NBR ISO_IEC 9126-1

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JUN 2003

NBR ISO/IEC 9126-1

ABNT - Associao Brasileira de Normas TcnicasSede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13/28 andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 3974-2300 Fax: (21) 2240-8249/2220-6436 Endereo eletrnico: www.abnt.org.br

Engenharia de software - Qualidade de produto Parte 1: Modelo de qualidade

Copyright 2003, ABNTAssociao Brasileira de Normas Tcnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

Origem: Projeto 21:101.01-009:2002 ABNT/CB-21 - Comit Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados CE-21:101.01 - Comisso de Estudo de Qualidade de Software ISO/IEC 9126-1 - Software engineering - Product quality - Part 1: Quality model Descriptors: Software. Quality. Information technology. Evaluation Esta Norma equivalente ISO/IEC 9126-1:2001 Esta Norma cancela e substitui a NBR 13596:1996 Vlida a partir de 30.07.2003 Palavras-chave: Qualidade. Software. Avaliao. Engenharia de 21 pginas software

Sumrio Prefcio 0 Introduo 1 Objetivo 2 Conformidade 3 Referncia normativa 4 Termos e definies 5 Estrutura do modelo de qualidade 6 Modelo de qualidade para qualidade externa e interna 7 Modelo de qualidade para qualidade em uso ANEXOS A Mtricas B Definies de outras normas C Histria do trabalho Bibliografia Prefcio A ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pblica entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 cancela e substitui a NBR 13596:1996. A NBR ISO/IEC 9126, sob o ttulo geral "Engenharia de software - Qualidade do produto", consiste nas seguintes partes: Parte 1: Modelo de qualidade; Parte 2: Mtricas externas; Parte 3: Mtricas internas; Parte 4: Mtricas de qualidade em uso. Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 contm o anexo A, de carter normativo, e os anexos B e C, de carter informativo.

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0 Introduo Os computadores tm sido usados numa variedade de reas de aplicao cada vez maior e sua correta operao freqentemente crtica para o sucesso de negcios e para a segurana humana. Deste modo, desenvolver ou selecionar produtos de software de alta qualidade de primordial importncia. Especificao e avaliao da qualidade do produto de software so fatores chave para garantir qualidade adequada. Isto pode ser alcanado pela definio apropriada das caractersticas de qualidade, levando em considerao o uso pretendido do produto de software. importante que cada caracterstica relevante de qualidade do produto de software seja especificada e avaliada utilizando, quando possvel, mtricas validadas ou amplamente aceitas. A NBR 13596 Tecnologia de informao Avaliao de produto de software Caractersticas de qualidade e diretrizes para o seu uso, que foi desenvolvida para suportar estas necessidades, definiu seis caractersticas de qualidade e descreveu um modelo de processo para avaliao de produto de software. Como as caractersticas de qualidade e as mtricas associadas podem ser teis no s avaliao de produto de software, mas tambm para a definio de requisitos de qualidade e outros usos, a NBR 13596 est sendo substituda por duas sries de normas relacionadas: NBR ISO/IEC 9126 (Qualidade do produto de software) e NBR ISO/IEC 14598 (Avaliao de produto de software). As caractersticas de qualidade do produto de software definidas nesta parte da NBR ISO/IEC 9126 podem ser usadas para especificar requisitos funcionais e no-funcionais do cliente e do usurio. Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 uma reviso da NBR 13596 e mantm as mesmas caractersticas de qualidade de software. As maiores diferenas so: - incluso das subcaractersticas em carter normativo, baseadas, em sua maioria, no anexo informativo da NBR 13596, que contm as subcaractersticas de qualidade; especificao de um modelo de qualidade; introduo de qualidade em uso; remoo do processo de avaliao (agora especificado na NBR ISO/IEC 14598); coordenao de seu contedo com a NBR ISO/IEC 14598-1.

A relao entre as NBR ISO/IEC 9126 e NBR ISO/IEC 14598 (ver Bibliografia) ilustrada na figura 1.

Recursos e ambiente

Processo de avaliao

Produto desoftware

Efeitos do produto de software

Apoio avaliao

Processo de avaliao

Mtricas internas

Mtricas externas

Mtricas de qualidade em uso

14598-1 14598-2 14598-6 14598-3 14598-4 14598-51 Objetivo Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 descreve um modelo de qualidade do produto de software, composto de duas partes: a) qualidade interna e qualidade externa e b) qualidade em uso. A primeira parte do modelo especifica seis caractersticas para qualidade interna e externa, as quais so por sua vez subdivididas em subcaractersticas. Estas subcaractersticas so manifestadas externamente, quando o software utilizado como parte de um sistema computacional, e so resultantes de atributos internos do software. Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 no apresenta o modelo de qualidade interna e externa alm do nvel de subcaractersticas.

9126-1 9126-3 9126-2 9126-4

Figura 1 - Relao entre as NBR ISO/IEC 9126 e NBR ISO/IEC 14598

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A segunda parte do modelo especifica quatro caractersticas de qualidade em uso, mas no apresenta o modelo de qualidade em uso alm do nvel de caracterstica. Qualidade em uso , para o usurio, o efeito combinado das seis caractersticas de qualidade do produto de software. As caractersticas definidas so aplicveis a todo tipo de software, incluindo programas de computador e dados contidos em firmware. As caractersticas e subcaractersticas fornecem terminologia consistente para tratar de qualidade do produto de software. Elas tambm fornecem uma estrutura para especificar requisitos de qualidade de software e realizar comparaes entre produtos de software. O anexo A, normativo, fornece recomendaes e requisitos para mtricas de produto de software e mtricas de qualidade em uso. Exemplos destas mtricas esto contidos nas outras partes da NBR ISO/IEC 9126. Estas mtricas so aplicveis na especificao dos requisitos de qualidade e dos objetivos de projeto de produtos de software, inclusive produtos intermedirios. A NBR ISO/IEC 14598-1 contm uma explicao de como este modelo pode ser aplicado numa avaliao de produto de software. Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 permite que a qualidade do produto de software seja especificada e avaliada em diferentes perspectivas pelos envolvidos com aquisio, requisitos, desenvolvimento, uso, avaliao, apoio, manuteno, garantia de qualidade e auditoria de software. Ela pode, por exemplo, ser utilizada por desenvolvedores, adquirentes, pessoal de garantia de qualidade e avaliadores independentes, particularmente os responsveis por especificar e avaliar qualidade do produto de software. Exemplos de usos do modelo de qualidade definido nesta parte da NBR ISO/IEC 9126 so para: NOTAS 1 Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 pode ser usada em conjunto com a ISO/IEC 15504 (a qual diz respeito avaliao de processo de software), para fornecer: uma estrutura para definio de qualidade do produto de software, no processo cliente-fornecedor; apoio para reviso, verificao e validao e uma estrutura para avaliao quantitativa de qualidade, no processo de apoio; apoio para estabelecer objetivos de qualidade organizacionais, no processo de gesto.

validar a completitude de uma definio de requisitos; identificar requisitos de software; identificar objetivos de projeto de software; identificar objetivos para teste de software; identificar critrios para garantia de qualidade; identificar critrios de aceitao para produtos finais de software.

2 Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 pode ser usada em conjunto com a NBR ISO/IEC 12207 (a qual diz respeito ao ciclo de vida de software), para fornecer: uma estrutura para definio de requisitos de qualidade de software, nos processos fundamentais do ciclo de vida; apoio para reviso, verificao e validao nos processos de apoio do ciclo de vida.

3 Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 pode ser usada em conjunto com a NBR ISO 9001 (a qual diz respeito a processos de garantia de qualidade), para fornecer: apoio para estabelecimento de metas de qualidade; apoio para reviso, verificao e validao de projeto.

2 Conformidade Qualquer requisito, especificao ou avaliao de qualidade de produto de software que esteja em conformidade com esta parte da NBR ISO/IEC 9126 deve usar as caractersticas e subcaractersticas das sees 6 e 7, dando as razes para qualquer excluso ou descrever sua prpria categorizao de atributos de qualidade do produto de software, fornecendo um mapeamento em relao s caractersticas e subcaractersticas das sees 6 e 7. Uma especificao de requisitos de qualidade de produto de software que contenha mtricas usadas para comparao deve declarar se as mtricas possuem as propriedades especificadas em A.4. 3 Referncia normativa A norma relacionada a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para esta parte da NBR ISO/IEC 9126. A edio indicada estava em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usar a edio mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento. NBR ISO/IEC 14598-1:2001, Tecnologia de informao - Avaliao de qualidade de software - Parte1: Viso geral

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NBR ISO/IEC 9126-1:20034 Termos e definies Para os efeitos de todas as partes da NBR ISO/IEC 9126, aplicam-se as definies da NBR ISO/IEC 14598-1 e a seguinte:NOTA - As definies da NBR ISO/IEC 14598-1 esto reproduzidas no anexo B.

