48

NET EN 2015 - portugalmag.frportugalmag.fr/wp-content/uploads/2016/11/ptmagazineED71.pdf · ABRIL 2016 XXXXXXXXX 2 TAUX DE RENDEMENT NET EN 2015* ... uma apresentação do filme e

Embed Size (px)

Citation preview

XXXXXXXXXABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR2

TAUX DE RENDEMENT NET EN 2015*

Les rendements passés ne préjugent pas des rendements futurs.

ASSURANCE-VIEEPARGNE LIBRE FIDELIDADECONTRAT EN EUROS

CHACUN DE NOS CLIENTS MÉRITE UNE ATTENTION UNIQUE.

* Taux annualisé net de frais de gestion et brut de prélèvements sociaux et fi scaux de 3 % réalisé au 31/12/2015. Epargne Libre Fidelidade (ELF), Epargne Libre Fidelidade2 (ELF2) et Epargne Libre Plus (ELP) sont des contrats d’assurances collectifs sur la vie à adhésion facultative libellés en euros régis par le code des

assurances – Branche 20 : vie décès, souscrits par Caixa Geral de Depósitos, dont le Siège est sis 38 rue de Provence 75009 Paris, SIREN 306 927 393 RCS Paris - APE 6419Z immatriculée auprès de l’ORIAS (www.orias.fr) n° ISP 20 71 86 041 auprès de Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A., entreprise régie par la législation portugaise, dont la Succursale pour la France est sise 29 Boulevard des Italiens, 75002 Paris, immatriculée auprès du Registre du Commerce et des Sociétés de Paris B 413 175 191. Les contrats ELF, ELF2 et ELP prévoient des frais d’entrée, de versement et de sortie.

Caixa Geral de Depósitos. S.A. • Succursale France - Banque et société de courtage en assurances • 38, rue de Provence – 75009 PARIS • Téléphone 01 56 02 56 02 • Fax 01 56 02 56 01 • Immatriculée auprès de l’ORIAS [www.orias.fr] nº ISP 20 71 86 041 • Siren 306 927 393 RCS Paris • APE 6419Z • Ident. Intracommunautaire FR 88 306 927 393 • Siège Social: Av. João XXI, 63 – 1000-300 Lisboa, Portugal • Capital Social ¤ 5.900.000.000 [www.cgd.pt] • CRCL et NIPC n.º 500 960 046 • Thinkstock • Document non contractuel.

PERFORMANCE ET SÉCURITÉ AU SERVICE DE NOS CLIENTS.L’assurance-vie, la solution épargne idéale pour réaliser vos projets sur le moyen / long terme.

Assurance-vie Épargne Libre Fidelidade

EDITORIALABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 3

Pedro António DIRECTOR

Frankelim Amaral

DIRECTOR DE REDACÇÃODirector

Pedro ANTÓNIO

Director de redacção Frankelim AMARAL

Propriedade e Edição

Sede 97 avenue Emile Zola, 75015 Paris

ContactosTel. Administração: 06 63 78 17 13 - 06 08 91 15 50

Tel. Comercial: LUSOMEDIA EVENTS 06 15 01 10 00Email: [email protected]

Web: www.portugalmag.fr - www.facebook.com/portugalmagazine

Journalistes accrédités auprès de l’UNESCO

ColaboradoresSusana Patarra, Guida Amaral, Vitor Santos, Adélio Amaro (Portugal),

Mário Pina, Lucia Lopes, Angélique David-Quinton, Manuel Moreira, Susana Alexandre, Serge Farinho, Mario Cantarinha, Manuel do Nascimento, Maria Fernanda Pinto, Alfredo Lima,

Sabrina Simões, Luís Gonçalves, José Luís Peixoto, Isabel Alves, Isabel Meyrelles, Cristina Branco

FotógrafosTeresina Amaral, Patrick Gonçalves

Portugal Magazine é uma publicação mensal gratuita

Agence de PresseLusa

ISSN2105-7761

Tiragem15.000 exemplares

Todos os direitos reservadosOs textos assinados são da responsabilidade dos autores e não reflectem, necessariamente, a opinião da revista

A revista bilingue da comunidade portuguesa em França

COLABORE NA PORTUGAL MAG!A Portugal Magazine está aberta à colaboração. Colabore enviando artigos, crónicas,

textos associativos ou ligados às artes em geral. Para submissão de textos, deve-se enviar um e-mail para [email protected] com o nome completo do autor e uma foto. Se você é fã de algum assunto ou gosta de escrever, envie-nos seus artigos

e atinja mensalmente mais de 50 mil leitores !

Entramos no mês de Abril, este ano Portugal e as co-munidades portuguesas comemoram o 42º aniversário do último e mais conhecido golpe de Estado, rapidamente transformado em uma revolução. No dia 25 de abril de 1974, a sociedade portuguesa dizia adeus a uma ditadura de 48 anos, sob o comando de Antônio de Oliveira Salazar. Na altura do golpe, desencadeado por militares, o apoio popular foi tamanho que os comandantes da operação não puderam conter a euforia que invadiu as ruas de Lisboa. As pessoas tomavam as praças, vaiavam as reduzidas forças militares governistas, ofereciam apoio e alimentos aos revoltosos, e festejavam a perspectiva de liberdade, empunhando cravos ao invés de armas. A manifestação ficou assim conhecida como a “Revolução dos Cravos”. Sua mais célebre imagem retrata uma criança colocando uma dessas flores, muito comuns na primavera portuguesa, no cano de um fuzil. Irá encontrar nesta edição uma nova rúbrica intitulada « Opinião com voz », vamos tentar dar todos os meses a palavra a várias pessoas da nossa comunidade fazendo uma ou duas perguntas sobre a actualidade, como não podia deixar de ser, as perguntas este mês estão relacionadas com o 25 de Abril. Não hésite em participar e dar sua opinião.

A Portugal Magazine assinou no mês passado uma par-cearia com a companhia de seguros Fidelidade, dando mais visibilidade tanto à maior empresa portuguesa de seguros em França, como à vossa revista. A partir deste mês irá encontrar distribuidores de revistas em vários locais de passagem da nossa comunidade. Daremos mais detalhes desta parcearia no próximo mês, assim que os locais de distribuição.

Nosso destaque este mês vai para os irmãos NÉMANUS que preparam um mega concerto na mítica sala do Olympia de Paris, evento que vai decorrer dia 8 de Maio com o pa-trocinio das empresas Aigle Azur, Fidelidade, Caixa Geral de Depósitos, assim que Les Halles du Portugal. Esta data dos irmãos Hélder e Né naturais de Peniche, faz parte do Tour 2016 intitulado « Furacão », adjetivo que descreve perfeitamente a noite que espera todos os que irão estar presentes. Mais informações e bilhetes à venda no site www.olympiahall.com

Boa leitura.

ÍNDICEABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR4

08

14

Portugal Magazine vai dar todos os me-ses voz a várias pes-soas da comunidade

28Grande festa em Bruxelas organizada pela associação APEB

29

30

Bens de consumo

16

França reforçou in-vestimento em Por-tugal no período de

“mais profunda crise”

34Tomar, foi sede das Ordens do Templo e de Cristo

12“Trois notes de

Blues pour un Fado” livro de testemunhos e biografia do cantor Dan Inger co-escrito

com a escritora Altina Ribeiro

Némanus sobem ao palco do Olympia

de Paris - Dia 8 de Maio de 2016

21

Grande Festa Popular Portuguesa em Choisy-le-Roi

40Revolução de 25 de Abril, a conquista da liberdade pela força de um povo

Congrès 2016 de CIVICA

aux Invalides

10

32

Do conceito de liberdade, à liberdade pessoal

39

Não é só por escrito que se contrata

«ART FOR PEACE» em Paris com Isabel Meyrelles, Santiago

Ribeiro e mais 53 artistas

26

2016, il y a 100 ans, le Portugal rentrait dans la guerre aux

côtés des alliés sur le front de Flandre

LONGS-METRAGES , COURTS-MÉTRAGES,DOCUMENTAIRES, CONCERTS, RENCONTRES,

TABLES RONDES, EXPOSITION.

+ d’infos www.festafilm.fr

PARTENAIRE OFFICIEL

Ph

oto

gra

ph

ie : S

op

hia

Vie

ira

Illu

stra

tio

n ©

Do

an

COMMUNIQUÉ DE PRESSEABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 5

CGD França leva empresas francesas a Portugal para encontro sobre “Oportunidades

e desafios no Turismo”NO DIA 10 DE MARÇO, O MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS AUGUSTO SANTOS SILVA, os secretários de Estado da Internacionalização, das Comunidades Portuguesas, e uma comitiva de empresários franceses acompanhados por representantes da CGD França, juntaram-se para discutir estratégias para crescimento do turismo e oportunidades de negócio para investidores estrangeiros.

Este encontro promovido pela LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, que é uma rede de lobbying e networking que reúne personalidades do mundo empresarial, foi realizado em parceria com a Everything is New, com a Lisbon Helicopters e com a CGD França.

O tema do encontro dedicado ao Turismo – e, sobre as oportunidades e desafios do turismo França/Portugal, permitiu analisar e discutir estratégias com vista ao crescimento do Turismo, por via da relação próxima e directa com os turistas franceses, mas também

LONGS-METRAGES , COURTS-MÉTRAGES,DOCUMENTAIRES, CONCERTS, RENCONTRES,

TABLES RONDES, EXPOSITION.

+ d’infos www.festafilm.fr

PARTENAIRE OFFICIEL

Phot

ogra

phie

: So

phia

Vie

iraIll

ustr

atio

n ©

Doa

n

Du 1er au 9 avril, CAIXA GERAL DE DEPOSITOS est partenaire du FESTAFILM – le Festival du cinéma lusophone et francophone

identificar oportunidades de negócio para investidores estrangeiros no sector – em destaque na conferência de encer-ramento “Investimento em Portugal”.

O Secretário de Estado da Internacio-nalização, Jorge Costa Oliveira, que res-pondeu a um conjunto de questões sobre o investimento em Portugal, colocadas pelos membros da comitiva francesa, es-clareceu diversos aspectos relacionados com as condições oferecidas pelo País a investidores estrangeiros.

A Caixa volta a assegurar a sua participação num evento de internacio-nalização, proporcionando o encontro de empresas francesas, investidores potenciais, que procuram boas oportu-nidades de negócio em Portugal.

COMMUNIQUÉ DE PRESSEABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR6

A CCPF organizou a conferência « Mulheres em luta - Retratos cruzados da Lusofonia »

A CCPF (Coordenação das Coleti-vidades Portuguesas de França) orga-nizou, dia 8 de Março, uma conferência dedicada ao tema “Mulheres em Luta - Retratos cruzados da Lusofonia”. Esta conferência, comemorativa do Dia Internacional da Mulher, teve lugar no salão Eça de Queirós do Consulado Geral de Portugal em Paris.

A conferência foi precedida pela projeção da curta-metragem “Ouvre Ta Gueule” escrita e realizada por Aélita Jacob e Daniel Alfarela. Este último fez uma apresentação do filme e dos seus objetivos, que são os de incitar tanto as vítimas como as testemunhas das vio-lências feitas às mulheres a denunciar esses atos.

A conferência teve como mode-radora Luísa Semedo, presidente da CCPF, que sublinhou a importância da promoção dos exemplos de coragem das mulheres, nomeadamente enquanto autoras e protagonistas da História, que poderão servir de modelos e incitar ou-tras mulheres a ter um papel mais ativo.

A intervenção da historiadora

Marie-Christine Volovitch-Tavares, centrou-se sobre o papel ativo da mu-lher emigrante portuguesa em França nomeadamente através do exemplo de Loreta Fonseca e da sua luta nos anos 70 nos “bidonvilles” de Massy e do movimento de apoio à sua não-expulsão de França.

David Leite, adido cultural na em-baixada de Cabo Verde, fez um panora-ma histórico do papel da mulher cabo verdiana desde os tempos da escrava-tura até aos dias de hoje.

O Presidente da Associação France--Timor Leste, Carlos Semedo, sublinhou a importância da luta das mulheres ti-

morenses na luta pela independência do país mas igualmente da luta pela sua própria autonomia enquanto mulheres.

Esta conferência meteu em evidên-cia que as várias batalhas pela indepen-dência, pela liberdade e pela integração nos vários países de origem e de emigra-ção, foram ganhas através da coragem e da consciência igualitária de mulheres e de homens, mas que a luta continua, e que com mais ou menos disparidades as discriminações continuam a vários níveis e em todos os países.

www.ccpf-france.org [email protected]

XXXXXXXXXXXXABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 7

ECONOMIAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR8

França reforçou investimento em Portugal no período de “mais profunda crise”

O ministro destacou “a importância ainda maior” do investimento francês em Portugal nos últimos anos. “Houve muitas empresas francesas que apos-taram e investiram em Portugal e, ao criarem emprego no nosso país, tam-bém reforçaram as nossas condições para passar pela crise, com menos consequências sociais”, afirmou.

Pedro Marques disse que “o inves-timento francês já criou em Portugal dezenas de milhares de posto de tra-balho” e que é por aí que o Governo quer continuar.

O ministro afirmou ainda que o Governo vai “continuar a trabalhar para manter o mesmo ritmo de apoio ao investimento”, garantindo que “os fundos europeus ao dispor” de Portugal “vão estar rapidamente ao serviço do apoio ao investimento”.

Quem também sublinhou a im-portância do investimento francês em Portugal foi o embaixador de França no país, Jean-François Blarel. “A presença

“A CGD está presente em França desde 1975, através de uma sucursal da Caixa. Somos em França o maior banco português, temos 48 agências, e o segundo maior banco estrangeiro com maior rede de retalho e a sucursal assume-se como banco de referência à comunidade portuguesa”, disse José de Matos.

O presidente da CGD abordou tam-bém a questão das exportações portugue-sas para França, que em 2015 aumenta-ram mais de 7%, para 6,42 mil milhões de euros, assim como as importações, que atingiram os 4,431 mil milhões, re-presentando uma subida de 6,4%.

França é o segundo maior cliente de Portugal e terceiro fornecedor do país.

“O investimento francês em Por-tugal registou em 2015 um ano muito positivo face aos anteriores”, disse, dando como exemplos os investimentos realizados em diversos setores, como as comunicações, automóvel, aeronáutico, imobiliário ou agrícola.

francesa, muito antiga, tem uma grande importância na economia portuguesa, representa 3,6% do valor acrescentado gerado pelas empresas não financeiras, o que faz com que França seja agora o principal investidor estrangeiro em termos de valor acrescentado gerado em território português”, disse Jean--François Blarel.

O diplomata salientou que os resul-tados “também são significativos” em termos de emprego, exportações ou de inovação. “Esta presença reforçou-se ainda mais desde há cinco anos, apesar da crise que o país atravessou, ao con-trário do que aconteceu com os nossos concorrentes”, disse.

