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Música e Psicologia da Infância. Sofia Melo [email protected] MELOTECA, Março 2008. “A criança é uma pessoa, com os seus pensamentos próprios, as suas emoções, os seus fantasmas e as suas imagens mentais” Isabelle Filliozat. - PowerPoint PPT Presentation
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Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
“A criança é uma pessoa, com os seus pensamentos próprios, as suas emoções, os seus fantasmas e as suas imagens mentais”
Isabelle Filliozat
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
A criança ainda não possui utensílios mentais que lhe permitam dominar por completo as suas emoções, descentrando-se do seu ponto de vista ou projectando-se no futuro.
Ela vive no aqui e no agora, de acordo com um pensamento egocêntrico e mágico.
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Chorar, gritar, fazer birras, são as formas de expressão encontradas pela criança para manifestar e exteriorizar aquilo que pensa, sente ou deseja. A criança normalmente está a comunicar-nos algo por detrás destes comportamentos exagerados. Há aqui uma necessidade implícita.
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Etapas de Desenvolvimento da Criança
O desenvolvimento humano é um processo de crescimento e mudança ao longo da vida que envolve alterações físicas, comportamentais, cognitivas e emocionais.
Em cada etapa surgem características específicas.
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Teorias do Desenvolvimento
1. Freud e a teoria psicossexual
2. Piaget e o desenvolvimento cognitivo
3. Erikson e a teoria psicossocial
Sofia de MeloMeloteca - Março
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1.Freud
Estádios de desenvolvimento psicossexual
(obtenção de prazer, mudanças na zona erógena, conflitos entre a busca de prazer e
a realidade que o limita)
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
1.Freud
Estádio Fálico (4-5 anos) A zona erógena é a região genital. A sexualidade
deixa de ser exclusivamente auto-erótica e dirige-se aos pais, concretizada no Complexo de Édipo (atracção pelo progenitor do sexo oposto). Este conflito é ultrapassado quando a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo. As proibições e normas impostas no Complexo de Édipo são interiorizadas, dando origem à formação do Superego.
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2008
1.Freud
Estádio de Latência (6-11 anos) Diminuição da expressão da sexualidade, mas a
problemática do Complexo de Édipo permanece oculta, sem se manifestar. Ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbaram no estádio fálico. É uma forma de defesa. A criança concentra a sua energia nas aprendizagens escolares e sociais.
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2008
2.Piaget
Estádios de desenvolvimento cognitivo
A inteligência constrói-se ao longo de estádios sequenciais. As estruturas do pensamento são produto de uma construção contínua do sujeito em interacção com o meio, tendo um papel activo no seu próprio desenvolvimento cognitivo.
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2008
2.Piaget
Estádio Pré-Operatório (2-7 anos) Subestádio do pensamento pré-conceptual (2-4 anos)
Função simbólica – a criança passa a poder representar objectos ou acções por símbolos. Pode representar mentalmente os objectos ou acções presentes no campo perceptivo – imagem mental. No jogo simbólico do faz-de-conta, a criança representa um conjunto de acções e os objectos são o que lhes apetecer. Egocentrismo
Animismo Finalismo Artificialismo
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2008
2.Piaget
Estádio Pré-Operatório (2-7 anos) Subestádio do pensamento intuitivo (4-7 anos)
Baseado na percepção dos dados sensoriais. A criança responde à questão que lhe é colocada com base na aparência
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
2.Piaget
Estádio das Operações Concretas (7 aos 12 anos) Reversibilidade mental Pensamento lógico, acção sobre o real Operações mentais, contar, medir Conservação da matéria (sólida, líquida, peso,
volume) Conceitos de tempo, espaço e velocidade.
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2008
3.Erikson
Estádios Psicossociais
O desenvolvimento é influenciado pelas características dos contextos sociais, com as quais as pessoas têm que lidar em todos os estádios do seu desenvolvimento. Em cada fase há um predomínio de uma tarefa, que assume a forma de um conflito entre duas dimensões: positiva e negativa, induzido pela interacção entre as exigências da sociedade e as características do indivíduo.