4.1 nvel de desempenho: Grau em que necessidades so satisf eitas, representado por um conjunto especfico de valores para as caractersticas de qualidade. 5 Estrutura do modelo de qualidade Esta seo descreve uma estrutura do modelo de qualidade que explica o relacionamento entre diferentes abordagens para qualidade. Uma implementao especfica deste modelo de qualidade apresentada nas sees 6 e 7. 5.1 Abordagens para qualidade

processo influencia Qualidade do processo depende de Atributos de qualidade interna

produto de software influencia Atributos de qualidade externa depende de influencia

efeitos do produto de software

Atributos de qualidade em uso depende de

Contextos de uso

Medidas de processo

Medidas internas

Medidas externas

Medidas de qualidade em uso

Figura 2 - Qualidade no ciclo de vida As necessidades de qualidade do usurio incluem requisitos de qualidade em uso em contextos de uso especficos. Estas necessidades identificadas podem ser usadas na especificao da qualidade interna e externa, aplicando caractersticas e subcaractersticas de qualidade do produto de software. A avaliao de produtos de software com o objetivo de satisfazer as necessidades de qualidade de software um dos processos no ciclo de vida de desenvolvimento de software. A qualidade do produto de software pode ser avaliada medindo-se os atributos internos (tipicamente medidas estticas de produtos intermedirios), os atributos externos (tipicamente pela medio do comportamento do cdigo quando executado) ou os atributos de qualidade em uso. O objetivo que o produto tenha o efeito requerido num contexto de uso particular (ver figura 2). A qualidade de processo (a qualidade de qualquer processo do ciclo de vida como definido na NBR ISO/IEC 12207) contribui para melhorar a qualidade do produto e a qualidade do produto contribui para melhorar a qualidade em uso. Por isso, avaliar e melhorar o processo um meio de melhorar a qualidade do produto, assim como avaliar e melhorar a qualidade do produto um meio de melhorar a qualidade em uso. De forma similar, avaliar a qualidade em uso pode fornecer feedback para melhorar um produto e avaliar um produto pode fornecer feedback para melhorar um processo. Atributos internos adequados do software so pr-requisitos para atingir o comportamento externo requerido e o comportamento externo adequado um pr-requisito para obter-se qualidade em uso (ver figura 2). Os requisitos para qualidade do produto de software incluiro, geralmente, critrios para avaliao de qualidade interna, qualidade externa e qualidade em uso, para atingir as necessidades dos desenvolvedores, mantenedores, adquirentes e usurios finais (ver NBR ISO/IEC 14598-1:2001, seo 8) 5.2 Qualidade do produto e o ciclo de vida do software As vises de qualidade interna, qualidade externa e qualidade em uso mudam durante o ciclo de vida do software. Por exemplo, a qualidade especificada como requisito no incio do ciclo de vida uma viso, principalmente, do ponto de vista de qualidade externa e do usurio, e difere da qualidade do produto intermedirio, tal como a qualidade na fase de projeto, que uma viso, principalmente, do ponto de vista de qualidade interna e do desenvolvedor. As tecnologias utilizadas para atingir o nvel de qualidade necessrio, como especificao e avaliao de qualidade, precisam apoiar estes diversos pontos de vista. necessrio definir estas perspectivas de qualidade e suas tecnologias associadas, a fim de que a qualidade seja gerenciada de modo apropriado em cada estgio do ciclo de vida.

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A finalidade alcanar a qualidade necessria e suficiente para atingir as reais necessidades do usurio. A NBR ISO 8402 define qualidade em termos da habilidade em satisfazer necessidades explcitas e implcitas. Apesar disso, as necessidades explicitadas pelo usurio nem sempre refletem suas reais necessidades porque: (1) freqentemente, o usurio no est consciente de suas necessidades reais; (2) as necessidades podem mudar aps terem sido explicitadas; (3) usurios diferentes podem ter ambientes operacionais diferentes e (4) pode ser impossvel consultar todos os tipos de usurios, particularmente para produtos de software de prateleira. Ento, requisitos de qualidade no podem ser completamente definidos antes do incio do projeto. Alm disto, necessrio entender as necessidades reais do usurio to detalhadamente quanto possvel e represent-las nos requisitos. A finalidade no , necessariamente, atingir a qualidade perfeita, mas a qualidade necessria e suficiente para cada contexto de uso especificado quando o produto for entregue e utilizado pelos usurios. Escalas de medies das mtricas usadas nos requisitos de qualidade podem ser divididas em categorias correspondentes a diferentes graus de satisfao dos requisitos. Por exemplo, a escala poderia ser dividida em duas faixas: insatisfatria e satisfatria, ou em quatro faixas: ultrapassa os requisitos, no intervalo-alvo, mnimo aceitvel e inaceitvel (ver NBR ISO/IEC 14598-1). Convm que as faixas sejam especificadas de forma que tanto o usurio quanto o desenvolvedor possam evitar desperdcios de custo e de prazo. Existem diferentes vises da qualidade do produto e de suas mtricas em diferentes estgios do ciclo de vida do software (ver figura 3).

Necessidades

Qualidade em uso

utilizao e feedback determinam

indica

Requisitos de qualidade externavalidao determinam

Qualidade externa

indica

Requisitos de qualidade internaverificao

Qualidade interna

NOTA - Esta figura uma verso simplificada da figura 4 da NBR ISO/IEC 14598-1:2001, modificada para ficar consistente com a NBR ISO/IEC 9126-1.

Figura 3 - Qualidade no ciclo de vida do software As necessidades de qualidade do usurio podem ser especificadas como requisitos de qualidade pelas mtricas de qualidade em uso, pelas mtricas externas e algumas vezes por mtricas internas. Convm que estes requisitos especificados por meio das mtricas sejam utilizados como critrios quando um produto for validado. Obter um produto que satisfaa as necessidades do usurio normalmente requer uma abordagem iterativa para o desenvolvimento de software com feedback contnuo sob a perspectiva do usurio.NOTA - A ISO 13407 fornece orientao para o processo de desenvolvimento de projetos de sistemas interativos.

Os requisitos de qualidade externa especificam o nvel de qualidade requerido sob o ponto de vista externo. Eles incluem requisitos derivados das necessidades de qualidade dos usurios, incluindo os requisitos de qualidade em uso. Os requisitos de qualidade externa so usados como meta para validao em vrios estgios de desenvolvimento. Convm que os requisitos de qualidade externa, abrangidos pelas caractersticas de qualidade definidas nesta parte da NBR ISO/IEC 9126, sejam declarados na especificao de requisitos de qualidade usando mtricas externas, bem como convm que sejam traduzidos em requisitos de qualidade interna e que tambm sejam usados como critrios quando da avaliao do produto.

