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NEUCIDES MARIA DE ANDRADE WEIDMANN
UNIDADE DIDÁTICA
ALIMENTAÇÃO: NUTRIÇÃO SAUDÁVEL NA
ADOLESCÊNCIA
APUCARANA - PR
2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional
2
IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR: Neucides Maria de Andrade Weidmann
ÁREA/DISCIPLINA: Ciências
NRE: Apucarana
PROFESSOR ORIENTADOR IES: MsC Patrícia de Oliveira Rosa da Silva
IES VINCULADA: Universidade Estadual de Londrina
COLÉGIO DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Prof. Izidoro Luiz Cerávolo
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇAO: Alunos do Ensino Fundamental II
3
NEUCIDES MARIA DE ANDRADE WEIDMANN
ALIMENTAÇÃO: NUTRIÇÃO SAUDÁVEL NA ADOLESCÊNCIA
Projeto de intervenção pedagógica
apresentado ao Colégio Estadual Prof
Izidoro Luiz Cerávolo, Apucarana,
PR, Núcleo Regional de Ensino de
Apucarana, como requisito parcial ao
Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE).
Orientadora: Profª. Msc. Patrícia de O.
R. da Silva
APUCARANA- PR 2011
4
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
2. OBJETIVOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .06
3.1. ALIMENTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
3.1.2. Alimentação na Adolescência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .07
3.1.3 Nutrientes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08
3.1.4 Pirâmide Alimentar. . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2 TRANSTORNOS ALIMENTARES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3 A PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.3.1 Prática Social Inicial do Conteúdo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
3.3.1.1 Plano de aula – prática social inicial do conteúdo. . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3.2 Problematização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3.2.1 Plano de aula – problematização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
3.3.3 Instrumentalização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
3.3.3.1 Plano de aula – instrumentalização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.3.4 Catarse. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.3.4.1 Plano de aula – catarse. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28
3.3.5 Prática Social Final do Conteúdo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
3.3.5.1 Plano de aula – prática social final do conteúdo. . . . . . . . . . . . . . . . 31
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
REFERÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade didática pretendemos investigar como os adolescentes, mais
especificamente os alunos da 6ª série do Colégio Professor Izidoro Luiz Cerávolo,
vêm se alimentando, tendo como hipótese que nem sempre os mesmos são
conscientes da importância de uma boa nutrição para o desenvolvimento biológico e
psicológico.
Para isso, o aluno passará, num primeiro momento, por uma pesquisa, isso
através da formulação de um cardápio onde irão expor quais são seus hábitos
alimentares e quais são seus conhecimentos sobre o assunto. Numa segunda etapa,
será feita uma exposição dinâmica e envolvente de alguns assuntos, como: pirâmide
alimentar, nutrientes, transtornos alimentares e outros. Esperamos que, ao final
desta unidade didática, o aluno saiba reconhecer os nutrientes que seu corpo
precisa, bem como os sintomas de possíveis transtornos alimentares e que novos
hábitos alimentares venham substituir antigos erros.
Portanto, entendemos que este trabalho se justifica não só por ser um
conteúdo importante para a aprendizagem, como também uma forma de auxiliar na
saúde dos alunos e, consequentemente, de seus familiares.
Encontraremos, a seguir, uma pequena exposição da temática e seus
respectivos conteúdos, tendo como base a pedagogia histórico-critica de Gasparin,
acompanhada de planos de aula.
2 OBJETIVOS
Esta unidade tem como objetivo despertar nos adolescentes o interesse sobre
como se ter uma alimentação saudável, fazendo-os compreender os princípios
básicos da mesma e também sua importância para um desenvolvimento biológico e
psicológico. Pretende-se que os mesmos consigam associar os conhecimentos
científicos aprendidos na escola com seu cotidiano, modificando hábitos e costumes
prejudiciais ao organismo.
6
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (PARANÁ, 2008, p.
40-41), a educação tem como objetivo a formação integral do indivíduo, inserindo-o
na sociedade, a fim de que este possa compreendê-la e consequentemente torná-la
melhor. Cabe ao homem analisar e interpretar os fenômenos da natureza,
apropriando-se dos seus recursos em busca de condições favoráveis para sua
sobrevivência.
O ensino de Ciências também sofreu muitas modificações teórico-
metodológicas, atendendo aos interesses das classes econômicas, políticas e
sociais, essa disciplina, contudo, sempre colaborou para consolidar os conceitos
científicos. (PARANÁ, 2008, p. 57 e 64)
O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não-arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores (nível de desenvolvimento real – conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo. (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN apud PARANÁ, 2008, p.62).
Desta forma, entende-se que o saber do aluno só será realmente consolidado
quando o mesmo perceber as possíveis relações entre o que o ele já conhece e o
que há de novo, sem que para isso o educador precise impor os conteúdos.
Esta unidade didática pretende melhorar os hábitos alimentares e a saúde
dos estudantes, bem como de seus familiares, considerando o seu cotidiano e
associando-os aos conceitos científicos.
3.1 Alimentação
Para Silva, Costa e Ribeiro (2005), o homem, na atual sociedade, possui
muitas opções de alimentação, que são influenciadas por diversos fatores, como a
condição social, a cultura, os costumes raciais e até mesmo fatores religiosos, tudo
isso, frequentemente, leva a erros e a maus hábitos alimentares. Complementando
esse pensamento, Braga, Molina e Cadê (2007) expõem que a busca por um ideal
de beleza, que atualmente é o de um corpo magro e bem delineado, se faz cada dia
mais notório, principalmente na adolescência. Nessa fase, precisamos ter uma
7
preocupação ainda maior, pois esse é um período de crescimento, desenvolvimento
e transformação do corpo Assim, problemas alimentares, ausências nutritivas podem
causar graves problemas, como por exemplo, os transtornos alimentares e doenças
causadas pela falta de determinados nutrientes. (FONSECA; CASTELO, 2008).
