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Dezembro 2010 N.º 09 http:// mygalp CONFERÊNCIA “ENERGIA, OS PRÓXIMOS 30 ANOS” PETRÓLEO E GÁS MANTÊM HEGEMONIA LOJAS TANGERINA, GALP FROTA, ESTAÇÕES DE SERVIÇO EM ESPANHA MUDANÇAS POSITIVAS PORTUGAL TECNOLÓGICO UMA APOSTA NO FUTURO EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO MARCOS PRINCIPAIS DA ACTIVIDADE DO SECTOR Empreendedorismo E ORIENTAÇÃO PARA OS RESULTADOS

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Dezembro 2010 N.º 09

http:// mygalp

CONFERÊNCIA “ENERGIA, OS PRÓXIMOS 30 ANOS”PETRÓLEO E GÁS MANTÊM HEGEMONIA

LOJAS TANGERINA, GALP FROTA, ESTAÇÕESDE SERVIÇO EM ESPANHAMUDANÇAS POSITIVAS

PORTUGAL TECNOLÓGICOUMA APOSTA NO FUTUROEXPLORAÇÃO & PRODUÇÃOMARCOS PRINCIPAIS DA ACTIVIDADE DO SECTOR

Empreendedorismo

E ORIENTAÇÃO PARA OS RESULTADOS

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mygalp DEZEMBRO 20104

05 PessoasColaboradores da Galp Energia em mudança

06 FlashesNotícias com energia

Destaque10 Actividade de Exploração & Produção da Galp Energia12 Portugal Tecnológico 14 Conferência Energia, os Próximos 30 Anos

16 CapaEmpreendedorismo e orientação para resultados

22 MundoTransporte automóvel

26 EntrevistaManuel Forjaz, director do Instituto do Empreendedorismo Social

28 EmpresasSugalidal

Negócios29 Novas estações em Espanha30 Lojas Tangerina31 Petromar e Galp Base32 Soluções Galp Frota33 Cogeração de Sines

34 InsideUnidade de Negócio –Biocombustíveis

FICHA TÉCNICADirector Rita MacedoGestão integrada de conteúdosJosé Conde Barroso

Manuel AguiarColaboraram nesta ediçãoAna Antunes, Ana Resende, Ângela Galvão, Daniel Elias, Deolinda Pires, Eduardo Boigues, Elsa Bebiano, Filipe Pereira (estagiário), Filomena Assis, Frederico Conde, Ilídio Ricarte, Joana Rodrigues, João Antunes, João Carlos Lopes, José Castro, José Pinho, José Castro, José Rato, Luís A. Silva, Luís Gomes, Luís Viúla (estagiário), Mafalda Romão,Mafalda Serrasqueiro (estagiária), Manuel Ramalhete, Manuel Vasconcelos, Manuela Magalhães, Margarida Campos, Mª Clara Parada, Mª João Trindade, Marta Figueiredo, Miguel Ceregeiro, Nikolaos Brouzos,Patrícia Boavida, Paula Barbeitos, Paulo Rua, Ricardo Fagundes, Ricardo Manzoni, Rita de Sousa, Rita Martins (estagiária), Ruben Eiras, Sandra Pacheco, Samuel Dias, Sérgio Pinheiro,

Susana Martins, Suzana Barreto,Teresa LeitãoTambém colaboraram nesta ediçãoJosé Miguel Dentinho (edição), Lara Loureiro (coordenação), Luís Inácio e Pedro Guilherme Lopes (texto), Rui Garcia e Rui Guerra (arte),

Estúdio João Cupertino, Bruno Barbosa

Tiragem: 9000 exemplaresPeriodicidade: TrimestralDepósito legal: 286693/08

Rua Tomás da Fonseca 1600-209 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 724 28 65 (ext.: 12865) Fax: (+351) 21 724 29 76E-mail: [email protected]

Uma edição da Divisão Customer Publishing da Impresa Publishing

EMPREENDEDORISMO E ORIENTAÇÃO PARA OS RESULTADOSTenho o enorme prazer de me dirigir, pela primeira vez, aos leitores da nossa revista. E “estreio-me” com um tema da máxima importância para a nossa Empresa, como bem sublinha o Presidente da Comissão Executiva.Conceber uma mygalp magazine sobre este tema, na Galp Energia, é uma tarefa difícil, não pela falta de conteúdos, mas sim pela sua

uma elevada propensão ao desenvolvimento de produtos inovadores, de serviços que criam valor e de adopção de novos métodos de trabalho, trazer para as páginas de uma revista aqueles exemplos que dão corpo ao valor “Empreendedorismo e Orientação para os

respondido da melhor forma.Se dúvidas houvesse sobre a capacidade de empreendedorismo, basta que nos recordemos da nossa famosa garrafa de gás Pluma, do nosso inovador programa de formação avançada, a Academia Galp Energia, ou do concurso Hotspot Design, só para citar alguns exemplos. Já no que diz respeito à orientação para resultados, nada melhor que o exemplo da área de Exploração e Produção, retratado a fundo nas páginas desta mygalp magazine, ou da área de biocombustíveis, a que é dedicado o “inside” deste número.Não podíamos deixar de fazer uma revista dedicada a este tema sem pedir o testemunho de empreendedores amplamente reconhecidos e de personalidades que traduzem, na prática, a orientação para os resultados, como é o caso de Belmiro de Azevedo, presidente do Grupo Sonae, de Manuel Forjaz, fundador e director do Instituto de Empreendedorismo Social, de Fernando Guedes, presidente do Grupo Sogrape, e de Vítor Barbosa, CEO da Nautilus.Falando de orientação para os resultados, devo referir que, decorridos dois anos da criação do conceito integrado mygalp e de lançamento da revista mygalp magazine, a área de Comunicação Interna da Direcção de Assuntos Institucionais, procurando a satisfação do seu público interno – todos os colaboradores da Galp Energia –, encontrou a necessidade de desenvolver acções que traduzam as expectativas e necessidades de todos, para ajudar a optimizar e inovar os meios e ferramentas de comunicação interna no Grupo. Desenvolvemos várias sessões de trabalho que visaram a discussão de regras e necessidades e geraram novas ideias. Em paralelo, lançámos um questionário a todos os colaboradores da Galp Energia. Não podemos deixar de agradecer aos mais de 700 colegas que colaboraram nestas iniciativas. Apenas com a vossa ajuda poderemos melhorar e alcançar resultados capazes de satisfazer todos os nossos leitores. Durante o primeiro trimestre de 2011, apresentar-vos-emos os resultados de todas as acções desenvolvidas.Finalmente, não poderíamos terminar este editorial sem desejar, a todos, em nome da Equipa de Comunicação Interna, os melhores votos de um Santo Natal e de um ano de 2011 fantástico, cheio de empreendedorismo e de realizações a nível individual e colectivo, capazes de proporcionarem resultados cada vez mais positivos!

Rita MacedoDirectoramygalp magazine

Encontros36 Quadros Superiores37 Revendedores e Galp SOMA

38 OpiniãoClemente Pedro Nunes

Responsabilidade Corporativa39 Fórum de RSO40 Auditorias de Gestão de SSA

42 IniciativasHotspot Design

43 Raio XServiço de Atendimento Assistido

Zona do Ócio44 E(hi)stórias45 Clube Galp Energia46 Cultura47 Agenda48 Viagens50 Restaurante e vinhos

editorial conteúdo

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após ter trabalhado como prestador de serviços da Lu-sitaniagás e da Setgás durante cinco anos, fui convidado pa-ra o cargo de director técnico da primeira. Aceitar impli-cava a mudança de Madrid para Aveiro, mas a proposta apresentava-se como uma boa oportunidade. Acabou por ser um excelente desafio.

Em Janeiro de 1998, seis meses depois da chegada do gás natural a Portugal, a Lu-sitaniagás era uma empresa pequena. Possuía pouco mais de uma dezena de quilóme-tros de rede de distribuição e menos de mil clientes. Quan-do, em meados de 2001, vim trabalhar para a Gás de Por-tugal (GDP) Distribuição, em Lisboa, tinha mais mil qui-lómetros de rede em serviço e perto de 80 mil clientes, a quem distribuía mais de 100 milhões de metros cúbicos de

gás por ano. Nela aprendi a importância de trabalhar em conjunto por objectivos co-muns, envolvendo tanto as equipas da empresa como as dos prestadores de serviço. A coesão e o apreço pelo trabalho dos outros foram certamente a chave do êxito. Descobri que trabalhar em áreas ou empre-sas em crescimento nos dá a oportunidade de aprender muito, pois a possibilidade de intervir em diferentes âmbitos é muito grande.

A deslocação para Lisboa veio reforçar a ideia de que é oportuno estar sempre pre-parado para a mudança. Na GDP Distribuição assumi a função de director de Ges-tão de Redes, com a missão de verticalizar e articular as actividades das direcções téc-nicas das distribuidoras de gás natural. Posteriormente, assumi também a coordena-

ção do Ambiente, Qualidade e Segurança na Unidade de Gás Natural. Neste projecto, o grande desafio foi a inte-gração e harmonização de diferentes culturas e organi-zações. A relação construtiva com as empresas e a partilha de experiências permitiram cumprir praticamente todos os objectivos estabelecidos.

No final de 2008, após a decisão da Galp Energia de participar em projectos de liquefacção de gás natural e dos acordos celebrados com

a Venezuela neste domínio, foi-me oferecida a possibili-dade de dirigir a nova área de actividade. Até à data, está a ser um excelente desafio.

Entretanto, novos projec-tos de liquefacção noutros países passaram a integrar a nossa carteira. Um deles está a ser desenvolvido para a baía de Santos, no Brasil. É uma unidade flutuante de produ-ção de gás natural liquefeito e é um projecto de vanguarda, que pode vir a ser o primeiro deste tipo no mundo.

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mygalp DEZEMBRO 20108

REINÍCIO

Das terças temáticasRecomeçaram, em Outubro, as terças temáticas na Galp Energia, que se deverão

temas tão diversos como o desenvolvimento

as notícias mais relevantes no universo de negócios Galp Energia

CAMPANHA SOBRE DESCONTOS SIMPÓSIO DE LUBRIFICANTES OITO NOVOS FPSO

REFORÇADA COOPERAÇÃO

COM A UNIVERSIDADE DE AVEIROA Galp Energia e a Universidade de Aveiro (UA) assinaram

energética para sistematizar áreas de relacionamento entre as duas instituições. A cerimónia decorreu no edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro e contou com a presença do reitor da UA, Manuel António Assunção, e do presidente da Comissão Executiva da Galp Energia, Manuel Ferreira De Oliveira.

CAMPANHA INFORMATIVA

SOBRE DESCONTOSA Galp Energia lançou uma campanha sobre descontos na sua rede de distribuição de combustíveis, que podem atingir 16 cêntimos

a 5+5 Vice Versa (com os hipermercados Modelo e Continente) e a My

dos postos Galp aderentes e hipermercados Modelo e Continente usufruírem descontos em compras nos hipermercados e combustíveis

GALP MADEIRA

SIMPÓSIO DE LUBRIFICANTES

CASCOS DE FPSO

OITO CONTRATOS PARA A CONSTRUÇÃOA Galp Energia e os seus parceiros assinaram os contratos de engenharia, aprovisionamento e

Santos, no offshore

processar diariamente até 150 mil barris de petróleo

EMISSÃO DE OBRIGAÇÕES

No montante de 300 milhõesA Galp Energia procedeu à emissão de um

A emissão foi participada pelo Citibank International plc, ING Belgium SA/NV – Sucursal em Portugal,Caixa d’Estalvis y Pensiones de Barcelona (La Caixa), Banco Español de Credito, S. A. (Banesto), Banco ItaúEuropa, S. A. – Sucursal Financeira Internacional e BB Securities Limited (Banco do Brasil).Este empréstimo obrigacionista, que se enquadra

vez mais a capacidade de obtenção de crédito

nela num contexto económico adverso.

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mygalp 9DEZEMBRO 2010

GALP ENERGIA ADQUIRE

15% da VentinvesteO Grupo Galp Energia adquiriu à Martifer Renewables, participada da Martifer SGPS, 50% do capital da sociedade Parque Eólico da Penha da Gardunha, que detém actualmente 30% da Ventinveste, por um valor de cerca de cinco milhões de euros.

BETUMES DE PAVIMENTAÇÃO

Extensão da marcação CEO Terminal de Viana do Castelo da Galp Energia obteve a marcação CE, passando a estar habilitado a colocar no Espaço Económico Europeu as grades de betumes de pavimentação produzidas de acordo com a Norma EN 12591:2009 –

GALP SUAZILÂNDIA APOIA

REABILITAÇÃO DE MARGINALIZADOSProsseguindo o objectivo de integração social nas actividades e negócios desenvolvidos na Suazilândia, a Galp Energia apoiou, em 2010, a Remar Suazilândia. Esta entidade, cujas iniciais

de marginalizados”, é uma organização não governamental que actua em cerca de 60 países, distribuídos pela Ásia, África, América, Oceania e Europa. Tem como missão melhorar as condições de vida das crianças, famílias e comunidades em países e regiões pobres, através de projectos de desenvolvimento e actividades de sensibilização que proporcionem mudanças e contribuam para a erradicação da pobreza.

COLABORADORES DA GALP APOIAM

AJUDA DE BERÇOOs colaboradores da Galp Energia mostraramde novo a sua solidariedade e mobilizaram-se na angariação de bens para evitaro encerramento da Ajuda de Berço.O seu envolvimento permitiu que fiquem asseguradas as melhores condições possíveis, nos próximos seis meses, às 20 criançasque habitam a Casa de Monsanto.À corrente positiva dos 204 colaboradoresde Lisboa, que quiseram levar a sua energiaà Casa de Monsanto, juntaram-se seis da Medigás, 11 da Lusitaniagás e cinco da AS de Vila Velha de Ródão, para além de contributos individuaisde colaboradores de outras instalações.

VENDAS CRESCEM NA G&P APOIO A AJUDA DE BERÇO CATÁLOGO GPL JÁ ESTÁ DISPONÍVEL

GÁS & POWER

VENDAS CRESCEMA unidade de negócio Gás & Power chegou a acordo com o Grupo António de Almeida & Filhos para o fornecimento conjunto de energia eléctrica e gás natural. Com este contrato, as vendas de electricidade da Galp Energia a clientes externos ultrapassam já os autoconsumos de empresas e instalações do Grupo.

CATÁLOGO GPL

Já está disponívelA Galp Energia lançou um catálogo com toda a oferta de equipamentos a GPL, com a descrição das características técnicas e vantagens, para fornecer aos seus clientes uma informação mais completa e estruturada.O catálogo é composto por um dossier com módulos que podem ser acrescentados ou substituídos, conforme as necessidades. Está disponível para consulta nos revendedores Galp Gás e online, em www.galpenergia.com (produtos/equipamentos a gás).

NAVIO DE GUERRA

ABASTECE-SE NOS AÇORESA Galp Açores abasteceu com mais de um milhão de litros de combustível um navio de guerra norte-americano, o USS Lake Champlain,

a Guerra do Golfo. Toda a operação foi realizada por pipeline, no Porto de Ponta Delgada,contando com a logística habitual e o apoio do pessoal técnico da Polnato.

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mygalp DEZEMBRO 201010

destaque actuar a montante

DESCOBRIR E FAZER BEM

Sustentar o futuroMarcos principais das actividades da Unidade de Exploração & Produção da Galp Energia em 2010

a estratégia da Galp Energia no seg-mento de negócio de Exploração & Pro-dução (E&P) visa atingir uma produção sustentada de 150 mil barris de petróleo equivalente por dia, metade da capaci-dade de refinação da empresa.

Para isso, a empresa centrou a sua ac-tividade de E&P em Angola e no Brasil, onde a dimensão das reservas tem poten-cial para torná-la, no médio/longo prazo, num operador relevante de petróleo e gás.

Embora os projectos de exploração de petróleo tendam a localizar-se em águas profundas, a diversificação continua a ser um instrumento de minimização do risco técnico e geológico. Em vez de um crescimento fomentado pela aquisição de reservas, pretende-se que seja pre-dominantemente orgânico ou, no limite, suportado pela entrada em projectos com elevado potencial exploratório.