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Os requisitos de qualidade interna especificam o nvel de qualidade requerido sob o ponto de vista interno do produto. Os requisitos de qualidade interna so usados para especificar as propriedades dos produtos intermedirios. Estes podem incluir modelos estticos e dinmicos, outros documentos e cdigo-fonte. Requisitos de qualidade interna podem ser usados como metas para validao em vrios estgios de desenvolvimento. Eles tambm podem ser usados para definir estratgias de desenvolvimento e critrios de avaliao e de verificao durante o desenvolvimento. Isto pode incluir o uso de mtricas adicionais (por exemplo, reusabilidade), as quais esto fora do escopo da NBR ISO/IEC 9126. Convm que requisitos de qualidade interna sejam definidos quantitativamente usando mtricas internas. Qualidade interna a totalidade das caractersticas do produto de software do ponto de vista interno. A qualidade interna medida e avaliada com relao aos requisitos de qualidade interna. Detalhes da qualidade do produto de software podem ser melhorados durante a implementao do cdigo, reviso e teste, mas a natureza fundamental da qualidade do produto de software representada pela qualidade interna mantm-se inalterada, a menos que seja reprojetada. Qualidade externa estimada (ou prevista) a qualidade estimada ou prevista para o produto final de software, em cada estgio de desenvolvimento e para cada caracterstica de qualidade, baseada no conhecimento da qualidade interna. Qualidade externa a totalidade das caractersticas do produto de software do ponto de vista externo. a qualidade quando o software executado, o qual tipicamente medido e avaliado enquanto est sendo testado num ambiente simulado, com dados simulados e usando mtricas externas. Durante os testes, convm que a maioria dos defeitos seja descoberta e eliminada. Entretanto, alguns defeitos podem permanecer aps o teste. Como difcil corrigir a arquitetura do software ou outro aspecto bsico do projeto do software, a base do projeto usualmente permanece inalterada ao longo do teste. Qualidade em uso estimada (ou prevista) a qualidade estimada ou prevista para o produto final de software, em cada estgio de desenvolvimento e para cada caracterstica de qualidade em uso, baseada no conhecimento da qualidade interna e externa.NOTA - Qualidade externa e qualidade em uso podem ser estimadas e previstas durante o desenvolvimento, para cada caracterstica de qualidade definida nesta parte da NBR ISO/IEC 9126, quando tecnologias apropriadas forem desenvolvidas. Entretanto, como o estado da arte no fornece todo o apoio necessrio para este tipo de previso, convm que seja desenvolvida mais tecnologia para mostrar a correlao entre qualidade interna, externa e em uso.

Qualidade em uso a viso da qualidade do produto de software do ponto de vista do usurio, quando este produto usado em um ambiente e um contexto de uso especificados. Ela mede o quanto usurios podem atingir seus objetivos num determinado ambiente e no as propriedades do software em si (qualidade em uso est definida na seo 7).NOTA - Usurios refere-se a qualquer tipo de usurio em potencial, incluindo operadores e mantenedores, sendo que seus requisitos podem ser diferentes.

O nvel de qualidade no ambiente do usurio pode ser diferente daquele no ambiente do desenvolvedor, por causa das diferenas entre necessidades e capacidades de diferentes usurios e diferenas entre os ambientes de hardware e de apoio. O usurio avalia somente aqueles atributos do software que so usados em sua tarefa. Algumas vezes, atributos de software especificados por um usurio final, durante a fase de anlise de requisitos, no mais atendem aos requisitos do usurio quando o produto usado, devido mudana de requisitos do usurio e dificuldade em especificar as necessidades implcitas. 5.3 Itens a serem avaliados Os itens podem ser avaliados por medio direta, indireta ou medio de suas conseqncias. Por exemplo, um processo pode ser avaliado indiretamente pela medio e avaliao de seu produto e, um produto pode ser avaliado indiretamente pela medio do desempenho da tarefa do usurio (usando mtricas de qualidade em uso). Software nunca executa sozinho, mas sempre como parte de um sistema maior, tipicamente formado por outro produto de software com o qual ele tem interfaces, hardware, operadores humanos e fluxo de trabalho. O produto de software completo pode ser avaliado pelos nveis das mtricas externas escolhidas. Estas mtricas descrevem sua interao com o ambiente e so avaliadas pela observao do software em operao. A qualidade em uso pode ser medida pelo quanto um produto, utilizado por usurios especficos, atende s necessidades desses usurios para que eles atinjam as metas especificadas com eficcia, produtividade, segurana e satisfao. Isto ser normalmente complementado por medies de caractersticas de qualidade do produto de software mais especficas, as quais so possveis tambm em estgios anteriores do processo de desenvolvimento. Nos estgios iniciais do desenvolvimento, somente recursos e processos podem ser medidos. Quando produtos intermedirios (especificao, cdigo fonte etc.) tornam-se disponveis, estes podem ser avaliados pelo nvel das mtricas internas escolhidas. Estas mtricas podem ser usadas para prever valores das mtricas externas. Elas tambm podem ser medidas para uso como pr-requisito essencial para qualidade externa. Uma distino adicional pode ser feita entre a avaliao do produto de software e a avaliao do sistema no qual o software executado.NOTA 1 - Por exemplo, a confiabilidade de um sistema avaliada pela observao de todas as falhas ocorridas independentemente da causa (hardware, software, erro humano etc.), enquanto que a confiabilidade de um produto de software avaliada pela extrao das falhas observadas, somente daqueles defeitos que ocorreram por causa do software (originrias dos requisitos, projeto ou implementao).

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Alm disso, onde o limite do sistema a ser avaliado, depende do objetivo da avaliao e de quem so os usurios.NOTA 2 - Por exemplo, se os passageiros forem considerados os usurios de uma aeronave com um sistema de controle de vo baseado em computador, ento o sistema do qual dependem inclui a tripulao do vo, a estrutura do avio e o hardware e o software do sistema de controle de vo, enquanto que se a tripulao for considerada como a usuria, ento o sistema do qual dependem formado somente pela estrutura do avio e pelo sistema de controle de vo.

5.4 Utilizando o modelo de qualidade recomendado que, para a avaliao de qualidade de um produto de software, seja definido um modelo de qualidade e que este modelo de qualidade seja usado na definio das metas de qualidade para os produtos de software final e intermedirios. Convm que a qualidade do produto de software seja decomposta hierarquicamente em um modelo composto de caractersticas e subcaractersticas, as quais podem ser usadas como uma lista de verificao de tpicos relacionados com a qualidade. As sees 6 e 7 definem um modelo de qualidade hierrquico (embora outras formas de categorizar qualidade possam ser mais adequadas em determinadas circunstncias). No possvel, na prtica, medir todas as subcaractersticas internas e externas para todas as partes de um produto de software de grande porte. Da mesma forma, no prtico medir a qualidade em uso para todos os cenrios de uso. necessrio alocar recursos para avaliao entre os diferentes tipos de medies, dependendo dos objetivos de negcios e da natureza do produto e dos processos utilizados no projeto. 6 Modelo de qualidade para qualidade externa e interna Esta seo define o modelo de qualidade externa e interna. Ele categoriza os atributos de qualidade de software em seis caractersticas (funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficincia, manutenibilidade e portabilidade) as quais so, por sua vez, subdivididas em subcaractersticas (figura 4). As subcaractersticas podem ser medidas por meio de mtricas externas e internas.Qualidade externa e interna

Funcionalidade

Confiabilidade

Usabilidade

Eficincia

Manutenibilidade

Portabilidade

Adequao Acurcia Interoperabilidade Segurana de acesso Conformidade relacionada funcionalidade

Maturidade Tolerncia a falhas Recuperabilidade Conformidade relacionada confiabilidade

Inteligibilidade Apreensibilidade Operacionalidade Atratividade Conformidade relacionada usabilidade

Comportamento em relao ao tempo Utilizao de recursos

Analisabilidade Modificabilidade Estabilidade Testabilidade Conformidade relacionada manutenibilidade

Conformidade relacionada eficincia

Adaptabilidade Capacidade para ser instalado Coexistncia Capacidade para substituir Conformidade relacionada portabilidade

Figura 4 - Modelo de qualidade para qualidade externa e interna Uma definio atribuda para cada caracterstica e para cada subcaracterstica do software que influencia a caracterstica de qualidade. A capacidade do software determinada por um conjunto de atributos internos que podem ser medidos, para cada caracterstica e subcaracterstica. Exemplos de mtricas internas so dados na ISO/IEC 9126-3. As caractersticas e subcaractersticas podem ser medidas externamente pelo grau da capacidade do sistema contendo o software. Exemplos de mtricas externas so dados na ISO/IEC 9126-2.NOTAS 1 Existe uma subcaracterstica de conformidade para todas as caractersticas, j que os princpios so geralmente aplicveis a todas as caractersticas de qualidade externa e interna. 2 Algumas caractersticas nesta parte da NBR ISO/IEC 9126 relacionam-se com dependabilidade. Caractersticas de dependabilidade so definidas para todos os tipos de sistemas na IEC 60050-191 e, quando um termo nesta parte da NBR ISO/IEC 9126 tambm estiver definido na IEC 60050-191, a definio dada compatvel no sentido geral.

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6.1 Funcionalidade Capacidade do produto de software de prover funes que atendam s necessidades explcitas e implcitas, quando o software estiver sendo utilizado sob condies especificadas.NOTAS 1 Esta caracterstica est relacionada com o que software faz para atender s necessidades, enquanto que outras caractersticas esto principalmente relacionadas a quando e como ele atende s necessidades. 2 Para as necessidades explcitas e implcitas nesta caracterstica, a nota da definio de qualidade em B.21 aplicvel. 3 Para um sistema que seja operado por um usurio, a combinao de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficincia pode ser medida externamente pela qualidade em uso (ver seo 7).