Em destaque estiveram os investi-mentos da Vinci, que adquiriu a ANA - Aeroportos de Portugal em 2013, e da Altice, através da compra da PT Portugal no ano passado.

Ainda assim, o diplomata fez questão de dizer que “estas árvores não devem esconder a floresta”, dando enfoque “à diversidade dos investimentos franceses para o crescimento português”.

O anfitrião da conferência, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), através do seu presidente executivo, José de Ma-tos, falou sobre a presença do banco em França e aproveitou para afirmar a importância “de toda atividade de investimento estrangeiro em Portugal”, seja francês ou de outras origens.

“O REFORÇO DA PRESENÇA DO INVESTIMENTO FRANCÊS EM PORTUGAL aconteceu num período difícil, de crise económica profunda”, disse Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, durante a conferência “Contributo do Investimento Francês para o Crescimento Português”, que decorreu em Lisboa, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos.

JEAN-FRANCOIS BLARELJOSÉ DE MATOS PEDRO MARQUES

LE PORTUGAL

52À PA

RTIR

DE €

CHOIX DESSIÈGES

CHOIX DU BAGAGE

ENREGISTREMENTEN LIGNE ET SURMOBILE

APPLICATIONMOBILE

aigleazur.comDE VOLSDE SIÈGESD’HORAIRESDE DESTINATIONS

votre agence de voyages

0,06 € / min0 810 797 997

*Tarif à partir de, aller simple en Classe Économique, hors frais de service, soumis à conditions et disponibilités au départ de Lyon et à destination de Porto. Bagage Cabine de 10kg inclus dans le prix du billet.Frais supplémentaires pour bagage en soute.

+ DE 25 VOLS / SEMAINE

PORTO

LISBONNE

FARO

FUNCHAL

PARIS

NOUVEAUTÉ

NEW LYON

CONGRÈSABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR10

Congrès 2016 de CIVICA aux Invalides

LE CONGRÈS DES ÉLUS D’ORIGINE PORTUGAISE EN FRANCE s’est tenu dimanche 13 mars 2016 à l’auditorium du Musée de l’Armée, de l’hôtel National des Invalides, rue de Grenelle à Paris 7.

Ce même jour, une heure avant, l’as-sociation CIVICA organisait son assem-blée générale. Monsieur Paulo Marques a été réélu Président et différentes réso-lutions ont été votés. En effet, l’associa-tion siège à présent au 103 rue de Gre-nelle 75007 Paris, un conseil d’adminis-tration a été élu avec 10 membres, six femmes et quatre hommes, ainsi qu’un bureau constitué du président, d’un Tré-sorier, Monsieur Jean-Pierre Dos Santos et d’une Secrétaire, Madame Ana De Almeida. A l’unanimité, les adhérents ont validé plusieurs points.

Suite à ces élections, le congrès des élus d’origine portugaise a ouvert ses portes à 10h15 afin de recevoir les invités et intervenants. Le Conseil d’Adminis-tration a d’abord été présenté, le bureau a été installé et le président a pu prendre la parole afin de remercier les adhérents ayant adopté à l’unanimité les points de l’ordre du jour ainsi que son élection, et présenter l’association créée le 5 février 2000 au Sénat.

Comme à chaque édition depuis seize ans, mais avec en plus cette année un regard rétrospectif, le congrès de CIVICA a mis en lumière, les change-ments qu’elle connaît, via l’analyse ter-ritoriale des pratiques démocratiques et citoyennes, comme réponse aux change-ments du contexte socio-économique (un film sur les campagnes de sensibi-lisations démocratique et participative a été présenté)

L’accélération de cette évolution des mœurs, en matière de démocratie par-

partage entre les différents élus.Monsieur le Vice-président de l’As-

sociation Nationale des collectivités Ter-ritoriales du Portugal, ANAFRE, Mon-sieur Armando VIEIRA a pris la parole pour défendre les droits de vote des res-sortissants Portugais et Européens pour les élections municipales et la réflexion de la mise en place du système de vote par Internet (préconisée par le Président de Civica depuis 2008 avec la Commis-sion de la participation civique du CCP, commission qu’il a présidé jusqu’en 2015 à Lisbonne).

Madame la Député Nathalie KOS-CIUSKO-MORIZET a décrit l’associa-tion CIVICA « comme un modèle qui mérite d’être appuyé » en expliquant « vous avez une action positive, vous êtes à la fois d’excellents élus avec toute la richesse de la République Française tout en conservant vos liens culturels avec deux pays. C’est un modèle très intéres-sant. » Nathalie KOSCIUSKO-MORI-

ticipative, est vectrice de dynamisme pour les acteurs publics, les élus locaux. Ce sont des élus vigilants et aptes à se nourrir utilement de différents points de vue qui se sont dessinés, orateur après orateur, à Paris.

En effet, les près de deux cents élus locaux présents aux invalides étaient in-vités à partager leurs expériences d’élus locaux à travers le thème « Œuvrer pour plus de participation citoyenne des élus vers les citoyens administrés ».

L’ouverture du congrès était à la charge du Maire-adjoint du 7ème arron-dissement de Paris, monsieur Olivier Le Quéré, en représentation de madame Rachida Dati. Dans son allocution, mon-sieur Le Quéré a souhaité la bienvenue à Cívica dont ses locaux et siège social se situe face à la Mairie du 7ème arrondisse-ment depuis le mois de février. Les liens entre la municipalité et Cívica seront de fait renforcés. Le Maire-Adjoint a insis-té sur l’importance du vote et la lutte continue contre l’absentéisme, thème proposé à l’auditoire.

Madame la Conseillère Départemen-tale du Loire Alexandra CUSTODIO, a déclaré la guerre à l’abstention à travers un discours engagé. Mettant en avant l’importance du vote et l’accompagne-ment des citoyens, Alexandra CUSTO-DIO a suscité plusieurs réactions au niveau de l’auditoire. Des questions-ré-ponses ont ainsi créées un moment de

GROUPE

DELEGAÇÃO CIVICA VAL DE MARNE AMBASSADEUR DU PORTUGAL EN FRANCE, M. JOSÉ FILIPE MORAES CABRAL

CONGRÈSABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 11

Academia do Bacalhau de Rouen continua a crescer

A ACADEMIA REALIZOU NO PASSADO DIA 11 DE MARÇO o seu jantar mensal, contou com a presença das suas ilustres comadres, compadres e amigos a quem antes de mais agradece a presença.

Quem também não faltou ao en-contro foi a Amizade, a Portugalidade e a Solidariedade e foi assim num am-biente fantástico, de corações e braços abertos que a Academia recebeu cinco novos membros nesta ainda jovem associação, caso para dizer ou cantar ”venham mais cinco”!

A Academia do Bacalhau de Rou-en agradece o carinho, a boa recep-ção, assim que o delicioso jantar no restaurante-braserie « L’européen » em Rouen, gerido pelo português Sr. Paulo Peixoto. Será com muito gosto que a Academia o receberá brevemen-te como compadre, juntamente com

outros futuros compadres que tam-bém honraram com a sua presença e até já estão a aprender o hino das aca-demias. A A.B.Rouen está a crescer!

A todos um Gavião de Penacho!!!

ZET a ensuite salué la place de la femme chez CIVICA, en indiquant qu’une vraie parité existait non seulement au niveau des membres du Conseil d’Administra-tion mais aussi avec la création de CIVI-CA Femina. L’intervention s’est conclue par une annonce importante, le vœu au Conseil de Paris de valoriser et proposer la langue portugaise aux Parisiens sur le temps des nouveaux rythmes scolaires. Celui-ci pourrait intervenir dès la ren-trée prochaine en cas d’adoption.

Paulo Marques a pu aussi informer l’auditoire que Civica Guadeloupe avec GwadaLusa propose cette option aux élèves de la ville du Lamentin.

Monsieur l’Ambassadeur du Por-tugal à Paris, Monsieur José MORAES CABRAL, en clôture du congrès, a féli-cité cette initiative et annoncé qu’une nouvelle commission mixte se préparait

INTERVENTION MADAME NATHALIE KOSCIUSKO MOIZET, DÉPUTÉE ET

CONSEILLAIRE DE PARIS

SALLE (PHOTO JR)

afin d’enseigner la langue portugaise en France.

D’autres députés ont pu parta-ger leurs expériences et donner leurs conseils, Monsieur Carlos Gonçalves, Député Portugais ainsi que Monsieur Arnaud Richard, Député des Yvelines et Monsieur Paulo Pisco, Député Portugais.

Le Congrès des élus d’origine portu-gaise a ainsi donné un temps de parole à chacun des intervenants et un moment d’échange avec les participants. Il s’est suivi d’un déjeuner au Salons du Ques-noy afin de poursuivre les discussions et les rencontres.

Des personnalités politiques n’ont pas pu être présentes le dimanche 13 mars, c’est pourquoi elles ont transmis un message directement au Président de CIVICA et ses membres.

Message du Président de la Répu-blique Française, Monsieur François Hollande au Président de CIVICA et ses membres pour occasion du congrès des Luso élus.

“Le Président de la République tient à saluer l’engagement citoyen des élus d’origine lusophone et à rendre hom-mage aux parcours remarquables de leurs ascendants portugais qui, fuyant le régime salazariste, se sont appropriés les valeurs humanistes de notre pacte républicain. Aussi vous adresse-t-il ses encouragements à poursuivre la mise en œuvre des solidarités de proximité qui

permettent de répondre aux besoins de nos concitoyens.”

Message de l’ancien Président de la République, Monsieur Nicolas Sarko-zy, Président Les Républicains au pré-sident de CIVICA et ses membres.

“Cher Ami, J’ai bien reçu votre invi-tation pour le congrès des élus d’origine Portugaise aux Invalides et je vous en remercie. Sachez que celle-ci m’a beau-coup touchée... Conscient du travail re-marquable que votre Association exerce chaque jour et convaincu de votre engage-ment pour défendre toujours mieux l’in-térêt des millions de lusophones à travers la France, je souhaiterais vivement que nous nous rencontrions prochainement.Je vous prie, de croire, Cher Ami, à l’assurance de mes sentiments les meil-leurs.”

LITERATURAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR12

“Trois notes de Blues pour un Fado” livro de testemunhos e biografia do cantor Dan Inger

co-escrito com a escritora Altina Ribeiro“TROIS NOTES DE BLUES POUR UN FADO”, conversas do cantor Dan Inger com a escritora Altina Ribeiro foi apresentado no Consulado Geral de Portugal em Paris no passado dia 17 de Março.

Livro recentemente publicado pela Chiado Editora. Yan Lavoix, jornalista de France2 apresentou a obra e começou a brincar sobre a curiosa ideia da biografia do jovem cantor e assim motivar os pre-sentes, sala cheia, a adquirir o livro. O nascimento de Dan Inger em Champig-ny-sur Marne, os estudos, a paixão pela música, a sua aldeia que viu nascer os pais, Casaria. O amor pelas suas origens sem no entanto viver na comunidade. A sua escolha de cantar nas duas línguas.

Dan Inger confessou que apesar de ainda ser jovem, tem um passado cheio de encontros surpreendentes. Em co-autoria com Altina Ribeiro, o livro transporta-nos entre conversas e testemunhos, nomeadamente de algu-mas figuras publicas importantes tanto em Portugal como em França. “Uma experiência agradável e enriquecedora” diz Altina Ribeiro.

“Trois notes de Blues pour un Fado” começa com a chegada do avô de Dan, depois os pais, o percurso pessoal de Dan, os laços com Portugal e França. Depois a primeira guitarra, o primeiro concurso e o percurso profissional com momentos de duvidas, mas também

bons encontros, Rui Veloso, Lio, Misia, Jean Luc Reichman e muitos outros. Letras de canções mais relevantes assim como algumas fotos artísticas comple-mentam a obra.Testemunhos e fotogra-fias de Yann Lavoix (jornalista), Karine Lima (apresentadora e atriz), Mario Scodinu (Radio Latina), JeanLouis Bon-grand (fotógrafo), Daniel Ribeiro (Jornal Expresso), Carlos Pereira (LusoJornal) e Mário Pontifice (Portugalmania.com),

Dan Inger que em breve faz 49 anos, desvenda neste livro os seus sentimen-tos e a sua vida, “é um livro para os ami-gos, a família e os outros compatriotas” diz Dan Inger.

“Foi muito agradável escrever com Dan” disse Altina Ribeiro da primeira experiência de escrever a quatro mãos.

Autora da sua biografia “Le fado por seul bagage” publicado em 2005, Altina Ri-beiro também publicou em 2010 “Alice au pays de Salazar”.

Se a música RoK&Folk à francesa dão vida aos dois primeiros Cds de Dan Inger ,”Vivre avec Amour” em 1996 e «Au Belvédère» gravado ao vivo em 1998, o terceiro album «AtlanĐticoblues» em 2002, é composto com sonoridades mais quentes dos países lusófonos e conta com a participação deYann Lavoix - Bévinda - Ricardo Vilas - Lio - Patrick Verbeke - Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta) - Mariana Ramos - Sandra Godoy - Jean-Luc Reichmann - Jorge Silva .O duo com Rui Veloso “Rei do Blues” também devia fazer parte deste album, mas a sua editora não deu autorização. Depois do single “Nunca fui um Anjo” em 2006 “Le Quatrième” album acústico em 2007 é co-escrito com a escritora Alice Machado e o jornalista Yann Lavoix. Dan continua em tournée desde 2008 com os espec-táculos «Rock n’ Mômes» e «On Henri encore», homenagem a Henri Salvador.

O Cônsul de Portugal, António Al-buquerque Moniz, felicitou os autores e o público deliciou-se com o show-case de Dan Inger que também contou com a participação da jovem Júlia Ribeiro.

LURDES LOURREIRO

MANUEL DO NASCIMENTO

CONFÉRENCEABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR14

2016, il y a 100 ans, le Portugal rentrait dans la guerre aux côtés des alliés sur le front de Flandre

Á L’INVITATION DU GÉNÉRAL VIALLET et Président du Comité du Souvenir Français de Cormeilles-en-Parisis (95), et de la Municipalité, avec le Haut Patronage de l’Ambassade du Portugal à Paris, dans le cadre du centenaire de l’entrée du Portugal en guerre aux côtés des alliées sur le front de Flandre.

Étaient présents, Messieurs ; Paulo Ramalho da Silva, Attaché de Défense au-près de l’Ambassade du Portugal à Paris, João Pinharanda, Conseiller Cultural au-près de l’Ambassade du Portugal à Paris, José Rubira Ferreira, en représentation de Joaquim Chito Rodrigues, général de la Ligue des Combattants du Portugal, Bernard Rivy, l’adjoint à la culture et du patrimoine, en représentation de Yannick Boëdec, maire de Cormeilles-en--Parisis. Ont été excusés pour des raisons d’agenda, António Albuquerque Moniz, consul général du Portugal à Paris et José Luís Carneiro, secrétaire d’État aux Communautés portugaises.

