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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: ESTUDO DE CASO EM UMA METALÚRGICA
BASSO, Vanley1
[email protected] SOLIO, Marcos Guilherme1
[email protected], Douglas1
[email protected], Gabriel1
[email protected], Vagner Atilio1
[email protected], Vitor P. Ribeiro2
[email protected], Luciana M. Bernstein²
[email protected], Eduardo2
[email protected], Rosângela Márcia2
1 Discentes do Curso de Administração, Nível VI 2017/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. 2 Docentes do Curso de Administração, Nível VI 2017/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
RESUMO: O planejamento estratégico é uma ferramenta de extrema importância para qualquer organização, pois quando realizado de forma eficiente, proporciona uma visão estruturalista da empresa como um todo. Esta pesquisa teve como objetivo unir a teoria com a prática através da elaboração de um planejamento estratégico em uma empresa metalúrgica localizada na cidade de Getúlio Vargas – RS. Nesta, foi realizado um levantamento de dados e a partir disso elaborada a análise SWOT, identificando os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades, bem como a análise GUT, apontando gravidades, urgências e tendências de supostos problemas encontrados, desenvolvendo alternativas no curto e longo prazo para sanar tais problemas e evitar futuros. Visto que a empresa não possuía, foi criada a missão, visão e valores da empresa, enfatizando a área de atuação a fins de demonstrar aos clientes e colaboradores os princípios que norteiam aquilo que realmente a empresa busca. A metodologia deste trabalho se deu através de pesquisas bibliográficas, pesquisa de campo, análise qualitativa e quantitativa. O desenvolvimento deste trabalho oportunizou uma experiência muito positiva junto ao processo de formação acadêmica, pela oportunidade de desenvolver na prática aprendizagem teórica ao permitir contato direto com o gestor da organização, onde tivemos todo o suporte para elaboração dos questionamentos, no esclarecimento de dúvidas que permitiram o desenvolvimento do planejamento estratégico desta organização, como propósito de contribuir na melhoria de desempenho, incentivando e apresentando a real importância de planejar e controlar um negócio.
Palavras-chave: Planejamento. Objetivos. Metalúrgica.
ABSTRACT: Strategic planning is a tool of extreme importance for any organization, because when carried out efficiently, it provides a structuralist view of the company as a whole. This research had as objective to unite the theory with the practice through the elaboration of a strategic planning in a metallurgical company located in the __________________________________________________________________________________________
Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
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city of Getúlio Vargas - RS. In this, a data collection was carried out and SWOT analysis was developed, identifying the strengths and weaknesses, threats and opportunities, as well as the GUT analysis, pointing out the severities, urgencies and trends of supposed problems encountered, developing alternatives in the short and to cure such problems and avoid futures. Since the company did not have a company, the mission, vision and values of the company were created, emphasizing the area of activity in order to demonstrate to customers and employees the principles that guide what the company is really looking for. The methodology of this work was done through bibliographical research, field research, qualitative and quantitative analysis. The development of this work provided a very positive experience with the academic training process, for the opportunity to develop theoretical learning in practice by allowing direct contact with the manager of the organization, where we had all the support to elaborate the questions, in the clarification of doubts that allowed the development of the strategic planning of this organization, as a purpose to contribute in improving performance, encouraging and presenting the real importance of planning and controlling a business.
Keywords: Planning. Goals. Metallurgical.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A estratégia é definida como o caminho, maneira ou ação estabelecida e adequada
para alcançar os resultados da empresa, representados por seus objetivos, desafios e metas.
Ocorre quando há uma interligação entre os fatores externos (não controláveis) e internos
(controláveis) de uma empresa. A administração estratégica é a forma estruturada, sistêmica e
intuitiva a fins de alavancar o processo de planejamento da situação futura desejada pela
empresa, direcionando os recursos necessários de forma otimizada com tal realidade
(OLIVEIRA, 2007).
