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Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 1 Maio 2009 | Ano 1 | N.º 3 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt Verdade Objectividade Isenção Carlão “Quero dar o salto” O “diamante” de Manuel Fernandes Páginas 16 e 17 NESTA EDIÇÃO Página 8 Presidente do Caldas prefere pagar dívidas Página 14 U. Coimbra regressa aos nacionais Página 22 Ténis de Leiria tem expressão nacional Página 28 Golpilheira domina Futsal

Nº 3 - 1 de Maio de 2009

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Edição Nº 3 do Jornal Desportotal.

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Page 1: Nº 3 - 1 de Maio de 2009

Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 1 Maio 2009 | Ano 1 | N.º 3 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt

Verdade Objectividade Isenção

Carlão

“Quero dar

o salto”

O “diamante” de Manuel Fernandes

Páginas 16 e 17

NESTA EDIÇÃO

Página 8

Presidente

do Caldas

prefere pagar

dívidas Página 14

U. Coimbra

regressa

aos nacionaisPágina 22

Ténis de Leiria

tem expressão

nacional

Página 28

Golpilheira

domina

Futsal

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021 MAIO 2009

EDITORIAL

CARTAS AO DIRECTOR

Senhor Director

Por mão de um amigo li,pela primeira vez, a ediçãonúmero 2 do seu jornal. Quera minha opinião? Achei-amuito bem conseguida, comvariedade na abordagem dasvárias modalidades, muito em-bora não as trate de formamuito profunda. Mas, compre-endo, estamos na segunda edi-ção e trazer um jornal para arua nem sempre é fácil e nemsempre se consegue tudo quan-to se pretende nos primeirosnúmeros. Uma coisa é já real:propôs-se falar das modali-dades da nossa região e issoestá feito como não vi em ne-nhuma outra publicação, atéagora.

O grafismo é atraente, mui-to embora considere monóto-no os tipos de letra. Basicamen-te iguais em todas as páginas.

Mas está de parabéns. Quetenha força para suportar estesprimeiros tempos sempre difí-ceis, mais a mais em tempos deuma crise económica profunda.

Luís Pedro, Nazaré

Senhor Director

Vivo em em Lisboa e numaviagem à minha zona preferi-da - S. Martinho do Porto - de-parei-me com o exemplar nú-mero 1 do DESPORTOTAL quefazia primeira página com aatleta Eva Vital. Fiquei entusi-asmado com um jornal que metraz noticias do desporto de

uma zona vasta e não entra sóno futebol, como é hábito emquase todas as publicações.Sei muito bem que o futebolvende, mas quem pensar queas outras modalidades não têmgente interessada, está enga-nado.

Se continuar a abordar odesporto "enjeitado", verá aaceitação que o jornal que di-rige vai ter. Por isso e para isso,toda a força possível e os meusparabéns.

Carlos Sobrinho - L isboa

Director:

Não faço reparos negativosporque só o facto de ter lança-do um jornal desportivo, numazona onde há imensas publi-

cações, merece elogios. Maselogio, também, a sua politicaeditorial, voltado para as co-lectividades que trabalham semmerecer as honras da grandeimprensa, exactamente porquenão têm a força dos grandesclubes, melhor, das grandesempresas. Oxalá seja compre-endido por todos e quem vaiter voz através das colunas doseu jornal não vos regateieapoio.

Manuel José Vicente - Fát ima

Senhor Director

(…….)comprei o seu jor-nal, em Coimbra, e como dizquerer falar de todas as co-lectividades da zona Centro,quero dizer-lhe que em Arga-

Quando deitámos mão

a este projecto, trazía-

mos connosco a deter-

minação de ir até ao

fim, isto é, “em levar a

carta a Garcia”.

Com todas as dificulda-

des mas conscientes de

que iríamos prestar um

serviço que nos traria,

acima de tudo, o senti-

mento do dever cumpri-

do. Assim continuamos

e cada vez mais certos

e seguros que a meta

será atingida!

Costa Santos

nil - terra onde resido - tam-bém há gente jovem que pra-tica desporto e há colectivida-des que, com muito sacrifício,vão mantendo acesa a "veli-nha" do esforço e dedicaçãodos seus dirigentes. Espero queum dia destes venha por cá eleve para os seus leitoresaquilo que de bom tambémacontece neste terra da beirainterior.

Paulo Mendes de Jesus - Arganil

Senhor Director

Desculpe o tempo que lhetomo mas só lhe quero deixarduas palavras. Força e para-béns.

Anibal José Almeida

Ans ião

As cartas que temos recebido dosnossos leitores, têm uma ideiacomum: a colaboração que deseja-mos ter com todas as colectividadesda região é, para além de elogiadapor eles, manifestamente desejada.Compreendemos. Durante anos eanos, o esforço dos dirigentes, o seuentusiasmo em dar força e vida aogrupo da terra, não fazia eco, nãoera salientado de forma a que,longe, algo se soubesse da activida-de desenvolvida. Daí o desejo deviver uma situação diferente, depoder acompanhar a vida da suacolectividade e, até, de poder saberonde vai estar neste ou naquele fimde semana.Aceitamos o repto, queremos mantê-lo como guião na nossa forma deestar, queremos ser a voz de todasessas colectividades, evidenciar osseus atletas, salientar as suas mar-cas.Porém… a reciprocidade terá deexistir para que as funções de uns eoutros possam ser atingidas compleno êxito.É verdade, acreditamos, que a faltade habituação em manter perfeita-mente actualizado um calendário deactividades, pronto para forneceraos órgãos de comunicação socialque o solicitem, ainda "trava" um

pouco a eficiência informativa quequeremos - e desejamos - levar acabo. Será apenas uma questão deaperfeiçoamento da logística,porque a vontade em colaborar étotal, o desejo de dar o salto infor-mativo, um desejo.Agradecemos os elogios, mas não épor eles que estamos a lançar oscaboucos de uma nova forma defazer jornalismo, essencialmentevoltado para os que até aquitiveram muros de silêncio eindiferença à sua volta.Claro que temos defeitos;naturalmente que estamoslonge daquilo que queremos;estamos conscientes que nãohá varinhas mágicas quemodifiquem o nada no tudoe nos coloquem, semesforço, no trilho por ondequeremos seguir. Massabemos como andar,que vias há que percor-rer. Desnecessário os"conselhos" dos arautosdas más novas, maisdesnecessário, ainda, oreavivarem-nos "asdificuldades queiremos encontrar, osespinhos que nosmassacrarão os pés!"

Quando deitámos mão a esteprojecto, trazíamos connosco adeterminação de ir até ao fim, istoé, "em levar a carta a Garcia". Comtodas as dificuldades mas conscien-tes de que iríamos prestar um serviçoque nos traria, acima de tudo, osentimento do dever cumprido.Assim continuamos e cada vez maiscertos e seguros que a meta seráatingida!

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031 MAIO 2009

LIGA SAGRES

MARÍTIMO - F. C. POR-TO - Mais uma final para os"dragões" e mais um teste à me-lhoria do Marítimo na sua "eraCarvalhal". Não está na linhado horizonte qualquer cedência

Outra jornada “rija” para o trio da frente

e complicada para quem não quer “descer”

não seja, está apostado em fa-zer melhor que o seu rival doFunchal e, para isso, tambémnão pode abrir mão de qualquerponto…

TROFENSE-BELENEN-SES - Impróprio para quem so-fre do coração. Seguramente.Ambos, inquilinos da zona dedespromoção, têm um só objec-

tivo: vencer. Mas como em tudona vida, só um poderá ga-nhar…

Estrela da Amadora-Leixões- Talvez um jogo de "acomoda-dos". Os estrelistas querem man-ter a chama de uma dignidadeímpar e, por isso, pontuar parauma segurança classificativatotal; o Leixões, em época bri-lhante, respira tranquilidademas…não perdeu a ambição!

RIO AVE - BRAGA - Avitória na Figueira da Foz deuoutra moral à equipa de CarlosBrito e mais força para enfren-tar este complicado adversáriosedento de vitórias para recu-perar um pouco o prestígio dasua imagem. Outro joguinhomuito "quente".

V. GUIMARÃES - NA-VAL - Aquela derrota ante oRio Ave complicou as contasa Ulisses Morais que pensavajá, nesta altura, ter os pontosque o livrassem de sobressal-tos. Mas não tem e esta deslo-cação a Guimarães não énada cómoda para os desejosnavalistas.

De vez em quando, paraelevar o ego do português,lá surge alguém a distin-guir-se no panoramaeuropeu ou mundial.Aconteceu, agora, maisuma vez, com a judocaTelma Monteiro, ao sagrar-se campeã da Europa nasua categoria. Vimo-la nopodium, a não conseguirconter as lágrimas. Deemoção - certamente - e dealegria - seguramente! Umtítulo europeu, nos temposque correm, é sempre um

Ao

correr

da

Pena

provincianismo da cidade dos"Andrades" e, sem receios oumeias palavras, descer até àcapital e "atirar pedras aosmouros" e, indo mais longe,ameaçando" incendiarLisboa".Um homem contestado ?Conotado com a face maisnegra do nosso futebol ?Mestre na arte de "servir fria ,a vingança" ? Guia espiritualde um "exercito" que nãohesita em seguir o chefe parabeber um pouco - o que elequiser… - do mediatismo poraquele gerado?Tudo, tudo o que se quiser!Mas, também, um dirigenteque defende a sua damacomo a sua vida, que lutapela sua causa como se elafosse a única razão da suaexistência e que enfrenta osadversários com um sorrisoprovocador, desarmando-os à"nascença"!Não adianta traçar o perfilpsicológico deste homem que"ameaça" prolongar a sualiderança por mais uns anos

e, muito menos, tentarperceber os porquês do "ódio"que não esconde pela "mou-rama" que vai vegetando a suldo Douro. É como é. Melhor:está mais refinado do queera. Mais directo. Concreti-zando; antes…num discursode 20 frases, dez eram paraprovocar os "mouros";agora…quinze são paraos"mouros", fieis contestatá-rios ao seu estilo e à suafigura, três para quem nãoconcorda com a sua forma dedirigir o clube e…duas, paraagradecer à justiça divina!Mas o mais curioso é quemuito boa gente gostaria dever no clube da sua preferên-cia, um "clone"de Pinto daCosta, a dirigi-lo!Vá lá saber-se porquê…

•O presidente do Ericeirensesuspendeu a grave de fome.Aparentemente, a conselhomédico, muito embora se vácochichando que os arautosdas promessas antigas,envergonhados com o o

Por

Costa Santos

feito. Faz pensar que, apesarde ocuparmos a cauda dequase todas as estatísticas noque à normal vida do cida-dão diz respeito, ainda temosgente que não se conformacom a mediania e tudo fazpara ser diferente, paramelhor!Mas aquelas lágrimas deTelma, sentidas e sofridas,também nos disseram doorgulho da atleta na Pátriaque representa. Orgulho dequem faz tudo para sermelhor, de quem ganha, dequem quer elevar o nome doPaís onde nasceu. Se todosfossemos assim, desde S.Bento a uma qualquerpequena empresa, outro galonos cantaria…

•Pinto da Costa entrou no 28ºano como presidente doF.C.do Porto. O "Papa", é oúnico dirigente que se podeorgulhar de ter transformadoum "clube da província " numcampeão europeu; de terderrubado os muros do

tória se repete! Uma coisa é cer-ta: pelas bandas do Dragão eda Luz, espreita-se um deslize...

NACIONAL-BENFICA -Mais um "osso" para QuiqueFlores e seus comandados. Jo-gar na Choupana não é fácilpara ninguém, muito menospara quem não pode ceder pon-tos. O Nacional, quanto mais

À medida que a LigaSagres se aproxima do fim,todos os jogos têm dificul-dades acrescidas. Mas…há encontros que, pelatradição, mais dificuldadesoferecem. As viagens doSporting a Coimbra, do FCPorto aos Barreiros e doBenfica à Choupana são,por tradição, muito, muitocomplicadas. Se acrescen-tarmos a essas dificulda-des o facto de ser quaseproibitivo perder pontos,dizemos o resto…No fundo da tabela, outraluta ao rubro. Deixar pelocaminho um ponto queseja, é começar a sentirbem mais próximo oindesejável peso dadescida…

confronto, possam terrenovado os apoios que jádeveriam ter colocado noscofres da popular colectivi-dade.O "levantamento popular" ea adesão de muita gentecom história no futebol -nomeadamente a equipa deveteranos do SLB - deramoutra a mediatização doassunto e, talvez por isso, osfalsos "ajudantes" sentiram avergonha cair-lhes nacara… Oxalá seja assim.No entanto, este aconteci-mento só veio reforçar aideia já dita e redita que aera dos mecenas, dos"carolas", já passou, como jápassou, também, a épocado amor à camisola…Significa, então, que muitascolectividades poderãofechar as portas ? Provavel-mente…Não estão para "encerrar aactividade" clubes como oBoavista, Estrela da Amado-ra, Varzim, Olivais e Mos-cavide etc…etc…etc…?

de pontos dos guias da classifi-cação, mas…não faria abrir aboca de espanto, a ninguém,que os da casa pregassem umapartidinha! São dos tais jogosem que, totobolisticamente fa-lando, uma "tripla" vem mesmoa calhar…

SETÚBAL - PAÇOS DEFERREIRA - Agora, para oshomens do Sado, todos os jo-gos que restam são mesmo fi-nais! Ou se ganham e, mesmoassim, a glória da manutençãopoderá não surgir ou…se per-dem e, então, definitivamente,a época marcará o regresso aoescalão secundário! Quempode espreitar um erro que essaimperiosa necessidade de ga-nhar poderá gerar é, precisa-mente, o Paços de Ferreira, ou-tro dos que desejam um lugar-zinho tranquilo. Mas será queos sadinos vão entregar o "ouroao bandido"?

A C A D É M I C A - S P O R -TING - Nas últimas épocas asorte tem bafejado os leões nasdeslocações à Lusa Atenas, masnem sempre, em futebol, a his-

Nuno B

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Ares de Coimbra

fazem bem ao leão

Há quase 33 anos que a Académica não vence o Sporting na condição de visitado

Se as estatísticas valessem pontos, os jogadores da Académica escusavam de comparecer ao jogo destesábado, com o Sporting, em Coimbra. Isto porque o histórico dos encontros entre os dois clubes

é assustadoramente favorável aos "leões". A última vitória dos estudantes data de 1976.

Paulo Rodrigues

Os números são claros e capazes dedeixar apreensivo o mais optimista dosadeptos da Académica: em 56 jogos dis-putados com o Sporting, em Coimbra,para o campeonato, a Briosa apenassomou 9 vitórias e 13 empates; as res-tantes 34 partidas terminaram com a vi-tória leonina.

A par disso, a última vez que o Spor-ting saiu de Coimbra sem qualquer pon-to, foi a 1 de Agosto de 1976, há quase33 anos. Na época passada, a histórianem foi má de toda para a Académica,que amealhou um ponto, já em tempo

Domingos volta

a mexer na defesa

Quinto cartão amarelo afasta Orlando do jogo deste sábado

P. R.

Domingos Paciência terá que equa-cionar uma nova dupla de centrais parao encontro com o Sporting, pelo factode Orlando ter visto o quinto cartão ama-relo diante do Paços de Ferreira. O jogona capital do móvel constituiu, de resto,um misto de emoções para o defesa-cen-tral: ficou afastado do jogo com os “le-ões”, mas marcou o golo que garantiu oempate, ainda por cima… na localida-de onde nasceu.

Em condições normais, o treinadorda Académica promoverá a entrada deAmoreirinha na equipa, tal como o fezdiante do FC Porto, por força da ausên-cia de Luiz Nunes. Tese que saiu reforça-da do encontro com os pacenses, devi-do à reacção menos positiva de Berger –outro potencial candidato ao lugar -,quando foi substituído ainda na 1.ª par-te, facto que não terá agradado aos res-ponsáveis academistas.

LIGA SAGRES

Mas nem tudo são más notícias paraDomingos Paciência, uma vez que jápoderá contar, frente ao Sporting, comPedro Costa e Sougou. O primeiro cum-priu um jogo de castigo, enquanto o se-negalês regressa após três jogos na ban-cada, pelo cartão vermelho diante doBelenenses.

de descontos, com um golo do sérvioPavlovic, jogo esse que sucedeu a cin-co derrotas consecutivas.

Para o capitão de equipa, Nuno Pi-loto, a história vale o que vale e, comcerteza, não entrará em campo este sá-bado, pelas 18h45. Até porque outro"borrego" - ainda maior! -, morreu noano passado - e foi confirmado este ano."Há 50 anos que não vencíamos noEstádio da Luz, e fomos lá ganhar 3-0",recorda, reforçando que "a estatística nãoterá influência no resultado".

Números à parte, o médio tem no-ção que o jogo será tudo menos fácil. Asomar à qualidade do plantel às ordensde Paulo Bento, junta-se o facto de este

jogo entrar nas contas do título nacio-nal. "Esperamos um Sporting proibidode perder pontos e, por isso, determi-nado, concentrado, e com vontade deresolver rápido o jogo", antevê, subli-nhando que "o adversário jogará noslimites".

Numa análise individual à equipasportinguista, o "capitão" dos estudantesdestaca o sector avançado. "Liedson eDerlei são perigosos, não só pelos golosque marcam, mas também pelo entendi-mento que revelam", acrescenta.

Por todos estes factores, repetir oempate do ano passado nem seria maude todo, embora o objectivo da Acadé-mica seja "lutar sempre pela conquista

dos três pontos". "Um ponto com osgrandes, em casa ou fora, é sempre umponto ganho, dada a disparidade entreo orçamento e os objectivos do adver-sário e o nosso", analisa.

A quatro jornadas do final do cam-peonato, a Académica soma 32 pontos- mais 11 que a primeira equipa abaixoda "linha de água" -, ocupando um con-fortável 8.º lugar. Ainda assim, NunoPiloto não deita foguetes por antecipa-ção. "Só quando matematicamente esti-ver garantido, podemos dizer que ga-rantimos a manutenção", alerta, cons-tatando, porém, que "só uma catástro-fe" levará a equipa para os lugares dedescida.

O duelo deste sábado joga-se

também nas bancadas do Estádio

Cidade de Coimbra. Previsivelmente,

estarão presentes milhares de sportin-

guistas, não apenas pelo facto de a

equipa ainda lutar pelo título, mas

também por existirem muitos adeptos

do “leão” na região de Coimbra.

Para equilibrar as contas nas banca-

das, a Académica socorre-se do

facto deste fim-de-semana estar já a

decorrer a Queima das Fitas, pelo

que foi elaborada uma campanha

especificamente dirigida aos estudan-

tes do ensino superior. Desta forma,

todos os estudantes que se apresen-

tem no estádio trajados com capa e

batina, pagam apenas 10 euros pelo

bilhete (para a bancada nascente

superior), que terá ainda um bónus

extra de valer a entrada gratuita no

último jogo em Coimbra, na presente

temporada, diante da Naval.