A Galp Energia iniciou a sua actividade em Angola, em 1982, no campo Safueiro. Desde então, foram acrescentados ao seu

portefólio vários projectos no país, entre os quais o bloco 14, fonte principal de produção actual de petróleo da Empresa. Nele iniciou-se, há pouco mais de um ano, a produção da CPT (Compliant Piled Tower) do campo Tômbua-Lândana (TL).

Além de Angola, a Galp Energia es-tá também no Brasil, onde entrou em 1999. Na actividade de exploração, a Galp Energia está também presente em Mo-çambique, Uruguai, Venezuela, Timor Leste e Portugal.

O foco das actividades de exploração da Galp Energia é actualmente o Brasil, onde as descobertas na Bacia de Santos a catapultaram para o círculo restrito de empresas com programas de exploração de elevada taxa de sucesso e impacto.

ONSHORE BRASILEIRONo presente ano, as principais activi-dades que marcaram a agenda da Galp Energia no onshore braseiro foram os testes de longa duração (TLD) operados.

Kuito

Belize North

TL LDN

BBLT Light Oil

BBLT Benguela Intermediate Oil

TL CPT

Tupi TLD

RESUMO DA PRODUÇÃO GALP E&P EM 2010Produção média em milhares de barris/dia entre 1 de Janeiro e 31 de Outubro

6523792

1056

1779

1561

3489

3540

ONSHORE BRASILEIROPerfuração do poço Krishna-1, Aracaju, Estado de Sergipe

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mygalp 11DEZEMBRO 2010

Constituem uma etapa de avaliação de poço frequentemente usada no Brasil e permitem obter a produção de uma des-coberta sem que exista o compromisso de desenvolvimento do campo.

O seu principal objectivo é perceber como se comporta o reservatório numa situação em tudo semelhante à de um campo desenvolvido. Contudo, o volume de petróleo recuperado no processo pode ser co-mercializado, juntando--se, assim, o útil ao eco-nómico.

OFFSHOREBRASILEIRONo presente ano, a prin-cipal actividade da Galp Energia no offshorebrasileiro foi o início de produção do FPSO(Floating Production Storage and Offloading) Cidade Angra dos Reis. Esta unidade é a pri-meira de várias soluções de longo prazo desenvolvidas pelo consórcio Petrobras, BG Group e Galp Energia para o bloco BM-S-11 da Bacia de Santos.

Trata-se de um marco no desenvolvi-mento do campo, pautado por soluções técnicas inovadoras, que estenderam o estado da arte de produção em águas ul-

importante para o entendimento da sua dinâmica.

Outro marco na história do bloco 14 foi a submissão do CDP (Conceptual Deve-lopment Plan) de Malange à concessio-nária Sonangol, essencial à maturação deste campo. Adicionalmente, foram perfurados diversos poços nos campos de BBLT e Tômbua-Lândana com o ob-jectivo de manter a produção da área, a que mais contribui para a produção da Galp Energia.

EXTRA BLOCO 14Outra actividade significativa que ocor-reu este ano foi o início da perfuração do poço Garoupa-2 no âmbito do pro-jecto Sonagas de Gás Natural Liquefeito (GNL). Este poço integra um programa de trabalhos relativo à produção de gás em Angola com a finalidade de, caso venham a ser descobertas reservas suficientes de gás, alimentar uma instalação onshore de GNL. A realizar-se, será o primeiro pro-jecto de exploração/produção exclusiva de gás, com fins comerciais, a realizar-se em Angola.

OUTRAS ACTIVIDADES DA GALP E&PTIMOR Preparação para a execução de um poço

ainda em 2010 (Cova 1).

Abandono do bloco A.

MOÇAMBIQUETerminado processamento preliminar da sísmica 3D.

URUGUAIAssinado acordo de exploração com o governo.

PORTUGALPeniche – Iniciada sísmica 3D.

Alentejoparceria Petrobras (Oper 50%)/Galp (50%).

GERAL Iniciado processo de investigação conjunta

entre a Galp Energia e cinco universidades portuguesas.

Participação no Encontro Nacional com a Ciência 2010, em Lisboa.

Participação na Feira Internacional de Luanda (FILDA).

traprofundas, validando o conceito de desenvolvimento a todo o bloco.

Para alcançar este feito foram des-pendidas muitas horas de trabalho, por vezes com prazos apertados, num projec-to localizado no limiar do conhecimento actual. Por tudo isto, é de realçar o tra-balho realizado pela parceria liderada pela Petrobras.

A abertura de novo escritório no Rio de Ja-neiro evidencia também o crescimento da Galp Energia no Brasil. Irá permitir acomodar a crescente vaga de con-tratações e responder ao desafio técnico da actividade gerada pelas descobertas do offshorebrasileiro.

ACTIVIDADE EM ANGOLANo presente ano, um dos marcos da agenda

da Galp Energia no offshore angolano foi o início da perfuração do poço Lu-capa-6. O resultado poderá potenciar o desenvolvimento de um novo campo no bloco 14.

Outro projecto em curso é a execu-ção de sísmica 4D. Permitirá avaliar o comportamento dos reservatórios, passo

WEST TAURUSPlataforma semi-submersível no Brasil

UNIDADE FLUTUANTEFPSO CidadeAngra dos Reis

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mygalp DEZEMBRO 201012

destaque 350 organizações presentes

a edição de 2010 do Portugal Tecnológico terminou com um balanço positivo dos participantes. Com mais de 36 mil visi-tantes e 350 empresas, o certame reuniu profissionais e público no maior evento de tecnologia e inovação em Portugal.

Delegações de países como os Estados Unidos, Canadá, China, Brasil, Rússia, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Ar-gélia marcaram presença, demonstrando o reconhecimento da capacidade tec-nológica e de inovação de Portugal em domínios como a mobilidade, energia e modernização administrativa.

TRABALHO POSITIVOO pontapé de saída foi dado por José Só-crates, que chegou ao Parque das Nações de metropolitano, para comemorar o Dia Europeu sem Carros. O primeiro-minis-tro teve tempo para visitar os pavilhões do Portugal Tecnológico e experimentar um veículo eléctrico auto-guiado, algo que considerou como “andar num elevador horizontal”. Durante a sessão de abertu-ra, José Sócrates defendeu que o trabalho feito na área das tecnologias de infor-mação e comunicação nos últimos anos tem sido muito positivo, deixando claro que os resultados alcançados permitem continuar a investir neste domínio.

Por seu lado, o ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento, José Vieira da Silva, considerou que a organização de mais um Portugal Tecnológico mostra que o evento se tornou “uma iniciativa que se tem vindo a consolidar” no pano-rama nacional e já com raízes profundas na nossa economia. Além da exposição de soluções, o evento foi palco de diversas conferências paralelas, com destaque para a Gov 2.0, organizada pela Agência para a Modernização Administrativa em parceria com a Secretaria de Estado da

PORTUGAL TECNOLÓGICO

Uma aposta no futuroDezenas de milhar de pessoas interagiram na FIL, em Lisboa, com a tecnologia e inovação feita em Portugal

Modernização Administrativa. Por ali passaram vários especialistas internacio-nais para falar de temas como o “governo aberto”, caso de Jane Fountain, directora do Centro Nacional para o Governo Di-gital e professora de Ciência Política e Política Pública da Universidade de Mas-sachusetts Amherst, nos Estados Unidos, ou David Eaves, especialista em políti-cas públicas e membro do Centro para o Estudo da Democracia, Universidade de Queens, Canadá. No âmbito desta conferência foram abordados projectos concretos, como documentos de iden-tificação electrónica ou balcões únicos.

O Portugal Tecnológico promoveu 26 conferências no âmbito do seu programa

oficial, com a participação de oradores nacionais e internacionais, contando com a presença de mais de três mil profissio-nais. As conferências, transmitidas via Internet para todo o mundo, afirmaram--se como um relevante pólo de atracção do evento e um importante ponto de de-bate sobre tecnologia e inovação nas mais diversas áreas, abrindo portas a novos avanços tecnológicos em Portugal.

André Ribeiro, administrador execu-tivo da Galp Energia, foi um dos oradores presentes. Abordou o tema “Energia, de-senvolvimento e emprego”, onde fez uma perspectiva do enquadramento energé-tico para o futuro. Também abordou o sector refinador europeu e português, em particular o projecto de conversão das refinarias da Galp Energia e o impacto

O evento pretendeu dar a conhecer as novidades das empresas participantes

ESPÍRITO POSITIVOEntrada do evento e acesso à Praça da Energia

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do plano de investimentos da empresa na economia nacional.

O evento, a maior mostra de inovação e tecnologia em Portugal, pretendeu dar a conhecer as novidades das empresas participantes, desde start-ups até às multinacionais a operar em Portugal, abrindo portas ao diálogo e à partilha de conhecimentos. O Portugal Tecnoló-gico deu a possibilidade às empresas de apresentarem as suas soluções tecnoló-gicas. Também as incentivou a interagir com outros agentes do mercado, para melhorar os seus produtos e serviços, de forma a crescerem e criarem valor no mercado nacional e internacional. Mostrou os avanços realizados na Admi-nistração Pública nos últimos anos, que lhe permitiram alcançar uma posição de liderança em matéria de e-gov na Europa. Mas, mais importante que esta evolução contínua, estão a ser preparadas e imple-mentadas novas soluções em benefício da relação entre o Estado, os cidadãos e as empresas e instituições.

A PRAÇA DA ENERGIAUm das grandes novidades da edição deste ano foi a Praça da Energia. Este novo espaço cativou a atenção de todos ao permitir às pessoas experimentarem as vantagens reais das energias alternativas e da mobilidade eléctrica.

A Galp Energia foi uma das empre-sas que durante os seis dias do evento se instalou na Praça da Energia. Tal como as outras, teve o objectivo de dar a conhecer aos transeuntes e visitantes as suas mais recentes inovações na área da tecnologia, apostando na implementação de solu-ções de mobilidade sustentáveis, também com recurso à utilização e promoção das energias renováveis.

Na Praça da Energia, para além de re-

colherem informação sobre o conceito de mobilidade energética e soluções tecno-lógicas, cuja inovação está assente numa base de sustentabilidade e ecoeficiência, os visitantes puderam experimentar con-duzir carros, motos, bicicletas e outros veículos eléctricos.

A TEKLan Party, outra estreia do certame, contou com a participação de muitos entusiastas dos jogos de com-putador, dando passos sólidos para ser também ela uma referência no futuro. Evento dedicado à tecnologia, comunica-ção, informação, inovação, conhecimen-to e entretenimento, convidou todos os entusiastas da tecnologia e dos jogos de computador a fazer novos amigos, na-vegar na Internet, jogar os mais recentes jogos online, ouvir música, ver filmes e

competir na nova vertente desportiva, os electronic sports.

A edição deste ano do Portugal Tecno-lógico permitiu uma interactividade com os visitantes ainda maior. Estes puderam conduzir veículos eléctricos, interagir com robôs, jogar em consolas, experi-mentando, por exemplo, o primeiro jo-go português para a PS3. Ocupando três pavilhões, e não os quatro inicialmente previstos pela organização, pelo Portugal Tecnológico 2010 passaram milhares de pessoas interessadas nas novas tecnolo-gias e em conhecer projectos inovado-res promovidos por entidades públicas e privadas em áreas como a mobilidade eléctrica, energias renováveis, educação, saúde, comunicações, transportes e se-gurança, entre outras.

SEMPRE EM MOVIMENTOOs diferentes stands da Galp Energia receberam centenas de visitantes, entre eles vários responsáveis do governo nacional e de outros países

A PRESENÇA DA GALP ENERGIAA Galp Energia esteve presente no Portugal Tecnológico com um standonde se destacavam os projectos mais emblemáticos das áreas de Exploração

Distribuição da empresa em painéis colocados ao longo das suas paredes:

E&P Ilustração da presença da Galp Energia a nível mundial e maqueta representativa do corte geológico do pré-sal brasileiro.

REFINAÇÃO

DISTRIBUIÇÃOPresença da Galp Energia a nível ibérico.

A empresa esteve também presente na Praça de Energia, através da parceria com a Toyota, com um automóvel para fazer testes de condução e um ponto de carregamento eléctrico.

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mygalp DEZEMBRO 201014

destaque conferência energia, os próximos 30 anos

a dependência face ao petróleo está longe de chegar ao fim. As previsões vão no sentido de esta fonte de energia passar a integrar um mix energético no futuro, mantendo nele um papel importante.

Daqui a algumas décadas haverá com-plementaridade entre as diferentes for-mas de energia. Mas isso, por si só, não será suficiente. É essencial que haja maior eficiência energética para que o mundo possa continuar a evoluir. Foi essa a tese defendida por Nobuo Tanaka, presidente executivo da Agência Internacional da Energia (AIE), durante a conferência Energia, os próximos 30 anos, orga-nizada pela Galp Energia e pelo Diário Económico, que se realizou no Hotel Ritz, em Lisboa. Defendendo também a

PETRÓLEO E GÁS MANTÊM HEGEMONIA

Todas as energias são fundamentais As energias renováveis irão ter papel crescente na redução das emissões de CO

2, mas o petróleo e o gás

continuarão a ser essenciais nos próximos 30 anos

complementaridade de fontes energé-ticas durante a conferência, o professor catedrático do Instituto Superior Técnico (IST) Clemente Pedro Nunes disse que no leque das oportunidades de diversificação energética futura “incluem-se a biomas-sa, a hidroeléctrica, a eólica e o nuclear”.

DESAFIO ACELERADOManuel Ferreira De Oliveira, presidente executivo da Galp Energia, também disse que “todas as energias são fundamentais para fazer face ao desafio do acelerado crescimento demográfico mundial”. Se-gundo as projecções da Agência Interna-cional de Energia, a população mundial deverá passar dos actuais seis mil milhões para nove mil milhões em 2050.

“Complementares, e não alternativas” é o conceito que melhor define, segundo Manuel Ferreira De Oliveira, as energias renováveis e as energias fósseis. Este res-ponsável da Galp Energia afirma que “o mundo tem que trabalhar arduamente para encontrar combustíveis comple-mentares ao petróleo e ao gás natural. Isso implica um esforço conjunto. Não conheço nenhum líder na indústria pe-trolífera que se oponha às energias com-plementares. Há, sim, uma grande falta de comunicação do sector”.

Josef Waltl, presidente da Associação Europeia da Indústria Petrolífera (EU-ROPIA), disse, por seu turno, que as re-nováveis têm algum impacto e já respon-dem à procura, “mas não são um factor

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mygalp 15DEZEMBRO 2010

decisivo”. Acrescenta que elas não irão representar a maioria do mix energético nos próximos 30 anos, apesar das actu-ais condições favoráveis ao seu próprio desenvolvimento. Lembra também que nalguns países o negócio dos biocombus-tíveis está em sintonia com a cadeia de valor do petróleo e que algumas fábricas ficam até nas instalações das refinadoras. Por isso, não tem dúvidas de que “ainda haverá durante muito tempo petróleo disponível no mercado”.

Nobuo Tanaka considera que a hege-monia do petróleo e do gás natural se irá manter nos próximos 30 anos. Porém, destaca a necessidade de redução em cerca de 50% das emissões de dióxido de carbono (CO2) ao longo dos próximos 20 anos e que “serão necessários inves-timentos massivos nas energias renová-veis” para que isso aconteça.

Segundo o presidente da AIE, embo-ra haja vontade e empenho político em vários países, as nações desenvolvidas podem fazer ainda mais, sobretudo pa-

O FIM DO ISOLAMENTOIBÉRICO

Espanha e França necessitam de uma maior interligação eléctrica para a Península Ibérica prosseguir a sua aposta nas energias

evitando a instabilidade do sistema. Esta foi

na conferência

Espanha e Portugal não evita a necessidade de se utilizarem reservas de gás e de energia hidroeléctrica para manter o fornecimento quando a produção cai devido à falta de vento. Mas também salientou a necessidade que a Península Ibérica tem de fornecer electricidade

e Portugal à rede europeia “não é boa”. Por isso recomenda uma maior coordenação para concretizar a infra-estrutura necessária para

salientou que é essencial “uma maior ligação

apoiar mutuamente em momentos de

devido à grande quantidade de electricidade

para a estabilidade do sistema em casos

O evento contou com a presença do director

o custo da utilização de gás ou de energia hidroeléctrica para assegurar o fornecimento de electricidade seja tão elevado como se

com antecedência.

ra aumentar a capacidade de capturar e de armazenar CO2. Salienta que a redu-ção das emissões poluentes se vai sentir mais fortemente em países fora da OC-DE, principalmente na China e na Índia, potencialmente grandes poluidores no futuro, mas que este responsável acredita que irão evoluir positivamente nesta área.