O planejamento estratégico é um rico processo de discussão de oportunidades e de
análise da realidade da empresa. É uma grande oportunidade para construir, rever ou
desenvolver a leitura crítica da realidade de uma organização, de forma coerente e
compreensível, devendo ainda gerar confiança, segurança e clareza ao papel que a empresa
quer assumir no mercado. As empresas devem adotar o planejamento estratégico para
implantar organização, maximizar seus objetivos, minimizar suas deficiências e proporcionar
a eficiência (SEBRAE, 2016).
O objetivo deste estudo consiste em conciliar a teoria com a prática a fins de
demonstrar a importância do planejamento estratégico para as organizações, tendo base em
conceitos e teorias de autores renomados. Sustentado nesta ideia, foi realizado um estudo de
caso em uma empresa metalúrgica da cidade de Getúlio Vargas, RS, a fins de diagnosticar a
sua real situação através de um estudo detalhado, buscando desenvolver a missão, visão e
valores, bem como identificar os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças para
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posterior sugerir a criação do planejamento estratégico para a empresa. Atuante a mais de 44
anos na fabricação de peças metálicas, como portões, grades e outros através da utilização de
pós metálicos, a empresa metalúrgica vem de uma história que se estende de pais para filho.
2 DESENVOLVIMENTO
O presente texto é resultante de pesquisa bibliográfica, nele estando presentes as
teorias que dão embasamento para o cumprimento dos objetivos propostos, justapostos ao
englobamento de todas as disciplinas estudadas neste semestre, aspirando à importância da
conscientização e da prática de um bom planejamento estratégico conjunto a uma eficiente
gestão empresarial.
2.1 Gestão Pública
O Planejamento Estratégico surgiu da necessidade das organizações se
programarem, evitando surpresas onerosas frente à velocidade das mudanças que ocorrem no
ambiente. Em meados do século XX foi implementado no setor público com a justificativa da
necessidade de aprofundar os estudos nessa área, que ainda são escassos quando comparados
ao setor privado. O planejamento estratégico é de suma importância para atuar nas áreas
públicas, pois tem a função de controlar, gerenciar e administrar os movimentos da entidade,
bem como de organizar as atividades necessárias para a tomada de decisão (SILVA;
GONÇALVES, 2011).
No Brasil, a administração pública é dividida em três poderes: Executivo, Legislativo
e Judiciário, de modos que seguem a mesma linha de raciocínio; o Legislativo elabora as leis,
o Judiciário aplica e o Executivo administra. Direta e Indireta são as formas de Administração
do poder Executivo. São classificados como diretos os Municípios, os estados, o Distrito
Federal e a União e, como indiretos as Empresas Públicas, as Fundações, as Sociedades
Econômicas Mistas entre outros (HARMON; MAYER, 1999).
A Administração Pública surge com princípios de legalidade, pessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, sendo dividida também em três modelos:
patrimonialista, burocrático e gerencial. É difícil falar em planejamento estratégico em
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organizações públicas, pois a mesma possui características internas e externas particulares de
cada setor que dificultam o planejamento (WALDO, 1971).
A maior dificuldade encontrada para o desenvolvimento do planejamento estratégico
em órgãos públicos é a falta de comprometimento dos colaboradores envolvidos e fatores
políticos que acabam por dificultar este processo. Quando implantado, o planejamento
estratégico, em alguns casos por falta de ética dos gestores, é utilizado como benefício
próprio, principalmente quando tem a intenção de concorrer à reeleição ou perpetuação nos
cargos. As organizações públicas tendem a ter o monopólio do mercado ou serviço em que
atuam ou prestam, o que restringe o incentivo a buscar eficiência, pois não há competitividade
(BRYSON, 2004).