Quanto aos bilhetes normais, o

preço não foge ao que foi praticado

há duas semanas atrás, na recepção

Académica quer o estádio vestido

de negro em plena Queima das Fitas

Estudantes trajados

só pagam 10 eurosao FC Porto. O mais barato custa 20

euros (bancada sul inferior) e o mais

caro 40 euros (central poente

superior).

Quanto a medidas de segurança em

redor desta partida, não fugirão

muito das que, por norma, são

aplicadas nos chamados jogos com

os clubes grandes. Tal como aconte-

ceu com o FC Porto, a 19 de Abril

último, cerca de 100 agentes da PSP

serão destacados, e o mesmo

número de assistentes de recinto

desportivo.

P. R.

BILHETEIRA

Bancada Sul Inferior – 20 euros

Bancada Sul Superior – 30 euros

Central Poente Inferior – 35 euros

Central Nascente Inferior – 35 euros

Central Poente Superior – 40 euros

Central Nascente Superior – 40 euros

Central Nascente Superior (*) – 10 euros

(*) – Estudantes trajados

com capa e batina

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051 MAIO 2009

LIGA SAGRES

Naval desperdiça factor casa

e tem de “pescar” em Guimarães

Figueirenses ainda com dois "match points" por disputar

Quando tudo parecia apontar para um resultado capaz de lhe assegurar, no imediato, a manutenção, no joguinho intra muros frente ao RioAve, a Naval não teve artes para agarrar a oportunidade e… pior do que isso, ficou de mãos a abanar, sem qualquer pontinho no bornal.

Claro que a situação não é aflitiva, aconcorrência ainda está para além da"vala de segurança", mas não deixa deser verdade que o resultado da últimajornada - pelo que se passou em campoabsolutamente justo! - terá constituído umpassinho atrás no tempo em, garantir atranquilidade classificativa. Nas verdade,embora ainda haja uma margem de re-lativo conforto sobre o limite de linhad'água - seis pontos sobre o Belenensesque também baqueou no seu reduto - asua situação fica mais complexa pois per-de um ponto dessa distância e desperdi-ça uma eventual dinâmica de vitória queteria iniciado na jornada anterior.

Agora, há que lançar "redes" na visi-ta a Guimarães, "mar" nada fácil paragarantir uma faina proveitosoa. Todos oselemtos do plantel sabem das ambições

dos seus assiciados: certificar a quintapresença no escalão maior e caminharpara o recorde classificativo (ao bater a

11º posição da época anterior). A Na-val iniciara um ciclo importante - apósdefrontar os três grandes em quatro jor-nadas - com uma moralizadora vitóriacaseira frente ao Leixões e seguia-se oRio Ave, também em casa, uma equipaque era penúltima na classificação, umaequipa que se encontrava no sufoco des-de a vigésima jornada (01-03-2009) eque nunca tinha ganho fora nesta edi-ção 2008/09 da Liga Sagres…

Aconteceu na Figueira.Mas não adianta chover no molha-

do. É com os olhos postos no futuro queUlisses Morais e a sua gente, têm as ba-terias apontadas para a cidade-berço epara o seu Vitória (este, também, aindaa digerir o empate do Estádio do Mar,principalmente aquele lance completa-mente louco de Nilsson) sabendo como

sabe que…novo desaire pode reforçar amoral de quem vem atrás. Por isso osfigueirenses preparam a deslocação qua-se na máxima força. A cargo do Depar-tamento Clínico mantém-se somente Gil-mar a recuperar de mialgias e Baradji afazer tratamento ao traumatismo que so-freu no joelho direito.

Relativamente ao anfitrião, o técnicoManuel Cajuda terá à sua disposição todoo plantel com Flávio Meireles recuperadode gripe e Santana Carlos de uma disten-são muscular. A excepção será Gregoryque atingiu o quinto amarelo na últimapartida e cumprirá um jogo de suspensão.De salientar que de forma a comemorar oDia da Mãe, todas as mulheres vão poderentrar gratuitamente no Estádio D. AfonsoHenriques e estão previstas algumas sur-presas para as mães presentes.

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061 MAIO 2009

LIGA VITALIS

União recebe Olhanense

em jogo decisivoNo próximo Domingo, realiza-se no Estádio Doutor Magalhães Pessoa, pelas 11h15 da manhã,

um dos jogos mais decisivos da Liga Vitalis. A União de Leiria, 3.º classificado com 45 pontos recebeo líder Olhanense (49 pontos), num jogo que promete muita emoção dentro e fora das quatro linhas.

Se à 7.ª jornada, aquando do des-pedimento de Paulo Alves e quando aequipa tinha somente 7 pontos con-quistados, alguém dissesse que aUnião de Leiria ainda iria estar na lutapela subida, ninguém iria acreditar. Arecuperação encetada com ManuelFernandes foi apenas e só brilhante,colocando a equipa leiriense, aindaque dependente do resultado de ter-ceiros, na luta pelo lugarzinho deacesso à Liga Sagres..

Chegado a Leiria à 8.ª jornada,numa altura em que a equipa tinhasó uma vitória e lançava a desilusãonas suas hostes, Manuel Fernandes,através dos seus métodos de trabalhoconseguiu devolver as esperanças aosleirienses numa quase hipotecada su-bida de divisão.

Com 19 jogos disputados à frenteda equipa técnica dos leirienses e com38 pontos conquistados (11 vitórias,5 empates e 3 derrotas), Manuel Fer-nandes tem liderado o plantel numarecuperação fantástica (à 14.ª jorna-da estava a 13 pontos do Olhanense,

actualmente está somente a 4 e a 3pontos do 2.º classificado que é o San-ta Clara) fazendo mesmo com que aequipa seja a melhor da segunda vol-ta. Nos 11 jogos disputados na se-gunda parte do campeonato, os leiri-enses contam com oito vitórias, doisempates e somente 1 derrota, conse-guindo 26 pontos, seis pontos à mai-or sobre os mais directos adversários,Olhanense e Santa Clara que contamcom 20 pontos respectivamente.

O jogo do próximo domingo é umjogo de tudo ou nada para os pupilosde Manuel Fernandes, uma vez queconseguindo a vitória, os leirienses di-minuem a distância para o líder paraum ponto, aumentando a pressão so-bre os da frente e cimentando o so-nho de em 2009/2010, somente umaépoca depois, voltar a estar entre osgrandes do futebol português. Em casode derrota, as hipóteses de subida tor-nam-se remotas, uma vez que ficam afaltar apenas 3 jogos e 9 pontos pordisputar.

Para a recuperação fantástica quea equipa tem desenvolvido muito temcontribuído o excelente trabalho de-fensivo da equipa, já que é a forma-

ção leiriense aquela com menos ten-tos sofridos na liga (23). Na baliza temestado o ex Académica Ricardo quenão tem acusado a responsabilidadede substituir Fernando e tem estadoacima das expectativas. No que diz res-peito ao ataque, os leirienses estãoagradecidos à boa forma da dupla ata-cante Cássio/Carlão com 14 e 5 golosapontados respectivamente, a Luiz Car-los, defesa goleador que já conta com8 golos apontados. Tiago, capitão deequipa tem sido o "patrão" do meiocampo, o que tem dado estabilidadeao futebol praticado pela equipa.

No que diz respeito ao resto docampeonato, os leirienses ainda têmum ponto a favor, já que na jornadaseguinte a este confronto, o Olhanen-se recebe o Santa Clara, em caso devitória dos algarvios e caso a equipado lis derrote a Oliveirense, a Uniãode Leiria tem todas as hipóteses de al-cançar os lugares de subida.

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Bruno Fernandes

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071 MAIO 2009

FUTEBOL

Presidente do Fátima desabafa

“Se não fosse o Apito Dourado…”

Luis Albuquerque, presidente do Des-portivo de Fátima, afirmou que esta tem-porada na II Divisão B, apesar do seufinal feliz, teve um início difícil, devido amotivos extra-futebol: “Tivemos uma pré-época difícil. Se não fosse o caso ApitoDourado, poderíamos ter hipóteses de nosmanter na Liga Vitalis, devido aos casosdo Gondomar e Vizela. Essa indefinição

Paulo Alexandre Teixeira

União da Serra

“Morgado: Queremos incomodar

os candidatos à subida”O União da Serra conse-

guiu no passado Domingouma importante vitória forade casa frente ao Monsantopor 1-0, com o golo da vitó-ria a ser marcado pelo mé-dio Morgado. A duas jorna-das do fim, e com o Fátimaapurado para o “playoff” da

subida, o segundo lugar é ago-ra o único objectivo do clubeaté ao final da época.

O golo foi obtido de umamaneira fora do normal: “Foium livre directo à linha lateral,de ângulo difícil, uma espéciede ‘canto de mangas arregaça-das’. Atirei para o poste mais

distante, e por um capricho, abola entrou, sem que tenha sidotocada por ninguém. Aconteceàs vezes.”, afirmou um sorriden-te Morgado.

No próximo Domingo, oUnião da Serra vai aos Açores,onde defronta o Operário, numajornada onde o Tourizense e o

Pampilhosa, seus directos adver-sários na luta pelo segundo pos-to, jogam entre si. “O nossoobjectivo é de incomodar oscandidatos à subida, retirandopontos a eles. Temos consegui-do isso, excepto no caso do Fá-tima, mas esperemos corrigir issona última jornada, quando os re-

O Desportivo de Fátima garantiu este fim-de-semana a passagem ao “playoff” de acesso à subida à Liga Vitalis, depoisde uma vitória fora por 0-2 sobre o Pampilhosa, quando faltam duas jornadas para o final da segunda fase. Em jeitode balanço, o seu presidente, Luis Albuquerque, falou do que aconteceu nesta época que começou indefinida, mas

que terminou bem, com apenas dois empates desde Dezembro.

cebermos”, concluiu. A duasjornadas do fim da 2ª fase deapuramento da II Divisão B, osegundo lugar é um objectivoa manter, pois o que interessaé “conseguir o maior numerode pontos possível”.

P.A .T.

dificultou-nos na altura, e no final tive-mos de fazer um plantel novo, com ape-nas sete jogadores que transitaram daépoca anterior. Para piorar as coisas,todos os nossos adversários olhavam-noscomo a equipa a abater”, afirmou.

Com esse início difícil, a equipa de-morou-se a adaptar, e após a paragemde Dezembro, mais concretamente depoisde uma derrota contra o rival União daSerra, fizeram-se ajustes no plantel. Saí-

ram cinco jogadores, para entrar mais trêsque valeram a diferença: “Entraram o Is-mael, um brasileiro que jogava na Islân-dia, o Neto, que veio do Mafra, e o Mar-co Almeida, que jogava no Luxemburgo.Estes reforços, para além de serem umamais-valia, veio emagrecer a massa sa-larial, com os resultados que se pode ver”.E de facto, os reforços foram uma mais-valia importante: desde o início do ano,a equipa só consentiu três empates, dois

deles no “playoff” de apuramento, con-seguindo fazer uma segunda volta muitomelhor do que a primeira.

Com os jogos do “playoff” marca-dos para os dias 17 e 24 de Maio, nestemomento o Desportivo de Fátima é aúnica equipa que está confirmada nessafase. E só no dia seguinte, caso consi-gam, ou não, a subida, é que Luis Albu-querque vai planear a próxima época.“Até lá, nem vou comentar”.

Samuel – “Trabalhamos

sempre para vencer”

“Somos a única equipa sem derrotasnesta segunda fase. Trabalhamos semprepara vencer, independentemente do adver-sário que enfrentamos. Apesar de termostido um início da época difícil, apenas comsete elementos que transitaram da épocapassada, e a progressiva integração dosnovos elementos, que demorou o seu tem-po, quando estes se adaptaram, as vitóri-as surgiram rapidamente”, afirmou.

Sobre o treinador Rui Vitória, o defe-sa do Centro Desportivo de Fátima só

Outro dos elementos que está satisfeito com o apuramen-to para os “playoff” é o “capitão” Samuel, que afirmouque o resultado do passado Domingo foi o culminar de

uma época positiva.

tem a dizer coisas positivas: “É um trei-nador acessível em termos humanos, sem-pre disponível para ajudar para qualquerproblema que surja”. Em relação ao“playoff”, que começa a ser jogado den-tro de três semanas, a 17 e 24 de Maio,as perspectivas são simples: “pensar jogoa jogo, com o objectivo de ganhar egarantir o regresso á Liga Vitalis”, con-cluiu. Mas até lá tem dois jogos no ca-lendário para cumprir, e o objectivo con-tinua a ser o mesmo: “Vencer”.

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"Claro que ao descer aos

Distritais é negativo mas

serão os sócios que deverão

fazer esse julgamento", pala-

vras de Vítor Marques, presi-

dente do Caldas Sport Clube.

A quatro jornadas do fim da

fase de despromoção, na 3ª

Divisão, o Caldas corre o

risco de descer aos Distritais

da Associação de Futebol de

Leria. O Presidente da Comis-

são Administrativa, que gere

os destinos do clube desde o

início da época, traça o perfil

de uma época onde formação

e estabilidade financeiras

foram palavras de ordem.

081 MAIO 2009

ENTREVISTA

André Mendonça

“Herdamos seis anos de dívidas

e optámos por arrumar a casa”

CALDAS em risco de descida aos distritais

Que balanço desportivo faz des-tes 10 meses de comissão admi-nistrativa?

Penso que o balanço é positivo.Quando dissemos que íamos montaruma equipa formada na grande maioriapor jogadores jovens formados no clu-be, toda a gente pensou que o Caldas iaser o "bombo da festa", pois estava numa3ª Divisão, que tem alguma competitivi-dade, e a qualidade da nossa equipaera baixa. Mas sempre acreditei que issonão iria acontecer e, de facto, não fo-mos o bombo da festa. A determinadaaltura da época chegamos a ambicio-nar o 6º lugar, tivemos muito pertinho,mas tivemos alguns deslizes por algumafalta de experiência que é também umfactor que importa na possibilidade dedespromoção aos distritais.

O recurso à formação deveu-se apenas à degradada situaçãofinanceira do clube?

Não. De facto um dos objectivos aque nos propusemos era o de reduzir adespesa com o futebol sénior. Reduzimoso orçamento, para os seniores, em qua-se 20 mil euros por mês. Mas indepen-dentemente disso o objectivo foi sempreque a equipa sénior fosse formada qua-se na totalidade por jogadores formados

no clube. Do actual plantel, 23 dos 26atletas foram formados no clube. A nos-sa equipa sénior tem de ser o expoentemáximo da formação. E se o Caldas temuma boa formação, inclusive reconheci-da na Gala da AFL em que recebemos oprémio de Excelência na formação, nãofaria sentido continuar a ir buscar joga-dores de fora, a auferirem salários altos,e continuarmos a não dar possibilidadesaos atletas oriundos da formação. Mes-mo que estivéssemos financeiramentebem, a política que queríamos era esta.

O passivo do clube está entãoa ser abatido?

O clube tinha um passivo relativa-mente grande. Dívidas à segurança so-cial e às finanças relativas aos anos de2000 a 2006 mas também dividas a an-tigos jogadores e a fornecedores, queestamos também a regularizar, que po-nham em causa a vida do clube. Falou-se em fechar as portas e começar denovo, mas perdia-se um clube com 93anos de história e nós não podíamosdeixar isso acontecer. Para que o clubefosse viável tínhamos que cumprir rigo-rosamente com os compromissos que tí-nhamos feito. E os encargos mensais,desta época, estão, até agora, todos re-gularizados. Em 10 meses conseguimosabater 130 mil euros de passivo.

Poder-se-á dizer então que oclube foi obrigado a escolher en-tre a estabilidade financeira ouuma equipa competitiva…

Sendo uma situação desagradável, seme dessem a escolher entre a estabilida-de financeira e a permanência na 3ª Di-visão, eu escolheria a estabilidade finan-ceira. Claro que queria as duas coisas,e se a descida acontecer é de facto umponto negativo no nosso trabalho, maspenso que o balanço geral é positivo.Mas serão os sócios que deverão fazeresse julgamento.

Os resultados desportivos nãosão importantes?

Os resultados são importantes masna actual conjuntura do clube e do paísnão são, nem podem ser, o mais im-portante. A Federação Portuguesa deFutebol está a fazer algumas regras eera importante que elas fossem avan-te. Pois não faz sentido que aqueles quecumprem as suas obrigações financei-ras estejam a competir no mesmo pa-tamar com aqueles que não cumprem.É, por isso, importante que haja me-canismos legais para que os cumpri-dores sejam valorizados. Não podehaver duas equipas a competir no mes-mo campeonato em que uma tem tudocertinho e a outra não paga a ninguém.Se as regras não são iguais para todosé como se estivessem em campeonatosdiferentes. Nós queremos que o Cal-das continue, como este ano, no cam-peonato daqueles que cumprem, poissó aqueles que cumprem poderão so-breviver.

Como é a relação dos sócioscom o clube neste momento?

Apesar dos resultados desportivos nãoterem sido os melhores, os sócios respei-taram muito o nosso trabalho e mesmoquando perdíamos eles tinham sempreuma salva de palmas para dar à equi-pa. Mas vão poucos sócios ao futebol,como também vão poucas pessoas. Apopulação devia apoiar mais os clubesda sua cidade. O Caldas nesta alturatem 1500 sócios, contando com os atle-tas, o que é muito pouco para uma ci-dade de quase 50 mil habitantes. Aosjogos dos seniores vão 200 pessoas, quesão as mesmas que iam o ano passado.Devemos apoiar os nossos atletas, quesão da terra, independentemente da clas-sificação ou do campeonato que dispu-tam. Mesmo nas camadas jovens sente-se, por vezes, falta dos pais, dos tios,dos avós.

Concorda com a reestruturaçãodo Futebol Amador?

A 3ª Divisão vai acabar, vai passar aDistritais e concordo com essa situação.Não faz nenhum sentido o Caldas des-locar-se, como se deslocou duas vezeseste ano, a Unhais-da-Serra, no Fundão,onde não consegue levar os seus adep-tos nos jogos fora nem os traz nos jogosem casa. E as despesas são enormes,mais de 500 euros só o transporte. Faztodo o sentido redimensionar o futebolregional, porque equipas como o Cal-das, e muitas outras, não têm hipótesesde sobreviver com o modelo da actual3ª Divisão. Cada vez os apoios de pu-blicidade são menos, a crise está a atin-gir todos os sectores, e claro que o fute-bol amador é dos mais prejudicados.

Em Junho a Comissão Adminis-trativa cessa funções. Está a pon-derar recandidatar-se?