6.1.1 Adequao Capacidade do produto de software de prover um conjunto apropriado de funes para tarefas e objetivos do usurio especificados.NOTAS 1 Exemplos de conjunto apropriado de funes so a composio de funes orientada a tarefas a partir de suas subfunes constituintes e tambm a capacidade de tabelas. 2 Adequao corresponde adequao tarefa da ISO 9241-10. 3 Adequao tambm afeta a operacionalidade.

6.1.2 Acurcia Capacidade do produto de software de prover, com o grau de preciso necessrio, resultados ou efeitos corretos ou conforme acordados. 6.1.3 Interoperabilidade Capacidade do produto de software de interagir com um ou mais sistemas especificados.NOTA - Interoperabilidade usada no lugar de compatibilidade, para evitar possvel ambigidade com a subcaracterstica capacidade para substituir (ver 6.6.4).

6.1.4 Segurana de acesso Capacidade do produto de software de proteger informaes e dados, de forma que pessoas ou sistemas no autorizados no possam l-los nem modific-los e que no seja negado o acesso s pessoas ou sistemas autorizados. [NBR ISO/IEC 12207:1998]NOTAS 1 Isto tambm aplica-se a dados em transmisso. 2 Segurana definida como uma caracterstica de qualidade em uso, j que ela no est relacionada somente com o software, mas com o sistema como um todo.1)

6.1.5 Conformidade relacionada funcionalidade Capacidade do produto de software de estar de acordo com normas, convenes ou regulamentaes previstas em leis e prescries similares relacionadas funcionalidade. 6.2 Confiabilidade Capacidade do produto de software de manter um nvel de desempenho especificado, quando usado em condies especificadas.NOTAS 1 Em software no ocorre desgaste ou envelhecimento. As limitaes em confiabilidade so decorrentes de defeitos na especificao de requisitos, projeto e implementao. As falhas decorrentes desses defeitos dependem de como o produto de software usado e das opes de programa selecionadas e no do tempo decorrido. 2 A definio de confiabilidade na ISO/IEC 2382-14:1997 A habilidade de uma unidade funcional executar uma funo requisitada.... Neste documento, funcionalidade somente uma das caractersticas de qualidade de software. Portanto, a definio de confiabilidade foi expandida para manter um nvel de desempenho especificado... no lugar de ...executar uma funo requisitada.

________________1)

Esta definio no corresponde literalmente traduo da NBR ISO/IEC 12207, nem ao texto original em Ingls. A Norma Internacional utilizou uma definio baseada na ISO/IEC 12207. A NBR ISO/IEC 12207:1998 define "segurana" como: "proteo de informaes e dados de modo que pessoas ou sistemas no autorizados no posssam l-los ou modific-los e que pessoas ou sistemas autorizados no tenham acesso negado a ele".

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6.2.1 Maturidade Capacidade do produto de software de evitar falhas decorrentes de defeitos no software. 6.2.2 Tolerncia a falhas1) Capacidade do produto de software de manter um nvel de desempenho especificado em casos de defeitos no software ou de violao de sua interface especificada.NOTA - O nvel de desempenho especificado pode incluir a capacidade de preveno a falhas.

6.2.3 Recuperabilidade Capacidade do produto de software de restabelecer seu nvel de desempenho especificado e recuperar os dados diretamente afetados no caso de uma falha.NOTAS 1 Aps uma falha, o produto de software poder ficar inativo por um certo perodo de tempo. A sua recuperabilidade influenciada por este perodo de tempo. 2 Disponibilidade a capacidade de um produto de software de estar pronto para executar uma funo requisitada num dado momento, sob condies especificadas de uso. Externamente, a disponibilidade pode ser avaliada pela proporo do tempo total durante o qual o produto de software est disponvel. A disponibilidade , portanto, a combinao de maturidade (a qual controla a freqncia de falhas), tolerncia a falhas e recuperabilidade (a qual controla o perodo de tempo inativo aps cada falha). Por esta razo ela no foi includa como uma subcaracterstica distinta.

6.2.4 Conformidade relacionada confiabilidade Capacidade do produto de software de estar de acordo com normas, convenes ou regulamentaes relacionadas confiabilidade. 6.3 Usabilidade Capacidade do produto de software de ser compreendido, aprendido, operado e atraente ao usurio, quando usado sob condies especificadas.NOTAS 1 Alguns aspectos como funcionalidade, confiabilidade e eficincia tambm afetaro a usabilidade, mas para os propsitos da NBR ISO/IEC 9126 no so classificados como usabilidade. 2 Como usurios pode-se incluir operadores, usurios finais e usurios indiretos que sejam dependentes ou estejam sob influncia do uso do software. Convm que a usabilidade considere todos os diferentes ambientes de usurios que o software pode afetar. Como exemplos de ambientes a considerar pode-se incluir o ambiente onde usurios esto sendo preparados para uso do produto e o ambiente onde j se permite avaliao de resultados do uso do produto.

6.3.1 Inteligibilidade Capacidade do produto de software de possibilitar ao usurio compreender se o software apropriado e como ele pode ser usado para tarefas e condies de uso especficas.NOTA - A inteligibilidade depender da documentao e das impresses iniciais oferecidas pelo software.

6.3.2 Apreensibilidade Capacidade do produto de software de possibilitar ao usurio aprender sua aplicao.NOTA - Os atributos internos correspondem adequao ao aprendizado, como definido na ISO 9241-10.

6.3.3 Operacionalidade Capacidade do produto de software de possibilitar ao usurio oper-lo e control-lo.NOTAS 1 Aspectos de adequao, modificabilidade, adaptabilidade e capacidade para ser instalado podem afetar a operacionalidade. 2 Operacionalidade corresponde controlabilidade, tolerncia a erros e conformidade com as expectativas do usurio, como definido na ISO 9241-10. 3 Para um sistema que operado por um usurio, a combinao de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficincia pode ser medida externamente pela qualidade em uso.

________________1)

A traduo direta do ttulo deveria ser "Tolerncia a defeitos", conforme definies em B.8 e B.9. No entanto, utilizou-se o ttulo de "Tolerncia a falhas", tendo em vista que o texto referente subcaracterstica, como tambm a NOTA, ampliam seu contexto para tolerncia a falhas e no apenas a defeitos.

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6.3.4 Atratividade Capacidade do produto de software de ser atraente ao usurio.NOTA - Isto refere-se a atributos de software que possuem a inteno de tornar o software mais atraente para o usurio, como o uso de cores e da natureza do projeto grfico.

6.3.5 Conformidade relacionada usabilidade Capacidade do produto de software de estar de acordo com normas, convenes, guias de estilo ou regulamentaes relacionadas usabilidade. 6.4 Eficincia Capacidade do produto de software de apresentar desempenho apropriado, relativo quantidade de recursos usados, sob condies especificadas.NOTAS 1 Recursos podem incluir outros produtos de software, configuraes de hardware e software do sistema e materiais (por exemplo, papel para impresso, disquetes). 2 Para um sistema que operado por um usurio, a combinao de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficincia pode ser medida externamente pela qualidade em uso.

6.4.1 Comportamento em relao ao tempo Capacidade do produto de software de fornecer tempos de resposta e de processamento, alm de taxas de transferncia, apropriados, quando o software executa suas funes, sob condies estabelecidas. 6.4.2 Utilizao de recursos Capacidade do produto de software de usar tipos e quantidades apropriados de recursos, quando o software executa suas funes sob condies estabelecidas.NOTA - Recursos humanos esto includos como parte da produtividade (ver 7.1.2).

6.4.3 Conformidade relacionada eficincia Capacidade do produto de software de estar de acordo com normas e convenes relacionadas eficincia. 6.5 Manutenibilidade Capacidade do produto de software de ser modificado. As modificaes podem incluir correes, melhorias ou adaptaes do software devido a mudanas no ambiente e nos seus requisitos ou especificaes funcionais. 6.5.1 Analisabilidade Capacidade do produto de software de permitir o diagnstico de deficincias ou causas de falhas no software, ou a identificao de partes a serem modificadas. 6.5.2 Modificabilidade Capacidade do produto de software de permitir que uma modificao especificada seja implementada. NOTAS1 Implementao inclui modificaes no cdigo, projeto e documentao. 2 Se o software for modificvel pelo usurio final, a modificabilidade pode afetar a operacionalidade.