Se bem aplicado, o planejamento estratégico em organizações públicas é o ponto de
partida para se dar uma boa alavancada na gestão dessa organização. O aumento da eficiência,
o processo de construção da missão e visão do empreendimento, o pensar na empresa como
um todo, o caminho que ela deve percorrer para se chegar em determinado ponto e o controle
de um planejamento a longo prazo servem como pilares que sustentam e mantém os objetivos
de melhoria e qualidade de vida de uma sociedade (BOYNE, 2002).
2.2 Gestão Fiscal
É desafiador administrar um empreendimento em um ambiente turbulento, incerto e
dinâmico, como o empresarial. Os aspectos tributários que envolvem uma empresa requerem
tratamentos constantes em torno da análise de condições que propiciem vantagens fiscais.
Através do acompanhamento das questões tributárias que de alguma forma afetam positiva ou
negativamente o resultado da organização e sua competitividade, o controle fiscal tem como
uma de suas principais contribuições o planejamento tributário, o qual busca a oportunidade
de reduções do custo tributário por meio de estratégias na controladoria dos custos existentes
em uma empresa (NASCIMENTO; REGINATO, 2007).
Um tributo é caracterizado pelos seguintes elementos: fato gerador, contribuinte e a
base de cálculo. Para que venha a existir uma obrigação tributária, é preciso que exista um
vínculo jurídico entre um credor e um devedor, pelo qual o Estado, com base na legislação
tributária, possa exigir uma prestação tributária positiva ou negativa. Os tributos representam
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importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com o salto da economia, tornou-
se questão de sobrevivência empresarial a correta administração dos pagamentos tributários.
(ABREU, 2008).
No Brasil, existem três tipos de regimes tributários. O Simples Nacional é um regime
tributário diferenciado, simplificado e aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno
Porte que auferem em cada ano calendário receita bruta igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
No Lucro Presumido, o montante a ser tributado é determinado com base na receita bruta,
através da aplicação de alíquotas variáveis em função da atividade geradora da receita. Podem
optar pelo Lucro Presumido as pessoas jurídicas com receita bruta total no ano-calendário
anterior igual ou inferior a R$ 78.000.000,00. A apuração do Lucro Real envolve maior
complexidade na execução das rotinas contábeis e tributárias, para a completa escrituração
das atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo dos tributos como
IRPJ e a CSLL (SANTOS; OLIVEIRA, 2008).
É cada vez mais importante que haja um controle financeiro nas empresas, o qual se
dá por meio da análise de demonstrações que compreendem todas as operações financeiras
efetuadas por uma empresa, bem como a existência de um controle interno que as relacione
diretamente com as funções da contabilidade, a fins de fornecer à contabilidade dados
corretos para a exata escrituração dos fatos, evitando possíveis desperdícios e erros sobre os
procedimentos adotados. Os principais demonstrativos financeiros utilizados pelas empresas e
que, através destes, se pode medir os seus desempenhos e modificações ocorridas no
patrimônio são o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultados do exercício (BACKES,
2002).
2.3 Mercado de Capitais
Em uma economia, a intermediação entre os que possuem poupança financeira e os
que dela necessitam ocorre no mercado financeiro, o qual pode ser subdividido em quatro
mercados específicos: mercado monetário, mercado de credito, mercado de câmbio e mercado
de capitais. Este último tem por finalidade a de financiar as atividades produtivas e o capital
de giro das empresas, por meio de recursos de médio e longo prazos (HOJI, 2010).
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O Mercado de capitais é constituído de um conjunto de instrumentos, instituições e
agentes econômicos cuja missão é mobilizar recursos de poupança financeira de pessoas
físicas, empresas e outras unidades econômicas e promover sua alocação eficiente para
financiar a produção, a comercialização e o investimento das empresas e o consumo das
famílias. Os principais instrumentos de financiamentos existentes no mercado de capitais
brasileiro são ações, debêntures e notas promissórias (IBMEC, 2016).