A AIE integra 28 países e “tem como função mais importante acudir a situa-ções de instabilidade dos mercados e co-laborar na resolução de problemas que ocorram do lado da oferta”, diz Nobuo Tanaka.

O PAPEL DO CARVÃONobuo Tanaka teme que os governos não tomem medidas de prevenção, apesar de o aumento da procura projectado para 2050 ser de 84%. Este crescimento deve sentir-se especialmente no que toca ao carvão, e registar-se principalmente nas economias emergentes. Mas o presiden-te da AIE não tem dúvidas: para que se concretize a redução de CO2 em 50% “a procura terá de baixar”. Um dos gran-des desafios mundiais é a forma como o carvão irá ser utilizado, e não tanto o petróleo, o gás natural ou as energias re-nováveis. Ferreira De Oliveira diz que “é natural que países como a China e a Índia queiram usar os seus próprios recursos”. Para o evitar, propõe que o Ocidente co-

labore e apoie essas regiões de forma a optarem por fontes alternativas.

Nobuo Tanaka acredita que a de-

pendência do gás natural, actualmente de 81%, poderá descer para 49%. Mas adianta que este combustível “irá posi-cionar-se como uma fonte muito impor-tante no futuro próximo” e ter “um papel relevante na transição para as energias mais verdes”.

Na conferência Energia, os próximos 30 anos, o presidente executivo da AIE previu que o preço do petróleo possa aumentar para mais de 120 dólares por barril em 2050, se nada for feito. Adver-tiu mesmo os presentes de “que a era do petróleo barato acabou”.

RENOVÁVEIS

da Associação

os custos energéticos para assegurar o fornecimento de electricidade de

demasiado elevados

NOBUO TANAKAO presidente da AIE considera que a procura de energia tem

2até 2050

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capa empreendedorismo e orientação para os resultados

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mygalp 17DEZEMBRO 2010

EVOLUIR CRIANDO VALOR

A capacidade de ir mais longeOs empreendedores constroem obras duradouras mantendo-se permanentemente orientados para os resultados

quando o chefe de Jeff Bezos, jovem analista de fundos de cobertura, lhe pediu que investigasse oportunidades empresa-riais da Internet, em 1994, ele descobriu que os livros se encontravam no fundo da lista de produtos comercializados através deste meio. Mas nessa altura já existiam clubes de livros e empresas como a Bar-nes & Noble e a FNAC, por exemplo, que tinham introduzido o conceito de gran-des lojas de livros, com inventários que podiam ultrapassar os 100 mil títulos. E se houvesse um serviço onde se pudesse aceder a milhões de livros diferentes, de todos os temas?, interrogou-se Jeff Bezos. O resultado foi a amazon.com.

O negócio começou a partir da sua ga-ragem, em Bellevue, Washington, Esta-dos Unidos. O empresário Nick Hanauer acreditou na ideia de Jeff Bezos e apostou

nela 40 mil dólares. No final de 1999, a empresa já superava os mil milhões de dólares de vendas.

Esta é uma história de empreendedo-rismo, de alguém que teve uma boa ideia e sentiu que havia nela uma oportunidade. Envolveu no seu projecto outras pessoas e transformou a ideia num negócio de sucesso, que, como os outros, teve os seus altos e baixos, mas que ainda per-dura, porque teve capacidade de inovar e reinventar-se.

CAPACIDADE DE CONSTRUIRUma das melhores aptidões dos empreen-dedores, também ao nível dos negócios, é a sua capacidade de construir com sucesso obras que durem para lá da sua existência, tal como salienta Belmiro de Azevedo, presidente da Sonae. Para que isso acon-

DECIDIR COMRAPIDEZUma cultura de intraempreendedorismo é crucial nas organizações e empresas da actualidade.É uma responsabilidade partilhada

teça, é essencial a educação, como refere Fernando Guedes, presidente da Sogrape, ou seja, que haja conhecimento dentro da empresa, pessoas preparadas para os tempos bons e os menos bons, com ca-pacidade para perceber a necessidade de inovar, mudar, decidir e enfrentar novos desafios, porque o universo dos negócios

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bustíveis Gforce, ou a garrafa Pluma, que tantos prémios internacionais e nacio-nais recebeu, ou os sacos para betumes – Bitubags, ou a nova área de negócio de soluções (integradas) de energia, ou a gama de serviços Natural Comfort, ou as novas embalagens de lubrificantes. Mas também ao nível de grandes projectos transformacionais, como a reconversão de todo o aparelho refinador do Grupo, a consolidação dos negócios em Espanha e em África, os projectos ambiciosos de

“as melhores iniciativas neste domínio exigem um sentido do colectivo, da equi-pa, exigem pôr em comum um conjunto diverso de recursos e competências da organização e finalmente exigem um espírito de abertura e integração”.

No caso da Galp Energia, basta ver exemplos como o Concurso Hotspot De-sign, que envolveu centenas de projectos e participantes e seleccionou dois novos aquecedores de esplanada, ou o modelo de lojas Tangerina, ou a linha de com-

nunca é estático nem facilmente previsível.“Em termos individuais, a nossa ca-

pacidade empreendedora está depen-dente do nosso método, esforço, for-ça de vontade, talento, competências e, naturalmente, da nossa vontade de correr riscos calculados”, diz João Nuno Mendes, director de Inovação, Desen-volvimento e Sustentabilidade da Galp Energia. Acrescenta que não devemos, contudo, confundir o empreendedorismo com uma mera acção individualista, pois

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mygalp 19DEZEMBRO 2010

Fernando GuedesPresidente do Grupo Sogrape

O VALOR DA EDUCAÇÃOGostava de começar por sublinhar a recente atribuição à Sogrape Vinhos do troféu Produtor Europeu do Ano, um galardão considerado como o “Óscar” da indústria do vinho e que ao longo dos anos tem distinguido os nomes mais prestigiados do sector em todo o mundo. E se não escondo um natural orgulho pela conquista deste troféu é porque ele representa o máximo reconhecimento a nível internacional de uma empresa portuguesa que nunca perdeu o seu cariz familiar, sendo hoje dirigida pela terceira geração do seu fundador e meu Pai, Fernando Van Zeller Guedes, à luz dos mesmos valores éticos e morais por ele prosseguidos. Quando me perguntam qual o segredo do percurso da Sogrape Vinhos até à liderança do mercado nacional e ao rasgar de fronteiras num bem sucedido processo de internacionalização, costumo dizer que assenta, acima de tudo o resto, e como em muitas boas empresas, no valor inestimável da educação, entendida esta como a capacidade de transmitir aos colaboradores e ao mercado valores tão simples mas tão decisivos como o respeito,

o saber estar e viver no quadro de uma exigente cultura de excelência. Foi isto que o meu Pai nos ensinou, que

colaboradores – e que eles, felizmente, têm sabido preservar e adaptar à realidade dos novos tempos sem nunca perderem o sentido de família e de pertença que se mantém vivo na empresa. É evidente que a Sogrape Vinhos nasceu aberta à inovação – ou não fosse o seu fundador o criador do Mateus Rosé,um vinho que surpreendeu o mercado e conquistou o mundo; é sabido que a Sogrape sempre apostou na modernidade e na internacionalização das suas marcas premium; é indesmentível que a empresa tem sabido crescer e assegurar uma boa rendibilidade dos seus investimentos. Mas também é perfeitamente claro que a Sogrape Vinhos privilegia, acima de tudo, uma política de crescimento sustentado e socialmente responsável, reinvestindo uma parte muitíssimo

valioso património humano e imobiliário. É uma forma de estar. É uma questão de educação. Desde 1942.

No caso da Galp Energia, não faltam exemplos de inovação e sucesso, com base na orientação para os resultados

E&P (petróleo e gás natural), nomeada-mente no Brasil e em África, o projecto de biocombustíveis de 2.ª geração, o projecto Soma, de musculação da força comercial da Empresa, o projecto Tiger, de inte-gração de infra-estruturas ibéricas de comunicações e informação de gestão, o projecto integrado de comunicação inter-na mygalp e a Academia Galp Energia, um programa de formação estruturante de médio/longo prazo, entre outros. Fe-lizmente, em Portugal temos tido sempre

exemplos de bons empreendedores, dos pequenos aos grandes projectos. Há por cá muitos portugueses com boas ideias. Também não faltam pessoas com von-tade de executar as ideias, capacidade para unir outros à sua volta e motivá-los para o objectivo e conseguir superá-lo com sucesso.

Podemos encontrar essa motivação em D. Afonso Henriques, o fundador do País, na sua vontade de alargar os horizontes do pequeno Condado Portucalense. Tam-

SALA DE CONTROLOda Central de Cogeração

CONJUGAR ESFORÇOSEmpreender é correr riscos e alinhar equipas em torno dos mesmos objectivos

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bém no Infante D. Henrique, na sua visão e aptidão para levar os outros a descobrir novas terras e outras rotas comerciais, ou no empenho do Marquês de Pombal na reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755. Motivação semelhante teve com certeza Américo Amorim, para trazer o valor do negócio da cortiça para Portugal, Belmiro de Azevedo, para criar e conso-lidar um dos maiores grupos económicos nacionais, Fernando Guedes, quando colocou o mundo a beber Mateus Rosé, Rui Nabeiro, quando pôs café torrado no Interior Alentejano em todos os cantos do

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território nacional, ou Dionísio Pestana que construiu hotéis em quase todos os sítios onde se fala português. São ape-nas alguns dos exemplos maiores e mais mediáticos. Mas também há os caiaques Nelo, de Manuel Ramos, que equipam a maioria das equipas olímpicas da moda-lidade, ou o mobiliário escolar premiado da Nautilus, de Vítor Barbosa. E tantos, tantos outros…, que permitem verificar que não falta criatividade em Portugal.

Para além da capacidade de empreen-der, todos estes exemplos só podem ser considerados bem sucedidos por causa também da sua aptidão para se manterem orientados para os resultados. Para isso, para além de manifestarem vontade e

compromisso para alcançar e superar metas estabelecidas, utilizam, de for-ma eficiente, os recursos disponíveis e criam valor para as suas empresas usando mecanismos quantitativos de acompa-nhamento e avaliação das actividades e dos resultados económico-financeiros.

No conjunto dos valores que suportam a Visão e a Missão da Galp Energia, o bi-nómio “empreendedorismo e orientação para os resultados” representa, de forma

efectiva e simultânea, o objectivo final de qualquer negócio, o princípio base orien-tador de qualquer empresa e a melhor ati-tude profissional e cultural relativamente à participação e responsabilização das pessoas em qualquer organização – ainda para mais num contexto global de novos paradigmas e desafios transformacionais a todos os níveis: económicos, sociais e tecnológicos; nacionais e internacionais; culturais, ambientais e empresariais.

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mundo mobilidade

TRANSPORTE AUTOMÓVEL

Novo paradigma é realidade ou mito?Os combustíveis fósseis ainda estão para durar, mas avança-sehoje para uma gama mais alargada de soluções.

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reduzir a dependência do petróleo, di-versificar as fontes energéticas ou cum-prir as metas traçadas no que respeita às emissões de gases com efeito de estufa são objectivos que bem conhecemos, mas para os quais o sector dos transportes não tem conseguido encontrar respostas. “Afinal de contas, passadas décadas de promessas, tudo parece estar na mes-ma”, diz Tiago Lopes Farias, professor de Transportes, Energia e Ambiente no Instituto Superior Técnico (IST). Acres-centa que gasolina e gasóleo continuam a dominar o sector e que as novas soluções continuam a não passar de promessas interessantes. “Mas será que é apenas um problema tecnológico?”

CONSUMIDORES DECIDEMPara José Ramos, presidente da Caetano-Bus, a mudança de paradigma decorrerá ao ritmo que os consumidores vierem a impor, viabilizando as melhores alterna-tivas que o mercado tiver para oferecer. “A experiência diz-nos que a proposta mais rapidamente adoptada pelos con-sumidores será a que venha a oferecer a melhor eficiência pela forma mais prática e sem limitações no uso.” Para o pro-fessor Clemente Pedro Nunes, do IST, uma competição saudável entre veículos com motor a gasolina, a diesel, híbridos e eléctricos “conduzirá a uma optimização global do sistema, que será benéfica para consumidores e sociedade em geral”.

Tiago Lopes FariasProfessor no Instituto Superior Técnico de Transportes, Energia e Ambiente

SMART É PALAVRA DA MODA… SEJA LÁ O QUE QUEIRAM DIZER COM ISSOEstou convencido de que, se queremos chegar a 2020 com um sector mais

maneira de actuar a quatro níveis: na forma como planeamos as nossas cidades; no modelo de gestão integrada da mobilidade urbana; na promoção de novas tecnologias automóvel e respectivas fontes energéticas, e, por último, numa alteração profunda da nossa atitude perante o produto automóvel.Sem cidades mais compactas e bem servidas de transportes públicos, sem estratégias de mobilidade integradas, onde o automóvel complemente os restantes modos, sem tecnologias mais

compreendermos que a mobilidade não é

alterar o rumo insustentável actualmente traçado.E para isso é preciso inteligência…emocional, tecnológica, estratégica e política. “Smart passou a ser a nova palavra da moda, mesmo sem sabermos

smart cities, smart driving, smart charging… em suma, inteligência em muitas direcções mas que, sem a nossa própria inteligência devidamente orientada, de pouco servirá. E será que estamos preparados para sermos mais inteligentes?

António Pereira JoaquimGestor de Comunicação da Nissan Iberia

O INÍCIO DE UMA NOVA ERAO Nissan LEAF é um primeiro passo fundamental para estabelecer a era da mobilidade de emissão zero. No entanto, a empresa reconhece que as tecnologias de motor de combustão interna (ICE) irão ainda desempenhar um papel vital no transporte global nas próximas décadas. Para alguns consumidores, o Nissan LEAF será o parceiro perfeito e o único automóvel de que alguma vez irão necessitar. Para outros, será uma adição lógica à frota familiar, a escolha ideal para as distâncias diárias, por exemplo. O veículo pode ser carregado em menos de 30 minutos com um carregador rápido ou em casa, ou num carregador público normal em seis a oito horas, dependendo da voltagem da corrente utilizada. Enquanto as emissões zero são o objectivo último, a Nissan está empenhada numa inovação contínua em tecnologias ecológicas que aumentem

Assim, oferece uma abrangente série de tecnologias automóveis, incluindo a sua caixa automática de variação contínua CVT, paragem e arranque do motor auralenti, HEV, motores diesel limpos e pesquisa e investimentos contínuos em tecnologia de veículos com célula de combustível (hidrogénio). Com o Nissan LEAF inicia-se uma nova era para a Nissan e uma nova era para a mobilidade.

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mundo mobilidade

Ao mesmo tempo que a oferta de propostas híbridas está a aumentar em todas as marcas, começa a assistir-se às primeiras soluções funcionais de electrificação do automóvel através dos híbridos eléctricos Plug-in (PHEV) e ao aperfeiçoamento dos veículos 100% eléctricos. Já há várias soluções, mas não existe uma que satisfaça, em simultâneo, as necessidades de mobilidade do ser humano conjugadas com as de baixar o impacto no meio ambiente.

Carros eléctricos, híbridos, a hidro-génio, etc., precisam de evolução tecno-lógica para se tornarem num modo de deslocação com capacidades similares aos actuais. Mesmo os veículos a eta-nol, grande aposta do Brasil, perderam força perante os investimentos que este país faz actualmente na exploração de combustíveis fósseis. Várias empresas disponibilizam soluções nesta verten-te. É o caso da Ford, cujos veículos da gama Flexifuel são movidos com uma mistura de 85% de bioetanol e 15% de gasolina sem chumbo. O motor pode ser movido a gasolina ou a qual-quer combinação dos dois.