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2008
3.Erikson
Iniciativa vs Culpa (3-6 anos)
A criança obtém prazer da realização de actividades por iniciativa própria; se é muito punida sente-se culpada por agir de acordo com os seus desejos.
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2008
3.Erikson
Indústria vs Inferioridade (6-12 anos)
Na escola, a criança desenvolve aprendizagens (escolares e sociais) que podem fazê-la sentir que é incompetente ou que é menos capaz que os colegas.
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2008
Características Gerais da Criança 6/7 anos
Nível Intelectual Tem uma noção mais clara das diferenças de sexo
(curiosidade pelo sexo oposto, brincar aos médicos e às casinhas)
Começa a ter memórias contínuas e mais organizadas Desenvolvimento das capacidades de raciocínio Passagem de uma aprendizagem através da observação
para um aprendizagem através da linguagem e da lógica Aprende a ler e a escrever
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2008
Características Gerais da Criança 6/7 anos
Nível Físico Grande vigor e energia Coordenação motora não totalmente estabelecida
(desajeitado) Nível Social
Não gosta de ser beijada em público Identifica-se com os adultos fora do meio familiar
(professores) Relações com os pares são instáveis (agressividade)
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2008
Características Gerais da Criança 6/7 anos Nível Emocional
Forte identificação com a figura parental do mesmo sexo
Desenvolvimento de uma maior independência (sentimentos de insegurança ambivalência)
Dificuldade em aceitar críticas, culpa ou castigos Rigidez no comportamento, exigente e opositora
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Características Gerais da Criança 6/7 anos Nível Moral
Preocupa-se bastante com o seu próprio comportamento, especialmente quando este afecta a família e os amigos
Culpa os outros dos seus erros Quer sempre ganhar, modificando as regras
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Características Gerais da Criança 8/9 anos Nível Intelectual
Pensamento mais organizado e lógico Preocupa-se em perceber o porquê das coisas
que para rodeiam Sobrestima frequentemente as suas capacidades
(insucesso=frustração) Procura mais informação acerca da gravidez e do
nascimento
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2008
Características Gerais da Criança 8/9 anos Nível Físico
Muito activa e pode sofrer acidentes Nível Social
Faz novos amigos com facilidade Gosta da escola Não se envolve tanto em conversas com a família
às refeições, prefere comer rápido para dar inicio a uma nova actividade.
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2008
Características Gerais da Criança 8/9 anos Nível Emocional
Exige mais amor e compreensão da figura materna Tem mais segredos Pode ser excessivamente auto-crítica,com tendência
para dramatizar as situações em que antecipa dificuldades
Exibe menos medos e mais razoáveis Pode resistir a argumentar contra instruções e
pedidos feitos pelos adultos Aprecia recompensas imediatas pelo seu
comportamento
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2008
Características Gerais da Criança 8/9 anos Nível Moral
Pode vivenciar sentimentos de culpa e vergonha
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2008
Características Gerais da Criança 10/11 anos Nível Intelectual
Está alerta e bastante segura de si Gosta de ler Tem muitos interesses de curta duração
Nível Emocional Preocupa-se com o estilo Gosta de privacidade As suas preocupações dizem respeito à escola e aos
amigos
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2008
Características Gerais da Criança 10/11 anos Nível Físico
Competências motoras bem desenvolvidas Nível Social
É bastante selectiva nas suas relações, pode ter um melhor amigo
Nível Moral Tem um forte sentido de justiça e segue um código moral
estrito Maior preocupação com o que está errado do que com o
que está certo
A Música na Infância
Crianças que frequentam aulas de músicas melhoram a memória, ajudando no aprendizado de outras matérias. Estudo da Universidade de Hong Kong: 90 meninos e meninas entre 6 e 15 anos, metade dos quais integrava a orquestra da escola e aprendia a tocar um instrumento de música ocidental, e a outra não tinha formação musical. Cinco anos depois, constatou-se que as crianças que participaram da actividade musical mostraram mais capacidade de memorização de palavras. As que abandonaram o curso um ano depois tiveram resultados inferiores aos que continuaram na orquestra.