As empresas, à medida que se expandem, carecem de mais e mais recursos, que
podem ser obtidos por meio de fontes de recursos limitadas como empréstimos e
reinvestimentos de lucro. Porém, é pela participação de novos sócios (acionistas) que uma
empresa ganha condição de obter novos recursos não exigíveis, tendo condições de investir
em novos equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas melhorando seu processo
produtivo, tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade (IBMEC, 2016).
No mercado de capitais há diversas formas de obter retorno buscando equilibrar os
três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto,
deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente
relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em
função de obter uma maior ou menor lucratividade (O ECONOMISTA, 2009).
2.4 Planejamento Estratégico
Hodiernamente, com o avanço da informação, as organizações necessitam estar em
constante atualização dentro e fora do mercado onde atuam. Faz-se necessário unir o máximo
de informações possíveis para ter mais clareza e facilidade e assim conseguir traçar planos e
objetivos eficientes (OLIVEIRA, 2010).
O planejamento estratégico é uma ferramenta que todas as organizações devem utilizar
em sua gestão, pois quando utilizada de forma eficaz certamente trará os melhores resultados.
Além disso, com tamanha competitividade no mercado, as organizações devem buscar a
melhoria constante dentro do planejamento estratégico, buscar conhecer seu mercado
(produtos e serviços), estudar e elaborar ações que possam trazer resultados positivos. Ainda,
outra situação que as empresas devem se preocupar é com o ambiente externo, estando
preparada a determinadas situações que não estão previstas dentro do planejamento, para que
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futuramente não acarretam em prejuízos para a organização (CHIAVENATO; SAPIRO,
2003).
Dentro do planejamento estratégico, as organizações devem procurar identificar
problemas que possam ocorrer no decorrer dos processos, e para isso é necessário detectar
seus pontos fortes e fracos, ou seja, as ações que ocorrem perfeitamente e que são pontos que
a empresa tem como diferencial e ações que a empresa precisa corrigir para não afetar nos
resultados vindouros (BEZERRA, 2012).
Na gestão empresarial, o planejamento surge em três níveis diferentes que são
interligados no processo geral. O primeiro trata-se do Planejamento Operacional, em que
define-se por executar o plano de ação que a empresa estabeleceu e planejou, ou seja, utilizar
planos para chegar no objetivo desejado. Neste nível é implementada ações para otimizar os
processos, ganhar tempo, economizar recursos e melhor avaliar riscos das técnicas utilizadas
na área operacional da organização. Com tudo, pode-se dizer que o planejamento operacional
está ligado a todas as atividades básicas de uma empresa (OLIVEIRA, 2010).
O segundo trata-se do Planejamento Tático, que consiste no trabalho a médio prazo,
sendo utilizado na maioria das vezes para avaliar e estudar uma determinada área da
organização e além disso, elaborar objetivos e avaliar se foram ou não cumpridos, realizando
orçamentos e elaborando procedimentos nas atividades empresariais. E por último, o
Planejamento Estratégico, que consiste em elaborar planos e gerenciar objetivos a empresa
como um todo, ou seja, seu planejamento é a longo prazo (OLIVEIRA, 2010).
2.4.1 Missão, visão e valores
Qualquer organização, seja pública ou privada, grande ou pequena, precisa ter uma
identidade para se diferenciar no mercado. A definição do trio missão, visão e valores
determina a forma como a organização deseja ser vista por seus clientes e público em geral,
identificando as principais características da corporação e tornando explícito aquilo que ela
acredita, pratica e valoriza. Serve ainda para definir a direção estratégica da empresa, da
integração das operações e da motivação da equipe. É útil porque permite que o
empreendedor reflita sobre o papel do seu negócio na sociedade e sobre o futuro da empresa
(MARQUES, 2016).
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O compromisso e o dever da empresa sobre a sociedade em que atua caracteriza a
missão organizacional, a qual procura responder questões internas como: quem é; o que faz;
para quem faz e de que modo se propõe a fazer. Estabelece o que a empresa faz dentro do seu
negócio; a proposta para qual ou a razão pela qual a empresa existe, distinguindo-a de sua
concorrência e delimitando o seu espaço no mercado (LAGES, 2013).
