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EDIÇÃO DE JANEIRO DE 1996 Preço: 20$00 radição... A tradição já não é o que era. A nossa cultura ocupa cada v ez mais um lugar secundário nas nossas v idas e a moral e bons costumes v ão sendo substituídos pela sua ausência, dando lugar a um "v azio" de comportamento e modo de agir socialmente. Toda a cultura em Portugal tende a ser importada como a maioria dos bens e de alguns serv iços, dando a entender que não temos capacidade para ev oluir culturalmente e para assumir a nossa própria identidade, atribuindo o dev ido v alor aos usos e costumes que nos chegaram desde os nossos antepassados, herdados e mantidos religiosamente ao longo dos tempos pelas gerações que nos precederam, carregados de simbolismo e de razão de ser de um pov o nobre e astuto, que em tempos, defendeu a pátria com se da própria v ida se tratasse, sem medo nem renuncia, tudo por uma questão de honra e dev oção ao que lhes hav ia sido legado pelos seus compatriotas, fruto de tantas glórias e derrotas passadas. Há quem seja lev ado a pensar que tudo foi em v ão, como há quem se rev olte contra tanta indiferença e esquecimento, assim como há também quem nem pense nisto acomodado a v iv er a sua própria v ida usufruindo e lutando apenas pelo que lhe transmite conforto e bem estar, tudo mais pode parecer desnecessário e inútil, mas hav erá momentos em que env oltos na rotina quotidiana sintam a necessidade de algo diferente, algo que lhes complete também outro lado do seu ser, não apenas o lado material ou o afectiv o, sem que sejam capazes de definir essa mesma necessidade. Na v erdade todas as v idas seriam mais "ricas" se tiv essem algo mais para transmitir aos seus sucessores que a v ida quotidiana, as festas de aniv ersário, as prendas do Natal, as férias do Verão, os discos do Rei Elv is, dos Metállica, os ov os da Páscoa, o filme do Carnav al no Brasil, o álbum de família ou as trav essuras de um familiar mais ex trov ertido. O que falta nas nossas v idas é aquilo que renunciamos ao preferir ir à discoteca pela milésima v ez em v ez de participar num dos v ários ev entos tradicionais que ainda ex istem um pouco por todo o país e que definem não só a cultura como também a identidade do pov o Português. Não há que renunciar ao que nos identifica culturalmente sob pena de um dia nos perdermos para nunca nos v oltarmos a encontrar. Até porque a tradição já não é o que era porque nunca foi o que hav ia sido... Luzia Valentim O DEIAS Associação deEstudantes da Escola Superior deGestão deSantarém Directora Chefes de Redacção Montagem : : : L uzia Valentim A rmandoRodrigues eJoséL uís Carvalho Rui Costa eI rina Vie ira FOTOCÓPIAS A PRETO E BRANCO FOTOCÓPIAS A CORES (LASER) FOTOCÓPIAS DE GRANDES FORMATOS FOTOCÓPIAS EM PAPEL ESPECIAL ENCADERNAÇÕES TÉRMICAS ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS PLASTIFICAÇÕES IMPRESSÃO EM T-SHIRTS Rua Pedro de Santarém, Lj. 120 Tel (043) 23401 - 2000 SANTARÉM T COPIMODEL Fotocópia - Modelism o e Serviços, Lda.

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EDIÇÃO DE JANEIRO DE 1996 Preço: 20$00

radição... A tradição já não é o que era. A

nossa cultura ocupa cada v ez mais um lugar secundário nas nossas v idas e a moral e bons

costumes v ão sendo substituídos pela sua ausência, dando lugar a um "v azio" de comportamento e modo de agir socialmente. Toda a cultura em Portugal tende a ser importada como a maioria dos bens e de alguns serv iços, dando a entender que não temos capacidade para ev oluir culturalmente e para assumir a nossa própria identidade, atribuindo o dev ido v alor aos usos e costumes que nos chegaram desde os nossos antepassados, herdados e mantidos religiosamente ao longo dos tempos pelas gerações que nos precederam, carregados de simbolismo e de razão de ser de um pov o nobre e astuto, que em tempos, defendeu a pátria com se da própria v ida se tratasse, sem medo nem renuncia, tudo por uma questão de honra e dev oção ao que lhes hav ia sido legado pelos seus compatriotas, fruto de tantas glórias e derrotas passadas. Há quem seja lev ado a pensar que tudo foi em v ão, como há quem se rev olte contra tanta indiferença e esquecimento, assim como há também quem nem pense nisto acomodado a v iv er a sua própria v ida usufruindo e lutando apenas pelo que lhe transmite conforto e bem estar, tudo mais pode parecer desnecessário e inútil, mas hav erá momentos em que env oltos na rotina quotidiana sintam a necessidade de algo diferente, algo que lhes complete também outro lado do seu ser, não apenas o lado material ou o afectiv o, sem que sejam capazes de definir essa mesma necessidade. Na v erdade todas as v idas seriam mais "ricas" se tiv essem algo mais para transmitir aos seus sucessores que a v ida quotidiana, as festas de aniv ersário, as prendas do Natal, as férias do Verão, os discos do Rei Elv is, dos Metállica, os ov os da Páscoa, o filme do Carnav al no Brasil, o álbum de família ou as trav essuras de um familiar mais ex trov ertido. O que falta nas nossas v idas é aquilo que renunciamos ao preferir ir à discoteca pela milésima v ez em v ez de

participar num dos v ários ev entos tradicionais que ainda

ex istem um pouco por todo o país e que definem não só a cultura como também a identidade do pov o Português. Não há que renunciar ao que nos identifica culturalmente sob pena de um dia nos perdermos para nunca nos v oltarmos a encontrar. Até porque a tradição já não é o que era porque nunca foi o que hav ia sido...

