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N-1614 REV. B SET / 97 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 44 páginas CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Procedimento CONTEC Comissão de Normas Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. Técnicas Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior. Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma. SC - 06 Eletricidade Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: dever, ser, exigir, determinar e outros verbos de caráter impositivo. Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: recomendar, poder, sugerir e aconselhar (verbos de caráter não- impositivo). É indicada no texto pela expressão: [Prática Recomendada] . Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico- econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. Apresentação As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho – GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia, Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser reaprovada, revisada ou cancelada. As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norm a PETROBRAS N -1. Para informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

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N-1614 REV. B SET / 97

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 44 páginas

CONSTRUÇÃO, MONTAGEM ECONDICIONAMENTO DE

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Procedimento

CONTECComissão de Normas

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Técnicas Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretaçãodo texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é oresponsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma.

SC - 06Eletricidade

Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e quedeve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Umaeventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma)deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registradapelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelosverbos: dever, ser, exigir, determinar e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizadanas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) apossibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada àaplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registradapelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelosverbos: recomendar, poder, sugerir e aconselhar (verbos de caráter não-impositivo). É indicada no texto pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possamcontribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para aCONTEC - Subcomissão Autora.As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, oitem a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteraçãodesta Norma.

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelosRepresentantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas portécnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) eaprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dosÓrgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnicaPETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve serreanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser reaprovada, revisada ou cancelada. As normas técnicasPETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norm a PETROBRAS N -1. Para informaçõescompletas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

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PÁGINA EM BRANCO

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SUMÁRIO

1 OBJETIVO......................................................................................................................................5

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES...........................................................................................5

3 RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTOS...........................................................................................8

4 ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO DE EQUIPAMENTOS......................................................9

5 FUNDAÇÕES E BASES ...............................................................................................................17

6 MONTAGEM DE EQUIPAMENTOS..............................................................................................17

7 PRESERVAÇÃO APÓS A MONTAGEM .......................................................................................24

8 TESTES........................................................................................................................................30

9 PREPARAÇÃO PARA ENTRADA EM OPERAÇÃO .....................................................................38

10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ..........................................................................................................44

____________

/1 OBJETIVO

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PÁGINA EM BRANCO

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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1614 REV. B SET/97 é a Revalidação da Norma PETROBRASN-1614 REV. A AGO/84, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis que devem ser observadas norecebimento, construção, montagem e condicionamento dos equipamentos elétricos para aPETROBRAS, abaixo relacionados:

a) transformadores de potência;b) reatores;c) resistores de aterramento;d) dutos de barramento;e) painéis de comando, painéis de proteção, painéis de sinalização;f) painéis auxiliares;g) retificadores e inversores;h) baterias;i) disjuntores para instalação externa;j) transformadores de medição e proteção para instalação externa;l) chaves seccionadoras secas;m) unidades desligadoras imersas em óleo;n) capacitores;o) geradores elétricos;p) motores elétricos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para apresente Norma.

PETROBRAS N-312 - Transformadores Imersos em óleo, para Transmissão eDistribuição de Energia Elétrica;

PETROBRAS N-313 - Motores Elétricos de Indução;PETROBRAS N-314 - Painel de Baixa Tensão - Centro de Controle de

Motores;PETROBRAS N-316 - Painel de Baixa Tensão - Centro de Distribuição de

Carga;PETROBRAS N-317 - Painel de Media Tensão;PETROBRAS N-319 - Duto de Barramento;PETROBRAS N-320 - Quadro de Distribuição - Sistema Edison - Área Não

Classificada;PETROBRAS N-322 - Unidade Desligadora a Óleo para Instalação ao Tempo;PETROBRAS N-323 - Chaves Seccionadoras Secas;

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PETROBRAS N-324 - Intertravamento Eletro-Mecânico “kirk” para UnidadeDesligadora Primária;

PETROBRAS N-325 - Intertravamento Eletro-Mecânico para Chave Desli-gadora Primária com Dispositivo para Aterramentodo Cabo Alimentador;

PETROBRAS N-329 - Bateria de Acumuladores;PETROBRAS N-330 - Chaves de Controle Auxiliares para Chaves

Desligadoras Primárias de Subestações com PrimárioSeletivo;

PETROBRAS N-331 - Intertravamento Mecânico Tipo “kirk” paraSubestação com Primária Seletivo;

PETROBRAS N-332 - Carregador de Bateria;PETROBRAS N-333 - Quadro de Corrente Contínua;PETROBRAS N-334 - Intertravamento Mecânico Tipo “kirk” para Unidade

Desligadora Primária;PETROBRAS N-375 - Caixa de Blocos Terminais;PETROBRAS N-470 - Quadro de Distribuição - Sistema Trifásico - Área Não

Classificada;PETROBRAS N-474 - Resistor de Aterramento;PETROBRAS N-510 - Painel de Baixa Tensão para Instalação em Área de

Classe I, Grupo D, Divisão 2;PETROBRAS N-1534 - Quadro Distribuição - Sistema Edison - Área

Classificada;PETROBRAS N-1659 - Redes e Equipamentos Elétricos - Folhas de Testes;PETROBRAS N-1717 - Quadro Corrente Contínua - Área Classificada;PETROBRAS N-1718 - Quadro Distribuição - Sistema Trifásico - Área

Classificada;PETROBRAS N-1777 - Painel de Baixa Tensão - Área não Classificada

Instalação ao Tempo;PETROBRAS N-1786 - Pára-Raios de Linha;PETROBRAS N-l911 - Transformadores Secos para Transmissão e

Distribuição de Energia Elétrica;ABNT NBR-5060 - Guia para Instalação e Operação de Capacitores de

Potência;ABNT NBR-5116 - Máquinas de Corrente Contínua;ABNT NBR-5117 - Máquinas Síncronas;ABNT NBR-5119 - Reatores para Sistemas de Potência;ABNT NBR-5165 - Máquinas de Corrente Contínua - Ensaios Gerais;ABNT NBR-5168 - Reatores para Sistemas de Potência;ABNT NBR-5282 - Capacitores de Potência;ABNT NBR-5286 - Corpos Cerâmicos de Grandes Dimensões Destinados a

Instalações Elétricas;ABNT NBR-5287 - Pára-Raios de Resistor Não-Linear para Sistemas de

Potência;ABNT NBR-5289 - Capacitores de Potência;ABNT NBR-5309 - Pára-Raios de Resistor Não-Linear para Sistemas de

Potência;ABNT NBR-5356 - Transformador de Potência;ABNT NBR-5376 - Acumuladores Elétricos;

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ABNT NBR-5380 - Transformador de Potência;ABNT NBR-5383 - Máquinas Elétricas Girantes - Máquinas de Indução

Determinação das Características;ABNT NBR-5389 - Técnica de Ensaios Elétricos de Alta Tensão;ABNT NBR-6509 - Eletrotécnica e Eletrônica - Instrumentos de Medição;ABNT NBR-6820 - Transformador de Potencial;ABNT NBR-6821 - Transformador de Corrente;ABNT NBR-6855 - Transformador de Potencial;ABNT NBR-6856 - Transformador de Corrente;ABNT NBR-6869 - Determinação da Rigidez Dielétrica de Óleos Isolantes

- Método dos Eletrodos de Disco; ABNT NBR-7036 - Recebimento, Manutenção e Instalação

de Transformadores de Distribuição, Imersos emLíquidos Isolantes;

ABNT NBR-7037 - Recebimento, Manutenção e Instalação deTransformadores de Potência, em Óleo IsolanteMineral;

ABNT NBR-7094 - Máquinas Elétricas Girantes - Motores Elétricos deIndução;

ABNT NBR-7118 - Disjuntores de Alta Tensão;ABNT NBR-7565 - Máquina Elétrica Girante - Limite de Ruído;ABNT NBR-7566 - Máquina Elétrica Girante - Nível do Ruído

Transmitido através do Ar - Método de Medição numCampo Livre sobre um Plano Refletor;

ANSI C 37.20 - Switchgear Assemblies, including Metal Enclosed Bus;

ANSIC 37.9 - Test Procedure for AC High-Voltage Circuit Breakers;

ANSI C 37.9a - Supplement to Test Procedure for AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis;

ANSI C 37.35 - Guide for the Application, Installation Operationand Maintenance of High-Voltage Air Disconnectingand Load Interrupter Switches;

ANSI C 50.10 - General Requirements for Synchronous Machines;ANSI C 50.13 - Requirements for Cylindrical Rotor Synchronous

Generators;ASTM D 877 - Test for Dielectric Breakdown Voltage of

Insulation Liquid Using Disk Electrical;IEEE - Std 32 - Requirements Terminology, and Test Procedure for

Neutral Grounding Devices;IEEE - Std 43 - Recommended Practice Testing Insulation Resistance

of Rotating Machinery;IEEE - Std 112 - Test Procedure for Polyphase Induction Motors and

Generators;IEEE - Std 113 - Test Code for Direct-Current Machines;IEEE - Std 114 - Test Procedure for Single-Phase Induction Motors;IEEE - Std 115 - Test Procedure for Synchronous Machines;IEEE - Std 118 - Master Test Code for Resistance Measurement;

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NEMA - MG1 - Motors and Generators;NEMA - RI2 - General Purpose and Comunication Battery Chargers;NEMA - SG4 - Alternating Current High-Voltage Circuit Breaker.

3 RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTOS

3.1 Quando do recebimento do equipamento, deve ser verificada a existência dadocumentação completa do mesmo, inclusive com a folha de teste devidamente preenchidacom os dados obtidos nos ensaios realizados em fábrica.

3.2 Deve ser verificado se a placa de identificação contém os dados solicitados naespecificação de projeto e normas aplicáveis.