É possível, estamos a estudar essahipótese. Nesta altura faz sentido paranós, Comissão Administrativa, podermoscandidatar-nos como uma direcção de2 anos. Isso a acontecer tem a ver comum projecto um bocadinho mais alarga-do que idealizamos, que passa por con-tinuar com a estabilidade financeira, re-duzir o passivo, dar continuidade ao bomtrabalho feito no futebol juvenil, melho-rar o departamento médico e dar conti-nuidade à aposta na formação no fute-bol sénior. Para além de querermos man-ter todas as equipas técnicas. E talvezdotar o clube de uma ou outra secção,com actividades que ainda não estão im-plementadas em nenhum outro clube naregião, como por exemplo o Xadrez.

Se o Caldas for despromovidopoderá afectar a decisão?

A despromoção não irá afectar emnada a nossa decisão, mas se vier aacontecer penso que não nos devamosenvergonhar disso, pois os nossos atle-tas bateram-se muito bem. Sabemos quehá pessoas que gostavam de ver a equi-pa sénior mais competitiva e a lutar porlugares cimeiros, mas para já não é essaa nossa opinião. Candidatarmo-nos ounão tem a ver com a nossa disponibili-dade. Ninguém tem disponibilidade, mastirando um bocadinho aqui e um boca-dinho ali, com muita força de vontade,arranja-se sempre um bocadinho de tem-po, mas ainda estamos a reflectir.

Nuno B

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Peniche quer continuar a ganharGrupo Desportivo de Peniche

1 MAIO 2009

09III DIVISÃO

"Vai ser um jogo fora, com o Lousa-nense, e espera-nos uma partida difícil,mas esperemos manter o nível exibicio-nal do fim de semana passado, ou seja,

Paulo Alexandre Teixeira

O Grupo Desportivo de Peniche encontra-se a uma vitória de garantir a manutenção, depois da goleada em casa por 4-1 ao Ata-laia do Campo. No próximo fim-de-semana, na penúltima jornada da série de manutenção D1, joga fora com o Lousanense e sem

lesionados ou castigados no plantel, o seu treinador, Jorge Amaral, espera manter o nível exibicional da última jornada.

continuar com a atitude vencedora, paraalcançar mais rapidamente o objectivoda manutenção, que tínhamos delinea-do no inicio da época", explicou.

Desde que o Grupo Desportivo dePeniche tem estado no grupo D1 de ma-

nutenção na 3ª Divisão, com o Atalaiado Campo, o Lousanense e o Sourense,o clube da vila piscatória tem consegui-do três vitórias folgadas em casa, (4-0com o Lousanense, 3-1 com o Sourensee 4-1 com o Atalaia) depois de ter co-

meçado com um empate fora com o Ata-laia. No próximo Domingo, com o Lou-sanense, pode bastar um empate paraque o objectivo da manutenção seja al-cançado.

“Sabíamos que a equipa tinha valor”Rafael “ Panzer”

Qual o significado de ser capi-tão do Sp.Pombal?

Para mim tem um significado muitogrande, porque é o clube onde me for-mei. Fico muito feliz por ser o capitão deequipa, ainda para mais neste fantásti-co grupo de trabalho.

Os jogadores sempre acredita-ram na manutenção, apesar domau início de campeonato?

Sim. Sabíamos que a equipa tinhavalor. Começamos muito mal o campe-onato e algumas pessoas, disseram queestávamos condenados à descida de di-visão, mas este grupo de trabalho, de-monstrou toda a qualidade que tem erubricou uma óptima segunda volta

A manutenção foi muito feste-jada no balneário?

Cid Ramos

Rafael Lopes, mais conhecido

no meio futebolístico como

“Panzer” é aos 27 anos, o

capitão do Sp.Pombal. O

avançado é um dos poucos

jogadores do plantel, forma-

dos no clube. Representou o

clube em todos os escalões.

Representou ainda Sourense e

o Penelense. Na temporada

passada, regressou ao clube

e realizou uma das melhores

temporadas de sempre no

clube, que viu nascer para o

futebol.

Sim. Até porque era um prémio justo,para o trabalho que esta equipa desen-volveu ao longo do campeonato. Come-çamos muito mal é um facto, mas comojá disse, nós nunca perdemos a esperan-ça.

Agora, sonha-se com a subida?O principal objectivo foi concretiza-

do, mas é claro que esta equipa tem aambição de conseguir algo mais. Sabe-mos que não vai ser fácil, porque as seisequipas presentes nesta fase, tem umvalor muito semelhante.

Caso não alcancem a subida,esta época tem um sabor amargo?

Claro que não. O objectivo que eraa manutenção já foi alcançado, por isso,é sempre uma época positiva. Agoravamos tentar algo mais, vamos ver se épossível.

Na próxima época vai perma-necer no Sp.Pombal.

Em princípio sim. É o clube onde meformei, sou de Pombal e gosto muito desteclube. Por isso não faz sentido mudar,quando estamos bem.

O Sp. Pombal defronta depois deamanhã, o Marinhense, num dos derbysmais antigos do distrito. Para a formaçãode Fernando Mateus, este encontro temum carácter decisivo, dado que, só avitória interessa aos “Leões do Arunca”.Outro resultado, coloca desde já, aturma de Fernando Mateus, fora dacorrida pela subida. O médio João Pintorecorda ainda o jogo diante do Gânda-ra. “Jogámos bem na minha opinião edesperdiçamos inclusive várias oportuni-dades de golo. Eles só através do contra-ataque é que conseguiram criar lancesde perigo”, salienta. Em relação ao jogodiante do Marinhense, o jogador éperemptório: é um jogo que temos deganhar, num derby, que é sempre umencontro imprevisível. O Marinhense éuma das melhores equipas deste campe-onato, por isso vai ser um encontrobastante difícil para nós”. O Guarda-

SP. Pombal com o pensamentona vitória no derby

redes Nuno Viseu tem sido um dospilares do Sp.Pombal, numa das melho-res épocas da carreira do veteranojogador. “Realmente tem sido uma épocaextremamente positiva da minha parte.Tenho jogado com regularidade e sinto-me feliz por ajudar o clube a realizaruma boa época”. Em relação ao jogoda próxima jornada, o guarda-redes doSp. Pombal mostra-se confiante atéporque “o Sp. Pombal joga bem comequipas que praticam um bom futebol,como é o caso do Marinhense. Estoumuito confiante. Acho que vamos somaros três pontos”, realça.O médio Rodolfo apesar das duasderrotas consecutivas continua a acredi-tar na subida. “Não esperávamos estasduas derrotas, após duas vitórias dianteo Sertanense e BC Branco. Agora vamostentar ganhar, para desta forma, manter-mo-nos na luta”.

Page 10: Nº 3 - 1 de Maio de 2009

O Marinhense continua a surpreen-der na 2ª fase do campeonato nacionalda III Divisão, série D, sendo a únicaequipa invicta nessa fase da prova. Aequipa de José Petana ganhou em Cas-telo Branco e mantém o 2º lugar, a umponto do líder, Sertanense, e já com seispontos de vantagem sobre o terceiro,Benfica e Castelo Branco. Segue-se oderby distrital com a recepção ao Sp.Pombal, que precisa de vencer na Mari-nha Grande para reentrar na luta pelasubida.

O Marinhense obteve um preciosotriunfo em Castelo Branco, por 3-2,isto quando partia para a jornada dopassado Domingo com três pontos devantagem sobre os albicastrenses. O

101 MAIO 2009

III DIVISÃO NACIONAL

Marinhense de “Gala” em véspera de derbyOrlando Joia conjunto vidreiro dominou o jogo, es-

teve sempre na frente do marcador eacabou por somar mais três pontos àdistância pontual inicial, estando ago-ra com a vantagem confortável de seispontos sobre o terceiro, até porque emPombal, os "Leões do Arunca" perdi-am frente ao Gândara (0-1) e, apesarde manterem o 4º lugar, já estão asete pontos de distância do Marinhen-se.

Triunfo alcançado a jogarmais de uma hora com 10

Mas não se pense que a vitória doMarinhense em Castelo Branco, foi umvitória qualquer, é que para a históriaficam os dois golos obtidos pelo avan-çado Pedro Santos e uma exibição me-morável deste "pequeno-grande" jogadore de toda a equipa.

A reforçar o mérito marinhense, ficao facto de ter jogado mais de uma horacom menos um elemento, por expulsão,por acumulação de amarelos do melhormarcador, Pedro Emanuel, aos 27 mi-nutos do primeiro tempo. Nessa altura ojogo estava empatado a uma bola, como golo inicial do Marinhense a ser daautoria de Bruno Filipe.

Em inferioridade numérica, PedroSantos, de livre directo, recolocou oMarinhense na frente, no entanto permi-tiu de novo a igualdade. Pedro Santosainda teve forças para enviar uma bolaao poste e, a cinco minutos do fim dojogo, em jogada individual, fazer o 3-2final.

São de vitórias destas que se fazemos campeões e o Marinhense demonstrater estofo, para alcançar a subida à IIDivisão.

Derby decisivo... para o PombalDomingo, pelas 16 horas, termina a

1ª volta desta fase da prova e o Munici-pal vidreiro recebe o derby distrital delongas tradições, Marinhense - Sp. Pom-bal, um jogo sempre de tripla.

No Marinhense, a ausência de Pe-dro Emanuel, a cumprir um jogo de cas-tigo será a nota de maior realce. Assimcomo a expectativa sobre o real momen-to de forma de Pedro Santos, que irá jo-gar frente a um clube que também já re-presentou.

Trata-se de uma partida vital para ospombalenses, pois caso percam ficamafastados da luta pela subida. Esta jor-nada pode até criar um fosso ainda mai-or entre os dois primeiros e as restantesequipas, pois, também o Benfica e Cas-telo Branco joga no extremo Oeste do seudistrito, na Sertã, frente ao líder da prova.

JOSÉ PETANA (TREINADOR AC MARINHENSE)

“A vitória será mais

um passo para o objectivo”

O que espera do derby frenteao Sp. Pombal do próximo Domin-go?

“É um jogo difícil, tal como deu paraver nos jogos da 1ª fase. Os derbys sãosempre imprevisíveis. Vamos nos preo-cupar connosco e também com algumassituações da equipa do Pombal, para ga-nharmos. A vitória é o nosso objectivonesta altura. É mais um passo para aquiloque ambicionamos nesta fase.

O Pombal joga bem no contra-ata-que, pressiona bem, mas vamos tentar

arranjar argumentos para contrariar essetipo de jogo do Pombal”.

Depois do triunfo em CasteloBranco, a equipa está ainda maismotivada.

“Jogámos cerca de 70 minutos comum elemento a menos e logo um joga-dor como o Pedro Emanuel, que é fun-damental na equipa. Mas a equipa este-ve bem, deu conta do recado. Mesmocom dez fomos uma equipa mais peri-gosa que o Castelo Branco. Mas são jo-gos diferentes, naquele jogo acertámoscom a estratégia e agora vamos prepa-rar a equipa para o jogo com o Pombal,

para ver se conseguimos ganhar, que eraimportante.”

Qual é o ponto forte da equipado Pombal?

“São os processos defensivos e o ata-que rápido. É uma equipa muito agres-siva, defende bem e sai muito rápido parao contra-ataque. Tem dois ou três joga-dores com muita qualidade e caso façaum golo será muito complicado dar avolta.”

Mas essas não são as caracte-rísticas do Marinhense?

“Não. Os modelos de jogo são to-talmente diferentes. O Marinhense éuma equipa organizada, sai de trás paraa frente, que raramente joga um futeboldirecto. Impõe velocidade e um ritmo forteno jogo. Tem um processo ofensivo comtransições muito rápidas.

Já o Pombal tem um jogo muito maisdirecto. O Marinhense com algumasequipas também o faz, mas joga um fu-tebol mais apoiado.”

Contra o Pombal, o Marinhen-se vai ser uma equipa “mando-na”, vai jogar para vencer?

“Sim, o Marinhense está a jogar emcasa e tem que assumir o jogo. Mas te-mos que também saber defender porqueo adversário não é fácil.”

A ausência de Pedro Emanuelvai obrigar a mexidas. A equipaestá preparada para jogar semuma das suas referências?

“É um jogador que nos ajuda imen-so. Cria desequilíbrios, é o melhor mar-cador desta série e a sua ausência obri-ga-nos a algumas mexidas e a pensar-mos bem quem é que vai jogar naquelaposição. É um jogador fundamental nanossa equipa. Temos que arranjar solu-ções, tal como fizemos noutras ocasiõesem que ele não jogou. Vamos à procurada melhor solução para ganharmos, queé o mais importante.”

Orlando Joia

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111 MAIO 2009

DIVISÃO DE HONRA

Portomosense ainda

não pensa na subida

No próximo Domin-go, receberá o Carangu-jeira, que este ano luta

A quatro jornadas do final da Divisão de honra da Associação de futebol deLeiria, ao Portomosense faltam-lhe apenas cinco pontos para garantir o campe-

onato e consequente subida à III Divisão nacional.

pela manutenção na Di-visão de Honra. É porisso que o treinador daformação de porto deMós, Rui Bandeira, nãoacredita em facilidades:

“Não há dinheiro para sustentar

uma equipa na III Divisão”Em contraste com o

Portomosense, o Giná-sio Clube de Alcobaçanão quer assumir a su-bida de divisão, masquer alcançar o lugarmais alto possível nestaépoca. No próximo Do-mingo, os alcobacencestêm uma deslocaçãocomplicada a Figueiródos Vinhos, que lutapela manutenção. ParaGonçalo Raimundo, oclube com quem vãodefrontar no Domingoestá numa fase em cres-cendo:

“O Figueiró fez umasegunda volta muito

boa. Vai ser uma desloca-ção complicada, e aindapor cima temos quatro jo-gadores lesionados: o Fá-bio, que não joga mais oresto da época, o NunoSousa, que ainda recupe-ra da fractura no narizque sofreu na deslocaçãoà Vieira, o Marco Alves,que tem uma tendinite nopé, e o Sérgio Ventura, comuma entorse no pé. Aindaesperamos que o MarcoAlves e o Sérgio Venturasejam recuperáveis paraDomingo, mas não doucertezas”, afirmou.

Apesar destas condici-onantes, o treinador acre-

dita num bom resultado etentar diminuir a diferen-ça de sete pontos que tempara o Portomosense:“Não vai ser fácil, masvamos entrar em campopara conseguirmos os trêspontos que estão em dis-puta”, declarou.

Para finalizar, Gonça-lo Raimundo comentou arazão pelo qual o Ginásiode Alcobaça ter abdicadoda subida à II Divisão, nãodeixando de largar algu-mas “farpas” para o actu-al modelo e a futura remo-delação do quadro com-petitivo, previsto para2010: “A direcção decidiu

que não iríamos subir dedivisão, caso consigamosacabar a época no pri-meiro lugar. As questõesfinanceiras pesaram-nosnesta decisão, pois nãohá dinheiro para susten-tar uma equipa na III Di-visão nacional. E aindapor cima, o actual qua-dro competitivo vai ser for-temente alterado na pró-xima temporada, com aextinção desta categoria.Portanto, com estes fac-tores, não vale a panasubir, nem que seja poruma época”, concluiu.

P.A.T

“Vai ser um jogo difícil.O lugar que o Carangue-jeira ocupa não corres-ponde à qualidade doseu plantel. Temos quepensar jogo a jogo para

ver se alcançamos osnossos objectivos, queforam delineados no iní-cio da época”, afirmou.

Com doze pontos emjogo, e actualmente comsete de avanço sobre oGinásio de Alcobaça, osegundo classificado, oPortomosense poderá co-memorar o campeonatoeste fim de semana, casovençam e o Ginásio per-ca ou mesmo empata nasua deslocação a Figuei-ró dos Vinhos. Contudo,o treinador não embarcaem euforias: “Depende-mos de nós para sermoscampeões, isso é certo.Mas como acreditamosque o Alcobaça tambémganhe o seu jogo em Fi-gueiró, portanto, só da-qui a dois jogos é que co-meçaremos a pensar re-almente na conquista docampeonato e na conse-quente subida”, concluiu.

Paulo Alexandre

Teixeira

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121 MAIO 2009

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131 MAIO 2009

OPINIÃO

Jorge Coroado

Zelar pelo cumprimento dasduas regras, em jeito deintrodução apresentadas aoscaros leitores nos númerosanteriores, como das restan-tes quinze, compete aoárbitro, elemento que relati-vamente a si próprio, definin-do quais e em que circuns-tâncias deve utilizar, aplicar eexecutar a prerrogativaspróprias do código do jogo eem quem as entidadesorganizadoras confiam parao prestígio e integridade dascompetições, possui uma Leiespecífica designada por LeiV – O Árbitro. A referidaregra define a autoridade doárbitro, esclarece os poderese deveres do mesmo. Asaber:

A autoridade do árbitro:Cada jogo será controladopor um árbitro, o qual terá

Arbitragem

escrita

• Permitirá que o jogoprossiga até que abola estejafora de jogo se entender queum jogador está levementelesionado.• Assegurar-se-á de quequalquer jogador que sofrade ferida sangrenta saia doterreno de jogo. O jogadorsó poderá reingressar noterreno de jogo após sinal doárbitro, o qual se certificaráde que a ferida tenhadeixado de sangrar.• Permitirá que o jogocontinue se a equipa contraa qual haja sido cometidauma infracção beneficie deuma vantagem e sancionaráa infracção inicialmentecometida se a vantagemprevista não surta efeito.• Castigará a infracção maisgrave quando um jogadorcometa mais de uma infrac-ção ao mesmo tempo.• Tomará medidas discipli-nares contra os jogadoresque cometam infracçõesmerecedoras de advertênciaou expulsão. Não estáobrigado a tomar medidasimediatamente, mas deveráfazê-lo assim que o jogo sejainterrompido• Agirá disciplinarmentesobre os elementos técnicosdas equipas que não secomportem de forma correc-ta e poderá, se o entendernecessário expulsá-los doterreno de jogo e zonasadjacentes.• Agirá conforme as indica-ções dos seus árbitros

autoridade total para fazercumprir as Regras do Jogono encontro para que tenhasido designado.

Poderes e deveresO árbitro:• Fará cumprir as Regras doJogo• Controlará o encontro emcolaboração com os doisárbitros assistentes e, sempreque a situação requeira,com o quarto árbitro.• Assegurar-se-á de que asbolas utilizadas correspon-dem às exigências da RegraII - A Bola.• Assegurar-se-á de que oequipamento dos jogadorescumpre as exigências daRegra IV – Equipamento dosJogadores.• Actuará como cronometris-ta e tomará nota dos inci-dentes que ocorram duranteo Encontro• Interromperá, suspenderáou terminará o jogo quandojulgue oportuno, em situa-ções que firam gravementeo espírito e letra das Regras.• Interromperá, suspenderáou terminará o jogo porqualquer tipo de interferên-cia externa.• Interromperá o jogo seentender que um jogadortenha sofrido lesão grave,encarregando-se que omesmo seja para fora doterreno de jogo. Um jogadorlesionado só poderá retornarao terreno de jogo depoisque o jogo seja reiniciado.