OPORTUNIDADE TECNOLÓGICAAtravés de um apoio mediático forte, o governo colocou o desenvolvimento dos carros eléctricos na agenda da política energética. Para os apoiantes, a opção pelos carros eléctricos é uma prioridade, pela oportunidade tecnológica e por as energias renováveis serem uma resposta ao problema da dependência do petróleo.

Em Portugal, os objectivos são am-biciosos. O Executivo pretende que na renovação anual da frota automóvel pú-blica pelo menos 20 % sejam com veículos eléctricos, para além de uma rede nacio-nal de mobilidade eléctrica com 1300 locais de abastecimento até final de 2011.

A intenção passa pelo apoio na compra de veículos eléctricos através da isenção do imposto de circulação, de um benefício fiscal em sede de IRS e de isenções fiscais em IRC para indivíduos e empresas que

optem pela sua aquisição. Consequên-cia directa do empenho do Executivo foi o lançamento recente, em Portugal, do Nissan LEAF. Concebido para ser um veí-culo eléctrico puro, é um dois volumes de tamanho médio que transporta cinco adultos e possui uma autonomia de 160 km graças às baterias de iões de lítio de-senvolvidas pela Nissan em parceria com a Nippon Electric Corporation (NEC).

“O Nissan LEAF é um feito incrível”, afirmou o presidente da Nissan, Car-los Ghosn, durante a apresentação do modelo. “Trabalhámos incansavelmente para que isto fosse realidade: lançar um veículo para o mundo real com emissões zero – não apenas emissões reduzidas. É o primeiro passo no que será uma ex-citante viagem para pessoas em todo o mundo, para a Nissan e para a indústria.”

“A nível nacional, estima-se que em 2020 o peso do consumo rodoviário na-cional dos carros eléctricos não chegará

a 1%”, diz Manuel Ramalhete, di-rector de Planea-mento Estratégico da Galp Energia. Acrescenta que, na ausência de um apoio mais directo

e concertado, a uma escala geográfica maior, a combinação de custos de produ-ção elevados e um volume de vendas di-minuto fará a quota de mercado mundial dos carros híbridos aumentar de 0,15% em 2008 para 6,1% em 2030, sendo que a dos carros eléctricos (incluindo os Plug-in híbridos) continuará marginal em 2030, com 0,3%.

BAIXA AUTONOMIARobert Stüssi, presidente da Associação Europeia para os Veículos Híbridos, a Bateria ou Célula Combustível, em en-trevista ao site Cars21, diz que as pro-jecções dos operadores apontam para uma penetração entre 5% e 25% dos veículos eléctricos na Europa em 2020, com excepção da Volkswagen, que é mais cautelosa e prevê valores entre 0% e 5%. Para a Renault, estes crescem para 5% a 10% e para a Ford para entre 15% e 20%. São valores optimistas, que podem estar

influenciados pelo desejo que estas em-presas têm de liderar o mercado global de veículos eléctricos.

A moderação destas previsões decor-re das dúvidas dos operadores quanto à fiabilidade e competitividade desta tec-nologia. Do ponto de vista ambiental, elevadas quotas de mercado dos veículos eléctricos poderão ser desejáveis, mas serão insuficientes se não forem acom-panhadas da descarbonização do sector da energia no seu todo.

Como a fiabilidade de autonomia das baterias continua dúbia, o desenvolvi-

O Executivo pretende uma rede nacional

com 1300 locais de abastecimento

José RamosPresidente da CaetanoBus

UMA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL INTEGRADA

a melhor forma de antever o futuro é inventando-o. Esta terá sido uma das máximas que terá levado a Toyota a apresentar, no ano de 1997, o primeiro híbrido de produção em série, o Prius, tendo aberto a “Caixa de Pandora” que levou a que se repensasse todo o paradigma da mobilidade, trazendo o ambiente para o centro das atenções do sector automóvel.Os mais de dois milhões de híbridos da Toyota (e Lexus) em circulação em todo o mundo até à data garantem à marca japonesa um conhecimento rico e uma experiência vasta para continuar a inovar e a apresentar novas soluções rumo a uma mobilidade sustentável…

automóvel ecológico, porque estamos num compromisso mais profundo. Se, no início, aspirávamos a complementar e/ou a substituir os motores de combustão interna por um “carro

que o futuro imediato reserva-nos mais do que uma alternativa de transporte ecológico que nos levará a construir uma mobilidade sustentável integrada.Às propostas de motores diesel e a

a apresentar ao consumidor novos híbridos (HV), que – com o lançamento anunciado de híbridos eléctricos Plug-in(PHEV), dos puros eléctricos (EV) e a célula de combustível (FCHV), entre outras propostas ainda em teste e em desenvolvimento – vão permitir aos utilizadores escolher a melhor solução para si mediante as necessidades de mobilidade individuais.

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mygalp 25DEZEMBRO 2010

mento dos veículos eléctricos ainda será lento. A disponibilidade de estações de troca de baterias e o desenvolvimento das smart grids (redes eléctricas inte-ligentes) serão necessários para a sua implementação. Países como a Holanda, por exemplo, estão a estabelecer pontos de carregamento destes veículos. Mas al-guns deles raramente são usados, porque as pessoas preferem carregá-los em casa.

“A realidade é que ainda ninguém definiu o modelo exacto de negócio pa-ra as diferentes modalidades da infra--estrutura de carregamento”, afirma

Robert Stüssi. “Ninguém sabe como os consumidores irão reagir e qual o modo de carregamento que escolherão.”

Como a maior parte da electricidade é produzida à custa dos combustíveis fós-seis, produzi-la para ser empregue para gerar energia para automóveis vai, no fundo, utilizar mais desses combustíveis.

O uso de carros eléctricos é uma so-lução gradual, mas não a do problema dos transportes. Este tipo de veículos poderá ter papel importante nas zonas urbanas. Para as grandes distâncias, em que a flexibilidade é muito importante, a

energia eléctrica deverá ter um contributo marginal.

Em 2030 continuará a haver muitos automóveis movidos a diesel e a gasolina. A longo prazo, quando o hidrogénio e a fusão nuclear forem alternativas, os carros eléctricos serão alternativas.

Para Manuel Ramalhete, a actual si-tuação não vai mudar no curto/médio prazo. A poupança de energia, o uso de energias renováveis e de combustíveis mais limpos fazem parte da solução, em que o paradigma do transporte automóvel se irá ajustando com o tempo.

ABASTECIMENTO Posto de carregamento de veículos eléctricos em Berkeley Square, Londres

Clemente Pedro NunesProfessor catedrático do Instituto Superior Técnico

OPTIMIZAÇÃO GLOBAL DO SISTEMAA liberdade conferida à mobilidade humana pelo automóvel marcou o desenvolvimento da vida quotidiana nos últimos 100 anos e está baseada em dois produtos petrolíferos: o gasóleo e a gasolina.A história do actual paradigma do transporte automóvel é a sua permanente optimização global, incluindo a energética. Neste quadro se insere a introdução dos automóveis híbridos, ou seja, que têm dois motores, um de combustão interna e o outro eléctrico. Já o automóvel dotado apenas de um motor eléctrico pode ser considerado como um novo paradigma, embora seja o retomar de um projecto com mais de século e meio. Qual a sua potencial vantagem? Caso o mix da electricidade utilizada seja maioritariamente renovável e/ou nuclear, as emissões globais de CO

2 serão bastante

reduzidas.Qual o seu grande obstáculo? A armazenagem químico-física da electricidade, ou seja, a existência de baterias relativamente leves, baratas e com uma capacidade de armazenagem que garanta uma autonomia de percurso médio de pelo menos 250 km.Neste aspecto, não é ainda clara a evolução que se irá registar na prática. Mas uma coisa é certa: uma saudável competição entre veículos com motor a gasolina, com motores a diesel, com veículos híbridos e ainda com automóveis eléctricos conduzirá certamente a uma optimização global do sistema, que será

sociedade em geral.

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entrevista manuel forjaz

EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Uma nova forma de ajudar os outrosO empreendedorismo social diz que apoiar os mais necessitados pode ser mais que um bom negócio espiritual

para manuel forjaz, fundador e direc-tor do Instituto de Empreendedorismo Social (IES), qualquer organização com impacto nacional tem uma capilaridade de comunicação e influência que podem ser aproveitadas para a criação de mais e melhores empreendedores sociais.

Quais as condições e/ou lacunas da nossa sociedade que motivaram a necessidade da fundação de uma or-ganização como o Instituto de Empre-endedorismo Social?

São de vários géneros. A sociedade ca-pitalista não resolve um conjunto de externalidades que cria e a sociedade ci-vil em Portugal tarda em organizar-se. O mercado da caridade é insuficiente e os sistemas de apoio público ao cidadão não cobrem todas as necessidades da popu-lação. Em face disto, houve um conjunto de indivíduos que, depois de terem feito uma pós-graduação na área do Empre-endedorismo Social no INSEAD (Institut Européen d’Administration des Affai-res), decidiram que queriam descobrir

instrumentos para ajudar a desenvolver empreendedores que resolvam alguns problemas. São os casos das inúmeras pessoas da terceira idade que vivem sozi-nhas, do abandono dos animais, da fome, da violência doméstica, da aceitação dos novos formatos familiares, da desertifi-cação do centro das cidades e do campo. Nada disto é considerado uma prioridade pelo capitalismo.

O baixo associativismo social e uma ci-dadania activa e profissional que se tarda em desenvolver motivaram os fundadores do Instituto de Empreendedorismo Social a lançarem-se nesta aventura.

O que é o empreendedorismo social? O que deverá motivar um empreen-dedor nesta área e quais os objectivos que deverá ter em vista?Esta é uma área científica ainda em defi-nição. A primeira pessoa que utilizou esta expressão foi Bill Drayton, fundador da Ashoka, a maior rede internacional de empreendedores sociais. Procura-os e ajuda-os a desenvolver com o apoio de bolsas e programas de formação.

Em termos científicos, a primeira publicação conhecida de um autor por-tuguês sobre o tema é de Filipe Santos, docente no INSEAD na área do empreen-dedorismo. E foi neste estabelecimento que o conjunto de pessoas por detrás da fundação do IES frequentou, em 2006, uma pós-graduação nesta área.

Ou seja, ainda ninguém sabe bem o que é. Mas posso tentar dar-lhe uma ideia de um conceito que ainda está em definição científica e académica.

O empreendedor social é alguém que identifica uma disfunção social e sente que a consegue resolver não perdendo dinheiro, em muitos casos ganhando di-nheiro, património ou reconhecimento. Fá-lo com uma lógica semicapitalista e economicista, ou seja, usa um conjunto de instrumentos com os quais planeia a sua acção. Mas está motivado por um forte impulso espiritual.

Há, claramente, uma nova geração de empreendedores sociais que sente quase ser sua obrigação o estudo, a regulação e a resolução dos problemas sociais que vai identificando.

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Não é, então, obrigatório acumular riqueza?Um empreendedor social ocupa uma área que até aqui era exclusiva das instituições particulares de solidariedade social. No início houve uma reacção negativa deste sector em relação aos empreendedores sociais, que eram acusados de ganhar dinheiro com os pobres. Mas hoje os re-cursos são insuficientes perante tantos dramas da sociedade moderna.

E se alguém conseguir melhorar a vida das 35 mil pessoas com mais de 75 anos que vivem no centro da cidade de Lisboa sozinhas, sem nenhum contacto huma-no? E se o fizer conseguindo pôr jovens a telefonar para elas todos os dias e cobran-do aos filhos o valor da chamada mais o trabalho, ganhando algum dinheiro? Não há razão alguma para não acreditar que este empreendedor pode acumular pa-trimónio, resolvendo, ao mesmo tempo, um grande problema social.

Quais são os contributos do Instituto de Empreendedorismo Social e de outras organizações envolvidas? O que é que foi feito e o que ainda está por fazer?O caso mais importante do IES tem sido o projecto ÉS+. É uma metodologia criada localmente em Portugal, por um conjunto de técnicos nesta área, com forte input do INSEAD. Identifica, numa determinada população e região, empreendimentos

sociais, empreendedores sociais ou pro-to-empreendedores sociais, pessoas que tenham uma ideia e a queiram executar. Sistematiza os modelos de funcionamen-to, cria os de aprendizagem, ajuda as pes-soas a crescer e aumentar o conjunto dos seus impactos e estuda depois modelos de réplica dessas intervenções noutras zonas e países.

Já há alguma prática de réplica nou-tros projectos, como o Vitamimos, que tem como principal objectivo intervir na prevenção da obesidade infanto-juvenil através da promoção de estilos de vida

BIOGRAFIA

Manuel Forjaz, economista pela Universidade Católica de Lisboa, é colaborador da K’cidade, programa de desenvolvimento comunitário urbano, e sócio fundador e director do Instituto de Empreendedorismo Social. É fundador e director-geral da Ideiateca Consultores, conjunto de empresas na área da consultoria de retalho, marketing e publicidade. É também professor de Marketing, Vendas, Criatividade, Marketing Pessoal, Empreendedorismo e Empreendedorismo Social no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Universidade Católica do Porto, Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) e Universidade Lusófona. É docente de Empreendedorismo no mestrado de Gestão da Universidade Nova.

saudáveis. Estão em estudo cinco ou seis delegações em todo o País. A Escolinha de Rugby, da Galiza, projecto que promove a inclusão social de cerca de 120 crianças e jovens em dois bairros problemáticos no concelho de Cascais, conta com 12 réplicas por todo o País e uma no Brasil.

Há já universidades portuguesas a avançar nesta área. Perceberam que mui-tos problemas sociais vão ser resolvidos, não por um Estado social em falência nem por organizações históricas na área da segurança social, mas pelos empreen-dedores sociais. Também entenderam que as empresas sociais precisam de um quadro científico de referência, de um modelo económico de réplica e escalabili-dade e de um quadro de investigação para medição das suas métricas de impacto. Tudo isto implica, como é óbvio, ensino e formação e investigação académica.

De que forma é que uma organização de grande dimensão, activa em diver-sos pontos do planeta, pode contribuir para o empreendorismo na área social?Primeiro, a própria organização pode envolver-se na promoção do empre-endedorismo social. É o que acontece, por exemplo, com o Banco Santander Totta, que é associado do IES. Percebeu há muito que o seu processo de aprendi-zagem com o Instituto pode ser aplicado internamente.

Depois, a organização pode fomentar o carácter empreendedor social em ca-da um dos seus colaboradores, tal como acontece na Abreu Advogados.

Por fim, utilizando a sua estrutura de distribuição, seja uma rede de agências, no caso de um banco, ou de estações de serviço, numa empresa distribuidora de combustível, pode promover uma cul-tura de empreendedorismo social junto dos cidadãos. Na área da energia, hoje é visível o aparecimento de novos em-preendedores sociais, por exemplo, nas áreas dos carros eléctricos, renováveis, partilha de automóveis, etc.

Qualquer organização com impacto nacional tem uma capilaridade de comu-nicação e influência que pode ser apro-veitada para a criação de mais e melhores empreendedores sociais.

CONCEITO RECENTEManuel Forjaz diz que o empreendedorismo social é uma área

em fase de estudo

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mygalp DEZEMBRO 201028

empresas alimentação

SUGALIDAL

Maior produtor europeu do sectorA empresa transforma centenas de milhar de toneladas de tomate e exporta 95% do que produz

durante décadas, sob o nome Sugal, esta empresa de cariz familiar localizada na Azambuja dedicou-se quase exclusiva-mente à transformação de tomate fresco, produzido na região, em concentrado de tomate e molhos para pizza.

Em 2007, com a aquisição da fábri-ca da Heinz em Portugal, localizada em Benavente, não só reforçou a sua posição no sector do concentrado de tomate como adquiriu também um negócio de retalho de produtos de tomate, passando a sua designação para Sugalidal. Passou, então, a ser proprietária da marca Guloso e a trabalhar para empresas de referência, como a Heinz, MacDonald’s, Panzani, Cargill e Dr. Oetker.

O mercado onde opera caracteriza- -se por ser global, sem qualquer espécie de barreiras, com forte competitividade entre países produtores.