3.1.2 Alimentação na Adolescência
Ao observarmos mais atentamente os hábitos alimentares da maioria dos
adolescentes encontramos um quadro preocupante, a preferência por alimentos
calóricos e pobres em nutrientes, dietas sem orientações adequadas, omissão de
refeições e maus hábitos alimentares vêm acarretando-se em transtornos
alimentares, tais como: obesidade, problemas psicológicos e cognitivos e uma saúde
bastante debilitada. (BRAGA, MOLINA E CADÊ 2007)
Sichieri et al. (2000) explicam que os adolescentes são os mais vulneráveis
em mudar seu estilo de vida, influenciados pela mídia e o consumismo, acabam
adquirindo hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo.
Para Eisenstein et al. (2000), é essencial salientar junto aos adolescentes a
importância de uma nutrição para o desenvolvimento e crescimento saudável.
A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida
adulta, caracterizada pelas intensas mudanças corporais da
puberdade e pelos impulsos dos desenvolvimentos emocional,
mental e social (EISENSTEIN et al., 2000, p.263).
Essas mudanças, afirmam Eisenstein et al. (2000), fazem parte do
desenvolvimento natural que se inicia na vida intra-uterina e vão se moldando
durante a infância sob os mais diferentes fatores, como ambiente, contexto
sociocultural e termina com o desenvolvimento físico, a maturação sexual e a
integração do indivíduo em seu meio social.
A base da maioria dos estudos vem sendo a qualidade de vida, o bem estar
físico e cultural e como melhorar as condições alimentares e nutricionais das
crianças e adolescentes e grupos sociais que pertencem. (EISENSTEIN et al.,
2000).
Eisenstein et al. (2000) destacam que é importante resgatar os bons hábitos
alimentares, aumentado ou diminuindo a quantidade de nutrientes básicos, conforme
o caso, tendo como objetivo o desenvolvimento saudável através de medidas
8
simples. Para isso, é preciso fazer uma investigação para identificar os indivíduos
que estão ultrapassando os limites, correndo riscos nutricionais, desenvolvendo por
vezes transtornos como anorexia, bulimia nervosa ou obesidade, que ocorrem com
frequência na adolescência. A saúde pública pode ajudar, nestes problemas
alimentares, através de ações preventivas educacionais, propondo hábitos
alimentares saudáveis, que possam atingir a todos os indivíduos e seus familiares. A
mídia também tem um papel muito importante na divulgação dessas ações.
Gambardella, Frutoso e Franch (1999) afirmam que é a família a primeira
instituição que age nos hábitos alimentares do indivíduo, pois é ela a responsável
pela compra e preparo dos alimentos. Os adolescentes, de modo geral, não dão
importância às conseqüências de seus hábitos alimentares.
É importante mostrar aos adolescentes, afirmam Gambardella, Frutoso e
Franch (1999), que o consumo de alimentos, como os fast-foods, não é proibido, o
que pode atrapalhar a dieta é a freqüência do consumo, uma vez que esse tipo de
alimentação, normalmente, apresenta alta quantidade de energia e baixa quantidade
de ferro, vitaminas e fibras.
Gambardella, Frutoso e Franch (1999) apresentam ainda alguns estudos
sobre a alimentação de grupos de adolescentes brasileiros, onde encontramos
carência na ingestão de produtos lácteos, frutas e hortaliças e excesso de açúcar e
gordura.
3.1.3 Nutrientes
Eisenstein et al. (2000) compreendem que a quantidade de alimentos que um
indivíduo precisa depende de diversos fatores, então não há uma resposta única
para todas as faixas etárias, nem todas as regiões, teremos sim sugestões que se
baseiam nas necessidades humanas. Recentes pesquisas mostram que as
necessidades calóricas variam com a idade, sexo e atividade desenvolvida, mas a
maioria afirma que é necessário o consumo diário de proteínas, lipídios,
carboidratos, minerais e vitaminas. Esses nutrientes são responsáveis pela
reconstituição celular, são fontes de energia e controlam as atividades metabólicas
do organismo. Algumas considerações podem ser feitas, considerando as variações
individuais, realidade social e econômica e o estilo de vida:
9
- Energia: as necessidades calóricas podem ser estipuladas em Kcal/cm de
altura, alterando conforme a idade, sexo e atividade física. Para o sexo feminino, o
consumo máximo é cerca de 2.500 Kcal em torno dos 12 anos de idade, no sexo
masculino aumenta este consumo, na época do estirão puberal o recomendado é de
cerca de 3.400 Kcal, após os 16 anos vai diminuindo gradativamente.
- Proteínas: As proteínas são componentes presentes na estrutura celular,
tecidos, anticorpos e vários hormônios do ser humano. Favalli, Pessôa e Angelo
(2009) explicam que algumas proteínas (enzimas) fazem parte do metabolismo,
digestão e respiração. As proteínas também podem ser utilizadas como fonte de
energia, quando necessário. Em excesso, transformam-se em gordura e são
armazenadas no tecido adiposo. As proteínas são formadas por estruturas
denominadas aminoácidos. Nosso organismo não produz todos os tipos de
aminoácidos, alguns são adquiridos somente através dos alimentos, sendo que os
de origem animal são grandes fontes de proteínas. Segundo Eisenstein et al. (2000),
as necessidades máximas de proteínas durante o estirão da puberdade são de 12 a
15% do total calórico para as meninas e de 15 a 20% nos meninos.
As proteínas podem ser de origem animal, em geral são consideradas uma
fonte completa. As de origem vegetal são incompletas, porque não contêm todos os
aminoácidos essenciais nas quantidades necessárias. (GEWANDSZNAJDER, 2009)
Algumas fontes de proteínas: ovos, carnes peixes, leite e seus derivados, feijão,
soja, lentilha etc..
