mentos do setor cultural, incluindo os museus, cujos dados foram fornecidos
pelo CNM. Os resultados foram divulgados na publicao Cultura em Nmeros,
com edies realizadas em 2009 e 2010.
A seguir, sintetizamos algumas informaes histricas, fundamentais para o
entendimento do processo de construo do Museus em Nmeros.
I - Coleta e estruturao de InforMaes MuseaIs:
anteCedentes InternaCIonaIs e naCIonaIs
O perodo posterior 2 Guerra Mundial caracterizado por estudiosos de
diferentes reas do conhecimento como um marco para significativas mudan-
as na histria do pensamento. Permeado por uma acelerao mpar na pro-
duo de tecnologias de comunicao e informao, observa-se a ocorrncia
de transformaes paradigmticas na sociedade, que afetaram diretamente
instituies, sobretudo as de carter cultural e educacional.
O museu, enquanto expresso cultural, tambm foi impactado por esse pro-
cesso, tendo atravessando profundos questionamentos. Novos referenciais
terico-conceituais, desdobrados em estratgias e mtodos diferenciados,
visavam o desenvolvimento de uma funo social dessa instituio. Por outro
lado, nessa mesma poca, surgiram iniciativas de abrangncia nacional e
transnacional, que buscavam conferir organicidade ao setor museal.
Em 1946 foi fundado o Internacional Council of Museums - ICOM (Conselho
Internacional de Museus), uma organizao no-governamental, que man-
tm relaes formais com a Organizao das Naes Unidas para a Educao,
2 BRASIL. Sistema de Informaes e Indicadores Culturais. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatsticas, 2006.
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a Cincia e a Cultura (UNESCO), executando parte de seu programa para
museus. O ICOM tem a misso de conservar, preservar e difundir o patrim-
nio cultural, reunindo museus e profissionais de museus. Promove eventos,
publicaes e programas de formao e intercmbio que visam difuso de
conhecimentos, o aumento da participao do pblico em museus, atualiza-
o de padres profissionais, dentre outros objetivos3.
Dentre os trabalhos de cooperao entre UNESCO e ICOM, destaca-se a for-
mulao, em 1950, de um dos primeiros questionrios transnacionais para a
coleta de dados de museus. O questionrio, alm de levantar a quantidade de
instituies museolgicas por pas, tinha o objetivo de registrar informaes
capazes de auxiliar na padronizao de definies, classificaes e mtodos
para a coleta de dados. A experincia foi empreendida em 52 pases, entre
eles o Brasil4.
O resultado das averiguaes foi registrado na publicao Basic Facts and
Figures: illiteracy, education, libraries, museums, books, newspapers, newsprint, film
and radio, lanada em 19525. Foram registradas, por pas6, as quantidades totais
de museus existentes, alm de dados relativos visitao, subdivididos em: a)
ano em que foi prestada a informao; b) nmero de museus que responde-
ram a questo; e c) nmero de visitantes. A ttulo de comparao, elencamos
os dados de 20 pases com o maior nmero de museus, utilizando como crit-
rio de desempate o ano de informao, em ordem crescente. Somamos, ainda,
os dados relativos ao nmero de habitantes e extenso territorial, arrolados
no final da publicao.
3 INTERNATIONAL COUNCIL OF MUSEUMS. Disponvel em: http://icom.museum. Acesso em: 12 mai. 2011.
4 UNESCO. Preliminary Report on Museum Statistics. Paris, 1958.
5 UNESCO. Basic Facts and Figures: illiteracy, education, libraries, museums, books, newspaper, newsprint, film and radio. Paris, 1952.
6 A publicao de 1952 abriga, na pgina 34, uma tabela com as informaes referentes a museus de 26 pases. Posteriormente,
porm, foi publicado um adendo a essa edio, na qual foram arroladas informaes referentes a 52 pases.
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sntese das taBelas 7 Museus e vIsItantes e apndICe rea e populao
pas n de Museus
vIsItantes de Museus
populao (1950) rea (kM)ano
n de
Museus
n de
vIsItantes
1 Estados Unidos da Amrica 3.000 ... ... ... 151.689.000 7.828.000
2 Frana 1.011 1951 62 3.999.000 41.934.000 551.000
3 Itlia 839 1950 111 1.836.000 46.272.000 301.000
4 Reino Unido 698 ... ... ... 50.616.000 244.000
5 Sua 295 ... ... ... 4.694.000 41.000
6 ustria 285 ... ... ... 6.906.000 84.000
7 Holanda 283 1950 283 2.789.000 10.114.000 32.000
8 Japo 203 ... ... ... 82.900.000 369.000
9 Sucia 202 ... ... ... 7.017.000 449.000
10 Polnia 198 1950 139 6.497.000 24.977.000 312.000
11 Blgica 193 1951 1 21.000 8.639.000 31.000
12 Canad 180 ... ... ... 13.845.000 9.953.000
13 Dinamarca* 169 ... ... ... 4.271.000 43.000
14 Espanha 152 1949 152 1.289.000 28.287.000 503.000
15 Iugoslvia 151 1951 151 2.561.000 16.250.000 257.000
16 Tchecoslovquia 126 ... ... ... 12.596.000 128.000
17 Brasil 116 1948 85 1.203.000 52.124.000 8.516.000
18 Portugal 116 1950 88 442.000 8.490.000 92.000
19 Romnia 112 ... ... ... 16.094.000 237.000
20 Grcia 105 1950 101 121.000 7.960.000 133.000
*Excluda as Ilhas Feroe
FONTE: UNESCO, 1952
Mesmo com intervalo de quatro anos de diferena entre as informaes for-
necidas pelos pases, notam-se dados bastante expressivos quando analisados
em perspectiva comparada. Destaca-se, por exemplo, o nmero de museus
informado pelos Estados Unidos da Amrica: 2,86% a mais do que o 20 colo-
cado. notvel, tambm, o nmero de visitantes nos museus da Polnia, em
comparao aos outros nove pases que registraram este dado.
A pesquisa foi repetida bienalmente, sendo seus resultados periodicamente
publicados. Interessante notar que j na terceira edio da investigao (1956)7
h uma ligeira diminuio do nmero de pases respondentes (47) e, ainda,
uma amostra diferenciada, em comparao a 1952. No h dados referen-
7 UNESCO. Basic Facts and Figures: international statistics relating to education, culture and communication. Paris, 1956.
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tes aos Estados Unidos, Itlia, Reino Unido, Sua, Sucia, Tchecoslovquia
e Romnia, dificultando uma anlise comparativa. J o Brasil apresentou as
seguintes informaes:
sntese das taBelas 10 Museus e vIsItantes e a populao e rea
pas n de Museus
vIsItantes de Museus
populao (1950) rea (kM)ano
n de
Museus
n de
vIsItantes
1 Brasil 131 1952 104 1.226.000 57.098.000 8.514.000
FONTE: UNESCO, 1956
Dando continuidade ao trabalho, em maro de 1957, a UNESCO enviou uma
correspondncia a 20 pases para a coleta de dados. Entretanto, naquele ano o
Brasil no enviou informaes, sendo os dados publicados no Preliminary Report
on Museum Statistics8 compilados a partir de quantitativos disponibilizados no
Anurio Estatstico do Brasil, realizado pelo ento Conselho Nacional de Estatstica.
