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SIC CLÍNICA MÉDICA NEUROLOGIA

NEUROLOGIA - s3.sa-east-1.amazonaws.com · tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, todas comentadas, proporcionam a interpretação mais segura

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Julho, 2017Proibida a reprodução total ou parcial.

Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados

à Medcel Editora e Eventos Ltda.Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil

www.medcel.com.br(11) 3511 6161

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.

Principais temas em Neurologia / Victor Celso Cenciper Fiorini - Mauro Augusto de Oliveira - Jamile Cavalcanti Seixas - Maria Aparecida Ferraz - Vinícius de Meldau Benites - Mônica Ayres de Araújo Scattolin - Cristina Gonçalves Massant - Rodrigo Antônio Brandão Neto - Thiago Gonçalves Fukuda - 1. ed. -- São Paulo: Medcel, 2017. -- (Principais temas em Neurologia)

1. Neurologia - Concursos - 2. Residentes (Medicina)

Texto adaptado ao Novo Acordo Ortográfico.

© 2017 by

PRINCIPAIS TEMAS EM NEUROLOGIAVictor Celso Cenciper Fiorini - Mauro Augusto de Oliveira - Jamile Cavalcanti Seixas - Maria Aparecida Ferraz - Vinícius de Meldau Benites - Mônica Ayres de Araújo Scattolin - Cristina Gonçalves Massant - Rodrigo Antônio Brandão Neto -

Thiago Gonçalves Fukuda

Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais

Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite

Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro

Diagramação: Jorlandi Ribeiro - Diego Cunha Sachito - Jovani Ribeiro - Matheus Vinícius

Criação de Capa: R2 Editorial

Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore

Preparação de Originais: Andreza Queiroz

Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza

Revisão de Texto e de Provas: Marcela Zuchelli Marquisepe - Maria Adriana Taveira - Mariana Rezende Goulart - Mônica d’Almeida

Serviços Editoriais: Anna Clara Pirani Silva - Eliane Cordeiro

Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

Autoria e colaboração

Victor Celso Cenciper FioriniGraduado em Medicina e especialista em Clínica Médi-ca pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) e em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia, onde é membro ti-tular. Residência em Neurologia pelo Hospital das Clíni-cas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Professor de Neurologia do Centro Universitário São Camilo e médico neurologista do corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Santa Catarina.

Mauro Augusto de OliveiraGraduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-cialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Professor das disciplinas de Neuro-cirurgia e Neurologia da PUC-Campinas. Médico da Casa de Saúde de Campinas.

Jamile Cavalcanti Seixas Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Residente em Neurologia pela Universida-de Federal de São Paulo (UNIFESP).

Maria Aparecida FerrazGraduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Neurologia pelo HC-FMUSP. Neurologista do serviço de emergência do Hospital São Camilo.

Vinícius de Meldau BenitesGraduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Neurocirur-gia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Mônica Ayres de Araújo ScattolinGraduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Ca-tólica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Pediatria Geral e Comunitária e em Neurologia Infantil pela Uni-versidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pós-gra-duanda pelo Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Médica colaboradora do Ambulatório de Cognição Social e da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência (UPIA), também da UNIFESP. Título de especialista em Pediatria e em Neurologia Infantil pela Sociedade Brasi-leira de Pediatria (SBP). Professora do curso de especia-lização em Saúde Mental da Infância e da Adolescência (CESMIA), vinculado à pró-reitoria de extensão da UNI-FESP. Integrante da equipe do Programa de Atenção à Primeira Infância (PAPI).

Cristina Gonçalves MassantGraduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Neurologia pela UNIFESP, onde é médica colaboradora do setor de Doen-ças Neuromusculares.

Rodrigo Antônio Brandão NetoGraduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-cialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde é médico assistente da disciplina de Emergências Clínicas.

Thiago Gonçalves FukudaGraduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Residente em Neurologia pela Universida-de Federal de São Paulo (UNIFESP).