Já a visão é o que a organização pretende ser no futuro, o conjunto de metas
definidas à serem alcançadas. Busca responder qual o objetivo; o que impulsiona tal objetivo;
quais os valores básicos; o que se deseja realizar e o que é preciso para mudar. Necessita ser
partilhada com todos os colaboradores, na medida em que permite unificar as expectativas,
dar uma direção, e desenvolver espírito de equipe, considerando as atuais tendências e
influencias, visando a competividade. Uma visão de futuro atrativa possui grande poder, pois
consegue engajar os colaboradores e canalizar as energias em um foco objetivo (TOLEDO,
2013).
O conjunto de valores definem as regras do jogo, em termos de comportamentos e
atitudes. Segundo Costa (2014), deve atender basicamente as seguintes questões: 1) Como os
empregados devem se portar, individualmente? 2) Como os empregados devem se relacionar
entre si? 3) Como os empregados se relacionam com os clientes? 4) Como a empresa faz
negócios? 5) Qual a responsabilidade da organização frente a sociedade? Os valores dizem
respeito aos princípios éticos que norteiam todas as ações da organização e servem de guia ou
critério para as decisões, comportamentos e atitudes, bem como na busca dos objetivos da
missão e na direção da visão estabelecidos no contexto.
2.4.2 Ambiente interno
Através do ambiente interno pode-se listar os pontos fortes e fracos a serem
utilizados em outras análises estratégicas, tendo mais conhecimento sobre os recursos,
capacidades, relacionamentos e habilidades da entidade que representam desvantagens ou
vantagens frente aos concorrentes. Para se fazer uma análise do ambiente interno é preciso a
avaliação da compatibilidade conceitual expressa na missão, visão, valores e objetivos da
empresa, fatores de forte impacto que decorre de sua capacitação e seu foco de operação.
São os investimentos voluntários e obrigatórios da empresa que beneficiam seu ambiente
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interno: saúde, segurança e medicina do trabalho, gastos voltados a capacitação de
funcionários, previdência privada, educação e cultura, participação nos lucros, gastos com
atividades recreativas, entre outros benefícios oferecidos (CROCCO et al., 2006).
Os estudos dos pontos fortes e fracos são realizados através da análise das áreas
funcionais de uma organização (produção, marketing, recursos humanos e finanças), e
através desses estudos a empresa pode fazer a comparação de seu desempenho com o de
seus concorrentes diretos ou potenciais, em que se pode observar nos concorrentes as
melhores práticas para cada uma das áreas funcionais, adaptando suas tarefas e
procedimentos de acordo com a conduta destas organizações (MAXIMIANO, 2006).
2.4.3 Ambiente externo
A análise do ambiente externo é um dos pilares do planejamento estratégico. De
acordo com Maximiano (2006), quanto mais competitivo, instável e complexo o ambiente,
maior a necessidade de analisá-lo, uma vez que as organizações são sistemas abertos, ou
conjunto de partes interdependentes entre si, que sofrem influência do meio externo. No
processo de planejamento estratégico, a primeira etapa compreenderá a identificação dos
fatores ambientais que influenciam o desempenho da organização.
A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu
ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a posição dos seus produtos
frente aos mercados presentes e futuros. Sob essa perspectiva, os ambientes do tipo turbulento
se modificam constantemente e introduzem elevados graus de incerteza na organização.
Existem várias propostas de classificação dos componentes do ambiente organizacional
externo, como a ideia de que esses componentes são valores sociais, aspectos políticos,
econômicos, informacionais, tecnológicos e físicos. É importante considerar o cálculo de risco
provável destes componentes sobre o negócio, procurando obter a máxima rentabilidade
dentro do limite de risco avaliado (BARBOSA, 2002).