A Sugalidal utiliza 100% de matéria--prima nacional e exporta mais de 95% da sua produção, contribuindo para o equilíbrio das contas de Portugal. Uma das maiores vantagens competitivas desta empresa é o facto de as suas duas fábricas estarem localizadas no centro dos dois maiores campos de produção de tomate no nosso País, nos concelhos de Azambuja e Benavente. A totalidade da matéria-prima da empresa é obtida num raio de 30 a 40 km em redor das unidades fabris e os fornecedores são os agricultores da região.

55 DIAS A LABORARA produção de concentrado de tomate está concentrada em 55 dias do ano, entre finais de Julho e finais de Setembro. No resto do ano, a actividade da Sugalidal concentra-se apenas na operação logís-tica de envio dos produtos aos clientes. Esta situação provoca que as necessi-

dades energéticas globais da empresa se concentrem num período de cerca de dois meses, onde é gasto 85% do seu consumo anual.

A Sugalidal produz todo o tipo de concentrados de tomate, e em diversos tipos de embalagens. É actualmente o maior produtor europeu do sector, ten-

do facturado 100 milhões de euros em 2009, valor que se deverá manter em 2010. A empresa transformou este ano mais de 500 mil toneladas dos 1,1 milhões de toneladas de tomate produzidos em Portugal.

Mais de 95% daquilo que produz des-tinam-se à exportação. Apenas a marca Guloso tem a sua actividade concentra-da em Portugal, sendo distribuída pelas principais cadeias de retalho. Os mer-cados da Sugalidal são essencialmente o Centro e Norte da Europa, o Reino Unido, os Países Nórdicos e o Japão.

RELAÇÃO DE PARCERIA

Pedro Paiva Couceiro, administrador da Sugalidal, diz que a sua empresa “tem na Galp Energia um parceiro”. Salienta que a constituição de aprovisionamentos, complexa devido à sazonalidade da actividade, e o processo de abastecimento durante a campanha têm corrido sempre bem. Actualmente está a decorrer a conversão da fábrica de Benavente para gás natural, o que já foi feito na Azambuja. É um “processo que se tem revelado positivo pela poupança de custos, mas sobretudo pela redução do impacto ambiental associado à nossa actividade”.

VANTAGEM COMPETITIVAA Sugalidal consome 100% de matéria-prima nacional e exporta 95% do que produz

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mygalp 29DEZEMBRO 2010

Aproxima-se uma nova era, onde a sociedade será mais exigente com a preservação do ambiente

NOVA ÁREA DE SERVIÇO DE MADRID

Um compromisso com o futuroA nova área de serviço de Ensanche Vallecas, Madrid, integra conceito mais amigo do ambiente

redução de ruídos na ordem dos 29 dcb, entre outras.

COMPROMETER AS EMPRESAS A inclusão de painéis solares térmicos e de sistemas de reciclagem nas instalações de lavagem, que aproveitam 85% da água, são algumas das medidas destinadas a optimizar, na nova estação de serviço de Ensanche Vallecas, o uso de energia e de recursos como medida de desenvol-vimento sustentável.

Aproxima-se uma nova era, onde a

sociedade estará cada vez mais preocu-pada com o meio ambiente e exigente e comprometida com a sua preservação. Para a satisfazer, é essencial o compro-misso das empresas, que devem integrar em todos os seus sistemas produtivos e comerciais e entre as suas pessoas esta preocupação de forma credível e transparente, sem perder a capacidade de adaptação às constantes mudanças provocadas pelo dinamismo dos merca-dos. Tendo em conta isto, a Galp Energia compromete-se com o desenvolvimento de políticas que acolhem estes valores sociais e representam directrizes de um projecto futuro, em particular na sua re-de de postos de abastecimento, na qual a política estabelecida com vista a um desenvolvimento sustentável será de-terminante para definir a arquitectura e funcionalidade das áreas de serviço do futuro.

a galp energia Espanha inau-gurou recentemente uma nova área de serviço em Ensanche Vallecas, Madrid, a primeira a integrar o conceito Tangerina Caffé na loja. Nela foram tam-bém realizadas várias inicia-tivas de poupança de energia e eficiência energética para preservar o meio ambiente.

PRESERVAR E MINIMIZAREntre as várias medidas des-tinadas a preservar a quali-dade do ar e a minimizar a emissão de gases com efeito de estufa sobre a atmosfera, a nova área de serviço inte-gra, por exemplo, o sistema Clean Air. Consiste essencial-mente na reciclagem do vapor emitido pela gasolina, na sua transformação em combustível líquido e posterior injecção directa na bomba de abastecimento da área de serviço. É um processo que oferece uma solução amiga do ambiente, em que cada mil litros de vapor recuperado equivalem a um litro de combustível líquido.

Foram também incorporados equi-pamentos de tratamento de águas que asseguram parâmetros de descargas inferiores a 5 mg/l e meios de controlo para minimizar riscos de contaminação do subsolo e águas subterrâneas.

Para limitar a produção de ruído e evitar a contaminação acústica/sonora foram implementadas medidas como a integração de equipamentos de lavagem dotados de barreiras, que permitem a

SUSTENTABILIDADENesta área foram tomadas várias medidas de poupança de energia

espanha negócios

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mygalp DEZEMBRO 201030

negócios retalho

está actualmente a decorrer a segunda fase do projecto Orange, de remodela-ção para o formato Tangerina das lojas de conveniência das áreas de serviço de gestão directa da Galp Energia.

CAMINHO DO FUTUROEm 2008, a empresa iniciou o caminho do futuro da sua oferta de conveniência. Perspectivado por uma equipa multidis-ciplinar de especialistas de Retalho, cujo objectivo central foi o estudo e análise das tendências e hábitos de consumo mais recentes, visou reequacionar o modelo

LOJAS TANGERINA

A marca de uma relação próxima

Das inúmeras novidades e vantagens do conceito Tangerina, da Galp Energia, destaca-se a Tangerina Caffé, espaço exclusivo de cafetaria com uma vasta gama de novidades e sabores. Nele são disponibilizados diversos produtos frescos, saudáveis, exclusivos, de elevada qualidade, para levar ou consumir no local.

de negócio e a oferta das lojas de toda a rede de postos Galp Energia.

Foi assim que surgiu o projecto Oran-ge, que deu origem a uma mudança pro-funda e a um novo impulso para a con-veniência na empresa.

O projecto teve como principais ob-jectivos a revisão do conceito de conve-niência e o aumento da rentabilidade do negócio na rede própria da empresa. Envolveu diferentes medidas relacio-nadas com a criação de novos negócios, excelência operacional, marca, processos logísticos e imagem das lojas.

As lojas Tangerina surgiram, assim, como resposta às exigências do mercado e dos clientes, e apresentam uma oferta de conveniência suportada pelas assina-turas Tangerina (“Muito Conveniente”) e Tangerina Caffé (“Encontro de Sabores”).

Actualmente encontram-se sob o novo formato 20 lojas. A segunda fase do pro-jecto prevê a remodelação de mais 75, 23 das quais até ao final de 2010 e as restantes 52 durante o ano de 2011. Com a conclusão da remodelação, a insígnia Tangerina será estendida à maioria das lojas de conve-niência dos postos Galp Energia.

UNIVERSO DE CONVENIÊNCIA Tangerina é a marca e o rosto de uma relação mais próxima e emocional que a Galp Energia está a estabelecer com os seus clientes. Para além de o nome estar fortemente associado a frescura e positividade, a referência Tangerina já faz parte do património da Galp Energia, consolidando o universo de conveniência numa única insígnia.

As Lojas Tangerina surgiram como resposta às necessidades dos clientes

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mygalp 31DEZEMBRO 2010

POSTOS GALP BASE

Um conceito diferenteA Galp Energia testa em Setúbal o seu posto

PARTICIPADA DA GALP ENERGIA NA GUINÉ-BISSAU

Petromar comemora 20 anosEmpresa guineense do Grupo Galp Energia tem hoje um volume de negócios anual de 30 milhões de euros

a galp energia decidiu segmentar a sua oferta através do lançamento de um novo conceito de posto de abastecimento, o Galp Base, onde a empresa oferece apenas produtos combustíveis, sem serviços nem os restantes atributos que constituem a proposta de valor da sua rede.

APOSTA EM SETÚBALSetúbal, mercado em forte diferen-ciação por parte de todos os ope-radores, foi a região seleccionada para implementar o posto de combustível Galp Base, que permitirá testar a reac-ção dos clientes e alargar as alternativas actualmente existentes no mercado da

distribuição de combustíveis: postos de companhias petrolíferas e indiferencia-dos de marca branca ou hipermercados.

O Galp Base não possui serviços adi-

cionais (lavagem automática ou jetwash,loja de conveniência, estação de servi-ço, restauração, etc.), funcionando em formato self-service, com pagamento à saída. Não tem mecanismos de fideli-zação nem promoções e descontos e está aberto entre as 7 e as 24 horas. Nele, o pagamento é feito em numerário, cartão

de crédito ou de débito.Os produtos comercializados

neste tipo de posto são combustí-veis sem aditivos de performance,estando disponíveis apenas gasó-leo, gasolina 95 e gasolina 98, iguais aos fornecidos nos postos de marca branca e hipermercados. Este con-ceito é a resposta ao segmento de clientes que decide onde comprar combustível apenas pelo preço.

Os postos Galp Base serão sem-pre um conceito complementar à rede tradicional da empresa, que

poderá alargar a sua presença a merca-dos e segmentos cujas necessidades se enquadram na oferta deste conceito, caso o teste em curso seja positivo.

LOCALIZAÇÃOSetúbal foi a região escolhida para implementar o novo posto

a petromar, empresa participada da Galp Energia, comemorou 20 anos em 2010 com um jantar de gala para 150 convida-dos, que contou com a presença de uma delegação da empresa composta por Fer-nando Gomes, Carlos Bayan Ferreira e Manuel Pereira, representante da Galp Energia na Guiné-Bissau.

VÁRIAS INICIATIVASNo evento estiveram presentes o presi-dente da Assembleia Nacional Popular e as ministras da Presidência e dos Negó-cios Estrangeiros da Guiné-Bissau, para além de diversos secretários de Estado, do embaixador de Portugal e de outros membros do corpo diplomático.

Aos presentes foi oferecido um espec-táculo de dança e cultura africanas, onde participaram diversos artistas guineen-ses. O jantar terminou em festa, com a entrega de diplomas aos trabalhadores que estiveram na fundação da Petromar.

Para além do jantar de gala, as come-morações do 20.º aniversário ficaram marcadas por outras iniciativas, como a entrega do prémio de melhor pintura de um concurso alusivo ao evento. No dia de

aniversário da Pe-tromar realizou-se o encontro de fute-bol para encontrar o campeão da Liga patrocinada pela empresa, onde partici-param 32 equipas das diferentes divisões do futebol guineense. O jogo foi realizado no Estádio Lino Correia e contou com a presença de milhares de espectadores. A equipa de futebol dos Portos de Bissau saiu vencedora. Foi também oferecido um jantar a todos os trabalhadores da em-presa e respectivos cônjuges e entregue uma medalha a todos aqueles que contam com 20 anos de actividade ao serviço da companhia.

BOAS-VINDASFernando Gomes e Carlos Bayan Ferreira recebem os convidados

No jantar estiveram presentes vários membros do governo da Guiné-Bissau

aniversário negócios

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mygalp DEZEMBRO 201032

negócios meios de pagamento da galp energia

o cartão galp frota não é apenas um meio de pagamento, é uma ferramenta de apoio à gestão de frotas que, para além de duas vantagens básicas – o crédito e o desconto –, inclui serviços, funcionali-dades e relações comerciais onde a pro-ximidade e disponibilidade para suprir as necessidades dos clientes são factores críticos de diferenciação.

Os novos serviços e funcionalidades vão sendo desenvolvidos de acordo com as diferentes necessidades dos segmentos de mercado, de forma a irem ao encontro da satisfação dos clientes da Empresa. Por isso é natural que, um ano após o seu lançamento, o cartão Galp Frota Profis-sional tenha atingido já 2500 utilizadores em toda a Península Ibérica.

Até 2009, a Galp Energia disponi-bilizava aos seus clientes empresariais apenas um tipo de cartão de combustível, apesar de a oferta da empresa ser distinta para segmentos diferentes, conforme o tipo de contrato estabelecido.

ESTRATÉGIA COMERCIALFruto de uma estratégia que privilegia a segmentação de mercado e visa a ade-quação do Galp Frota às necessidades dos diferentes segmentos, foram defini-dos dois targets comerciais – frotistas e transportistas – e adaptadas as propostas

CARTÕES GALP FROTA

Mais e melhores ferramentas na base do sucessoServiços e funcionalidades diferenciadores são desenvolvidos de acordo com a segmentação do mercado, para ir ao encontro das necessidades dos clientes

de valor para cada um deles. Lançou-se, neste contexto, uma proposta reforçada, traduzida numa nova oferta dirigida es-sencialmente para empresas de trans-porte de mercadorias e passageiros. O cartão Galp Frota Profissional vem dar resposta às necessidades específicas deste segmento com potencial de crescimento significativo para a Galp Energia.

Foi, também neste contexto, desen-volvido o rebranding do Galp Frota, para marcar a dualidade da evolução do

produto e reforçar a tangibilização das novas propostas comerciais. A expressão visual dos cartões passou a ser distinta em ambos os segmentos: o cartão Galp Frota, para empresas frotistas, e o cartão Galp Frota Profissional, dirigido às de trans-porte de mercadorias e de passageiros.

Em paralelo com o lançamento do no-vo cartão e o rebranding que o suportou, a proposta Galp Frota foi reforçada em al-gumas vertentes. No plano comercial e da gestão de clientes, um manual Galp Frota, novas propostas comerciais estruturadas de raiz, comunicação electrónica, esta-cionário Galp Frota, outros materiais de apoio à venda e um pack de boas-vindas para clientes directos após a contratação, com informação para o gestor de frota, são exemplos desta evolução. Os cartões passaram a ser disponibilizados com uma nova carteira Galp Frota, que contempla um folheto informativo com resposta a uma série de questões comuns sobre as suas funcionalidades, procedimentos em caso de extravio ou furto, contactos, etc. Adicionalmente, foi disponibiliza-do o Serviço de Atendimento Ibérico ao Cliente Galp Frota, disponível 24 horas por dia.

Adaptando e reforçando a oferta, actualizando a imagem, repensando as ferramentas de apoio ao gestor de cliente, melhorando as de comunicação com o cliente, os cartões Galp Frota passaram a oferecer hoje mais valor, mais vantagens, e têm uma nova cara. E por isso também mais clientes.

INFORMAÇÃOAs mudanças no cartão decorreram em paralelo com novas iniciativas de comunicação

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a exploração comercial daquela que é actualmente a maior central de co-geração a operar em Portugal, a Sine-cogeração, cogeração da refinaria de Sines, ultrapassou recentemente o seu primeiro aniversário. Pilotadas pela equi-pa da Fábrica de Utilidades da Refinaria de Sines, com uma disponibilidade de 97%, as duas turbinas a gás colocaram, no primeiro ano de operação, 656.006 MWh na Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP), o que equiva-le a cerca de 80% da energia eléctrica consumida no con-celho de Sines.

MAXIMIZAR VALORAo longo destes 12 meses de operação, o rendimento eléc-trico equivalente (REE) médio anual cifrou-se em 79%, em linha com o valor homologado

trabalho de equipa negócios

COGERAÇÃO DA REFINARIA DE SINES

Um ano de sucessoO projecto resultou do trabalho integrado de uma equipa multidisciplinar que envolveu diferentes sectores da empresa

pela Direcção-Geral de Energia e Geo-logia. Para a sua obtenção, foi decisiva a estabilidade do consumo de vapor por parte da refinaria, coincidente com o caudal médio de 220 t/h assumido no modelo económico inicial do projecto. O consumo de gás natural foi estável ao longo de todos os meses, totalizando 252

milhões de m3(n). A criação de valor con-solidado pelo projecto para o Grupo Galp Energia valida, com segurança e de forma sustentável, os critérios de avaliação de rendibilidade que suportaram a decisão de investimento.