Segundo o referido documento, o Brasil possua o seguinte nmero de institui-
es museolgicas no perodo que compreende os anos de 1947 a 1952:
sntese das taBelas de nMero de Museus e vIsItantes (1947 1952)
ano 1947 1948 1950 1951 1952
n de Museus 83 90 102 115 131
vIsItantes N de museus 71 85 91 99 104
Visitantes 1.013.000 1.203.000 1.576.000 1.624.000 1.226.000
FONTE: UNESCO, 1958
A demanda peridica de dados sobre museus e sua posterior publicao, rea-
lizada pela UNESCO em parceria com o ICOM, foi fundamental para criar em
nosso Pas uma cultura de coleta, sistematizao e publicao de informaes
sobre os museus brasileiros, em forma de guias. No nos parece coincidncia
que a data de impresso do primeiro guia de museus no Brasil tenha ocorrido
8 UNESCO. Preliminary Report on Museum Statistics. Paris, 1958.
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trs anos aps o trabalho inicial da UNESCO, e nem que sua edio tenha sido
realizada pelo Ministrio das Relaes Exteriores, em ingls.
Produzido por Helosa Alberto Torres, em 1953, o Museums of Brazil o resul-
tado da compilao de dados provenientes do Arquivo do ento Servio do
Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (SPHAN), da Diviso de Estatsticas
do Ministrio da Educao e Sade, e do Museu Nacional, instituio da qual
a pesquisadora era diretora. No prefcio da publicao, Helosa Torres faz
meno a dados recebidos que no foram includos no trabalho, por serem
considerados vagos e, em alguns casos, contraditrios9 sem, no entanto,
mencionar o instrumento para a coleta dessas informaes. Na obra, 175 ins-
tituies museolgicas foram agrupadas por natureza administrativa, tipolo-
gia utilizada pelo SPHAN poca.10
A autora, alm do nome e endereo do museu, oferece em alguns casos um texto
descritivo da instituio, ressaltando aspectos relativos sua histria, vincula-
o administrativa e publicaes. Vale, ainda, frisar dois aspectos interessantes
observados no referido guia: o primeiro o registro do ento Conselho Estadual
de Museus e Bibliotecas da Secretaria de Educao de So Paulo como museu e,
o segundo, o arrolamento de instituies em processo de implantao.
Em 1958, uma comisso de conservadores e tcnicos de museus, chefiada por
Guy de Hollanda, e composta por Elza Ramos Peixoto, Lygia Martins Costa,
Octvia Corra dos Santos Oliveira, Regina Monteiro Real, A. T. Rusins e F.
dos Santos Trigueiros publicou o livro Recursos Educativos dos Museus Brasileiros.
Na introduo da obra informado que a pesquisa foi realizada com o apoio
do Governo Brasileiro, o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE)
e a ento Organizao Nacional do Internacional Council of Museums (ONICOM),
hoje denominada ICOM-Brasil, em atendimento demanda gerada pela
UNESCO, utilizando o modelo formulado por essa Organizao. Na publi-
cao so relacionadas informaes referentes ao nome e localizao de 145
museus, complementados pelos seguintes dados, quando existentes: nome do
9 TORRES, Helosa Alberto. Museums of Brazil. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1953.
10 As tipologias utilizadas foram: federal, estadual, municipal, eclesistico, ligado a instituio civil e privado.
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diretor, dias e horrios de visitao, finalidade da instituio, acervo, expo-
sies, histrico, caractersticas do prdio, categoria (natureza e vinculao
administrativa), expedies cientficas, publicaes, conferncias, cursos,
visitas-guiadas, biblioteca, arquivo, fototeca, filmoteca, organizao e pessoal,
oramento, bibliografia, nmero de visitantes e nmero de leitores.
Na dcada de 1970, outra obra, de carter similar, foi editada: o Guia dos Museus
do Brasil. A primeira edio foi realizada em 1972 por uma equipe de pesqui-
sadoras coordenada por Fernanda de Camargo e Almeida. O levantamento
registrou 399 museus dispostos em ordem alfabtica. Em 1978, Maria Elisa
Carrazoni organizou a segunda edio do guia, relacionando 401 museus
ordenados por unidade federativa.
Nesse mesmo perodo, foi realizado pelas muselogas Neusa Fernandes e
Sonia Gomes Pereira o primeiro guia de abrangncia local de museus. Trata-se
do livro Museus do Rio, editado em 1973, em duas verses: uma em portugus,
e a outra em ingls e francs. Inaugurava-se, ento, uma prtica de produo
de guias regionais (Bahia, Distrito Federal, Paran, Rio Grande do Sul, So
Paulo e etc.), bem como guias temticos (museus literrios, museus de cultura
militar, museus e espaos de cincia e tecnologia e etc.).
Os muselogos Fausto Henrique dos Santos, Fernando Menezes de Moura e
Neusa Fernandes realizaram a pesquisa publicada no Catlogo dos Museus do Brasil,
em 1983, pela Associao Brasileira de Museologia (ABM). Na publicao foram
relacionadas 926 instituies museolgicas. A segunda tiragem do livro foi lan-
ada em 1986, e a terceira, trs anos depois, como uma edio comemorativa ao
Centenrio da Repblica, na qual foram arrolados 1.158 museus - o nmero mais
alto de museus publicamente disseminados no Brasil durante o sculo XX.
Em 1993, a Universidade de So Paulo (USP) criou um Banco de Dados sobre
Patrimnio Cultural, que visava integrar e tornar acessveis informaes e
documentos na rea de Preservao de Bens Culturais (...).11 Para esse programa
11 UNIVERSIDADE DE SO PAULO. Centro de Preservao Cultural. Disponvel em: www.usp.br/cpc/v1/html/wf04_banco.htm.
Acesso em: 14 mai. 2011.
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foram criadas bases de dados com temticas especficas, destacando-se a Base
de Dados de Museus Brasileiros CAMUS, que agrega informaes coletadas
a partir de um formulrio desenvolvido em parceria com a Vitae (Apoio
Cultura, Educao e Promoo Social). Esse trabalho resultou, em 1996, na
publicao do Guia de Museus Brasileiros. Em 1997, foi realizada nova edio que
relacionava informaes acerca da natureza, especialidade, atividades, acervo,
tipo de pblico e horrio de atendimento de 755 museus. No ano 2000, foi
realizada nova edio do Guia, com dados de 529 instituies.
No sculo XXI, foi dada continuidade a produo de guias estaduais e guias
temticos de museus, havendo, no entanto, uma descontinuidade relativa a
publicaes de cunho nacional. A fim de sanar esta lacuna, como fruto do
trabalho realizado pelo CNM, foi lanado o Guia dos Museus Brasileiros, durante
as comemoraes da Semana Nacional de Museus, em maio de 2011. O livro
abriga informaes sobre a localizao e contatos da instituio, ano de cria-
o, natureza administrativa, horrio de funcionamento, ingresso, tipologia
de acervo, visita-guiada, infraestrutura para o recebimento de turistas estran-
geiros e portadores de necessidades especiais, alm de veicular, quando exis-
tentes, informaes sobre bibliotecas e arquivos histricos de museus.