Manuel do Nascimento, lors de cette conférence, a rappelé les raisons de la participation du Portugal dans ce conflit mondial, les enjeux des républicains au pouvoir depuis 1910, de la France et de l’Angleterre.

Le conflit mondial 1914-1918 a été pour l’historiographie du Portugal un événement de grande importance sur les plans militaire et économique. Le Portugal se battait dans deux guerres : les colonies africaines portugaises contre l’Allemagne et sur le front occidental eu-ropéen. Ces deux guerres vont être très coûteuses pour la toute jeune République portugaise, proclamée le 5 octobre 1910. Les 16 premières années de la première République portugaise ont été une pério-de difficile pour le pays dû aux agitations sociales provoquées par la crise économi-

que et par l’entrée du Portugal dans le conflit mondial aux côtés des alliés sur le front de Flandre. Pour le Portugal, outre l’alliance avec l’Angleterre, les raisons politiques de l’intervention dans la guerre étaient de deux ordres :

-La défense de l’Empire colonial menacé par les Allemands et par les éventuelles ambitions britanniques en Afrique (Ultimatum 1890).

-Consolider et légitimer la Républi-que, encore fragile dans un pays encore très catholique et attaché à la monarchie.

Dès les premiers jours de la guerre, le Portugal, fidèle à son alliance avec Angleterre, avait pris position et offre son concours qu’elle refuse. L’Angleterre sûr que la guerre n’allait durer que quelques mois, il ne souhaitait pas l’intervention d’un partenaire qu’il jugeait faible. Le

Portugal était dans une neutralité forcée à la demande de l’Angleterre. Au début de 1916, l’Angleterre, confrontée à des difficultés de fret, sollicite le Portugal pour la réquisition de dizaines de navires marchands allemands, réfugiés dans les ports du continent et outre-mer. Le 23 février 1916, le Portugal réquisitionne plus de soixante-dix navires allemands. Pourquoi la France demande au Portu-gal de l’armement, en 1914, alors, que le Portugal était dans la neutralité à la demande de l’Angleterre? Le 14 juillet 1914, Mr. Hubert, Sénateur français, lors d’une séance au Sénat dit ceci : (*) L’armée française est en manque de tout qui est nécessaire pour une bonne préparation pour la guerre. Les munitions sont insuffisantes ou pas adaptées, les fortifications sont en manque de moyens de communication, et nos soldats sont mal chaussés, etc…

Clemenceau a réagi avec ces propos : Depuis 1871, c’est la première fois que j’assiste à une session si désastreuse, etc…

Suite à la réquisition par le Portugal des navires allemands mouillés dans les ports portugais, le 9 mars 1916, l’Allemagne déclare la guerre au Portu-gal. La déclaration de guerre est lue au Parlement Portugais le 10 mars 1916. Le ministre de la Guerre, Norton de Matos, en quelques mois réussit l’exploit d’organiser le Corps expéditionnaire portugais (CEP) de 30.000 hommes. Le 20 octobre 1916, le protocole de

CONFÉRENCEABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 15

Boulogne conclut les pourparlers franco--britanniques sur la question du Corps expéditionnaire portugais et assigne son rattachement à l’armée britannique. Dès le 18 janvier 1917, le général portugais Tamagnini de Abreu est nommé com-mandant du CEP avec plus de 55.000 hommes. Le 26 janvier 1917, après le premier embarquement du CEP à Lis-bonne, les soldats portugais arrivent en France au port de Brest le 2 février. En février 1917, le CEP arrive à Aire-sur--La-Lys, puis à Roquetoire (Château de la Morande), où est basé l’état-major bri-tannique. Le CEP est rattaché au 11ème corps d’armée britannique du général Sir Henry Horne. Les hommes du CEP vont poursuivre des entraînements plus spécifiques dans le contexte de la guerre, avant de les envoyer sur le front en mars 1917. Le secteur du CEP est basé au sud des Flandres, précisément dans la vallée de La Lys, entre Armentières, La Bassée et de Merville à Béthune, sur une distance maximale 11 km et minimum 4 km, en accord avec l’évolution de la campagne militaire. Le quartier général portugais est établi à Saint-Venant, au Manoir de la Peylouse. Le front du CEP portugais est organisé en trois lignes : Première ligne (A), ligne intermédiaire (B) et la seconde ligne (C). La première ligne de défense est composée par deux lignes de tranchées, celle de devant, ligne (A) protégée par du fil de fer barbelé, et une autre plus en arrière, l’arrière-garde, ligne (B), protégée par une tranchée. En arrière de la première ligne, il y avait la ligne intermédiaire, qui se trouve à environ 3 000 mètres en arrière de l’arrière-garde de la ligne (A), et est composée par des décombres de villages en ruine et par des

fortifications de campagne (Ligne des Bourgs). La deuxième ligne ou Ligne de Corps se trouve à environ 6 000 mètres de la ligne (A), composée également par des fortifications de campagne. Dès le début de l’année 1918, la zone de La Lys, zone portugaise des soldats du CEP, a été le théâtre de grandes manœuvres militaires allemandes surtout dans le secteur de Neuve-Chapelle. Le moral des troupes portugaises diminue au fur et à mesure qu’ils s’apercevaient que les atta-ques allemandes étaient de plus en plus fréquentes. Les soldats portugais restent trop longtemps dans les tranchées presque sans rotation. La note officielle n°328, avril 1918, annonce le retrait des tranchées de la 2e division portugaise, mais le 8 avril à 18h00, un nouvel ordre, annonce que la 2e division portugaise ne sera remplacée par une division britannique que la nuit du 9 au 10 avril 1918. Trop tard. De vingt heures du 8 avril et jusqu’à une heure du matin du 9 avril, les positions portugaises de la 2e division portugaise subordonnée au 11ème corps de l’armée britannique, sont le théâtre de bombardements alle-mands toutes les cinq minutes espacés de 15 minutes. BILAN : Lors de la bataille de La Lys (Opération Georgette du 9 avril 1918), la 2ème division portugaise com-mandée par le général portugais, Gomes da Costa avec approximativement 20.000 hommes perd plus de 10.000 hommes ; tués, blessés, gazés ou prisonniers, en résistant à l’attaque de quatre divisions allemandes de 50.000 hommes, de la VIe armée allemande commandée par le général Von Quast. Après la bataille de La Lys (9 avril 1918), et du point de vue militaire, à partir des forces portugaises restées valides du CEP disloquées, on forma trois bataillons d’infanterie qui, intégrés à l’armée britannique, allaient combattre sur le front jusqu’à la signature de l’armistice du 11 novembre 1918.

Si la République portugaise est affai-blie par ce conflit mondial, elle a réussi au moins sur trois points:

Consolider et légitimer un pays répu-blicain.

Être présent aux négociations du traité de Versailles.

Maintenir l’Empire colonial, avec la restitution au Portugal des territoires oc-cupés par l’Allemagne depuis 1914.

Après la fin de la guerre, le Portugal doit affronter une crise financière, provo-quée par les dépenses de la guerre, mais également par la baisse des devises des émigrants portugais au Brésil. La revalori-sation de la £ Anglaise (5,29 escudos) en 1914, passe à (7,93 escudos) en 1917. La

dette, en 1914, de 88.000 contos, passe à 150.000 en 1916 et monte à 311.116 en 1918. La crise financière et l’instabilité politique dans le pays vont provoquer une révolte militaire (28 mai 1926), sous le commandement du général Gomes da Costa, avec l’aide d’officiers passés par les Flandres de 1914-1918.

Cette révolte militaire va installer une dictature militaire par le général Gomes da Costa, devenu le Président du Minis-tère et Président de la République (19 juin-9 juillet 1926).

La guerre de 1914-1918, fit du Por-tugal pour la France, non seulement une source de ravitaillement en ressources humaines et matérielles de guerre, mais aussi, un pourvoyeur de main-d’œuvre pour la France, et fixé par la France. La convention du 28 novembre 1916 entre la France et le Portugal, ce dernier autorise le recrutement de 10 000 travailleurs civils, et, en 1918, ils étaient de près de 14 000 à la demande de la France, pour pallier la pénurie de main-d’œuvre. Avec la Révolution Française, les batailles de Napoléon et la Première Guerre mondia-le, la France était un pays à reconstruire, et pour cela, il fallait de la main-d’œuvre à bas coût.

Manuel do Nascimento considère que cet effacement des soldats portugais dans la mémoire collective française, reflet très bien, le manque de publications sur ce thème, et que, par conséquent, la participation du Portugal dans le conflit de la Première Guerre mondiale est un sujet mort de l’historiographie française.

(*) in Dário de João Chagas, diplomate portu-gais à Paris (fait référence à la presse française de la session au Sénat du 14 juillet 1914).

Portugal Magazine vai dar todos os meses voz a várias pessoas da comunidade

PERGUNTAS DO MÊS :O que significa para si a revolução do 25 de abril?

Pensa que Portugal precisa de uma outra revolução? E porquê?

JOSÉ ANTUNESPRODUTOR DE ESPETÁCULOS

Eu tinha 15 anos quando se deu o 25 de Abril, já vivia em França, e andava relativamente afas-tado do clima político em Portugal, pelo que naquele momento não soube dar o devido valor a tal acontecimento, nem tinha noção das mudanças que implicaria. Hoje sei que este foi um grande passo dado pelo povo Português rumo à liberdade e ao desenvolvimento do país. Como diz o ditado popular “Quem nos viu e quem nos vê”...

Durante tantos anos o povo Português não teve direito de escolher quem o governava, mas a partir desse dia 25 de Aril de 1974, juntos e sem derramar uma única gota de sangue, os Portu-gueses traçaram eles próprios o caminho que queriam, a Liberdade, para mim é esse o significiado do 25 de Abril.

Na minha opinião Portugal não precisa de outra revolução. A democracia, os debates e a troca de ideias são o caminho certo, precisamos é de nos unirmos enquanto povo e encontrar o nosso caminho, pensando sempre no bem comum. Infelizmente, alguns membros da classe política têm vindo a demostrar indiferença quanto ao povo e os casos de corrupção têm vindo a criar alguma desconfiança nos governantes.

Cabe-nos aprender com os erros e escolhermos melhor os nossos representantes e decisores, e eu acredito que essa seria uma boa revolução.

CRISTINA SEMBLANOECONOMISTA

O 25 de Abril e o movimento popular que se lhe seguiu foi como o renascimento colectivo de um povo que a opressão silenciou durante cinquenta anos e condenou a ser o mais atrasado da Europa do seu tempo. Foi também o fim de uma guerra injusta e a libertação dos povos coloniais. A História não se repete e o 25 de Abril não pode voltar. Mas perante o ataque sistemático que tem vindo a ser feito ao que nos permitiu conquistar, o direito à saúde, à educação, ao trabalho com direitos..., o direito a não estar condenado ao empobrecimento e à emigração forçada a andar de braço dado com a opulência..., é tempo de o povo português se erguer e dizer, basta: quere-mos um mundo mais justo e um país mais limpo, onde cesse o poder dessa ínfima minoria que enriquece à custa da maioria, o poder dos donos de Portugal.

OPINIÃO COM VOZABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 17

A revolução do 25 de abril de 74 representa a liberdade, humana, tanto física como a da expressão, o fim das guerras coloniais, o fim do ocultismo em todos os sentidos! O sorriso livre do meu pais!

Acho que Portugal necessitaria de outra revolução , diferente, mais voltada para o Humano, outra maneira de encarar o mundo, a política, o social, a cultura..., O nosso país que foi um exemplo está a ficar para trás, longe da História, parece como escreve José Saramago, que se está a descolar do bloco europeu, que anda por mares nunca navegados, à deriva, não somente deriva dos continentes, mas dos Ideais, como se fosse uma nação pobre, este nosso pais que é a mais antiga nação da Europa, uma revolução completa, sem sangue, salvo o das ideias, uma maneira de estar, Portugal necessita de um Visão que o leve, que nos leve mais longe, que carregue a nossa ampla e rica cultura, que nos dê meios, que nos dê de novo o orgulho de sermos portugueses... Os políticos deveriam pensar em algo de diferente, algo de outro que a austeridade! Para quem ? ... Somente para o povo..., O resto são seres (nem todos, claro) vazios, sem alma, quero um Ideal para o nosso berço, um Ideal Sublime! Quero de novo que os nossos jovens, a nossa Inteligência, não sejam obrigados a deixarem como eu a Pátria, antes da outra Revolução !

Afinal, 41 anos depois da primeira revolução? Quem somos? o que fazer? Onde estão as ar-mas da Humanidade? Onde mora um Ser visionário para levantar o nosso berço?... Onde chega a nossa História? Onde está o nosso Camões????? Quem conhece Portugal? ... Uma nova revolução Humana! Onde a História, a Ciência e a Cultura tenham os seus direitos... Afinal porque deseja-mos tanto Portugal?... Eu quero, de novo um renascimento, ter, alem do seio materno, um Pais que dança de novo sob o céu português! para longa o obscurantismo, mas poder sermos o que somos, ir sempre mais longe.... Com mais ideais concretizadas....

Claro é evidente que Portugal necessita uma nova revolução! Sobretudo a das ideias ! Obrigada Portugal Magazine! O vosso trabalho é excelente, é diria eu, a livre expressão, de que

tanto necessitamos!

ALICE MACHADO ESCRITORA

HERMANO SANCHES RUIVO

ELEITO, CONSELHEIRO DE PARIS

Revolução do 25 de Abril de 1974 foi um momento importante na história de Portugal. Aca-bou com uma ditadura e deu a possibilidade a um povo de rumar para a liberdade, dando a possi-bilidade de se virar para a Europa e assim continuar o seu projeto como nação. Abriu a sociedade transformando de forma muito importante o modelo que até essa data prevalecia. No entanto muito do que existia antes ficou de tal maneira enraizado nas mentes que ainda agora sofremos dessa realidade. Continuam a existir atitudes paternalistas que correspondem a esse período.

Ainda agora não se pode entender o uso do “senhor engenheiro, arquiteto, doutor” sem pen-sar numa maneira de definir diferenças entre classes. A falta de participação cívica e a mobiliza-ção sobre certas temáticas também ainda traduzem essa realidade. Mas de facto, a revolução foi importante inclusive para acabar com a hemorragia de pessoas que fugindo à miséria e à guerra foram para outros países e daí termos umas comunidades tão consequentes. A revolução também permitiu libertar os povos irmãos e assim embora com muito tempo e muita paciência se poder agora imaginar um espaço lusófono do qual todos nós necessitamos. Forma mais pessoal, 25 de Abril também representa o momento de grande alegria em casa quando os meus pais e seus amigos descobriam na rádio e televisão francesa as informações. Foram horas muito especiais e o verão que se seguiu foi para mim dos mais marcantes com o sentimento que algo estava a nascer.