Luzia Valentim

O D E IA SAssociaçãodeEstudantesdaEscolaSuperior deGestãodeSantarémDirectora Chefes de Redacção

Montagem

: :

:

LuziaValentim ArmandoRodrigueseJoséLuísCarvalho Rui CostaeI rinaVieira

FOTOCÓPIAS A PRETO E BRANCO FOTOCÓPIAS A CORES (LASER)

FOTOCÓPIAS DE GRANDES FORMATOS FOTOCÓPIAS EM PAPEL ESPECIAL

ENCADERNAÇÕES TÉRMICAS ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS

PLASTIFICAÇÕES IMPRESSÃO EM T-SHIRTS

Rua Pedro de Santarém, Lj. 120

Tel (043) 23401 - 2000 SANTARÉM

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Foi Notícia...

1995 24/12 - O país já se hav ia esquecido de como era o Inv erno em Portugal. As fortes chuv adas e o mau tempo prov ocaram cheias um pouco por todo o país, impossibilitando muitas famílias de comemorar o Natal juntas. 25/12 - A Bósnia pode finalmente comemorar o Natal em Paz desde que há 4 anos o barulho ensurdecedor das armas e da v iolência se instalou naquele território. 28/12 - A sétima arte comemorou 100 anos de v ida. Desde os irmãos Lumiére até ao que de mais sofisticado se projecta hoje numa tela de cinema estão todos de parabéns. 28/12 - Murteira Nabo sucede a Henrique Constantino no Ministério do Equipamento Social, naquela que foi a primeira remodelação do gov erno de António Guterres.

1996 01/01 - Foi há 10 anos que Mário Soares na qualidade de Primeiro Ministro assinou a integração de Portugal na antiga CEE agora União Europeia. 03/01 - Pela 1ª v ez em Portugal e desde há 17 anos o Presidente da República presidiu a um conselho de Ministros. 04/01 - O primeiro Ministro de Portugal tev e de ser hospitalizado dev ido a uma "v ertigem de cansaço", no hospital da "CUF" onde permaneceu sob v igilância médica ao longo de quatro horas, pondo o país em alv oroço. 06/01 - Misterioso zero sai da tômbola no sorteio do totoloto deix ando perplex os os três representantes do Gov erno Civ il e todos os que assistiram à ex tracção da chav e. Este “ incidente” v eio a dar um grande abalo à credibilidade dos jogos da Santa Casa da Misericórdia. 08/01 - Comunistas dão apoio a Jorge Sampaio, anunciando a já esperada desistência do candidato Jerónimo de Sousa.

08/01 - François Mitterrand faleceu v ítima de cancro na próstata aos 79 anos de idade. Fica na história como um dos estadistas mais importantes deste século. 09/01 - Marçal Grilo, Ministro da Educação, anuncia o fim das prov as específicas, para acabar definitiv amente com a entrada no Ensino Superior de alunos com notas negativ as, surgindo agora as prov as nacionais. 11/01 - Alberto Matos, candidato às eleições presidenciais, formaliza às 15:00h a sua desistência no Tribunal Constitucional, dando o seu apoio ao candidato Jorge Sampaio. 14/01 - Jorge Sampaio foi eleito Presidente da República Portuguesa para os próx imos 5 anos.

É Notícia: - Foi alterado o horário de funcionamento do Bar da nossa Escola desde o dia 8 de Janeiro do corrente ano. Abre ás 8:30h até ás 15:00h, reabre ás 16:00h até ás 21:00h. - A AE em associação com a editora de rev istas Ferreira & Bento, Lda proporciona a todos os interessados 40% de desconto na assinatura das seguintes rev istas: Informática: PC Guia, Personal Computer, PC Magazine, Semana Informática, Redes; Automóveis e Lazer: Automotor, Automais, Rotas & Destinos, Vela & Náutica; Audiov isuais e Electrónica: What Vídeo, Produção Profissional, Elektor Electrónica. Para fazeres a tua assinatura dirige-te á AE até 31 de Março. - O horário da sala de informática dos alunos foi alterado que passa agora a abrir às 10:00h e encerra às 24:00h, apesar dos protestos dos alunos. - Por último não podemos deix ar de referenciar a consideráv el melhoria do serv iços de refeitório

Luzia Valentim

Nota de Redacção:

A equipa de redacção d’O IDEIAS faz saber a todos os leitores que durante o próx imo mês de Fev ereiro não hav erá edição deste jornal dev ido ao facto de nos encontrarmos em época de ex ames; deste modo a próx ima edição

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sairá no mês de Março. No entanto os interessados podem continuar a entregar os seus artigos a qualquer um dos elementos da direcção d’O IDEIAS, para publicação. Gostaríamos também de agradecer desta forma a todos os colaboradores deste número pelos artigos publicados alargando deste modo o “espaço” do jornal, contribuindo para a sua div ersidade e incrementando o seu interesse. Lançamos também um apelo a futuros colaboradores para que escrev am sobre algo que gostariam de v er publicado, quer seja para criticar algo que acham incorrecto ou simplesmente para div ulgar assuntos que considerem oportunos. Esperamos poder contar com o v osso apoio, colaborem.

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Natal... Quem não ama, quem não se sente bem, quem não gosta do calor humano e do ar gélido característico desta estação? Em condições normais, pensando no geral, a que pertencemos, a resposta seria ninguém. Mas v amos entrar na área do constrangedor... E se não houv er ninguém para amar, nem ninguém que nos ame? E se não nos sentirmos bem e não houv er médicos ou eles estiv erem inacessív eis... E se for o calor das bombas, da raiv a humana, da mesquinhez da guerra, o choro das crianças, o eco de dor das almas, que sabe-se lá porquê, sobrev iv em neste tormento de ex istir que nos rodeia... E se o ar gélido característico deste nosso Natal não puder ser combatido com roupas bem quentinhas e felpudas, com edredões, para o frio não

entrar nos nossos sonhos, com lareiras acesas por onde desce o Pai Natal, sem se queimar... Bósnia, um ex emplo, onde há 4 (quatro) anos não deix am que haja Natal... Onde é o som das bombas e não das canções das crianças que se ouv e nas ruas. Onde é o negro da guerra e não do colorido de Natal que se v ê pelas janelas das casas. Onde o Pai Natal recebe pedidos de Paz e não de presentes. Este ano o Pai Natal acedeu a estes pedidos, para muitos milhares, tarde demais. Mas enfim, este ano as crianças v iram a esperança e não a morte descer-lhes directamente para o sapatinho, e puderam começar a acreditar que afinal o Natal talv ez seja mesmo muito calor humano, e o frio, só mesmo da nev e e do gelo...