- Carboidratos: Para os adolescentes, segundo Eisenstein et al. (2000), são a
principal fonte de energia, correspondendo normalmente a 55% da ingestão calórica
diária. Os carboidratos realizam funções biológicas importantes e diversificadas,
fazem parte da construção das células e tecidos. Existem diferentes tipos de
carboidratos como: glicose e frutose, sacarose e amido, encontrados no mel, certos
tipos de raízes e em partes de alguns vegetais, como na cana-de-açúcar, beterraba
e sementes. (FAVALLI, PESSÔA e ANGELO 2009)
Para Gewandsznajder (2009) com exceção do mel, os demais alimentos
ricos em carboidratos se originam de plantas.
- Vitaminas: são necessárias em pequenas quantidades para o nosso
organismo, realizam importantes funções biológicas, regulando os diferentes
processos metabólicos, sem esses nutrientes, o crescimento, o desenvolvimento e o
10
funcionamento do organismo ficam comprometidos. Favalli, Pessôa e Angelo (2009)
explicam que algumas vitaminas são importantes para o ser humano: vitamina A, C,
D, E,e K vitaminas do complexo B e explica mais detalhadamente a função e onde
encontramos cada uma destas.
Vitamina A ou Retinol: auxilia na visão, mantém a estrutura da pele, sua falta
pode causar cegueira noturna. As principais fontes de vitamina A são: ovos, fígado,
carne, vegetais verdes, amarelos e alaranjados, entre outros.
Vitamina C ou ácido ascórbico: contribui na manutenção do tecido conjuntivo,
auxilia na cicatrização de ferimentos e fraturas, induz a absorção de ferro e inibe as
infecções, geralmente é encontrada nas frutas cítricas, pimentão, brócolis, couve,
tomate, acerola, manga, mamão, morango e outras frutas.
Vitamina D: importante para a estrutura dos ossos e dentes facilita absorção
de sais de cálcio e fósforo, contribui para o desenvolvimento e crescimento do
organismo. Sua falta pode provocar o raquitismo. Os alimentos ricos em vitamina D
são: gema de ovo, leite, óleo de fígado de peixe. É produzida na pele pela ação dos
raios solares, por isso a importância de se tomar sol regularmente em horários
adequados.
Vitamina E: promove o metabolismo de lipídios, formação do material
genético (DNA e RNA) e glóbulos vermelhos do sangue, participa do crescimento do
corpo e cicatrização das lesões. Os alimentos ricos nessa vitaminas são: óleos
vegetais, cereais, leguminosas, gema de ovo, verduras de folhas verdes, leite, entre
outros.
Vitamina do Complexo B: É constituído pela reunião de várias vitaminas,
participam na formação dos glóbulos vermelhos do sangue, produção de energia do
corpo, auxilia no funcionamento do sistema nervoso. Suas principais fontes são:
carnes, peixes, fígado, ovos, leite, cereais integrais, vegetais verdes, cenoura,
beterraba, entre outros.
Vitamina K: encontrada facilmente em muitos alimentos como: fígado, óleos
vegetais, vegetais, leite, tomate, entre outros. Auxilia na coagulação sanguínea.
- Lipídios: são denominados de gorduras e óleos, com alto valor energético,
fazem parte das estruturas celulares e membranas em nosso organismo. O excesso
de lipídios, segundo Favalli, Pessôa e Angelo (2009), é armazenado no tecido
adiposo, serve como reserva energética, protege os órgãos e contribui para
11
manutenção da temperatura do corpo. O excesso também pode prejudicar a saúde.
As gorduras podem ser saturadas, encontradas nos alimentos de origem animal e
em alguns óleos vegetais, sendo aconselhável seu consumo moderado. As gorduras
insaturadas, encontradas em vegetais e peixes, são importantes fontes de
substâncias, mas também devem ser consumidas com cautela. Numa dieta, a
gordura serve como fonte de energia e veículo para as vitaminas lipossolúveis e de
graxos, suprindo cerca de 30% das necessidades. (EISENSTEIN et al., 2000)
- Sais minerais: Para Favalli, Pessôa e Angelo (2009), os sais minerais
encontram-se em nosso corpo em pequenas quantidades, mas são de grande
importância para regular o metabolismo e diferentes reações químicas. A deficiência
ou o excesso desses sais minerais pode ocasionar certas doenças, como:
raquitismo, anemia e bócio. Uma alimentação equilibrada com verduras, frutas é
suficiente para suprir a necessidade do nosso organismo. Na adolescência, como
explicam Eisenstein et al. (2000), a necessidade de minerais como o cálcio, ferro e
zinco duplicam.
- Água: indispensável à vida, faz parte da constituição celular, secreções e
nos fluídos corpóreo, nosso corpo elimina cerca de 2500 mL de água pela
transpiração e respiração, urina, fezes, toda essa água deve ser reposta para um
bom funcionamento do organismo. Aconselha-se que o ser humano adulto consuma
cerca de 2 litros de água por dia. O organismo realiza diversas funções com a água,
cujas funções são: ajudar no metabolismo, facilitar o transporte de substâncias e
nutrientes, colaborar no processo fisiológico como: digestão, respiração, circulação,
excreção, manter a temperatura corpórea e lubrificar as articulações. (FAVALLI,
PESSÔA e ANGELO2009)
3.1.4 Pirâmide Alimentar
Segundo Favalli, Pessôa e Angelo (2009), a pirâmide alimentar nada mais é
do que a prática orientada dos princípios básicos e corretos de uma alimentação
saudável que oferece todos os nutrientes que precisamos na quantidade adequada
Na pirâmide alimentar, os alimentos são distribuídos conforme os seus
principais nutrientes. Em sua base, encontramos os alimentos que devem ser
consumidos com frequência e no topo os alimentos que devem ser consumidos com
12
moderação. Assim, na pirâmide alimentar encontramos o caminho para uma
alimentação saudável com variedade, equilíbrio e moderação.