Com o lanamento do Museus em Nmeros pretendemos compartilhar os
resultados do primeiro estudo estatstico no campo museal de abrangncia
nacional, estadual e distrital, publicado em nosso pas. Trata-se de uma obra
concebida a partir do reconhecimento da importncia das estatsticas muse-
ais na caracterizao e na anlise dos fenmenos culturais, em especial dos
processos museais.
II Museus eM nMeros: MetodologIa da pesquIsa e notas tCnICas
A publicao Museus em Nmeros resultante dos dados processados pelo
Cadastro Nacional de Museus. A unidade da pesquisa do CNM , conforme
explicitado pelo prprio nome do sistema de informao, o museu. Quando
o trabalho foi iniciado, em 2006, o conceito de museu adotado foi o formu-
lado pelo ento Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do
Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (DEMU/IPHAN), que estabelecia:
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O museu uma instituio com personalidade jurdica prpria ou vincu-
lada a outra instituio com personalidade jurdica, aberta ao pblico, a ser-
vio da sociedade e de seu desenvolvimento e, que apresenta as seguintes
caractersticas:
I - o trabalho permanente com o patrimnio cultural, em suas diversas
manifestaes;
II - a presena de acervos e exposies colocados a servio da sociedade com
o objetivo de propiciar a ampliao do campo de possibilidades de construo
identitria, a percepo crtica da realidade, a produo de conhecimentos e
oportunidades de lazer;
III A utilizao do patrimnio cultural como recurso educacional, turstico
e de incluso social;
IV - a vocao para a comunicao, a exposio, a documentao, a inves-
tigao, a interpretao e a preservao de bens culturais em suas diversas
manifestaes;
V a democratizao do acesso, uso e produo de bens culturais para a pro-
moo da dignidade da pessoa humana;
VI a constituio de espaos democrticos e diversificados de relao e media-
o cultural, sejam eles fsicos ou virtuais.
Sendo assim, so considerados museus, independentemente de sua denomina-
o, as instituies ou processos museolgicos que apresentem as caractersti-
cas acima indicadas e cumpram as funes museolgicas.
Em 2009, com a promulgao do Estatuto de Museus, o CNM passou a adotar
o conceito de museu expresso na Lei n 11.904, de 14 de janeiro, que estabe-
lece em seu Artigo 1o:
Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituies sem fins lucrativos
que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expem, para fins de pre-
servao, estudo, pesquisa, educao, contemplao e turismo, conjuntos e cole-
es de valor histrico, artstico, cientfico, tcnico ou de qualquer outra natureza
cultural, abertas ao pblico, a servio da sociedade e de seu desenvolvimento.
Pargrafo nico. Enquadrar-se-o nesta Lei as instituies e os processos museo-
lgicos voltados para o trabalho com o patrimnio cultural e o territrio visando ao
desenvolvimento cultural e socioeconmico e participao das comunidades.
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A coleta de dados no CNM realizada mediante as aes de cadastramento e
mapeamento, descritas a seguir.
O cadastramento dos museus brasileiros realizado atravs de questionrio
prprio, acompanhado de manual explicativo (Anexo 2 Volume 1), vei-
culado em verses impressa e digital, disponvel para download no site12 do
Instituto Brasileiro de Museus.
As informaes desse questionrio so divididas em oito blocos temticos:
I dados InstItuCIonaIs
A. IDENTIFICAO
B. CARACTERSTICAS GERAIS DA INSTITUIO
II aCervo
III aCesso ao pBlICo
Iv CaraCterIzao fsICa do Museu
v segurana e Controle patrIMonIal
vI atIvIdades
vII reCursos HuManos
vIII oraMento
Os questionrios so enviados s instituies museolgicas, que os preenchem
voluntariamente. Adicionalmente, foi desenvolvida uma metodologia de cre-
denciamento e treinamento de assistentes, para o trabalho local de cadastra-
mento dos museus. Em parceria com as secretarias estaduais de cultura e
com os sistemas estaduais e municipais de museus, os assistentes locais rea-
lizaram cadastramento de museus nas seguintes unidades federativas: Acre,
Amazonas, Amap, Bahia, Cear, Gois, Esprito Santo, Distrito Federal, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Par, Paraba, Paran, Pernambuco, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e So Paulo.
Aps o recebimento do questionrio uma equipe tcnica realiza a checagem
dos dados prestados pelo museu, a fim de averiguar se houve resposta a todos
12 IBRAM. Cadastro Nacional de Museus. Disponvel em: www.museus.gov.br.
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os itens considerados obrigatrios, alm de monitorar possveis inconsistn-
cias entre questes. Mediante a necessidade de complementao de infor-
maes ou o esclarecimento de dvidas, realizado contato telefnico ou,
quando necessrio, endereada correspondncia. O cadastramento, portanto,
s efetivado aps conferncia das respostas encaminhadas e resoluo de
possveis pendncias.
Em sequncia, expedido ofcio notificando o cadastramento instituio e as
informaes prestadas so inseridas na base de dados. Todos os dados veiculados
no questionrio de cadastramento do CNM constam em sua base de dados, que
est disponvel para consulta pblica e gratuita no site do IBRAM. Cabe, ressal-
tar que, por questo de segurana no so disponibilizadas as informaes refe-
rentes aos itens V Segurana e Controle Patrimonial e VIII Oramento.
Alm da atividade de cadastramento, realizado o levantamento sistemtico
de instituies museais brasileiras, utilizando como principais fontes os peri-
dicos de circulao nacional e local, revistas especializadas e informaes
disponibilizadas na Internet. Cabe tambm, nesse sentido, ressaltar o impor-
tante trabalho de cooperao tcnica estabelecido com sistemas estaduais e
municipais de museus.
As informaes bsicas utilizadas para o mapeamento so: nome da instituio,
endereo completo e, quando possvel, a natureza administrativa e o ano de
criao, para o caso dos museus que esto abertos ao pblico. Em relao aos
museus em implantao solicitada a data de inaugurao da instituio e aos
museus fechados a data de re-abertura, bem como o motivo do fechamento.
Antes de serem inseridas na base de dados e publicadas na Internet, todas as
informaes so verificadas junto aos museus.
Como data de corte da pesquisa que originou este Museus em Nmeros, a extra-
o dos dados na base de dados do CNM foi realizada em 10 de setembro de
2010. Foram verificados 3.025 museus mapeados, sendo que neste universo,
1.500 museus responderam ao questionrio de cadastramento.