3.3 Deve ser verificado se os dados de placa atendem ao especificado em projeto e desenhosde fabricante certificados.

3.4 Deve ser feita uma verificação visual quanto ao estado de conservação de todo oequipamento e seus acessórios.

3.5 Deve ser verificado se as características dos equipamentos e acessórios estão de acordocom as especificações de projeto, requisições de material, desenhos de fabricante e normasrelacionadas na tabela abaixo, onde aplicáveis:

EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

Equipamento Norma de ReferênciaBaterias de acumuladoresCaixas de blocos terminaisCapacitoresCarregador de bateriasCentro de cargaCentro de controle de motoresChave seccionadoraDisjuntoresDisjuntores para instalação em painéisDutos de barramentoMáquinas síncronasMotores de corrente contínuaMotores elétricos de induçãoPainéis auxiliares

Painéis de média tensãoPára-raiosReatoresResistor de aterramentoTransformadores de medição e proteçãoTransformadores de potênciaUnidade desligadora imersa em óleo

PETROBRAS N-329PETROBRAS N-375ABNT NBR-5282PETROBRAS N-332PETROBRAS N-316PETROBRAS N-314PETROBRAS N-323ABNT NBR-7118PETROBRAS N-316 e PETROBRAS N-317PETROBRAS N-319ABNT NBR-5117ABNT NBR-5116PETROBRAS N-313PETROBRAS N-320, N-333, N-470,N-510, N-1534, N-1717,N-1718 e N-1777PETROBRAS N-317ABNT NBR-5287ABNT NBR-5119PETROBRAS N-474ABNT NBR-6855 e ABNT NBR-6856PETROBRAS N-312, NBR-5356PETROBRAS N-322

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3.6 Quando as normas relacionadas não forem aplicáveis, devem ser seguidas aquelassegundo as quais os equipamentos foram fabricados, atendendo a especificação de projeto.

4 ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Os requisitos prescritos nas Condições Gerais se aplicam a todos os equipamentosrelacionados no item 1, devendo ser complementados pelas condições específicas aplicáveisao equipamento em questão, quando existentes.

4.1 Condições Gerais

4.1.1 Os equipamentos e materiais elétricos devem ser armazenados de acordo com asrecomendações do fabricante. Quando não indicado, o equipamento deve ser armazenado emlocal abrigado, isento de umidade, poeira, agentes corrosivos e protegidos contra danosmecânicos, apoiado não diretamente no solo, e de preferência com a embalagem original defábrica.

4.1.2 Devem ser mantidas as condições originais de pintura dos equipamentos e realizados osdevidos reparos, quando necessário, conforme sistema de pintura especificado.

4.1.3 Deve ser utilizado nos compartimentos internos dos equipamentos, quando exigido nascondições específicas, sílica-gel azul ou branca, devendo ser substituída sempre que adquirir acoloração indicadora de umidade, rosa ou marrom, respectivamente. Deve ser marcada noinvólucro da sílica-gel, a data que a mesma é colocada no interior do equipamento.

4.1.4 Devem ser mantidas tamponadas todas as entradas dos equipamentos.

4.1.5 Os equipamentos devem ser mantidos em boas condições de conservação e limpeza.

4.1.6 Devem ser mantidas em boas condições as juntas existentes nos equipamentos, devendoser substituídas quando necessário.

4.1.7 Os resultados das medições periódicas de resistência de isolamento dos equipamentosdevem ser comparados com os resultados das medições efetuadas anteriormente. Osresultados devem ser corrigidas para a temperatura de 40oC.

4.1.8 Os resultados dos testes e verificações periódicas de preservação devem ser registradosem formulários apropriados, bem como a relação dos equipamentos utilizados para realizaçãodos testes. A temperatura ambiente deve ser registrada quando da medição da resistência deisolamento.

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4.1.9 Os componentes e acessórios de equipamentos, recebidos separadamente, devem serarmazenados em locais limpos, secos e abrigados, protegidos contra danos mecânicos edevidamente identificados.

4.1.10 Os procedimentos de armazenamento e preservação de equipamentos devem abordaras tarefas previstas nesta Norma e nas recomendações do fabricante, bem como as eventuaistarefas de correção. Devem ser específicos para os materiais e equipamentos envolvidos edevem abordar, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) objetivo;b) escopo;c) normas aplicáveis;d) descrição e método do teste ou serviço;e) periodicidade das verificações;f) especificação dos produtos de preservação;g) equipamentos de testes utilizados;h) ferramental necessário:i) critérios de aceitação;j) parâmetros de testes.

4.2 Condições Específicas

4.2.1 Transformadores de Potência e Reatores

4.2.1.1 Os transformadores e reatores devem ser armazenados nivelados, sobre dormentes oupranchões de madeira, protegidos contra danos mecânicos.

4.2.1.2 Os instrumentos e buchas, quando recebidos montados no transformador ou reator,devem ser protegidos com caixas de madeira.

4.2.1.3 Os transformadores e reatores armazenados ao tempo devem ser cobertos com lonaplástica.

4.2.1.4 Os transformadores e reatores secos devem ser armazenados em local abrigado, sendoque os transformadores encapsulados em epoxi devem ser protegidos contra a incidência deraios solares.

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4.2.1.5 Deve ser colocada sílica-gel no interior de painéis auxiliares e embalagens quecontenham dispositivos de controle. A coloração da sílica-gel deve ser verificadamensalmente.

4.2.1.6 Devem ser mantidas tamponadas todas as entradas de caixas de AT e BT, auxiliares eflanges dos radiadores que forem fornecidos separadamente.

4.2.1.7 As partes metálicas das buchas devem ser protegidas com vaselina neutra.

4.2.1.8 Os tambores de óleo isolante devem ser armazenados deitados sobre dormentes, comos bujões da tampa na mesma linha horizontal.

4.2.1.9 A pressão de gás inerte em transformadores e reatores recebidos pressurizados deveser verificada semanalmente, devendo ser mantida dentro dos valores especificados pelofabricante.

4.2.1.10 A bóia do medidor do nível de óleo deve ser liberada da fixação feita paratransporte, antes das verificações do nível de óleo durante o armazenamento.

4.2.1.11 O nível e a existência de vazamento de óleo em transformadores e reatores imersosem óleo devem ser verificados mensalmente, devendo ser mantido o nível de óleoespecificado pelo fabricante. Caso seja necessário complementar o nível de óleo, devem serseguidas as recomendações do item 6.2.1.7 desta Norma. As válvulas de dreno de óleoisolante devem ser mantidas tamponadas com bujões.

4.2.1.12 Deve ser medida, no recebimento e semestralmente, a resistência de isolamento dosenrolamentos dos transformadores e reatores. O valor mínimo admissível deve ser 15 M Ω/kVda classe de isolamento, a 40°C, para transformadores e reatores imersos em óleo. Os valoresobtidos devem ser corrigidos para a temperatura de 40oC, conforme norma ABNT NBR-7036,Tabela 3. A medição para transformadores deve ser feita conforme norma ABNT NBR-5380,item 4.4.

4.2.1.13 Os transformadores e reatores secos ou sem óleo que apresentarem baixo isolamentodevem ser secados conforme instruções do fabricante e da norma ABNT NBR-7036.

4.2.1.14 Nos transformadores e reatores imersos em óleo que apresentarem baixo isolamento,deve ser medida a rigidez dielétrica do óleo conforme item 6.2.1.8.

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4.2.2 Resistores de Aterramento

4.2.2.1 Todos os resistores devem ser armazenados nivelados sobre dormentes ou pranchasde madeiras.

4.2.2.2 Os resistores de aterramento fabricados para instalação interna devem serarmazenados em local abrigado.

4.2.2.3 Os resistores de aterramento armazenados ao tempo devem ser cobertos com lonaplástica.

4.2.3 Painéis de Comando, Painéis de Proteção, Painéis de Sinalização, Painéis Auxiliares,Retificadores e Inversores

4.2.3.1 Os painéis, inversores e retificadores devem ser armazenados em local limpo, seco eabrigado, protegido contra danos mecânicos.

4.2.3.2 Os painéis, retificadores e inversores devem ser colocados sobre estrados de madeira.

4.2.3.3 Deve ser colocada sílica-gel no interior de painéis, retificadores e inversores, bemcomo dentro das embalagens dos relés, medidores e componentes eletrônicos recebidosseparadamente. Quando os painéis, retificadores e inversores estiverem com os componenteseletrônicos montados, a sílica-gel deve ser colocada próxima destes componentes. Acolocação da sílica-gel é dispensável em painéis auxiliares que não contenham dispositivos decontrole eletromecânicos e eletrônicos, e em compartimento de painéis que a resistência deaquecimento seja mantida ligada.

4.2.3.4 A coloração da sílica-gel deve ser verificada mensalmente.

4.2.3.5 Os resistores de aquecimento devem ser mantidos ligados e os termostatos devem serajustados em 40°C. A temperatura no interior dos compartimentos dos painéis, retificadores einversores deve ser verificada mensalmente. A leitura da temperatura deve ser feita na partesuperior dos compartimentos devendo ser superior à temperatura ambiente.

4.2.3.6 Os painéis, retificadores e inversores devem ser cobertos com lona plástica caso aembalagem do fabricante não apresente condições satisfatórias de proteção.

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4.2.3.7 Deve ser aplicado no recebimento e a cada seis meses produto anticorrosivo nosmecanismos dos disjuntores, conforme instruções do fabricante.

4.2.4 Baterias de Acumuladores

4.2.4.1 As baterias de acumuladores devem ser armazenadas, desde o recebimento, niveladasem local abrigado, limpo, seco, livre de fontes geradoras de calor e ação de raios solares.

4.2.4.2 Os elementos fornecidos em recipientes de aço devem ser protegidos, no recebimento,com óleo antioxidante.

4.2.4.3 As baterias de acumuladores devem ser mantidas limpas. Deve ser aplicada vaselinaneutra nos terminais dos elementos, no recebimento e a cada três meses.