Portugal não precisa de outra revolução. Precisa é de evolução. De facto é preciso ter sempre em mente essa noção de mexer com as coisas sem ter que esperar por revoluções. Portugal precisa de confiança e estar mais ou abrigo da especulação que, aliado às fraquezas estruturais, o torna-ram mais fraco e explicam em parte a situação actual.

A um certo conformismo devemos opor o empreendedorismo mas também uma visão do co-letivo mais importante do que o individual. Portugal está a beneficiar, como nunca, de um número de europeus dos quais muitos franceses a visitarem o país. É altura certa pra eles todos levarem uma imagem diferente e participar do desenvolvimento do próprio país. E nós, nas comunidades, também devemos acompanhar este processo. Portugal tem Futuro como sempre teve História.

LURDES LOUREIROPOETA

Abril foi e será aquela revolução que também viu um cravo florir na ponta de um canhão. Ainda menina, em Abril 1974, e se para mim liberdade também era correr pelos campos no

meio de borboletas,sabia que muitas vezes na aldeia até a telefonia era às escondidas que se ouvia. A pide, o medo de ser preso sem razão.

Abril abriu em Portugal a porta da liberdade e a liberdade também é construção. Cabe a cada um de nós de fazer com que os cravos continuem a nascer, crescer e florir.

OPINIÃO COM VOZABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR18

ODETTE BRANCOESCRITORA-DRAMATURGA

Criança, no Portugal antes do 25 de Abril, lembro-me de um país onde faltava tudo à classe operaria, e para quem o 25 foi um sopro de liberdade. Foi o erguer de um povo que vivia amorda-çado em todos os sentidos.

Vivi em família, a efervescência do pos 25 de Abril em que todos os sonhos e expectativas pareciam de súbito possíveis, após uma ditadura de mais de 40 anos. Embora mais tarde tenha, na opinião de muitos, fracassado, eventualmente por uma má gestão dos fundos europeus e su-cessivos governos que estiveram aquém das expectativas dos portugueses, e que nunca elevaram Portugal ao nível dos países vizinhos.

Na minha opinião eu diria que o 25 de abril em parte fracassou porque hoje ainda há muita gente que vive mal em Portugal e que é obrigada a emigrar, e ganhamos com a revolução dos cra-vos pois esta pôs um termo a ditadura, descolonizou, devolveu a liberdade ao povo.

Portugal, levando em conta os últimos resultados eleitorais, encontra-se bem encaminhado para uma revolução política social e cultural, que acorde a consciência dos portugueses para o que é efectivamente importante para o futuro das novas gerações.

Muito se tem dito e escrito sobre o 25 de Abril de 1974 e eu não tenho faltado à regra mas, há sempre mais qualquer coisa a acrescentar ao que já foi dito, mesmo se é redondante.

Para mim o 25 de Abril foi a esperança. A esperança que ninguém mais tivesse de viver o que eu vivi até essa data, que ninguém mais tivesse de tudo abandonar para poder respirar o ar da liberdade. Creio que cada ano se vê esse dia de uma maneira diferente, sofrendo a influência dos acontecimentos do momento. Confesso que, nestes últimos anos até me veio à cabeça que o 25 de Abril parecia não ter servido para nada, de tal modo a vida de Portugal foi uma lástima. Hoje o vento mudou e a esperança voltou!

Não quero mais nenhum 25 de Abril, só quero que o de 1974, dure SEMPRE.AURÉLIO DE ALMEIDA PINTO SECRETÁRIO COORDENADORMEMBRO DA COMISSÃO NA-CIONAL DO PS PORTUGUÊS

- SECÇÃO DE PARIS

NATHALIE DE OLIVEIRAVEREAÇÃO DA CIDADE

DE METZCOMISSÁRIA NACIONAL

DO PS

A Revolução de 25 de Abril é uma única e só e extraodinária madrugada comum a todos os portugueses. Vence a LIBERDADE contra quase meio século de opressão e de silêncio para o nosso país. Segue “o dia inicial, inteiro e limpo”, o primeiro dia de uma democracia nova para Portugal e para o povo português, luz para todos!

Neste momento, considero que uma revolução já está em marcha, com o XXI Governo de Por-tugal! A Constituição e as instituições portuguesas são uma referência em termos de democracia. O papel da Assembleia da República é o coração vivo da democracia portuguesa. Aí também acontece revolução, com o voto de leis progressistas na conquista de mais liberdade, igualdade e fraternidade.

Se uma revolução grita um momento de rutura, nem sempre violento como reza a história de Portugal e do seu povo com a Revolução dos Cravos, também a revolução é um movimento, uma dinâmica, uma dialética, um esforço, um compromisso imprescindível do progresso humano con-tínuo, em prol da dignidade de cada uma das nossas vidas.

PAULO MARQUES CONSELHEIRO PARIS

TERRES D’ENVOL CONSELHEIRO

DAS COMUNIDADES

A « Revolução dos Cravos » significa algo de muito forte. A construção de um Portugal livre, moderno e definitivamente virado para o futuro. Mesmo se muito novo, senti em França, nessa quinta-feira 25 de Abril 1974 uma lufada de ar fresco quando se reuniu a comunidades Portu-guesa nesse mesmo dia em Balagny (Aulnay-sous-Bois). A alegria dos nossos pais era notável.

Penso que Portugal não necessita outra revolução, parece-me que Portugal está em perpétua mutação e evolução. Os desafios parecem ser os de cumprir as orientações de um desenvolvimen-to duradouro para as suas populações.

XXXXXXXXXXXXABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 19

Némanus sobem ao palco do Olympia de Paris - Dia 8 de Maio de 2016

SÃO PORTUGUESES NATURAIS DE PENICHE e já nasceram com o talento para a música. Desde a edição do seu primeiro disco “Falar de Ti ao Mar…”, lançado em 2001, até ao momento, os irmãos Hélder e Né já conquistaram muitos palcos um pouco por todo o mundo.

França, Luxemburgo, Suíça, Itália, Estados Unidos e Canadá são apenas alguns países onde os Némanus fize-ram vários milhares de pessoas vibrar em festa numa união entre os ritmos Kizomba, Funaná, Kuduro entre outros. Agora preparam-se para apresentar o Super Concerto da Tour “Furacão” em terras gaulesas, com canções que mar-caram a história da música portuguesa como “Dançando Kizomba”, “Funaná Contigo”,” Paz Pás Funaná”, “Aiué do Roça Roça” etc... e também temas des-te último CD como “Fazer com Ela”, ”Sabor a Kizomba” ou “Furacão” que dá o nome à Tour 2016. Mas para os Némanus, o verdadeiro furacão são os

ENTREVISTAABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 21

les, um pouco por todo lado. Foi aí que se cumpriu o nosso primeiro objectivo, começamos a ganhar notoriedade, fo-mos crescendo até atingir uma agenda repleta de eventos um pouco por todo Portugal. Com esse objetivo concreti-zado sentimos necessidade de mais e iniciamos a Edição e Produção de dis-cos. Conhecemos na altura um amigo que tinha um Mini-Estúdio, falamos com ele e no ano 2000 avançamos com o projecto NÉMANUS. Gravamos o nosso primeiro CD com uma Editora muito pequena e com muito pouco nome mas que seria o pontapé de saída para que os Némanus são hoje. Um Verdadeiro “BOOOOOOMMMMMM”

fãs que os acompanham. “Eles fazem coisas incríveis por nós”, afirmaram nesta conversa exclusiva que prepara-mos para divulgar o Mega Concerto no OLYMPIA de PARIS no próximo dia 8 de Maio.

Falem-nos do vosso percurso.A banda formou-se praticamente

quando nós nascemos. Nós somos irmãos, então com 6 e 11 anos começa-mos a dedicar-nos à música, na escola de música a aprender instrumentos e a aprender teoria musical, também para nos qualificarmos enquanto músicos. Aos 11 anos iniciamos os espetáculos ao vivo nos bares, discotecas, nos bai-

ENTREVISTAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR22

da Música Portuguesa e de gente que nos acompanha.

E o Nome? Como surgiu a ideia?Na altura um de nós estava a estu-

dar Latim na Escola e Némanus é uma palavra latina que quer dizer “Força e

Vontade de Vencer”. Como um de nós tinha alcunha de Né e somos irmãos (manos) achámos que se adequava perfeitamente.

Como foi o vosso percurso musi-cal? Qual o vosso primeiro concerto?

Hélder: O primeiro local onde can-tei foi num bar em Peniche durante uma festa académica. Estava em casa de pijama e o meu irmão ligou-me a dizer que a Banda que iria animar na-quela noite tinha sido cancelada e nós teríamos que os substituir ou não havia festa. Nem havíamos ensaiado.

Quais são as vossas influências musicais e/ou artistas preferidos?

Hélder: Todos, acho que cada artista é especial ao seu estilo.

Né: Nós passamos muito tempo na estrada e ouvimos todo género de mú-sica. De artistas gosto de Ivete Sangalo, Michael Jackson entre outros…

Hélder: Madona, Frank Sinatra, Ma-riza, Amor Electro e muitos outros por-tugueses. Acho que depende do nosso estado de espírito, há momentos para ouvir cada artista e cada tipo de música.

Né: Agora Sim, optamos por criar um estilo próprio, seguir o nosso ca-minho. A nossa música é diferente, original e quando criamos temos a preocupação de melhorar cada vez mais e acho que estamos a conseguir.

Qual foi o maior concerto até agora?

Essa é uma pergunta difícil e com-plicada de responder. Um concerto Némanus na nossa cidade é sempre um momento único, porque jogamos em casa, os Coliseus são salas míticas e marcantes, a Feira Popular de Lisboa na altura também foi um momento marcante. O Teatro Maria Vitória e os Estádios da Luz, Alvalade e Jamor foram situações que nunca esquecere-mos. Não podemos dizer que o melhor palco foi este… Felizmente já tivemos muitos melhores palcos…

E o Pior?O Concerto em que tivemos mais

dificuldade foi num festival no estran-geiro. Perante uma plateia que não falava a nossa língua nem percebia as nossas letras. Estamos a falar de um festival com cerca de 40 mil pessoas e que só existe uma minoria de por-tugueses. Isso já foi em 2007, com o sucesso Dançando Kizomba. Sentimos alguma dificuldade perante a MTV e os restantes medias internacionais para transmitir aquilo que é um concerto Némanus. Recordamos que éramos os únicos artistas portugueses e quando entramos, a nossa comunidade foi ao rubro com bandeiras de Portugal… foi muito giro… os outros assistentes reco-

ENTREVISTAABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 23

nheciam o Dançando Kizomba que era o Hit do momento e foram-se deixando contagiar. Foi uma Grande Noite.

E Agora OLYMPIA de PARIS… Estão Entusiasmados?

É mais um sonho, um grande sonho que iremos realizar. Tal como foram os Coliseus mas em escala maior. O cora-ção já bate mais acelerado só de pensar. É para nós uma responsabilidade como Némanus e como representantes da música Portuguesa. É “Só” a sala mais emblemática da EUROPA.(Risos)

O que esperam para esse con-certo?

Estamos muito felizes, pois o ritmo de vendas está a ser fantástico e a co-munidade portuguesa está a aderir em massa. Vai ser uma noite muito especial e com um sentimento muito especial. Achamos que o Olympia de Paris nessa noite será o Olympia de Portugal.

E surpresas para este concerto?O concerto está a ser preparado ao

pormenor. A nível cénico e coreográfico, será muito bonito de presenciar. O resto será surpresa…

Desde o 1° disco “Falar de ti ao Mar” até ao mais recente “Furacão”, quantos discos já foram editados e qual é o que os marcou mais?

Iniciando cronologicamente: 2001 Falar de Ti ao Mar, 2003 Sonho de Aventura, 2007 Dançando Kizomba, 2009 Kizomba com Funaná, 2011 Né-manus 10 Anos, 2012 Cachupa com Berimbau, 2013 O Melhor de Némanus, 2014 Némanus Ao Vivo no Coliseu e 2015 “Furacão”… Portanto, 9 discos editados, se não contarmos com as inúmeras coletâneas de música em que os nossos temas são reeditados. Quanto ao que mais nos marcou, é impossível definir pois todos foram muito impor-tantes na formação da nossa carreira. A ter que destacar um, será certamente este “Némanus ao vivo no Coliseu” de Lisboa porque foi um momento muito importante na nossa carreira.

Falem-nos mais deste último disco…

Este é o melhor disco que fizemos até hoje. Ainda continuamos apaixo-nados por ele. Cada um no seu tempo, cada um com a sua evolução vamos ten-tado melhorar cada vez mais. Perdemos muitas horas para que não falhe nada. Somos nós que escrevemos, compomos

e orquestramos. Este é um disco muito especial e a prova é que está a vender muito bem e as pessoas dão-nos criticas muito positivas.

Porquê o nome “Furacão”?Quando chamamos Furacão a este

álbum, não foi no sentido de os Néma-nus serem o “Furacão”. O verdadeiro “Furacão” são as pessoas que nos seguem e fazem coisas incríveis por nós. Muitas viagens, horas de espera, prendas, estão até ao fim para tirar uma foto ou simplesmente nos dizerem que gostam de nós e esse é o maior retorno que podemos esperar.

Então e Némanus “Furacão da música portuguesa”, quem vos ape-lidou assim? Porquê?

Nós fomos apelidados de furacão da música portuguesa numa entrevista realizada pela cadeia de comunicação social da TV RECORD – Brasil. Eles tinham assistido a um dos nossos con-

certos e compararam a nossa maneira de atuar aos cantores brasileiros. Então resolveram apelidar-nos de “Furacão da música portuguesa”. Aos poucos, em várias entrevistas, foram-nos apelidan-do do mesmo título e temos aceite com muita simpatia.

Alguns agradecimentos especiais?Sim, queremos agradecer a todos os

que nos ajudaram neste projecto NÉ-MANUS no OLYMPIA. Ao Sr. Armindo Teixeira, Alexandre Barreira, Steve e a todos os patrocinadores e entidades que participam de alguma forma… ah e claro aos nossos Fãs.

Alguma mensagem para os portu-gueses que vivem por aqui?

Claro que sim, esperamos por vo-cês domingo dia 8 de Maio para uma verdadeira fe sta de Portugal. Sentimos muito o vosso carinho e apoio e somos tal como vocês “Orgulhosamente Por-tugueses”.

NÓS SOMOS MUITO ACARINHADOS PELOS FÃS RESIDENTES NOU-TROS PAÍSES.NÉMANUS

Amadeo de Souza-Cardoso, Sans titre (Clown, Cheval, Salamandre), gouache sur papier, Lisbonne, © Collection CAM / Fondation Calouste Gulbenkian. Photo : Paulo CostaPrêt : Fundação Calouste Gulbenkian Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

PARTENAIRE DE LA RÉTROSPECTIVE

AMADEO DE SOUZA-CARDOSOGrand Palais - du 20 avril au 18 juillet 2016

Fidelidade s’associe à la Réunion des musées nationaux – Grand Palais et à la Fondation Calouste Gulbenkian, pour l’organisation d’une exposition d’envergure consacrée au peintre portugais Amadeo de Souza-Cardoso (1887 – 1918).