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taBela a - quantIdade de Museus Mapeados e Cadastrados,
segundo unIdades da federao e grandes regIes, BrasIl, 2010
unIdade da federao
total de Museus Mapeados
Museus Cadastrados junto ao CnM
frequnCIa
sIMples%
frequnCIa
sIMples%
BRaSiL 3.025 100,0 1.500 100,0
norte 146 4,8 70 4,7
Rondnia 15 0,5 4 0,3
Acre 23 0,8 11 0,7
Amazonas 41 1,4 17 1,1
Roraima 6 0,2 1 0,1
Par 42 1,4 27 1,8
Amap 9 0,3 7 0,5
Tocantins 10 0,3 3 0,2
nordeste 632 20,9 273 18,2
Maranho 23 0,8 11 0,7
Piau 32 1,1 10 0,7
Cear 113 3,7 55 3,7
Rio Grande do Norte 65 2,1 30 2,0
Paraba 63 2,1 14 0,9
Pernambuco 98 3,2 46 3,1
Alagoas 61 2,0 26 1,7
Sergipe 25 0,8 10 0,7
Bahia 152 5,0 71 4,7
sudeste 1.151 38,0 571 38,1
Minas Gerais 319 10,5 165 11,0
Esprito Santo 61 2,0 26 1,7
Rio de Janeiro 254 8,4 118 7,9
So Paulo 517 17,1 262 17,5
sul 878 29,0 453 30,2
Paran 282 9,3 99 6,6
Santa Catarina 199 6,6 119 7,9
Rio Grande do Sul 397 13,1 235 15,7
Centro -oeste 218 7,2 133 8,9
Mato Grosso do Sul 54 1,8 27 1,8
Mato Grosso 43 1,4 28 1,9
Gois 61 2,0 39 2,6
Distrito Federal 60 2,0 39 2,6
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS IBRAM/MINC, 2010
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Para a apresentao dos resultados nesta publicao, os dados numricos, suas
representaes grficas13 e as anlises estatsticas foram organizadas em dois
volumes.14 O primeiro volume abriga dois captulos: o Panorama Internacional
das Estatsticas Museais e o Panorama Nacional, em que so apresentados dados
sobre os oito blocos temticos do CNM. Nesse captulo, foram analisadas
as informaes prestadas pelo universo dos 1.500 museus cadastrados, com
exceo do tpico referente a Dados Institucionais no qual so apresentadas
anlises sobre a disperso dos 3.025 museus registrados em nossa base de
dados, considerando, portanto, tanto as instituies cadastradas, quanto as
mapeadas. Observamos que nesta edio foram processadas informaes rela-
tivas somente aos museus presenciais, excluindo, portanto, as informaes
referentes a museus virtuais.
No que se refere apresentao em tabelas das informaes sobre as Unidades
da Federao (UF) no captulo Panorama Nacional, adotamos a metodologia
de apresentao tabular do IBGE, que apresenta as UF em sentido horrio,
visando, dessa forma, dialogar com os instrumentos estatsticos produzidos
pelo IBGE e pelo MinC. Sendo assim, a primeira unidade federativa apresen-
tada Rondnia e a ltima o Distrito Federal.
O segundo volume apresenta os dados dos museus por Unidades da Federao,
sendo que todos os captulos analisam as informaes prestadas pelo universo
dos 1.500 museus cadastrados. Salientamos que, devido ao nmero varivel de
instituies respondentes em cada UF, em determinadas questes o nmero
de respostas resultou em informaes com 100% de um determinado uni-
verso. Nessas situaes, foram inseridas informaes sobre os dados nos tex-
tos apresentados em cada captulo e suprimido o grfico. O processo resultou
em diferenas na quantidade de grficos entre as unidades federativas, sem
prejuzos para sua compreenso.
13 Todos os grficos e tabelas apresentados nesta publicao esto disponibilizados em formato Excel no CD encartado do Volume 1.
14 As tabelas e grficos desta publicao apresentam os percentuais arredondados e com uma casa decimal. O arredondamento
utilizado segue as regras estabelecidas pela Resoluo 886/66 da Fundao IBGE: sendo o ltimo algarismo igual ou superior a 5,
aumenta-se em uma unidade o ltimo algarismo a permanecer; caso o ltimo algarismo seja inferior a 5, o ltimo algarismo a
permanecer se mantm. Dessa forma, o leitor poder encontrar somatrios em alguns grficos variando de 99,9% a 100,1%.
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III da arte de ConCluIr
Representar estatisticamente um processo social complexo, como o setor
dos museus no Brasil, gerou em todos os atores envolvidos na construo
do Museus em Nmeros aprendizagens de diferentes naturezas. Ensinamentos
derivados de estudos, mtodos, comparaes e prticas. Mas talvez, a lio
mais importante tenha sido a referente ao tempo. Aprender quando che-
gado o momento de concluir.
O trmino de uma obra resulta de uma sensao de completude. Da certeza
de no haver mais nada a ser acrescentado. E esse foi um sentimento difcil
de ser alcanado. Mesmo aps produzir 29 mapas, 3 quadros, 3 figuras, 102
tabelas, 1.339 grficos e centenas de pginas de textos, que mesclam conte-
dos histricos e analticos, gostaramos de ter avanado. Sabemos da respon-
sabilidade que produzir o primeiro estudo estatstico na rea de museus.
E mais: compreendemos o quanto este instrumento ser fundamental para a
reviso ou a formulao de polticas pblicas de museus. Por outro lado, tam-
bm temos conscincia do papel desta publicao, que o de instaurar novas
reflexes, debates e pesquisas a respeito de e para o campo museal.
Assim, para concluir este trabalho, no haveria melhor pensamento do que o
utilizado por Umberto Eco no prefcio do livro A Vertigem das Listas:
Quer dizer, eis um livro que no poderia deixar
de concluir-se com um et cetera.15
Rose Miranda
Coordenadora Geral de Sistemas de Informao Museal
Instituto Brasileiro de Museus
15 ECO, Umberto. A Vertigem das Listas. Rio de Janeiro: Record, 2010.
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Regies do Brasil
Regio
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A exemplo do que aconteceu em outros Estados brasileiros, o Acre teve
sua histria marcada por um perodo de crescimento econmico acelerado
associado a um intenso processo de migrao. A ocupao do territrio ini-
ciou-se por volta de 1878, com a chegada de colonos brasileiros em uma rea
indefinida quanto aos limites com a Bolvia e o Peru. Esses colonos, em sua
maioria oriundos do Nordeste do Pas, fixaram-se no territrio acreano impul-
sionados pelo extrativismo da seiva de ltex para a fabricao da borracha.
Devido riqueza gerada pelo comrcio da borracha, em 1899 a Bolvia ocupou
a rea territorial do Acre, iniciou o recolhimento de impostos e fundou Puerto
Alonso (hoje Porto Acre) na tentativa de assegurar o domnio das terras. Os
brasileiros revoltosos com a situao iniciaram o conflito que terminou com
a assinatura, em 1903, do Tratado de Petrpolis, pelo qual o Brasil recebeu a
posse definitiva da regio em troca de reas no Mato Grosso, do pagamento
de 2 milhes de libras esterlinas e do compromisso de construir a estrada de
ferro Madeira-Mamor.1
Em 1962, o territrio do Acre foi elevado categoria de Estado. Atualmente,
o 15 em extenso e abriga em seu territrio 23 instituies museolgicas
1 ACRE (Estado). Acre em nmeros 2009. Disponvel em: www.ac.gov.br. Acesso em: 8 dez. 2010.
AcreAcre
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Rio Branco
Peru
Bolvia
Amazonas
Rondnia
69 W
69 W
72 W
72 W
6 S 6 S
9 S 9 S
12 S 12 S
1 Museu
2 a 5 Museus
6 a 10 Museus
11 a 50 Museus
51 a 100 Museus
101 Museus ou mais
Diviso Municipal
LEGENDA
0 50 100 15025
Km
Mapa de dIsperso
dos Museus do aCre
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
mapeadas. Destas, 14 esto localizadas em Rio Branco, conferindo unidade
federativa uma concentrao de 60,9% de museus na capital, como pode ser
verificado no Grfico 1.