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2008
Estudo:
Instituto de Música e da Mente de Hamilton, na Universidade de McMaster e do Rotman Research Institute da Universidade de Toronto, comprovam que o ensino musical ajuda as crianças a melhorar suas aptidões mentais e estimula as funções da memória. Após um ano de aulas musicais, as crianças treinadas obtiveram melhores pontuações em exames de aptidão mental, assim como nas áreas de memória verbais, escrita, matemática e coeficiente intelectual (QI).
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2008
Através da música podemos mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano, relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida.
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2008
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2008
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2008
Estilos de aprender e Estilos de ensinar
“Se uma pessoa não consegue acompanhar o passo dos seus companheiros, talvez seja porque ela ouve um diferente “tambor”. Deixem-na acompanhar a música com os seus ouvidos, qualquer que seja o seu ritmo ou tonalidade.”
Henry David Thoreau
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2008
Estilos de aprender e Estilos de ensinar
Toda a gente tem um estilo pessoal de aprendizagem, mas muitas vezes as aulas são apresentadas num estilo completamente diferente daquele com que a maior parte das crianças aprende. Em resultado disso, o aluno é muitas vezes desencorajado, a sua auto-estima baixa, os seus resultados escolares baixam e, muito frequentemente, pode mesmo perder o desejo de ir para a escola.
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2008
Factores intervenientes na aprendizagem
Individuais Inteligência Motivação Aprendizagem
anterior Idade Variáveis físicas
Sociais Cultura Meio sócio-
económico Nível educacional
dos pais Horário e duração
das aulas
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Relação pedagógica no contexto da comunidade escolar Papel dos pais
Fornecer informação sobre os comportamentos da criança Participação activa em relação ao contexto escolar Colaboração com o psicólogo e outros técnicos Gerir os conflitos resultantes do tempo que a criança passa
fora de casa Estimular pequenas iniciativas das crianças Transmissão de valores Acompanhamento de todo o percurso escolar dos filhos
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2008
Relação pedagógica no contexto da comunidade escolar Papel da escola
Infra-estruturas adequadas Corpo docente, auxiliares e outros técnicos que
ajudem a promover o sucesso escolar Deve ter as condições mínimas de luminosidade,
higiene, limpeza e segurança Deve ter material necessário para a manutenção
das aulas
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Relação pedagógica no contexto da comunidade escolar Papel do professor
Trabalho inter-disciplinar com o psicólogo Proporcionar condições para promover o sucesso
escolar de todos os alunos Comunicação permanente com as famílias dos
alunos através de reuniões Delinear programas de ensino individualizado,
com a ajuda do psicólogo
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Relação pedagógica no contexto da comunidade escolar Papel do professor
Comunicar as suas expectativas ao psicólogo Gestão da sala de aula, com a colaboração do
psicólogo Dar a conhecer à criança o tempo que dispõe
para determinada tarefa Ser criativo a fim de incentivar o motivar os
alunos
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Relação pedagógica no contexto da comunidade escolar Papel do professor
Dar conhecimento dos resultados. Conhecer minimamente algumas características
de doenças ligadas à aprendizagem, para que possa sinalizar precocemente e encaminhar para outros técnicos.