Sílvia Inácio

INFORMAÇÃO E PENSAMENTO: UMA NATURAL RELAÇÃO DE SUCESSO

Curioso. Por mais v oltas que se dê a uma determinada questão, por mais insignificante que seja o pormenor v erificado, por mais utópica que pareça a hipótese de resposta formulada, só atrav és da tomada de conhecimento das informações disponív eis e da utilização de um processo de pensamento sistemático que priv iligie a análise ex austiv a de todas as v ariáv eis ex istentes se poderá alcançar os objectiv os que cada um de nós traça. Contudo, não se trata somente de uma relação de essencialidade da ex istência destes factores num processo de obtenção de resultados. Trata-se sobretudo de uma forte relação de complementaridade que subsiste entre ambos os factores. CONFUSOS?! Bem, constatando-se que, por maior que seja o v olume de informação disponív el, isso nada significará e nada rev elará se não for analisado de uma forma sistemática e racional (objectiv amente e/ou subjectiv amente), v erifica-se que não se trata somente de reconhecer que “ informação é poder” . Trata-se principalmente de se apreender que esta, por si só, é um diamante em bruto, onde só os “especialistas” ( leia-se pessoas que v êem com olhos de v er o mundo que as

rodeia) lhe dão v alor. Contudo, por mais ideias que uma pessoa tenha, (sejam elas abstratas ou concretas), o grau de sucesso v aria consoante a ex istência de informação actualizada sobre o assunto em causa. Melhor ainda, a ex istência de informação permite o reformular ou mesmo o abandonar de ideias teoricamente v iáv eis, mas que na prática estão fadadas a tornarem-se um fiasco. De tudo isto se depreende que, se por um lado subsiste uma complementaridade inequív oca entre estes dois factores, por outro é demonstrada, de uma forma cabal, a importância capital que estes dois factores assumem na obtenção dos resultados desejados. Logicamente que estes v ectores podem ser potencializados pela ex istência de outros v ectores, nomeadamente os de índole pessoal (motiv ação, creativ idade, imaginação, persev erança, força de v ontade,etc...), monetária (ex istência de capital para se inv estir) ou conjuntural (ex periência, conhecimentos académicos), por ex emplo, mas o que pretendo ev idenciar aquí é que sem estes dois factores só atrav és de um golpe de sorte, do acaso ou do destino (conforme os gostos) se alcançarão os objectiv os propostos.

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Resumindo, sucesso não está confinado aos detentores de conhecimentos teóricos ou detentores de capital, nem tão pouco está reserv ado para os mais inteligentes ou para os mais ex perientes. Ao inv és, o sucesso poderá ser assegurado por quem, formando-se ininterruptamente e com acesso directo a toda a informação disponív el sobre o assunto pretendido, analise a “matéria prima” ex istente (bem como as questões que lhe são subjacentes) de todas as formas e ângulos que ache necessário e, aceitando a ex istência de uma margem de erro e de risco mais ou menos alargada, mov a-se e procure ser bem sucedido. Em suma e para finalizar, o sucesso está especialmente reserv ado para aqueles que, em terra de cegos, tenham ao menos um olho são.

Armando Rodrigues

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Conselho de Amigo

Eu próprio, não gosto de dar conselhos, mas tenho v isto em algumas pessoas uma certa ignorância na compra de computadores.

Meus amigos, a escolha é difícil, eu sei, mas a procura é menor que a oferta e este é um factor a ter em conta.

Muitos de v ós têm ouv ido falar na constante mutação do mercado informático, e isso é um facto inegáv el. A frustração pela compra de um computador acaba por surgir logo após a sua aquisição. Mas não fiquemos à espera da última moda. Impensáv el de momento é comprar computadores topo de gama, sejam eles de que marca forem, pois o preço inicial de uma máquina de topo é ex orbitante.

Essencial é pensar sempre na função que o computador v ai ter. Se querem apenas jogar, o melhor será esquecer o computador e optar por uma consola de

jogos (Nintendo, Sega, etc.), mas se o que se tem em v ista são algo mais do que jogos, a escolha da máquina dev erá ser pensada e reflectida.

O primeiro passo a tomar será a compra de jornais (por ex emplo temos a Capital às sex tas-feiras) e rev istas, pois nestes os preços são em norma mais acessív eis. Os grandes centros urbanos oferecem melhores preços, pois concentram os grandes armazéns de peças.

Mas neste momento pensam v ocês na assistência. Hoje em dia interessa mais a garantia do que a assistência; podem acreditar que se ex iste um problema numa peça, ele resolv e-se pura e simplesmente, substituindo-a , o que acaba por ficar menos dispendioso. Por isso comprar em X, ou em Y v ai dar ao mesmo; se for num centro urbano, e isto dev ido ao preço, acaba por compensar lev ar lá a máquina e substituir a peça.

Sejam firmes na v ossa escolha, quando fundamentada, não se deix em lev ar pelo Marketing do v endedor. A minha escolha para um sistema ,neste momento, recai sobre a seguinte configuração: • Pentium 100Mhz (mínimo), 8 MB RAM, Motherboard (Intel Chipset Triton 75/200), Disco 1GB, Placa

gráfica S3-64 bits, CD-ROM (quádrupla), Placa som 16 bits;(Windows 95 - original ou não);

• Preço máximo recomendado : 245 000$00 + IVA

Na próx ima edição, falarei dos componentes (Hardware): Motherboard, RAM e Placas de Vídeo.