A atividade seringalista, relevante para a economia e cultura do Estado,
tema do primeiro museu acreano: Museu da Borracha Governador Geraldo
Mesquita, em Rio Branco. Fundado em 1978, por ocasio do Centenrio da
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Imigrao Nordestina, o museu hoje mantido pela Fundao Elias Mansur,
com subsdios do Estado. Grande parte de seu acervo foi doado por pes-
soas interessadas em preservar os registros culturais acreanos e composto
majoritariamente por recortes de jornais e revistas.2 Alm dessa instituio,
existem quatro museus no Estado que tm sua fundao ligada ao tema do
extrativismo da borracha, sendo dois dedicados memria do seringueiro
Chico Mendes, assassinado em 1988.
Com 22 municpios, o Acre se destaca pela porcentagem mais alta da regio
Norte de municpios com museus (27,3%). A Tabela 1 mostra que a relao entre
populao e nmero de museus de 28.495, o segundo menor resultado do Pas,
superado somente pelo Rio Grande do Sul. O nmero , ainda, inferior ao da
regio, de 100.160, e do nacional, de 60.822 habitantes por museu.
grfICo 1 - nMero de Museus na CapItal e na uf e porCentageM (%)
de ConCentrao de Museus na CapItal, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
14
23
60,9%
0
10
20
30
40
50
60
70
Nmero de museus na capital da Unidade da Federao
Nmero de museus na Unidade da Federao
Concentrao de museus na capital do Estado
taBela 1 - relao entre populao e nMero de
Museus no aCre, regIo norte e BrasIl, 2010
loCal populao nMero de Museuspopulao/
nMero de Museus
Acre 655.385 23 28.495
Norte 14.623.316 146 100.160
Brasil 183.987.291 3.025 60.822
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
2 Questionrio do Cadastro Nacional de Museus preenchido pelo Museu da Borracha Governador Geraldo Mesquita.
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dados InstItuCIonaIs
Das 23 instituies mapeadas no Acre, 11 responderam ao Cadastro Nacional
de Museus (CNM). Portanto, as informaes apresentadas a seguir referem-se
ao universo de museus acreanos cadastrados, sendo consideradas apenas as
respostas vlidas.3
A maior parte dos museus do Estado (54,5%) foi fundada a partir de 2001
(Grfico 2). Esse dado diverge do ocorrido no restante do Pas, em que o per-
odo de maior dinamismo na fundao de museus ocorreu a partir da dcada
de 1990.
No Acre, 81,8% das instituies museolgicas so de natureza pblica. Os
museus estaduais representam a maior parte deste universo (63,6%), seguidos
dos federais e de outra natureza administrativa, ambos com 18,2%. Dentre
os museus cadastrados, no h incidncia de vinculao municipal, situao
distinta do panorama nacional, onde a maioria dos museus (41%) so desta
natureza. Tambm no foram cadastradas instituies privadas, das categorias
associaes, empresas, sociedades ou fundaes (ver Grficos 3 e 3.1).
grfICo 2 - nMero de Museus por ano
de fundao, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
0 0 0 0 0 0 0 0
1 1
2
6
0
1
2
3
4
5
6
7
At1900
De 1901a 1910
De 1911a 1920
De 1921a 1930
De 1931a 1940
De 1941a 1950
De 1951a 1960
De 1961a 1970
De 1971a 1980
De 1981a 1990
De 1991a 2000
De 2001a 2009
3 Dados relativos data de corte da pesquisa: 10 de setembro de 2010.
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grfICo 3 - porCentageM (%) de Museus por
natureza adMInIstratIva, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Pblica
Outra
81,8
18,2
grfICo 3.1 - porCentageM (%) de Museus por CategorIas
de natureza adMInIstratIva, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
18,2
63,6
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
18,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Federal Estadual Municipal Associao Empresa Fundao Sociedade Outra
InstruMentos de gesto
Somente um museu, de esfera federal, possui regimento interno. A existncia
de plano museolgico foi declarada tambm por uma nica instituio. Esse
cenrio diverge da orientao do Estatuto dos Museus sobre o dever das unida-
des museais em elaborar e implantar essa ferramenta. A falta de profissionais
especializados atuando nos museus do Acre, como ser visto no tpico Recursos
Humanos, pode ser considerado um dos fatores que justificam esta situao.
grfICo 4 - porCentageM (%) de Museus segundo
a exIstnCIa de regIMento Interno, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
9,1
90,9
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grfICo 5 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva
segundo a exIstnCIa de regIMento Interno, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
50,0
0,0 0,0 0,0 0,00,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Federal Estadual Municipal Privada Outra
grfICo 6 - porCentageM (%) de Museus segundo a
exIstnCIa de plano MuseolgICo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
9,1
90,9
grfICo 7 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva
segundo a exIstnCIa de plano MuseolgICo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
0,0 0,0 0,0 0,0
50,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Federal Estadual Municipal Privada Outra
assoCIao de aMIgos
Nenhum museu cadastrado no Acre dispe de associao de amigos, sendo
essa a realidade de quatro Estados da regio Norte. No entanto, cabe obser-
var que, dentre todas as regies brasileiras, o Norte possui a porcentagem
mais alta no que se refere existncia de associaes de amigos nas unidades
museolgicas (30%), impulsionada pelos Estados do Par e do Amazonas.
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08
aCervo
Quanto ao acervo, seis museus preservam at 3.000 bens culturais e uma
instituio possui mais de 100.000 objetos (Grfico 8).
Muitos dos museus do Acre possuem acervos que renem mltiplas tipo-
logias. Conforme a realidade percebida, tanto em termos nacionais quanto
regionais, as colees mais comuns no Estado so de Artes Visuais (90,9%) e de
Histria (81,8%). Em seguida, esto os acervos de Imagem e Som, Arqueologia
e Antropologia e Etnografia (os trs em 63,6%) e Cincias Naturais e Histria
Natural (36,4%). Acervos biblioteconmicos foram citados por 27,3% dos
museus e os Virtuais, por 18,2%, conforme demonstrado no Grfico 9.
De acordo com os Grficos 10 e 10.1, o percentual de instituies que regis-
tram seus acervos de 45,5%, menor que o verificado no panorama nacional,
que de 78,7%. O instrumento mais usual para esse tipo de atividade o livro
de registro, utilizado por 80% dos museus. A ficha de catalogao e a docu-
mentao fotogrfica so utilizadas por 60% das instituies. Nenhum museu
declarou ter software de catalogao.