Atualização 2017Victor Celso Cenciper Fiorini

Revisão técnica

Cinthia Ribeiro Franco

Dan Yuta Nagaya

Daniela Andrea Medina Macaya

Edivando de Moura Barros

João Guilherme Palma Urushima

Luan Forti

Lucas Kenzo Miyahara

Mariana da Silva Vilas Boas

Matheus Fischer Severo Cruz Homem

Nadia Mie Taira

Priscila Schuindt de Albuquerque Schil

Ryo Chiba

Viviane Aparecida Queiroz

Wilian Martins Guarnieri

William Vaz de Sousa

Yuri Yamada

Apresentação

Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá dele um preparo intenso, minucioso e objetivo.

Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, todas comen tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa.

Um excelente estudo!

Índice

Capítulo 1 - Neuroanatomia ............................ 15

1. Medula ..........................................................................16

2. Meninges espinais ....................................................18

3. Tronco encefálico .....................................................20

4. Cerebelo ...................................................................... 22

5. Diencéfalo .................................................................. 23

6. Telencéfalo ................................................................. 25

7. Meninges do sistema nervoso central ................31

8. Vascularização do sistema nervoso central .....35

9. Barreiras encefálicas .............................................. 38

10. Fibras nervosas ...................................................... 38

Resumo ............................................................................40

Capítulo 2 - Semiologia e propedêutica neurológica ........................................................ 43

1. Introdução ..................................................................44

2. Exame do estado mental/funções corticais superiores ...................................................................44

3. Motricidade................................................................ 49

4. Equilíbrio estático e dinâmico (marcha) ........... 56

5. Coordenação e provas cerebelares ................... 58

6. Sensibilidade ............................................................. 59

7. Sinais meníngeos ..................................................... 63

8. Nervos cranianos ....................................................64

Resumo ............................................................................. 71

Capítulo 3 - Dor..................................................75

1. Defi nição .....................................................................76

2. Classifi cação ...............................................................76

3. Defi nições práticas .................................................. 78

4. Classifi cação da intensidade ................................ 79

5. Condições clínicas frequentemente ligadas à dor crônica .................................................................. 79

6. Dor musculoesquelética ........................................ 79

7. Dor neuropática ........................................................ 82

8. Dor oncológica ..........................................................84

9. Síndromes dolorosas ..............................................84

10. Tratamento ............................................................. 86

Resumo ............................................................................88

Capítulo 4 - Cefaleias ...................................... 891. Introdução ..................................................................90

2. Classifi cação e diagnóstico ...................................90

3. Cefaleias primárias ...................................................93

4. Cefaleias secundárias ........................................... 105

Resumo ............................................................................111

Capítulo 5 - Doenças cerebrovasculares .... 1131. Introdução ................................................................. 114

2. Ataque isquêmico transitório ............................ 114

3. Acidente vascular cerebral isquêmico .............. 115

4. Hemorragia intraparenquimatosa espontânea ............................................................... 130

5. Hemorragia subaracnoide .................................. 134

6. Trombose venosa cerebral ..................................137

Resumo ......................................................................... 138

Capítulo 6 - Coma e alteração do estado de consciência .................................................. 1411. Introdução ................................................................ 142

2. Avaliação clínica do paciente em coma ............143

3. Conduta inicial e investigação etiológica........ 150

4. Conduta .................................................................... 150

5. Coma induzido/sedação ...................................... 154

Resumo ...........................................................................155

Capítulo 7 - Epilepsia ......................................1571. Introdução ................................................................ 158

2. Defi nição ................................................................... 158

3. Classifi cação ............................................................ 160

4. Investigação diagnóstica ..................................... 166

5. Diagnóstico diferencial ..........................................167

6. Tratamento ...............................................................169

Resumo ...........................................................................172

Capítulo 8 - Demências ..................................1731. Introdução .................................................................174