6.5.3 Estabilidade Capacidade do produto de software de evitar efeitos inesperados decorrentes de modificaes no software. 6.5.4 Testabilidade Capacidade do produto de software de permitir que o software, quando modificado, seja validado. 6.5.5 Conformidade relacionada manutenibilidade Capacidade do produto de software de estar de acordo com normas ou convenes relacionadas manutenibilidade. 6.6 Portabilidade Capacidade do produto de software de ser transferido de um ambiente para outro.NOTA - O ambiente pode ser organizacional, de hardware ou de software.

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6.6.1 Adaptabilidade Capacidade do produto de software de ser adaptado para diferentes ambientes especificados, sem necessidade de aplicao de outras aes ou meios alm daqueles fornecidos para essa finalidade pelo software considerado.NOTAS 1 Adaptabilidade inclui a possibilidade de ajustes da capacidade interna (por exemplo, campos de tela, tabelas, volume de transaes, formato de relatrios, etc.). 2 Se o software for adaptvel pelo usurio final, adaptabilidade corresponde adequao individualizao, como definido na NBR ISO 9241-10, e pode afetar a operacionalidade.

6.6.2 Capacidade para ser instalado Capacidade do produto de software para ser instalado em um ambiente especificado.NOTA - Se o software for instalvel pelo usurio final, a capacidade para ser instalado afeta a adequao e a operacionalidade.

6.6.3 Coexistncia Capacidade do produto de software de coexistir com outros produtos de software independentes, em um ambiente comum, compartilhando recursos comuns. 6.6.4 Capacidade para substituir Capacidade do produto de software de ser usado em substituio a outro produto de software especificado, com o mesmo propsito e no mesmo ambiente.NOTAS 1 Por exemplo, numa nova verso de um produto de software, a capacidade para substituir importante para o usurio quando da atualizao da verso. 2 Capacidade para substituir utilizada no lugar de compatibilidade para evitar possvel ambigidade com interoperabilidade (ver 6.1.3). 3 Capacidade para substituir pode incluir atributos de capacidade para ser instalado e adaptabilidade. O conceito foi introduzido como uma subcaracterstica prpria devido sua importncia.

6.6.5 Conformidade relacionada portabilidade Capacidade do produto de software de estar de acordo com normas ou convenes relacionadas portabilidade. 7 Modelo de qualidade para qualidade em uso Esta seo define o modelo de qualidade para qualidade em uso. Os atributos de qualidade em uso so categorizados em quatro caractersticas: eficcia, produtividade, segurana e satisfao (figura 5).

Qualidade em uso

Eficcia

Produtividade

Segurana

Satisfao

Figura 5 - Modelo de qualidade para qualidade em uso Qualidade em uso a viso da qualidade sob a perspectiva do usurio. A obteno de qualidade em uso dependente da obteno da necessria qualidade externa, a qual, por sua vez, dependente da obteno da necessria qualidade interna (figura 2). Normalmente, so necessrias medidas em todos os trs nveis, pois atender aos critrios para medidas internas em geral no suficiente para garantir o atendimento aos critrios para medidas externas, e atender aos critrios para medidas externas de subcaractersticas em geral no suficiente para garantir o atendimento aos critrios para qualidade em uso. Exemplos de mtricas de qualidade em uso so dados na ISO/IEC 9126-4.

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NBR ISO/IEC 9126-1:20037.1 Qualidade em uso Capacidade do produto de software de permitir que usurios especificados atinjam metas especificadas com eficcia, produtividade, segurana e satisfao em contextos de uso especificados.NOTAS 1 Qualidade em uso a viso da qualidade de um ambiente contendo software, sob a perspectiva do usurio. medida em termos do resultado do uso do software neste ambiente e no das propriedades do prprio software. 2 A definio de qualidade em uso na NBR ISO/IEC 14598-1 (que reproduzida no anexo B) ainda no inclui a nova caracterstica segurana. 3 Usabilidade definida na ISO 9241-11 de forma similar definio de qualidade em uso nesta parte da NBR ISO/IEC 9126. Qualidade em uso pode ser influenciada por qualquer caracterstica de qualidade, sendo ento mais ampla que usabilidade, a qual definida nesta parte da NBR ISO/IEC 9126 em termos de inteligibilidade, apreensibilidade, operacionalidade, atratividade e conformidade.

7.1.1 Eficcia Capacidade do produto de software de permitir que usurios atinjam metas especificadas com acurcia e completitude, em um contexto de uso especificado. 7.1.2 Produtividade Capacidade do produto de software de permitir que seus usurios empreguem quantidade apropriada de recursos em relao eficcia obtida, em um contexto de uso especificado.NOTA - Recursos relevantes podem incluir tempo para completar a tarefa, esforo do usurio, materiais ou custos financeiros.

7.1.3 Segurana Capacidade do produto de software de apresentar nveis aceitveis de riscos de danos a pessoas, negcios, software, propriedades ou ao ambiente, em um contexto de uso especificado.NOTA - Geralmente, os riscos so decorrentes das deficincias na funcionalidade (incluindo segurana de acesso), confiabilidade, usabilidade ou manutenibilidade.

7.1.4 Satisfao Capacidade do produto de software de satisfazer usurios, em um contexto de uso especificado.NOTA - Satisfao a resposta do usurio interao com o produto e inclui atitudes relacionadas ao uso do produto.

________________ /ANEXO A

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Anexo A (normativo) Mtricas A.1 Mtricas de software A.1.1 Atributos externos e internos Constata-se que os nveis de certos atributos internos influenciam os nveis de alguns atributos externos, de modo que h tanto um aspecto externo quanto um aspecto interno na maioria das caractersticas. Por exemplo, confiabilidade pode ser medida, externamente, observando-se o nmero de falhas, num dado perodo de tempo de execuo, durante um experimento de uso do software e, internamente, inspecionando-se as especificaes detalhadas e o cdigo-fonte para avaliar-se o nvel de tolerncia a falhas. Os atributos internos so tidos como indicadores dos atributos externos. Um atributo interno pode influenciar uma ou mais caractersticas e uma caracterstica pode ser influenciada por mais de um atributo (ver figura A.1). Neste modelo, todos os atributos de qualidade do produto de software so classificados numa estrutura hierrquica, em rvore, de caractersticas e subcaractersticas. O nvel mais alto desta estrutura consiste em caractersticas de qualidade e o nvel mais baixo consiste em atributos de qualidade de software. A hierarquia no perfeita, pois alguns atributos podem contribuir para mais de uma subcaracterstica.

x x x x x x x x x x x xatributo subcaracterstica caracterstica Atributos internos

x x x x x x x x x x x x x x x x x xx

x

Atributos externos

Figura A.1 - Caractersticas, subcaractersticas e atributos de qualidade de software Subcaractersticas podem ser medidas por mtricas internas ou por mtricas externas. A correlao entre atributos internos e medidas externas nunca perfeita e o efeito que um dado atributo interno tem sobre uma medida externa associada ser determinada pela experincia e depender do contexto especfico no qual o software ser usado. Do mesmo modo, propriedades externas (tais como: adequao, acurcia, tolerncia a falhas ou comportamento em relao ao tempo) influenciaro a qualidade observada. Uma falha na qualidade em uso (por exemplo, usurio no consegue terminar uma tarefa) pode ser relacionada a atributos de qualidade externa (por exemplo, adequao ou operabilidade) e a atributos internos associados que precisem ser modificados. A.1.2 Mtricas internas Mtricas internas podem ser aplicadas a um produto de software no executvel, tais como uma especificao ou cdigofonte, respectivamente, durante o projeto e a codificao. Convm que, no desenvolvimento de um produto de software, os produtos intermedirios sejam avaliados utilizando-se mtricas internas, as quais medem propriedades intrnsecas, incluindo aquelas que podem ser derivadas de um comportamento simulado. O propsito bsico destas mtricas internas assegurar que a qualidade externa e a qualidade em uso requeridas sejam alcanadas; exemplos so encontrados na ISO/IEC 9126-3. Mtricas internas oferecem a usurios, avaliadores, executores de teste e desenvolvedores os benefcios de poderem avaliar a qualidade do produto de software e considerar questes relativas qualidade bem antes do produto de software tornar-se executvel. Mtricas internas medem atributos internos pela anlise das propriedades estticas dos produtos de software intermedirios ou preparados para entrega. Da mesma forma, as mtricas internas podem ser indicadoras de atributos externos. As medies de mtricas internas utilizam nmeros ou freqncias de elementos que compem o software e que aparecem, por exemplo, em declaraes de cdigos-fonte, no grfico de controle e nas representaes de fluxo de dados e de transio de estados.NOTA - Documentao tambm pode ser avaliada utilizando-se mtricas internas.