Sérgio Crespo

Sonho meu. Dei por mim há dias a sonhar com futebol. Não é nada de anormal para mim, que adoro futebol, o que é anormal é o facto de eu ter sonhado que Portugal tinha sido campeão europeu de futebol. Anormal porque, embora sempre tiv éssemos grandes jogadores de futebol, há já muitos anos que não tínhamos uma grande selecção. Eu não sei se a culpa foi do Queirós, do 25 de Abril, do Pai Natal ou do Herman José. Não me interessa, só me interessa que fico

deliciado a v er as defesas do Baía, os cortes do Couto, os passes do Paulo Sousa e do Rui Costa, as fintas marav ilhosas do Figo e as desmarcações incrív eis do João Pinto. Mas não ficamos por aqui; quem não fica

cansado só de v er correr o Oceano e o Sá Pinto, quem não estremece com a raça do Jorge Costa, com a classe e força do Hélder e a técnica e finalização do Domingos. Podemos ainda dar-nos ao lux o de deix ar no “banco” um Dominguez, um Futre, um Rui Barros e muitos mais, já para não falar naqueles

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que ainda jogam nos Sub-21, que tornam a lista mais ex tensa. Eu sei que v ão grandes selecções ao Europeu, que a Holanda é uma máquina de futebol, que a Croácia tem um ataque demolidor, a Inglaterra joga em casa e o seu público é incrív el, mas tenho uma fé, um feeling como dizem os ingleses, de que Portugal v ai ser campeão europeu. Vamos v ingar o Mundial de 66, que também foi em Inglaterra, onde podíamos ter saído como campeões mundiais. Por isso, e como disse uma v ez o seleccionador José Torres, que é de Torres Nov as como eu, antes do Alemanha-Portugal que lev ou Portugal ao Mundial do Méx ico-86, deixem me sonhar!

Alexandre Calado

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Sofre Estudante Desde já esclareço que, com este artigo, não pretendo ofender ninguém nem pôr em questão a competência e a honestidade de cada um. Mas passam-se algumas coisas que definitiv amente me lev antam algumas dúv idas e, creio, também a outros alunos. Refiro-me, por ex emplo, ao que se passa com a sala de trabalhos e a sala de informática 1. Por incrív el que v os pareça, e isto para quem não frequenta estas sala, nomeadamente a de trabalhos, dias há em que, sem ex ageros, metade ou quase, dos computadores estão ocupados com alunos a jogar. A jogar. Poderão dizer que não é nada do outro mundo estarem a jogar !! Mas numa sala de trabalho ??!! Sala esta pequena, mal apetrechada, sim, porque se quisermos colocar um caderno ao lado do computador para passar um trabalho neste ficamos imediatamente sem espaço para utilizar o rato, além de que o colega do lado rapidamente se queix ará que lhe estarmos a roubar espaço. Os computadores, esses sim, que são dignos da minha pena, todos os dias sofrem atentados à sua integridade com a agrav ante de que mesmo sem estes últimos, já rebentam pelas costuras para atender aos pedidos dos alunos. A simples utilização do WinWord 6.0 pode ser um v erdadeiro quebra-cabeças, pois para isso é suficiente que os documentos possuam 5 a 6 páginas e 1 ou 2 gráficos e/ou desenhos pelo meio. Pior ainda, deploráv el mesmo, é a manutenção dada aos computadores, horrív el, pelo menos a nív el de softw are. Afinal ex istem técnicos responsáv eis por esta tarefa. Será falta de competência ? Não quero acreditar, aliás duv ido mesmo. Serão necessárias mais pessoas encarregadas deste trabalho ? Será falta de organização ? Será que os professores da área de informática, e outros, bem como os responsáv eis pelo bom funcionamento desta escola já ex perimentaram deix ar as suas bombas e tentar produzir um documento ou realizar um programa nesta sala ? É fácil, o espaço é muito, o equipamento é de tecnologia de ponta, nomeadamente os poderosíssimos GoldStar 386SX e as impressoras com a dev ida abundância de Data-Sw itch’s (comutadores que permitem a ligação de v ários computadores à mesma impressora) e

os respectiv os cabos. Vá lá, a Oliv etti a jacto de tinta não é má de todo. Mas foi dev idamente testada, configurada e comparada com outras impressoras dentro da mesma categoria e preço ? Tenho algumas dúv idas. Experimente-se a imprimir alguns desenhos do Microsoft OFFICE, CorelDraw , RFFlow , Visio... O resultado são normalmente, pelo menos com programas não pertencentes ao OFFICE, alguns centímetros da página completamente preenchidos com uma densa camada de tinta. Era uma v ez um trabalho de um aluno e era uma v ez um cartucho de tinta, div ertido não é. Parece um mata-borrão !

Quanto aos alunos, é de lamentar a falta de respeito que muitos mostram pelos seus colegas, que ao ocuparem espaço dos discos, essencial para a realização de trabalhos, com jogos, prov idenciam a proliferação dos tão div ertidos e amorosos v írus e até... e até... que bom, apagando (del

*.*) softw are essencial a quem unicamente deseja realizar trabalhos decentes. No que respeita à sala de informática 1, embora não possua a mesma afluência, a situação é um tanto ou quanto idêntica mesmo quando se fala de jogos e respectiv os respeitáv eis jogadores. A propósito desta sala, não sei como correu o processo de compra dos nov os Pentium 100Mhz, mas no final ainda que o seu preço possa ter sido muito baix o, será que v aleu a pena ? Compare-se a sua eficiência com os 486DX/2 66Mhz que estão ao lado. Sendo a diferença de características significativ a não dev eria hav er à partida também uma boa diferença de performances ? Para conhecimento geral, a maioria dos alunos que têm acesso a estes computadores preferem utilizar os DX/2 66. A começar pelos teclados dos Pentium100, são pura e simplesmente detestáv eis. Até mesmo, para quem conheça, os teclados de teclas redondas da Siemens Nix dorf, que são bastante esquisitos, conseguem ser mais produtiv os e eficientes. E sinceramente, trazer para a escola, para utilização diária durante v árias horas seguidas, sujeitos a todo o tipo de tratos, computadores de linha branca - que não são de marca - que por isso mesmo não são sujeitos a determinados tipos de controlo de qualidade e resistência, não é boa política, mais v ale prev enir que remediar... Daqui por um ano, ou pouco mais, quando