2. Epidemiologia...........................................................174

3. Classifi cação .............................................................175

4. Avaliação diagnóstica ............................................176

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

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2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

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2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

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2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

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2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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5. Doença de Alzheimer .............................................177

6. Demência vascular ................................................ 180

7. Outras causas ...........................................................181

Resumo ..........................................................................183

Capítulo 9 - Doença de Parkinson ...............1871. Introdução ................................................................ 1882. Epidemiologia.......................................................... 1883. Quadro clínico ......................................................... 1884. Etiologia .................................................................... 1905. Patologia .................................................................... 1916. Diagnóstico ...............................................................1927. Diagnóstico diferencial ..........................................1938. Tratamento ...............................................................1959. Apêndice I: conhecendo o sistema

extrapiramidal ......................................................... 19910. Apêndice II: outros distúrbios do

movimento ............................................................ 200Resumo ..........................................................................203

Capítulo 10 - Doenças neuromusculares e mielopatias ...................................................2051. Introdução ................................................................2062. Fisiopatologia ..........................................................2063. Polirradiculoneurite aguda ou síndrome de

Guillain-Barré ..........................................................2074. Outras paralisias flácidas ....................................212Resumo ..........................................................................224

Capítulo 11 - Esclerose múltipla .................. 2271. Introdução ................................................................2282. Epidemiologia..........................................................228

3. Fisiopatologia ..........................................................2294. Quadro clínico .........................................................2295. Diagnóstico ..............................................................2326. Tratamento ..............................................................2367. Prognóstico ..............................................................2408. Outras doenças desmielinizantes ...................242Resumo ..........................................................................244

Capítulo 12 - Insônia e outros distúrbios do sono ................................................................... 2451. Fisiologia do ciclo sono–vigília ...........................2462. Classificação dos distúrbios do sono ...............2483. Insônia .......................................................................2484. Distúrbios respiratórios do sono ......................2525. Transtorno de ritmo circadiano .........................2546. Hipersônias de origem central .......................... 2557. Parassonias ..............................................................2598. Transtornos de movimentos associados ao

sono ............................................................................259Resumo ..........................................................................262

Capítulo 13 - Tumores do sistema nervoso ............................................................ 2651. Epidemiologia e classificação .............................2662. Quadro clínico .........................................................2693. Tumores benignos primários..............................2704. Tumores malignos primários ............................ 2755. Metástases do sistema nervoso central......... 2816. Apêndice ..................................................................282Resumo ..........................................................................284

Semiologia e propedêutica neurológica

Maria Aparecida FerrazCristina Gonçalves Massant

O exame neurológico é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico em Neurologia. Há várias formas de conduzir um exame neurológico, podendo-se avaliar o paciente por segmentos corpóreos ou sistema funcio-nal. Ele é dividido em funções cognitivas, motricidade, sensibilidade e nervos cranianos. O exame cognitivo, por sua vez, é composto pela avaliação do nível de cons-ciência (por exemplo, pela escala de coma de Glasgow) e pelo conteúdo da consciência, por meio de testes que avaliem memória, linguagem, praxias, gnosias, aten-ção e funções executivas (por exemplo, o mini-exame do estado mental). A avaliação da motricidade divide--se em motricidade voluntária, involuntária e refl exa. Na voluntária, são avaliadas a força muscular e a coordena-ção. Na involuntária, observam-se o tônus, o trofi smo e a presença de movimentos involuntários anormais (temores, tiques, balismo, coreia, atetose, distonia etc.). A motricidade refl exa é reavaliada por meio da pesquisa de refl exos superfi ciais e profundos. A sensibilidade pode ser dividida em 2 modalidades: superfi cial (tato, pressão, dor e temperatura) e profunda (artrestesia e palestesia). Na avaliação da sensibilidade, também podemos pesquisar os sinais de irritação meníngea. O exame do equilíbrio e da marcha é útil para a avalia-ção tanto da motricidade quanto da sensibilidade. Por fi m, no exame dos pares cranianos, devemos observar, de forma voluntária ou refl exa, o olfato (I), a visão (II), a motricidade ocular extrínseca (movimento dos olhos, III, IV e VI) e intrínseca (pupilas, III e simpático), o fundo de olho (II), a sensibilidade da face (V), os músculos mas-tigatórios (V), a mímica facial (VII), a audição (VIII), o equilíbrio (VIII), a deglutição (IX e X), a voz (IX e X), fun-ções autonômicas (X), a movimentação do pescoço e do músculo trapézio (XI) e a motricidade da língua (XII).