A taxa de museus que declararam possuir acervos tombados de 27,3%
(Grfico 11), sendo a instncia estadual de proteo a nica indicada pelos
museus do Acre. No panorama nacional, essa taxa de 10,1% e a sua instncia
mais frequente a federal, com 34,2% (Brasil Grficos 14 e 14.1).
grfICo 8 - nMero de Museus segundo a quantIdade
de Bens CulturaIs do aCervo, aCre, 2010
De 1 a 500 De 501 a 3.000
De 3.001a 10.000
De 10.001a 30.000
De 30.001 a 100.000
Mais de100.000
2
4
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1 1 1
0
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3
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5
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
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09
taBela 2 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva
segundo nMero de Bens CulturaIs do aCervo, aCre, 2010
nMero de Bens do aCervo
natureza adMInIstratIva total
Federal Estadual Municipal Associao Empresa Fundao Sociedade Outra
De 1 a 500 - 28,6 - - - - - - 18,2
De 501 a 3.000 - 42,9 - - - - - 50,0 36,4
De 3.001 a 10.000 50,0 14,3 - - - - - - 18,2
De 10.001 a 30.000 - - - - - - - 50,0 9,1
De 30.001 a 100.000 - 14,3 - - - - - - 9,1
Mais de 100.000 50,0 - - - - - - - 9,1
total 100,0 100,0 - - - - - 100,0 100,0
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
grfICo 9 - porCentageM (%) de Museus
por tIpologIa de aCervo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS IBRAM / MINC, 2010
9,1
0,0
0,0
0,0
18,2
27,3
36,4
63,6
63,6
63,6
81,8
90,9
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Outros
Cincia e Tecnologia
Arquivstico
Documental
Virtual
Biblioteconmico
Cincias Naturais e Histria Natural
Antropologia e Etnografia
Arqueologia
Imagem e Som
Histria
Artes Visuais
grfICo 10 - porCentageM (%) de Museus segundo
sItuao de regIstro do aCervo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Registrado
No registrado
45,5
54,5
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10
grfICo 10.1 - porCentageM (%) de Museus segundo o tIpo de
InstruMento utIlIzado para regIstro do aCervo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS IBRAM / MINC, 2010
0,0
60,0
60,0
80,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
Software de catalogao
Documentao fotogrfica
Ficha de catalogao
Livro de registro
grfICo 11 - porCentageM (%) de Museus
segundo toMBaMento do aCervo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
27,3
72,7
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11
aCesso do pBlICo
No momento do corte temporal da pesquisa, dentre os museus cadastrados,
apenas o Museu Universitrio da Universidade Federal do Acre (UFAC)
Acervos Histricos, Artes (Pinacoteca) e Histria Natural estava em implan-
tao e sem previso para abertura (Grfico 12).
Conforme mostra o Grfico 13, de tera-feira a sexta-feira a maioria dos
museus acreanos fica aberta (90,9%). Nos fins de semana, 63,6% dos museus
permanecem abertos, percentual que cai s segundas-feiras (36,4%). Portanto,
no que se refere ao funcionamento dos museus, os dados obtidos no Estado
do Acre so semelhantes aos verificados nacionalmente, com uma nica res-
salva: no cenrio nacional, h mais museus abertos na segunda-feira do que
nos finais de semana (Brasil Grfico 16).
A exigncia de agendamento para visitao acontece em apenas uma institui-
o museolgica cadastrada (Grfico 14) e em nenhum museu h cobrana
de ingresso.
De acordo com o Grfico 15, um museu acreano (9,1%) possui mecanismo
de comunicao com o turista estrangeiro. A instituio afirma que possui
publicao em outro idioma (a terceira ferramenta mais comum no panorama
nacional Brasil - Grfico 19.1).
grfICo 12 - porCentageM (%) de Museus segundo
sItuao de aBertura ao pBlICo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Aberto
Em implantao
90,9
9,1
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12
grfICo 13 - porCentageM (%) de Museus segundo
aBertura por dIa da seMana, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
36,4
90,9 90,9 90,9 90,9
63,6 63,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Segunda-feira Tera-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sbado Domingo
grfICo 14 - porCentageM (%) de Museus segundo
neCessIdade de agendaMento, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
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No
9,1
90,9
grfICo 15 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa de
Infraestrutura para reCeBIMento de turIstas estrangeIros, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
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9,1
90,9
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13
CaraCterIzao fsICa dos Museus
Segundo o Grfico 16, nesta unidade federativa todos os museus possuem reas
edificadas inferiores a 10.000 m2. A maioria das instituies (33,3%) conta com
rea total entre 501 e 1.000 m2, realidade diversa da maioria dos museus bra-
sileiros, em que 40,1% possui rea de at 500 m2 (Brasil Grfico 26).
No quesito rea edificada, a Tabela 3 demonstra que os dois museus acrea-
nos inseridos na categoria natureza administrativa outra possuem at 100 m2.
A maioria das instituies (55,5%) possui reas construdas de at 500 m2. A
porcentagem de 33,3% observada para as maiores reas edificadas (de 1.001 a
10.000 m2) refere-se a duas instituies estaduais.
Quanto s instalaes, observa-se no Grfico 17 que oito museus declararam
possuir bebedouros, mesmo nmero dos que informaram possuir sanitrios
(o que representa 72,7%). Cinco dispem de estacionamento (45,5%), dois de
lanchonete (18,2%), um de livraria e um de telefone pblico (9,1%, cada).
Os Grficos 18 e 18.1 revelam que h estrutura para portadores de necessi-
dades especiais em 36,4% dos museus, quais sejam: rampa de acesso (100%),
sanitrios adaptados (50%) e elevadores adaptados (25%).
grfICo 16 - porCentageM (%) de Museus
segundo rea total (M2), aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
22,2
33,3
22,2
11,1 11,1
0,0 0,00,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
At 500 De 501 a1.000
De 1.001 a2.000
De 2.001 a5.000
De 5.001 a10.000
De 10.001 a100.000
Mais de100.000
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taBela 3 - porCentageM (%) de Museus por natureza
adMInIstratIva segundo rea edIfICada (M2), aCre, 2010
rea edIfICada (m)
natureza adMInIstratIva total
Federal Estadual Municipal Associao Empresa Fundao Sociedade Outra
At 100 - - - - - - - 100,00 22,2
De 101 a 200 - - - - - - - - -
De 201 a 500 100,0 33,3 - - - - - - 33,3
De 501 a 1.000 - 33,3 - - - - - - 22,2
De 1.001 a 10.000 - 33,3 - - - - - - 22,2
Mais de 10.000 - - - - - - - - -
total 100,0 100,0 - - - - - 100,0 100,0
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
grfICo 17 - porCentageM (%) de Museus por
tIpos de Instalaes exIstentes, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
0,0
9,1
9,1
18,2
45,5
72,7
72,7
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0
Loja
Telefone Pblico
Livraria
Lanchonete
Estacionamento
Sanitrios
Bebedouro
grfICo 18 - porCentageM (%) de Museus que possueM Instalaes
destInadas a portadores de neCessIdades espeCIaIs, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Possui
No possui
36,4
63,6
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grfICo 18.1 - porCentageM (%) de Museus por tIpos de Instalaes
para portadores de neCessIdades espeCIaIs, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
0,0
0,0
0,0
0,0
25,0
50,0
100,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Outras instalaes
Etiquetas/Textos em Braille
Sinalizao em Braille
Vagas exclusivas
Elevador adaptado
Sanitrio adaptado
Rampa de acesso
segurana e Controle patrIMonIal
No quesito segurana, verifica-se no Grfico 19 que 18,2% dos museus afir-
maram possuir planos de segurana e de emergncia (o que representa dois
museus, os quais utilizam plano de combate a incndio), taxa inferior nacio-
nal, que de 41,2% (Brasil Grfico 32). J em relao adoo de medi-
das preventivas contra incndio (como treinamento peridico dos profissio-
nais, brigada de incndio, reviso dos extintores e da rede eltrica), 72,7%
responderam afirmativamente (Grfico 20). Em 54,5% (Grfico 21), existem
equipamentos de deteco e combate a incndio, tendo sido verificados nos
museus acreanos os seguintes tipos: extintor, hidrante, mangueira e detector
de incndio, itens detalhados no panorama nacional (Brasil Tabela 15).