O sucesso do projecto que levou à en-trada em actividade da Sinecogeração deve-se principalmente ao trabalho de equipa efectuado pelos diversos sectores da Galp Energia envolvidos. Cumprindo com as exigências da directiva europeia, o concurso para a empreitada seguiu o modelo de contratação pública inter-

nacional, aspecto decisivo na ma-joração em 75% do financiamento concedido pelo Banco Europeu de

Investimento (BEI) ao projecto. A equi-pa das Finanças Corporativas da Galp Energia está indissociavelmente ligada àquele que viria a ser o primeiro sucesso do projecto.

Por outro lado, foi essencial a colabo-ração do AQS Corporativo da Empresa no acompanhamento dos trâmites legais para obtenção das licenças necessárias ao funcionamento da central de cogeração.

COMPETÊNCIA E EXPERIÊNCIANo início do projecto, a equipa da Galp Power contava com um portefólio de três centrais de cogeração em operação em clientes industriais externos. Isto per-mitiu incorporar a experiência adquirida, que, associada à competência técnica dos elementos da refinaria de Sines dedica-

dos ao seu acompanhamento, foi decisiva na especificação técnica da nova central de cogeração.

Por fim, a competência e experiência da equipa de ges-tão e fiscalização do projecto permitiu detectar, ao longo das diversas fases de imple-mentação, um conjunto de oportunidades que viriam a demonstrar-se decisivas na criação suplementar de valor para o projecto e para a pró-pria refinaria de Sines.

SINECOGERAÇÃOA maior unidade de cogeração do território nacional

PROFISSIONAISO sucesso do projecto deveu-se muito ao trabalho das pessoas envolvidas

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inside unidade de desenvolvimento de biocombustíveis

a unidade de desenvolvimento de Bio-combustíveis (UDB) foi criada na Galp Energia em 2007, para responder ao compromisso português de antecipar 10 anos a incorporação de biocombus-tível nos combustíveis fósseis em relação ao calendário estabelecido pela União Europeia (UE). Desde a primeira hora que a unidade se propôs a usar critérios de sustentabilidade ambiental e social.

Houve, pela primeira vez em 2009, na directiva RED (Renewable Energy Direc-tive) da UE, um quadro muito claro so-bre as obrigações que os biocombustíveis têm de cumprir para serem considerados sustentáveis.

Neste momento, e após a transposição da directiva comunitária para Portugal, há inclusive uma organização portuguesa que vai fazer a verificação dos critérios de sustentabilidade, o Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia (LNEG). Por tudo isto, existe um quadro onde a Galp Energia, pode garantir a validação do trabalho de antecipação feito desde 2007.

Na RED há três objectivos que susten-tam a produção de biocombustíveis. O primeiro é a sua sustentabilidade, porque este negócio só faz sentido se houver uma efectiva economia de dióxido de carbono (CO2). O segundo objectivo é procurar, também, a diversificação das fontes de energia. O terceiro tem pouco impacto no território nacional e é a contribui-ção para o desenvolvimento rural. Mas é essencial nos países onde a Unidade de Biocombustíveis da Galp Energia de-senvolve projectos, os casos do Brasil e de Moçambique.

CRITÉRIOS NA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Sustentabilidade ambiental e socialEsta unidade está a desenvolver projectos de produção de biocombustíveis em Moçambique e no Brasil, fomentando, em paralelo, a melhoria das condições de vida e de trabalho das populações locais

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOO governo brasileiro definiu um progra-ma muito claro de desenvolvimento dos biocombustíveis. A Petrobras criou, até, uma empresa para produção e gestão de biocombustíveis, a Petrobras Biocombus-tíveis, a parceira da Galp Energia neste país, envolvendo-se pela primeira vez na produção.

O objectivo do projecto em que a Galp Energia está envolvida no Brasil é produzir 300 mil toneladas de óleo por ano, numa área total de 50 mil hectares. Envolve, também, compromissos com a

EQUIPA DA UNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS(UDB)FERNANDO BIANCHI DE AGUIARDesenvolvimento Agronómico da UDBHUGO PEREIRAProdução Supply e Distribuição de BiocombustíveisFERNANDA CARNEIROCoordenação e ControloBERNARDO FERREIRA DE LIMABelém Bioenergia Brasil EDUARDO JUNIORBelém Bioenergia Brasil GONÇALO BARRADASGalp Búzi JOSÉ PIMENTEL COELHOMoçamgalp MANUEL VASCONCELOSDesenvolvimento Agronómico NIKOLAOS BROUZOSSupply e Distribuição PEDRO MATEUSDesenvolvimento Agronómico

NO BRASILEduardo Júnior e Bernardo Ferreira de Lima

EM MOÇAMBIQUEJosé Pimentel e Gonçalo Barradas

actividade dos agricultores de pequena dimensão e unidades familiares.

A questão ambiental é, aqui, muito sensível, até porque a empresa desenvolve o seu trabalho no Pará, na faixa equato-rial, próximo da floresta amazónica. Por isso, a Galp Energia aderiu a um regime voluntário de certificação, o Round Ta-

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mygalp 35DEZEMBRO 2010

hectares, mas está previsto um cresci-mento até aos 50.000 hectares.

Há um pólo no Chimoio, com 650 hec-tares, onde é mais difícil o acesso à terra. Fica no meio de uma mancha agrícola, onde se está a negociar progressivamente com as parcelas envolventes, utilizadas essencialmente para o pastoreio.

A Galp Búzi, a antiga Companhia Co-lonial, teve de se abandonar a sua área de influência tradicional, fazendo um percurso para montante do rio Búzi, para a povoação de Chibabava, onde se obteve um Duat – Direito do uso e aproveita-mento de terra – de raíz. Aqui, a Galp Búzi é responsável pelo arranque dos projectos desde o zero.

Em Moçambique o objectivo é produzir 50 mil toneladas de óleo. Parte destina-se a ser consumido no país, para ajudar a implementar uma política de produção de biocombustíveis. Aqui, para além das suas unidades de produção, a Galp Ener-gia está a fomentar a dos agricultores locais, através de uma atitude proactiva, pelo fornecimento de sementes e apoio em relação a tratamentos fitossanitários, entre outros. Isso já contribuiu para que metade da produção de jatropha, deste ano da Galp Búzi tenha sido oriunda da agricultura local.

O projecto dos biocombustíveis da

DADOS CHAVE DOS PROJECTOS

MOÇAMBIQUE

37.000 haÁrea total prevista

31.000 tProdução de óleo de jatrophatotal prevista

2 directores-geraisNúmero de colaboradores envolvidos

até 700 durante o ano agrícolaNúmero de empregos directos e indirectos

BRASIL

50.000 haÁrea total prevista

300.000 t/anoProdução de óleo de palma total prevista

250.000 t/anoProdução de green diesel

2 directores-gerais mais 53 pessoasNúmero de colaboradores envolvidos

cerca de 5000Número de empregos directos previstos

cerca de 1000Agricultores familiares

Galp Energia tem uma relação estreita com a comunidade científica e técnica em Portugal, através de convénios e protoco-los. É a forma lógica de contribuir para o desenvolvimento tecnológico da cultura de jatropha, ainda pouco evoluído.

O segundo aspecto importante, é o compromisso assumido pela Galp Ener-gia, de fazer anualmente um seminário em Moçambique, para além da atribuição de bolsas de licenciatura e mestrado na Universidade Mondlane.

SERVIÇOS CENTRAISManuel Vasconcelos, Fernanda Carneiro, Hugo Pereira, Fernando Bianchide Aguiar e Nikolaos Brouzos (foto grande). Alexandra Franco e Pedro Mateus (ao lado)

ble on Sustainable Palm Oil, em que os critérios de sustentabilidade estão pré-definidos, nomeadamente aquele que é o mais sensível, o da desmatação.

AS MATÉRIAS PRIMASUm aspecto de relevo, no trabalho desta unidade, foi a escolha de matérias pri-mas. Tanto no Brasil como Moçambique, foram seleccionadas culturas plurianu-ais, perenes, que emitem menos CO2 e têm um balanço energético superior ao das culturas anuais.

Em Moçambique, a Galp Energia tem duas empresas, a Moçamgalp e a Galp Búzi. A primeira é actualmente detida em 50 % pela Galp Energia, 49 % pela Eco-moz e 1 % pela Petróleos de Moçambique (Petromoc). A Galp Energia é responsável pelo financiamento e desenvolvimento da vertente agrícola, enquanto a Petromoc/Ecomoz assume as acções de licencia-mento do projecto, aquisição do direito de uso de terras, bem como de todas as questões de ordem jurídico-legais para a implementação do projecto.

A Moçamgalp é um projecto de produ-ção de óleos vegetais a partir da jatropha, com base na província de Manica, mas a empresa prevê a expansão ao distrito de Lugela, na província da Zambézia. Numa primeira fase, ocupa uma área de 10.000

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o mais recente Encontro de Quadros da Galp Energia decorreu sob o lema “Lide-rança positiva”, na Aula Magna da Uni-versidade de Lisboa, e foi difundido pela primeira vez em directo, via streaming, aos colaboradores de Espanha.

Primeiro, o presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira De Oliveira, dissertou sobre os resultados dos nove meses de 2010 e fez o enquadramento de um vídeo, exibido para os 500 quadros presentes, documentando uma acção de solidariedade social levada a cabo no En-contro de Quadros Dirigentes, em Coim-bra. Sobre o tema do encontro, Ferreira De Oliveira disse que “o sucesso de uma chefia é medido pelo sucesso dos seus sucessores” e que é crucial “enfocar nos resultados – é centímetro a centímetro, cliente a cliente, que vamos construindo os resultados da Empresa, atingindo os nossos objectivos e cumprindo a nossa Missão”.

Os trabalhos prosseguiram com Vasco Ferreira, director de Recursos Humanos da empresa, a fazer o ponto de situação do diagnóstico do clima de trabalho interno. Seguiu-se um debate com a comissão executiva, onde houve oportunidade de colocar questões e esclarecer as dúvidas acerca do momento e rea-lidade do Grupo. No seio do debate, o presidente executivo da empresa afirmou: “A segurança tem de es-tar no nosso DNA – é impossível estarmos no sector do Oil & Gás e a primeira palavra que usamos não ser ‘segurança’”.

Era tempo de fazer uma pausa para o café. Rapidamente os pre-

sentes voltaram aos seus lugares para uma das mais aguardadas intervenções da tarde, a palestra de Jorge Araújo. O presidente da empresa Teamwork e ex-treinador de equipas de alto rendi-mento focou o seu discurso nas técnicas e estratégia de preparação destas equipas, fazendo uma analogia entre o mundo do desporto de alta competição e o com-plexo contexto empresarial dos nossos dias. “Um líder só o é, verdadeiramente, quando conseguir ‘desligar do umbigo’ e passar a focar a sua atenção na equipa e nos seus elementos” ou “duas mensagens básicas para qualquer líder: os elementos da sua equipa estão sempre a olhar; e o líder está sempre a comunicar (mesmo quando está calado)” foram algumas das mensagens fortes. A importância de equi-librar a componente racional com a emo-cional, de saber para onde ir e sistematizar estratégias para mobilizar e concretizar objectivos individuais e colectivos foram outros aspectos aflorados nesta palestra, que envolveu toda a plateia.

Cumprido o programa, foi chegada a al-tura de proceder à entrega dos diplomas EngIQ, tendo Ferreira De Oliveira salien-

tado a importância do curso de for-mação avançada em Engenharia de Refinação, Petroquímica e Química, o qual, a par da formação avançada em Gestão, é agora da responsabi-lidade da Academia Galp Energia. O presidente executivo encerrou os trabalhos incentivando os presen-tes a encararem com responsabi-lidade e entusiasmo os complexos desafios do futuro próximo da Galp Energia.

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realizou-se, no Luso, o terceiro encon-tro SOMA da Galp Energia, que reuniu as equipas comerciais B2B (Business to Business) das unidades da empresa que integram o Programa SOMA (Distribui-ção OIL, Gás & Power e ARL/Químicos), visando promover o aumento da eficácia comercial através do crescimento da coo-peração entre diferentes áreas de negócio e disponibilização de soluções comerciais integradas para os clientes empresariais da Galp Energia. Estiveram presentes 200 colaboradores do Grupo, incluindo gestores comerciais, áreas de desenvolvi-

o pavilhão Multiusos de Gondomar, projecto do arquitecto Siza Vieira, aco-lheu recentemente mais um encontro de revendedores da Galp Energia em ambiente de festa.

O início do encontro foi marcado pelas

mento de negócio, marketing e quadros dirigentes das equipas comerciais com actividade comercial B2B em Portugal.

A abertura do encontro foi feita por Go-mes da Silva, administrador da Galp Energia, seguindo-se a apresentação dos principais indicadores e resultados do Programa SOMA, bem como de aspectos relevantes para o seu desenvolvimento. Depois foram feitas apresentações pe-las unidades de negócio presentes sobre a gama de produtos e serviços da Galp

boas-vindas de Carlos Martins, respon-sável comercial da Rede de Revenda, que apresentou o convidado especial, Ma-nuel Ferreira De Oliveira, CEO da Galp Energia. Este aproveitou o momento para dirigir algumas palavras aos presentes.

Antes de ser servido o jantar, os parti-cipantes tiveram um primeiro momento de animação com a presença de Nicolau Breyner. Este conhecido actor e reali-zador apresentou, durante 30 minutos, o seu espectáculo sobre os 50 anos de carreira que celebra no ano em curso.

Mais tarde, o responsável do negó-cio do Retalho Portugal da Distribuição Oil da empresa, Miguel Pereira, dirigiu algumas palavras aos convidados. Pos-teriormente, entregou os prémios aos três melhores classificados do Programa Estrela e Melhor Gestor de Clientes – uma viagem de cruzeiro ao Báltico para duas pessoas.

Como não podia deixar de ser, a boa dis-posição invadiu o espaço com o início do espectáculo Best of Festival da Canção, que teve como apresentadora Serenela Andrade, da RTP.

Durante uma hora foi possível realizar uma viagem no tempo ao compasso de medleys e originais desde a década de 60 até aos dias de hoje.

Energia vocacionados para o segmento empresarial. O SOMA III finalizou com quatro reuniões regionais com as equipas comerciais, para análise e discussão de indicadores, casos de sucesso e situações a melhorar para aumento da eficácia do programa e dos seus resultados.

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opinião clemente pedro nunes

Energia: os próximos 30 anos

para aumentar a competitividade eco-nómica de Portugal é necessário optimi-zar a respectiva base energética, ou seja, minimizar os custos que as empresas têm de pagar por ela, reduzir a componente importada e salvaguardar os parâmetros ambientais internacionalmente aceites. Neste quadro, será necessário considerar seis vertentes tecnológico-estratégicas:—

é, teoricamen-te, uma fonte futura para a produção comercial de electricidade em grandes quantidades. Todavia, não se prevê que se possa obter electricidade, em termos comerciais, a partir desta nova fonte energética dentro dos próximos 30 anos.— -

quer clássicos quer de xistos betuminosos, capazes de influenciar significativa e duradoura-mente o balanço global da oferta/procura é considerada altamente improvável pela generalidade dos especialistas. Toda-via, a “janela da disponibilidade” dos hidrocarbonetos irá manter-se, embora com custos de produção tendencialmente mais elevados.— -

queimado em grandes centrais ter-moeléctricas sem lançar CO2 na atmos-fera, em que este teria de ser separado dos restantes gases que constituem os fumos, nomeadamente do azoto. Não é expectável conseguir-se nos próximos 30 anos um custo economicamente aceitável para a separação do CO2, o que, só por si, inviabiliza o conceito de “carvão limpo” neste horizonte temporal e impede a uti-lização crescente de carvão pelos países

sua competitividade económica: é in-termitente e incontrolável. Isso implica a necessidade de triplicar o investimento relativamente à potência de base instala-da para adequar a produção ao consumo. De facto, para além dos aerogeradores, é necessário instalar barragens hidroe-léctricas com capacidade de bombagem e armazenamento dos picos de produção que se verifiquem a horas em que não há consumo e ainda centrais a gás natural que cubram as fortes irregularidades da produção eólica. —

componente importante para a produção de electricidade a nível euro-peu. Não provocando emissões directas de CO2, apresenta-se como uma clara alternativa em termos tecnológicos para produzir electricidade de forma compe-titiva na Europa, respeitando igualmente eventuais compromissos pós-Quioto.— Já hoje a maior fonte de energia primária renovável existente em Portugal, a bio-massa florestal pode ser directamente ajustada aos consumos para produção da electricidade. A sua utilização permite ainda viabilizar economicamente a lim-peza das florestas, podendo-se, assim, ultrapassar 1500 MW de potência eléc-trica em 2020.