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A.1.3 Mtricas externas Mtricas externas utilizam medidas de um produto de software derivadas de medidas do comportamento do sistema do qual o software uma parte, atravs de teste, operao e observao do software executvel ou do sistema. Antes de adquirir ou utilizar um produto de software, convm que ele seja avaliado utilizando-se mtricas baseadas nos objetivos de negcio e relacionadas ao uso, explorao e gesto do produto num ambiente tcnico e organizacional especificado. As mtricas citadas so, primordialmente, mtricas externas; exemplos so encontrados na ISO/IEC 9126-2. Mtricas externas oferecem a usurios, avaliadores, executores de teste e desenvolvedores os benefcios de poderem avaliar a qualidade do produto de software durante seu teste ou operao. A.1.4 Relacionamento entre mtricas internas e externas Quando os requisitos de qualidade do produto de software so definidos, as caractersticas ou subcaractersticas de qualidade do produto de software que contribuem com os requisitos de qualidade so listadas. Ento, as mtricas externas apropriadas e os limites aceitveis so especificados para quantificar os critrios de qualidade que validam se o software atende s necessidades do usurio. Os atributos de qualidade interna do software so ento definidos e especificados, com o objetivo de atingir a qualidade externa e a qualidade em uso requeridas e contempl-las no produto durante seu desenvolvimento. Mtricas internas apropriadas e limites aceitveis so especificados para quantificar os atributos de qualidade interna, de modo que eles possam ser utilizados para verificar se os produtos intermedirios atendem s especificaes de qualidade interna durante o desenvolvimento. Recomenda-se que as mtricas internas utilizadas tenham uma relao to forte quanto possvel com as mtricas externas selecionadas, de modo que possam ser utilizadas para prever os valores de mtricas externas. Entretanto, em geral, difcil projetar um modelo terico rigoroso que estabelea um relacionamento forte entre mtricas internas e externas. A.2 Mtricas de qualidade em uso Mtricas de qualidade em uso medem o quanto um produto atende s necessidades de usurios especificados para que atinjam metas especificadas com eficcia, produtividade, segurana e satisfao, em um contexto de uso especificado. A avaliao de qualidade em uso valida a qualidade do produto de software em cenrios de uso especficos.NOTA - O anexo D da ISO/IEC 14598-6 contm um exemplo informativo de um mdulo de avaliao de qualidade em uso.

Qualidade em uso a viso da qualidade de um sistema contendo software, sob a perspectiva do usurio. medida em termos do resultado do uso do software e no das propriedades do prprio software. Qualidade em uso , para o usurio, o efeito combinado da qualidade externa e interna. O relacionamento da qualidade em uso com as outras caractersticas de qualidade depende do usurio: - o usurio final, para quem qualidade em uso , principalmente, resultante de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficincia; - a pessoa que mantm o software, para quem qualidade em uso resultante de manutenibilidade; e - a pessoa encarregada de portar o software, para quem qualidade em uso resultante de portabilidade. A.3 Escolha de mtricas e critrios de medidas As bases para seleo de mtricas dependero das metas de negcios para o produto e das necessidades do avaliador. Necessidades so especificadas por critrios de medidas. O modelo desta parte da NBR ISO/IEC 9126 apia uma variedade de requisitos de avaliao, por exemplo: - um usurio ou uma unidade de negcio de usurio poderia avaliar a adequao de um produto de software utilizando mtricas de qualidade em uso; - um adquirente poderia avaliar um produto de software em relao a valores correspondentes a critrios de medidas externas de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficincia ou ainda de qualidade em uso; - um mantenedor poderia avaliar um produto de software utilizando mtricas de manutenibilidade; - uma pessoa responsvel por implementar o software em diferentes ambientes poderia avaliar um produto de software utilizando mtricas de portabilidade; e - um desenvolvedor poderia avaliar um produto de software, em relao a valores correspondentes a critrios, utilizando medidas internas de quaisquer das caractersticas de qualidade.NOTA - A NBR ISO/IEC 14598-1 fornece requisitos e orientaes para a escolha de mtricas, alm de critrios para medies utilizadas na avaliao de produtos de software.

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A.4 Mtricas para comparao No relato dos resultados do uso de mtricas quantitativas para fazer comparaes entre produtos ou com valores de critrio, o relatrio deve explicitar se as mtricas so objetivas, empricas e utilizam itens de valores conhecidos e, ainda, so reprodutveis. Comparaes confiveis entre produtos ou com valores de critrio podem ser feitas somente quando mtricas rigorosas so utilizadas. Convm que os procedimentos de medio meam as caractersticas (ou subcaractersticas) de qualidade do produto de software, com suficiente acurcia, para permitir que possam ser estabelecidos critrios e ser feitas comparaes. Convm que haja tolerncia a possveis erros de medio causados por ferramentas de medio ou erro humano. Convm que mtricas utilizadas sejam vlidas e suficientemente precisas para permitir que sejam feitas comparaes confiveis. Sendo assim, convm que as medies sejam objetivas, empricas e utilizem uma escala vlida e, ainda, sejam reprodutveis. - para serem objetivas, deve haver um procedimento escrito e acordado para assinalar o nmero ou categoria ao atributo do produto; - para serem empricas, os dados devem ser obtidos por observao ou atravs de um questionrio com validao psicomtrica; - para usarem uma escala vlida, os dados devem ser baseados em itens de valor igual ou itens com um valor conhecido. Se uma lista de verificao for utilizada para fornecer dados, convm que os itens sejam ponderados, se necessrio; - para serem reprodutveis, os procedimentos de medio devem resultar nas mesmas medidas (dentro de tolerncias adequadas), sendo obtidas por pessoas diferentes fazendo as mesmas medies do produto de software em diferentes ocasies. Convm que as mtricas internas tambm tenham validade para uso em previso, isto , convm que tenham correlao com algumas medidas externas desejadas. Por exemplo, convm que uma medida interna de um atributo de software especfico possa correlacionar-se com algum aspecto mensurvel de qualidade, quando o software for utilizado. importante que medies assinalem valores que coincidam com expectativas normais. Por exemplo, se a medio sugere que o produto de alta qualidade, ento convm que o respectivo produto satisfaa necessidades especficas do usurio.

________________ /ANEXO B

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Anexo B (informativo) Definies de outras normas As definies so da NBR ISO/IEC 14598-1:2001, salvo se indicado de outra maneira. B.1 adquirente: Organizao que adquire ou obtm um sistema, produto de software ou servio de software de um fornecedor. [NBR ISO/IEC 12207:1998] B.2 atributo: Propriedade mensurvel, fsica ou abstrata, de uma entidade.NOTA - Atributos podem ser internos ou externos.

B.3 desenvolvedor: Organizao que executa atividades de desenvolvimento (incluindo anlise de requisitos, projeto, testes at a aceitao) durante o processo de ciclo de vida de software. [NBR ISO/IEC 12207:1998] B.4 medida direta: Medida de um atributo que no depende da medida de qualquer outro atributo. B.5 mdulo de avaliao: Pacote de tecnologia de avaliao para uma caracterstica ou subcaracterstica de qualidade de software especfica.NOTA - O pacote inclui mtodos e tcnicas de avaliao, entradas a serem avaliadas, dados a serem medidos e coletados e procedimentos e ferramentas de apoio.

B.6 medida externa: Medida indireta de um produto, derivada de medidas do comportamento do sistema do qual ele faz parte.NOTAS 1 O sistema inclui qualquer associao de hardware, software (seja personalizado ou de prateleira) e usurios. 2 O nmero de falhas encontrados durante o teste uma medida externa do nmero de defeitos no programa, porque o nmero de falhas contado durante a operao de um sistema computacional executando o programa. 3 Medidas externas podem ser utilizadas para avaliar atributos de qualidade de maneira mais prxima aos objetivos do projeto.

B.7 qualidade externa: O quanto um produto satisfaz necessidades explcitas e implcitas quando utilizado em condies especificadas. B.8 falha: Trmino da capacidade de um produto de executar uma funo requerida ou a sua incapacidade de execut-la dentro de limites previamente especificados. B.9 defeito: Passo, processo ou definio de dados incorretos em um programa de computador.NOTA - Esta definio a mesma da IEEE 610.12-1990.