O Grfico 22 mostra que equipamentos de conservao e controle climtico
so utilizados em 36,4% das instituies museolgicas pesquisadas. J no que
se refere a equipamentos eletrnicos de segurana nos museus do Acre, h
alarmes e sensores em todas as instituies.
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grfICo 19 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa
de planos de segurana e de eMergnCIa, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
18,2
81,8
grfICo 20 - porCentageM (%) de Museus segundo adoo
de MedIdas preventIvas Contra InCndIo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Adota
No adota
72,7
27,3
grfICo 21 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa
de equIpaMentos de deteCo e CoMBate a InCndIo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
54,5
45,5
grfICo 22 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa de
equIpaMentos de Conservao e Controle ClIMtICo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
36,4
63,6
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17
atIvIdades
ModalIdades de exposIo
A taxa de museus segundo a realizao de exposies de longa durao de
90,9% (Grfico 23). Ao cruzar esses dados com os de natureza administrativa
das instituies, constata-se que todos os museus estaduais e os de natureza
administrativa outra declararam possuir esse tipo de exposio, assim como 50%
dos museus federais, o que representa apenas uma instituio (Grfico 25).
No que tange s exposies de curta durao, a taxa de 72,7% (Grfico 24).
Conforme o Grfico 26, a maior porcentagem por categoria administrativa
para museus com exposies de curta durao foi de 85,7%, referente a seis
museus estaduais. A taxa de 50% verificada para esfera federal e para a natu-
reza administrativa outra representa um museu de cada.
Cabe observar que nenhum museu do Acre indicou o planejamento e a reali-
zao de exposies itinerantes.
grfICo 23 - porCentageM (%) de Museus segundo realIzao
de exposIo de longa durao, aCre, 2010
Sim
No
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
90,9
9,1
grfICo 24 - porCentageM (%) de Museus segundo realIzao
de exposIes de Curta durao, aCre, 2010
Sim
No
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
72,7
27,3
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18
grfICo 25 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva,
segundo realIzao de exposIo de longa durao, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
50,0
100,0 100,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Federal Estadual Outra
grfICo 26 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva,
segundo realIzao de exposIes de Curta durao, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
50,0
85,7
50,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Federal Estadual Outra
ao eduCatIva
De acordo com o Grfico 27, dos museus cadastrados junto ao CNM, um
(9,1%) declarou a existncia de setor ou diviso de ao educativa, sendo que
os segmentos de pblico atendidos por essas aes so o adulto e a terceira
idade. Em mbito nacional, a taxa referente existncia desse setor maior,
alcanando a porcentagem de 48,1% (Brasil Grfico 43).
grfICo 27 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa
de setor ou dIvIso de ao eduCatIva, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
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9,1
90,9
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19
VISITAS GUIADAS
Conforme explicitam os Grficos 28 e 28.1, visitas guiadas so oferecidas em
90,9% das instituies museolgicas do Estado. Todas so realizadas com moni-
tores/guias e seu agendamento solicitado em 40% dos casos. Essas visitas, de
acordo com o Grfico 29, so oferecidas por todos os museus estaduais e as ins-
tituies categorizadas como de natureza administrativa outra ofertam esta ativi-
dade. Cabe ressaltar que no foi indicada outra forma de visita guiada nos museus
do Acre, realidade observada tambm nos demais Estados da regio Norte.
grfICo 28 - porCentageM (%) de Museus segundo
realIzao de vIsItas guIadas, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
9,1
90,9
grfICo 28.1 - porCentageM (%) de Museus que proMoveM vIsIta
guIada CoM MonItor segundo neCessIdade de agendaMento, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
40,0
60,0
grfICo 29 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva,
segundo realIzao de vIsItas guIadas, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
50,0
100,0 100,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Federal Estadual Outra
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BIBlIoteCas e arquIvos HIstrICos
Os Grficos 30 e 30.1 indicam que 36,4% das instituies museolgicas do
Estado declararam possuir bibliotecas, dentre as quais 75% permitem acesso
do pblico. Os arquivos histricos, por sua vez, esto presentes em 18,2% das
instituies cadastradas e todos permitem acesso do pblico, conforme se
observa no Grfico 31.
grfICo 30 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa
de BIBlIoteCa eM suas dependnCIas, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
36,4
63,6
grfICo 30.1 - porCentageM (%) de Museus que possueM BIBlIoteCa
segundo perMIsso de aCesso pBlICo, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
75,0
25,0
grfICo 31 - porCentageM (%) de Museus segundo exIstnCIa
de arquIvo HIstrICo eM suas dependnCIas, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
18,2
81,8
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21
atIvIdades CulturaIs e puBlICaes
Os dados apresentados no Grfico 32 sobre atividades promovidas pelos
museus indicam a mesma porcentagem, de 54,5%, para: conferncias, semi-
nrios e palestras; cursos e oficinas; cinema e projees de vdeo; e eventos
sociais e culturais.
Os tipos de publicaes mais frequentemente produzidas no Acre pelos
museus so: material de divulgao (45,5%), guias (9,1%) e revista, boletim ou
jornal eletrnico (9,1%). Outros tipos de publicao somam 9,1% (Grfico 33).
grfICo 32 - porCentageM (%) de Museus segundo
atIvIdades CulturaIs proMovIdas, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS IBRAM / MINC, 2010
18,2
36,4
45,5
54,5
54,5
54,5
54,5
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0
Outras atividades
Espetculos musicais
Espetculos teatrais/Dana
Conferncias, seminrios, palestras
Cursos/Oficinas
Cinema/Projees de vdeo
Eventos sociais e culturais
grfICo 33 - porCentageM (%) de Museus segundo
puBlICaes produzIdas, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
9,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
9,1
9,1
45,5
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0
Outras
Catlogo do museu
Catlogo de exposio de curta durao
Anais
Revista, boletim ou jornal impresso
Material didtico
Guia
Revista, boletim ou jornal eletrnico
Material de divulgao
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reCursos HuManos
No que tange ao quadro de funcionrios dos museus cadastrados do Acre
segundo setor ou especialidade observa-se no Grfico 34 que os setores de
limpeza (16), diretoria (9), segurana (9) e administrativo (7) foram os mais
citados. No corpo tcnico das instituies acreanas existem 7 historiadores, 1
conservador e 1 arquivista, no havendo nenhum profissional graduado como
muselogo, bibliotecrio, pedagogo, arquiteto ou antroplogo. Vale destacar
que h na categoria outro o maior quantitativo de funcionrios (44).
Conforme os Grficos 35 e 36, em 54,5% das instituies museolgicas exis-
tem polticas de capacitao profissional, indicando percentual superior ao
nacional (Brasil Grfico 55). Entretanto, no que se refere existncia de
programa de voluntariado, a porcentagem acreana (9,1%) inferior brasi-
leira, de 32,1% (Brasil Grfico 56).
grfICo 34 - nMero de funCIonrIos dos Museus
segundo setor ou espeCIalIdade, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
44
0
0
0
0
0
1
1
4
7
7
9
9
16
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Outro
Muselogo
Bibliotecrio
Pedagogo
Arquiteto
Antroplogo
Arquivista
Conservador
Manuteno
Administrativo
Historiador
Segurana
Diretoria
Limpeza
Nota: Foram contabilizados os estagirios, bolsistas e voluntrios.