As equipas de Futsal Séniore Júnior Femininas doCentro Recreativo daGolpilheira estão inteira-mente de parabéns.Ambas as equipas conquis-taram a Taça e Campeona-to Distrital. Foram quatrotítulos numa só época.Sendo, ainda, de salientar,que um quinto título poderáser conquistado pelaequipa Sénior, visto que,por direito, como campeã,irá participar na TaçaNacional, onde, hoje, teráo primeiro confronto frentea uma equipa da região –CEF de Fátima, havendoposteriormente umadeslocação aos Açorespara mais um encontro dorespectivo grupo.Sem dúvida que todosaqueles que trabalharampara esta realidade estãointeiramente de parabéns.Mas, se a todos estestítulos juntarmos os factosde a equipa Júnior con-quistar a Taça Distrital pelaterceira vez consecutiva ea equipa Sénior arrecadaro título de pentacampeã,podemos, então, sublinharque o Futsal na Golpilhei-ra tem conseguido uniratletas de grande qualida-de assim como umatreinadora de eleição –Teresa Jordão.Mais... a treinadora TeresaJordão é a técnica deambas as equipas...O Futsal Distrital tem nasequipas femininas daGolpilheira uma referênciade rigor e brilhantismo,onde o prazer de jogaraliado ao treino, mais doque profissional, têm sidoas verdadeiras armas paraconquistar Taças.

Golpilheira

de parabéns

Quando reentrar num

estádio cheio, sequioso

de um bom espectáculo

e de bons intérpretes,

Pepe irá sorrir?

"O rapaz passou por ummomento de loucura". Foimais ou menos nestes termosque Juande Ramos, o treina-dor do Real Madrid, comentouo inacreditável lance protago-nizado por Pepe na semanapassada. O lance correumundo, as imagens multiplica-ram-se, enfim, uma mápropaganda para o futebol emuito em especial para ointernacional português.Naquele fatídico minuto, Pepepassou, de certeza, por ummomento de loucura, únicajustificação possível paratentar compreender (?) a suainconcebível atitude.

As opiniões, todas elas,condenaram naturalmente oacto. Nada mais há a fazer epouco mais, acrescente-se, háa dizer. Mas cheguei a ouvirdizer que Pepe estaria habitua-

mal dirigido, mal apitado, maljogado, mas nunca vi nadaparecido. A agressão penali-zou Pepe de imediato, asrepercussões são as conheci-das, e a confissão do defesa,por tão natural que foi - "nãosei o que me passou pelacabeça" -, dispensa que sefaçam comparações oucomentários na tentativa deextrapolar o sucedido.

Já vi jogadores agrediremseleccionadores e seleccionado-res agredirem jogadores, masnunca tinha visto, repito, umjogador pontapear outro, caído

Momento

de loucura

Hélio Nascimento

no chão e que nada lhe fizera,de forma tão brutal. Pepe foicastigado com 10 jogos e se asanção fosse maior nadahaveria a apontar. Naquelefatídico minuto Pepe até pôs emcausa a sua própria carreira. Oque leva um homem, no casojogador de futebol, a procederassim, perante milhares - quedepressa passaram a milhões -de pessoas, todas elas atónitascom o que estavam a presen-ciar?...

"O rapaz passou por ummomento de loucura". Passou,de certeza. Oxalá recupere alucidez necessária paraultrapassar aquele negrominuto e voltar a sorrir. Nãovai ser fácil. Quando reentrarnum estádio cheio, sequiosode um bom espectáculo e debons intérpretes, Pepe irásorrir? Não vai ser fácil.

Adélio Amaro

[email protected]

Deixa jogar 4assistentes relativamente aincidentes que não tenhapodido observar.• Não permitirá que pessoasnão autorizadas entrem noterreno de jogo.• Reiniciará o jogo apósqualquer interrupção.• Remeterá às autoridadescompetentes um Relatório dejogo, referenciando todas asacções disciplinares quetenha tomado contra jogado-res, elementos técnicos ououtros elementos oficiais deambas as equipas e sobrequalquer outro incidenteque haja ocorrido antes,durante e depois do jogo.

Decisões do árbitroAs decisões do árbitro sobrefactos em relação com ojogo são definitivas.O árbitro poderá modificaruma decisão unicamente sese apercebe de a inicialmen-te assumida é incorrecta ou,se julga necessário, confor-me indicação de um árbitroassistente, sempre que ojogo não haja sido reiniciadoou tenha terminado.

Esta regra comporta trêsdecisões do InternationalBoard sem implicaçãodirecta na condução do jogomas que salvaguardam osárbitros perante aqueles quetendem e persistem emreclamar das decisões poreles assumidas.

do às arbitragens do campeo-nato português, com a torpeinsinuação de que por cá,afinal, vale mesmo arrancarolhos! É de pasmar! O nossofutebol pode ser pobrezinho,

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Com o título de campeão distrital jáestá garantido, no passado domingo, apresença na final da Taça da Associa-ção de Futebol de Coimbra também fi-cou carimbada. O entusiasmo voltou avestir-se de azul e vermelho.

Se no plano financeiro, o popular clu-be da Arregaça continua "ligado à má-quina", mercê das muitas dívidas acu-muladas ao longo dos últimos anos e,claro, de alguma gestão nem semprecoerente com as possibilidades, na ver-tente desportiva as coisas mudam de fi-gura, trazem algum do entusiasmo per-dido ao longo desta travessia do desertoe relançam um cenário bem mais ani-mador. Depois de ter garantido o regres-so aos campeonatos nacionais, semgrande oposição, sublinhe-se, o Uniãode Coimbra garantiu, também, a pre-sença na final da Taça distrital. Uma "do-bradinha" sempre interessante e galvani-zadora…

Prestes a celebrar 90 anos, o clubeconimbricense parece estar a reerguer-se. Talvez contra aquilo que muito boagente chegou a pensar, mormente de-pois de despoletados todos os processosonde a crise financeira era razão comum.Agora, devagarinho, é certo, pois o pas-sivo, a rondar o milhão e 600 mil euros,não permite grandes velocidades, brilhauma luz forte no "fundo do túnel". Nemeuforias desmedidas, como as que osadeptos têm vivido, domingo após do-mingo, na presente época desportiva.Decorridas 25 jornadas, a equipa con-quistou 22 vitórias, 2 empates e apenasuma derrota, o que se traduz em 18 pon-tos de avanço sobre o 2.º classificado -que conta mais um jogo disputado.

A juntar à conquista do campeona-to, a equipa comandada pelo jovem trei-nador Pedro Ilharco também já garantiua presença na final da Taça da Associa-ção de Futebol de Coimbra, onde irádefrontar o também histórico Marialvas,de Cantanhede. "Propusemo-nos no iní-cio da época ganhar também este tro-

O espectro do fecho de portas chegou a pairar entre os unionistas,

mas os êxitos desportivos parecem ter dado um novo alento ao clube

141 MAIO 2009

FUTEBOL

União de Coimbrarenasce das cinzas

A pouco mais de dois meses de festejar o 90.º aniversário, o União de Coimbra já recebeu a prenda que,seguramente, mais desejaria: a subida ao terceiro escalão nacional! Uma prenda antecipada, sem dúvida,

mas… claramente merecida! E está no bom caminho para receber outra.

féu", diz convicto o treinador. O presi-dente Carlos Félix acrescenta: "Fiz umpedido muito especial à equipa, no sen-tido de dar mais esta alegria aos sócios".

O segredo do sucesso, de acordocom o treinador, assentou em trêspilares:"qualidade do plantel, competên-cia do trabalho desenvolvido e a orga-nização que a Direcção proporcionou àequipa" . Mas Ilharco salienta outro fac-to incontornável:" o aproveitamento daformação do clube. A juntar à baixamédia de idades do plantel - 22 anos -,13 dos 22 atletas são provenientes dosescalões jovens. É este o caminho a se-guir. Se já o deveria ser no futebol pro-fissional, mais se torna imperioso na 2.ªe 3.ª divisões, devido às dificuldades fi-nanceiras que existem", observa, adian-tando que se devem "impor valores comoo sentimento forte pelo clube que se re-presenta".

Dívidas que não acabamAs vitórias sucedem-se, é certo, mas

os problemas de tesouraria também. Opresidente do clube, no cargo há menosde um ano, tenta pôr água na fervura.Ainda há" um longo e penoso caminhoa percorrer, embora hoje em dia já serespire um pouco melhor…"

Com as receitas penhoradas, pelasdívidas ao fisco e à Segurança Social,com o património quase todo delapida-

do e com inúmeros processos judiciaisinterpostos por antigos jogadores, a es-perança unionista reside na concretiza-ção de um projecto imobiliário na Arre-gaça, que não apenas contempla a re-

Paulo Rodrigues

HISTORIALClube de Futebol

União de Coimbra

Fundação: 2 de Julho de 1919Modalidades: futebol, futsal, aikido e judo

Títulos:FutebolCampeão Nacional da 2.ª Divisão (Época 1971/72)Campeão Nacional da 3.ª Divisão (Época 1980/81)

Pesca DesportivaCampeão Nacional da 3.ª Divisão (Época 1984/85)

AtletismoCampeão Nacional da 3.ª Divisão (Época 1986/87)

NataçãoCampeão Nacional da 3.ª Divisão (Época 1987/88)Campeão Nacional da 3.ª Divisão em femininos (Época 2000/01)

JudoCampeão Nacional da por Equipas (Época 1996/97)

conversão urbanística daquela zona, mastambém um novo recinto desportivo euma área habitacional.

O projecto já foi aprovado pela Câ-mara Municipal de Coimbra e ratificadona Assembleia Municipal, e também jáexiste um grupo económico, ligado aoramo imobiliário, disposto a concretizá-lo - em contrapartida, propõe-se pagaro passivo do clube.

O presidente do clube diz que "aindahá um longo caminho a percorrer", em-bora as reuniões com os responsáveisautárquicos estejam "a correr bem". "Esteprojecto continua a ser a salvação doclube, mas continuamos com dívidas in-findáveis", lamenta, numa crítica implí-cita aos seus antecessores. Isto porque,constata, "todos os dias nos aparece umanova dívida para pagar, e ninguém sabede nada. É uma coisa que nunca maisacaba", conclui.

Direitos

rese

rvados

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151 MAIO 2009

DISTRITAL

Ansião

No final da tempora-da , dado não ter segui-do para a formação séni-or do Sp.Pombal, o irmãoRicardo Silva, técnico doAnsião, endereçou o con-vite para o jogador inte-grar o plantel do Ansião.“ Do lote de reforços quepretendia para o Ansião,o André encaixava-sedentro do perfil traçado ejuntamente com a direc-ção do clube, endereça-mos –lhe o convite e eleaceitou”, recorda. “O An-sião é um bom clube e temmuitos jogadores que co-nheço perfeitamente. Evi-dentemente, pesou tam-bém na minha decisão, ofacto de o treinador ser omeu irmão.” Desde o iní-cio da época, André Silvatem sido uma opção re-gular no onze de RicardoSilva . O técnico da for-mação líder da 1ªdistritalZona -Norte realça que “oAndré é um jogador comotodos os outros no balne-ário do Ansião e é trata-do da mesma forma. Temsido um dos jogadoresmais utilizados, porquetem trabalhado para isso”.André Silva sorri: “ osmeus colegas brincamcom isso, pelo facto dotreinador ser meu irmão eeu compreendo perfeita-mente e aceito de bomgrado as piadas que man-dam”. André Silva já foivárias vezes substituído,mas salienta que aceita asopções do irmão. “Respei-to as opções dele, comode qualquer outro treina-dor. É lógico que houvevezes que não fiquei mui-to contente, mas um joga-dor sabe que o futebol éassim”. Em casa, o fute-bol é um assunto que vemsempre à baila e o Ansião

Cid Ramos

A Época “Dourada”O Ansião tem protagonizado uma espectacular campanha na 1ªdistrital-Zona Norte e encontra-se nas meias-finais da Taça Distrital.No comando técnico está o treinador mais jovem dos campeonatos distritais da AF.Leiria, Ricardo Silva, que tem a particularidade de

ter no seu grupo de trabalho, o seu irmão André Silva, a cumprir a primeira época de sénior. André Silva ,na temporada passadarepresentou a formação júnior do Sp.Pombal, que logrou a subida à primeira divisão.

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a

ANDRÉ SILVAAndré Silva cumpre a primeira época de séniorno Ansião e em relação ao seu futuro mostra-

se expectante. “Eu estou num bom clube. Eainda mais, com a época que estamos a

realizar”. Contudo salienta. “Todos os jogado-res sonham dar o salto e eu não fujo à regra.

Vamos ver se surge algo, se acontecer e forbom para mim, irei debruçar-me sobre o

assunto e tomar uma decisão”. O Jogador nascamadas jovens representou o Sp.Pombal,

Académica e Naval, tendo como ponto alto asubida à primeira divisão nacional de junio-

res, em representação do Sp.Pombal. “Foiinesquecível a campanha que realizamos, um

ano espectacular e com uma equipa recheadade jogadores de qualidade. Sinto muito

orgulho em ter contribuído para esta campa-nha que vai ficar na história do clube “,

refere. A terminar reconhece. “Jogo futebolcom prazer, mas a minha vida profissional é aminha prioridade. Espero conseguir conjugar

as duas coisas.”

Ricardo SilvaRicardo Silva com 27 anos é o treinador mais

jovem dos campeonatos distritais a nívelsénior da AF.Leiria. O jovem treinador reco-

nhece que “ estou num clube com homens deH grande e isso deixa-me extremamentesatisfeito. É a minha segunda época no

Ansião e estou de corpo e alma neste clube.Só tenho que agradecer-lhes a confiança que

têm depositado em mim”. Contudo, salienta“tenho ambição de crescer como treinador.

Sei que ainda tenho muito que aprender, masquero dedicar-me cada vez mais a esta área,

embora tenho noção que estou tambémdependente da minha vida profissional. Nestemomento permite me conciliar as duas coisas

e isso deixa-me extremamente feliz”. Otreinador ansianense começou a treinar aos

vinte anos ao lado de Vítor Gato noSp.Pombal B. “ Foi aí que tudo começou.

Devo muito ao mister Vitor Gato. É umgrande treinador, mas acima de tudo, um

grande homem. Claro que também aprendicom outros, mas este é especial, porque

acima de tudo, é um bom amigo”.

o tema em destaque, re-conhece Ricardo Silva: “énormal falar-se muito doclube que representamos .Falamos sobre tudo e da-mos a nossa opinião sobrevários assuntos. Por vezesnão concordamos, mas res-peitamos sempre a opiniãoum do outro”. Contudo,questões de balneário nãosão discutidas. “Apenas fa-lamos sobre os jogos e da-mos a nossa opinião.”

“Queremos chegarà final da Taça”O Ansião, esta época,

volta a protagonizar umaóptima campanha na Taçadistrital de Leiria, após naúltima temporada ter sidofinalista . O técnico Ri-cardo Silva salienta o“bom percurso”. “Chegá-mos a esta fase com intei-ro mérito. Confesso que

tivemos alguma felicidadecom o Juncalense, em quevencemos apenas no pro-longamento. Diante do Al-cobaça, realizamos umamá primeira parte e con-fesso que ao intervalo, oresultado era injusto, masno segundo tempo, de-monstramos todas as nos-sas qualidades como equi-pa e penso que vencemosbem.”Já André Silva reco-nhece a qualidade da tur-ma ansianense. “Temosum bom lote de jogado-res, alguns dos quais,com valor para estar emcampeonatos nacionais,por isso não é de estra-nhar, esta campanha naTaça”. Os irmãos sonhamcom a presença na final,o que a confirmar-se, seráa terceira vez consecutivaem que o Ansião marcapresença. Recorde-se que

há duas temporadas, sobo comando de Paulo Ne-ves, o Ansião conquistouo troféu por 1-0, com umgolo de Poquinha na par-te final do encontro.

Primeiro a subida,depois o título

de campeão distritalO Ansião lidera desde

as primeiras jornadas, ins-talado no primeiro lugarda 1ªdistrital e a subidaestá quase confirmada.André Silva confia na su-bida . “ Temos feito umagrande campanha e osresultados estão a vista detodos. Ainda faltam algu-mas jornadas para termi-nar o campeonato, mastodos estamos confiantesque tal vai acontecer”. JáRicardo Silva salienta obom campeonato que oAnsião está a realizar.“Desde o início da épocaque apontamos a subidacomo objectivo principal,até pelo valor da nossaequipa. Sabíamos dasdificuldades, até pelovalor dos nossos adver-sários, mas desde cedo,começamos a deter algu-ma vantagem e nestemomento estamos a umpequeno passo da subi-da”. Depois de consu-mada a promoção, queparece já não poder fu-gir ao Ansião, os objec-tivos viram-se para o tí-tulo de campeão distritalda 1ªdivisão-Zona Nor-te. Para André Silva se-ria um feito importantepara o clube e a nívelpessoal. “Seria o primei-ro título no escalão séni-or e logo na época deestreia. Acho que seriamuito bom para mim e,claro, para o clube tam-bém”, considera. Ricar-do Silva partilha a opi-nião, mas mostra-se cau-

teloso. “Primeiro há queassegurar a subida de di-visão e depois, se conse-guirmos o primeiro lugar,podemos aspirar ao títu-

lo de campeão. Seria umgrande feito para o clu-be, que dentro de poucotempo, vai dispor de umcomplexo desportivo”.

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Como foi o início da sua car-reira?

Entrei nas escolinhas do Duque Caxi-ense em 2003, com apenas 16 anos, efoi aí que comecei a tentar concretizar omeu sonho de jogar futebol. Aos poucoscomecei a aprender ainda mais, e no anoseguinte, durante um jogo de treino, fuiobservado pelo Bom Sucesso, do Rio deJaneiro. Gostaram da minha prestação,e convidaram-me para ir para lá. Aceitei,e acabei por fazer uma boa temporada,apontando alguns golos, o que me valeu

“PENSEI ABANDONAR O FUTEBOL!”

16 1 MAIO 2009

ENTREVISTA

Entrevista de Eduardo Marques

Chegou a Leiria há pouco maisde dois meses, tempo que já foisuficiente para ver o seu nomeassociado a um dos grandesclubes do futebol português, nocaso, o Sporting. Nesta entrevis-ta ao DESPORTOTAL, Carlãoafirma nada saber sobre oassunto, ainda que não rejeite aideia de que esse é um sonhoque qualquer futebolista tem.Para além deste tema, abordaoutros sem qualquer tabu,demonstrando ser uma pessoaafável. Com apenas 22 anos,podemos estar na presença deum jogador a seguir com aten-ção no futebol português…

Carlão, o “atacante do momento”…

“O Olhanense é um adversário difícil mas se formos a equipa que temos sidonas últimas jornadas, temos condições para vencer!”

mais uma transferência, para o Campi-nas. Disputei o Paulistão e a Taça, e pen-so que também estive bem, e continuei amarcar golos. Até se chegou a levantar ahipótese de ir para o Grémio de Porto Ale-gre, mas acabou por não se concretizar.