4.2.4.4 As baterias alcalinas devem ser armazenadas secas e descarregadas. Para as bateriasalcalinas recebidas carregadas com eletrólito, é permitido o armazenamento com eletrólito,desde que as baterias sejam mantidas em flutuação, após verificação do estado da carga,conforme instruções do fabricante.

4.2.4.5 Nas baterias alcalinas armazenadas com eletrólito, o mesmo deve ser mantido nadensidade especificada, bem como entre as marcações de máximo e mínimo, conformeinstruções do fabricante.

4.2.4.6 As sedes das válvulas das baterias alcalinas, armazenadas sem eletrólito, devem sermantidas vedadas.

4.2.4.7 As baterias ácidas recebidas com eletrólito e carregadas devem receber cargaperiodicamente ou devem ser mantidas em flutuação após verificação do estado da carga,conforme instruções do fabricante.

4.2.4.8 O nível de eletrólito das baterias ácidas, armazenadas conforme previsto no item4.2.4.7, deve ser mantido na densidade especificada, bem como entre as marcações demáximo e mínimo, conforme instruções do fabricante. Quando o nível de eletrólito deixar asplacas expostas, o fabricante deve ser consultado antes da complementação.

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4.2.5 Disjuntores para Instalação Externa

4.2.5.1 Os disjuntores e componentes sujeitos ao acúmulo de poeira devem ser cobertos comlona plástica.

4.2.5.2 Devem ser mantidos ligados os resistores de aquecimento desde o recebimento.

4.2.5.3 As partes metálicas das buchas devem ser protegidas, no recebimento, comantioxidante adequado, de acordo com as instruções do fabricante.

4.2.5.4 As partes móveis metálicas do sistema de acionamento devem ser lubrificadas, norecebimento e a cada 6 meses, de acordo com as instruções do fabricante.

4.2.5.5 O nível do óleo isolante e a existência de vazamentos de óleo devem ser verificadosno recebimento e mensalmente. Os disjuntores que apresentarem vazamentos devem serreparados seguindo as instruções do fabricante. O nível do óleo isolante deve sercomplementado, quando necessário, com tipo compatível, conforme o item 6.2.1.7.

4.2.5.6 Os instrumentos e buchas quando recebidos montados no disjuntor devem serprotegidos com caixa de madeira.

4.2.5.7 A pressão de gás inerte nos pólos de disjuntores recebidos pressurizados deve sermantida positiva segundo as instruções do fabricante nos disjuntores que apresentaremvazamento do gás inerte.

4.2.5.8 A pressão dos cilindros de gás isolante deve ser acompanhada semanalmente desde orecebimento, verificando a existência de vazamento.

4.2.6 Transformadores de Medição e Proteção para Instalação Externa

4.2.6.1 Os transformadores de medição e proteção devem ser armazenados em localabrigado.

4.2.6.2 A resistência de isolamento dos transformadores deve ser medida no recebimento esemestralmente. O valor mínimo admissível deve ser de 15 MΩ/kV da classe de isolamento a40°C. Os valores obtidos devem ser corrigidos para a temperatura de 40°C, conforme normaABNT NBR-7036, Tabela 3.

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4.2.6.3 Os transformadores secos ou sem óleo que apresentarem baixo isolamento devem sersecados conforme instruções do fabricante.

4.2.6.4 Nos transformadores imersos em óleo, que apresentarem baixo isolamento, deve sermedida a rigidez dielétrica do óleo conforme item 6.2.1.8.

4.2.6.5 O nível do óleo isolante e a existência de vazamento devem ser verificados norecebimento e mensalmente. Os transformadores que apresentarem vazamentos devem serreparados conforme as instruções do fabricante. O nível do óleo isolante deve ser completado,quando necessário, conforme item 6.2.1.7.

4.2.7 Chaves Seccionadoras Secas

4.2.7.1 As chaves seccionadoras devem ser armazenadas em engradados de madeira, emlocal seco e abrigado, desde o recebimento.

4.2.7.2 Os contatos móveis e fixos devem ser protegidos contra corrosão, aplicando-se pastaantioxidante, no recebimento e semestralmente.

4.2.7.3 Os dispositivos de lubrificação devem ser providos de óleo ou graxa, conforme asinstruções do fabricante, no recebimento e semestralmente.

4.2.8 Unidades Desligadoras Imersas em Óleo

4.2.8.1 As unidades desligadoras devem ser armazenadas, niveladas, sobre dormentes oupranchas de madeira, a fim de impedir o seu contato direto com o solo.

4.2.8.2 As unidades desligadoras armazenadas ao tempo devem ser cobertas com lonaplástica.

4.2.8.3 Devem ser mantidos tamponados todos os flanges das meias-canas e entradas paraeletrodutos.

4.2.8.4 Os resistores de aquecimento devem ser mantidos ligados.

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4.2.8.5 Os tambores de óleo isolante devem ser armazenados deitados sobre dormentes, combujões da tampa na mesma linha horizontal.

4.2.8.6 A pressão de gás inerte, nas unidades desligadoras recebidas pressurizadas, deve serverificada mensalmente, devendo ser mantida dentro dos valores especificados pelofabricante.

4.2.9 Capacitores

4.2.9.1 Os capacitores devem ser armazenados, nivelados, em local abrigado, protegidocontra corrosão e danos mecânicos.

4.2.9.2 A existência de vazamento deve ser verificada no recebimento e semestralmente.

4.2.9.3 A resistência de isolamento deve ser medida no recebimento e semestralmenteconforme a norma ABNT NBR-5060.

4.2.10 Geradores e Motores

4.2.10.1 Os geradores e motores elétricos devem ser armazenados em local abrigado. Paraequipamentos de grande porte ou recebidos pré-montados sobre bases metálicas, que tenhamque ficar armazenados ao tempo, deve ser prevista cobertura com lona impermeável.

4.2.10.2 Os instrumentos recebidos montados nos equipamentos devem ser protegidos contradanos mecânicos com caixas de madeira.

4.2.10.3 O rotor de equipamento com mancais de bucha deve ser mantido travado.

4.2.10.4 O acoplamento, ponta do eixo e demais superfícies usinadas devem ser mantidasprotegidas com produto antioxidante, aplicado a cada três meses.

4.2.10.5 Os reservatórios de óleo dos mancais dos equipamentos devem ser mantidos cheiosde óleo, de acordo com as instruções do fabricante.

4.2.10.6 Nos equipamentos providos de coletor e escovas, estas devem ser mantidas afastadasdo coletor, de acordo com as instruções do fabricante.

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4.2.10.7 Os resistores de aquecimento dos equipamentos devem ser mantidos energizados, eseu funcionamento deve ser verificado periodicamente, de forma a garantir o funcionamentocontínuo.

4.2.10.8 Deve ser medida a cada três meses a resistência de isolamento dos enrolamentos dos equipamentos, de acordo com a norma IEEE Std 43. Os equipamentos que apresentaremresistência de isolamento abaixo do valor mínimo admissível, devem ser secados,observando-se as instruções do fabricante. O valor mínimo é de (kV+1) MΩ, a 40°C, sendoque kV é a classe de isolamento do equipamento.

4.2.10.9 O rotor dos equipamentos deve ser girado manualmente a cada 15 dias cerca de dezrotações deixando em posição diferente do anterior. Para os equipamentos com mancaislubrificados a óleo ou com mancais de bucha, devem ser seguidas as instruções do fabricante,observando-se a necessidade de pré-lubrificação dos mancais antes do giro.

5 FUNDAÇÕES E BASES

Os requisitos 5.1 e 5.2 são válidos para todos os equipamentos relacionados no item 1.

5.1 Deve ser verificado antes da colocação do equipamento na base, a existência deinterferências que possam prejudicar as interligações de cabos ou eletrodutos com osequipamentos.

5.2 A locação e dimensões da base de apoio, posicionamento de chumbadores, nivelamento,cotas e posições de afloramento dos eletrodutos de espera, devem atender aos desenhos eespecificações de projeto.

6 MONTAGEM DE EQUIPAMENTOS

Os requisitos prescritos nas Condições Gerais se aplicam a todos os equipamentosrelacionados no item 1, devendo ser complementados pelas condições específicas aplicáveisao equipamento em questão, quando existentes.

6.1 Condições Gerais

6.1.1 A contratante deve prover meios a serem utilizados no transporte e colocação dosequipamentos nas bases, compatíveis com suas características físicas e recomendações dosfabricantes.

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6.1.2 As etapas de montagem dos equipamentos e seus acessórios, relacionadas abaixo,devem ser feitas atendendo aos desenhos e especificações de projeto e recomendações dofabricante, assim como aos procedimentos de montagem previamente aprovados:

a) suportação;b) alinhamento;c) travamento;d) nivelamento;e) fixação;f) conexões com cabos, eletrodutos, prensa cabos e demais acoplamentos;g) interligação e identificação dos circuitos de proteção, medição, sinalização,

aquecimento, comando, alarme e intertravamento.

6.1.3 Os dispositivos de fixação de cabos singelos, em circuitos de corrente alternada, devemser de material não magnético.

6.1.4 As juntas de vedação devem ser substituídas, caso necessário, bem como devem serinstaladas juntas adicionais em pontos não previstos por deficiência de fabricação.

6.1.5 Deve ser garantido o aterramento e a continuidade elétrica, em conformidade com oprojeto, entre as diversas partes metálicas do equipamento e suas conexões, bem como oretorno para as correntes de defeito através de caminho de baixa impedância.

6.1.6 Os procedimentos de montagem devem atender as normas e recomendações dosfabricantes, e devem abordar, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) objetivo;b) escopo;c) normas aplicáveis;d) descrição e método de execução dos serviços;e) equipamentos e ferramental necessário;f) critérios de aceitação.