Sous le Haut Patronage du Président de la République française M. François Hollande et du Président de la République du Portugal, M. Marcelo Rebelo de Sousa, cette rétrospective se tiendra au Grand Palais, du 20 avril au 18 juillet 2016, et regroupera plus de 150 œuvres de l’artiste et de ses amis proches : Brancusi, Delaunay, Modigliani... Elle marquera les 50 ans d’existence de la Fondation Gulbenkian à Paris.

Galeries nationales du Grand PalaisCommissaire : Mme Helena de Freitas, conservateur au Museu Calouste Gulbenkian de LisbonnePour plus d’information : www.grandpalais.fr

Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A.Siège : Largo do Calhariz, 30 1249-001 Lisboa - Portugal - NIPC e Matrícula 500 918 880, CRC Lisboa - Capital Social 381.150.000 € - www.fidelidade.ptSuccursale de France : 29, boulevard des Italiens - 75002 Paris - RCS Paris B 413 175 191 - Tél. 01 40 17 67 20 - Fax : 01 40 17 67 29 - www.fidelidade.fr

fidelidade.fr

Amadeo de Souza-Cardoso, Sans titre (Clown, Cheval, Salamandre), gouache sur papier, Lisbonne, © Collection CAM / Fondation Calouste Gulbenkian. Photo : Paulo CostaPrêt : Fundação Calouste Gulbenkian Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

PARTENAIRE DE LA RÉTROSPECTIVE

AMADEO DE SOUZA-CARDOSOGrand Palais - du 20 avril au 18 juillet 2016

Fidelidade s’associe à la Réunion des musées nationaux – Grand Palais et à la Fondation Calouste Gulbenkian, pour l’organisation d’une exposition d’envergure consacrée au peintre portugais Amadeo de Souza-Cardoso (1887 – 1918).

Sous le Haut Patronage du Président de la République française M. François Hollande et du Président de la République du Portugal, M. Marcelo Rebelo de Sousa, cette rétrospective se tiendra au Grand Palais, du 20 avril au 18 juillet 2016, et regroupera plus de 150 œuvres de l’artiste et de ses amis proches : Brancusi, Delaunay, Modigliani... Elle marquera les 50 ans d’existence de la Fondation Gulbenkian à Paris.

Galeries nationales du Grand PalaisCommissaire : Mme Helena de Freitas, conservateur au Museu Calouste Gulbenkian de LisbonnePour plus d’information : www.grandpalais.fr

Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A.Siège : Largo do Calhariz, 30 1249-001 Lisboa - Portugal - NIPC e Matrícula 500 918 880, CRC Lisboa - Capital Social 381.150.000 € - www.fidelidade.ptSuccursale de France : 29, boulevard des Italiens - 75002 Paris - RCS Paris B 413 175 191 - Tél. 01 40 17 67 20 - Fax : 01 40 17 67 29 - www.fidelidade.fr

fidelidade.fr

EXPOSICÃOABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR26

«ART FOR PEACE» em Paris com Isabel Meyrelles, Santiago

Ribeiro e mais 53 artistasA EXPOSIÇÃO «ARTE PARA A PAZ», CUJO TÍTULO EXTRAORDINÁRIO convida à reflexão nos nossos dias, juntou 55 talentosos artistas plásticos de 11 países, em Montparnasse, o bairro consagrado dos artistas em Paris.

A exposição foi organizada pela artista americana Liba Waring Stam-bollion, formada pelo Instituto de Arte de Chicago e residente em Paris desde 1993.

A inauguração de «Arte para a Paz», teve lugar na conhecida Galeria «Ate-lier Gustave» et reuniu 55 artistas de 11 países, onde mais de cem pessoas se reuniram para admirar e trocar im-pressões sobre Arte. Difícil é encontrar num mesmo momento tantos artistas, amadores de Arte, representantes dos média, pessoas de cultura e coração, num ambiente de comunhão de senti-

MANUEL DO NASCIMENTO, MARIA FERNANDA PINTO, ISABEL MEYRELLES E AURELIO DE ALMEIDA PINTO

FERNANDA PINTO

LIDA WARING STAMBOLLION E ISABEL MEYRELLES

mentos positivos e diversos.Muitos dos artistas de 11 países

tiveram a ocasião de se encontrar e ouvimos da parte dos visitantes, opi-niões de «exposição luminosa, de bela harmonia, de alegria, porque faz bem de estar rodeado de belas obras, no meio de gente de várias nacionalidades, Por-tugal muito bem representado».

Isabel Meyrelles declarou ao PM, algo que exprimia o ambiente em que nos encontrávamos: «senti muito pre-sente uma atmosfera mágica exalada pelos quadros expostos, uma porta aberta sobre a imaginação que recusa o mundo presente e se refugia no mundo paralelo que afinal é simplesmente o surrealismo».

Três estilos estavam patentes nesta mostra: Surrealismo, Arte Visionária e Pintura Fantástica.

O Surrealismo, nascido após a pri-meira Guerra Mundial, caracteriza-se pela oposição a todas as convenções so-ciais, lógicas e morais. É um movimen-to que ultrapassa o sonho, o instinto, o desejo, a revolta, a liberdade de viver.

(…) O Surrealismo quer pela palavra, pela pintura, pela escultura, continua para todos, como a vida – insistente, concreta, com a adesão de artistas de toda a Europa e Estados Unidos, para se instalarem em Paris, capital mundial das Artes e berço deste movimento, é a prova de que o «surrealismo interna-cional» continua vivo. O International Surrealism Now, criado e difundido por Santiago Ribeiro, um dos artistas presentes, tem inúmeras exposições mundiais.

A Arte Visionária, é uma arte pictu-ral ou gráfica que se propaga no mundo físico, dando uma imagem da consciên-cia, dos temas espirituais, místicos,

EXPOSICÃOABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 27

ESCULTURAS DE ISABEL MEYRELLES

Cristina Semblano estará presen-te juntamente com Abraham Behar para uma conferência sobre o livro, “PORTUGAL de la révolution à l’effondrement du modéle néo-libé-ral”, na universidade “Sorbonne”, dia 14 de abril das 18 às 20 horas.

Cristina SemblanoEconomista, doutorada em Ciências de Gestão pela Universidade de Pa-ris I - Panthéon-Sorbonne; Lecciona Economia portuguesa na Universida-de de Paris IV - Sorbonne; Quadro da Caixa Geral de Depósitos em França; Conferencista; Colunista na impren-sa portuguesa e francesa

“PORTUGAL de la révolution à l’effondrement du modéle néo-libéral”

Intervém nos media portugueses e franceses para comentar e analisar a situação económica e a política econó-mica nos dois países

Abraham BeharBiophysicien spécialiste en médecine nucléaire; Président de l’Association française des médecins pour la pré-vention de la guerre nucléaire; Ancien président d’IPPNW (Prix Nobel de la Paix en 1985)

Universidade de Paris IV anfiteatro Delpy

31 rue Gay Lussac - 75 005 ParisRER Luxembourg

Pub.

representa o imaginário, o irreal, que aqui inspiram tantos autores de talento.

A ideia interessante que o título «Arte para a Paz» sugere, é que sem dú-

baseados nessas experiências.A pintura fantástica, não tem ori-

gem precisa, mas está sempre em voga, desde a Idade Média aos nossos dias e

vida o conhecimento e a troca de impres-sões entre as diferentes nacionalidades, cria laços de compreensão e amizade preciosos nos tempos que correm.

Grande festa em Bruxelas organizada pela associação APEBA PORTUGAL MAGAZINE TEVE O PRAZER DE ESTAR PRESENTE EM BRUXELAS – BÉLGICA na festa organizada pela associação APEB, uma sala bem apresentada com capacidade para 300 pessoas. O almoço foi animado por Fausto Santos e à tarde houve animação com os artistas Tita Cantora e Mike da Gaita.

Entrevista a José Gonçalves, presi-dente da APEB Bruxelas.

Há quanto tempo existe esta asso-ciação?

A associaçao APEB existe desde 1967, e vai fazer 50 anos.

Representa alguma região de Por-tugal em particular?

Não. A APEB representa Portugal por inteiro, de norte a sul.

Costuma fazer festas regularmente?Sim, normalmente todos os meses fa-

zemos uma festa, a partir de Março haverá sempre um evento todos os domingos.

José Gonçalves, qual o balanço que faz desta festa?

Como pode ver a Isabel Alves, foi uma boa festa, posso dizer-lhe que foi uma das melhores até agora. Estou muito contente por ver os emigrantes satisfeitos.

Tem alguma mensagem a deixar aos leitores da Portugal Magazine e aos emigrantes portugueses?

Sim, queria fazer um apelo aos france-ses que são uns emigrantes de peso, são os que mais deram a Portugal; infelizmente este espeço cultural era-nos cedido; mas por razões políticas, não será possível ocupar este espaço a partir de junho. Compramos então um estabelecimento próprio, que pertencerá à comunidade portuguesa, mas precisa de ser revonado,

ISABEL ALVES

tem muitos trabalhos por fazer e a APEB infelizmente está com falta de meios. Queria pedir ajuda a todos os emigrantes que puderem contribuir para ajudar na renovação do espaço português aqui de Bruxelas. Vamos lançar no Facebook os « Amigos da APEB » para ajudar a en-gariar fundos. Quero agradecer desde já por a Portugal Magazine ter vindo aqui a Bruxelas, e quero desejar muita saúde a todos os emigrantes.

Entrevista à artista Tita CantoraTita, como está a correr a divulga-

ção deste seu último trabalho “Está na moda”?

O meu último trabalho « Está na moda » foi aquele que deu início ao meu “namoro” com a editora Pais Real, tem sido um tra-balho que tem resultado bastante bem, as pessoas adoram as musicas, dentro deste álbum existe musicas que mais se destaca-ram como “Está na moda”, “Põe a mão na anca” e “Se me amas” que também é uma música muito linda, acho que tem sido um disco muito bem aceite pelo público que tem sido fantástico comigo.

A Tita tem espetáculos agendados em França, Bélgica ou outros paises?

Não, por enquanto as marcações estão todas por Portugal, agora começa a época do verão onde vou também fazer atuações em televisões e festas de norte a sul do país. As datas no estrangeiro é mais no

inverno!Tita, sua primeira vez aqui em Bru-

xelas, o que achou da festa?Achei que foi muito bom, as pessoas

muito participativas, muito bom mesmo! Foi uma boa festa.

A Tita tem alguma mensagem a dei-xar aos leitores da Portugal Magazine?

Sim, queria dizer a todas as pessoas que aproveitem a vida acima de tudo, a vida às vezes parece que é muito curta, por isso tem que ser bem aproveitada, tentar deixar as coisas más para traz. Ouvir muita música portuguesa para nos dar apoio, e sobretudo que sejam felizes e lutem pela felicidade.

Entrevista ao cantor Mike da GaitaMike, como está a correr a divulga-

ção do seu novo trabalho?Está a ser bom, está a sair muito bem,

estamos a ter muitos espetáculos e a ven-der muitos cds e as pessoas falam muito deste álbum. Muito bom!

Este já é o seu 5° cd, está a conseguir os seus objectivos de carreira?

Bem, eu não tenho objectivos de car-reira, estou sempre a fazer música para animar e divertir as pessoas, isso é o mais importante.

O Mike já está a preparar algum novo projeto?

Estamos a preparar o novo álbum, todos os anos faço um, e temos também outros trabalhos de vários cantores e de novos cantores, muita coisa este ano em preparação!

O Mike quer deixar uma mensagem aos leitores da Portugal Magazine e a todos os emigrantes Portugueses?

Sim, quero deixar um forte abraço e um beijinho para todos e obrigado por acompanharem sempre o meu trabalho.

FESTA ASSOCIATIVAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR28

FESTA ASSOCIATIVAABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 29

Grande Festa Popular Portuguesa em Choisy-le-Roi

NO PASSADO DIA 19 DE MARÇO, A ASSOCIAÇÃO CULTURAL PORTUGUESA DE CHOISY-LE-ROI (94), presidida pela senhora Giadas, organizou uma Grande Festa Popular Portuguesa com os artistas Letícia, Fred Mota e Nelson Costa, noite abrilhantada pelo grupo Banda Iluzão.

Logo após a abertura das portas por volta das 21h, o grupo musical Banda Iluzão, com sua actuação, levou-nos até aos arraias das noites de Verão em Portugal com suas musicas populares mexidas e que rapidamente aquece-ram toda a sala.

A primeira artista a subir ao palco foi a talentosa Letícia, artista que se encontra actualmente em estúdio para a gravação do seu primeiro trabalho e que nos encantou com temas como “Festa na República” ou ainda “Tá fi-cando bom”, acompanhada pelas suas bailarinas. Apesar de ter começado sua carreira recentemente, não duvidamos que Letícia irá ter muito sucesso na nossa comunidade devido às suas belas musicas que puxam para dançar.

Fred Mota foi o segundo a animar a sala acompanhado pela sua concertina e bailarinas. Mais uma vez este artista conseguiu distinguir-se com suas mu-sicas animadas e sua energia em palco. No meio do público, numerosos fãs vieram apoiar Fred Mota que surpreen-deu os presentes ao convidar e cantar juntamente com o seu pai, seu maior fã.

Para terminar uma noite já bas-tante animada, aquele que aos 11 anos teve como alcunha “o mais novo tocador do Alto Minho” subiu ao palco também acompanhado pelas suas belas bailarinas. Durante mais de uma hora, Nelson Costa trouxe alegria ao público com temas como “Toda a gente vai dançar” ou ainda “Mulher casada” e que pela primeira

vez apresentou ao vivo um tema do seu próximo trabalho “Portugal Alé Alé” que já é um verdadeiro sucesso nas redes socias.

Nossos parabéns à Associação Cultural Portuguesa de Choisy-le-Roi, à senhora Giadas e todo o staff que tudo fizeram para que esta festa fosse um verdadeiro sucesso e corresse pelo melhor.

CRÓNICAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR30

Bens de consumoSOB AS LUZES DEMASIADO BRANCAS DOS

SUPERMERCADOS, APRENDEM-SE GRANDES LIÇÕES. SÓ RARAMENTE OS ROTEIROS TURÍSTICOS INCLUEM

VISITAS A SUPERMERCADOS, AINDA ASSIM, HÁ MUITA INFORMAÇÃO QUE NÃO SE ENCONTRA EM MONUMENTOS.

PARA O VISITANTE INTERESSADO E ATENTO, OS SUPERMERCADOS SÃO RETRATOS DA ECONOMIA, DA

GASTRONOMIA, DE INÚMERAS FACES DA CULTURA REAL, DA IDENTIDADE DE UM PAÍS.