2Mauro Augusto de OliveiraVictor Celso Cenciper Fiorini

sic neurologia66

•IV nervo (troclear): inerva o oblíquo superior, que faz o abaixamento do olho e sua inciclodução (Figura 14 - B). Quando lesionado, o pa-ciente refere diplopia pior ao olhar para baixo (descer escadas) e melhora quando inclina lateralmente a cabeça contralateralmente à lesão (tilt head contralateral) – Figura 16;•VI nervo (abducente): inerva o músculo reto lateral, e sua lesão leva

a estrabismo convergente;

Figura 14 - Músculos oculares extrínsecos: (A) a posição de cada músculo no globo ocular e (B) o vetor de força de cada um. Notar que o músculo oblíquo superior faz o olho abaixar e a inciclodução, ou seja, aproxima o polo superior do globo ocular do nariz. O oblíquo inferior levanta o olho e faz a exciclodução, isto é, afasta o polo ocular superior do nariz

Figura 15 - Paralisia do oculomotor direito, gerando ptose palpebral, midríase (dilatação pupilar) e desvio inferolateral do globo ocular, pela ação dos músculos reto lateral (inervado pelo VI) e oblíquo superior (inervado pelo IV)

Figura 16 - Paralisia do nervo troclear direito. Na parte inferior, vemos que o tilt head contralateral melhora a diplopia, pois a inclinação da cabeça deixa de necessitar do uso do oblíquo superior direito, e passa a usar o oblíquo inferior direito

Doença de Parkinson

Rodrigo Antônio Brandão Neto Maria Aparecida FerrazCristina Gonçalves Massant

A síndrome parkinsoniana caracteriza-se por tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural, sendo necessários 2 dos sintomas para defi nição. Pode ter, como causa, drogas, acidente vascular cerebral, toxinas, doença de Parkinson ou outras doenças neurodege-nerativas. Na doença de Parkinson em si, há condição crônica e progressiva de perda relativamente seletiva de neurônios dopaminérgicos presentes na substância negra da via nigroestriatal. A incidência é maior após os 50 anos, no sexo masculino, com alguma relação de fatores ambientais, como agrotóxicos, e de proteção, por tabaco e cafeína. Observam-se tremor de repouso, rigidez, bradicinesia ou hipocinesia, postura fl exionada, perda de refl exos posturais e freezing. Os neurônios sobreviventes na substância negra e no locus coeru-leus contêm inclusões citoplasmáticas eosinofílicas conhecidas como corpúsculos de Lewy. Diagnósticos diferenciais podem ser tremor essencial (simétrico, de intenção, com melhora ao consumo de bebida alcoólica), degeneração corticobasal (parkinsonismo sem tremor, ausência de resposta a levodopa, fenômeno da “mão alienígena”), atrofi a de múltiplos sistemas e paralisia supranuclear progressiva. O tratamento visa à redução da progressão da doença e ao controle dos sintomas. As principais classes medicamentosas em uso, atualmente, são levodopa, anticolinérgicos, amantadina, inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), inibidores da COMT (cate-col-O-metiltransferase) e agonistas dopaminérgicos.