6.1.7 Os procedimentos de montagem devem ser específicos para os equipamentosenvolvidos.

6.1.8 Após a montagem dos equipamentos, deve ser dado reaperto adequado em todas aspartes aparafusadas e conexões.

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6.2 Condições Específicas

6.2.1 Transformadores de Potência e Reatores

6.2.1.1 Além dos documentos citados no item 6.1.2, as etapas de montagem devem levar emconta os procedimentos estabelecidos pela normas ABNT NBR-7036 e NBR-7037.

6.2.1.2 Não devem existir folgas ou esforços entre as partes acopladas tais como flanges deacoplamento com dutos de barras, conexões, com eletrodutos e meia-cana.

6.2.1.3 O aterramento do neutro dos transformadores deve ser feito empregando condutoresde bitola e classe de isolamento especificadas em projeto.

6.2.1.4 Na conexão dos barramentos ao transformador ou reator, os “links” devem estarposicionados e apertados de forma a manter o mesmo espaçamento entre eles. O comprimentodos parafusos não deve comprometer o espaçamento entre fases e fase-terra.

6.2.1.5 Na confecção e conexão das terminações dos cabos ao transformador devem serobservados os seguintes pontos:

a) tipo e classe de tensão;b) seqüência de fases do sistema;c) distância entre fase e estrutura;d) posicionamento e fixação da terminação;e) ligação da cordoalha de aterramento à malha de terra, no caso de cabos blindados

ou armados.

6.2.1.6 Devem ser liberados os acessórios ou partes dos mesmos que eventualmente tenhamsido presos ou obstruídos para efeito de transporte.

6.2.1.7 Para equipamentos imersos em óleo o enchimento ou complementação do nível deóleo deve ser executado conforme recomendações do fabricante, utilizando filtro prensa. Arigidez dielétrica do óleo isolante deve ser previamente medida de acordo com item 6.2.1.8.

6.2.1.8 A rigidez dielétrica do óleo isolante deve ser medida conforme a norma ABNTNBR-6869. O valor mínimo admissível deve ser 30 kV. Quando a rigidez dielétrica forinferior a mínima admissível, deve ser feito tratamento para recuperação do óleo isolante,conforme instruções do fabricante e da norma ABNT NBR-7037, Anexo B. A amostra deóleo deve ser recolhida conforme norma ABNT NBR-7037.

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6.2.2 Resistores de Aterramento

O cabo de interligação entre a bucha de neutro do transformador e o resistor de aterramentodeve passar pelo TC, caso existente.

6.2.3 Dutos de Barramento

6.2.3.1 O caminhamento dos dutos de barramento deve ser verificado quanto a eventuaisinterferências, antes da montagem.

6.2.3.2 Caso necessário, devem ser instalados suportes adicionais para os dutos debarramentos.

6.2.3.3 Os pontos de passagem dos dutos por paredes ou anteparas devem ser vedados.

6.2.4 Painéis de Comando, Painéis de Proteção, Painéis de Sinalização, Painéis Auxiliares,Retificadores e Inversores

6.2.4.1 Os barramentos devem ser verificados quanto a alinhamento, conexões, fixação,distância entre fases e entre fases e estrutura, de acordo com desenhos de fabricante.

6.2.4.2 Os ajustes mecânicos dos contatores de tensão nominal acima de 480 volts edisjuntores, exceto os de caixa moldada, devem ser feitos conforme recomendações dofabricante.

6.2.4.3 O posicionamento e fixação das câmaras de extinção de arco e separadores devematender aos desenhos do fabricante.

6.2.4.4 A movimentação dos disjuntores e gavetas, alavancas de acionamento dos contatosauxiliares, fim de curso e operação manual devem ser verificados quanto ao comportamentomecânico no interior do cubículo observando o acoplamento das garras de encaixe.

6.2.4.5 Os sistemas de extração devem ser verificados quanto a movimentação.

6.2.4.6 Devem ser verificados todos os componentes do painel no que se refere as suascaracterísticas, forma de fixação e/ou encaixe, grupo de ligação, conexões e aterramentoconforme as especificações de projeto e desenhos de fabricantes certificados.

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6.2.4.7 A interligação, terminações e identificação dos circuitos de força e controle devematender as especificações de projeto e desenhos do fabricante.

6.2.4.8 Devem ser verificados a abertura e o fechamento das portas ajustadas, se necessário.

6.2.5 Baterias de Acumuladores

6.2.5.1 A suportação, colocação de separadores e isoladores, número de elementos e ligaçõesentre os mesmos, devem atender às especificações de projeto e instruções do fabricante.

6.2.5.2 Para baterias alcalinas sem eletrólito, o mesmo deve ser preparado conformeinstruções do fabricante. O eletrólito deve ser colocado nos elementos somente quando oconjunto de baterias puder ser alimentado pelo retificador, para aplicar carga de equalizaçãoe/ou manter em flutuação, conforme instruções do fabricante. Após colocação do eletrólito, osistema de corrente contínua deve ser testado conforme item 8.2.5.

6.2.6 Disjuntores para Instalação Externa

6.2.6.1 Na montagem do disjuntor devem ser verificados os seguintes itens, de modo quesatisfaçam às especificações de projeto e desenhos do fabricante:

a) buchas, isoladores e capacitores;b) caixa de ligações, painel de comando e acessórios;c) fixação dos barramentos, fiação, identificação, conexões e intertravamento;d) visores, termômetros, manômetros e pressostatos;e) válvulas e acessórios;f) reservatórios e sistemas de pressurização;g) posição relativa dos pólos, conforme numeração marcada na peça.

6.2.6.2 Para equipamentos imersos em óleo, o enchimento ou complementação do nível deóleo deve ser executado conforme previsto no item 6.2.1.7.

6.2.7 Chaves Seccionadoras Secas

6.2.7.1 A fixação e montagem da chave deve atender as recomendações do fabricante,especificações de projeto e norma ANSI C 37.35 onde aplicável.

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6.2.7.2 Na instalação da chave seccionadora devem ser verificados os seguintes itens, demodo que satisfaçam às especificações de projeto e desenhos do fabricante:

a) colunas dos isoladores e suportes;b) fixação, alinhamento e ajustes das lâminas, hastes de acionamento, garras e

chifres;c) dispositivos para aterramento, contatos auxiliares, caixa de ligação e

intertravamento;d) mecanismo para acionamento manual ou remoto e acessórios;e) fiação, conexões, identificação e interligação.

6.2.8 Unidades Desligadoras Imersa em Óleo

6.2.8.1 Não devem existir folgas ou esforços entre as partes acopladas tais como, eletrodutose meia-cana.

6.2.8.2 Na montagem da unidade desligadora devem ser verificados os seguintes itens, demodo que satisfaçam às especificações de projeto e desenhos do fabricante:

a) juntas de vedação e tampas;b) isoladores de barra, “links” e isoladores de passagem;c) afastamento entre barras, entre barras e carcaça e entre extremidades de cada

barra da mesma fase, com o “link” extraído;d) alinhamento e posicionamento dos contatos móveis e fixos;e) respiro, dreno, visor de nível, resistência de aquecimento e termostatos;f) válvula de despressurização, válvula para tomada de amostra e enchimento;g) contatos auxiliares e fim de curso;h) voltímetro, TP, TC e fusíveis;i) fiação, conexões e intertravamento;j) muflas, terminais e conexões;l) aterramento.

6.2.8.3 O enchimento ou complementação do nível de óleo deve ser executado conformeprevisto no item 6.2.1.7.

6.2.9 Capacitores

6.2.9.1 A montagem e ligações dos sistemas de ventilação e exaustão devem atender àsrecomendações do fabricante para o caso de capacitores montados em cubículos.

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6.2.9.2 Os capacitores devem ser dispostos de modo a permitir a dissipação por radiação econvecção do calor produzido pelas perdas, sendo assegurada uma boa circulação de ar emtorno de cada unidade.

6.2.10 Caixa de Blocos Terminais

No caso de caixas interligadas por eletrodutos, não deve existir folga ou esforço nas partesacopladas.

6.2.11 Geradores e Motores

6.2.11.1 Os requisitos mecânicos relativos a montagem, alinhamento, nivelamento,grauteamento, acoplamento dos motores e geradores, devem ser conforme as normas demontagens aplicáveis aos equipamentos acionados e acionadores respectivamente.

6.2.11.2 O rotor de equipamento com mancais de bucha deve ser mantido travado, durantequalquer movimentação do equipamento.

6.2.11.3 Para equipamento de grande porte, em que o rotor venha separado do estator, deveser adotado o seguinte:

a) o enrolamento, calços de fixação do núcleo e ventiladores devem serinspecionados, e caso necessário, deve ser providenciada a limpeza externa dorotor por meio de ar seco, antes da introdução no estator;

b) as folgas do entre-ferro devem ser medidas em posições uniformementeespaçadas (no mínimo 4), em ambas as extremidades do estator e em váriasposições do rotor.

6.2.11.4 Os sistemas auxiliares abaixo devem ser montados conforme as especificações deprojeto e desenhos do fabricante:

a) sistema de excitação;b) sistema de regulação de velocidade;c) sistema de regulação de tensão;d) sistema de proteção contra surto de tensão;e) sistema de aterramento;f) sistema de lubrificação;g) sistema de refrigeração;h) sistema de proteção contra incêndio.

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6.2.11.5 Na montagem dos geradores e motores, devem ser verificados os seguintes itens, demodo que satisfaçam às especificações de projeto e desenhos do fabricante:

a) tampas, revestimentos e juntas de vedação do equipamento;b) termostatos, pressostatos, indicadores de água e óleo e sensores de temperatura;c) espaçamento dos anéis coletores;d) porta-escovas e escovas;e) resistor de aquecimento;f) dispositivo de proteção contra vibração;g) dispositivo de proteção contra deslocamento axial do eixo;h) dispositivo de aterramento dos mancais.