B.10 necessidades implcitas: Necessidades que podem no ter sido explicitadas, mas esto presentes quando a entidade utilizada em condies particulares.NOTA - Necessidades implcitas so necessidades reais que podem no ter sido documentadas.

B.11 indicador: Medida que pode ser utilizada para estimar ou prever outra medida.NOTAS 1 A medida prevista pode, ou no, ser da mesma caracterstica de qualidade de software. 2 Indicadores podem ser utilizados tanto para estimar atributos de qualidade de software, quanto para estimar atributos do processo de desenvolvimento. Eles so medidas indiretas imprecisas dos atributos.

B.12 medida indireta: Medida de um atributo, a qual derivada de medidas de um outro ou de vrios outros atributos.NOTA - Uma medida externa de um atributo de um sistema de computao (como o tempo de resposta a uma entrada de usurio) uma medida indireta de atributos do software, uma vez que a medida ser influenciada por atributos do ambiente de computao, bem como por atributos do software.

B.13 produto de software intermedirio: Produto do processo de desenvolvimento de software que utilizado como entrada para um outro estgio do processo de desenvolvimento de software.NOTA - Em alguns casos um produto intermedirio tambm pode ser um produto final.

B.14 medida interna: Medida do prprio produto, seja direta ou indireta.NOTA - O nmero de linhas de cdigo, medidas de complexidade, o nmero de defeitos encontrados em um walkthrough e o fog index so todas medidas internas feitas no prprio produto.1)

________________NOTA DA TRADUO - Fog index um mtodo comprovado de anlise de material escrito para verificar a sua facilidade de leitura e compreenso.1)

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B.15 qualidade interna: Totalidade dos atributos de um produto que determinam sua capacidade para satisfazer necessidades explcitas e implcitas quando utilizado em condies especificadas.NOTAS 1 O termo qualidade interna, utilizado na NBR ISO/IEC 14598 em contraste ao termo qualidade externa, possui essencialmente o mesmo significado de qualidade na NBR ISO 8402. 2 O termo atributo utilizado com o mesmo significado que o termo caracterstica em 4.1.1, sendo que na NBR ISO/IEC 9126 o termo caracterstica utilizado num sentido mais especfico.

B.16 mantenedor: Organizao que executa atividades de manuteno. [NBR ISO/IEC 12207:1998] B.17 medir: Fazer uma medio. B.18 medida (substantivo): Nmero ou categoria atribudo a um atributo de uma entidade atravs de uma medio. B.19 medio: Uso de uma mtrica para atribuir um valor (o qual pode ser um nmero ou categoria), obtido a partir de uma escala, a um atributo de uma entidade.NOTA - A medio pode ser qualitativa quando utilizar-se de categorias. Por exemplo, alguns atributos importantes de produtos de software, como a linguagem de um programa fonte (ADA, C, COBOL, etc.), so categorias qualitativas.

B.20 mtrica: Mtodo e escala de medio definidos.NOTAS 1 Mtricas podem ser internas ou externas e diretas ou indiretas. 2 Mtricas incluem mtodos para categorizao de dados qualitativos.

B.21 qualidade: Totalidade de caractersticas de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explcitas e implcitas.NOTAS 1 Numa situao contratual ou, numa rea regulamentada, tal como na rea de segurana nuclear, as necessidades so especificadas, enquanto que em outras reas convm que necessidades implcitas sejam identificadas e definidas. 2 Na NBR ISO/IEC 14598 a entidade relevante um produto de software.

[NBR ISO 8402:1994] B.22 avaliao de qualidade: Exame sistemtico do quanto uma especificados. entidade capaz de atender aos requisitos

NOTA - Os requisitos podem ser formalmente especificados, por exemplo, quando um produto desenvolvido para um usurio especfico sob um contrato ou um produto desenvolvido para um usurio no especfico, ou seja, especificado por uma organizao de desenvolvimento. Os requisitos tambm podem ser mais gerais, como quando um usurio avalia produtos com o objetivo de comparao e seleo.

[NBR ISO 8402:1994] B.23 qualidade em uso1): O quanto um produto, utilizado por usurios especificados, atende s necessidades desses usurios para que eles atinjam as metas especificadas com eficcia, produtividade e satisfao, em contextos de uso especificados2).NOTA - Esta definio de qualidade em uso similar definio de usabilidade da ISO 9241-11. Na NBR ISO/IEC 14598 o termo usabilidade refere-se caracterstica de qualidade de software descrita na ISO/IEC 9126-1.

B.24 modelo de qualidade: Conjunto de caractersticas e os relacionamentos entre elas, que fornecem a base para a especificao dos requisitos de qualidade e para a avaliao de qualidade.

________________1)

NOTA DA TRADUO - A caracterstica segurana foi adotada aps a publicao do texto internacional da ISO/IEC 14598-1, por isso a caracterstica segurana no faz parte do conjunto de caractersticas de qualidade em uso aqui descritas (eficcia, produtividade e satisfao). NOTA DA TRADUO - A traduo adotada na NBR ISO/IEC 14598-1 utiliza "usurios especficos" e "contextos de uso definidos". Por questo de consistncia com a definio de 7.1, foi alterada para "usurios especificados" e "contextos de uso especificados".

2)

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B.25 pontuao: Ao de mapear o valor medido em comparao ao nvel de pontuao apropriado. Utiliza-se para determinar o nvel de pontuao do software para uma caracterstica de qualidade especfica. B.26 nvel de pontuao: Ponto de escala em uma escala ordinal, que usado para categorizar uma escala de medio.NOTAS 1 O nvel de pontuao permite que o software seja classificado (pontuado) de acordo com as necessidades explcitas ou implcitas (ver 10.2 da NBR ISO/IEC 14598-1). 2 Nveis de pontuao apropriados podem ser associados a diferentes vises de qualidade, como, por exemplo, viso dos usurios, dos gerentes ou dos desenvolvedores.

B.27 escala: Conjunto de valores com propriedades definidas.NOTA - Exemplos de tipos de escalas so: uma escala nominal que corresponde a um conjunto de categorias; uma escala ordinal que corresponde a um conjunto ordenado de pontos de escala; uma escala de intervalos que corresponde a uma escala ordenada com pontos de escala eqidistantes e; uma escala de proporo que tem pontos de escala eqidistantes e tambm um zero absoluto. Mtricas usando escalas ordinais ou nominais produzem dados qualitativos e mtricas usando escalas de intervalos ou de proporo produzem dados quantitativos.

B.28 software: Conjunto completo ou apenas uma parte dos programas, procedimentos, regras e documentao associada de um sistema de processamento de informao.NOTA - Software uma criao intelectual que independe do meio no qual armazenado.

[ISO/IEC 2382-1:1993] B.29 produto de software: Conjunto de programas de computador, procedimentos e possvel documentao e dados associados. [NBR ISO/IEC 12207:1998]NOTA - Produtos incluem produtos intermedirios e produtos destinados a usurios como desenvolvedores ou mantenedores.

B.30 fornecedor: Organizao que firma um contrato com o adquirente para fornecimento de um sistema, produto de software ou servio de software conforme os termos do contrato. [NBR ISO/IEC 12207:1998] B.31 sistema: Conjunto integrado que consiste em um ou mais processos, hardware, software, recursos e pessoas, capaz de satisfazer uma necessidade ou objetivo definido. [NBR ISO/IEC 12207:1998] B.32 usurio: Indivduo que usa o produto de software para executar uma funo especfica.NOTA - Usurios podem ser operadores, pessoas que recebem o resultado do software ou desenvolvedores e mantenedores de software.

B.33 validao: Confirmao, por exame e fornecimento de evidncia objetiva, de que os requisitos especficos para um determinado uso pretendido so atendidos.NOTAS 1 No projeto e desenvolvimento, a validao refere-se ao processo de examinar um produto para determinar sua conformidade com as necessidades do usurio. 2 A validao feita normalmente no produto final sob condies de operao definidas, podendo, contudo, tornar-se necessria em fases anteriores. 3 O termo validado usado para designar o estado aps a validao. 4 Validaes mltiplas podem ser realizadas, se existirem diferentes usos pretendidos.