9Mauro Augusto de OliveiraJamile Cavalcanti SeixasVictor Celso Cenciper Fiorini

doença de parkinson 199

9. Apêndice I: conhecendo o sistema extrapiramidal

O sistema piramidal (trato corticospinal) é responsável pelo movimento voluntário. Sua lesão acarreta déficit motor com liberação de reflexos, e seus principais componentes são o córtex motor e as vias piramidais. O sistema extrapiramidal, por meio de suas conexões, é responsável pela modulação do controle motor, sendo composto pelos núcleos da base. Lesões no sistema extrapiramidal levam a transtornos positivos (coreia, balismo, tremor) ou negativos (bradicinesia) do movimento.

Figura 6 - Sistema extrapiramidalFonte: Netter Neuroanatomia Essencial, 2008.

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Neuroanatomia

2014 - UFAL1. Com relação ao nervo vago, assinale a alternativa in-correta:a) é o X par cranianob) possui fi bras eferentes viscerais parassimpáticasc) acima do diafragma, o nervo emite seus ramos

principaisd) o tronco anterior recebe fi bras predominantemente

do nervo vago direitoe) o nervo principal anterior (nervo de Latarjet anterior)

tem origem no tronco anterior

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Semiologia e propedêutica neurológica

2016 - UFMT - REVALIDA 2. Um paciente com tumor cerebral e sinais de hiper-tensão intracraniana relata diplopia, turvação visual e impossibilidade de desviar os olhos lateralmente. Quais nervos cranianos estão comprometidos? a) óptico e abducente b) motor ocular comum e facial c) óptico e facial d) motor ocular comum e abducente

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Dor

2016 - UERJ3. Uma das principais demandas dos médicos de família para acompanhamento ambulatorial são de portadores de dores crônicas. Sobre a dor crônica, é correto afi rmar que: a) a dor neuropática é proporcional ao grau de lesão te-

cidual que está agredindo o paciente b) a educação, o conhecimento e o entendimento da

fi siologia da dor pelo paciente podem aumentar o li-miar de dor crônica

c) na abordagem da dor moderada, deve-se evitar o uso de opioides como codeína ou tramadol, pelo risco de dependência química

d) na fi bromialgia, a prática de exercício, realizado com intensidade gradual e coordenada, deve ser abolida se desencadear algum grau de dor

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Cefaleias

2016 - INEP - REVALIDA4. Uma mulher de 28 anos procura a Unidade Básica de Saúde por cefaleia temporoparietal esquerda, pulsátil, de moderada intensidade (escala de dor 5/10), com início há 8 horas, associada a náuseas e fotofobia. A paciente refe-re apresentar episódios semelhantes há cerca de 5 anos e ressalta que, há 1 ano, as dores pioraram e os episódios se tornaram mais frequentes, cerca de 1x/sem, relacio-nados a situações estressantes no emprego. A paciente faz uso de dipirona e paracetamol, sem alívio completo das dores, e nega uso de outras medicações. Ao exame físico, apresenta-se sem alterações. Nessa situação, qual é o medicamento usado na profi laxia para essa paciente?a) ergotaminab) fl uoxetinac) naratriptanad) topiramato

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2016 - INEP - REVALIDA5. Uma menina de 10 anos é atendida na Unidade Básica de Saúde com queixa de dor de cabeça recorrente há 6 meses. Refere que a dor é de moderada intensidade, na região frontal, intermitente, com duração aproximada de 2 horas, de caráter pulsátil e acompanhada de náu-seas e fotofobia. Relata, ainda, que os episódios são de-sencadeados por atividade física, jejum prolongado ou privação de sono. O exame físico é normal. Diante desse quadro, quais são o diagnóstico e o tratamento inicial recomendado?a) cefaleia tensional; ibuprofenob) cefaleia tensional; ergotaminac) migrânea sem aura; ibuprofenod) migrânea sem aura; ergotamina

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2012 - INEP - REVALIDA6. Uma criança de 8 anos é trazida por sua mãe ao am-bulatório de Pediatria com queixa de cefaleia periódica