Nessas prateleiras, estão os pro-dutos tradicionais, consequências da história, mas também está aquela pasta de dentes com uma embalagem amarela e preta, fórmula química e industrial que todos os portugueses de certa idade recordam, publicita-da durante anos na televisão. Ou, mesmo ao lado, está o restaurador capilar Olex, símbolo de uma época, frase publicitária lembrada por tan-tos que, nesse tempo, estavam longe de ter falta de cabelo. E é possível sentir saudades daqueles carrinhos de linhas, daqueles rebuçados para a tosse ou daqueles algodões para limpar os dourados e os prateados.

Nos anos oitenta, eu ia à mercea-ria. Com o dinheiro trocado, notas e moedas, pedia o que levava escrito num papel. O balcão tinha um tampo de mármore e chegava-me à altura do peito. Enquanto a senhora Dalila procurava o que lhe pedia, eu fica-va a olhar para os brinquedos que estavam expostos, se fosse perto do Natal, havia comboios a pilhas e

Uma Coca-Cola com o rótulo em al-fabeto cirílico, mandarim, árabe ou hindi tem muita diferença de uma Coca-Cola com o rótulo em inglês, Coke comprada numa loja de conve-niência em Manhattan. Mesmo que a composição seja exatamente a mes-ma, o sabor será tão distinto como o cenário, o preço ou a história que essa bebida possui naquele lugar, o que representa ali.

Para quem esteja na disposição de ver, há museus em toda a parte, tudo pode ser um museu.

Pasta medicinal Couto, a mi-nha mãe ainda prefere essa marca. Atualmente, dá-se a grandes traba-lhos para achá-la, mas vale sempre a pena.

Sentiremos saudades de muitas coisas que hoje parecem banais. Nada é suficientemente industriali-zado ou massificado a ponto de não poder ser recordado com nostalgia. Essa saudade somos nós, é o próprio tempo.

guarda-chuvas de chocolate; havia fotografias de gelados nos meses do verão. Não era habitual que a conta incluísse essas extravagâncias, mas olhar para elas também tinha valor, também me alimentava o desejo.

Depois, quando chegaram os hipermercados a Portugal, a minha família e eu surpreendíamo-nos com os preços de tudo, as promoções eram loucas e enlouqueciam-nos. Ao longo de corredores, eu empurrava carros com pilhas de detergente para a roupa, tínhamos de aproveitar a viagem. No parque de estaciona-mento, só o meu pai, com grande arte, conseguia encontrar espaço no porta-bagagens para todas as com-pras que fazíamos a pensar no mês seguinte, pelo menos. Voltávamos para casa com as vozes dos altifalan-tes a ecoarem-nos na cabeça, alguém precisava de ir à caixa número não--sei-quantos, alguém precisava de ir com muita urgência e repetidamente à caixa número não-sei-quantos.

Hoje é tudo igual? Não concordo.

JOSÉ LUIS PEIXOTO

CRISTINA BRANCO

RÚBRICA

“Liberdade liberdadeQuem disse que era mentiraQuero-te mais do que à morteQuero-te mais do que à vida”

Canta Zeca Afonso

CRÓNICAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR32

Na vida profissional, em família, na sociedade, na vida sentimental: respon-demos a perguntas inusitadas e intrusi-vas por delicadeza, evitamos a discussão para não estragar o ambiente, evitamos contrariar para não estragar a festa. Quantas vezes a nossa liberdade pessoal é atropelada, por capricho de outrem, sem necessidade, para ir ao encontro dos outros, para não destoar?

O ciúme, o dever, o respeito, a hie-rarquia. Laços que nos entravam a tão famigerada liberdade. Incutidos desde a mais tenra idade, os conceitos de res-peito familiar obrigam-nos frequente-mente a rituais nem sempre desejados. Sem dar pela conta os casais matam aos bocadinhos o espaço vital do ou-tro: vigilância permanente, telemóveis sem códigos pessoais, mails e redes sociais partilhados a dois, pela confian-ça, porque o amor é assim, requer confiança e num casal tudo se mos-tra e partilha. Tudo? Contrariamente ao tudo se mostra e partilha não é a confiança no outro uma prova de res-peito e amor maior que este “tudo se mostra e partilha”? A necessidade de vigilância permanente não torna o rela-cionamento numa prisão asfixiante? Telemóveis, computadores passados a pente fino, bolsos revirados, papeis nos caixotes do lixo vigiados, um per-fume estranho; um capricho porque não suprimiu aquela amiga no face-book que a incomoda apenas porque é mais jovem, lhe parece mais bonita, porque lhe parece mais brilhante, fi-cam apenas aquelas que não lhe fazem sombra, até deixar o espaço dele num deserto onde mais nada faz sombra à ervinha daninha. É então isso o amor?Homens feitos, mulheres adultas deixam-se arrastar por um semblante de vida sentimental que os faz definhar

numa gaiola sem grades, onde se imagi-nam livres mas evitam falar com aquela ou aquele conhecido que cruzam num espaço publico para não atiçar o ciúme, para não arreliar o outro. Num ridículo monumental de pseudo prova de amor, num ridículo monumental existencial. Liberdade? Serão o amor, o respeito fa-miliar, a hierarquia profissional incom-patíveis com a liberdade pessoal, com os direitos mais básicos desta? Ou as pes-soas civilizadas não sabem aproveitar estes tempos de democracia discutível mas sem ditaduras violentas e se encer-ram entre quatro paredes por tudo e por nada porque a liberdade do outro lhes parece uma afronta ao mal-estar inerente ao ser humano que os invade, asfixiam e matam a liberdade do outro por ciúme, inveja, autoritarismo ou apenas para se desforrar das frustrações pessoais? Não se enche o povo de desprezo para falar da mulher que toma liberdades como um homem? Para tratar por louco ou poeta o homem que diz tudo o que pensa e não respeita convenções? Não se une o povo para cuspir se bem puder em quem tenta elevar a cabeça da multidão? Somos efectivamente livres? Ou vive-mos numa engrenagem fatal onde, mesmo em tempos de liberdade esma-gamos aqueles que vivem abaixo de nos, ao nosso lado, com hábitos incu-tidos pela sociedade e tidos como nor-mais mas que nos matam por dentro e matam os outros, num circulo vicioso? Se viver em sociedade, em família, em ca-sal requer regras a respeitar, o respeito do outro deveria estar acima de tudo e todos. Se no conceito popular o amor é uma prisão consentida, na realidade só atra-vés do amor incondicional e do respeito sem limite alcançamos e damos a LI-BERDADE aos outros.

Do conceito de liberdade, à liberdade pessoal

VIVEMOS NUMA PAÍS DEMOCRÁTICO, ONDE, EMBORA ESTE CONCEITO DE DEMOCRACIA SEJA DISCUTÍVEL, SE DISCUTEM E APLICAM CONCEITOS DE IGUALDADE E LIBERDADE ENTRE HOMENS E MULHERES.SOMOS EFECTIVAMENTE LIVRES COMO DESEJARÍAMOS? A LIBERDADE ATINGIU A MESMA META PARA OS HOMENS E AS MULHERES? CRISTINA BRANCO

DANIEL BASTOS

Inquietude Poética

Quando a palavra fica presa,

reclusa da falta de inspiração,

a chama permanece acesa

no recôndito da imaginação.

Embora soturno e moribundo,

o espírito errante do poeta

enleado no sono profundo,

prossegue a vida asceta.

No silêncio sagrado da solidão

purifica a angústia do dilema

revestindo-se da luz da criação.

Remidas do jazigo da desilusão

as palavras irrompem o poema

refeitas na seiva da superação.

Daniel Bastos, “Inquietude Poética”, in Terra.

Pub.

Passa um tempo em frente ao espelho conhecendo o teu corpo

Quando identificamos os pontos fortes e fracos do nosso corpo, aprendemos a usar esses atributos a nosso favor. Pois dessa forma fica muito mais sim-ples pesquisar na internet as dicas de peças que nos favorecem, assim vamos treinando nossas técnicas com o passar do tempo. E quando surgir uma nova tendência já estaremos experts para adequar a nossa realidade.

Avalia o teu guarda-roupa.Veja aquilo que já tens e escolha o que gostas. Peças que guardas devem se ajustar bem ao teu corpo, assim como deves criar um look completo que valoriza as tuas formas. Jogua fora ou doe qualquer coisa que não te serve ou que estás hesitante para usar fora de casa. Uma boa regra de ouro é que se não tiveres usado uma peça durante 6 meses (exceto itens sazonais, como blusas de inverno ou roupas de banho para o verão), é melhor se livrar dela.

Pesquise em revistas o estilo que mais te agrada

Referências nunca são demais! Faz parte do processo de descobrir o teu próprio estilo a parte de analisar e observar bastante o visual de outras pessoas. As famosas são ótimas fontes de pesquisa, pois mudam constante-mente o visual e costumam se adaptar ao momento fashion. Por isso separe uma pilha com suas revistas favoritas e passe horas a fio apenas folheando

e observando os looks que mais te agradam.

Vai às comprasQuando decidires do que gostas, co-meça a fazer compras. Não tens que reabastecer tua guarda-roupa de uma só vez - em vez disso, considera fazer compras em pequenos intervalos, como em algumas semanas intercala-das, até que tenhas montado um armá-rio que gostes. Visite brechós ou lojas de segunda mão, shoppings, outlets, boutiques e lojas de departamento ou lojas online.

Be yourselfA coisa mais importante sobre o teu novo visual é que deves te sentir bem com ele. Criar um estilo pessoal real-mente se trata apenas de usar o que queres. Pensa mais positivamente e seja mais construtiva e expressiva com as tuas idéias e habilidades.

Como encontrar o teu próprio estilo ?

SABRINA SIMÕES

REDESCOBRIR PORTUGALABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR34

COM MAIS DE 30 MIL ANOS DE FIXAÇÃO HUMANA - SEGUNDO OS HISTORIADORES - TOMAR FOI FUNDADA POR D. GUALDIM PAIS EM 1160. DOADA AOS TEMPLÁRIOS EM 1159, D.

GUALDIM PAIS, NELA ERGUEU UM CASTELO EM 1160, E DEU-LHE FORAL EM 1162.

Tomar, foi sede das Ordens do Templo e de Cristo

ergue-se o então castelo por ordem do rei D. Afonso Henriques a D. Gualdim Pais, então mestre dos Templários. Em 1190, Tomar foi cercada pelo califa almóada Yakub de Marrocos, mas os Monges Cavaleiros sob o comando de D. Gualdim Pais, tiveram sucesso na defesa de Tomar. Em 1492, com a expulsão dos Judeus de Espanha, Tomar acolheu gran-de número de artesãos, profissionais e mercadores refugiados de Espanha. Com a chegada judaica a Tomar e com a sua experiência nas profissões e no comércio, deu novo ímpeto à cidade. Em 1510, o rei D. Manuel I, concede foral novo a Tomar. Foi também durante o reinado de D. Manuel I, que Tomar se tornou um importante centro artístico com a presença dos arquitetos e pintos, Domingos Veiga Serrão, João de Casti-lho, Olivier de Gand, Fernando Muñoz, Diogo de Arruda, Gregório Lopes, João de Ruão e Diogo de Torralva. Durante o século XVI, depois do estabelecimento de um Tribunal da Inquisição em Tomar,

Tomar foi sede da Ordem do Tem-plo, e após a sua extinção em 1319, no reinado de D. Dinis, e por bula papal, foi doada à Ordem de Cristo fundada em 1319, governada por o infante D. Henrique, então residente em Tomar. Todas as propriedades da Ordem dos Templários foram transferidas para a Ordem de Cristo, que teria sido sedeada na vila de Castro Marin (Algarve) antes de regressar a Tomar. Em 1834, com a instauração do Liberalismo, foram abolidas todas as ordens religiosas em Portugal, juntamente com elas a Ordem de Cristo. Nabância (nome dado pelos Lusitanos), teria sido o primeiro nome dado a Tomar. O Rio Nabanis (Nabão), percorria-a, que foi desviado, permitindo drenar pântanos e prevenindo cheias, e assim a cidade conseguiu aumentar significamente de tamanho. As novas ruas foram redesenhadas. Urbus Nabae, teria sido o nome dado pelos Romanos. Mais tarde seguem-se as invasões dos Bárbaros e dos Visigodos, estes últimos deixando conventos de freiras e frades, datando desta época, como o lendário do martírio de Santa Iria, e mais tarde, cerca de 712, os Mouros. Em 1160

MANUEL DO NASCIMENTO

iniciou-se a perseguição dos judeus e cristãos novos. Muitos conseguiram fugir para a Holanda, Império Otoma-no ou Inglaterra. Para aqueles que não quiseram se converter a cristãos novos foram presos, torturados e executados em Autos-de-Fé. Muitos também fo-ram expropriados pois como os bens expropriados revertiam para a própria Inquisição. Com esta perseguição faná-tica, Tomar perdeu grande parte do seu dinamismo económico. Foi também em 1581 que Tomar acolheu as Cortes onde aclamaram o rei Filipe II de Espanha como Filipe I, rei de Portugal. Tomar também esteve sob ocupação militar durante as Invasões Francesas ordenadas por Napoleão, contra a qual se revoltou. A cidade foi libertada pelas tropas luso--inglesas comandadas por Wellington. No século XVIII, Tomar industrializa-se com a instalação das fábricas de fiação de tecidos, vidro, sabões, sedas, metalúrgi-cas e de papel. Já no século XIX, a rainha D. Maria II, eleva Tomar à categoria de cidade. Em 1983, a Unesco reconheceu o conjunto do Castelo dos Templários e o Convento de Cristo como Património Mundial - votado como um dos fina-listas da iniciativa da eleição das Sete Maravilhas do País - e no início dos anos 90 deram-se os primeiros passos para a recuperação e a consolidação do Centro Histórico de Tomar. A janela do Capítulo do Convento de Cristo, foi encomenda por D. Manuel I, e, desenhada por Diogo de Arruda. É o mais conhecido exem-plo de arquitetura manuelina. A janela do Capítulo, ex-líbris do Convento de Cristo em Tomar.

COZINHAPRAÇA DA REPÚBLICACONVENTO DE CRISTO

INFANTE HENRIQUE

POESIAABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 35

TEMPOS de POESIA – XXXIIIEscolha de Isabel Meyrelles

Tradução e colaboração de Maria Fernanda Pinto ISABEL MEYRELLES

O NEOREALISMO – 3.ª parte

JOSÉ GOMES FERREIRA, O solitário

José Gomes Ferreira

José Gomes Ferreira nasceu no Porto, profeticamente na Rua das Musas, a 9 de Junho de 1900, filho de Alexandre Ferreira, político republicano. Em 1904 a família vai viver para Lisboa, onde ele é matriculado no Liceu Ca-mões, passando depois para o Gil Vicente. Cresce «longe das árvores, no roldão poeirento das cidades», como ele próprio diz, cedo se enamora da poesia - «a minha Aventura Poética começou aí por volta de 1908, tinha eu os meus oito anos, no dia em que reparei na existência das palavras». Chega 1910, é proclamada a Repú-blica e José Gomes Ferreira fez a sua primeira intervenção política com dez anos: - na manhã de 4 de Outubro de 1910, antes de a República ser procla-mada, veio para a rua à frente de um bando de miúdos, prendendo num cabo de vassoura uma bandeira verde e vermelha feita de papel de seda, onde colou com letras recortadas um vibrante «Viva a República!».