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muito prov av elmente, começarem a dar problemas v erão o quero dizer. Só espero estar errado. Mas nem tudo são rosas, perdão espinhos, pois os alunos acabam os seus cursos com uma ex celente formação nas lides com computadores; os trabalhos são entregues a tempo e horas e com muito boa qualidade. Aprendem, embora à força, mas isso é irrelev ante, a lidar com todos os tipos de dificuldades mesmo que só queiram imprimir uma simples página com meia dúzia de letras. Imagine-se um trabalho com 20 páginas, desenhos e gráficos pelo meio ou um programa com 300 linhas ou mais. Enfim estas ex periências até ajudam à boa formação profissional dos alunos e acima de tudo dão boa fama à escola. Imaginem alunos de outros países, que têm frequentado esta escola, enfrentarem aqui estas dificuldades e posteriormente no regresso relatarem nas suas escolas os problemas que enfrentaram. Será que nesses estabelecimentos de ensino v ão aceitar alunos da nossa escola ? Eu pessoalmente não acredito, e como não somos milagreiros, só se forem muito generosos. Para finalizar, e este artigo já v ai longo, deix o aqui o alerta à Comissão Instaladora e aos responsáv eis pela área de informática para as dificuldades que os alunos têm tido em utilizar prov eitosamente os computadores e por fav or resolv am estes problemas depressa.

Um aluno

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CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ENSINO POLITÉCNICO

Neste preciso momento, há uma necessidade básica no ensino politécnico que gira em torno da sua afirmação no quadro do ensino superior. Creio que o politécnico não quer ser v isto como uma sombra ou uma imitação da univ ersidade, embora as comparações com o ensino univ ersitário sejam uma constante diária no meio académico, inerente ao ensino superior politécnico. Há que definir e clarificar quais são os reais objectiv os deste subsistema do ensino superior com o intuito de dignificá-lo, de modo a que possa corresponder às ex pectativ as, não só de todos aqueles que optaram por este tipo de ensino para a sua formação, como também dos responsáv eis pelo recrutamento de pessoal nas empresas. Assim, o estatuto dos diplomados pelo ensino superior politécnico é digno da atenção do Estado, que dev e entender os técnicos formados no politécnico como quadros superiores com possibilidade de ter acesso a cargos de chefia. Isto porque a dignificação do ensino superior politécnico não pode ser separada da dignificação dos bacharéis, ou seja, das pessoas formadas pelo próprio ensino politécnico. É óbv io que esta situação nunca será resolv ida enquanto ex istirem duas carreiras nos sectores do Estado - a dos técnicos e a dos técnicos superiores, pertencendo os bacharéis à primeira categoria. Desta forma há que conv encer os responsáv eis de que ex iste uma qualidade humana que se designa por competência e que não se obtém atrav és do canudo. Infelizmente parece-me que muita gente ainda não percebeu isso, o que se torna tanto mais grav e quanto é certo que muitas dessas pessoas são os próprios alunos do politécnico. Outra questão é a dos CESE’s. Apesar dos CESE’s serem alv o duma certa simpatia por parte dos estudantes, a v erdade é que não deix am de causar também uma certa confusão. Para uns são um tipo de cursos com uma componente científica diferente da licenciatura, com uma v ocação própria e uma natureza

específica, mas para outros não passam de mais uma tentativ a de imitação da univ ersidade. Outro assunto, e talv ez mais interessante é a possibilidade do politécnico formar os seus próprios docentes. Num dos Congressos do Ensino Superior Politécnico já realizados e onde esta questão foi lev antada houv e quem afirmasse com certa ironia que não v ê “o ensino primário a fazer os seus docentes” . De qualquer das formas a ideia ganhou força e é do meu ponto de v ista aquilo que poderá v ir a constituir-se numa mais v alia que no futuro pode contribuir muito para o gosto pela diferença do ensino superior politécnico desde que essa ideia não

assente numa tentativ a de imitação da univ ersidade. Até porque a missão do professor da univ ersidade, embora paralela, é diferente da missão do professor do politécnico, uma v ez que esta v isa uma mais rápida inserção do aluno no mercado de trabalho e debruça-se mais na v ertente prática. Interessante seria também hav er

uma maior ligação do politécnico com o tecido empresarial, na medida em que um dos principais pretex tos da sua criação assentou na necessidade de fix ar as populações às regiões. Ora não creio que seja o politécnico por si só capaz de fix ar as populações na sua área de influência. Quanto muito consegue adiar a resolução dum problema que surgirá mais tarde. De certa forma associado a tudo isto está a inv estigação que dev e começar a assumir uma importância cada v ez maior no politécnico, até porque não se pode dissociar o ensino superior da inv estigação. Este aspecto pode, aliás traduzir-se numa v ia importante para o casamento do ensino com o mundo empresarial. Assim a afirmação do ensino superior politécnico terá que passar por quatro pontos essenciais: o plano científico e pedagógico, a dignificação dos seus diplomados, o entroncamento com as estruturas produtiv as e o inv estimento na inv estigação.

José Luís Carvalho

Ensino Politécnico ? É alguma coisa que se coma ?

