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Por uma educação igualitária
O primeiro livro de Nísia Floresta foi
“Direitos das Mulheres e Injustiça dos
Homens”, publicado em 1832,
quando ela tinha apenas 22 anos.
Por uma educação igualitária
Segundo trazia estampado em sua capa,
tratava-se de uma tradução livre de
“Vindications of the Rights of Woman”, da
escritora inglesa Mary Wollstonecraft.
Por uma educação igualitária
Mas, na verdade, o que Nísia
Floresta fez foi adaptar os conceitos
de Mary Wollstonecraft à realidade
brasileira, muito diferente ainda, em
termos de costume, do que era a
Inglaterra e outros países mais
avançados.
Por uma educação igualitária
Tal prática era comum no século XIX:
o conteúdo de algumas obras
estrangeiras, ao ser traduzido, era
adaptado ao contexto local, para que
se tornasse realmente útil aos leitores
brasileiros.
Por uma educação igualitária
No entanto, no caso de “Vindications
of the Rights of Woman”, Nísia
Floresta foi além, fazendo um pouco
mais que isso.
Por uma educação igualitária
Ela inseriu suas próprias idéias na
tradução, acrescentando também
conceitos de outros autores e
autoras, escrevendo praticamente um
novo livro.
Por uma educação igualitária
Afinal, enquanto na maior parte da
Europa estava se pedindo igualdade
de direitos políticos para as mulheres,
no Brasil ainda se reivindicava uma
educação pública acessível a elas.
Por uma educação igualitária
Uma das correntes de pensamento
na qual Nísia Floresta se inspirou
para defender seus pontos de vista
em “Direitos das Mulheres e Injustiça
dos Homens” foi o Utilitarismo.
Por uma educação igualitária
O Utilitarismo é uma doutrina ética
que ganhou forma principalmente por
meio dos escritos dos filósofos
ingleses Jeremy Bentham e John
Stuart Mill, nos séculosXVIII e XIX.
Por uma educação igualitária
Segundo seus preceitos, as ações boas se diferenciam das ações más de acordo não somente com os benefícios que trazem ao indivíduo que as pratica, mas também em relação ao que cada atitude causa à coletividade, ou seja, ao que proporciona às pessoas que estão ao redor.
Por uma educação igualitária
E, baseada nesse argumento, Nísia
Floresta defende que a valorização
da mulher é uma necessidade
inerente à própria sociedade e não
apenas a elas singularmente.
Por uma educação igualitária
Mas a luta desempenhada pela
escritora em favor da instrução do
sexo feminino não iria se restringir
somente à sua primeira publicação.
Por uma educação igualitária
Depois de “Direitos das Mulheres e
Injustiça dos Homens”, ela ainda
escreveria outros 14 livros, nem todos
focados na educação feminina, mas
sempre permeando esse tema, que
foi, durante toda a vida, sua maior
bandeira