Depois disso teve alguns pro-blemas.

Sim. Fiquei desempregado, por pro-blemas burocráticos com a minha ins-crição, o que me levou a ter que aban-donar o futebol durante 6 meses. Penseiseriamente em deixar de jogar futebol devez! Fui trabalhar para uma fábrica, noRio de Janeiro, onde estive quase 2 anos.A minha sorte foi que uma pessoa quetinha sido preparador físico do São Cris-tóvão, e continuava a gostar do clube,me tenha visto jogar na rua, com osamigos, e tenha gostado de mim. Abor-dou-me, e perguntou-me se eu estavainteressado em ir treinar ao São Cristó-vão. Eu aceitei, comecei a ir 2 ou 3 ve-zes por semana, fiz alguns jogos de trei-no, e assinei contrato. Como não podiaficar logo na equipa, fui emprestado du-rante 3 meses ao Duque de Caxias. Nofinal desse tempo regressei, e joguei oCampeonato Estadual do Rio de Janeiropelo São Cristóvão, ajudando a equipacom alguns golos.

Depois de andar com a “casaàs costas”, como surge a oportu-nidade de vir para Portugal?

Foi através de um empresário queassistia aos jogos do São Cristóvão, o

senhor Murilo Maia. Disse-me que ha-via a hipótese de vir para cá, o que medeixou muito feliz. Afinal, qual é o brasi-leiro que não sonha em jogar na Euro-pa?

Ainda assim, correu o risco devir à experiência. Podia não tersucesso e teria que regressar aoBrasil.

Sim, claro. Sabia disso, porque iaprestar provas. Se não corresse bem, re-gressava ao meu país. Mas também ti-nha consciência de que tinha que dartudo de mim, para conseguir agradar àspessoas, e realizar este sonho. Felizmente,tudo correu pelo melhor, e ao fim de 2dias, o mister Manuel Fernandes deu oaval à minha contratação.

Gostaram tanto de si, que noinício, tinha contrato apenas atéfinal da época, e agora já reno-vou até 2012.

É verdade. Lutei muito para poderagradar às pessoas e ficar aqui. Depoisde o conseguir, continuei a trabalhar, eos responsáveis da União de Leiria gos-taram da minha aplicação, e renovaram-me o contrato.

Sou um ponta de lança típico,

um verdadeiro homem de área.

Gosto muito de fazer golos.

Notícias recentes apontavam no sentidodo Sporting estar “de olho” no Carlão. Oque tem a dizer sobre este assunto?

A única coisa que posso garantir é quenunca fui contactado por ninguém do Sporting.Nem eu nem tão pouco o meu empresário. Nãosei de onde é que saiu essa notícia, e porque éque foi divulgada na comunicação social.

A ser verdade esse interesse leonino,vê-lo-ia com bons olhos, certamente.

Lógico! Qual era o jogador que rejeitariajogar num grande clube em Portugal como é oSporting? Eu também não fujo à regra e,como todos, quero dar o salto. Mas tudo notempo certo. Mas isso, como já disse, não temfundamento, e neste momento, o meu princi-pal objectivo é trabalhar para ajudar a Uniãode Leiria a alcançar os seus objectivos.

“NUNCA FUI CONTACTADOPOR NINGUÉM DO SPORTING”

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ENTREVISTA

O PERFIL DE CARLÃO

Nome: Carlos Alexandre

de Souza Silva

Data de Nascimento:01 de Agosto de 1986 (22 anos)

Naturalidade:Caxias – Rio de Janeiro

Brasil

Nacionalidade: Brasileira

Posição: Avançado

Altura: 190 cm

Peso: 78 kg

Número da camisola: 83

Clube do coração: Flamengo

Como encaram o próximo jogodo campeonato, com o Olhanen-se?

Com toda a normalidade. Sabemosque é um jogo muito difícil, contra olíder do campeonato, mas penso quese formos a equipa que temos sido atéagora, temos todas as condições paravencer.

Com esta série impressionantede bons resultados, o União deLeiria está mais perto do que nun-ca dos lugares que dão acesso àsubida.

Certo. Temos vindo a fazer excelentesjogos, conseguindo resultados muito im-portantes, como foi o caso da última vitó-ria no terreno do Desportivo das Aves. Aequipa está muito bem, muito concentra-da em dar tudo para alcançar a subida.

A recepção ao Olhanense é umjogo decisivo. Concorda?

“ACREDITAMOS MUITO

NA SUBIDA DE DIVISÃO”Sim, temos que aceitar que é decisi-

vo. Não que isso nos traga uma pressãonegativa, antes pelo contrário. Penso quetemos qualidade suficiente para podervencer a partida, se actuarmos ao nossonível. Jogamos em casa, temos o apoiodos nossos adeptos, conhecemos muitobem o terreno de jogo, e tudo isso sãoaspectos importantes e que temos queaproveitar, para dar o nosso melhor econquistar os três pontos.

Depois da derrota do Santa Cla-ra na jornada anterior, o grupoficou ainda mais motivado?

Claro! É sempre bom quando os ad-versários perdem pontos. Ainda assim,temos que nos concentrar a fundo nonosso trabalho, e realizá-lo da melhormaneira, porque se nós não resolvermosos nossos problemas, ou seja, se nãoganharmos os nosso jogos, de nada nosvale o facto de os adversários directosperderem pontos.

Mesmo estando no clube hápouco tempo, o que pensa sobrea União de Leiria?

É com muito prazer que representoesta instituição. É um clube que tem ex-celentes condições de trabalho, o quemotiva ainda mais os seus jogadores. Aspessoas são muito boas, e penso quesomando tudo isto, o União de Leiriamerece estar na principal divisão do fu-tebol português!

Acredita que ainda vão a tem-po de conseguir concretizar o so-nho da subida?

Claro! Estamos a fazer uma exce-lente segunda volta, e depois da che-gada do mister Manuel Fernandes aequipa tem subido muito. Estando tãoperto dos lugares de subida como esta-mos neste momento, a nossa obrigaçãoé dar tudo o que temos para chegar àPrimeira Liga.

Já se sente à vontade dentrodo grupo? A integração foi fácil?

Sim, sinto-me muito bem! Todo o gru-po me recebeu muito bem, especialmen-te o Cássio e o Thiago Leal, que me aju-daram imenso. Depois disso, libertei-mee estou perfeitamente integrado.

“O CLUBE

MERECE ESTAR

NA LIGA SAGRES”Como se define enquanto jo-

gador?Sou um ponta de lança típico, um

verdadeiro homem de área. Gosto mui-to de fazer golos. Prefiro jogar mais fixo,perto da baliza, mas se o treinador en-tender que devo sair desse espaço para“cair” nas alas, também o faço. Primei-ro está o colectivo.

No actual esquema táctico daequipa, joga lado a lado com Cás-sio. O vosso entendimento dentrode campo é bom?

Sim, é muito bom. A prova disso sãoos golos que a equipa tem feito. Até te-mos algumas características em comum,ambos preferimos estar na área, mas fe-lizmente tudo tem corrido bem, e esta-mo-nos a entender na perfeição.

Nos jogos em casa, o clube nãocostuma ter muita assistência. Oque pensa sobre isto?

Não sei, talvez a própria cidade nãogoste muito de futebol. Mas os adeptosque nos acompanham puxam muito pornós.

Refere-se, nomeadamente, àclaque Frente Leiria, que está sem-pre presente.

Precisamente! A claque dá-nos sem-pre uma forcinha extra, e o apoio delesé muito importante para a equipa. Nóssentimo-nos bem quando as coisas cor-rem bem.

SOU UM HOMEM

DE ÁREA

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181 MAIO 2009

ATLETISMO

23ª MILHA DE CRISTAL

Teixeira e Damião voltam

a ganhar Milha de Cristal

Em femininos, Mónica Rosado Maratona fez as despesasda corrida e viu, na longa rec-ta final, a favorita Sandra Tei-xeira do Sporting fugir para maisum êxito. O quarto triunfo deSandra Teixeira nas últimas cin-co edições da prova, onde ape-nas perdeu para a VidigalenseLilian Silva, em 2005.

Nesta prova, destaque paraa júnior, Daniela Cunha, daVárzea, que acabou por cortara meta no 2º lugar da geral, àfrente de Mónica Rosa, quecorreu em casa, pois, apesar denão ser natural da MarinhaGrande, mudou a sua residên-cia para a cidade vidreira embusca de melhores condiçõespara praticar a modalidade ediz que é por lá quer quer ficar,já se considera marinhense.

Em Elites masculinos, Ma-nuel Damião repetiu o sucesso

Orlando Joia

Foi perante muito público que as ruas da Marinha Grande receberam a 23ª edição da Milha de Cristal. Mais um su-cesso a juntar a tantos outros. Uma excelente organização, com percurso e horários a serem cumpridos com rigor.

Depois de várias corridas, para os escalões etários mais jovens. Chegou-se às corridas de Elites e aí, os mesmos vence-dores da edição do ano passado. Sandra Teixeira e Manuel Damião.

23ª MILHA DE CRISTAL – 2009

Seniores Masc.1º Manuel Damião (Conforlimpa) 4.072º Hélio Gomes (Sporting) 4.083º Luís Pinto (Marítimo) 4.104º Tiago Rodrigues (Sporting) 4.115º Ricardo Paixão (Benfica) 4.12Seniores Fem.1ª Sandra Teixeira (Sporting) 4.462ª Mónica Rosa (Maratona) 4.523ª Carla Martinho (ADERCUS) 5.04Veteranos Masc.1º Delfim Conceição (Joane) 4.342º Jorge Pinto (Fornos) 4.353º António Costa (Várzea) 4.38Juniores Masc.1º João Leal (Juv. Vidigalense) 4.332º Rui Gonçalves (CA Mª. Grande) 4.433º David Cunha (Várzea) 4.48Juniores Fem.1ª Daniela Cunha (Várzea) 4.502ª Catarina Lima (Várzea) 5.123ª Susana Rosa (ADERCUS) 5.35Juvenis Masc.1º José Neves (J. Vidigalense) 4.492º Bruno Pedro (Casais do Vento) 4.513º Simão Vazão (Pedreiras) 4.53Juvenis Fem.1ª Marisa Ferreira (Várzea) 5.132ª Joana Correia (Zona Alta) 5.493ª Catarina Francisco (J. Vidigalense) 6.02Iniciados Masc.1º Benedito Santo (Vermoil) 4.572º Oleh Palamarchuk (CA Mª. Grande) 4.583º Eduardo Silva (Zona Alta) 5.06Iniciados Fem.1ª Daniela Cruz (Pedreiras) 5.452ª Ana Oliveira (J. Vidigalense) 5.493ª Rita Vicente (Torreense) 5.50Infantis Masc.1º Afonso Esteves (Torreense) 5.312º André Batista (Torreense) 5.413º João Silva (CA Mª. Grande) 5.45Infantis Fem.1ª Joana Ferreira (J. Vidigalense) 5.402ª Tatiana Rodrigues (CA Mª. Grande) 5.563ª Clara Paim (J. Vidigalense) 6.00Benjamins B Masc.1º Rafael Batista (Torreense) 3.552º Miguel Alendouro (Gui. Stephens) 4.023º Tomás Marreiro (Vermoil) 4.05Benjamins B Fem.1ª Carolina Lopes (Carnide) 4.072ª Bárbara Andrade (J. Vidigalense) 4.093ª Sónia Machado (Pedreiras) 4.12Benjamins A Masc.1º João Vazão (Pedreiras) 3.352º Eduardo Oliveira (Bairro Anjos) 3.423º Celso Vieira (J. Vidigalense) 3.43Benjamins A Fem.1ª Daniela Fernandes (Torreense) 3.262ª Eunice Ferreira (J. Vidigalense) 4.093ª Marina Nunes (Vieirense) 4.16

do ano passado, ele que tam-bém já tinha ganho em 2006.Agora já sem as cores do Ma-ratona, mas sim a correr pelaConforlimpa, o experiente atle-ta soube gerir o seu esforço elançar um ataque na parte fi-nal da partida, deixando paratrás a concorrência, isto ape-sar de mais jovens.

Foi por apenas um segun-do que Manuel Damião bateuo sportinguista Hélio Gomes,que no ano passado havia ter-minado no 3º lugar. No tercei-ro posto, terminou Luís Pinto doMarítimo, que se impôs nosprint final ao atleta do Spor-ting, Tiago Rodrigues.

SANDRA TEIXEIRA (VENC. SEN. FEMININOS)

“Sinto um

carinho enorme

nesta prova”

"Adorei mais uma vez estar na MarinhaGrande, é sempre bom correr com tanto públi-co. Esta milha é quase toda plana, o que mebeneficia, porque sou uma atleta de pista".

"Não foi fácil, a Mónica meteu um andamen-to bastante rápido e eu tentei gerir o esforço parachegar à parte final forte, porque muitas vezesestas provas decidem-se aí, e foi o que eu fiz".

"Faço questão de vir sempre a esta Milha,porque é uma das poucas provas à noite e euadoro fazer provas à noite. O público éexcelente no apoio. Sinto um carinho enormenesta prova".

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VOLEIBOL

“A equipa masculina vai acabar”Há 5 anos que joga pela Associação Académica de Coimbra. Conhece a casa e as jogadoras. A sub-capitã daequipa sénior feminina de voleibol, Diana Simões, 22 anos, é licenciada em Gestão e na hora do exame final

foi "avaliada" pelo Desportotal sobre a equipa, competições, Coimbra e o voleibol.

Fizeste licenciatura e mestradoem Coimbra. Neste momento estása tirar outro curso no Porto. Comoé conciliar o curso e os treinos?

A altura dos exames é a mais com-plicada. A maior parte das pessoas re-duz a assiduidade aos treinos, mas deresto durante o ano não há problema,dá perfeitamente para conciliar. São duashoras de treino ao fim do dia, se calharjantamos um bocadito mais tarde mas énatural.

A equipa neste momento está adisputar a série dos últimos. Comoé que se encontram as jogadorasem termos físicos e anímicos?

A equipa é muito nova. Já não tí-nhamos grande esperança de ficar nos 4primeiros. Já contávamos disputar a sériedos últimos. Mas esta fase, tirando esteúltimo jogo que correu mal, tem estado acorrer bem. Até agora estamos em segun-do lugar, a manutenção, que era o prin-cipal objectivo, está quase assegurada. Ecomo é uma equipa jovem temos muitoque trabalhar e quem sabe nos próximosanos lutar pelos 4 primeiros.

A divisão A2 é uma divisãomuito competitiva?

A divisão A2 já foi mais competitiva.É o 5º ano que jogo nesta divisão e da-quilo que me apercebo tem vindo a per-der um bocado de competitividade. Pro-

Eunice Oliveira vavelmente deve ser também por falta derecursos para contratar atletas. Há pou-cos anos eram só atletas contratadas, nãohavia jogadoras portuguesas nas princi-pais equipas nacionais. Como isso temvindo a acabar elas vão subindo de es-calão e as equipas para baixo têm fica-do mais fracas.

"O VOLEIBOL EM PORTUGALRESUME-SE A PORTO"

E em Coimbra qual é a expres-são do voleibol?

A expressão é mínima, muito poucamesmo. O voleibol em Portugal resume-se a Porto. A zona do Porto é onde há asequipas todas, onde há os patrocínios,é onde o voleibol conta. Aqui a maiorparte das pessoas nem sequer conheceo voleibol, não se interessa pelo volei-bol. E isso depois também se reflecte nasopções dos jovens.

Também não tem muita gente aassistir aos jogos…

É como digo: é um desporto um bo-cado desvalorizado nesta zona. Tambémporque não há equipas. Isto é tudo umciclo: não há jovens a ingressar, não háequipas fortes de competição que dispu-tem as primeiras divisões.

"ESTAMOS NUM ESFORÇODESESPERADO PARA ARRANJAR

MAIS MIÚDOS"

A vossa equipa também sente afalta de jovens atletas?

Este ano foi muito bom porque es-távamos com falta de gente jovempara continuar e apareceram muitosmiúdos. Temos cerca de 50 crianças atreinar agora nos escalões de inicia-ção, o que reflecte a nossa principalaposta de dar continuidade à secção.A equipa feminina até é jovem, mas aequipa sénior masculina é uma equi-pa que já é bastante adulta e vai aca-bar, não tem gente para continuar.Então estamos num esforço um boca-do desesperado para arranjar mais mi-údos. Estamos a tentar introduzir osmiúdos, incutir-lhes o gosto e tivemosalguns bons resultados.

Condições de treino…Tem tido anos melhores e anos pio-

res. Estamos sempre um bocado con-dicionados às outras modalidades. Jáno ano passado foi construído o pavi-lhão multidesportos e inicialmente de-ram-nos alguns espaços de treino quetêm vindo a tirar, por isso no ano pas-sado foi melhorzito. Este ano já esta-mos um bocadinho mais reduzidos. Háalgumas equipas que sofrem mais comisso. Ficam com menos treinos. O úni-co sítio onde estamos completamenteà vontade é no pavilhão dois. É quasenosso.

Em termos de patrocínios…É difícil arranjar patrocínios nesta

zona. Os patrocínios foram para o fute-bol e para o rugby.

Sport Operário Marinhense VenceuNo passado sábado oOperário venceu emcasa por 3-2 a equipade Sintra com os parci-ais de 24-26; 26-24; 28-26; 17-25 e 15-9. Comesta vitória dif íci l aequipa marinhense as-segurou a manutençãona 2ª divisão a 4 jor-nadas do fim. O SportOperário Marinhensemantém a liderança iso-lado com 24 pontosagora seguido de ape-nas 1 equipa com me-nos 1 ponto.

Para este jogo, o treinadormarinhense contou com os se-guintes atletas na convocatória:Mário Soares (capitão); BrunoRamos; Ricardo Oliveira; LuísCavaleiro; André Almeida; Bru-no Sequeira; Pedro Nogueira;Rodrigo Castro; Bruno Cunha;João Nobre e Rui Sequeira a li-bero.