7 PRESERVAÇÃO APÓS A MONTAGEM

Os requisitos prescritos nas condições gerais se aplicam a todos os equipamentos relacionadosno item 1, devendo ser complementado pelas condições específicas aplicáveis ao equipamentoem questão, quando existentes.

7.1 Condições Gerais

São aplicáveis os requisitos estabelecidos nos itens 4.1.2 até 4.1.8 e item 4.1.10 desta Norma,no que se refere à preservação.

7.2 Condições Específicas

7.2.1 Transformadores de Potência e Reatores

7.2.1.1 Deve ser colocada sílica-gel no interior de painéis auxiliares que contenhamdispositivos de controle. A coloração da sílica-gel deve ser verificada mensalmente.

7.2.1.2 O nível do liquido de vedação do recipiente de sílica-gel deve ser mantido,verificando-se mensalmente.

7.2.1.3 As partes metálicas das buchas, terminais, garras ou conectores e áreas de contato dosfusíveis de força, devem ser protegidas com vaselina neutra.

7.2.1.4 Os instrumentos de nível, temperatura, pressão e capilares devem ser protegidos comcaixa de madeira.

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7.2.1.5 O nível e a existência de vazamento de óleo, em transformadores e reatores imersosem óleo, devem ser verificados mensalmente, devendo ser mantido o nível de óleoespecificado pelo fabricante. Caso seja necessário completar o nível de óleo, devem serseguidas as recomendações do item 6.2.1.7 desta Norma. As válvulas de dreno de óleoisolante devem ser mantidas tamponadas com bujões.

7.2.1.6 As entradas reservas devem ser mantidas tamponadas com dispositivos adequadospara a classificação da área.

7.2.1.7 Deve ser medida a resistência de isolamento dos enrolamentos dos transformadores ereatores, trimestralmente, conforme item 4.2.1.12.

7.2.1.8 Os transformadores e reatores que apresentarem baixo isolamento, em decorrência deabsorção de umidade, devem ser secados conforme instruções do fabricante e ABNTNBR-7036, Anexo C, quando aplicável.

7.2.1.9 Deve ser medida a rigidez dielétrica do óleo isolante, trimestralmente, conforme item6.2.1.8.

7.2.1.10 As buchas devem ser protegidas com pulverização de produto a base de silicone,quando as mesmas ficarem sujeitas a respingos de pintura ou acúmulo excessivo de poeira.

7.2.1.11 As buchas devem ser inspecionadas trimestralmente quanto a existência de trincasou partes danificadas.

7.2.2 Dutos de Barramento

O resistor de aquecimento, quando existente, deve ser mantido energizado, ajustando otermostato em 40°C.

7.2.3 Painéis de Comando, Painéis de Proteção, Painéis de Sinalização, Painéis Auxiliares,Retificadores e Inversores

7.2.3.1 Os resistores de aquecimento devem ser mantidos ligados, os termostatos devem serajustados em 40°C. A temperatura no interior dos compartimentos dos painéis, retificadores einversores deve ser verificada mensalmente. A leitura da temperatura deve ser feita na partesuperior dos compartimentos devendo ser superior a temperatura ambiente.

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7.2.3.2 Deve ser colocada sílica-gel no interior de painéis, retificadores e inversores. Quandoos painéis, retificadores e inversores estiverem com os componentes eletrônicos montados, asílica-gel deve ser colocada próximo destes componentes. A colocação da sílica-gel édispensável em painéis auxiliares que não contenham dispositivos de controleeletromecânicos e eletrônicos, e em compartimento de painéis que a resistência deaquecimento seja mantida ligada.

7.2.3.3 A coloração da sílica-gel deve ser verificada mensalmente.

7.2.3.4 Os painéis devem ser cobertos com lona plástica quando sujeitos ao acúmulo depoeira ou umidade provenientes de outros serviços.

7.2.3.5 Os painéis, retificadores e inversores devem ser protegidos com dispositivosadequados contra danos mecânicos.

7.2.3.6 Os instrumentos, visores e acessórios instalados nas portas devem ser protegidosindividualmente com dispositivos adequados.

7.2.3.7 Deve ser aplicado a cada seis meses produto anticorrosivo nos mecanismos dosdisjuntores, conforme instruções do fabricante.

7.2.3.8 As entradas reservas devem ser mantidas tamponadas com dispositivos adequadospara a classificação da área.

7.2.4 Baterias de Acumuladores

7.2.4.1 Os elementos com recipientes de ação devem ser protegidos com óleo antioxidante,conforme instruções do fabricante.

7.2.4.2 Deve ser aplicada vaselina neutra nos terminais das baterias a cada 3 meses.

7.2.4.3 As baterias devem ser mantidas carregadas em flutuação, e/ou aplicando-se carga deequalização, conforme as instruções do fabricante.

7.2.4.4 O eletrólito deve ser mantido na densidade especificada, bem como entre asmarcações de máximo e mínimo.

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7.2.4.5 Quando o nível de eletrólito das baterias ácidas estiver baixo o suficiente para deixarexposto ao ar parte das placas, o fabricante deve ser consultado.

7.2.5 Disjuntores para Instalação Externa

7.2.5.1 Os resistores de aquecimento devem ser mantidos ligados.

7.2.5.2 As partes metálicas das buchas devem ser protegidas com antioxidante adequado deacordo com as instruções do fabricante.

7.2.5.3 As partes móveis metálicas do sistema de acionamento devem ser lubrificadas a cada6 meses, de acordo com as instruções do fabricante.

7.2.5.4 O nível do óleo isolante e a existência de vazamentos de óleo devem ser verificadosmensalmente. Os disjuntores que apresentarem vazamentos devem ser reparados seguindo asinstruções do fabricante. O nível do óleo isolante deve ser completado utilizando tipocompatível conforme item 6.2.1.7.

7.2.5.5 As buchas devem ser protegidas com pulverização de produto a base de silicone,quando as mesmas ficarem sujeitas a respingos de pintura ou acúmulo excessivo de poeira.

7.2.5.6 Deve ser medida a pressão do gás isolante nos disjuntores pressurizados, verificandoa existência de vazamentos de gás, conforme as instruções do fabricante, mensalmente. Deveser normalizada a pressão de gás isolante quando esta se apresentar abaixo do valorrecomendado, utilizando as instruções do fabricante.

7.2.5.7 Deve ser medida a rigidez dielétrica do óleo isolante, trimestralmente conforme item6.2.1.8.

7.2.5.8 Os terminais de ligação devem ser protegidos com pasta antioxidante.

7.2.6 Isoladores e Pára-Raios

Os isoladores e buchas devem ser protegidos com pulverização de produto a base de silicone,quando as mesmas ficarem sujeitas a respingos de pintura ou acumulo excessivo de poeira.

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7.2.7 Transformadores de Medição e Proteção Externa

7.2.7.1 A resistência de isolamento deve ser medida semestralmente entre o primário e terra,secundário e terra e entre o primário e o secundário, conforme item 4.2.6.2.

7.2.7.2 A rigidez dielétrica do óleo isolante dos transformadores deve ser medidasemestralmente conforme item 6.2.1.8.

7.2.7.3 O nível do óleo isolante e a existência de vazamentos devem ser verificados eregistrados mensalmente. Os transformadores que apresentarem vazamentos devem serreparados conforme as instruções do fabricante. O nível do óleo isolante deve ser completado,utilizando tipo compatível, conforme item 6.2.1.7.

7.2.7.4 As buchas devem ser protegidas com pulverização de produto a base de silicone,quando as mesmas ficarem sujeitos a respingos de pintura ou acúmulo excessivo de poeira.

7.2.8 Chaves Seccionadoras Secas

7.2.8.1 As entradas reservas devem ser mantidas tamponadas com dispositivos aprovadospara a classificação da área.

7.2.8.2 Os contatos móveis e fixos devem ser protegidos contra corrosão, aplicando-se pastaantioxidante semestralmente.

7.2.8.3 Os dispositivos de lubrificação devem ser providos de óleo ou graxa, semestralmente,conforme as instruções do fabricante.

7.2.8.4 Nas chaves seccionadoras motorizadas deve ser medida a resistência de isolamentodos motores, semestralmente após a montagem. O valor mínimo aceitável deve ser de 2MΩ/kV a 40°C.

7.2.8.5 As buchas devem ser protegidas com pulverização de produto a base de silicone,quando as mesmas ficarem sujeitas a respingos de pintura ou acúmulo excessivo de poeira.

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7.2.9 Unidades Desligadoras Imersas em Óleo

7.2.9.1 Todas as entradas reservas devem ser mantidas tamponadas com dispositivosaprovados para a classificação da área.

7.2.9.2 Os resistores de aquecimento devem ser mantidos ligados.

7.2.9.3 Devem ser medidas as resistências de isolamento entre cada fase e as demaisinterligadas e aterradas e entre cada fase e a terra, após a colocação do óleo e, semestralmente.O valor mínimo deve ser 2 MΩ/kV a 40°C.

7.2.9.4 O nível e a existência de vazamentos de óleo devem ser verificados semestralmente,devendo ser mantido o nível de óleo especificado pelo fabricante. Caso seja necessáriocomplementar o nível de óleo devem ser seguidas as recomendações do item 6.2.1.7.Asválvulas de dreno de óleo isolante devem ser mantidas tamponadas com bujões.