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Em Foco: Federação Académica de Santarém (FAS)

No seguimento do que foi feito na primeira edição do IDEIAS, deste ano lectiv o, em que esplanamos de uma forma bastante sucinta o que v isav a uma AE do ensino superior, decidimos fazer uma entrev ista ao Presidente da Mesa do Conselho Académico da FAS, Telmo Fontes, com o intuito de dar a conhecer este órgão associativ o aos nov os alunos da nossa escola e para informar a todos sobre o seu estado actual, as dificuldades que enfrenta e uma brev e alusão histórica.

Luzia Valentim ? Ideias: O que é a FAS? Telmo Fontes: A FAS (Federação Académica de Santarém) é um organismo associativ o que congrega todas as associações de estudantes do ensino superior da cidade de Santarém, embora tenha por objectiv o abranger todo o distrito. ? Ideias: Por quantos elementos é composta, e como são eleitos? T.F.: A FAS possui dois organismos: o conselho académico e a comissão académica.

• Para a comissão académica, cada associação indigita dois elementos, que se distribuirão por um ou mais departamentos.

• Em cada departamento é escolhido um secretário e de todos os elementos da comissão académica é eleito um presidente, por escolha dos membros da comissão académica.

• Para o conselho académico, cada associação, para além dos elementos indigitados para a comissão académica, indica mais cinco elementos, perfazendo um total de sete conselheiros por associação de estudantes.

• De todos os conselheiros são escolhidos três dirigentes que são: o presidente. o v ice-presidente e o secretário da mesa do conselho académico.

? Ideias: Onde têm sede? T.F.: A FAS tem a sua sede numa sala do antigo campo da feira, embora por uma questão de melhor operacionalidade tem funcionado no espaço de uma das associações de estudantes. ? Ideias: Quem são os sócios da FAS? T.F.: Os sócios efectiv os são as associações de estudantes do ensino superior do distrito de Santarém que se inscrev am como tal. Presentemente são as AEs da ESAS, ESES, ESES, ESGS e ISLA de Santarém. Para além destes sócios poderão ainda ex istir sócios honorários, honra com a qual ainda ninguém foi distinguido. ? Ideias: Que tipo de activ idades desenv olv e e qual a sua importância no meio académico? Refira também os objectiv os e o que têm feito pelos alunos do IPS. T.F.: A FAS de Santarém surgiu da necessidade de reunir os esforços das associações de estudantes env olv idas, pois estando cada uma a lutar por si, estas não tinham qualquer representativ idade junto dos organismos máx imos (Ex .: Ministério da Educação, Gov erno Civ il, Câmara Municipal de Santarém, etc...). Assim reunindo os esforços da cinco sócias da FAS conseguiu-se (pois desta forma somos cerca de cinco mil estudantes do ensino superior) dar a conhecer a presença de estudantes de ensino superior na cidade de Santarém. A FAS, e após a sua instalação, ainda não conseguiu "arrumar" a sua própria casa, pelo que não traçou uma linha directriz do que pretende alcançar, relativ amente ao foro pedagógico. Isto talv ez tenha sido motiv ado pelas instabilidades v iv idas por algumas das associações de estudantes sócias, que se v iriam a reflectir no seio da FAS. A FAS, ainda no período de instalação, optou por dizer "estamos cá, somos 5000 estudantes", para tal decidiu-se a organizar alguns ev entos culturais, que após 5 anos já se tornaram uma referência a nív el local e regional, bem como a nív el nacional. De salientar a SantaFashion -desfile de moda, v isando a aprox imação do comércio e da população em geral ao estudante, que se realiza na Páscoa-; a Semana Académica a realizar-se em Maio -já considerada por três anos consecutiv os como uma das 5 melhores nacionais-; o Desfile do caloiro -anunciando a chegada de nov os estudantes à cidade de Santarém-. Com a participação nos encontros nacionais de dirigentes associativ os (ENDA) e na FNAEESP (Federação

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Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico), locais onde se debatem estratégias a adoptar para a prossecução dos objectiv os da FAS, que são defender os estudantes do ensino superior do distrito de Santarém. Na prática talv ez os estudantes não se apercebam da influencia ex ercida pelos elementos da FAS (não esquecendo que eles são também dirigentes nas suas associações de estudantes), mas, estes elementos têm tido alguns contactos com os dirigentes do IPS, no sentido de minorar as dificuldades que afectam todos os estudantes, tendo também aparecido junto da CMS, do IPJ, com os quais desenv olv e contactos frequentemente ? Ideias: Que influência os alunos podem ex ercer sobre a FAS? T.F.: Sendo eleitos para a sua AE; sendo indigitados para os corpos da FAS, actuando duma forma mais directa. E indirectamente, dirigindo-se à sua AE colocando os seus problemas e anseios. ? Ideias: Qual o actual estado da FAS?

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T.F.: A FAS encontra-se numa fase de inépcia, pois entretanto já alguns dos dirigentes se ausentaram após o termo do seu curso. Decorreram durante os meses de Outubro, Nov embro e Dezembro as eleições para os nov os corpos sociais das AEs, irão ser estes os nov os elementos a ser indigitados para o ex ercício de funções na FAS. ? Ideias: Quais os principais problemas que enfrentam? T.F.: O principal problema nesta fase é um problema financeiro e também um problema de funcionalidade dos seus organismos. No entanto a FAS tem condições, agora que estão formadas as nov as direcções das AEs, para se iniciar a agir de forma mais aguerrida perante os problemas dos estudantes do ensino superior de Santarém.

Associação em Actividade Após um mês da tomada de posse a nov a equipa da AE desdobra-se em activ idades e projectos em áreas como a Informática, Gestão, Desporto e Lazer, resta apenas esperar pela aderência dos alunos ás iniciativ as criadas. Quisemos saber quais os principais projectos que estão a ser desenv olv idos e para isso pedimos a colaboração da Vice-Presidente da Direcção - Marta Graça-, que nos informou do seguinte: Projectos em Curso:

• A rádio estev e encerrada para redefinição da grelha de programas, uma v ez que foram muitos os projectos de programas que chegaram até á AE feitos pelos alunos, no entanto o início das emissões da rádio GEST já está prev isto para esta semana.

