Fevereirode2010Exposição Viva a República!

Nesta edição:

> Exposição Viva a República!

> Passe Cidadão e os projectos do Centenário

> Miguel Horta, um contador da vida

> Formação como uma comunidade de conhecimento

… Em Digressão.

A Cultideias lançou um desafio às parceiras Mapa das Ideias e Invisible Design: uma exposição sobre rodas que viaja pelo país. A Comissão Nacional das Comemorações do Centenário da República reconheceu o enorme potencial do projecto e apostou nesta parceria ambiciosa. Sob a chancela da Cultide-ias, uma exposição itinerante irá percorrer o país durante um ano, passando por mais de 100 municípios. A Mapa das Ideias é responsável pela formação dos mediadores, pela produção do manual pedagógico, assim como os conteúdos do jogo digital.

Maria João Nunes é o rosto da República na Mapa das Ideias. Em 2009 concluiu o curso online sobre a I República e Republicanismo, coordenado pela professora Maria Cândida Proença, dado pelo Instituto Camões, com a média de dezassete valores. Nas suas palavras, uma rápida antecipação do ano do Centenário…

A exposição Cultrede pode ser apresentada no seu município, completada por uma agenda cultural exclusiva. Caso queira saber mais informações, contacte-nos.

O Miguel é uma das pessoas fabulosas que iniciaram a sua colaboração com a Mapa das Ideias em 2009. O seu talento e a sua experiência são duas dimensões de um artista e mediador extraordinário.

Contar a história do contador

Miguel Horta

Exposição Passe, cidadão

Na Mapa das Ideias, este ano, a Cultideias é sinónimo de República! Através da sua Cultrede, em parceria com Fundação Mário Soares, a Mapa das Ideias e a Invisible Design criaram uma exposição sobre a República para os sete municípios envolvidos: Alcanena, Alcochete, Castelo Branco, Leiria, Oeiras, Ponte de Lima e Seia. Cada câmara municipal recebe uma exposição composta por 15 painéis genéricos sobre a história da I República e o Republicanismo e três painéis com conteúdos locais. Como suporte, a exposição conta com um jogo digital, que deverá ser jogado durante o percurso expositivo, permitindo uma exploração criativa dos temas apresentados.

Um século depois da sua implantação, a República é ainda hoje recordada pela revolução política que a originou. Mas antes de ser regime, constituiu um movimento cultural regenerador que almejava uma modernização de todos os sectores da sociedade portuguesa. Pensar a República é, portanto, um desafio.

Desta forma, para potenciar um maior envolvimento da comunidade escolar, esta exposição conta ainda com um roteiro pedagógico, destinado a docentes e alunos do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do EB e do Secundário. Esta ferramenta educativa permite a preparação prévia dos temas que serão abordados durante a visita à exposição, estabelecendo uma ligação com os visitantes, com os seus sistemas de referência, de forma a construir pontos de partida, partilhados e significativos, capazes de conferir sentido aos novos conhecimentos.

Para além de propostas de actividades, que os docentes ou educadores podem realizar com os alunos em sala de aula, nas quais são explorados os temas propostos e relacionados, fazendo uma correspondência com os programas curriculares dos respectivos níveis de ensino, são ainda disponibilizados textos sobre os conteúdos da exposição, bem como a sugestão de exploração de temas complementares, pequenas biografias e/ou curiosidades, entre outros recursos pedagógicos (fontes bibliográficas, websites de pesquisa, filmes, locais para visitar, entre outros).

Miguel Horta é um artista do seu tempo. Expõe em Lisboa e em Barcelona (Espanha); mostra a sua arte em Torres Novas e em Praga (República Checa); partilha a sua pintura em Montemor-o-Novo e está presente em Gent (Bélgica). A arte de Miguel Horta reflecte o ecletismo das viagens e da sua vida, torneada pela placidez do Alentejo, onde vive a sua meninice. Pescadores, praias algarvias e elementos da cultura crioula pululam no espaço imagético do artista. Da diversidade de elementos nascem quadros únicos, com uma alma muito marcada pelo ritmo das marés.

Verdadeiro artesão de pessoas, Miguel Horta combina agendas e rostos com a mestria moldada pelo tempo. Em Beja transforma-se num contador de histórias que vagueia pela imaginação explorando universos que os livros, ou a ausência deles, abrem. O contador de histórias, homem de paixão pela promoção da Leitura, transfigura-se em caminhante das letras, indo de Viseu ao Pico (Açores), de Tavira ao Faial (Açores).

Eclético por natureza, Miguel Horta é monitor da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB) na Rede Pública de Leitura e Estabelecimentos Prisionais, dinamizador da Biblioteca Ramos Rosa (situada no Bairro da Cova da Moura) e colaborador da Biblioteca José Saramago (localizada em Almada). Na paleta de profissões que compõem o seu currículo, contam-se ainda as de monitor do Serviço Educativo do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP) e da Culturgest, entre outros espaços culturais de relevância regional e/ou nacional.