Variedade: não existe um tipo de alimento que oferece todos os nutrientes
que atenda as necessidades de uma pessoa. Uma dieta diversificada abrange
alimentos variados nos cinco grandes grupos da pirâmide que suprem as indicações
nutricionais.
Equilíbrio: Uma alimentação equilibrada engloba diariamente as quantidades
indicadas dos cinco grandes grupos, oferecendo as calorias e nutrientes
indispensáveis a saúde.
Moderação: Escolher os alimentos, bebidas, com precaução, ajuda a
equilibrar as calorias e quantidades de gorduras, colesterol, gordura saturada, sal,
açúcares, isso possibilita consumir as variedades dos alimentos disponíveis.
Segundo Favalli, Pessôa e Angelo (2009), na década de 90, pesquisadores
da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova versão
de pirâmide alimentar, que leva em consideração a saúde e não tanto uma nutrição
básica, como propõe a pirâmide alimentar tradicional. A principal mudança da nova
pirâmide é que em sua base estão a prática de atividade física e o controle de
massa corpórea. Outra mudança é que os carboidratos foram substituídos por
alimentos integrais, o arroz, macarrão, pães e massas na nova pirâmide devem ser
consumidos moderadamente, pois são alimentos que se convertem em açúcares no
organismo, podendo levar a problemas cardiovasculares, entre outros, se
consumidos em excesso.
Abaixo encontramos as duas pirâmides citadas, a Figura 1 representa um
conceito mais antigo, já a Figura 2 o conceito atual.
13
Figura 1 – Pirâmide alimentar antiga
Fonte: www.diadiaeducacao.pr.gov.br
Figura 2 – Nova Pirâmide alimentar
Fonte: Favalli, Pessôa e Angelo 2009, adaptada
3.2 Transtornos Alimentares
Os transtornos alimentares, segundo Ballone (2003), normalmente, atingem
os adolescentes e adultos jovens, principalmente as mulheres. De forma geral, as
pessoas portadoras desse tipo de transtorno se identificam por ter uma obsessão
pelo corpo perfeito que afetam seu estado psicológico. Os transtornos alimentares
vêm aumentando sua incidência, preocupando as autoridades de saúde, em geral.
14
Alguns dados, apontados por Dunker e Philippi (2003), falam da importância
de projetos sobre alimentação na adolescência, citando números significativos
referentes a transtornos alimentares.
A incidência de transtornos alimentares praticamente dobrou nestes últimos 20 anos. Especificamente em relação à anorexia, o número de casos novos por ano teve um aumento constante entre 1955 a 1984 em adolescentes de 10 a 19 anos. A prevalência de anorexia nervosa (AN) varia de 2% a 5% em mulheres adolescentes e adultas. (DUNKER; PHILIPPI 2003, p.52)
A ênfase está na magreza como sinônimo de beleza, sucesso e felicidade,
acarretando em hábitos alimentares abusivos e maneiras incorretas de se manter o
baixo peso. Ballone (2003) detalha um pouco mais sobre os transtornos mais
frequentes:
- Anorexia nervosa: com medo de engordar e alteração da imagem corporal a
pessoa passa perder peso de forma não saudável. Atinge principalmente o sexo
feminino entre os 14 e 18 anos de idade.
“O ato de restringir os alimentos tem início geralmente na adolescência, em resposta a uma má aceitação das mudanças corporais, principalmente o peso” (DUNKER; PHILIPP, 2003, p.52).
Os sintomas mais comuns são: alimentação mínima, dietas radicais,
sensação de estar acima do peso quando já está magra, perda excessiva de peso,
excesso de atividades e exercícios físicos, ausência de menstruação, sensação de
muito frio, insônia, estado depressivo e outros.
- Bulimia nervosa: por consumo exagerado de alimentos num curto intervalo
de tempo (quando em crise) e uma preocupação excessiva com o peso a pessoa
desenvolve atitudes incorretas e perigosas para a sua saúde, tentando eliminar o
que foi ingerido. A bulimia atinge, também, na maioria das vezes a mulher jovem,
seus principais sintomas são: alimentar excessivamente muitas vezes às
escondidas, preocupação com a comida e peso, atitudes impróprias para justificar a
alimentação exagerada com medo de engordar, uso de medicamentos, estimula
vômitos, variações emocionais, estado depressivo e sentimento de culpa.
Outro problema de saúde que vem preocupando as autoridades brasileiras é
a obesidade, que pode ser definida como (LEÃO et al., 2003, p.02):
A obesidade é considerada como doença na qual o excesso de gordura corporal se acumula a tal ponto que a saúde pode ser afetada. (LEÃO et al., 2003, p.02)
15
Silva, Costa e Ribeiro (2008) destacam que a obesidade infantil, segundo
pesquisas recentes, é a doença nutricional que mais cresce e que é de difícil
tratamento. A preocupação maior é com as suas consequências, a saber: problemas
cardíacos, respiratórios e de locomoção. Para Guedes e Guedes (2003) a obesidade
infantil e na adolescência teve um aumento muito significante nos últimos 20 anos. O
acúmulo de gordura no tecido adiposo nos adolescentes indica um perigo para a
saúde na fase adulta.
Conforme Silva, costa e Ribeiro (2008), têm dois tipos de obesidade infantil:
endógena ou primária que se caracteriza por ser uma disfunção hormonal com
alterações: no metabolismo tireoidiano, gonadol, hipotálamo-hipofisário, tumores
como o craniofaringeoma e as síndromes genéticas. O outro tipo é a exógena ou
nutricional, que é caracterizada pelo desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de
calorias.