• A Reprografia também v ai sofrer algumas alterações no seu funcionamento por forma a melhorar os seus serv iços assim, a AE em colaboração com o centro de emprego, contratou um funcionário para o serv iço da reprografia e v ai abrir para os alunos da noite das 19:00h ás 21:00h.

• O desporto ao que parece assume um lugar de destaque para a actual AE, uma v ez que se encontram abertas inscrições para a formação de equipas para disputa de torneios de Sueca, Snooker, Futebol, Basquet, Ténis de mesa, Voleibol, e a grande nov idade é a ciação de uma equipa de aeróbica feminina que v ai ter o apoio de um professor de aeróbica. Os interessados dev em fazer a sua inscrição (gratuita para os sócios) até ao dia 20 do corrente mês. Participa. Estas activ idades v ão desenv olv er-se na Escola Agrária, no pav ilhão ginodesportiv o municipal e nosso ginásio mas com algumas limitações dev idas sobretudo ao facto do

ginásio se encontrar alugado á Escola Superior de Educação e á união Desportiv a, restando apenas cinco horas semanais para utilização.

• As Residências possiv elmente terão a sua abertura adiada dev ido às fortes chuv adas que se têm feito sentir ultimamente e que danificaram algum do equipamento ex istente no seu interior tendo de v ir a ser reposto em condições de funcionamento. Quanto ao processo de selecção de alunos para ocuparem as residências parece que ainda não está dev idamente establecido, estando a nossa AE a desenv olv er esforços, para que não v enha a ser adoptado o mesmo processo de selecção e de gestão da residência de estudantes do polo deste IPS em Tomar, uma v ez que se rev ela bastante injusto segundo o parecer da nossa AE. Projectos para Futuro: Não div ulgam para não criar espectativ as. As principais dificuldades, para além do incómodo gerado pela chuv a que v em a alagar o chão do espaço da AE dificultando um pouco a sua activ idade a actual equipa só enfrenta o já esperado problema de incompatibilidades horárias dos seus elementos para debater projectos, mas não é nada que não seja ultrapassado com um pouco de boa v ontade, o que já v eio a acontecer no dia 11 deste mês. A receptiv idade dos alunos e a sua colaboração nas iniciativ as desenv olv idas pela AE é algo que ainda é cedo para av aliar, no entanto e relativ amente a anos anteriores o número de sócios inscritos é bastante mais elev ado.

Luzia Valentim

RGA - Reunião Geral de Alunos

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Realizou-se no dia 16 de Janeiro pelas 14:00 horas uma RGA com a seguinte ordem de trabalhos: 1) Apresentação dos resultados dos inquéritos realizados pelos alunos. 2) Informar os alunos sobre o TOP PROFESSOR 3) Questionar os alunos sobre os problemas relacionados com a acção social. 4) Estágios. 5) Esclarecimento sobre a calendarização dos ex ames.

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As vantagens de ser sócio da A.E.

Esta foi uma questão que me coloquei a mim mesmo, no ano em que entrei para esta escola. Quando cá cheguei, fiz-me sócio v oluntariamente a pensar que teria algumas v antagens durante o ano lectiv o.

Mas a v erdade é apenas uma: no meu ano de caloiro não tiv e v antagens absolutamente nenhumas, gastando 500$00 para nada. Afinal, parece que finalmente com esta nov a direcção, isso começa a ser notório, porque os benefícios que os sócios agora auferem já se fazem notar (por ex emplo a nív el de fotocópias e de activ idades ex tra-curriculares). Apenas espero que esses benefícios se mantenham sem que a A.E. se arrependa...

Até à próx ima. Alexandre Silva

As Razões Que Justificam a Fundação do NEGE

A gestão é hoje, e cada v ez mais, um conceito dominante no dia-a-dia de todos nós. Numa sociedade que ev olui de forma tão rápida, nov os desafios são diariamente lançados aos responsáv eis pela gestão empresarial. Sei, como é óbv io, a direcção em que a sociedade ev olui, e que é precisamente a da procura do bem-estar, do conforto e da satisfação material, mas não sei qual o sentido dessa ev olução, aliás creio que muito poucos o saberão. Por isso todos nós temos que mentalizar-nos de que corremos sérios riscos de marginalização se não nos prepararmos atempadamente e da melhor forma para as adaptações e transmutações que se fazem sentir constantemente. Os pontos de partida para o entendimento desta questão substanciada nas mudanças contínuas v erificadas ao nív el da gestão são do meu ponto de v ista os seguintes: 1º- o desenv olv imento das áreas directamente relacionadas com a criação de v alor, nomeadamente as nov as tecnologias e a v alorização dos recursos humanos; 2º- a crescente internacionalização das economias, o que lev a ao alargamento do conceito de competitiv idade; Assim qualquer curso de gestão dev e oferecer aos estudantes uma formação sólida e actualizada num conjunto v asto de áreas específicas do saber, mas tendo sempre em linha de conta que o estudante na impossibilidade de apreender todos os conhecimentos científicos de todas essas áreas dev e preparar-se para enfrentar no futuro as mudanças que se v ierem a v erificar, sejam elas quais forem, recusando, desta forma, o saber pelo saber. Colocada a questão desta forma e tendo em consideração que a E.S.G.S. é uma escola que ministra um curso de gestão de empresas acho por bem chamar a atenção dos mais distraídos para este assunto. Não é fácil determinar o sentido da ev olução das ciências e técnicas de gestão, mas estou profundamente conv encido de que essa ev olução terá que operar-se também nas formas e meios a utilizar no âmbito do ensino e é precisamente por esta v ia que estou disposto a prestar toda a minha colaboração no seio desta escola, atrav és do NEGE, tentando assim responder conv osco aos desafios que estão a ser lançados aos gestores do século XXI. Aliás foram estas as razões que me motiv aram no sentido de desenv olv er esforços com v ista à fundação dum núcleo de estudantes para o curso de gestão de empresas. Espero que todos v ós estejais tão interessados como eu em v alorizar a nossa formação, o nosso curso e a nossa escola. Conto conv osco.