Atento à realidade que o rodeia, Miguel Horta tem dedicado uma especial atenção aos públicos com

necessidades especiais. Essa atenção constante tornou-o num dos formadores mais competentes nesta área. Em 2009, Miguel Horta foi formador da Mapa das Ideias num atelier, por ele criado, designado Mediar Públicos com Necessidades Educativas Especiais. No final de 2008, Miguel Horta foi desafiado pela equipa da Mapa das Ideias para ministrar a sessão Comunicação e Interacção com Públicos com Necessidades Especiais, inserida na formação de Mediadores Culturais - Técnicos de serviços educativos nos sectores da Cultura, Património, Ciência e Artes.

O artista, monitor, criador, dinamizador, coordenador de projectos culturais será um dos colaboradores da Mapa das Ideias em 2010. Miguel Horta é o formador responsável por dois projectos formativos da Mapa das Ideias: Mediar Públicos com Necessidades Educativas Especiais e Oficina de Narração Oral com ou sem livro. O criador e pedagogo será também formador no âmbito da 2ª edição do curso de Mediadores Culturais que, além de se realizar em Lisboa, tem edição prevista para decorrer em Évora.

Este mês, Mediar Públicos com Necessidades Especiais foi pensada a duas vozes: Miguel Horta (artes plásticas) e Margarida Vieira (expressão dramática), pois é na interacção das diferentes formas de expressão no mundo que se potencia a comunicação e a aprendizagem dos públicos com Necessidades Educativas Especiais. Seguiremos um formato prático com pausas para reflexão e debate sobre os temas abordados e experimentados. Será realizado nos dias 27 e 28 de Fevereiro. O valor base da inscrição é de 100 euros.

A ideia de uma comunidade de conhecimento foi o motor para o nosso plano de formação 09-10. Depois do sucesso dos Mediadores Culturais e das Curtas, fizemos uma parceria com a Cultideias assegurando a certificação destas acções de formação. Através de parcerias com instituições públicas e privadas, a nossa oferta multiplicou-se graças à extraordinária qualidade dos nossos formadores.

Em 2009 a Mapa das Ideias desenvolveu um intenso plano de formação, tendo Sofia Lapa, Elsa Peralta, Carla Mendes, Miguel Horta, João Leal, Catarina Peixoto, entre outros, como formadores.

O curso Mediadores Culturais: Técnicos de Serviço Educativo nos sectores da Cultura, Património, Ciência e Artes foi desenvolvido entre Novembro de 2008 e Março de 2009. Contou com a presença de 11 formadores, ao longo de cerca de 100 horas de formação. Em Maio deste ano será lançada uma publicação em formato digital com os projectos e reflexões dos formandos, oriundos de contextos profissionais tão diferentes como o Oceanário de Lisboa, Museu Municipal de Vila Franca de Xira e o Padrão dos Descobrimentos.

Para este ano, estão previstas mais duas edições deste curso.

Em co-produção com Maria Vlachou e Rui Catarino do Teatro de São Luiz, a Mapa das Ideias vai lançar em Maio um ambicioso e acessível curso de Marketing Cultural em formato e-learning. O objectivo é potenciar a comunicação e a troca de experiências entre diferentes técnicos e instituições, ultrapassando os obstáculos geográficos.

No âmbito do Ciclo Curtas, o duplo objectivo consiste em assegurar o desenvolvimento de competências específicas num contexto dinâmico, aliado a um preço acessível. Miguel Horta foi o responsável por duas das iniciativas, nomeadamente Contadores de Histórias e Mediar Públicos com Necessidades Educativas Especiais, dada em conjunto com a artista plástica Margarida Vieira.

Hália Costa Santos, docente no ensino superior e especialista nas áreas da Comunicação, Assessoria e Jornalismo, criou Comunicar Cultura com Jornalistas. Em 2009, o fim-de-semana reuniu um grupo extraordinário de formandos, com uma discussão muito viva e sem preconceitos acerca das relações entre a Cultura, a Ciência e os de órgãos de Comunicação Social.

Cumprindo a especificidade temática, o curso Design para todos, ministrado por Filipa Sobral (Directora da Design Etc) e João Leal (Director de Comunicação da Subsolo), explora ferramentas facilitadoras do trabalho entre as instituições e os seus clientes. No curso de Escrita Criativa, ministrado por Tiago Lopes, uma série de exercícios simples exploram conceitos relacionados com a Literatura e a Criatividade Artística.

PROGRAMA DE FORMAÇÃO

1.º semestre de 2010

27 e 28 Fevereiro

Necessidades educativas especiais

6 e 7 de Março

Comunicar a Cultura com jornalistas

Início a 12 de Março

Mediadores culturais – 2ª edição

Início a 5 de Abril

Marketing cultural online

8 e 9 de Maio

Contadores de história

29 e 30 de Maio

Escrita criativa

Uma comunidade de Conhecimento