Sichieri et al. (2000) apontam como uma possibilidade a introdução de uma
alimentação saudável como alternativa altamente favorável para inibir diversas
doenças, a proposta seria apresentar à população uma dieta acessível, motivando o
aumento do consumo de frutas, verduras, arroz, feijão e outros. Esse é um grande
desafio que a saúde tem que enfrentar para que a população brasileira possa
compreender que uma das melhores maneiras de ter uma vida saudável é fazendo
atividade física, tendo uma dieta saudável e resgatando hábitos alimentares.
3.3 A Participação da Escola
Segundo Ossucci (2008), a escola é considerada um ambiente ideal para
desenvolver atividades que possibilitem ao educando apropriar-se de hábitos
alimentares saudáveis, bem como entender a relação de algumas doenças com a
alimentação desequilibrada. Quando a instituição decide desenvolver atividades
dando oportunidade para discussão e reflexão sobre o tema, os adolescentes
participam e demonstram interesse, para isso eles têm que sentir segurança e
confiança para expor seus hábitos alimentares, sem medo de recriminações, isso
16
para que esse tema chegue até sua família, a fim de que ao longo do tempo possa
haver mudanças nos hábitos alimentares inadequados.
As atividades descritas neste trabalho têm como fundamentação de sua
didática a pedagogia histórico-crítica, segundo Gasparin (2009). Esse tipo de
pedagogia ultrapassa a sala de aula e nessa perspectiva professores e alunos
passam a ter um novo posicionamento em relação ao conteúdo e à sociedade. Cada
conteúdo é visto de forma não linear, ou seja, nas suas contradições, ligações com
outros conteúdos da mesma disciplina e de outras. Essa proposta pedagógica exige
alguns passos a serem seguidos, que serão brevemente discutidos neste trabalho.
Todas as atividades escritas, feitas pelos alunos, serão consideradas fontes
de dados, podendo ser utilizadas para futuras conclusões.
3.3.1 Prática Social Inicial Do Conteúdo
Nesse processo, conforme Gasparin (2009) há primeiramente uma
mobilização para a construção do conhecimento escolar onde o aluno terá um
contato inicial com o tema a ser estudado. A intenção é a de motivar os alunos
através do conhecimento da sua prática social imediata e a relação desta com o
conteúdo curricular. O professor precisa tornar o tema “atraente”, contextualizando-
o dentro da disciplina e em relação à totalidade social.
É função dos professores analisarem as relações que o aluno faz entre seus
novos e velhos conceitos, isso dentro e fora da escola, uma vez que concepções
precedentes sobre determinado tema podem dificultar ou facilitar a aquisição de
novo material.
Na prática o professor conversa com seus educandos sobre o conteúdo a ser
trabalhado, questionando o que sabem e como relacionam o mesmo com a prática
social e o que gostariam de saber mais sobre o assunto. Assim conseguirá
determinar o ponto inferior inicial que o aluno deverá partir para aquisição do
conhecimento, bem como o nível que deverá chegar.
3.3.1.1 Plano de aula – pratica social inicial do conteúdo
17
Conteúdo: Alimentação Saudável.
Série:_______
Número de aulas: 01
Objetivos
-Investigar os hábitos alimentares do cotidiano do estudante.
-Desenvolver críticas a respeito de seu hábito alimentar.
Identificação dos conhecimentos prévios
Listar alguns questionamentos, no quadro de giz, a respeito do tema
“Alimentação Saudável”, para verificar qual o conhecimento que o aluno já possui
dos conteúdos a serem estudados, antes da explicação do professor. Por exemplo:
- O que o aluno sabe sobre alimentação saudável?
- Quantas refeições realizam por dia?
- Quais os alimentos que consomem com maior freqüência, no café da
manhã, almoço, lanches e jantar
- O que mais gostam de comer em cada refeição?
- Quantas vezes se alimentam por dia?
Estratégias didáticas
A- O aluno deverá copiar os questionamentos listados acima, respondendo-os
em seu caderno, logo após o professor deve iniciar um debate, onde todos poderão
contribuir.
B- Elaborar um cardápio com suas principais refeições e os alimentos mais
comuns, durante alguns dias (conforme Quadro 1), para futuras reflexões a respeito
de seus hábitos alimentares.
18
QUADRO 1 MODELO DO CARDÁPIO. Aluno(a)__________________________________________Idade______ Série_____ Turma________ Anote no quadro abaixo os principais elementos que você ingeriu em cada uma das refeições. (Caso não faça alguma das refeições deixe o espaço em branco)
Dia da semana
Café da manhã
Lanche
Almoço
Lanche
Jantar
Ceia
Sugestões de filmes
A seguir temos algumas sugestões de vídeos que podem ser utilizados de
forma a ilustrar melhor os conteúdos apresentados.
Título: Alimentação saudável
Duração em minutos 3:47
Site: http://youtu.be/Hj2CM_da2go
Título: Por que devemos nos alimentar bem?
Duração em minutos 2:43
19
Site: http://youtu.be/bd4-g76Fni4
Após a exibição dos mesmos os alunos deverão escrever o que acharam de
mais importante nos mesmos, destacando as informações que não tinham
conhecimento.
3.3.2 Problematização
A problematização é o elemento de ligação entre a prática e a teoria, é o
momento de começar a trabalhar com o conteúdo sistematizado. Através da
problematização o aluno será desafiado a ir à busca do conhecimento, este é o
caminho que Gasparin (2009) nos aponta para uma aprendizagem significativa.
O objetivo da problematização é selecionar as principais questões levantadas
na etapa anterior, a respeito dos conteúdos, e como tais podem ser trabalhadas de
forma mais profunda e sistematizada pelo conteúdo curricular.
3.3.2.1 Plano de aula – problematização
Conteúdo: Alimentação saudável
Número de aulas -02
Série-_______
Objetivos
-Analisar os cardápios elaborados pelos estudantes, identificando acertos e
erros na alimentação.