Comentáriosdo treinador marinhense:

“Foi um jogo entre duasequipas se conhecem bem, noentanto a equipa adversária

veio com algumas alterações noseis inicial fruto da ausência dosseus dois centrais titulares”

“Foi um jogo ameno emque se cometeram muitos errosnão forçados e apenas no 5ºset a atitude dos atletas teve osabor de se jogar para ganhar”

“Com o princípio da rotati-vidade por vezes perdem-se jo-gos quando se joga para ga-nhar e simultaneamente se ten-ta que todos os atletas da con-vocatória dêem o seu contributoem jogo”

“Os dois atletas juniores es-tiveram aquém do desejado jáque evidenciaram uma grandeirregularidade na sua presta-ção”

“Com a manutenção asse-gurada espero que as indispo-nibilidades para as próximasconvocatórias não ponham emrisco a liderança do campeo-nato que tanto custou a alcan-çar”

“Com o principal objectivoalcançado nesta jornada eudesejo que a próxima época do

SOM seja devidamente pla-neada já que os meus objec-tivos pessoais não passam porjogar para evitar a descida dedivisão (como sucedeu estaépoca) mas sim lutar pela su-bida de divisão”

Amanhã pelas 17 horas,com algumas ausências noseu plantel, o Operário rece-be no pavilhão da Nery Ca-pucho o 2º classificado, FreiGil de Bustos.

Cláudio Sousa

Carlos

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MODALIDADES

Uma modalidade única

EQUITAÇÃO

Agnes

No momento de entrar emprova o meu coração bate deforma tão acelerada que dá-mea viva sensação que as pessoasali presentes o conseguem ou-vir, mas mal entro no campo daprova a concentração domina-me, às vezes tanto que nem con-sigo ouvir as dicas que o meutreinador me vai dando. Paraalém de que, normalmente hásempre uma música ambiente atocar e eu nunca oiço a que estaa tocar durante a minha prova.

Bem, talvez o que me ener-ve mais seja não ter a certezada reacção do cavalo ao entrarem pista, pois por muito maisque o conheçamos eles são de-veras imprivisiveis e , por vezes,por muitas provas que já tenhamfeito, um pequeno promenorpode mudar tudo. Um simplessaco de plástico ou um cão a

correr podem fazer a diferençaentre uma óptima prova e umaboa prova, no entanto um pou-co de sangue frio é sempre ne-cessário para saber controlar asituação caso haja algo de er-rado. Penso que seja raro qual-quer atleta, no fim da sua pro-va, dizer que correu extraordi-náriamente bem, pois há sem-pre algo que podia ter sido maisperfeito, algo que vai ter de sertrabalhado nos treinos de modoa haver ainda mais perfeição etécnica.

A equitação é consideradoum desporto individual, masnão depende apenas de umúnico, depende de dois seresvivos. Sabemos que o cavalonão tem a mesma capacidadede raciocinio e inteligência deum ser humano, mas tem ins-tintos e de certa forma pensa etem vontade própria. É compli-cado se compararmos a força

de um para o outro e ao con-trário do que vulgarmente sepensa um bom cavaleiro nãoprecisa de ter grande força nosbraços, mas sim nas pernaspara uma boa ligação com oanimal.

É o único desporto em quehomem e mulher competem en-tre si, e numa prova pode haver

equestre e para a sua correctaobservação é necessário ter co-nhecimentos minimos sobreesta. Temos também o Concur-so Completo de Equitação queconsiste em três provas: uma deDressage, uma de Obstáculose uma prova no campo comsaltos fixos. Esta última disdipli-na vai bastante ao fisico doscavalos sendo necessários estesterem uma boa resistência e ve-locidade. Obstáculos, Dressage,e o Concurso Completo de Equi-tação (C.C.E.) são as três disci-plinas olimpicas equestres.

Temos tambem o Horseball,a Atrelagem, os Raides, o Polo,entre outras disciplinas que bas-tante practicadas por todo omundo.

O mundo equestre abrangeimensas vertentes e todas elastentam tirar o maior partido docavalo sem por em causa o malestar deste.

concorrentes de todas as idadestornando este desporto único.Apesar de competirem cavalei-ros de idades diferentes pensonão haver qualquer inferioriza-ção, assim como penso que oesteriotipo de que o homem ésempre melhor que a mulher seesbate neste desporto pois é nãohá o “mau perder” do homemem relaçao à mulher. Penso queestes últimos dois aspectos sãobastantes positivos e de certomodo tornam a equitação umdesporto que se destaca dos ou-tros.

Não existe apenas a disci-plina de Obstáculos, existem ou-tras como a Dressage que con-siste em trabalhar os andamen-tos do cavalo atraves de exercí-cios simples e complexos demodo a tornar o cavalo mais fle-xivel e submisso. A Dressage éconsiderada a mais prefeccio-nista e rigorosa disciplina

Momentos antes de entrar em prova, desejo sempre três coisas: primeiro que a minha familia e amigos estejam ali, segundo queconsiga ser a melhor, por último que alguém diga que se orgulha e acredita verdadeiramente em mim.

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TÉNIS

A prática do ténis desencadeiainteresse nas pessoas do distrito?

O ténis leiriense está em franco de-senvolvimento. Em 2008 houve um au-mento de quase 100% de federados, dadoque reflecte o crescimento deste despor-to em Leiria.

O fecho parcial do Clube Es-cola de Ténis de Leiria prejudicoubastante o ténis do distrito?

Foi um período mau para o ténis daregião. Não houve desenvolvimentonuma das escolas do distrito que basi-camente hibernou durante quatro anos,o que acaba por afectar o ténis regio-nal.

Qual é a retrospectiva que fazdo ténis leiriense nos últimos anos?

O trabalho da associação, em con-junto com os clubes, tem tido um saldobastante positivo. A associação preocu-pou-se sempre para que os clubes tra-balhassem na formação de forma a atin-gir bons resultados e a vertente da for-mação foi sempre a prioridade do ténisdo distrito e da nossa associação. Olha-mos para trás e vemos um crescimentoexponencial, sendo que em 90, no inícioda actividade da nossa associação, re-presentávamos 6 clubes e 120 atletas eagora temos 24 clubes afiliados e 1800atletas inscritos.

Qual ou quais os momentosmais altos do ténis leiriense?

Apesar de ser suspeito, acho que osmomentos mais altos aconteceram nosanos 90, quando o meu filho, André Lo-

“O ténis de Leiria

tem expressão nacional”Guilherme Lopes é um dos maiores responsáveis pela promoção do ténis na região de Leiria. Presidente daAssociação de Ténis de Leiria e do Centro Internacional de Ténis de Leiria (CITL), Guilherme Lopes luta peladinamização do ténis e pela sua aproximação aos mais jovens. Ao olhar para trás, sente-se satisfeito por verum crescimento exponencial no número de praticantes de ténis na região. Pai orgulhoso de André Lopes, o

maior estandarte do ténis leiriense, fala um pouco sobre a situação do ténis em Leiria nos últimos anos.

pes, foi campeão nacional 8 vezes, ten-do sido o expoente máximo do ténis dodistrito. Desde os doze aos dezoito anos,o André foi sempre o melhor, conquis-tando todos os campeonatos nacionaisjuvenis em que participou. 1994 foi omelhor ano com o André a vencer quasetudo o que havia para vencer. Foi cam-peão nacional de sub-16 e sub-18, depares e de pares mistos e medalha deprata nas Jornadas Olímpicas da Juven-tude Europeia, na Holanda. Represen-tou, também, a selecção nacional naTaça Davis, quando ainda não tinha 18anos. Para além do André, o distrito deLeiria já celebrou muitos títulos nacio-nais quer individuais, quer de equipas eem todos os escalões.

O ténis leiriense é um téniscompetitivo?

É um ténis com expressão a nívelnacional. Em termos de grandiosidade,a nossa associação de ténis está em 4ºlugar a nível nacional, o que demonstraa nossa competitividade e qualidade.

Há tenistas leirienses nas selec-ções nacionais?

Temos quase sempre uma represen-tação nas selecções. O Frederico Silva ea Cátia Rodrigues são exemplo disso,visto que, normalmente, integram as con-vocatórias das selecções dos seus esca-lões.

Em Leiria, qual a faixa etáriaque mais pratica ténis?

Há duas vertentes muito fortes no té-nis da região - juvenil e veterano. Osseniores são um escalão com menosadesão, sendo que nós, os dirigentes,andamos preocupados com a desliga-ção que há no sector sénior. Muitos jo-vens participam no ténis mas, quandoatingem a maioridade, ou decidem darcontinuidade à vida académica ou vãotrabalhar, não tendo tempo para investirno ténis. Acabam apenas por regressarquando já têm a sua vida estabilizada,entre os 30 e os 35 anos, participando,então, no escalão de veteranos.

João Gaspar

Que medidas tomam para apro-ximar as pessoas do ténis?

A medida fundamental para essaaproximação é o ténis escolar e o ténisde rua. Os clubes fazem acções nas es-colas, ministrando algumas aulas de té-nis para incentivar os alunos à práticadaquele desporto. Os jovens que se des-tacam são convidados a frequentar au-

las gratuitas durante um mês ou mais nosclubes de ténis. Temos tido muito bonsresultados com essa aproximação às es-colas, tendo sido a medida mais impor-tante para dinamizar o ténis dentro dasociedade. Além disso, o ténis, por si só,já cativa, é um desporto que envolve to-das as faixas etárias, um desporto paraa vida.

João M

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HÓQUEI EM PATINS

Num “playoff” de apuramento en-tre o Seixal, Leiria e Marrazes, StellaMaris e Nortecoope, só os dois pri-meiros garantem a subida. O StellaMaris está neste momento empatadocom o Nortecoope no comando docampeonato, com dois pontos de van-tagem sobre o terceiro classificado, oSport Clube Leiria e Marrazes. Nolado do Stella Maris, depois de teremvencido na semana passada sobre oNortecoope por 3-2, o treinador LuisSimões fez ao Desportotal um balan-ço da época e as expectativas que tempara o jogo do próximo Sábado, quepode decidir toda uma temporada:“O Leiria e Marrazes é um ad-versário complicado. Eles têm

“Jogo escaldante em Peniche”Stella Maris e Sport Clube Leiria e Marrazes vão disputar amanhã em Peniche, toda uma época. Na quinta jornada do “playoff” de subi-da à II Divisão, é num jogo importantíssimo para os dois clubes. Para o Stella Maris, basta apenas um ponto para garantir a promoçãoautomática á II Divisão Nacional. No lado do Leiria e Marrazes, o objectivo é ganhar, para assim ter algumas hipóteses de subida à II

Divisão Nacional, caso contrário, a época termina para eles.

que ganhar o jogo para teremhipóteses na luta pela subida”,afirmou.

Quanto à época, o treinador fezum resumo do que se passou no clu-be: “Fomos os mais regulares nafase regular, chegamos a ter umafase em que estivemos a um pon-to do primeiro classificado, o Bi-blioteca Valado de Frades, quenos daria a promoção automáti-ca. De repente, vimo-nos comtrês jogadores lesionados e doiscastigados, e ficamos muito con-dicionados e perdemos pontosimportantes.

Por outro lado, no Leiria e Marra-zes, a palavra de ordem é ganhar.“Só assim é que eles podem ter hipó-teses de subida”, sublinhou o treina-dor José Cardinhos em declaraçõesao Desportotal. Com seis pontos em

disputa, e classificado no terceiro lu-gar, a três pontos da dupla que liderao campeonato, Stella Maris e Norte-coope, o treinador leiriense tem cons-ciência que o adversário é difícil, masestão dispostos a discutir o jogo atéao fim.

Paulo Alexandre Teixeira “Não atiramos a toalha aochão. As três equipas que estãoem disputa nesta “poule”, o Lei-ria e Marrazes, o Nortecoope eo Stella Maris são iguais.

Em relação à época competitiva,José Cardinhos afirmou que a equipatem cumprido os objectivos delinea-dos no seu início: “O objectivo daprimeira fase da época era o determinar nas duas primeiras po-sições. Conseguimos, e agora oobjectivo nesta fase P3 de Apu-ramento de subida é o de alcan-çar as duas primeiras posiçõespara alcançar a subida à II Divi-são. Apesar de termos perdidoem casa por 2-1, no jogo da pri-meira volta, temos esperançanum bom resultado em Penichee voltarmos à luta pelo segundolugar”, concluiu o treinador.

A Biblioteca manteve a liderança dafase de apuramento de campeão da

III Divisão nacional, após ganhar aoGalegos de Penafiel, por 7-4. A duas

jornadas do final desta fase daprova, e na luta pelo título, a forma-

ção de Valado dos Frades tem apenasa companhia da Académica de

Coimbra, sendo estas equipas daregião centro as únicas que podem

aspirar ao título. Nesta 4ª jornada, aAcadémica derrotou o Beja, por 2-1.

Amanhã, a Biblioteca joga noAlentejo, pelas 18 horas e pode

garantir desde logo o triunfo nesta IIIDivisão Nacional, precisando para

tal de obter melhor resultado, que oque a Académica venha a conseguir,

a partir das 21 horas, em Penafiel.Caso Biblioteca e Académica obte-nham o mesmo resultado, então a

decisão da atribuição do títulonacional ficará adiada para dia 9 de

Maio, quando estas duas equipasmedirem forças no concelho da

Nazaré.

O. J.

Título nacional

vem para a

região centro

Apuramento

Campeão III Divisão

A Biblioteca joga amanhã, emBeja, uma cartada decisiva nas suasaspirações ao apuramento. Líder des-tacado, com três vitórias e somente umempate, a B.I.R tem toda a legitimida-de para terminar o apuramento emprimeiro, mas para isso vai ter de pôrde lado o favoritismo, largar os livrose jogar com intensidade.

Deolindo Moura, director despor-tivo da secção de hóquei em patinsda coletividade de Valado dos Fradesé o primeiro a admitir que as expecta-tivas “estão em alta”, e com dois jo-gos pela frente, o primeiro em Beja,

Final Antecipada para a Bibliotecano próximo fim-de-semana e o último a9 de Março, contra a Académica (curi-osamente a equipa que conseguiu ar-rancar o empate aos líderes da tabela),a glória está demasiado próxima paradeitar tudo a perder. Em conversa comDesportotal, Deolindo Moura destaca oapoio da Junta de Freguesia e da Câ-mara, que disponibiliza o transporte daequipa, como fundamental para o su-cesso da equipa.

Também deixa uma palavra de apre-ço à massa associativa, que apesar detodas as dificuldades económicas nãodeixa de apoiar a equipa.

Como não poderia deixar de ser,falou-se da crise que afecta a econo-mia e invariavelmente o desporto, ondeDeolindo Moura realçou o “amor àcamisola” dos jovens da B.I.R, muitosdeles formados no clube e a jogar atroco de nada mais para além de ojogo em si.

O apuramento está ao rubro, masem Valado dos Frades a confiança estáelevadíssima para uma boa recta fi-nal, que culmine no primeiro lugar.

Tiago Ramalho

Fase de Apuramento de Subida da III Divisão

O Stella Maris obteve um triunfo sur-preendente e precioso na deslocação àMaia e está bem encaminhado paragarantir a subida à II Divisão. A equipade Peniche ganhou no reduto da Fun-dação Nortecoope, por 3-2, precisa-mente o mesmo resultado com que, naprimeira volta desta “liguilha” de subi-da, havia perdido na recepção à Fun-dação.

Com este triunfo, o Stella Maris igua-lou os maiatos na frente da classifica-ção, com 9 pontos, porém a Fundação

Peniche e Marrazes na luta pela subidaNortecoope tem um melhor “goal-ave-rage”, com uma vantagem de oito go-los.

O Leiria e Marrazes goleou o Seixal,por 11-2, soma seis pontos e ainda estána luta por uma das duas vagas de su-bida.

Este Sábado (2 de Maio) teremos apenúltima ronda desta fase de apura-mento de subida, com o derby das equi-pas do distrito de Leiria marcado paraPeniche. Na 1ª volta o Stella Maris ga-nhou, por 2-1, nos Marrazes, pelo que,

o empate pode ser suficiente para a equi-pa de Peniche festejar a subida à II Di-visão. Já o Leiria e Marrazes precisa devencer e, se tal acontecer, ficará a de-pender só de si para subir.

Apesar da derrota caseira, a Fun-dação Nortecoope ainda é a equipamelhor posicionada para garantir a su-bida, o que pode acontecer este Sába-do no Seixal, caso vença e o Marrazesnão ganhe em Peniche.

O. J.

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BASQUETEBOL

“Sem campos não há equipas”

Diana e Licínia, dois testemunhos

Pedro Vale

O Basket Clube do Lis éuma equipa em forma-ção. Sete anos a fazerno dia 25 deste mês, umpercurso curto mas jáenorme face ao trabalhodesenvolvido. Umaequipa de sub-14 femi-nina e um propósitoúnico de "promover aprática desportiva sau-dável em jovens, atravésdo basquetebol".Um esforço que daráfrutos, mais a maisquando o entusiasmo dequem pratica não temlimites…Diana e Lícinia são duasdas atletas que integramo projecto. Uma equipa-referência na regiãocentro e…duas atletasque são presença assí-dua na selecção Distritalde Leiria

No Basquetebol, por-quê? Quando nasceu essapaixão?

Diana - Comecei a jogaraos 6 anos, muito por influênciado meu irmão que já era prati-cante. Não sei se quando vim,pensava poder gostar, mas a ver-dade é que gostei, achei interes-sante experimentar e… fiquei. Ain-da bem, porque gosto imenso,temos um ambiente fantástico…

Lícinia - Eu vim um anodepois da Diana. Tal como elafoi influenciada pelo irmão, eufui influenciada por ela. Somosprimas. Ela falava-me muito dobasquetebol, do bom ambienteque existia e, um dia, resolviexperimentar. Foi como ela,também: vim e fiquei.

Basquetebol, em Portu-gal, e basquetebol femini-no, em Leiria?

D - Em Portugal não se in-veste muito no basquetebol. In-felizmente somos um país quevive do futebol. Leiria também éassim. Deveriam pensar maisnoutras modalidades que tam-bém têm a adesão dos jovens.E mais teriam se as actividadesfossem conhecidas.. Em Leiria

há muito poucos espaços ao arlivre para a prática da modali-dade. Há poucas equipas.

L - Em Portugal, infelizmen-te, não se investe muito no bas-quetebol. Investe-se muito no fu-tebol e as outras modalidadesficam esquecidas. Deviam in-vestir um bocadinho mais nobasquetebol. Seria muito bompoder ter em Portugal uma gran-de competição de basquetebol.Em Leiria, é pena haver tão pou-cas equipas. Esperemos que onúmero de equipas aumentepara que haja maior competiti-vidade.

O facto de haver pou-cas equipas, condiciona aprestação do BCL?

D - Sim, em parte. Porquesendo sempre as mesmas equi-pas a competir o jogo é sempremuito semelhante. Mas tem umlado muito positivo, como são"sempre os mesmos" já nos co-nhecemos e já construímos mui-tas amizades.

L - Em Leiria não há muitasequipas e para nós isso não émuito bom. Estamos sempre ajogar com as mesmas equipase já sabemos como jogam. Issocondiciona a nossa evolução.Ainda bem que agora podemosjogar com equipas de Coimbra.É a jogar com equipas diferen-tes que vamos melhorando eevoluindo. Se houvesse maisequipas e mais competição tal-vez evoluíssemos mais.