7.2.9.5 A rigidez dielétrica do óleo isolante deve ser medida semestralmente conforme item6.2.1.8.

7.2.9.6 O mecanismo de acionamento deve ser lubrificado semestralmente.

7.2.10 Capacitores

7.2.10.1 A existência de vazamentos deve ser verificada semestralmente.

7.2.10.2 A resistência de isolamento dos capacitores deve ser medida semestralmenteconforme norma ABNT NBR-5060.

7.2.10.3 Deve ser aplicada vaselina neutra nos terminais dos capacitores a cada 3 meses.

7.2.11 Geradores e Motores

7.2.11.1 Os equipamentos devem ser cobertos com lona plástica, quando sujeitos ao acúmuloexcessivo de umidade e poeira. As entradas não utilizadas devem ser mantidas tamponadas.

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7.2.11.2 Os instrumentos montados nos equipamentos, bem como os dispositivos decomando local, devem ser protegidos com caixas de madeira.

7.2.11.3 O acoplamento, ponta do eixo e demais superfícies usinadas devem ser mantidasprotegidas com produto antioxidante, aplicado a cada três meses.

7.2.11.4 Os reservatórios de óleo dos mancais dos equipamentos devem ser mantidos comóleo, de acordo com instruções do fabricante.

7.2.11.5 Nos equipamentos providos de coletor e escovas, estas devem ser mantidas afastadasdo coletor, de acordo com as instruções do fabricante.

7.2.11.6 Os resistores de aquecimento dos equipamentos devem ser mantidos energizados, eseu funcionamento deve ser verificado periodicamente de forma a garantir o funcionamentocontínuo.

7.2.11.7 Deve ser medida mensalmente a resistência de isolamento dos enrolamentos dosequipamentos, de acordo com a IEEE Std 43. Os equipamentos que apresentarem resistênciade isolamento abaixo do valor mínimo admissível devem ser secados, observando-se asinstruções do fabricante. O valor mínimo é (kV+1) MΩ, a 40°C, sendo que kV é a classe deisolamento do equipamento.

7.2.11.8 O rotor dos equipamentos deve ser girado manualmente, a cada 15 dias, cerca de dezrotações, deixando o eixo em posição diferente da anterior. Para os equipamentos commancais lubrificados a óleo ou com mancais de bucha, devem ser seguidas as instruções dofabricante, observando-se a necessidade de pré-lubrificação dos manuais antes do giro.

8 TESTES

8.1 Condições Gerais

8.1.1 Uma verificação visual das condições de instalação e limpeza em todos osequipamentos deve ser feita antes da execução dos ensaios.

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8.1.2 Todos os testes devem ser efetuados de acordo com as exigências contidas nasespecificações de projeto, recomendações do fabricante e nas normas abaixo relacionadas,quando aplicável, sendo que devem ser seguidas aquelas segundo as quais o equipamento foifabricado:

a) da ABNT: NBR-5060; NBR-5116; NBR-5165; NBR-5168; NBR-5286;NBR-5289; NBR-5309; NBR-5376; NBR-5380; NBR-5383;NBR-5389; NBR-6509; NBR-6820; NBR-6821; NBR-6869;NBR-7094; NBR-7565; NBR-7566;

b) da ANSI: C 37.9; C 37.9a; C 37.20; C 37.35; C 50.10;C 50.13;

c) da ASTM: D 877;d) da NEMA: MG1; RI2; SG4;e) do IEEE: Std 32; Std 43; Std 112; Std 113; Std 114; Std

115; Std 118.

8.1.3 Os procedimentos de testes dos equipamentos devem abordar, no mínimo, os seguintestópicos:

a) objetivo;b) escopo;c) normas aplicáveis;d) descrição e método de teste;e) equipamentos de testes utilizados;f) ferramental necessário;g) critérios de aceitação;h) parâmetros de testes.

8.1.4 Os procedimentos devem abordar os testes previstos nesta Norma e recomendações dofabricante.

8.1.5 Os procedimentos devem ser específicos para os equipamentos envolvidos.

8.1.6 A temperatura ambiente deve ser registrada quando da realização dos testes deresistência de isolamento, resistência ôhmica e tensão aplicada.

8.1.7 A umidade relativa do ar deve ser registrada quando da realização dos testes de tensãoaplicada.

8.1.8 Após a execução dos testes, a executante deve emitir certificado que contenha emanexo a folha de teste específica de cada equipamento, padronizado pela normaPETROBRAS N-1659, com todos os dados e resultados registrados.

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8.2 Condições Específicas

8.2.1 Transformadores de Potência e Reatores

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) verificação da relação de transformação dos transformadores em todas asposições do comutador de tapes, utilizando T.T.R., deixando o comutador notape de projeto;

b) medição da resistência ôhmica dos enrolamentos, utilizando o método da ponte.Para os transformadores, a medição deve ser feita com o comutador na posiçãode maior tape;

c) aferição do indicador de temperatura, utilizando termômetro padrão;d) verificação da pressão das garras e da continuidade dos fusíveis de alta tensão

dos transformadores;e) levantamento da curva de saturação dos TC's de bucha dos transformadores;f) medição da resistência de isolamento dos suportes dos fusíveis dos

transformadores;g) ajuste dos instrumentos de medição, proteção e sinalização;h) verificação da continuidade dos circuitos auxiliares de proteção, medição e

sinalização;i) medição da resistência de isolamento dos seguintes itens, se aplicáveis;

- circuitos auxiliares de proteção, medição e sinalização;- motores de ventiladores;- TC's de bucha;- fusíveis de alta tensão;

j) simulação da operação do relé de elevação súbita de pressão ou relé de gás;l) verificação do sentido de rotação dos ventiladores do sistema de ventilação

forçada dos transformadores;m)simulação da operação de todas as proteções, observando comando, sinalização,

alarme e proteção.

8.2.2 Resistores de Aterramento

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) medição da resistência ôhmica, corrigindo para a temperatura de referência;b) medição da resistência de isolamento. O valor mínimo aceitável deve ser

de 2 MΩ /kV;c) verificação da polaridade do transformador de corrente;d) levantamento da curva de saturação do TC, comparando com a curva do

fabricante;e) verificação da continuidade das interligações de força e controle;f) injeção de corrente no circuito do TC e observação da operação do relé;g) verificação da relação de transformação do TC.

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8.2.3 Duto de Barramento

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) verificação da continuidade do barramento;b) medição da resistência de isolamento entre fases e entre fases e terra. O valor

mínimo admissível deve ser de 2 MΩ/kV;c) aplicação de tensão no barramento de classe de tensão igual ou superior a 5 kV,

conforme norma ANSI C 37.20. O teste de resistência de isolamento deve serrepetido após a execução do teste de tensão aplicada;

d) verificação da seqüência das fases.

8.2.4 Painéis de Comando, Painéis de Proteção Painéis de Sinalização e Painéis Auxiliares

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) operação manual de todos os componentes, certificando-se que todas as partesmóveis deslocam-se livremente sem prender;

b) verificação das condições de abertura e fechamento das portas, bem como dossistemas de extração, e dispositivos de separação entre compartimentos debarramento e disjuntores ou contatores;

c) verificação do bloqueio da abertura das portas, em condições de circuitoenergizado;

d) medição da resistência de isolamento da fiação;e) verificação da polaridade e da continuidade dos circuitos de corrente;f) verificação da continuidade do barramento;g) medição da resistência de isolamento do barramento entre fases e entre fase e

terra;h) aplicação da tensão no barramento de painéis de classe de tensão igual ou

superior a 5 kV;i) medição da resistência de isolamento dos componentes, removendo os cartões

eletrônicos. O valor mínimo admissível deve ser 2 MΩ/kV;j) verificação da continuidade e da pressão das garras dos fusíveis de força;k) verificação da relação de transformação de TC's, TP's e da polaridade dos TC's

conforme normas ABNT NBR-6820 e NBR-6821;l) levantamento da curva de saturação de TC's de proteção, excetuando os TC's de

relé térmico e “ground sensor”;m) verificação do alinhamento dos contatos móveis e fixos dos contatores com

corrente nominal acima de 100 A e disjuntores, exceto os de caixa moldada;n) medição da resistência ôhmica dos contatos dos contatores de tensão superior a

480 V e disjuntores, exceto os de caixa moldada;o) verificação da simultaneidade de abertura e fechamento dos contatos de

contatores de tensão superior a 480 V e disjuntores, exceto os de caixa moldada;p) medição da resistência de isolamento dos relés eletromecânicos entre contatos

para a terra, bobinas para a terra, e entre extremidades de contatos. O valormínimo admissível deve ser de 1 MΩ. A tensão durante o ensaio não deve sersuperior a 200 VDC;

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q) ajuste e calibração dos relés de proteção e levantamento da curva de atuação nos“tapes” e ajustes de tempo de projeto;

r) ajuste dos relés térmicos e levantamento do tempo de atuação em cada fase e nastrês fases com os elementos em série;

s) identificação e selo dos relés calibrados e ajustados;t) aferição dos medidores;u) verificação da atuação dos disjuntores de caixa moldada, injetando corrente

acima da nominal;v) verificação do tempo de abertura e fechamento de disjuntores de sistemas de

paralelismo de gerações distintas, e disjuntores de sistemas de transferênciaautomática e reaceleração;

w) realização do ensaio operacional, observando:- operação das chaves comutadoras;- operação manual e automática, local e remota dos contatores e disjuntores;

x) realização de teste funcional simulado, envolvendo comando e proteção,observando sinalização e intertravamentos;

y) realização de teste funcional do painel, fazendo operação simulada dos circuitosexternos na régua de blocos terminais. Para o teste funcional final, envolvendoas interligações entre os equipamentos, as simulações devem ser feitasdiretamente nos dispositivos de comando, proteção e intertravamento dosdiversos equipamentos;

z) injeção de corrente nos circuitos de TC's observando operação dos relés.