Amor implacável pelo mundo

Venho do sílêncio das ruas desertascansado de imaginar lágrimas no mundo.Ah! que ninguém se atreva agora a chorar diante de mimlágrimas autênticas!Só as outras me comovem

- a música das lágrimas- que trago no coração

José Gomes Ferreira, foto-

biografia

a gelar-me os olhosdesta ternura secade amor implacável pelo mundo

Em 1924, licencia-se pela Faculda-de de Direito de Lisboa e em 1925 é nomeado cônsul de Portugal, em Kristiansund, na Noruega, cargo que exercerá durante cinco anos. Regressa a Portugal.

Ao seu primeiro livro de poesia, «Lírios do Monte»(1918), seguiram--se vários outros. Da publicação das primeiras compilações até ao livro seguinte «Poesia»(1948), passou-se um grande período e uma mudança sensível de espírito.

José Gomes Ferreira, pensativo

«Se a Terra ao menos guardasse todos os corações dos mortose os fosse juntando no centro do mundo para baterem um dia ao mesmo temponuma Catástrofe de Ternura

Mas não.Nem já a mortetem imaginação.»

O néorealismo torna-se uma constante dos seus livros, mas ele difére dos ou-tros poetas do «Cancioneiro», pela sua idade e pelo seu lirismo que ele leva ao mais alto nível. Fiel «companheiro de precurso» dos neorealistas, José Gomes Ferreira foi sobretudo o porta voz do intelectual revoltado, enjoado pela guerra, o fascismo e as flagrantes injustiças sociais que pertur-bavam o país. Os seus livros de poemas são diários escritos dia a dia por um poeta ferido pela vida e pelo mundo que o rodeia.

José Gomes Ferreira, o poeta militante

Ele escreve na apresentação do pri-meiro volume do «Poeta Militante», (a sua obra completa, em três volumes, publicada em 1978): «De quando em quando, grito. Grito muito. Berro. Apaixono-me. Calo-me. (Que outro protesto fazer senão com o silêncio, quando rebentou a primeira infâme bomba atómica?) Amo. Odeio, torço pescoços de fantasmas. E sobretudo denuncio. E espanto-me. Do que afi-nal sempre espantou os poetas dos séculos de sempre. De haver injusti-ças e estrelas.» (...)

Dá-me a tua mão.

«Deixa que a minha solidão prolongue mais a tua — para aqui os dois de mãos dadas nas noites estreladas, a ver os fantasmas a dançar na lua.

Dá-me a tua mão, companheira, até o Abismo da Ternura Derradeira.»

FESTAS LUSÓFONASABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR36

Eventos da Comunidade Lusófona por Mario Cantarinha

Dizem do Mário Cantarinha que é um dos fotógrafos mais conceituados e conhecidos da nossa comunidade. A realidade é que este apaixonado pela foto, tem 20 anos de exposições na Suíça,

Estados Unidos e França, a primeira e mais importante realizou-se em agosto de 1994, no Museu dos Bombeiros de Folgosinho, sua terra natal. Encontre todos os meses na Portugal Magazine,

fotos de eventos da comunidade lusófona nas quais participou este artista !

Congrés des Élus : CívicaHôtel des Invalides

12ª Feira de NanterreClamart

Mois du Portugal : Exposition Luis Rodrigues

Ormesson sur Marne

Grande Fête PortugaiseWissous

profundamente.Passe ao segundo exercí-

cio, que serve para descon-trair os olhos. Tape-os com as mãos, de preferência quen-tes, durante uns segundos, destapando-os de seguida.

Liberte toda a tensão acumulada nos músculos oculares com o exercício «Fechar-abrir». Abre e feche os olhos várias vezes durante vinte segundos. Se preferir, pode fazer este exercício em

Comece pelo exercício «Pare, pestaneje e respire». Como o nome indica, faça uma pausa, pestaneje du-rante uns segundos e respire

frente a um espelho.Se usa óculos, vai adorar

a técnica de massagem à cana do nariz. Tire os óculos e massage durante vários segundos a zona que se situa entre a testa e o início da cana do nariz, entre os olhos.

De seguida, inicie um novo exercício. Coloque as pontas dos dedos nas têmpo-ras e massage-as suavemente com um ligeiro movimento

MUITAS HORAS EM FRENTE AO COMPUTADOR, A VER TELEVISÃO, A ESCREVER SMS E/OU A CONDUZIR ACABAM POR CANSAR A VISTA. ESTIMULE A CIRCULAÇÃO

SANGUÍNEA E REFRESQUE OS SEUS OLHOS COM VÁRIOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS PELOS ESPECIALISTAS DA TRANSITIONS OPTICAL.

Ginástica Ocular

rotativo. Faça este exercício com os olhos fechados.

Seguidamente, mova os seus olhos de um lado para o outro (da esquerda para a direita e vice-versa) mas sem esforço. Repita esta ação quatro vezes.

Para terminar, friccione as mãos para as aquecer e coloque-as, em forma de concha, sobre os olhos fecha-dos mas sem lhes tocar. Vai gostar da sensação relaxante!

LUCIA LOPES

Não é só por escrito que se contrata

Muitas pessoas não se dão conta, mas contratam sem perceber praticamente todos os dias. Quando compramos um título de viagem, por exemplo, estamos a contratar um serviço de transporte, e no bilhete consta, para além do itinerário, do horário da viagem e do valor contratado, até mesmo o nome do pas-sageiro, como acontece nos transportes aéreos.

Mas é possível pensar em casos ainda mais corri-queiros: quando compramos algum produto, mesmo que não seja assinado um contrato, realiza-se uma compra-e-venda na qual as duas partes interessa-das assumem obrigações: o vendedor deve entregar o produto tal qual anunciado, livre de defeitos ou vícios de funcionamento, e o compra-dor deve pagar o preço acor-dado. Um incumprimento

nessa transação pode resul-tar na anulação do negócio jurídico, com a devolução da coisa e o reembolso dos valores pagos.

Nos contratos cujo obje-to são serviços de prestação contínua, como os de ener-gia ou de telecomunicações, o formato mais comum é o do contrato de adesão. Nesta figura em que não são discutidos os termos do contrato, o consumidor é tido como a parte mais frágil na relação, e a empre-sa fornecedora detém mais influência.

Tendo em conta essa diferença de poderes, a lei dá especial proteção ao con-sumidor, assistindo-lhe di-ferentes direitos que visam resguardar a sua posição, como o de cancelamento dos serviços mediante mau funcionamento, e mesmo a de reparação dos danos

causados por anomalias no serviço.

Os organismos de defesa do consumidor estão or-ganizados para oferecerem uma defesa comum contra prestadores de serviços ou fornecedores de produtos que abusem da sua posição de influência para prejudicar quem com eles contratam.

Todavia, cabe a quem vai contratar saber extamente as obrigações que assume. Salvo as hipóteses excep-cionais em que há manifesto abuso, ou quando o objeto do negócio jurídico não é admitido pela lei, as partes estão obrigadas pelo con-trato e não podem deixar de cumpri-lo apenas porque mudaram de ideias.

Sempre que estiver em dúvida relativamente a um contrato, e sempre que este referir-se a negócios que possam comprometer re-

A REALIZAÇÃO DE CONTRATOS TORNOU-SE ALGO QUASE ROTINEIRO NAS NOSSAS RELAÇÕES COM EMPRESAS FORNECEDORAS DE SERVIÇOS E MESMO

ENTRE PARTICULARES, E EM QUALQUER CASO, É IMPORTANTE TOMAR ALGUNS CUIDADOS PARA NÃO CONTRAIR OBRIGAÇÕES QUE NÃO PRETENDE PARA SI.

cursos importantes, deve sempre consultar um advo-gado. Enquanto profissional devidamente qualificado e credenciado para o efeito, o advogado irá fazer uma análise jurídica das obriga-ções que vai assumir e dar o seu parecer técnico para que afinal possa decidir no seu melhor interesse.

DIREITOS DO LEITORABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 39

COMEMORACÃOABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR40

Revolução de 25 de Abril, a conquista da liberdade pela força de um povo

COMEMORA-SE NO DIA 25 DE ABRIL DESTE MÊS O 42º ANIVERSÁRIO da revolução militar em Portugal em que os Capitães de Abril, com o apoio do povo, da imprensa, rádio, actores, músicos, académicos e da grande maioria das Forças Armadas, conseguiram libertar a Liberdade, enclausurada nas masmorras do Fascismo por 48 anos

Portugal que pôs fim ao regime dita-torial do Estado Novo, e que devolveu a liberdade ao povo português, através da instauração da democracia.

Vivia-se um período conturbado em Portugal desde 1933, quando foi estabele-cido um regime autoritário de inspiração fascista, auto-denominado Estado Novo. António de Oliveira Salazar controlava o país através do partido único designado União Nacional. Não havia liberdade de opinião e as pessoas vivam oprimidas pela PIDE, a polícia política do Estado Novo, que aprisionava e torturava barbaramente todos aqueles que fossem opositores do regime. Formalmente até existiam elei-ções, mas os seus resultados eram fraudu-lentos, pois tudo era adulterado de forma a ganhar sempre a União Nacional.

Outro dos fatores que mais contri-buiu para revolução de 25 de Abril foi a Guerra Colonial. Numa época em que alguns países europeus iniciavam os seus processos de descolonização progressiva, na ideologia do regime, Portugal teria de manter uma política de defesa e de ma-nutenção do Ultramar, isto apesar de sé-

ria contestação nos fóruns mundiais, mas mantinha--se sempre a política de força e procura de a todo custo manter as colónias, apesar do alastramen-to dos ataques in-dependentistas em Angola, na Guiné e em Moçambique. Portugal estava isola-do do resto do Mun-do e muitos jovens e opositores viam-se for-çados a abandonar o país para escapar à guerra, à prisão e à tortura.

A nível económico Portugal cresceu bastante graças à política de Corporati-vismo que o Estado Novo mantinha, mas a concentração monetária portuguesa es-tava nas mãos de uma pequena elite de industriais, enquanto o povo vivia com extrema dificuldade.

A situação foi-se tornando cada vez mais difícil, até que se tornou insupor-tável e começaram a existir reuniões

clandestinas de militares para plane-arem uma revolução para pôr fim ao Es-tado Novo, entretanto já liderado por Marcello Caetano, pois Salazar foi obrigado a abandonar o po-der devido a uma queda de uma cadeira em que sofreu lesões ce-rebrais impeditivas de continuar a

COMEMORACÃOABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 41

exercer as funções.Finalmente, no dia 24 de Abril de

1974, um grupo de militares comanda-dos por Otelo Saraiva de Carvalho insta-lou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Ponti-nha, em Lisboa. Às 22h55 é transmitida a canção E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho. Este era um dos sinais pre-viamente combinados pelos militares, que desencadeava a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado. O segundo sinal é dado às 0h20, quando a canção Grândola, Vila Morena de Zeca Afonso é transmitida num programa da

Rádio Renascença.

Estava assim confirma-do o golpe e marcado o início das operações.

Às forças da Escola Prática de Cavalaria, comandadas pelo Capitão Salgueiro Maia, cabe a tarefa mais difícil, a de ocupar o Terreiro do Paço. Salgueiro

Maia cumpre a sua missão e move, mais tarde, parte das

suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final

do dia se rende e parte rumo ao exílio no Brasil.No rescaldo dos con-

frontos morrem quatro pesso-

as, quando elementos da polícia política (PIDE) disparam sobre um grupo que se manifesta à porta das suas instalações. Apesar deste triste episódio, é de louvar o facto de esta ter sido uma revolução qua-se sem mortes. São raríssimos por todo o mundo, casos de golpes militares em que se encontre uma solução pacífica como aconteceu em Portugal. Devemos todos orgulharmo-nos por isso.

O país passa depois por um período agitado, com o fim da censura, polícia política, a criação de partidos e a orga-nização de eleições livres, mas tudo foi decorrendo com a maior tranquilidade possível e é graças a esta data marcante da história portuguesa que hoje podemos votar e criticar livremente o trabalho dos nossos governantes.

O símbolo da revolução de Abril de 1974 é o cravo. Isto aconteceu porque se-gundo se conta, foi uma florista de Lisboa que iniciou a distribuição dos cravos ver-melhos pelos populares que os oferece-ram aos soldados e estes colocaram-nos nos canos das espingardas como sinal de esta ter sido uma revolução pacífica.

O 25 de Abril de 1974 deve ser vis-to como um exemplo para todos nós. A história mostra-nos que até nas situações mais adversas pode existir uma solução pacífica. Sigamos este ensinamento e lu-temos todos no nosso dia-a-dia para não perdermos a nossa liberdade e o orgulho em ser portugueses.

É verdade que nos dias que se se-guem somos muitos a dizer e gritar bem alto que o nosso pais precisava de outro 25 de abril.

VIVA A LIBERDADE!! VIVA PORTUGAL!!A Canção «Grândola Vila Morena», escrita

e cantada por José Afonso, foi a senha para que o Movimento das Forças Armadas avançasse para a revolução dos cravos na madrugada de 25 de Abril de 1974.

Grândola, vila morenaTerra da fraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena

Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola, vila morenaTerra da fraternidade

Terra da fraternidadeGrândola, vila morenaEm cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola a tua vontade.