Como foi a experienciade ir à selecção distrital?

D - É uma experiência muitoenriquecedora. Conhecemosmuitas pessoas, fazemos amigos,

e na selecção todos temos umgosto em comum: o basquetebol.

L - Foi excelente. É sempremuito bom conhecer outras pes-soas e ainda por cima praticarbasquetebol.

Qual a tua ocupaçãopara além do basquetebol?Como imaginas o teu futu-ro? Vês o teu futuro ligadoao basquetebol?

D - Sou estudante e frequen-to o 8º ano (Colégio dos Mila-gres). Já pensei nisso, mas achoque não havendo investimentona modalidade, não há muitasoportunidades. O facto de estarem Leiria poderá ser um entra-ve, uma vez que o nº reduzidode equipas condiciona a com-petição e consequentemente aevolução desportiva.

L - Sou estudante (Colégiodos Milagres) e frequento o 8ºano. Eu gostava de continuarligada ao basquetebol. Se nãofor a jogar, gostava de tirar ocurso de treinadora, para po-der treinar o Mini-basket tentan-do assim que o nº de pratican-tes aumente.

Qual a opinião acercado Jornal DESPORTOTAL?

D - Acho que é muito bomhaver um jornal que se preocu-pe com as outras modalidadespara além do futebol. Assimpode ser que se divulgue umpouco mais o basquetebol e seformem novas equipas, aumen-tando assim a competitividade.

L - Acho que é um jornalbom. Assim as pessoas podemconhecer outras modalidades.Espero que o jornal divulguemais o basquetebol.

QUEM SÃO AS ATLETAS

A equipa de Sub 14Nome Idade Posição Profissão

Diana 13 Base Estudante Jack 13 Base / Extremo Estudante Licínia 14 Poste Estudante Márcia 14 Extremo / Poste Estudante Adriana 12 Extremo Estudante Ana Sofia 12 Poste Estudante Isa 13 Extremo / Poste Estudante Mariana 11 Extremo Estudante Inês 12 Extremo / Poste Estudante Ângela 11 Extremo Estudante Diana Filipa 12 Extremo Estudante Regina 12 Poste Estudante Daniela Oliveira 11 Base / Extremo Estudante Daniela 13 Poste Estudante

Basket Clube do Lis

Uma equipaUma equipaUma equipaUma equipaUma equipade basquetebolde basquetebolde basquetebolde basquetebolde basquetebolem formaçãoem formaçãoem formaçãoem formaçãoem formação

• Fundação: 18.05.2002• Presidente: Vítor Manuel Oliveira• Morada: Rua Encarnação PintoMota, nº 162, 2425-724 Ortigosa• Contacto: 244614123• Nº de sócios: 90• Recinto de Jogo: Pavilhão da Carreira• Treinadores:

– Bruno Santos– Carlos Palheira– Ana Oliveira– Joana Alfaiate– Ana Rita Oliveira– Andreia Domingues

• Escalões de formação (45 jovens basquetebolistas)– Sub 19 (5)– Sub 16 (4)– Sub 14 (9)– Sub 12 (7)– Sub 10 (15)– Sub 8 (5)

• Objectivos: promover a prática desportiva saudável em jo-vens, através do basquetebol.

Nuno B

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FUTEBOL SUB-10

“São como onze filhos...”

Vítor Murta (Treinador)

O treinador dos Sub-10 doMarinhense, Vítor Murta, destacao apoio dos pais para o sucessoque a sua equipa tem obtido eagradece ao clube, e conta queo Benfica e o Sporting têm obser-vado três deles (João Teles,Miguel Leal e Diogo Antunes).

O. J.

Como classifica este grupo?A minha maneira de trabalhar com

miúdos foi sempre a mesma. Acho queos miúdos agora compreendem melhoro que nós queremos que eles façam. Ten-tam fazer tudo. Técnica e tacticamentesão mais evoluídos.

São mais disciplinados...Sim. Comigo são, é essencial.Também tem a ver com o carinho que

lhes damos e o apoio dos pais.

Pode afirmar que vê nestes 11atletas, 11 filhos?

É isso mesmo. É isso que eu sinto.Tratos como se fossem meus filhos.

“Três miúdos observadospor Benfica e Sporting”

Tem atletas que poderão sairpara outros clube ou deixar o fu-tebol. Isso custa-lhe?

Já me custará deixá-los mesmo quefiquem no clube e no final da época ve-nha outro treinador. Mas se os vir partirpara outro clube onde tenham futuro, fico

contente. Está ali uma parte de trabalhoque é meu, o que me alegra, mas poroutro custará vê-los partir.

Tem aqui atletas que podem fa-zer carreira no futebol?

Nós temos três miúdos que estão aser observados pelo Benfica e pelo Spor-ting, casos de João Teles, Miguel Leal eDiogo Antunes. Mas é muito cedo.

Mundialito, experiência ines-quecível?

Acabámos há uma semana e já te-mos saudades. A nível de resultados fi-zemos o que podíamos, jogámos contraautênticas selecções e nós somos umaequipa humilde. Ficámos bem vistos anível social, todas as equipas adoraram.Para os miúdos e para mim é uma mar-ca que fica na história. Foram emoçõesúnicas que se viveram.

“Gostava de jogar

num clube grande”

João Teles é o melhor marcador daequipa. No entanto, diz que “quan-do já tenho muitos golos marcados,vejo que está ali alguém ao lado epasso a bola. O que interessa é aequipa e o que o treinador manda”.

João Teles

(Melhor marcador)

“Correr com bola e

cabeça levantada”

Miguel Leal o menino do cabelogrande da Garcia, que joga noMarinhense há 4 anos, diz que sermaestro é “distribuir jogo”, admitin-do que “jogo mais para a equipado que para mim”.

Miguel Leal (“Maestro”)

“Roubo a bola

e saio a jogar”

O jogador mais polivalente destaequipa é Diogo Antunes, a quem jáchamam de “patrão”. O pequenoDiogo diz que “sou bom defesa,roubo a bola e distribuo ou saio ajogar com os meus colegas”.Quando chega ao ataque e tem abaliza à frente, diz que “só pensoem chutar, mas se não tiver ângulo,passo a bola”. Quando for grande,Diogo quer “jogar à bola, gostavade ser profissional”.

Diogo Antunes (“Patrão”)

“Espírito de equipa”

O guarda-redes joga com o número27, nome pelo qual é conhecido,que já herdou do seu pai. Gosta dejogar a guarda-redes mas “naescola jogo a avançado”. Admitindoque “quando estamos a perder porum e há um canto, também subo,mas o Murta não me deixa”. Equando há um penalty contra oMarinhense, “tento defender paraajudar a minha equipa a ganhar”.

Ricardo Matos

(Guarda-redes)

“Gostava de praticar

salto em comprimento”

Luís Gaspar venceu o prémio deMérito e Fair-play no Mundialito. Omenino da Coucinheira, joga noMarinhense há 3 anos diz que esseprémio “significa muito para mim”.Como jogador diz que “tenho força,corro depressa e chuto com força”.

Luís Gaspar (Fair-Play)

“A humildade tem sidosempre a mesma”

O mediatismo em torno destaequipa não poderá afastá-las dahumildade e disciplina que tantodefende?

Quando perdemos o nosso 1º jogo,motivei-os e eles foram para o jogo se-guinte, sempre alegres. Tornaram a per-der, mas a alegria manteve-se. Nas vi-tórias ou nas derrotas, a humildade temsido sempre a mesma.

Fim de um ciclo de 71 vitórias.Pensar jogo a jogo. Trabalhar e

aprender mais, ser humildes.

Não pensa no título distrital?Não coloco metas... Já chega, isto

chegou um pouco longe, agora o quevier é por acréscimo.

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MODALIDADES

Instituto politécnico

de Leiria brilha em Gaia

Campeonato Nacional Universitário

Decorreu entre os dias 20 e 25 de Abril na cidade de Vila Nova de Gaia mais uma edição das Fases Finais dos Campeonatos Nacio-nais Universitários (CNU's)em formato concentrado. Mais de 3000 estudantes/atletas em representação de 32 Instituições de Ensino

Superior ou Associações de Estudantes. Entre estas esteve presente o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), com 4 modalidades (AndebolFeminino, Atletismo, Futebol 11 e Ténis) e cerca de 50 estudantes atletas oriundos das Escolas Superiores do IPL.

E pode-se dizer que foram umas Fa-ses Finais de sucesso para as cores doIPL. 2 títulos nacionais, 6 vice títulos e 4terceiros lugares.

Depois dos títulos de 2003 (Caldasda Rainha) e 2007 (Braga), a equipa deFutebol 11 do IPL voltou a subir ao lugarmais alto do pódio. Mas para lá chegarfoi necessário passar por uma fase degrupos, onde defrontou e venceu asequipas do Instituto Politécnico do Porto(IPP) por 3-0, da Universidade Lusófonade Humanidades e Tecnologia (ULHT) ea equipa do Instituto Superior da Maia(ISMAI) por 3-0. Com o primeiro objecti-vo atingido o de apurar para as meias-finais em primeiro lugar do seu grupo, oIPL encontrava nesta fase da competiçãoo segundo classificado do outro grupo,a equipa da Faculdade de MotricidadeHumana (FMH) (a faculdade do Mouri-nho). Ao contrario do que era esperadofoi um jogo que começou com algumasfacilidades e aos 10 minutos já o IPL ven-cia por 2-0, no entanto uma tarde me-nos inspirada do guarda redes da equi-pa do Lis permitiu que os lisboetas em-patassem e levassem o jogo para penal-

após entendimento com Joel, com o cru-zamento a encontrar Ninja no segundoposte que com alguma facilidade repu-nha o empate mais do que merecido. OIPL continuou a pressionar e os seus jo-gadores a jogar exclusivamente no meiocampo adversário e á passagem do mi-nuto 13 um remate de fora da área deMesquita foi interceptado já dentro daárea com a mão. Paulo Paraty não teveduvidas e assinalou a marca de grandepenalidade. Joel não perdoou e colocouo IPL na frente do marcador. Ainda sefestejava o 2º golo na bancada e jáMatreco ganhava nova bola na ala di-reita. Desta vez preferiu o passe atrasa-do para a entrada da área onde apare-ceu Dárcio a rematar de primeira e a fac-turar num golo de belo efeito. Até final aequipa do ISMAI, pressionou, tentou, masnão foi capaz de alterar o resultado. 3-1para o IPL. CAMPEÕES NACIONAISUNIVERSITÁRIOS 2009. Em Julho,entre os dias 18 e 27, o IPL marcará pre-sença no Campeonato Europeu Univer-sitário que decorre na cidade polaca deCracóvia.

O andebol feminino foi outra das mo-dalidades presentes. Devido a algumaslesões e ao facto de algumas atletas te-rem preferido não participar devido a ava-liações a equipa apresentou-se dispostaa dar boa imagem da instituição e al-cançou um 3º lugar que no entanto sou-be a pouco. De facto a meia final dispu-tada com a Universidade do Porto, teveuma arbitragem algo tendenciosa porparte da dupla de árbitros... do Porto...No entanto e apesar disso, as ande-bolistas do IPL estão de parabénse contribuíram para uma marca derespeito: em 7 anos o andebol fe-minino do IPL subiu sempre aopódio com 3 títulos, 3 vice títulose este 3º lugar.

No ténis o IPL fez-se representar por3 atletas, 2 masculinos e 1 feminino. En-quanto os rapazes ficaram pelos quartosde final, a representante feminina, InêsCristóvão, atingiu a final onde defrontoua tenista da Universidade do Porto, Dia-na Costa. Alguns nervos e um ténis nãomuito bem conseguido por parte da te-nista do IPL conduziram a uma derrota

por 2-0 com os parciais de 6-0 e 6-2. Noentanto foi um resultado muito positivo!

As últimas medalhas destas fases finaischegaram pelo atletismo. Presentes noCampeonato Nacional Universitário esti-veram 10 atletas masculinos e 5 femini-nos. João Lopes conquistou o ouro nos3000 metros, repetindo as conquistas de2006 e 2007. Para João Lopes esta é a 6medalha de ouro que conquista para oIPL. Na prova mais rápida, Ivo Vital, nãoconseguiu repetir o ouro do ano passado,ficando pela segunda posição atrás doolímpico Arnaldo Abrantes. Também nos100 metros mas em femininos, CândidaBairrada repetiu o 2º lugar de 2008. des-taque ainda para o segundo lugar obtidopela estafeta feminina e para as restantes

Marco Oliveira

Candida Bairrada100 metros planos

Ana Fil ipa NevesSalto em Comprimento

tis. Ai o guardião leiriense redimiu-se edefendeu 3 penaltis contribuindo de for-ma decisiva para o apuramento para afinal.

Tal como à dois anos atrás, o IPL en-contra na final a equipa do ISMAI. A vi-toria na fase de grupos estava para tráse todos encaravam o jogo como se fosseo primeiro entre ambas esta época. Aabrilhantar a grande final esteve PauloParaty, antigo arbitro internacional e queem muito contribuiu para uma excelentepartida de futebol.

Começou melhor o IPL, tónica quese verificou em quase toda a partida,apostando a equipa do ISMAI no contraataque. E foi na sequência de um dessescontra ataques que o ISMAI ganhou umpontapé de canto, na sequência do qualchegaria ao golo. 1-0 para o ISMAI. Talcomo em 2007 a equipa nortenha saiana frente do marcador. Mas tal como àdois anos o IPL iria dar a volta ao resul-tado. Ao intervalo o treinador do IPL, JoãoMoreira, faz duas alterações na equipa.Faz sair o médio Vinhas e o extremo Ru-ben entrando para os seus lugares omédio Mesquita e o ponta de lança Ma-treco. E logo na bola de saída o IPL em-pata! Jogada de Matreco pela direita

Catarina RosaLançamento Peso

medalhas obtidas por Catarina Rosa (2ªno peso e 3ª no Salto em Altura), Ana Fi-lipa Neves (2ª no Salto em Comprimento),Cristiano António (3º no Lançamento doDardo)e Pedro Rocha (3º no Salto em Al-tura). A conjunção destes resultados deuao IPL o 3º lugar colectivo.

Em jeito de balanço, pode-se dizerque foi uma participação MUITO positi-va. Todas as modalidades presentes al-cançaram medalhas! Que mais se podepedir?

Direitos

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271 MAIO 2009

MODALIDADES

Coimbra está a ser a porta de entrada paraum novo desporto em Portugal. Muitopopular nos Estados Unidos e no Canadá,o Lacrosse, modalidade de origemindígena, é a nova aposta da AssociaçãoCristã da Mocidade (ACM) de Coimbra.Cerca de dez pessoas estão já pré-inscritasnesse desporto.Francisco Fonseca e Denise Silva, promo-tores desse desporto na ACM, contam queo objectivo da prática dessa nova modali-dade, desconhecida de grande parte dosportugueses, é expandir o Lacrosse peloPaís."Queremos consolidar a equipa deLacrosse em Coimbra e fazer este desportoconhecido em Portugal. Para isso, precisa-mos de apoio e de jogadores. Vamostambém contactar as universidadesportuguesas", afirma Francisco Fonseca,que conta já com algum material para pôrem prática essa nova modalidade, emborafalte ainda cotoveleiras e coletes.A ideia de tornar esse desporto umarealidade em Portugal nasceu através deum projecto universitário desenvolvido porFrancisco, que encontrou na ACM portasabertas para iniciar os treinos. Este jovemtem já contactos formalizados com aFederação Espanhola e Européia deLacrosse. Mas o maior apoio vem mesmodos Estados Unidos, pela FederaçãoInternational de Lacrosse, de onde chegaparte do equipamento que é utilizado pelosatletas. Francisco é também o actualtreinador da equipa em Coimbra. "Nãotenho nenhum curso, mas conheço odesporto", completa Francisco, que recordaque essa modalidade pode ser praticadapor pessoas de todas as idades.Segundo Luís Neves, director da secção dedesporto da ACM, o importante é apoiaros jovens quando surgem novas ideias."Estamos numa cidade universitária e oLacrosse pode vingar em Coimbra. A ACMpretende sempre apoiar os jovens",sublinha Luís Neves.Este responsável realçou ainda que outrasmodalidades como o basquetebol, voleibole ténis de mesa foram pioneiros emPortugal através da ACM.Os treinos são realizados todas as sextas-feiras, às 18 horas, no Estádio Universitá-rio, em Coimbra.Como se joga?

O Lacrosse é um desporto de contacto epratica-se nas modalidades masculina efeminina. Joga-se com dez jogadores navertente masculina e 12 na feminina,durante quatro períodos de 20 minutoscada. No final da partida, se houverempate, o jogo sofre um prolongamentode períodos de quatro minutos, até que seencontre um vencedor.Os atletas utilizam capacete, luvas, colete,cotoveleiras e stick. Hoje em dia é pratica-do em 25 países em cinco continentes. Porironia do destino, um dos melhoresjogadores de Lacrosse do mundo chama-seJohn Tavares. Este atleta tem 40 anos e éde descendencia portuguesa.

LACROSSE É AGORA

REALIDADE

EM COIMBRA

O Complexo Olímpico de Piscinasacolheu, no passado domingo, o Festi-val Aquático Acreditar, uma iniciativa decarácter beneficente que pretendeu reu-nir fundos para a Associação de Pais eAmigos de Crianças com Cancro. Vári-as foram as actividades que cativaramos presentes, num evento que resultouda parceria entre a Secção de Nataçãoda Associação Académica de Coimbra(SN/AAC) e a Câmara Municipal deCoimbra.

Muitos foram os interessados que ade-riram às braçadas solidárias, participan-do nas muitas actividades aquáticas or-ganizadas na piscina da Solum. Hidrogi-nástica e pólo-aquático fizeram a suaaparição, bem como a inevitável nata-ção pura. Mais de uma centena de ins-critos, entre nadadores, pais, amigos,utentes ou simples curiosos, não adiaramum simples gesto para o dia de amanhã.

Ao longo do festival foram sorteadosvários prémios pelos participantes, frutoda colaboração e do contributo de di-versas entidades e empresas. O Festivalencerrou com uma inovadora prova deÁguas Abertas. Gustavo Lopes Ribeiro eSofia Dias venceram, respectivamente,em masculinos e femininos.

A Associação Acreditar é uma Insti-tuição Particular de Solidariedade Social(IPSS) que tem o objectivo de prestar

Festival Aquático Acreditar

reúne simpatizantes

segundo ano consecutivoMarco Gomes

apoio às crianças com cancro e respec-tivas famílias a partir do momento emque a doença é diagnosticada. Em Co-imbra, esta IPSS está empenhada na edi-ficação de uma casa de acolhimento si-tuada no novo Hospital Pediátrico. Umesforço que se insere no projecto dasCasas Acreditar, uma realidade já visí-vel em Lisboa e no Funchal.