Apesar de uma previsível diversifica-ção das fontes energéticas, o petróleo e o gás natural terão ainda uma importância muito significativa, sendo de admitir que a percentagem, em 2040, do conjunto petróleo+gás natural atinja, em Portu-gal, para o total das fontes de energia primária, um valor da ordem de 45%.

Professor catedrático do Instituto Superior Técnico

“Para aumentar a competitividade

económica de Portugal é necessário optimizar a

respectiva base energética”

é professor catedrático do Instituto Superior Técnico, membro conselheiro da Ordem dos Engenheiros, membro da Academia de Engenharia e sócio gerente da Clemente Nunes Gestão Empresarial, L.da Foi director-geral do Ensino Superior e ocupou vários cargos na administração da CUF e da Quimigal.

BIOGRAFIA

que subscrevam os eventuais prolonga-mentos do Protocolo de Quioto.— -

Com uma evolução notável nos últimos 20 anos em termos de eficiência da respectiva conversão em electricidade, a energia eólica tem, todavia, duas carac-terísticas que prejudicam gravemente a

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a galp energia e a Fundação Galp Ener-gia estiveram presentes no 4.º Fórum da Responsabilidade Social das Organiza-ções (RSO) e Sustentabilidade, promovi-do pela Associação Industrial Portuguesa (AIP).

O evento, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, no âmbito do Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e a Ex-clusão Social e do Ano Internacional da Biodiversidade, foi dedicado à temática “Redes de valor”. Nele, um conjunto de especialistas de topo, internacionais e nacionais, das áreas empresariais, aca-démicas, da governação e da sociedade civil apresentaram e debateram as novas estratégias, políticas e soluções mundiais e europeias para um crescimento mais inteligente, sustentável e inclusivo. Ru-ben Eiras, responsável pelas Relações da Comunidade Científica e Tecnológica na Galp Energia, foi o moderador do pai-nel subordinado ao tema “Sustainable

Investment: not a matter of ‘Why’, but ‘When’”.

Num evento dedicado à temática da res-ponsabilidade social e sustentabilidade, a Fundação Galp Energia garantiu uma presença forte, com um stand que foi

visitado por um elevado número de pessoas. Através dos materiais de comunicação dis-ponibilizados, puderam conhecer os vá-rios projectos da Fundação, em particular através da publicação lançada sobre o trabalho realizado no seu primeiro ano de existência. Também foram distribuídos folhetos com a programação do segundo semestre do Ciclo de Jazz Galp da Casa da Música, no Porto, e de apresentação do Serviço de Atendimento Assistido em postos Galp Energia.

O automóvel híbrido Plug-In Toyota Prius, que está inserido no projecto Living Lab Galp Energia-Toyota, estava exposto e atraiu, sobretudo, os mais jovens, mas captou a curiosidade do público em geral, que se concentrou junto do stand para saber um pouco mais sobre este veículo.

A informação sobre os projectos de bio-combustíveis que estava exposta também cativou o interesse dos visitantes. Mui-tos foram os que se deslocaram junto do stand para colocar mais questões sobre este tema.

A localização, a dimensão e o tipo e qualidade de informação disponível fo-ram factores que atraíram muitas pessoas ao stand da Fundação Galp Energia, con-tribuindo para a melhoria do conheci-mento do público em relação à instituição e à sua actividade.

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com o programa de segurança da Galp Energia (PSGE), a Empresa pretendeu melhorar o seu desempenho em Segu-rança, Saúde e Ambiente (SSA), desen-volvendo, para tal, um sistema de gestão baseado em 22 elementos, que consti-tuem o referencial interno do sistema de gestão de Segurança, Saúde e Ambiente da Galp Energia.

Os elementos de gestão têm vindo a ser trabalhados internamente, com o desen-

volvimento de requisitos e normas inter-nas, formação, coachings, workshops, entre outras actividades.

Para garantir a melhoria e eficácia de qualquer sistema de gestão é crucial instituir um meca-nismo que permita avaliar e monitori-zar, de forma con-tinuada, a evolução da sua cultura de

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PASSATEMPO

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“Antes de anunciar uma cultura de serviço de excelência, o que é que as empresas devem assegurar?”

SSA e a implementação dos processos e procedimentos em todas as unidades e actividades. Por isso foi decidido dotar gestores das competências necessárias para realizar auditorias internas.

FORMAÇÃO ABRANGENTENesse sentido, iniciou-se, em Junho, a primeira fase da formação, que consistiu numa sessão teórica de dois dias à qual se sucederam cinco auditorias de formação de três dias cada. Estas contemplaram a análise prévia de documentos forneci-dos pelas áreas, o recurso a entrevistas a vários responsáveis e a recolha de evi-dências. No final, os resultados foram apresentados a todos os envolvidos, ca-bendo agora às áreas a implementação das acções para iniciar o processo de melhoria contínua.

Dada a importância do tema e o papel central que cabe aos gestores da linha hierárquica na gestão de SSA, as veri-ficações e monitorizações (auditorias)

serão conduzidas preferencialmente por responsáveis de linha e com carácter intersectorial, permitindo, assim, uma partilha de conhecimento e experiências cruzadas entre unidades.

Foi promovido um workshop onde foi possível, com base nas experiências vividas pelos participantes, fazer uma análise global da primeira fase e identi-ficar os pontos fortes e as oportunidades de melhorar todo este processo, de forma a conferir-lhe mais valor acrescentado para o futuro.

Foi opinião dos participantes que estas acções de verificação e monitorização constituem uma mais-valia para a gestão

de SSA da Galp Energia, permitindo uma alargada e valiosa troca de experiências entre responsáveis de várias áreas, que se enriquecem mutuamente neste processo.

MAIS AUDITORIASEm Dezembro iniciou-se a segunda fase de formação, que se prolongará ao longo do primeiro trimestre de 2011 com a rea-lização de mais auditorias de formação, envolvendo cerca de 20 quadros da Galp Energia.

Finalizadas todas as acções de for-mação, a monitorização do sistema de gestão de SSA continuará em moldes que não se encontram completamente defi-nidos, mas contemplarão a realização de auditorias. A periodicidade da monitori-zação, a estrutura das equipas e as áreas a auditar serão definidas em função das experiências e resultado das auditorias de formação agora em curso, de modo a integrarem o plano anual de auditorias da Galp Energia.

A segunda fase de formação prolonga-se pelo primeiro trimestre de 2011 com a realização de mais auditorias

GOSTO DE VIAJAR

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iniciativas incentivo à inovação

HOTSPOT DESIGN

o projecto sinu, da equipa constituída por Alberto Rola, Diogo Chiolas, Filipe Duarte, João Bernarda, Luís Mourão e Luís Ribeiro, e o Projecto Easys, de Mar-cos Caetano e Tiago Fernandes, foram os vencedores do concurso Hotspot Design,organizado pela Galp Energia.

Cada uma das propostas recebeu um prémio monetário no montante de 10 mil euros e a integração no programa Bolseiros Galp Energia e na Rede Galp Inovação.

O Hotspot Design consistiu no desen-volvimento de um novo projecto de aque-cedor de esplanada a gás para aplicação nos mercados nacional e internacional, incluído no conceito desenvolvido pela Galp Energia – Esplanadas Confortáveis. Com o objectivo de promover a capacida-de empreendedora e inovadora no sector

da energia, este desafio destinou-se aos estudantes universitários e pequenas e microempresas, preferencialmente com formação ou actividade nas áreas de ar-quitectura, design e engenharia.

SUPERAR EXPECTATIVASA adesão a este concurso superou todas as expectativas, tendo sido submetidas 370 inscrições de equipas multidisci-plinares, num total de 800 candidatos. A primeira fase terminou a 15 de Janeiro de 2010, com a entrega de 116 propostas

com a descrição da ideia base do projec-to. Destas, foram seleccionadas 16, que passaram à fase seguinte.

Na segunda fase, as candidaturas seleccionadas tinham que apresentar o design técnico e o caderno de encargos das propostas dos novos aquecedores de esplanada, cuja avaliação decorreu, nos meses de Maio e Junho, pelo comitétécnico e pelo júri do concurso.

As apresentações foram efectuadas pelos elementos das equipas finalistas para uma plateia constituída pelo comitétécnico deste projecto. Este era constituí-do por 20 elementos, entre colaboradores da Galp Energia e de empresas externas, com valências nas diferentes áreas deste projecto, como design, inovação, arqui-tectura e engenharia. Garantiram, nas suas avaliações, o cumprimento de todos os requisitos que envolvem o desenvol-vimento de um aquecedor para exterior. Após selecção das melhores propostas, estas foram submetidas a um júri com-posto por personalidades relevantes do sector energético, científico e empresarial nacional, que fez a eleição do vencedor.

Inserido no Programa Galp Innovation Challenge, através do qual serão lançados vários desafios ao sistema científico, o novo aquecedor será produzido e comer-cializado pela Galp Energia, integrando a oferta para o canal HORECA (Hotéis, Restaurantes e Cafés) e doméstico.

A inscrição de 370 equipas, com um total de 800 candidatos, superou todas as expectativas

As duas equipas responsáveis pelos projectos vencedores do concurso receberam os respectivos cheques das mãos do presidente executivo da Empresa

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responsabilidade social raio x

MOBILIDADE MAIS POSITIVA

Serviço de Atendimento AssistidoClientes Galp Energia com mobilidade reduzida e veículo adaptado

a fundação galp energia e a Asso-ciação Salvador estabeleceram um protocolo para a divulgação do Serviço de Atendimento Assisti-do e distribuição gratuita de 500 dispositivos electrónicos que vão permitir que clientes Galp Energia com mobilidade reduzida e veículo adaptado possam beneficiar de um atendimento personalizado, quer no abastecimento de combustíveis quer na compra de produtos disponíveis nas lojas de conveniência situadas nas áreas de serviço da Empresa.

além disso, reitera e fortalece o posi-cionamento da Galp Energia através do alargamento da sua oferta a pessoas com mobilidade reduzida.

A apresentação do serviço poderá ser visualizada em www.fundacaogalpe-

nergia.com, tal como as respostas às perguntas mais frequentes. A ins-

crição para obtenção do dispositivo electrónico está disponível no site.Basta efectuar o preenchimento de um formulário, onde devem

constar a matrícula do veículo e o posto de abastecimento Galp Energia

seleccionado para o levantamento do dispositivo.

MECÂNICA DO SERVIÇOO cliente pára junto a um posto

o dístico “bomba com assistência”.

O dispositivo (comando emissor) de que dispõe acciona um sinal sonoro e luminoso num receptor colocado junto à consola do operador dentro da loja.

O operador, via instalação sonora de intercomunicação do posto, pede ao cliente que aguarde um momento e, simultaneamente, dá-lhe a saber que foi visto. Assim que possível, desloca-se ao veículo do cliente para atendimento personalizado.

Além do combustível, o cliente tem à sua disposição produtos de loja.

O pagamento deve ser efectuado com dinheiro.

A Empresa quer proporcionar índices elevados de autonomia e qualidade de serviço no abastecimento a pessoas com limitações motoras

OFERTA ALARGADAO Serviço de Atendimento As-sistido a clientes com mobilida-de reduzida nas áreas de serviço da Galp Energia visa proporcio-nar elevados índices de auto-nomia e qualidade de serviço a clientes com limitações motoras no abastecimento de combustí-veis, nos serviços auto e de loja nas áreas de serviço Galp Ener-gia. Também quer contribuir, de forma significativa, para o aumento da mobilidade e, por consequência, da qualidade de vida das pessoas portadoras de deficiência, melhorando a sua integração na sociedade. Para

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mygalp DEZEMBRO 201044

e(hi)stórias empreendorismo e orientação para os resultados

num mercado global cada vez mais competitivo, em acelerada e constante mutação, estimulada pelas novas tecno-logias e pelos novos modelos de gestão, os colaboradores da Galp Energia têm de estar preparados para dar respostas céleres, inovadoras e adequadas. Para tal, é necessário identificar os sinais que nos chegam do mercado, analisar o seu contexto e recolher todo o tipo de infor-mações passíveis de gerar novos produ-tos e/ou serviços com valor acrescentado para a empresa. O empreendorismo e a orientação para os resultados ajudam a articular conhecimentos, partilhar experiências, adquirir competências e colocar a empresa num plano comercial e industrial de grande competitividade e inovação.

UMA GRANDE VIRAGEMUm dia, estava eu na Refinaria de Sines a fazer uma visita, quando um dos ad-ministradores me disse:

“Você é engenheira? Tem uma prepa-ração muito grande na área de petróleos? Tem que ir para uma área técnica, mas

EQUIPA EMPENHADA

Resultados alcançados

ligada ao sector comercial.” Na altura, a área comercial era o máximo.

Entretanto, fez-se uma reavaliação das áreas comerciais e convidaram-me para ser directora dos Lubrificantes. Foi numa altura em que houve uma grande

transformação nesse sector. Posso dizer que foi um dos trabalhos mais difíceis que tive, uma grande viragem em termos de métodos de trabalho.

A área dos Lubrificantes tinha resulta-dos menos bons, pois competíamos num mercado terrível. Os das outras empresas eram altamente prestigiados em Portugal e era difícil impor uma marca nacional.

O lubrificante é um produto tecno-lógico, ao contrário da gasolina, que o cliente não pode escolher, onde há mais variedade e possibilidade de opção. Era necessário desenvolver outra perspectiva para os lubrificantes e criar credibilidade.

Com base numa equipa interessante, mais uma vez conseguimos ter resulta-dos muito bons. Aumentámos conside-ravelmente a nossa quota de mercado e apresentámos bons resultados no fim do ano. Esta foi a minha primeira inter-venção, na qual tive que responder pela última linha do balanço, ao contrário das relações externas e do marketing,em que se analisavam mais os impactos dos resultados do que os custos. Era uma experiência nova nesse aspecto.

Transformou-se a abordagem ao mercado com produtos completamen-te novos, assim como com iniciativas muito difíceis e arrojadas, que os nossos concorrentes acabaram por seguir.

Os padrões são normalmente dados pelo próprio mercado, e através de expe-riências que resultaram bem colocámos a empresa no enfoque do mercado.

A equipa era muito empenhada. To-dos estávamos interessados em atingir um objectivo comum, o que me permi-tiu ter uma perspectiva industrial mais próxima. Pela primeira vez, a fábrica pertencia à Unidade de Negócios de Lu-brificantes. Éramos responsáveis por toda a fileira dos lubrificantes, desde a compra da matéria-prima até ao aten-dimento e entrega ao cliente final. Foi uma experiência muito interessante, pois foi a primeira e única vez que dirigi uma área tão complexa.

Manuela Menezes, 2004Visite o Museu Virtual e veja estas e outras ‘estórias’ em http://vidas.galpenergia.com

MANUELA MENEZESProdutos novos e iniciativas arrojadas e inovadoras aumentaram a quota do sector dos

TRABALHO DE CAMPOManuela Menezes em visita

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mygalp 45DEZEMBRO 2010

está em curso uma acção de recolha de bens alimentares, livros e roupa promo-vida pelo Núcleo Norte do Clube Galp Energia. O mesmo irá acontecer em Lis-boa, a par da realização de jantares para pessoas carenciadas, que este ano irão decorrer na zona da Bobadela, locali-dade onde se encontra o antigo Bairro da Petrogal.

VÁRIAS INICIATIVASAtento às preocupações e carências so-ciais crescentes verificadas na nossa so-ciedade, o Clube Galp Energia tem de-senvolvido e fomentado, desde há alguns

solidariedade clube galp energia

APOIAR OS OUTROS

Uma necessidade crescenteO Clube Galp Energia promove acções de solidariedade social com o envolvimento dos seus associados

O trabalho de âmbito social do Clube Galp Energia vai continuar a ser norteado pelas preocupações com

Estas acções materializaram-se na obtenção, algo inimaginável à partida, de dezenas de milhar de bens, que fo-ram posteriormente entregues a perto de duas dezenas de instituições. Tem sido a prova cabal da vontade de ajudar, de ser solidário, dos associados do Clube Galp Energia.