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CR
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23
grfICo 35 - porCentageM (%) de Museus segundo
exIstnCIa de poltICa de CapaCItao de pessoal, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
54,5
45,5
grfICo 36 - porCentageM (%) de Museus segundo
exIstnCIa de prograMa de voluntarIado, aCre, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
9,1
90,9
oraMento
O Cadastro Nacional de Museus no obteve informaes oramentrias de
nenhum dos museus do Estado do Acre.
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Na formao histrica do Amap, reconhecido como Estado pela
Constituio Federal de 1988, encontram-se razes indgenas, africanas e portu-
guesas, e ainda francesas e holandesas. O aspecto multicultural se deve a disputas
pela posse do territrio que, aps longas contendas, ficou sob domnio lusitano.
Para consolidar a posse do territrio e proteg-lo das invases francesas, os portu-
gueses edificaram a Fortaleza de So Jos de Macap. Marco de criao da capital
amapaense, a construo militar at hoje uma das principais referncias hist-
ricas do Estado. Em sua construo, que se prolongou por 18 anos, foi utilizada
fora de trabalho livre, representada pelos oficiais, soldados do exrcito, capa-
tazes e mestres de ofcio, e mo de obra compulsria, composta por indgenas
capturados na regio e negros africanos comprados pelo governo da capitania.1
De maneira semelhante ao que ocorre nos demais Estados da regio amaznica, a
cultura popular do Amap forte e possui influncias diversificadas: indgenas,
africanas e missionria-religiosa. Boi-Bumb, Marabaixo e a Festa de So Tio so
algumas das manifestaes que integram o calendrio cultural amapaense.
1 GOVERNO DO ESTADO DO AMAP. Disponvel em: www4.ap.gov.br. Acesso em: 1 mar. 2011.
AmapAmap
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), resi-
dem no Amap 587.311 habitantes. A relao entre populao e nmero de
museus de 65.257 pessoas por unidade museolgica. O ndice menor que
a proporo da regio de 100.160 habitantes por museu , mas est acima
do nacional, de 60.822, conforme apresentado na Tabela 1. Dos nove museus
mapeados no Estado, seis encontram-se na capital Macap (Grfico 1).
51 W
51 W
54 W
54 W
3 N 3 N
0 0 1 Museu
2 a 5 Museus
6 a 10 Museus
11 a 50 Museus
51 a 100 Museus
101 Museus ou mais
Diviso Municipal
LEGENDAMacap
OCEANOATLNTICO
Guiana FrancesaSuriname
Par
0 50 10025
Km
Mapa de dIsperso dos
Museus do aMap
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
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De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Museus (CNM), o Museu
Histrico do Amap Joaquim Caetano da Silva o mais antigo do Estado. Sua
origem est ligada ao Museu Territorial, fundado em 1948 no contexto de
aumento da ocupao do Estado motivado pela descoberta de grandes jazidas
minerais na Serra do Navio. Extinto em 1970, o Museu Territorial teve seu
acervo incorporado, 20 anos depois, ao Museu Histrico do Amap Joaquim
Caetano da Silva, cuja coleo composta de objetos arqueolgicos, fotogra-
fias e acervo documental manuscrito dos sculos XIX e XX.2
grfICo 1 - nMero de Museus na CapItal e na uf e porCentageM (%)
de ConCentrao de Museus na CapItal, aMap, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
69
66,7%
0
10
20
30
40
50
60
70
Nmero de museus na capitalda Unidade da Federao
Nmero de museus naUnidade da Federao
Concentrao de museusna capital do Estado
taBela 1 - relao entre populao e nMero
de Museus no aMap, regIo norte e BrasIl, 2010
loCal populao nMero de Museuspopulao/
nMero de Museus
Amap 587.311 9 65.257
Norte 14.623.316 146 100.160
Brasil 183.987.291 3.025 60.822
FONTE: CADASTRO NACIONAl DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
2 Questionrio do Cadastro Nacional de Museus preenchido pelo Museu Histrico do Amap Joaquim Caetano da Silva.
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dados InstItuCIonaIs
As informaes apresentadas a partir deste tpico so referentes aos sete
museus do Estado que responderam ao questionrio do Cadastro Nacional de
Museus, considerando-se apenas as respostas vlidas.3
A criao de instituies museais fenmeno recente no Amap. Seis dos sete
museus cadastrados foram fundados entre 2001 e 2009; apenas um museu
data da dcada de 1980 (Grfico 2). Todas as unidades museolgicas cadas-
tradas so de natureza pblica: uma federal e seis estaduais. O Amap no
possui museus municipais, de associao, empresa, fundao ou de natureza
administrativa outra, conforme se verifica no Grfico 3.
grfICo 2 - nMero de Museus por ano
de fundao, aMap, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1
0
6
0
1
2
3
4
5
6
7
At1900
De 1901a 1910
De 1911a 1920
De 1921a 1930
De 1931a 1940
De 1941a 1950
De 1951a 1960
De 1961a 1970
De 1971a 1980
De 1981a 1990
De 1991a 2000
De 2001a 2009
grfICo 3 - porCentageM (%) de Museus por
CategorIas de natureza adMInIstratIva, aMap, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
14,3
85,7
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Federal Estadual Municipal Associao Empresa Fundao Sociedade Outra
3 Dados relativos data de corte da pesquisa: 10 de setembro de 2010.
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InstruMentos de gesto
Em relao aos instrumentos norteadores da gesto dos museus do Amap,
42,9% declararam possuir regimento interno (Grfico 4). O percentual de
instituies que apresentam plano museolgico semelhante (Grfico 6), o
que no indica necessariamente que as mesmas instituies responderam
positivamente ambas as questes. O regimento interno utilizado no museu
federal cadastrado e em 33,3% dos estaduais conforme observado no Grfico
5. J o plano museolgico utilizado em 50% dos museus estaduais, sendo
que a instituio federal declarou no possu-lo, de acordo com o Grfico 7.
grfICo 4 - porCentageM (%) de Museus segundo a
exIstnCIa de regIMento Interno, aMap, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
42,9
57,1
grfICo 5 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva
segundo a exIstnCIa de regIMento Interno, aMap, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
100,0
33,3
0,0 0,0 0,00,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Federal Estadual Municipal Privada Outra
grfICo 6 - porCentageM (%) de Museus segundo a exIstnCIa
de plano MuseolgICo, aMap, 2010
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
Sim
No
42,9
57,1
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p
29
grfICo 7 - porCentageM (%) de Museus por natureza adMInIstratIva
segundo a exIstnCIa de plano MuseolgICo, aMap, 2010
0,0
50,0
0,0 0,0 0,00,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Federal Estadual Municipal Privada Outra
FONTE: CADASTRO NACIONAL DE MUSEUS - IBRAM / MINC, 2010
assoCIao de aMIgos
Nenhum dos museus cadastrados no Estado dispe de associao de amigos.
Na regio Norte, Rondnia, Acre e Roraima tambm no possu