-Identificar os principais problemas de uma alimentação inadequada.
Identificação dos conhecimentos prévios
Serão analisados os dados obtidos na construção do cardápio alimentar dos
estudantes.
20
Estratégias didáticas
A- O professor deverá organizar os alunos em duplas, pedir para que elas
analisem os seus cardápios, com base no conhecimento que já possuem do
assunto, em seguida discutir sobre sua alimentação, reconhecendo como está
se alimentando.
B- A análise do cardápio: o professor solicitará para alguns alunos que
leiam o 1º dia de seu cardápio, após a leitura o professor escolhe outros
estudantes para especificar alguns itens que julgam não estar de acordo com
uma alimentação equilibrada, chegando à conclusão a respeito de seus hábitos
alimentares.
C- Os alunos receberão o modelo de uma pirâmide alimentar em branco,
onde deverão preencher, analisando seu cardápio, procurando colocar na base
da pirâmide os alimentos que eles mais consomem e no seu topo os que
consomem esporadicamente. (Figura 1)
D- Os alunos irão receber uma figura contendo uma alimentação saudável
e deverão fazer um desenho que contenha alimentos não saudáveis, em seguida
responder ao questionamento. (Figura 2)
-Por que você acha que esses alimentos que desenhou não são
saudáveis?
-Devemos ingerir os mesmos com freqüência ou raramente?
-Observando os dois desenhos qual deles você prefere?
-Liste alguns alimentos que você julga ser importante para sua saúde.
E- Caça Palavras: O professor entrega a cada aluno uma folha impressa
com um caça palavras desenvolvido a respeito do tema: Alimentação saudável.
(Quadro 2 )
21
Figura 1 – Pirâmide alimentar do aluno
22
Figura 2
Figura 2 – Desenhe alimentos que você considera não saudáveis.
Por que você acha que os alimentos desenhados não são saudáveis? _____________________________________________________________________________________________________________________________________ Devemos ingerir os mesmos com freqüência ou raramente? _______________________________________________________________ Observando os dois desenhos qual deles você prefere? _______________________________________________________________ Liste alguns alimentos que você julga ser importante para sua saúde. _____________________________________________________________________________________________________________________________________
23
QUADRO 2 Procure no caça-palavras, a seguir, os nomes dos seguintes alimentos: Cereais, Bolos, Suco, Ovos, Leite, Frutas, Verduras, Feijão, Laranja, Alface, Gordura, Pão, Arroz.
A F N Y B G H T T S Ç K S U Z N H
I L F O W K A J Y E A R R O Z V R
S A S X I T I J A R G I C H F E J
J R B T C E R E A I S J G R R D A
E A N H W D A G F S A X O J U H G
Y N L E I T E Q H A A U S E T J A
J J Ç B B T B W V O D E D D A R C
I A F D H U P A O I F Q F F S D A
A C E Q N J M G C I G Y B A R U O
Q X I T A A V I S U B J C D V Z G
I Z J Y C D X S U C O T G G Q E H
B K A Z N J A R Q Y L H O U H T Y
V K O V O S O Q R T O B R F T N E
U S K Q D Y E E U R S M D Z Q X C
L Q G E K E A T I E I H U Q F A L
P R F R Q W S V E R D U R A S D V
A T D F D R D H M Q W R A R T B M
E B A L F A C E N W I H O U U A Y
Sugestões
Durante as aulas dessa etapa de problematização construir uma urna e deixá-
la em sala de aula onde os alunos poderão escrever perguntas ou escrever
depoimentos para inserir nela.
3.3.3 Instrumentalização
“A Instrumentalização é o caminho pelo qual o conteúdo sistematizado é
posto à disposição dos alunos” (GASPARIN, 2009, p.51).
Na fase da instrumentalização ocorre o confronto entre: aluno – conteúdo –
aprendizagem, com mediação do professor. Momento este que o educando tem
possibilidade de vivenciar várias etapas do conteúdo, com possibilidade de
reestruturar, analisar e comparar o seu conhecimento cotidiano com o científico.
24
Cabe ao professor desenvolver oportunidades através de ações didático-
pedagógica e recursos para que haja a construção do conhecimento científico,
dando respostas aos desafios de uma sociedade e que possa também atender suas
necessidades pessoais. (GASPARIN, 2009)
3.3.3.1 Plano de aula – instrumentalização
Conteúdos: Nutrientes (proteínas, carboidratos, vitaminas, lipídios, sais minerais);
Alimentos; Pirâmide alimentar; Transtornos alimentares.
Número de aulas: 03
Série-____
Objetivos
- Conhecer os grupos dos nutrientes, sua função no organismo e as
principais fontes.
- Reconhecer a importância de uma alimentação saudável, para o
desenvolvimento e crescimento do organismo.
-Comparar uma pirâmide alimentar saudável a partir da observação da
pirâmide elaborada pelo aluno.
- Identificar alguns transtornos alimentares decorrente de uma alimentação
inadequada.
Identificação dos conhecimentos prévios
O aluno precisa entender que sua alimentação possui elementos corretos e
incorretos, baseada num cardápio equilibrado.
Estratégias didáticas
NUTRIENTES.
A- O professor deverá organizar os alunos em duplas, entregar uma tabela
com os grupos de nutrientes para ser preenchida, com base nos conteúdos
trabalhados em sala de aula. (Quadro 3).
B- A correção das atividades será realizada pelo professor na lousa, com
comentários e participação dos alunos.
25
ALIMENTOS
A- Distribuir para cada aluno: "10 passos para uma alimentação saudável”
(Quadro 4).
B- Escolher 10 alunos, cada um ficará responsável pela leitura de um dos
passos do texto, fazendo uma pausa para os comentários.
C- Pesquisando no texto do Guia Alimentar do Ministério da saúde, responda;
- O que se pode entender com a recomendação mostrada no primeiro passo
do Guia Alimentar do Ministério da Saúde?
