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NEUROLINGUÍSTICA DISCURSIVA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA LAL - LIGA ACADÊMICA DE LINGUAGEM COMPONENTE: DAMARES ROSA

Neurolinguística discursiva

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Apresentação sobre a linguagem numa perspectiva da Neurolinguística Discursiva

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Neurolingustica discursiva

Neurolingustica discursivaUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAINSTITUTO DE CINCIAS DA SADEDEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIALAL - LIGA ACADMICA DE LINGUAGEMCOMPONENTE: DAMARES ROSAHISTRICOPerdurou por vrios sculos a busca pela compreenso sobre a relao entre o organismo e os processos mentais.Grcia (Crotona) Hipteses de que os processos mentais estariam associados atividade cerebralHipcrates + Galeno observaes clnicas confirmaram que as leses cerebrais so atribudas a alteraes da personalidade, do comportamento e da capacidade de raciocnio.

Descartes espritos circulam nos ventrculos cerebrais controlavam os comportamentos humanos COSENZA, R. M.; Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F.(2008) A evoluo das ideias sobre a relao entre o crebro, comportamento e cognio. Em Fuentes et al.; Neuropsicologia: teoria e prtica. Porto Alegre, RS: Artmed.

HISTRICOO crebro consolida-se como rgo responsvel pelos processos mentais e pelo comportamento

As funes poderiam ser decorrentes do funcionamento de diferentes reas?Nasce debate entre HOLISTAS E LOCALIZACIONISTASCOSENZA, R. M.; Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F.(2008) A evoluo das ideias sobre a relao entre o crebro, comportamento e cognio. Em Fuentes et al.; Neuropsicologia: teoria e prtica. Porto Alegre, RS: Artmed.HISTRICOPaul Broca Descrio de 9 pacientes com leses nos lobos frontais do hemisfrio cerebral esquerdoAlterao na produo da falarea de Broca centro funcional da linguagem

Carl WernickeDescrio de pacientes que apresentavam comprometimento das habilidades lingusticas com leso no crtex temporal do hemisfrio cerebral esquerdoAlterao na compreenso da linguagemrea de Wernicke

COSENZA, R. M.; Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F.(2008) A evoluo das ideias sobre a relao entre o crebro, comportamento e cognio. Em Fuentes et al.; Neuropsicologia: teoria e prtica. Porto Alegre, RS: Artmed.histricoA partir do sculo XX evidncias e teorizaes que iriam formar a NeuropsicologiaWalter Hess e James PapezProcessos mentais importantes, como aprendizagem e memria, dependem da integridade de centros nervosos especficos e suas conexes.NEUROPSICOLOGIA Alexander LuriaNovo conceito de funo, exercida por sistemas funcionais que visam a execuo de uma determinada tarefa.Funes mais elementares podem ser localizadas, mas os processos mentais geralmente envolvem zonas ou sistemas que atuem em conjunto, embora estejam em reas diferentes e distantesLocalizar a leso que desestrutura a fala e localizar a fala so duas coisas diferentes.

COSENZA, R. M.; Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F.(2008) A evoluo das ideias sobre a relao entre o crebro, comportamento e cognio. Em Fuentes et al.; Neuropsicologia: teoria e prtica. Porto Alegre, RS: Artmed.Neurolingustica discursivaRamo da Lingustica Nasce do estudo da linguagem e suas ligaes anatmicas e fisiolgicasPossui como foco a interlocuo e todas as relaes que nela se estabelecemAs condies particulares e circunstncias histrica culturais nos quais ocorre a produo e a interpretao do conhecimento partilhado por sujeitos falantes de uma lnguaLinguagem como atividade constitutiva, historicamente concebida, abrangente e pblica.Utilizao orientar a avaliao e o acompanhamento de sujeitos quanto anlise de dados da linguagemPonto de partida a interlocuo e as relaes entre sujeitos que se desenvolvem a partir delas

COUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.