MARCELO CAETANO OTELO SARAIVA DE CARVALHO

ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR

SALGUEIRO MAIA ZECA AFONSO

AGENDAABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR42

A G E N D AJusqu’au 22/05Helena AlmeidaConsidérée comme l’une des plus grandes artistes contemporaines portugaises, Helena Almeida, née en 1934 à Lisbonne, trouve dans la photographie un moyen de combattre l’extériorité de la peinture. Le point de départ de son oeuvre est toujours son corps, comme si elle ne cessait d’affirmer « ma peinture est mon corps, mon corps est ma peinture ». Intitulée « Corpus », la rétrospective du Jeu de Paume présente, pour la première fois en France, les œuvres les plus emblématiques de l’artiste, allant de la peinture à la photographie en passant par le dessin et la vidéo.Jeu de Paume1 place de la Concorde - 75008 Paris

Le 09/04 à 06h30Voyage à RichebourgDans le cadre de la commémoration du centenaire de la Première Guer-re Mondiale (1914-1918), la CCPF, l’association Memória das Migrações, l’Amicale Culturelle Franco-Portugaise de Viroflay et l’Association Franco-Portugaise de Boissy-Saint-Léger organisent un voyage en autocar au cimetière portugais de Richebourg afin de rendre hommage aux soldats du Corps Expéditionnaire Portugais tombés à la bataille de La Lys. Au programme : participation aux cérémonies, déjeuner et visite au musée du Louvre de Lens. Le départ se fait à 06:30 du Palais des Congrès, à Paris. Retour à 23:00.Participation aux frais : 60 €, comprenant le voyage, le déjeuner et les boissons.Informations et inscriptions : CCPF : 01 79 35 11 02 ou [email protected] des CongrèsPlace Porte Maillot - 75016 Paris

Du 13/04 au 29/0850 ans d’architecture portugaiseDans le cadre de la commémoration des 50 ans de sa délégation en France, la fondation Ca-louste Gulbenkian s’associe à la Cité de l’architecture & du patrimoine pour coproduire une exposition pré-sentant un demi-siècle de la pensée et de la production architecturale au Portugal. Revenant sur le contexte historique, culturel, social et mondial, l’exposition présente cinquante projets architecturaux sous forme de maquettes produites spécialement pour l’exposition, de documents graphiques et de documents audiovisuels.Cité de l’architecture & du patrimoine 1 place du Trocadéro - 75116 Paris

Le 16/04 à 11h7° Convívio para-quedistas7° Convívio para-quedistas em França no restaurante Luzo Brazil em Ville-neuve-le-Roi. Ementa com aperitivos à escolha, Salada diversa à escolha, Bacalhau ao forno com batata ao murro ou Grelhada mixta como prato.Contactos : 07 61 59 69 81 – 06 52 78 95 86 – 06 14 17 32 51Restaurante Luzo Brazil3 rue des vœux St Georges Villeneuve le Roi

Le 17/04 à 15hConcert Évènement CaritatifL’association Os Minhotos de Clichy organise un concert évènement cari-

tatif en faveur de « Meninos a Sonhar » avec Zé Amaro accompagné de son groupe, Manuel Campos et Jonathan da Silva. Bal animé par le groupe Nova-Imagem.Gymnase Racine94 bld du Gén. Leclerc – 92110 Clichy

Du 20/04 au 18/07Amadeo de Souza-CardosoAmadeo de Souza-Cardoso a été parmi les premiers modernistes portugais. Ar-tiste aux multiples facettes, son oeuvre se situe à la croisée de tous les courants artistiques du XXe siècle. Au-delà des influences des impressionnistes, fau-vistes, cubistes et futuristes, avec qui il maintient un important dialogue, il refuse les étiquettes et imagine un art qui lui est propre, entre tradition et modernité, entre le Portugal et Paris.Cent cinquante oeuvres d’Amadeo et de ses amis proches, Modigliani, Brancusi ou encore le couple Delaunay, sont rassemblées dans cette exposition. Depuis 1958, c’est la première grande rétrospective consacrée cet artiste, mort à 30 ans et oublié de tous pendant des décennies.Exposition organisée par la Fondation Calouste Gul-benkian et la Réunion des Musées Nationaux Grand Palais.Grand Palais 3 av. du Gén. Eisenhower - 75008 Paris

Le 23/04 à 20h30Fête anniversaire de l’APCSPour célebrer son 41ème Anniversaire, l’association APCS vous invite à venir nombreux à son Grand Bal au son de la musique portugaise avec Jessy, Nelson Costa, Manuel Campos e Hugo Manuel. Réservation au 01 70 10 41 26. Entrée: 10€Salle Jacques BrelRue du Plateau - 77340 Pontault--Combault

Le 30/04 à 20hConcert des Xutos e PontapésLes Xutos & Pontapés sont considérés comme le plus grand groupe de rock portugais. Issus du Punk Rock, dans la même veine que le groupe Téléphone, communément appelés les «Rolling Stones» portugais, dont ils ont assuré la première partie à 2 reprises, ils ont participé à toutes les éditions du festival Rock in Rio de Lisbonne et y joueront cette année encore, en première partie de Bruce Springsteen. C’est l’occasion unique de les voir à Poitiers! Prix des billets: 25 € (plein tarif) / 15 € (Tarif étudiant et -18 ans). Maison des étudiants1 rue Neuma Fechine Borges - 86000 Poitiers

Programa VOZ DE PORTUGAL :Sábado 2 de Abril : David Moka : apre-sentação do seu trabalhoSábado 9 de Abril : Céline Música: apresentação do seu trabalhoSábado 16 de Abril : Guy Ange : apre-sentação do seu trabalhoSábado 23 de Abril : Papa London : apresentação do seu trabalhoSábado 30 de Abril : Leticia Música : apresentação do seu trabalhoVoz de Portugal : todos os sábados das 14h às 16h e todas as segundas das 19h às 20h na 98.00 fm e na internet www.idfm98.fr. Para participar : 01 34 12 12 22. Para mais informaçãos, Joaquim Parente : 06 48 24 85 53

PUBLICIDADEABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 43

Formulaire d’abonnement

NOM, PRÉNOM :ADRESSE :CODE POSTAL : VILLE :EMAIL :

Date: / /

Envoyez ce formulaire dûment remplis ainsi que votre chèque à l’ordre de Portugal MAG à l’adresse : PORTUGAL MAG, 97 avenue Emile Zola, 75015 Paris

T-shirt HomemT-shirt Mulher

S - M - L - XL - XXL

Receba este mês ao assinar por um ano a Portugal

Magazine, uma t-shirt Portugal homem e outra

mulher– Je désiré m’abonner à PORTUGAL MAGAZINE pour :

| | 11 numéros (1 an) - 43 euros

LAZERABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR44

Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. Não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

SOLUÇÃO EDIÇÃO 71

Pub.

ww

w.a

eiou

.pt/

hu

mor

A Maria entra na sala aos gritos:- Ó Manel, o nosso filho está a comer o

jornal!!!- Não faz mal...é de ontem.

Na prisão, um preso pergunta a outro: - Porque é que estás aqui?

- Pura concorrência comercial! - Como assim? - pergunta de novo o 1º.- O governo e eu fabricamos notas iguais.

Um homem vai a estação de comboio e pede uma passagem de bilhete para esbui:- Queria um bilhete para o esbui,sff!Ao que a senhora responde:- Peço desculpa mas não há bilhetes para o esbui!O homem vira-se para trás e diz:- Esbui, não há bilhetes para ti!

Um general dirige-se a uma loira e pergunta-lhe:- Aceita a minha companhia por 5 contos?- Sim!Grita o general:- Companhiiiiiiiiiia!!!!!!!!!!!!!!

P: Sabem qual a semelhança entre os homens e o multibanco?R: Por vezes o levantamento está indisponível....

50 PEQUENAS CURIOSIDADES SOBRE O UNIVERSO

• A velocidade da luz é de 300 mil quilômetros por segundo; 1 ano-luz é a distância percorrida pela luz em 1 ano.• Se uma estrela está situada a uma distância igual a 50 anos-luz da Terra, a luz que vemos hoje é aquela que ela emitiu há 50 anos.• Como a luz das estrelas demora para chegar até nós, é provável que muitas estrelas que vemos na Terra não existam mais.

ADIVINHAO que é o que é,

branquinho, tem a mãe desdentada e o pai cantor? OVO

PROVÉRBIOSNão dá a bota com a perdigota.

Não deites foguetes antes da festa.Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.

Não é com vinagre que se apanham moscas.Não é por grandes orelhas que o burro vai à feira.

Não há amor como o primeiro.

CULINÁRIAABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 45

Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal Mag? Mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

Escalopes com molho madeira

AS RECEITAS DA PORTUGAL MAG

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

Doce de natas com gelatina

Ingredientes: 4 pessoas

O Oceano

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

73 bld Gabriel Péri94500 Champigny

sur Marne

Tél.: 01 48 80 87 60

La Grillade

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

92 avenue Louis Blanc94210 Saint Maur

des Fossés

Tél.: 01 48 83 11 76

Casa do Churrasco

ChurrasqueiraSpécialités Portugaises

14 Bld. du Maréchal Foch93160 Noisy le GrandTél.: 01 57 33 06 91

recomenda

Le LongchampRestaurant-Bar

Spécialités Portugaises

40 Rue de Longchamp75016 Paris

Tél.: 01 47 27 53 50

Ingredientes: 2 Gelatinas de morango2 Gelatinas de tutti-frutti2 Pacotes de natas1 Lata de leite condensado6 Folhas de gelatina

Preparação:Bata as natas, adicione o leite con-densado e misture. Molhar as folhas de gelatina e dissolver num pouco de leite quente. Misturar nas natas e bater bem.Retire as gelatinas e corte-as aos

Ingredientes:- 1kg de Filet mignon temperado- 100g de manteiga ou margarina- 1 chávena chá de farinha de trigo

Molho:- 50g de manteiga ou margarina- 1 cebola picada- 2 colheres (sopa) de ketchup- 1 chávena chá de molho de soja- 1 copo de vinho Madeira- 200g de cogumelos- Temperos a gosto

Confecção:Numa frigideira derreta a margarina e frite o filet inteiro ou cortado em tiras, temperado com sal e pimenta e passado pela farinha de trigo. À parte e para fazer o molho, aqueça a margarina e refogue a cebola.Junte o caldo da frigideira onde foram fritos o filet em tiras, o ketchup, o vinho, o molho de soja, sal, pimenta, temperos a gosto e cogumelos. Cozi-nhe durante alguns minutos e sirva numa travessa com arroz branco e legumes.

cubos.Aqui para que a gelatina não fique toda no fundo pois é bem mais pesa-da que as natas usei um pequenino truque.Na taça para o doce usei metade das gelatinas em cubos e metade das na-tas até tapar a gelatina. Levei ao con-gelador uns minutos para solidificar um pouco, depois juntei os restantes cubos de gelatina e o resto das natas por cima do doce já solidificado.

Ingredientes: 6 pessoas

BélierDu 6 au 30 Vénus tra-verse votre signe: les sentiments seront à l’honneur, vous allez carburer à l’émotion-

nel! Aux alentours du 7 vous béné-ficierez d’un flux d’enthousiasme galvanisant pour vos projets.

TaureauLe réalisme en action, c’est vous! Avec Mer-cure à vos côtés à partir du 6, vous travaillez dur, sans lever la tête,

et exigez des résultats tangibles, des autres comme de vous. Si vous avez des présentations pro à faire, des négociations à mener ou des exa-mens à passer la configuration est idéale, surtout en milieu de mois.

GémeauxUn mois très plaisant et actif. Tant au niveau pro que perso, vous allez beaucoup papil-

lonner, sans vous engager, mais vous engrangerez des expériences et des informations qui s’avéreront très enrichissantes pour le futur.

CancerConstructive et effi-cace, vous pouvez espérer obtenir des

résultats concrets professionnelle-ment mais également voir aboutir bon nombre de vos projets perso dans le courant de mois. Le bon sens et la persévérance paient!

LionU n m o i s t o u t e n séduction léonine: pleine d’allant, vous vous taillez un franc succès auprès du sexe

opposé. Célibataire, vous abordez avec assurance et de manière très directe tous ceux qui vous plaisent: ils ne résisteront pas à vos avances. En couple, c’est le moment de profiter de la vie à deux.

ViergeLe rythme s’accélère, vous avez envie de vous lâcher davantage que d’habitude, de prendre davantage de

risques. Votre confiance en vous va vous permettre de dépasser vos limites, bravo! Vous ferez peut-être quelques excès, mais pour une fois, ce n’est pas bien grave.

BalanceUn désaccord pro musclé dès le 1er du mois? Heureusement, il ne durera pas: vous

CapricorneProfessionnellement, votre pragmatisme vous fait marquer des points: en milieu de

mois, ce sera le moment de demander et d’obtenir une récom-pense sonnante et trébuchante.

VerseauLes vibrations astrales du mois vous mettent en joie: Mars et Vénus en signes amis vous

donnent envie de vivre, rire, vous amuser! C’est une bonne période pour sortir, voyager, tenter de nouvelles expériences... y com-pris au niveau sentimental: la fin du mois comblera vos désirs d’expérimentation.

PoissonsVous captez parfai-tement l ’ambiance enflammée du mois, qui va vous remplir

d ’énergie et de tonus. Vive, rapide, passionnée, vous vire-voltez de nouveautés en nou-veautés la première semaine d’avril puis laissez votre coeur chavirer dans les dix derniers jours. Une rencontre pourrait tout remettre en question vers le 22, que vous soyez célibataire ou en couple!

trouverez vite un terrain d’entente avec votre contradicteur. Affec-tivement, avril va vous secouer. Si vous êtes en couple, i l y aura beaucoup de passion, de désir d’agir à deux, mais aussi quelques oppositions, surtout autour du 20.

ScorpionUn mois heureux et tranquille, pendant lequel vous pourrez régler calmement des

dossiers de fond au boulot, brico-ler à la maison, prendre soin de vous et de votre santé. A partir du 6, Mercure à l’opposé de votre signe pourra brouiller quelque peu vos communications: vos col-lègues, vos amis ou votre conjoint ne suivront pas toujours très bien votre logique.

SagittaireAvec Mars dans votre signe, vous avez un Lion dans votre mo-teur ce mois-ci. Vous

bataillez sur tous les fronts. Au boulot vous galvanisez vos collègues et lancez de nouveaux projets. Rentrée chez vous, vous faites du sport, organisez des soirées... si vous n’êtes pas partie en vacances en trek à l’autre bout du monde!

HORÓSCOPOABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR46

Pub.

XXXXXXXXXXXXABRIL 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 47

XXXXXXXXXABRIL 2016WWW.PORTUGALMAG.FR48

* Selon la loi n° 2013-504 du 14 juin 2013 relative à la sécurisation de l’emploi et la généralisation de la couverture santé.

Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A. Siège : Largo do Calhariz, 30 1249-001 Lisboa - Portugal - NIPC e Matrícula 500 918 880, CRC Lisboa - Capital Social 381.150.000 €Succursale de France : 29, boulevard des Italiens - 75002 Paris - RCS Paris B 413 175 191 - Tél. : 01 40 17 67 20 - Fax : 01 40 17 67 29Crédits photo : Fotolia

* Selon la loi n° 2013-504 du 14 juin 2013 relative à la sécurisation de l’emploi et la généralisation de la couverture santé.

FIDELIDADE

vous ACCOMPAGNE

dans

vos DÉMARCHES

COMPLÉMENTAIRE SANTÉ OBLIGATOIRE

PRENEZ SOIN DE VOS SALARIÉS

AGENCE FIDELIDADE PARIS OPÉRA27 rue du 4 Septembre - 75002 Paris01 40 06 06 06 - [email protected]

Depuis le 1er janvier 2016, toutes les entreprises ont l’obligation de proposer à leurs salariés une complémentaire santé collective. *