- Pense na sua maneira de se alimentar e descubra no texto qual dos passos
está mostrando que você não se alimenta corretamente. Explique.
PIRÂMIDES ALIMENTARES
A- Apresentar ao aluno a pirâmide alimentar cientificamente aceita e propor
que os mesmos a comparem com a sua pirâmide, montada na etapa anterior,
fazendo com que respondam as seguintes perguntas: (Quadro 5)
- O que você observou de diferente entre as duas pirâmides? Explique.
-Comparando a pirâmide que você preencheu com a pirâmide alimentar
saudável, em qual grupo se encaixam os alimentos que mais listou?
-Analisando a pirâmide alimentar saudável, como você define sua
alimentação?
TRANSTORNOS ALIMENTARES
A- Os alunos receberão materiais diversos (revistas, textos, jornal, folder,
etc.), que tragam informações a respeito dos transtornos alimentares mais comuns,
como: bulimia e anorexia.
B- Os alunos serão organizados em duplas, após a leitura do material, cada
dupla vai apresentar um pequeno texto sobre o que considerou mais importante
sobre este conteúdo.
26
QUADRO 3
Preencha a tabela a seguir: Listando alimentos ricos em...
Proteínas Lipídios Carboidratos Sais minerais Vitaminas
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QUADRO 4
O Ministério da Saúde, em 2005, criou o Guia Alimentar (BRASIL, 2005) para a população brasileira, cujo objetivo é orientar as pessoas para escolhas saudáveis. Na versão “de bolso” encontra-se 10 passos para uma alimentação saudável:
1-Faça pelo menos 3 refeições (café-da-manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule refeições. 2- Inclua diariamente 6 porções do grupo do cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos, como as batatas e raízes como a mandioca nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. 3- Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 4- Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde. 5- Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos saudáveis. 6- Consuma no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. 7- Evite refrigerante e sucos industrializados, bolos, biscoitos, doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas como regra da alimentação. 8- Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. 9- Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 10- Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividades física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. (BRASIL, 2005)
Responda as questões abaixo:
- O que se pode entender com a recomendação mostrada no primeiro passo do Guia Alimentar do Ministério da Saúde? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ - Pense na sua maneira de se alimentar e descubra no texto qual dos passos está mostrando que você não se alimenta corretamente. Explique. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Quadro 5 Pirâmide alimentar Compare essa pirâmide com a que você construiu e responda:
Fonte: Favalli, Pessôa e Angelo 2009, adaptada.
Responda: - O que você observou de diferente entre as duas pirâmides? Explique. ______________________________________________________________________________________________________________________________ -Comparando a pirâmide que você preencheu com a pirâmide alimentar saudável, em qual grupo se encaixam os alimentos que mais listou? ______________________________________________________________________________________________________________________________ -Analisando a pirâmide alimentar saudável, como você define sua alimentação? ______________________________________________________________________________________________________________________________
Sugestões de filmes
Para tornar estes temas mais atraentes o professor poderá utilizar de
materiais como os vídeos sugeridos abaixo:
Vídeos sobre transtornos alimentares:
29
Anorexia:
Título: Combate a anorexia: alimente essa idéia.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=CX4MKlioDQs&feature=related
Título: Anorexia, Bulimia e Compulsao Alimentar - Sem Censura Dra Ana Beatriz Silva
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=OQI3mmo6qt4
Título: Distúrbios alimentares com Dr. Drauzio Varella
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=7NDtuU0MZN4&feature=related
Após a exibição destes vídeos, os alunos formarão grupos e deverão criar
cartazes de prevenção aos transtornos alimentares, explicando o que são os
mesmos, os seus sintomas e como procurar ajuda.
3.3.4 Catarse
Na catarse o educando é capaz se situar e entender as questões
sociais postas no início e trabalhadas nas demais fases, ressituando
o conteúdo em uma nova totalidade social e dando à aprendizagem
um novo sentido (GASPARIN, 2009, p.126)
Catarse é o momento em que o aluno sistematiza de forma total ou parcial os
conteúdos que conseguiu apropriar-se. Fazendo uma leitura total daquilo que antes
era fragmentado, a apropriação desse conteúdo se dá através da construção social,
com base nas necessidades humanas cotidianas, para atender a demanda de
classes ou grupos sociais, destacando seu nível de entendimento com verdadeiro
significado.
3.3.4.1 Plano de aula – catarse
Conteúdo: Alimentação saudável, hábitos alimentares, nutrientes, pirâmide
alimentar, transtornos alimentares.
Número de aulas-01
Série______
30
Objetivos
Analisar se após exposição dos conteúdos se os alunos são capazes de
reconhecer hábitos alimentares saudáveis e as consequências de uma alimentação
desequilibrada.
Identificação dos conhecimentos prévios
Será feito um levantamento de todos os conteúdos envolvidos nas etapas
anteriores.
Estratégias didáticas
A- Os alunos receberão um questionário para ser respondido individualmente,
com os conteúdos estudados até o momento. (Quadro 6).
B- Após a atividade, o professor fará uma leitura junto com os alunos das
respostas, buscando que os mesmos comentem cada uma.
Quadro 6 INVESTIGAÇÃO ALIMENTAR. Data:___/____/___ Aluno___________________________________________ Série____ 1- Como é constituída uma alimentação saudável. Dê exemplos de alimentos que compõem essa alimentação. ______________________________________________________________________________________________________________________________
2-Coloque C para as corretas e I para as Incorretas. ( ) Evite consumir diariamente:balas, biscoitos,refrigerantes,bolos etc..
( )Tenho que me alimentar em grande quantidade para ter uma boa saúde. ( ) Ana comeu macarrão, arroz, batata e refrigerante. ( ) José comeu bastante salada, carne, arroz e bebeu um copo de suco natural. ( ) Só é necessário comer quando tiver fome.