NEUROLINGUSTICA DISCURSIVAAplicao prtica: no curso demencial da Doena de AlzheimerA memria relaciona-se com fatores sociais, histricos, culturais e pessoais Esses fatores podem influenciar e determinar a progresso da doenaQuanto aos aspectos neuropsicolgicos as lembranas e os esquecimentos so partes integrantes da vida dos sujeitos.O sujeito com demncia precisa do OUTRO para chegar ao presenteResgate da memria individual e coletiva auxilia na reconstruo da memriaCOUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.Prxis fonoaudiolgicaTradicionalTrata a linguagem e os demais processos cognitivos como se fossem independentesAtuao que privilegia estratgias que no fazem sentido para os sujeitos envolvidos favorece a ocorrncia de equvocos, de erros ou dficits.Se detm na identificao de classificao das alteraes dos processos lingusticos cognitivos interveno nos sintomasIntervenes estabelecidas sem a participao do sujeito, sem considerar suas habilidades e sem possibilitar o exerccio da subjetividade Procedimentos descontextualizados.

COUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.Prxis fonoaudiolgicaTradicionalTestes padronizadosBuscam localizar a leso no crebro;So os mesmos para qualquer sujeito em qualquer contexto;As respostas esperadas so previamente determinadas.Predominncia das atividades metalingusticas em substituio de atividades lingusticas e epilingusticas;Atividades metalingusticas: aes sobre a linguagemAtividades epilingusticas: aes com a linguagem

COUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.

PRINCIPAIS TAREFAS DE TESTES PADRONIZADOSRepetio de fonemas ou palavras monossilbicas produzidas pelo investigador ou presentes em uma lista;Formao de palavras a partir de fonemas iniciais;Soletrao;Denominao de objetos (sob figuras ou fotos);Exerccios de linguagem automatizada (dias da semana, nmeros);Completar frases;Explicao de provrbios;Exerccios de morfologia e sintaxe (dar o feminino, pr no plural etc.);Repetio de pargrafos lidos pelo examinador;Leitura em voz alta;Ditado de palavras;Prxis fonoaudiolgicaCOUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.Neurolingustica DiscursivaBusca se distanciar do paradigma que privilegia a padronizao dos processos lingustico cognitivos e dos procedimentos de avaliao e de terapia de sujeitos com dificuldades verbais.

Assume a linguagem como atividade constitutiva A linguagem se constitui medida que constitui o sujeito como ser lingustico e social.Prxis fonoaudiolgicaCOUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.Considera as subjetividades dos sujeitos;

Os fatores ligusticos-cognitivos entram em cena a partir da interao dada pelo contexto clnico;

na interlocuo que se apresenta o espetculo da linguagem.Pode-se ver nestes espetculo a lngua em funcionamento, no seu desenvolvimento (aquisio), em desconstruo e em reconstruo. A interveno fonoaudiolgica ocorre para colocar o sujeito no SENTIDO da linguagem. (No apenas para intervir sobre o sintoma)

Ex: Na afasia esto alteradas as relaes do sistema lingustico com os sistema socioculturais;

OBSERVA: as palavras ditas e as no ditas: gestos, percepes, objetos, aes etc.

Prxis fonoaudiolgicaCOUDRY, M.I. et. al. Caminhos da Neurolingustica discursiva: Teorizao e prticas com a linguagem Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.Anamnese e entrevista

Feita com o acompanhante;

Objetiva descobrir as dificuldades do sujeito;

um procedimento clnico impessoal.Feita com o acompanhante e com o sujeito afsico;

Objetiva descobrir as potencialidades do sujeito;

Primeira interlocuo entre o terapeuta e o sujeito afsico;

Contexto privilegiado para coleta de informaes da vida e para observao e anlise de suas condies lingusticas-cognitivasPERSPECTIVA TRADICIONALPERSPECTIVA DISCURSIVAXOBRIGADA!