ComentáriosNeurologia

Neuroanatomia

Questão 1. Analisando as alternativas:a) Incorreta. O nervo vago é o X par craniano.b) Incorreta. O nervo vago apresenta fi bras eferentes viscerais torácicas e abdominais parassimpáticas.c) Incorreta. Acima do diafragma, o nervo emite seus ra-mos principais. No seu longo trajeto, o vago dá origem a vários ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a iner-vação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.d) Correta. A frase está incorreta, já que o tronco vagal anterior é derivado do nervo vago esquerdo.e) Incorreta. Os ramos antrais do vago são, também, denominados nervos de Latarjet. O vago esquerdo dá origem ao ramo hepático para o fígado e, então, conti-nua ao longo da curvatura menor como nervo menor de Latarjet.Gabarito = D

Semiologia e propedêutica neurológica

Questão 2. Analisando as alternativas:a) Correta. A turvação visual deve-se ao acometimento do nervo óptico. O aumento da pressão intracraniana causa papiledema, achado acessível à fundoscopia ocu-lar. O papiledema é o borramento da cabeça do nervo óptico. O nervo abducente é responsável pela inervação do músculo reto lateral. Trata-se de um nervo muito del-gado e facilmente acometido em casos de hipertensão intracraniana. Seu acometimento pode ser bilateral. O desalinhamento ocular por acometimento de qualquer um dos nervos da motricidade ocular extrínseca (III, IV e VI) provoca diplopia.b) Incorreta. O acometimento do nervo oculomotor não afeta a acuidade visual, provocando alteração do diâme-tro da pupila (midríase), ptose palpebral e desvio lateral e inferior do olho. O oculomotor inerva os músculos reto medial, reto superior, reto inferior e oblíquo inferior. O nervo facial cuida da mímica facial, fechamento da pál-pebra, gustação dos 2 terços anteriores da língua e mús-culos da mastigação.c) Incorreta. O nervo óptico acometido causa alteração da acuidade visual, mas não diplopia. O acometimento do nervo facial não traz alterações visuais.

d) Incorreta. O acometimento simultâneo do nervo ocu-lomotor e abducente não afetaria a acuidade visual nem desviaria os olhos lateralmente. Gabarito = A

Dor

Questão 3. Analisando as alternativas:a) Incorreta. A dor neuropática é causada por lesão de neurônios sensitivos ou terminações nervosas e classi-camente é desproporcional ao grau de lesão observado. b) Correta. Uma das modalidades do tratamento da dor crônica é a educação em saúde, com a explicação sobre o mecanismo de sua doença, levando a melhor compreen-são e tolerância de seus sintomas. c) Incorreta. A dor moderada deve ser tratada com me-dicações de ação aguda, como opioides e de efeito crô-nico, como antidepressivos e anticonvulsivantes (drogas adjuvantes). d) Incorreta. A prática de exercício melhora o quadro de dor provocado pela fi bromialgia pelo aumento de endorfi nas.Gabarito = B

Cefaleias

Questão 4. Analisando as alternativas:a) Incorreta. A ergotamina é efi caz como tratamento para a crise aguda de dor, devendo ser usada no máximo 2x/sem. b) Incorreta. A fl uoxetina é um antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina, com pouco efeito sobre a dor, apesar de alguns poucos trabalhos mostra-rem efeito benéfi co como profi laxia da migrânea.c) Incorreta. O naratriptana é da classe dos triptanos, me-dicação específi ca para tratamento agudo da crise de dor.d) Correta. Paciente com mais de 2 crises de migrânea mensais apresenta indicação formal de profi laxia. As medicações consideradas de 1ª linha são a amitriptilina, o propranolol e o topiramato. Este último é um anticon-vulsivante com efi cácia comprovada sobre a migrânea.Gabarito = D

Questão 5. Analisando as alternativas:a) Incorreta. O diagnóstico de enxaqueca na infância é diferente do do adulto, mas também segue critérios bem estabelecidos:

Neu

rolo

gia

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