Para cada alternativa escolha uma resposta. 3-Consumo de carne vermelha: a-frequentemente b-raramente c-nunca 4-Costumo substituir o almoço por lanches.
a-frequentemente b-raramente c- nunca
31
5-Realizo pelo menos 3 refeições por dia.
a-frequentemente b-raramente c- nunca 6-Como sempre legumes e verduras junto com as refeições. a-frequentemente b-raramente c- nunca 7-Consigo diferenciar uma alimentação equilibrada de uma alimentação inadequada. a- sim b- não 8-Analisando uma pirâmide alimentar saudável, você classifica sua alimentação como: a-boa b- razoável c- ruim 9-No decorrer das atividades trabalhamos a respeito dos nutrientes (vitaminas, proteínas, lipídios, carboidratos, sais minerais). Você consegue reconhecer alguns alimentos que contenha esses nutrientes?
a- Sempre b- as vezes c- nunca 10- Anorexia, bulimia, obesidade, foram alguns dos itens estudados sobre transtornos alimentares. Você consegue entender alguns dos fatores que pode causar essas doenças. a- sim b-não 11-Esse trabalho envolveu várias etapas. Registre aqui sua opinião a respeito desse trabalho e o que ele contribuiu para melhorar seus hábitos alimentares: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sugestões
Este pode ser o momento adequado para esclarecimento das dúvidas
depositadas na urna, podendo ser convidados profissionais para dialogar com os
mesmos.
3.3.5 Prática social final do conteúdo
A Prática Social Final Do Conteúdo ultrapassa o nível institucional para
tornar-se um fazer prático-teórico no cotidiano extraescolar nas diversas
áreas da vida social. (GASPARIN, 2009, p.141)
Para Gasparin (2009), professor e aluno, nesse momento, passaram de um
estágio com menor compreensão científica para uma fase de maior clareza, deverá
32
existir um novo posicionamento em relação à prática social do conteúdo que foi
adquirido, isso exige uma ação real.
O educando adquire um novo comportamento diante de determinado
conteúdo que antes ele não dominava. A partir daí, ele demonstra o seu novo nível
de conhecimento em relação à prática social inicial e deverá colocar esse novo
conhecimento em prática.
3.3.5.1 Plano de aula - prática social final do conteúdo
Conteúdo: Hábitos alimentares, alimentos, nutrientes.
Número de aulas-01
Série___
Objetivos
- O aluno ser capaz de comparar a prática social inicial com a atual.
- Vivenciar juntamente com os alunos uma possível alimentação saudável.
- Identificar se os conteúdos foram incorporados ao cotidiano do aluno.
Identificação dos conhecimentos prévios
O aluno, nessa etapa, já deve ter alcançado todos os objetivos propostos
nesta unidade ou a maioria deles.
Estratégias didáticas
A-O professor organizará um lanche saudável com os alunos, para isso
precisará dos seguintes itens:
- Fazer uma lista de alimentos saudáveis que possam compor um lanche, por
exemplo: frutas, pão integral, suco natural, leite, mel, bolos, doces, bolachinhas e
outros.
- Cada aluno ficará responsável por trazer um alimento.
- Fica na responsabilidade do professor organizar o ambiente, bem como
trazer os elementos que não ficaram na responsabilidade dos alunos.
B- No dia combinado, é escolhido um local adequado, de preferência no
refeitório do colégio, professores e alunos arrumam a mesa com os alimentos e
33
antes do início do lanche o educador pode fazer uma pequena explanação sobre os
alimentos que estão à mesa, bem como a importância de cada um. Os alunos
também podem se manifestar a respeito. A direção e equipe pedagógica do colégio
também podem ser convidadas.
C- Registrar através de fotos os lanches e atividades desenvolvidas pelos
alunos.
Sugestão
Os alunos podem relatar as experiências que tiveram, bem como sua opinião
a respeito da atividade.
34
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos este trabalho com a intenção de que o mesmo ultrapasse apenas
o campo educacional, queremos também melhorar a qualidade de vida dos alunos
na sua casa. Esperamos que essa troca de conhecimentos entre aluno e professor
seja ativa, muito além da sala de aula, pois entendemos, com base na pedagogia
histórico-critica, que o conteúdo quando realmente adquire significado para o
aprendiz torna-se algo do cotidiano.
35
Referências Bibliográficas
BALLONE, G.J - Transtornos Alimentares, in. PsiqWeb, Internet, disponível em
<http://www.psiqweb.med.br/anorexia.html>, revisto em 2003
BRAGA, P. D; MOLINA, M. D .C. B; CADÊ, N. V, Expectativas de adolescentes em relação as mudanças do perfil nutricional. Ciências Saúde Coletiva, São Paulo, v.5, nº 12, pág. 1221 – 1228, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. DUNKER, K. L. L.; PHILIPPI, S. T. Hábitos e comportamentos alimentares de adolescentes com sintomas de anorexia nervosa. Rev. Nutrição. Campinas, v. 16, n. 1, jan. 2003. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 23 nov. 2010. EISENSTEIN, E. et al. Nutrição na adolescência. Jornal de Pediatria. Vol. 76,
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busca do corpo ideal. Mosaico estudos em psicologia, Belo Horizonte, v.23, nº 1, pág. 9-15, 2008. GAMBARDELLA, A. M. D.; FRUTOSO, M. F. P.; FRANCH, C. Prática alimentar de adolescentes. Rev.Nutr., Campinas, 12 (1), jan-abril. 1999 GASPARIN, J.L. Uma didática pedagógica histórico-crítica. Coleção educação contemporânea, Campinas, 2009. GEWANDSZNAJDER, F. Ciencias – 8ºano, Nosso Corpo. São Paulo, Ática, 2009.
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36
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37