O presidente da SN/AAC, Hugo Fi-gueiredo, congratulou-se com a iniciati-va e espera, desta forma, ajudar à cria-ção de hábitos filantrópicos no seio dacomunidade estudantil: "A Secção de

Natação, como todas dependências daAssociação Académica de Coimbra, teminerente à sua criação uma função deutilidade pública. Logo, um propósito deajudar os outros, que deve ser cultivadoe promovido no âmbito da academia".

Encerrando uma jornada humanitá-ria, decorreu ainda no Pavilhão Multiu-sos o seminário intitulado "Alimentaçãona Prática Desportiva". Filomena Calix-to, do Instituto Politécnico de Santarém,apresentou uma temática que cativou aatenção de atletas, pais, treinadores edirigentes.

Direitos

rese

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281 Maio 2009

FUTSAL

“DOBRADINHA” PARA SÉNIOR E JÚNIOR FEMININO

As equipas de Futsal Sénior e Júniorfeminino da Golpilheira estão numa faseexcelente. Conseguiram, ambas as equi-pas, a conquista da Taça Distrital e o títu-lo de Campeã Distrital.

Depois de darmos conhecimento dagoleada da equipa Júnior da Golpilhei-ra à equipa de Ribafria, na final da Taça,onde as atletas do concelho da Batalhamarcaram oito golos sem resposta, des-ta vez o destaque vai para a equipa Sé-nior feminino, que conquistou o título deCampeã Distrital, pela terceira vez con-secutiva.

Contudo, é de salientar a excelentevitória da equipa Júnior, ao golear emcasa a equipa de Vidais por 10-1, dandoa confirmação do título de pentacampeãdistrital. A equipa Júnior ainda tem maistrês jogos pela frente. No dia 3 desloca--se à Caranguejeira, no dia 10 recebe aRibafria e no dia 17 encerra nos Pousos.

Quanto à equipa Sénior, depois de ar-recadar uma vitória por 3-1 em casada equipa de Ansião, arrancou mais umagoleada, na última jornada, frente à equi-pa do Louriçal, em casa desta, com trêsgolos sem resposta.

Além do título distrital, a equipa treina-da por Teresa Jordão disputou a final daTaça Distrital, no pavilhão da Pocariça,onde venceu a equipa de Vidais por 2-1.

Uma vitória muito suada que garan-tiu mais uma Taça para a equipa Sénior.

Hoje, 1 de Maio, a equipa sénior Fe-minino entra numa nova fase ao disputar

Adélio Amaro

GOLPILHEIRA está

imparável no FutsalJo

rnal d

a G

olp

ilheira

a Taça Nacional, tendo tal direito depoisde conseguir o título de Campeã Distrital.

Esta Taça é disputada entre as ven-cedoras das várias distritais, sendo quecada grupo é constituído por quatroequipas. Como tal, o primeiro jogo daequipa da Golpilheira é frente às atle-tas do CEF de Fátima. As vencedorasde cada grupo irão disputar as Meias--finais da Taça Nacional.

Sobre o pentacampeonato ManuelRito, vice-presidente do Centro Recre-ativo da Golpilheira, mostrou toda asua alegria dirigindo as suas palavraspara "atletas, treinadora, massagista,directores e apoiantes que vibraramcom mais esta prestigiante conquista",afirma.

De parabéns está, também, TeresaJordão, treinadora das equipas Sénior e

Júnior, arrecadando, numa época, qua-tro títulos para a Golpilheira, estando ain-da em jogo a Taça Nacional, ficando aexpectativa e a esperança de mais umtítulo.

Sobre este desempenho, das duasequipas, Teresa Jordão sublinha que omérito se deve ao "excelente trabalho de-senvolvido e às atletas que constituem es-tas equipas".

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1 MAIO 2009

MOTORES 29PRIMEIRA EDIÇÃO COM A COORDENAÇÃO DO EUROINDY

Depois das 13 provas que o Euroin-dy levou a cabo, António Pragosa, res-ponsável pelo Euroindy, entendeu que"chegou a hora de evoluir para maisqualidade e não quantidade de horas,outros o fizeram antes de nós e o suces-so foi enorme, deixem-me que vos diga,o resultado foi excelente, triplicaram onúmero de karts em pista, isto é que sechama uma prova a sério", afirma.

O modelo é simples, colocar kartsfornecidos pelo Euroindy e karts particu-

Coordenação Adélio Amaro

[email protected]

lares mas todos com a mesma motoriza-ção e condições de segurança.

Esta primeira edição terá um preçosimbólico de 500 euros para os kartsparticulares, incluindo inscrição na pro-va, seguro, pneus, gasolina, churrascoapós a largada e caldo de verde à meia--noite para todos os participantes e as-sistentes.

Para quem não possui kart, podeparticipar inscrevendo a equipa com karte assistência do Euroindy.

Quanto à promoção, António Pra-gosa refere que "um retorno mediático degrande envergadura também está a sertratado, de forma a que possamos con-tar com este modelo de prova durantemuitos anos".

As inscrições estão abertas, estandoprevistos 45 karts em pista nesta primei-ra edição.

A prova 500 Milhas da

Batalha Palexpo CPRTP

2009 terá o mesmo figurino

das 24Horas da Batalha, a

única diferença é ser menos

longa.

Está marcado para os

Milagres o arranque

da edição de 2009

do Rallye Verde Pino, 12

anos depois do interregno.

As provas de automóveis clássi-cos e desportivos regressam com umfigurino inovador e com um itinerá-rio com cerca de 600 quilómetros ...

Procurando a simplicidade departicipação com os menores custos

possíveis, esta prova é destinada atodos aqueles que gostam de gozaro seu automóvel, quer ele seja umClássico, Pré-Clássico ou Desporti-vo até aos nossos dias.

Com este objectivo foi escolhidoum itinerário com cerca de 600 Kmsque junta várias componentes, comoa gastronómica, paisagística e des-portiva.

Esta última em circuitos de Kar-ting, Velocidade e Rampas Históri-cas disputadas em estradas fecha-das ao trânsito, onde cada um es-

DIAS 29, 30 E 31 DE MAIO DE 2009

RALLYE Verde Pino 2009colherá sem restrições a sua velocidadeideal.

O Rallye Verde Pino realiza-se nos dias29, 30 e 31 de Maio de 2009.

Haverá 2 tipos de Provas: PRC-Pro-vas de Regularidade em Circuito PRP-Provas de regularidade em Rampa.

Importante é que a equipa é quemvai definir a velocidade adequada parao seu veículo disputar as provas. Noscircuitos o tempo da 1.ª volta será o tem-po de referência para as restantes. NasRampas a 1.ª subida será a referênciapara a segunda.

No dia 23 deMaio, Figueiró dosVinhos vai receber a“Super Especial”,numa organizaçãodo Clube Automóvel da Marinha Grande (CAMG).

As inscrições podem ser efectuadas através doscontactos do CAMG patentes em www.camg.pt .

SUPER ESPECIALem Figueiró dos Vinhos

500 MILHAS da BatalhaPalexpo CPRTP 2009

Adélio

Am

aro

Page 30: Nº 3 - 1 de Maio de 2009

301 MAIO 2009

FUTSAL

Jornada de todas as

decisões para equipas

do Distrito de Leiria

IIIª Divisão Série C – Antevisão da 25ª jornada

Sem dúvida que a Serie C da IIIª Divisão é a mais equilibrado de to-das, com seis equipas a lutarem pelos dois lugares que darão subida

de Divisão. Com duelos interessantes e escaldantes destaca-se a ACR-Mendiga-CRLPorto Salvo, GSLoures-UDLeiria e o ARCArnal-ADRReta-

xo, este último na luta pela permanência.

A.C.R.MENDIGA (6º 45Pts) vs C. R. LEÕES POR-TO SALVO (2º 49 Pts) - De-pois da derrota na última jor-nada na deslocação a Sacavémpor 7-2, a Mendiga têm nestejogo a possibilidade de se colo-car de novo na luta pela subidade divisão. A quatro pontos dedistância do seu adversário deSábado só a vitória interessa, etudo leva a querer que o factorcasa e a maior experiência dosseus atletas nestas andançaspoderá ser decisivo neste inte-ressante duelo. Espera-se umjogo intenso.

G. S. LOURES (1º 51Pts ) vs U. D. LE IR IA (5º45 Pts) - A duas jornadasdo fim a formação Leiriense,não pode pensar em outro re-sultado que não seja a vitó-ria, para poder continuar naluta pela subida à IIª Divisão.Com os índices de confiançabem elevados e fisicamente

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As duas últimas

jornadas do Campeonatofortes a UDLeiria disputa a pri-meira de duas finais. Morali-zados com as cinco vitóriasconsecutivas, a melhor sériede vitórias no campeonato, ospupilos de João Pedro, de-frontam este Sábado os líde-res da prova. Uma vitória emLoures coloca a equipa de Lei-ria a três pontos do seu ad-versário, lançando assim a de-cisão da subida para a últimae derradeira jornada em casafrente à Qtª dos Lombos (4º 45Pts).

ARCARNAL (9º 33 Pts)vs ADRRETAXO (10º 31Pts) - No que respeita ao Ar-nal o cenário é bem diferente.A jogar em casa e logo contra

o adversário directo, têm for-tes possibilidades de festejareste fim de semana a perma-nência na IIIª Divisão, faltan-do para isso uma vitória nestajornada.

Nos outros dois encontrosem que participam equipas doDistrito de Leiria, o N.S.Leiriarecebe o também já despromo-vido G.D."Os Patos", precisan-do de vencer para não terminareste campeonato na ultima po-sição. Já o Extº da Benedita, quegarantiu a permanência, deslo-ca-se a Sintra para defrontar odespromovido Stª Susana e Po-bral, numa partida apenas paracumprir calendário.

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311 MAIO 2009

FUTEBOL – JUNIORES

Jogadores festejam manutenção

como se de um título se tratasse...

Vitória sofrida garante manutenção

A formação dos juniores da União Desportiva de Leiria recebeu e venceu no passado Sábado, em SantaEufémia, o Estrela da Amadora por duas bolas a uma conseguindo a tão esperada e sofrida manutenção

no mais alto escalão do futebol juvenil português.

Ao entrar para a última jor-nada do campeonato a preci-sar de vencer para garantir amanutenção, a equipa lidera-da por Vítor Roleiro (Vitinha),após longos 90 minutos de so-frimento não desiludiu e permi-tiu às poucas centenas de es-pectadores festejarem a tão so-frida e desejada manutenção.

Se antes e durante o encon-tro o semblante dos que estive-ram presentes na academia erade alguma ansiedade e preo-cupação, após o apito final dojuiz da partida a ansiedade deulugar à alegria e tanto jogado-res, directores como o públicofestejaram a manutenção comose de um campeonato se tra-tasse e não conseguiram sustera forte emoção que sentiam.

Vit inha

“É essencial“É essencial“É essencial“É essencial“É essencialformar jogadores”formar jogadores”formar jogadores”formar jogadores”formar jogadores”

Vitinha, treinador da forma-ção leiriense, enalteceu a im-portância da manutenção, fezalguns reparos à política de for-mação do clube e desejou to-das as felicidades aos seus pu-pilos. “Com esta vitória conse-guimos a manutenção mas ficosempre com a sensação quenão consegui aquilo que que-ria que era formar jogadores esobretudo homens. Penso queo clube tem de repensar a for-mação. A formação é boa parao clube mas essencialmente temde o ser para os jovens e a sen-sação que eu fico é que as pes-soas quando saem deste clubenão levam Leiria no coração,pelo contrário, sentem-se revol-tadas”, considerou.

Questionado sobre quais osfactores que levaram a equipaa garantir a manutenção so-mente na última jornada, Viti-

Bruno Fernandes

nha considerou que essa situ-ação já é vivida no clube hátrês anos para cá e que poucoou nada se tem feito para alte-rar essa situação. “Acabamossempre os campeonatos com ocredo na boca todos os anos eninguém fez nada para mudarisso” disse o técnico leiriense.

Em relação à próxima épo-ca, o técnico afirmou que nãovai estar a liderar a equipa masmesmo assim desejou todas asfelicidades aos seus jogadores.“Na próxima época não vou fi-car cá mas espero que os jo-gadores que subirem a senio-res encontrem bons clubes e de-sejo-lhes a melhor sorte domundo. Para os que cá ficam,espero que lutem, sobretudoque formem uma grande equi-pa e uma grande união”.

João Vieira

“É uma grande“É uma grande“É uma grande“É uma grande“É uma grandefelicidade”felicidade”felicidade”felicidade”felicidade”

João Vieira, extemo-esquer-do da equipa e um dos joga-dores a quem se adivinha umgrande futuro mostrou-se con-tentíssimo com a manutenção.

“É uma enorme felicidade, foio culminar de uma temporadaem que esperávamos ter con-seguido a manutenção maiscedo, infelizmente não conse-guimos, mas no último jogoganhámos e fizemos a festa”.

No que diz respeito à épo-ca 2009/2010, o extremo leiri-ense considera que a equipatem potencial para fazer melhor.“Espero que a nova época sejamelhor que esta tanto a nívelindividual como colectivo.

Queremos assegurar a manu-tenção o mais cedo possível eaté poder sonhar com algomais”, concluiu.

Tiago Gonçalves

“Cumprimos os“Cumprimos os“Cumprimos os“Cumprimos os“Cumprimos osnossos objectivos”nossos objectivos”nossos objectivos”nossos objectivos”nossos objectivos”

Tiago Gonçalves, central ecapitão da equipa de juniores,também ele se mostrou satisfei-to após o final do encontro.

“Sinto-me muito feliz por termoscumprido os nossos objectivos,vencemos o jogo que era o maisimportante”.

“Perdemos alguns pontosque não devíamos ter perdido,mas também devido a azar,neste jogo que era mesmo pre-ciso vencer, demos o nossomelhor e conseguimos ganhar”,afirmou o jogador quandoquestionado sobre quais as fa-las ocorridas ao longo da épo-ca.

Fernando Encarnação

“““““Acaba porAcaba porAcaba porAcaba porAcaba porser gratificanteser gratificanteser gratificanteser gratificanteser gratificanteconseguir aconseguir aconseguir aconseguir aconseguir amanutençãomanutençãomanutençãomanutençãomanutençãoem nossa casaem nossa casaem nossa casaem nossa casaem nossa casa”””””

No final do encontro, Fer-nando Encarnação, responsá-vel máximo pelo departamen-to de futebol juvenil da União,era um homem emocionadonão escondendo as lágrimasao festejar esta vitória. Em re-lação ao jogo e à época, Fer-nando encarnação considerouque não estava à espera detantas dificuldades ao logo daépoca. “A qualidade que acha-mos que existe na nossa equi-pa dava-nos todas as expec-tativas, no início do campeo-nato, de podermos estar a lu-tar por outro tipo de classifi-cação, mas acaba por ser gra-tificante garantirmos a manu-tenção em nossa casa, juntodos nossos sócios”.

Em relação ao futuro, ochefe maior do futebol juvenilleiriense deseja conseguir umaépoca com maior tranquilida-de. “Penso que a equipa estábem estruturada e penso queno ano que vem vamos estara lutar por outros objectivosque não a manutenção”, con-cluiu.

Tiago Gonçalves

acossado por dois

adversários

João M

atias

/ Im

agere

port

er

João M

atias

/ Im

agere

port

er

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1 MAIO 2009

ÚLÚLÚLÚLÚLTIMATIMATIMATIMATIMA

“Amarelo” dá provasdo seu valor no Mondego

O Benfica recorre do castigo a Rui Costa – um mês de suspensão – imposto pelo Conselho de Disciplina da LigaPortuguesa de Futebol. Paulo Gonçalves, o responsável pela área jurídica dos encarnados lamenta os timings do proces-so, desde a notificação até ao fornecimento do relatório, e confirma recurso da decisão do CD da Liga, sem quaisqueresperanças contudo.

São 19 metros de comprimento emamarelo, com acabamento em carbonoe kevlar no interior. É o barco mais lon-go e rápido do remo de pista, "um topode gama, o melhor barco a nível mun-dial", de acordo com o presidente dosDesportos Náuticos da Associação Aca-démica de Coimbra. O mesmo é dizer,trata-se do "Ferrari do remo". E foi pren-da da Câmara Municipal de Coimbra(CMC) à AAC.

A embarcação, construída nos es-taleiros alemães de Helmut Empacher,o melhor fabricante mundial de barcosde remo, teve a viagem de baptismo nasemana passada. "Foram 27 anos deespera", referiu Rúben Leite na cerimó-nia de apresentação. O dirigente vêagora premiado o bom desempenho dasecção (no ano passado a AAC foi cam-peã Nacional de Clubes).

Para o vereador de Desporto daCMC, Luís Providência, os 43.000 eu-ros de investimento integralmente supor-tados pela autarquia são o "reconheci-mento do trabalho, mérito e esforço quetodos os dias os estudantes fazem emprol do desporto e da modalidade nanossa cidade". "Havia a expectativa de

A nova embarcação shell de

oito com timoneiro da Asso-

ciação Académica de Coim-

bra (AAC), baptizada na

semana passada, vai compe-

tir pela primeira vez na Rega-

ta da Queima das Fitas de

Coimbra.

Eunice Oliveira

ter um shell de oito com qualidade cor-respondente à da AAC", acrescentou overeador, distinguido no passado do-mingo com o título de sócio honoráriodo clube.

A embarcação vai ter como tripu-lantes oito atletas seniores da associa-ção académica e como timoneiro o jú-nior João Rodrigues.

O "Amarelo" vem substituir o anteri-or "oito" da Académica, com 11 anosde idade, que já começava a ser "curto"para a forte concorrência nacional, emvirtude não só da idade mas tambémdo seu elevado peso.

28ª Regata Internacional daQueima das Fitas de Coimbra:

a maior de sempreO "Amarelo", vai participar pela pri-

meira vez numa competição amanhã,às 17h15, numa das provas da 28ªedição da Regata Internacional da Quei-ma das Fitas de Coimbra, no Rio Mon-dego.

A estreia da embarcação shell deoito com timoneiro vai ser em grande,uma vez que o presidente da secção jáanunciou que esta é a maior regata desempre, com mais de mil inscrições e11 equipas estrangeiras.

Às 9h30 têm início as provas de RemoJovem e às 16h30 são as finais absolutas.

Ainda durante a viagem inauguraldo "Amarelo", na semana passada, overeador do Desporto aproveitou paraanunciar a organização do Campeona-to Nacional de Sprint em Remo e doOpen de Remo In Door.

Também presente, Carlos Encarna-ção descartou responsabilidades no quediz respeito ao problema de desassore-amento do Rio Mondego, que tem afec-tado a prática dos desportos náuticos,e aproveitou para lançar votos para umrápido começo dos trabalhos.

Carlos

Jorg

e M

onte

iro /

Im

agere

port

er