José Luís Carvalho

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A Tuna da E. S. G. S.” Por

Miguel Muitas-vezes Casposo Pediram-me para falar da Tuna da nossa escola. Muito bem, mas será que ex iste mesmo Tuna na E. S. G. S. ? Pessoalmente, penso que não; muito embora tenha ouv ido falar de umas “ ranhosas “ que no ano transacto tinham começado com a criação de uma Tuna, mas eu ainda não v i nada. Rigorosamente nada. Penso, e corrijam-me se estou enganado, que durante o ano transacto tiv eram a feliz ideia de criar uma Tuna. Parabéns. Fizeram uns ensaios, tiv eram uma actuação (?) e mais? E este ano? Nada. Rigorosamente nada. No entanto, toda a gente sabe quem são as “ ranhosas” (ou mete-nojo, sei lá!) que criaram a dita Tuna, todos as conhecem. Sem dúv ida encontraram uma bonita forma de se auto promoverem junto dos colegas, de se mostrarem, enfim, de mostrarem que se calhar pertencem ao clube “VIP” da escola, da cidade ou daquilo que realmente só ex iste nas suas cabecinhas ocas. Mas o mais fantasmagórico nesta história toda é o facto de inúmeras pessoas (juntas dav am para formar uma Tuna) terem começado a ir aos pseudo-ensaios e terem desistido.- Porquê? - Questiono eu.- Porquê? E a associação anterior que fez? E esta, o que irá fazer? Será que continuará a promover o Marketing barato? Ou irá ter uma posição forte e ex igente? Enfim, para concluir, permita-me o desabafo, como é bonito assistir a uma actuação da Tuna do ISLA, ou até mesmo da Escola Superior Agrária. E quanto não daríamos nós para v er uma actuação da nossa Tuna, com a qualidade da deles...

Bom Atendimento Gostav a que todos v ocês, estudantes em Santarém, cidade que infelizmente tem um défice a nív el de v ida noturna, reflectissem e pensassem um pouco sobre a seguinte notícia e v issem que enquanto houv er certas atitudes e certas mentalidades, esta cidade não muda. Um dia destes, mais precisamente no dia cinco de Janeiro, desloquei-me com uns amigos, por v olta da meia-noite, a um conhecido bar junto à Camâra Municipal, (aquele das portas espelhadas) para comemorarmos o aniv ersário de uma nossa amiga. Quando lá chegámos, apercebemo-nos de que o bar estav a cheio e que uma das partes do bar estav a ocupada por uns notáv eis do P.S.D.. Tentámos sentar-nos numa mesa que estav a v azia na tal zona e logo v eio um empregado dizer-nos que não poderiamos ali estar porque não nos atenderiam e além disso estáv amos a incomodar o serv iço. Perante tal facto, dirigimo-nos à saída, v isto não termos lugar para lá estar. Qual não foi o nosso espanto quando o dono do referido bar, que por acaso estav a à porta, nos disse, muito rudemente e arrogantemente que não nos deix av a sair sem consumirmos e sem pagarmos. E isto tudo se passou em cinco minutos!

Após tudo isto não nos restou outra hipótese senão ficar lá de pé, junto à porta, esperando por uma mesa. Quando finalmente, depois de algum tempo à espera, arranjámos uma mesa.Só que tiv émos que esperar mais de meia hora para que nos atendessem, v isto todos os empregados estarem à disposição dos Senhores. Tal não se v erificou, não nos restando outra alternativ a senão nos deslocarmos ao balcão, onde nos v imos “gregos” para ser atendidos, tal era a confusão. Estranhamente, logo que o último notáv el saiu, logo v eio o empregado para limpar a mesa e nos atender. Com tudo isto e com a recusa do dono em deix ar a banda que actuav a naquela noite cantar os parabéns à aniv ersariante, depois de lhes pedirmos esse fav or, dirigi-me ao referido Senhor e pedi-lhe o liv ro de Reclamações. “Com certeza, é só um momento” , “Espere mais um pouco que agora não posso abandonar a porta” , “estou com uns clientes” , “o bar ainda não fechou” , etc..., etc..., foram algumas das desculpas apresentadas pelo Senhor para não dar o referido e incómodo liv ro. Acabámos por ir embora já passav am das duas da manhã e liv ro nada.

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“Venha cá às três e meia que dou-lhe o liv ro e resolv emos isso” ainda disseram. Para não me alongar mais só gostav a de colocar v árias questões ao dono do tal bar, patrocinador do Ideias e de v árias iniciativ as estudantis, como por ex emplo festas de Charruas: ? Será que o Senhor não conhece a lei, que o obriga a ter um liv ro de Reclamações e um av iso no bar, em sítio legív el, onde diz que possui esse liv ro?

? Será que o Senhor não sabe que é obrigado a apresentar o liv ro logo que um cliente lho peça e não tem o direito de fazer esperar esse cliente mais de uma hora pelo liv ro, tendo o descaramento de não o apresentar?

? Será que os notáv eis, que só cá v êm quando o “ rei faz anos” , serão mais importantes que nós, os clientes habituais ou todos os outros?

? Será que o Senhor tem diferentes modos de tratamento, consoante as ocasiões e os interesses da altura, sendo mov ido apenas pela ganância e pelo lucro?

Por v ezes a humildade e a seriedade são sentimentos muito bonitos e para um Senhor que tem um bar, que promove iniciativ as para nós e que precisa de nós, os Estudantes, isso não lhe ficaria nada mal. Ainda mais que não é com arrogância, hipocrisia e com maus modos que se atende um cliente, segundo os liv ros de ética. Pense nisso! Além disso são quase sempre OS PEQUENOS CLIENTES FAZEM AS GRANDES CASAS!

Um cidadão e estudante de Santarém, Luís Caetano