8.2.5 Retificadores, Baterias de Acumuladores e Inversores

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) verificação das condições de abertura e fechamento das portas;b) verificação da continuidade e da pressão das garras dos fusíveis de força;c) verificação da atuação dos disjuntores de caixa moldada, injetando corrente

acima da nominal;d) aferição dos instrumentos de medição;e) verificação da polaridade das interligações com baterias e consumidores;f) realização de ensaio operacional nos retificadores e inversores, observando: - operação das chaves comutadoras; - sinalização, intertravamento e nível de ruído; - funcionamento do sistema de exaustão e ventilação;g) realização de teste de operação simulada das proteções do sistema de corrente

contínua;h) verificação do nível e densidade do eletrólito das baterias;i) verificação do aperto das conexões entre elementos, bem como da polaridade por

elemento;j) ajuste de tensão, corrente e freqüência nos equipamentos;l) aplicação do ciclo de carga nas baterias, conforme instruções do fabricante;m) verificação dos retificadores quanto aos componentes compatíveis com os

consumidores e baterias, tais como unidade de diodos de queda, que tenhamobjetivo de manter as tensões nos consumidores e baterias dentro dos limites

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estabelecidos para as diversas condições de carga do sistema e estado da cargadas baterias;

n) realização de teste de capacidade nominal das baterias, conforme instruções dofabricante, efetuando ciclo de descarga e recarga;

o) registro da tensão do sistema e por elemento, corrente e freqüência, para asdiversas condições de carga;

p) medição da ondulação da tensão contínua nos bornes do consumidor, com asbaterias conectadas no sistema, e comparação com o especificado;

q) simulação de transferência automática e operação da chave estática,oscilografando a forma de onda.

8.2.6 Disjuntores para Instalação Externa

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) verificação da abertura e fechamento das janelas de inspeção e da porta do painelauxiliar de comando;

b) medição da resistência ôhmica dos contatos comparando os resultados obtidoscom os resultados apresentados pelo fabricante;

c) medição da resistência de isolamento do disjuntor, conforme as instruções dofabricante. O valor apresentado deve estar de acordo com o especificado pelofabricante; caso não especificado, adotar como valor mínimo 10000 MΩ a 20ºC;

d) verificação da continuidade da fiação de controle;e) verificação da simultaneidade de fechamento e abertura;f) verificação da abertura e fechamento nas posições de operação e teste

observando inclusive a operação dos contatos auxiliares e fim de curso,intertravamento e dispositivos de sinalização, controle e alarme;

g) calibração de relés de ação direta e instrumentos;h) verificação do tempo de abertura e fechamento quando se tratar dos disjuntores

de sistema de paralelismo de sistemas de geração diferentes, transferênciaautomática e reaceleração;

i) atuação do comando de abertura e fechamento, local e remoto, observando ocomportamento do disjuntor e da sinalização;

j) verificação da operação do sistema pneumático;l) verificação do ciclo de operação com energia armazenada no sistema de

acionamento;m) verificação das tensões dos circuitos auxiliares de controle, devendo as mesmas

ficarem na faixa admissível quando o disjuntor for operado no local eremotamente.

8.2.7 Isoladores e Pára-Raios

Devem ser submetidos a medição da resistência de isolamento, utilizando Megger para nívelde tensão ate 5 kV inclusive, e tensão aplicada para níveis de tensão superior.

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8.2.8 Transformadores de Proteção e Medição para Instalação Externa

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) verificação da polaridade dos TC's de proteção, conforme ABNT NBR-6821;b) medição da resistência ôhmica dos enrolamentos do TC's de proteção;c) verificação da relação de transformação;d) levantamento da curva de saturação dos TC's de proteção;e) verificação da continuidade do secundário dos TC's;f) medição da resistência de isolamento. O valor mínimo admissível deve ser

de 2 MΩ/kV.

8.2.9 Chaves Seccionadoras Secas

Devem ser submetidas aos procedimentos relacionados abaixo:

a) medição da resistência de isolamento entre cada fase e as demais fasesinterligadas e aterradas. O valor mínimo aceitável deve ser de 2 MΩ/kV à 40°C;

b) medição da resistência de isolamento entre os pólos de cada fase. O valormínimo aceitável deve ser de 2 MΩ/kV à 40°C;

c) verificação e identificação do faseamento;d) medição da resistência ôhmica dos contatos de cada fase para chaves de classe

de tensão igual ou superior a 15 kV;e) medição da resistência de isolamento da fiação de comando, proteção e

sinalização;f) verificação da abertura e do fechamento dos contatos principais;g) verificação da simultaneidade do fechamento, local e remoto, observando o

comportamento dos circuitos de controle, proteção e sinalização.

8.2.10 Unidades Desligadoras Imersas em Óleo

Devem ser submetidas aos procedimentos relacionados abaixo:

a) medição da resistência de isolamento do barramento e das chaves;b) aplicação de tensão no barramento, com a chave na posição aberta;c) medição da resistência ôhmica dos contatos principais;d) alinhamento dos contatos móveis e fixos;e) verificação da continuidade elétrica dos circuitos de alarme, comando, proteção e

intertravamento;f) verificação da simultaneidade de abertura e fechamento;g) verificação do dispositivo para aterramento do alimentador;h) verificação dos transformadores de medição e proteção conforme item 8.2.8;i) calibração dos instrumentos de medição, relés, termostatos e pressostatos;j) verificação da abertura e fechamento, observando o comportamento dos circuitos

de controle, proteção, sinalização e intertravamento.

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8.2.11 Capacitores

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) verificação da continuidade elétrica dos circuitos de comando;b) aplicação de 70% da tensão especificada na ABNT NBR-5282; o procedimento

de teste deve ser conforme ABNT NBR-5289;c) ensaio de tensão residual, conforme ABNT NBR-5289.

8.2.12 Motores de Indução e Motores de Corrente Contínua

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) medição da resistência ôhmica dos enrolamentos, utilizando ponte, nos motoresde indução de tensão nominal igual ou superior a 2300 V;

b) verificação do fechamento das ligações, de acordo com o diagrama de ligaçõesdo motor;

c) verificação da continuidade dos detetores de temperatura internos ao motor(RTD);

d) teste e calibração do sistema de comando, proteção alimentação, conforme itens8.1 e 8.2.4 desta norma;

e) teste dos sistemas auxiliares de lubrificação, refrigeração e pressurização,quando aplicável;

f) medição da resistência de isolamento do sistema de proteção contra surto detensão, acoplado à máquina, quando aplicável;

Nota: As demais verificações e testes no motor devem ser feitas após preparação paraentrada em operação, conforme itens 9.1, 9.2.10 e 9.2.11.

8.2.13 Geradores e Motores Síncronos

Devem ser submetidos aos procedimentos relacionados abaixo:

a) medição da resistência ôhmica dos enrolamentos, utilizando ponte;b) medição da resistência de isolamento de mancais isolados, quando aplicável;c) verificação da continuidade dos detetores de temperatura internos à máquina

(RTD);d) medição da resistência de isolamento do sistema de proteção contra surto de

tensão, acoplado à máquina, quando aplicável;e) verificação do fechamento das ligações, de acordo com o diagrama de ligações

da máquina;f) teste e calibração do sistema de comando, proteção e excitação, conforme itens

8.1 e 8.2.4;g) teste dos sistemas auxiliares de lubrificação, refrigeração e pressurização,

quando aplicável;

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Nota: As demais verificações e testes na máquina devem ser feitas após preparação paraentrada em operação, conforme itens 9.1, 9.2.12 e 9.2.13.

9 PREPARAÇÃO PARA ENTRADA EM OPERAÇÃO

Os requisitos prescritos nas condições gerais se aplicam a todos os equipamentos relacionadosno item 1, devendo ser complementados pelas condições específicas aplicáveis aoequipamento em questão, quando existentes.

9.1 Condições Gerais

9.1.1 Deve ser feita limpeza geral em todos os equipamentos antes da entrada em operação.

9.1.2 Devem ser verificadas todas as conexões, reapertando-as, se necessário.

9.1.3 Devem ser energizados os circuitos auxiliares e verificado se as tensões de alimentaçãoestão dentro dos níveis especificados.

9.2 Condições Específicas

9.2.1 Transformadores de Potência e Reatores

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) verificação da posição do comutador de tapes que deve estar conformeespecificado em projeto;

b) medição da resistência de isolamento conforme item 4.2.1.12;c) medição da rigidez dielétrica do óleo isolante, se o período entre a última

medição e a entrada em operação for superior a um mês, conforme item 6.2.1.8;d) verificação do registro entre o relé de gás e o conservador de óleo que deve estar

aberto bem como as válvulas borboletas superiores e inferiores de todos osradiadores;

e) verificação da pressão interna de transformadores selados que deve ser positiva.Caso contrário, pressurizar conforme instruções do fabricante;

f) leitura das tensões primária e secundária nos transformadores, após energização;g) observação do nível de ruído após a energização;h) observação das primeiras horas de funcionamento, atentando para as

recomendações do fabricante.

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9.2.2 Dutos de Barramentos

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) inspeção das conexões dos “links”, observando a distância entre fases;b) medição da resistência de isolamento conforme item 8.2.3(b);c) verificação da colocação de juntas de vedação e fechamento das janelas de

inspeção.

9.2.3 Painéis de Comando, Painéis de Proteção, Painéis de Sinalização, Painéis Auxiliares,Retificadores e Inversores

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) verificação da instalação de todos os parafusos das tampas de equipamentos àprova de explosão;

b) verificação dos cartões de componentes eletrônicos devem estar posicionados eencaixados corretamente;

c) verificação, após a energização, do comportamento e operação nas chavescomutadoras e leitura de corrente e tensão nos medidores do painel;

d) verificação do faseamento entre barramentos separados por disjuntores deinterligação através de medição e comparação de tensões secundárias dos TP'sassociados a cada barramento.