[NBR ISO 8402: 1994] B.34 verificao: Confirmao, por exame e fornecimento de evidncia objetiva, do atendimento aos requisitos especificados.NOTAS 1 No projeto e desenvolvimento, a verificao refere-se ao processo de examinar o resultado de dada atividade para determinar a sua conformidade com os requisitos estabelecidos para a mesma atividade. 2 O termo verificado utilizado para designar o estado aps a verificao.

[NBR ISO 8402: 1994] ________________ /ANEXO C

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Anexo C (informativo) Histrico do trabalho C.1 Retrospectiva A indstria de software est entrando em um perodo de relativa maturidade e, ao mesmo tempo, o software est se tornando um componente decisivo para muitos produtos de nossos dias. Esse aspecto do software o torna um dos principais novos fatores de negcios. Alm disso, com a nova demanda global por segurana e qualidade, torna-se importante a necessidade de acordos internacionais sobre procedimentos para julgamento de qualidade de software. Existem essencialmente duas solues que podem ser adotadas para assegurar a qualidade de um produto: uma delas a garantia do processo pelo qual o produto desenvolvido e a outra a avaliao da qualidade do produto final. Os dois caminhos so importantes e ambos requerem a presena de um sistema para gesto da qualidade. Tal sistema identifica o compromisso gerencial com qualidade e estabelece suas polticas, da mesma forma que detalha os passos que devem ser seguidos. Para avaliar-se a qualidade de um produto por algum mtodo quantitativo, necessrio um conjunto de caractersticas de qualidade que descreva o produto e forme a base para a avaliao. Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 define essas caractersticas de qualidade para produtos de software. C.2 Histria O estado da arte em tecnologia de software ainda no apresenta um esquema de descrio bem definido e amplamente aceito, para julgar-se a qualidade de um produto de software. Muito trabalho foi realizado, desde 1976, por diversas pessoas, para definir uma estrutura de qualidade de software. Modelos de McCall, de Boehm, da Fora Area dos Estados Unidos e outros foram adotados e ampliados ao longo dos anos. Entretanto, hoje em dia difcil para um usurio ou consumidor de produtos de software entender ou comparar a qualidade do software. Por um longo tempo, a confiabilidade foi o nico meio de aferio de qualidade. Outros modelos de qualidade foram propostos e submetidos ao uso. Ao mesmo tempo que os estudos eram bem-sucedidos, eles tambm causavam confuso por causa dos muitos aspectos de qualidade oferecidos. Em conseqncia, surgiu a necessidade de um modelo padronizado. por essa razo que o comit tcnico da ISO/IEC 9126 comeou a trabalhar para desenvolver o consenso requerido e encorajar a padronizao em nvel mundial. As primeiras iniciativas surgiram em 1978 e, em 1985, foi iniciado o desenvolvimento da ISO/IEC 9126. Os modelos propostos inicialmente introduziram propriedades de software que dependem de aspectos de aplicao ou implementao (ou ambos) para descrever a qualidade de software. O primeiro passo do comit tcnico da ISO para definir essas propriedades de forma sistemtica falhou por falta de definies. Os termos foram interpretados de formas diferentes por diversos especialistas. Todas as estruturas discutidas eram, por isso, de natureza arbitrria, sem uma base comum. Como resultado, decidiu-se que a melhor condio para o estabelecimento de uma norma consistia em estipular um conjunto de caractersticas baseadas na definio de qualidade, que mais tarde veio a tornar-se parte da NBR ISO 8402. Essa definio aceita para todos os tipos de produtos e servios. Ela comea com as necessidades dos usurios. C.3 Seis caractersticas de qualidade de software Os requisitos para a escolha das caractersticas descritas nesta Norma foram os seguintes: - Cobrir conjuntamente todos os aspectos de qualidade de software resultantes da definio de qualidade da ISO. - Descrever a qualidade do produto com um mnimo de sobreposio. - Ficar o mais prximo possvel da terminologia estabelecida. - Formar um conjunto de no mais de seis a oito caractersticas, por questes de clareza e manuseio. - Identificar reas de atributos de produtos de software para posterior refinamento. O trabalho da comisso tcnica resultou no conjunto de caractersticas acima. Entretanto, uma norma de pura terminologia, contendo definies de caractersticas, no teria fornecido um apoio suficiente aos usurios no julgamento da qualidade do software. Por isso, foi includa uma descrio de como proceder na avaliao de um produto de software. A avaliao de um produto de software, na prtica, requer caractersticas alm do conjunto disponvel e requer tambm mtricas para cada uma das caractersticas. O estado da arte no presente no permitia uma normalizao nessa rea. Aguardar o desenvolvimento teria atrasado substancialmente a publicao da ISO/IEC 9126. Por essa razo, o comit tcnico emitiu a verso de 1991 da ISO/IEC 9126 para harmonizar o desenvolvimento posterior.

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C.4 Reviso da ISO/IEC 9126 Em 1994, foi percebido que outras normas produzidas na rea de avaliao de qualidade de software demandavam a reviso da ISO/IEC 9126. A reviso manteve as mesmas seis caractersticas de qualidade, mas clarificou seus relacionamentos com mtricas internas e externas. O relacionamento entre as caractersticas e qualidade em uso tambm est explicado. Qualidade definida na ISO 8402 em termos da Totalidade de caractersticas de uma entidade que lhe confere..... A NOTA 4 nesta definio declara que Convm que o termo qualidade no seja usado como um termo nico para expressar o grau de excelncia em sentido comparativo. Por esta razo, os termos qualidade interna e qualidade externa esto definidos na NBR ISO/IEC 14598-1 para se referirem a aspectos de qualidade que podem ser mensurados. A redao das definies de caractersticas de qualidade foi mudada de Um conjunto de atributos que evidenciam para: A capacidade do software de ...; assim, elas podem ser interpretadas em termos que permitem que tanto a qualidade interna quanto a qualidade externa sejam mensuradas. Subcaractersticas foram introduzidas, baseadas no anexo informativo da verso anterior da NBR 13596. Conformidade foi includa como uma subcaracterstica de todas as caractersticas, tendo em vista que os princpios so aplicveis a todas as caractersticas de software. O modelo do processo de avaliao foi transferido para a NBR ISO/IEC 14598-1. Trs novos relatrios tcnicos esto sendo preparados como partes 2, 3 e 4 da NBR ISO/IEC 9126, dando exemplos de mtricas de qualidade interna, qualidade externa e qualidade em uso.

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Bibliografia IEC 60050-191, International Electrotechnical Vocabulary - Chapter 191: Dependability and quality of service IEEE 610.12-1990, Standard Glossary of Software Engineering Terminology ISO/IEC 2382-1:1993, Information technology - Vocabulary - Part 1: Fundamental terms ISO/IEC 2382-14:1997, Information technology - Vocabulary - Reliability, maintainability and availability ISO/IEC 2382-20:1990, Information Technology - Vocabulary - Part 20: Systems development NBR ISO 8402:1994, Gesto da Qualidade e garantia da qualidade - Terminologia NBR ISO 9001:2000, Sistemas de gesto da qualidade - Requisitos ISO/IEC TR 9126-2, Software engineering - Product quality - Part 2: External metrics ISO/IEC TR 9126-3, Software engineering - Product quality - Part 3: Internal metrics ISO/IEC TR 9126-4, Software engineering - Product quality - Part 4: Quality in use metrics ISO 9241-10:1996, Ergonomic requirements for office work with visual display terminals (VDT)s - part 10: Dialogue principles ISO 9241-11:1997, Ergonomic requirements for office work with visual display terminals (VDT)s - part 11: Guidance on usability NBR ISO/IEC 12207:1998, Tecnologia da informao - Processos de ciclo de vida de software ISO/IEC 13407:1999, Human centred design processes for interactive systems NBR ISO/IEC 14598-2: 2002, Tecnologia da Informao - Avaliao de Produto de Software Parte 2: Planejamento e gesto NBR ISO/IEC 14598-3:2002, Engenharia de software - Avaliao de Produto - Parte 3: Processo para desenvolvedores NBR ISO/IEC 14598-4:2002, Engenharia de software - Avaliao de Produto - Parte 4: Processo para adquirentes NBR ISO/IEC 14598-5:2001, Tecnologia da Informao - Avaliao de Produto de Software - Parte 5: Processo para avaliadores ISO/IEC 14598-6, Information Technology - Software product evaluation - Part 6: Documentation of evaluation modules ISO/IEC TR 15504 (all parts), Information Technology - Software Process Assessment

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