ENVOLVIMENTOO jantar de Natal para os mais carentes conta com o apoio e envolvimento de várias dezenas de associados do Clube

A instituição promoveu, no passado, um jantar de Natal para os sem-abrigo da zona dos Olivais, que contou com os meios e vontades da Galp Energia, atra-vés da doação de géneros alimentares e da participação, ao nível da confecção e disponibilidade para servir a refeição, de associados do Clube.

O FUTURO É HOJEO trabalho de âmbito social realizado no seio do Clube Galp Energia vai continuar a ser norteado pelas preocupações com o flagelo da pobreza verificado entre um número crescente de membros da nossa comunidade. Mais do que olhar para o passado, urge programar o futuro. E o futuro é hoje.

RECOLHA DE ROUPA, BRINQUEDOS, LIVROS, ...

A época festiva que vivemos coincide com o aparecimento do Inverno e do frio, o que faz aumentar as necessidades daqueles que se encontram em situações mais desfavoráveis e de maior carência. Por esse facto, e a exemplo dos anos anteriores, a direcção do Clube Galp Energia – Núcleo Centro encontra-se a promover, em Dezembro e Janeiro, uma campanha de recolha de bens, que posteriormente serão entregues a várias instituições de solidariedade social, que tem a missão de os fazer chegar aos mais necessitados.Contamos com a boa vontade e contributo dos colaboradores do Grupo Galp Energia para, neste ano, se bater o recorde do ano passado, em que se conseguiram angariar11.488 peças.

anos, uma série de iniciativas de solida-riedade com o envolvimento e empenho dos seus associados.

Verifica-se actualmente que as dificul-dades sentidas por muitas das institui-ções que desenvolvem a sua actividade em prol dos mais carenciados aumentaram. Ciente disso, o Clube Galp Energia tem colaborado estreitamente com algumas dessas instituições, através de campa-nhas que contribuem para atenuar os efeitos resultantes dos problemas eco-nómicos actuais.

Nos últimos anos foram promovidas campanhas de recolha de roupa, calçado e brinquedos, entre outros bens essenciais a uma vida condigna por parte de cada indivíduo.

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a nossa selecção

Trilogia Regresso ao Futuro (Edição de Coleccionador)Autor Robert ZemeckisGénero Comédia

Assinalando 25 anos sobre a estreia do

Preço €39,99 (na FNAC)

LivroMemorial do Convento José Saramago

José CastroUN-Internacional Oil-DNP

CD áudioCastelos no Ar Pedro Godinho

Castelos no Ar

Renato AzevedoUN-E&P-Angola

Jaime António Pedro Vasconcelos

Sara FonsecaUN-ARL-Logística

DVD musicalThe Ultimate Tango Show Otango

João FrancoDir. Marketing Corporativo

Ódio De David MoodyEditora Presença

Cabe a Danny

Preço €14,85 (na Wook)

A OrigemAutor Christopher NolanGénero

ideia?

Preço €14,95 (na FNAC)

O ColiseuPor João Pedro PaisEditora Ipllay

Preço €13,95 (na FNAC)

Podemos viver toda uma vida sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente? Esta é a pergunta que serve de partida a Um Dia, do autor britânico David Nicholls, livro que assim que foi lançado entrou directamente para número um no Reino Unido, tendo merecido excelentes críticas por parte da imprensa internacional. “Destinado a ser um clássico moderno”, escreveu o Daily Mirror. “É difícil encontrar personagens tão bem construídas como estas e não reconhecer o talento do escritor que as criou”, disse o The Guardian, entre outros títulos de referência rendidos a

uma história de amor, em jeito de comédia romântica, que começa a 15 de Julhode 1988. Nessa data, Emma e Dexter conhecem-se na noite em que acabam o curso. No dia seguinte, terão de seguir caminhos diferentes. Onde estarão daqui a um ano?E no ano depois desse?E em todos os anos que se seguirão? Poderá a amizade de Emma e Dexter ser vista como um caminho sinuoso

para o amor? Estas e outras perguntas vão sendo respondidas ao longo das páginas, por vezes de forma superficial e alegre, outras com um tom mais profundo e sério, mas sempre de uma forma cativante.

ver, ouvir e ler

Autor David NichollsEditora CivilizaçãoPreço €16,19 (na Wook online)

UM DIA

Clássico modernoUma comédia romântica acutilante e, ao mesmo tempo, delicada,

que promete cativar os mais variados leitores

cultura livros, cd e dvd

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mygalp 47DEZEMBRO 2010

DeolindaDepois de esgotarem ininterruptamente todos os auditórios por onde passaram nos últimos dois anos, após terem actuado em míticas salas e importantes festivais de 20 países e no momento que saboreiam uma nomeação para Best Portuguese Act dos MTV European Awards, o fado pop dos Deolinda prepara-se para, pela primeira vez, subir ao palco dos Coliseus, onde apresentarão os temas do seu segundo trabalho, Dois Selos e Um Carimbo, bem como os mais emblemáticos temas do álbum de estreia, Canção ao Lado.Isto no ano em que receberam o prestigiado, e herdeiro dos famosos Prémios da BBC Radio, Songlines Music Award 2010 para Grupo Revelação. Dois espectáculos imperdíveis!

22 DE JANEIRO Coliseu do Porto 29 DE JANEIRO Coliseu de Lisboa

O SENHOR PUNTILAE O SEU CRIADO MATTIEsta peça, escrita em 1940, durante o exílio de Bertolt Brecht na Finlândia,é uma das comédias mais brilhantes deste dramaturgo. Esculpida como uma parábola, contendo

a justiça, a igualdade entre os homens e a dependência, mas também o louvor aos prazeres da vida e à Natureza, esta peça encerra um potencial de consciencialização individual e social e uma actualidade histórica que será estimulante descobrir. Com António Pedro Lima, Cátia Ribeiro, Carlos Malvarez, Marta Dias e Miguel Guilherme, entre outros.

ATÉ 30 DE JANEIRO Teatro Aberto, Lisboa

HurtsOs britânicos Hurts, que se estrearam em Portugal com uma aplaudida actuação no Optimus Alive!10, regressam ao nosso país para apresentar o primeiro longa-duração, Happiness, um enorme sucesso em vários países e que lhes valeu já a comparação com bandas como os Depeche Mode.

15 DE FEVEREIRO Hard Club, Porto

Momix RemixFamosa pela sua habilidade e talento em conjugar mundos de imagens surrealistas usando adereços, luzes, sombras, humor e corpos, Momix é uma companhia de bailarinos ilusionistas que aqui revisitam os melhores momentos dos seus espectáculos ao longo dos últimos 30 anos.

23 A 27 DE FEVEREIRO Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa

MartatakaUm novo conceito em parques infantis indoors, sendo o primeiro e único parque verdadeiramente temático e que se centra em torno de uma única premissa: se existisse

como seria? E chegados ao Planeta Vermelho todas as crianças se poderão divertir num

marciano.

DE SEGUNDA A DOMINGOEm Tomar e em Matosinhos

agenda

Festa M80 Entre no próximo ano ao ritmo de todos os êxitos dos anos 70, 80 e 90.

e Francisco Gil garantem uma das festas

onde poderá dançar toda a noite.

31 DE DEZEMBRO Hotel Villa Itália, Cascais

JOANNA NEWSOMHarpista, pianista, cantora e compositora, Joanna Newsom é uma das mais talentosas artistas da nova geração e vem a Portugal apresentar o novo álbum, Have one on me, um disco triplo considerado um dos melhores

das grandes vozes da actualidade.

24 DE JANEIRO Casa da Música, Porto 26 DE JANEIRO CCB, Lisboa

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mygalp DEZEMBRO 201048

viagens

a capital madeirense é uma cidade ani-mada e colorida da costa sul da principal ilha do arquipélago. Um dos melhores sítios para a apreciar é a grande janela do Cocktail Bar do mítico hotel Reid’s. Bem perto da Pontinha, o grande muro que protege o Funchal de mares menos calmos, fica o Royal Savoy, o primeiro dos hotéis de luxo da linha de costa que fazem da Madeira um destino turístico de elei-ção. A partir dele pode dar-se o primeiro passeio na cidade, num percurso à beira-mar, com a indispensável ida à Pontinha para apreciar e fotografar o casario. À noite, a disposição das luzes faz lembrar as de um presépio, pois a metrópole fun-chalense nasce mesmo junto ao mar e so-be afincadamente pelas encostas até aos 1200 m de altitude. Após uma paragem na marina, pode-se continuar através da

POR TERRAS DO FUNCHAL

Um passeio gulosoNa passagem do ano, a animada capital madeirense é local certo para quem gosta de festa e temperatura amena

texto de José Miguel Dentinho

Avenida das Comunidades Madeirenses até aos teleféricos. Nada melhor do que usá-los para desfrutar da melhor forma esta situação geográfica única, “voan-do” até à zona do Monte numa viagem inesquecível. Mesmo os menos afoitos nestas coisas das alturas ficarão rendi-dos à beleza da contemplação aérea da Madeira embarcando naquele transporte pouco comum.

No Monte, os eventuais receios das alturas são varridos no percurso pelo Jar-dim Tropical Monte Palace e o seu museu, propriedade da Fundação Joe Berardo. Para complementar da melhor forma o

passeio, recomenda-se um regresso ra-dical ao Funchal, em descida acelerada nos típicos carros de vime, que os locais conduzem com mestria. Faça o resto do trajecto até à cidade de forma saudável, a pé pelas calçadas íngremes, olhando as casas, espreitando as voltas da paisagem.

MERCADO DOS LAVRADORESAberto o apetite, e para apaziguar as emoções da descida, sugere-se uma expedição ao Mercado dos Lavradores, um caleidoscópio de cor proporciona-do por frutos, vegetais e flores. A secção dedicada aos produtos do mar constitui

À noite, graças à disposição das luzes, a cidade faz lembrar um presépio, que nasce junto ao mar e sobe as encostas que a envolvem

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mygalp 49DEZEMBRO 2010

produção própria, oferece pratos de co-zinha típica, onde se incluem os bifes de atum e os filetes de espada, devidamente antecedidos pelo clássico bolo do caco. De sabor delicado, por se acrescentar à

massa normal de pão de trigo puré de batata-doce, este pão achatado é tradi-cionalmente confeccionado sobre uma pedra de basalto e, segundo os preceitos locais, deve ser comido bem quentinho, barrado com manteiga de alho.

Apesar das suas características in-sulares, a Madeira também conta com especialidades de carne no seu receituá-rio tradicional. Referimo-nos à carne de vinha d’alhos, ao cozido e às espetadas em pau de louro, estas na companhia de milho frito, que poderá apreciar no restaurante Santo António, no Estreito de Câmara de Lobos.

A finalizar a refeição, delicie-se com uma das muitas frutas tropicais nati-vas ou com uma fatia de bolo de mel, na companhia de um vinho Madeira Seco ou Sercial 10 Anos.

Caso tenha oportunidade de se des-locar à Madeira neste final de 2010, não perca o espectáculo de fogo-de-artifício da noite de S. Silvestre e brinde ao novo ano num ambiente único!

INFORMAÇÕES ÚTEISCOMO IRHá voos para todas as bolsas e vários operadores turísticos com boas ofertas de avião e alojamento.

PARA COMERPara quem tenha amigos madeirenses ou conheça sítios no Funchal, Câmara de Lobos e Caniçal, caramujos (familiares dos burriés) cozidos, lapas grelhadas e castanhetas (peixinhos parecidos a douradinhas) muito bem fritas e cavalas com molho de vilão.

A NÃO PERDERPasseios pela ilha, à Ponta do Sol, a Porto Moniz, ao Paul, onde puder ir na costa norte, aos parques naturais, ao Machico e até à ponta leste da ilha, parando sempre para observar as vistas.

Consulte a GeoStar.

RETRATOS DO FUNCHAL1 Jardim Botânico 2 Castas dos vinhos

da Madeira 3 Descida nos carros de vime 4 Praça do Município 5 Festa da Flor1

2

3

4 5

um espectáculo digno de observação. Para não perder pitada, suba as escadas e aprecie a panorâmica a partir da gale-ria, donde se avistam as bancas de peixe. A variedade não é grande, mas os gigan-tescos atuns e os luzidios peixes-espadas cor de ébano são impressionantes! Com efeito, o atum e o espada preto assumem lugar de destaque na gastronomia da ilha, integrando diversas preparações culiná-rias, como a caldeirada, o escabeche ou os simples filetes, ladeados por rodelas de banana ou molho de maracujá. Mas também se podem encontrar outros pei-xes. Na minha última deslocação, não resisti a comprar alguns quilos de lombo e barriga de atum para trazer para Lisboa.

Para almoçar, aconselha-se a Doca do Cavacas, estabelecimento costeiro com grande variedade de peixes e frutos do mar. Para um jantar informal, com vis-ta magnífica para a encosta iluminada que se eleva até ao Monte, sugere-se o Beerhouse, localizado mesmo junto à marina. A par dos bifes e da cerveja de

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mygalp DEZEMBRO 201050

o jockey encontra-se inserido no recinto do complexo equino do Campo Grande, em Lisboa, com vista privilegiada para o verde dos campos de prova. Por entre as instalações cavalares e as lojas de

artigos de equitação encontramos as indicações que nos levam ao restaurante.Desde Janeiro de 2001 a funcionar com nova exploração, apresenta uma óptima relação qualidade/preço. É um restaurante muito agradável para almoçar, com bons pratos e uma carta de vinhos bastante completa. O preço médio de uma refeição situa-se nos 30 euros. O serviço de mesa, a cargo de Celso e Rafael (vindos do Tertúlia do Paço), e o cozinheiro Felisberto (da Quinta dos Frades) são muito bons. No actual Restaurante Jockey come-se boa cozinha portuguesa, sóbria, bem confeccionada, com ingredientes

frescos, peixe do melhor e pratos do dia daqueles “antigos”, de tacho. A ementa, extensa e diversificada, é especialmente rica em peixe. Apresenta 12 entradas, entre as quais se salientam os cogumelos salteados à chefe, que levam presunto e gambas, as amêijoas à espanhola, das legítimas, a salada de polvo, os carapauzinhos de escabeche, o misto

de enchidos alentejanos. Nos pratos principais, além do peixe fresco para grelhar e no sal, recomendam-se a cataplana de bacalhau com marisco, o bacalhau à Vila Real, que leva uma cebolada e é recheado com presunto e queijo, a broa de bacalhau, o arroz de marisco, rico e

bem apurado, a cataplana de frutos do mar, com amêijoas, gambas, garoupa e tamboril, o bife à Jockey, o bife do lombo com molho diablo, o especial à terra e mar, com natas, gambas e cogumelos, e os nacos do lombo com molho chimichurri. Por tudo isto, recomendo uma visita.

DADOS Hipódromo do Campo

Grande, Lisboa

Tel.: 217 957 521

E-mail: [email protected]

Aberto diariamente, das 12h às 24h, excepto aos domingos ao jantar

para beber

ARROBEIROS, RESERVA 2006O vinho tem cor carregada, bouquet muito perfumado com evidências de aroma de compotas. Na boca

Vinho honesto, produzido

se pode beber bem e barato.

apresentando características de guarda.

CABRIZ, RESERVA Tinto de cor rubi, com

especiarias e cacau. Na

Deve ser servido entre 16ºC e 18ºC, na companhia de gastronomia variada, como cabrito assado, rosbife ou

DONA BERTA, RESERVA 2006

no início, com notas de

húmida e café. Na boca é

JOSÉ DE SOUSA MAYOR, 2007

acastanhados, aroma a

especiarias. Na boca é

com taninos suaves. Deve

restaurante jockey

SÓBRIA E BEM CONFECCIONADA

Boa cozinha portuguesaRestaurante agradável para almoçar, com bons pratos

e uma carta de vinhos bastante completa

Por:Miguel Pereira

A escolha de: Luís Colmonero

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