9.2.4 Disjuntores para Instalação Externa

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) verificação, através das janelas de inspeção, da fixação dos componentes e dointerior do painel auxiliar de comando;

b) verificação dos ajustes dos pressostatos do sistema pneumático e do sistema degás isolante;

c) verificação da existência de vazamentos nos sistemas pneumático e de gásisolante;

d) verificação de todas conexões elétricas, pneumáticas e de gás isolante;e) medição da rigidez dielétrica do óleo isolante, conforme 6.2.1.8, se o período

entre a última medição e a entrada em operação for superior a um mês;f) observação das primeiras horas de funcionamento após energização.

9.2.5 Isoladores e Pára-Raios

Deve ser realizada a medição da resistência de isolamento utilizando “Megger” para nível detensão até 5 kV, inclusive, e tensão aplicada para nível de tensão superior de acordo com aespecificação do projeto.

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9.2.6 Transformadores de Medição e Proteção para Instalação Externa

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) verificação da continuidade do secundário dos transformadores de corrente;b) medição da resistência de isolamento. O valor mínimo aceitável é de 2 MΩ/kV à

40°C;c) medição da rigidez dielétrica do óleo isolante, conforme item 6.2.1.8, se o

período entre a última medição e a entrada em operação for superior a ummês.

9.2.7 Chaves Seccionadoras Secas

Deve ser realizada a medição da resistência de isolamento das chaves seccionadoras entrecada fase e as demais interligadas e aterradas e entre os pólos de cada fase. O valor mínimoaceitável deve ser de 2 MΩ/kV à 40°C.

9.2.8 Unidades Desligadoras Imersas em Óleo

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) a medição da rigidez dielétrica do óleo isolante, conforme item 6.2.1.8, se operíodo entre a última medição e a entrada em operação for superior a um mês;

b) medição da resistência de isolamento das chaves seccionadoras entre cada fase eas demais interligadas e aterradas e entre os pólos de cada fase. O valor mínimoaceitável deve ser de 2 MΩ/kV à 40°C.

9.2.9 Capacitores

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) medição da resistência de isolamento dos capacitores conforme ABNTNBR-5060;

b) observação do desempenho dos sistemas de ventilação e exaustão paracapacitores instalados em cubículos. A temperatura não deve ultrapassar aodescrito na norma ABNT NBR-5060.

9.2.10 Motores de Indução

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) substituição da graxa dos mancais de rolamentos não selados;b) drenagem, lavagem e enchimento com óleo dos mancais de bucha, de acordo

com as instruções específicas do fabricante;

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c) exame do interior do motor, quando existir janelas de inspeção;d) verificação do estado das juntas de vedação, substituindo as danificadas;e) giro do motor manualmente, após o desacoplamento;f) colocação em operação dos sistemas auxiliares de lubrificação, refrigeração e

pressurização, quando aplicável;g) aferição e/ou calibração dos instrumentos locais indicadores ou que comandem

alarme ou desligamento;h) medição da resistência de isolamento dos enrolamentos, de acordo com a norma

IEEE Std-43. O valor mínimo é (kV+1)MΩ, a 40°C,sendo que kV é a classe deisolamento do equipamento;

i) verificação das conexões de força e controle;j) registro, através de oscilógrafo, da corrente de partida para motores de tensão

nominal igual ou superior a 2300 V e motores de baixa tensão que tenham tempode partida em carga superior a 5 segundos;

l) acionamento do motor, na tensão nominal e a vazio, e observação dofuncionamento, de acordo com os itens a seguir;

m) verificação do sentido de rotação, medição do número de rotações e corrente avazio;

n) acompanhamento da temperatura dos mancais e enrolamentos nas primeirasquatro horas de funcionamento;

o) verificação do nível de ruído. No caso de ruído anormal, medição do nível deruído, conforme ABNT NBR-7566, e verificação da tolerância admissível,conforme ABNT NBR-7565;

p) medição da amplitude de vibração nos motores de tensão nominal igual ousuperior a 2300 V. Critérios conforme norma NEMA MG1;

q) verificação, após o acoplamento, da posição correta da marcação de referênciado centro magnético, nas máquinas com mancais de bucha.

9.2.11 Motores de Corrente Contínua

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) substituição da graxa dos mancais de rolamentos não selados;b) exame do interior do motor, quando existir janelas de inspeção;c) verificação do estado das juntas de vedação, substituindo as danificadas;d) limpeza do coletor com solvente adequado;e) abaixamento e ajustamento das escovas no coletor;f) giro do rotor manualmente, após o desacoplamento;g) aferição e/ou calibração dos instrumentos locais indicadores ou que comandem

alarme ou desligamento;h) medição da resistência de isolamento dos enrolamentos, de acordo com a norma

IEEE Std 43. O valor mínimo é (kV+1) MΩ, a 40°C, sendo que kV é a classe deisolamento do equipamento;

i) verificação das conexões de força e controle;j) acionamento do motor, na tensão nominal e a vazio, e observação do

funcionamento, de acordo com os itens a seguir;l) verificação do sentido de rotação e da variação do número de rotações;

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m) acompanhamento da temperatura dos mancais e dos enrolamentos nas primeirasquatro horas de funcionamento;

n) verificação do faiscamento das escovas;o) verificação da existência de ruído anormal;p) verificação da vibração. No caso de vibração anormal, medição da amplitude,

conforme norma NEMA MG1.

9.2.12 Geradores

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) substituição da graxa dos mancais de rolamentos não selados;b) drenagem, lavagem e suprimento com óleo dos mancais de bucha, de acordo

com as instruções específicas do fabricante;c) exame do interior da máquina, através das janelas de inspeção;d) verificação do estado das juntas de vedação, substituindo as danificadas;e) colocação em operação dos sistemas auxiliares de lubrificação, refrigeração e

pressurização, quando aplicável;f) aferição e/ou calibração dos instrumentos locais indicadores ou que comandem

alarme ou desligamento;g) medição da resistência de isolamento dos enrolamentos, de acordo com a norma

IEEE Std 43. O valor mínimo é (kV+1)MΩ, a 40°C, sendo que kV é a classe deisolamento do equipamento;

h) verificação das conexões de força e controle;i) acionamento do gerador na rotação nominal;j) levantamento da curva característica de tensão de armadura, função da corrente

de excitação, em vazio, para os geradores de potência superior a 500 kW;l) observação em vazio, do funcionamento da máquina no centro magnético,

conforme referência marcada no eixo das máquinas com mancais de bucha;m) registro, por oscilógrafo, e verificação da forma de onda, a vazio e com tensão

nominal, conforme norma IEEE Std 115, para geradores de potência superior a500kW;

n) aplicação da carga nominal no gerador e acompanhamento, nas quatro primeirashoras de funcionamento da temperatura dos enrolamentos e dos sistemas delubrificação e refrigeração quando aplicável. Estabelecer como critérios osparâmetros de projeto.

Nota: 1) Quanto às máquinas acionadas a turbina, para as quais não exista disponibilidadede carga nominal por ocasião dos testes, admite-se que as mesmas sejam tes-tadas com 30% da carga nominal, para os testes de elevação de temperatura, parainício de funcionamento. Entretanto, a entrega final do sistema de geração ficasujeita ao teste com 100% da carga nominal.

2) Os geradores acionados a motor diesel devem ser testados com 100% de carganominal, antes da entrada em operação.

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o) partida do maior motor de indução previsto de ser alimentado pelo gerador,durante os testes da máquina, em diferentes situações previstas de carga dogerador;

p) teste de aplicação e rejeição súbita de carga de forma a atender as condições devariação súbita de carga previstas em projeto;

q) teste de sincronização e paralelismo, entre sistemas de geração, quandoaplicável. Os sistemas de geração devem dividir cargas ativas e reativasconforme ajustes fixados com base no projeto;

r) ajustes no sistema de excitação de forma a manter os parâmetros nominais eefeitos transitórios, observados nos testes, dentro dos limites estabelecidos emprojeto;

s) registro, por oscilógrafo, da tensão e da freqüência nos transitórios decorrentesdos testes previstos em (o) e (p) deste item.

9.2.13 Motores Síncronos

Devem ser realizados os seguintes procedimentos:

a) substituição da graxa dos mancais de rolamentos não selados;b) drenagem, lavagem e enchimento com óleo dos mancais de bucha, de acordo

com as instruções específicas do fabricante;c) exame do interior da máquina, através das janelas de inspeção;d) verificação do estado das juntas de vedação, substituindo as danificadas;e) colocação em operação dos sistemas auxiliares de lubrificação, refrigeração e

pressurização, quando aplicável;f) aferição e/ou calibração dos instrumentos locais indicadores ou que comandem

alarme ou desligamento;g) medição da resistência de isolamento dos enrolamentos, de acordo com a

norma IEEE Std 43. O valor mínimo é (kV+1) MΩ, a 40°C, sendo que kV é aclasse do isolamento do equipamento;

h) verificação das conexões de força e controle;i) registro, por oscilógrafo, da corrente de partida;j) acionamento do motor, na tensão e rotação nominais e a vazio, e observação do

funcionamento, de acordo com os itens a seguir;l) verificação do sentido de rotação e medição da corrente de linha e excitação,

após sincronização;m) acompanhamento da temperatura dos mancais e enrolamentos, nas primeiras

quatro horas de funcionamento;n) verificação do nível de ruído. No caso de ruído anormal, medição do nível de

ruído, conforme ABNT NBR-7566, e verificação da tolerância admissível,conforme ABNT NBR-7565;

o) medição da amplitude de vibração, conforme norma NEMA MG1;p) verificação, após o acoplamento, se o eixo está posicionado na marcação de

referência do centro magnético, nas máquinas com mancais de bucha.

Page 44: N-1614_CONSTRUÇÃO_MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

N-1614 REV. B SET / 97

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10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

Quando os resultados da inspeção e/ou equipamentos não satisfizerem a presente Norma e asespecificações de projeto os serviços devem ser corrigidos ou rejeitados.

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