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2008
Técnicas para aumentar e diminuir comportamentos na Sala de Aula Conceitos básicos:
Reforço Escalas de reforço Punição Extinção Controlo do estímulo
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Técnicas para aumentar comportamentos
Reforço positivo Reforço negativo Modelagem Esbatimento
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2008
Técnicas para diminuir comportamentos
Extinção Saciação Super-correcção Custo de resposta Time-Out Estimulação aversiva
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Disciplina/Indisciplina
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Disciplina/Indisciplina
Factor individuo
Baixo auto-conceito
Punição insucesso escolar
indisciplina desinteresse
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2008
Disciplina/Indisciplina
Factor Professor
Autoritário Laissez-faire democrático
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2008
Disciplina/Indisciplina
Factor Meio Sócio-Económico
Estratégias disciplinares utilizadas pela família
Estratégias severas (punições físicas) Os alunos revelam mais dificuldades na
adaptação à escola, adoptando comportamentos agressivos e indisciplinados
Famílias desfavorecidas
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2008
Disciplina/Indisciplina
Factor Instituição
Elevado nº de alunos por turma Escolas superdotadas Edifícios em más condições e escassez de material
didáctico Elevados índices de insucesso escolar Alta percentagem de alunos oriundo de meios
desfavorecidos
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2008
Factores Individuais Variáveis socio-demográficas; baixa perspectiva de sucesso; idade;
sexo; competências sociais; baixa auto-estima
Família Estratégias disciplinares usadas; padrões e praticas educativas; afecto; atitudes e comportamentos em casa; negativismo ou intolerância
Comunidade Poucas infra-estruturas de lazer; aprovação da força física e violência como forma de resolver os problemas; falta de apoio e orientação das entidades competentes; cultura e padrão
Sistema educativo
Alargamento da escolaridade obrigatória; massificação da escolaridade; discrepância entre a preparação que a escola faz e aquilo que o mercado de trabalho exige; currículo pouco apelativo
Escola Tamanho da escola; diversidade étnica; localização periférica ou central; clima e política da escola; falta de material didáctico; métodos pedagógicos e gestão que o professor faz da aula; expectativas dos professores
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2008
Intervenção no Aluno
Promoção de competências para alterar os comportamentos
Promover motivação e interesse Promoção de auto-imagem e auto-conceito
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2008
Intervenção no Aluno
Novas perspectivas de mudança Mal estar e sofrimento
Convivência positiva na escola
Professor é um ser humano Convivência positiva na escola
Técnica de resolução de conflitos
Intervenção no Aluno
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2008
Intervenção no Professor
Técnicas de reforço Formação de competências de carácter
didáctico e relacional Tipos de liderança Expectativas
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2008
Intervenção no Professor
Estratégias para lidar com situações problemáticas Técnicas de auto-controlo Acções de formação para professores Manter uma relação interactiva professor-aluno Conhecimentos psico-caracterológicos ou doenças Factores socio-familiares Evitar a paralisia dos professores
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2008
Intervenção na Escola
Reuniões periódicas Implementação de actividades extra
curriculares Constituição cuidadosa das turmas Adaptação dos conteúdos programáticos Acções de formação para docentes e
discentes Organização de serviços de atendimento e
aconselhamento
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2008
Intervenção na Escola
Planificação de mudanças organizacionais Qualidade de supervisão nos intervalos Salas de aula agradáveis e acolhedoras Organização de serviços de atendimento Necessidades e recursos Política curricular bem definida Turmas heterogéneas Intervenientes: participantes activos agentes de
mudança Actividades para OTL
Sofia de MeloMeloteca - Março
2008
Intervenção na Família
Alteração de crenças e expectativas Promover mudança Promover envolvimento dos pais Formas de alternativas de funcionamento Melhorar a interacção pais-filhos
“Vocês dizem: é cansativo estar com crianças. E não há dúvida que têm razão. Depois acrescentam: porque temos que nos pôr ao nível delas, porque temos que nos baixar, inclinar, curvar, tornar pequenos. Mas aí é que vocês estão enganados. O mais cansativo não é só isso, o que mais nos cansa é sermos obrigados a elevarmo-nos até à altura dos seus sentimentos. A esticarmo-nos, a alongarmo-nos, a ficar nos bicos dos pés. Para não as magoar.”
Janusz Korczak