2.4.4 Analise Swot
Através do planejamento estratégico espera-se conhecer e fazer uma análise interna e
externa da empresa, mais conhecida como Analise Swot, que estuda os Pontos Fortes, ou seja,
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a diferenciação que a empresa apresenta e Pontos Fracos, ou seja, situações inadequadas na
empresa. No ambiente externo são analisadas as oportunidades e ameaças; esta última diz
respeito a forças incontroláveis pela empresa que prejudicam e criam obstáculos ao
planejamento estratégico. Tais ameaças podem ser controladas e evitadas sempre que
reconhecidas em tempo hábil. Já as oportunidades favorecem e fortalecem o planejamento
estratégico desde que conhecidas e aplicadas (OLIVEIRA, 2008).
A Analise Swot é de grande valia para uma empresa, uma vez que é preciso conhecer
os pontos fortes para melhor utiliza-los, os pontos fracos para elimina-los ou adequá-los,
conhecer as oportunidades para usufruir e extrair o máximo de benefícios possíveis e eliminar
ou amenizar as ameaças. Sua função é compreender fatores influenciadores e apresentar como
eles podem afetar a iniciativa organizacional, levando em consideração as quatro variáveis
citadas, com base nas informações obtidas a empresa poderá elaborar novas estratégias
(GONÇALVES; HOFFMANN, 2017).
2.4.5 Matriz de GUT
A identificação dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças da empresa não
pode ser feita de maneira despretensiosa, para isso foi desenvolvido a metodologia
denominada GUT (gravidade, urgência, tendência) em que é possível o estabelecimento das
oportunidades e suas ameaças através da identificação do que necessita ser melhorado e o que
está bom e, assim conseguir ter uma vantagem competitiva no ambiente onde opera. Para
medir a análise GUT, existem parâmetros de escalas de 1 a 5 (OLIVEIRA, 2008)
Tudo aquilo que afeta a essência, o objetivo ou resultado da empresa é tido como
Gravidade. Sua avaliação decorre do nível de dano ou prejuízo que pode vir dessa situação. A
Urgência é o resultado da pressão do tempo que a empresa sofre e sua avaliação decorre do
tempo que se dispõe para atacar a situação ou para resolver a situação provocada pelo fato. Já
a Tendência diz respeito ao padrão de desenvolvimento da situação e sua avaliação está
relacionada a probabilidade de uma situação manter a mesma forma e intensidade, vir a piorar
ou melhorar (OLIVEIRA, 2008).
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2.4.6 Plano de ação
O plano de ação é um projeto em que estão consolidadas todas as informações sobre
o objetivo desejado, desde as atividades para concretizá-lo, quanto os recursos físicos,
monetários e humanos necessários. Elaborar um plano de ação é uma forma de separar as
etapas de elaboração da execução, pois permite que todas as decisões sejam tomadas antes
mesmo de colocadas em prática, garantindo mais assertividade e correção prévia de eventuais
problemas. A sua efetividade está em considerar as condições internas e externas à companhia
para montar estratégias adequadas a serem desempenhadas em determinado período de tempo
(MARQUES, 2016).
Ainda, para Valadares (2003), o plano de ação é composto por uma série de
providências e tarefas a serem seguidas a partir de um planejamento. As providências são
devidamente priorizadas e listadas por ordem cronológica, devendo constar: objetivos,
empresariais; metas funcionais; ações a tomar; responsável por cada meta; responsável por
cada ação; prazo para cada meta e ação e o seu devido custo.
METODOLOGIA
Com intuito de responder aos objetivos propostos, o presente estudo pode ser
classificado quanto aos fins como um estudo de campo firmado em métodos de pesquisa
qualitativa e quantitativa e, quanto aos meios como estudo de caso e pesquisa bibliográfica.
Segundo Oliveira (1997, p. 119) “a pesquisa bibliográfica tem por finalidade
conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre determinado
assunto ou fenômeno”. Constitui também uma parte da pesquisa descritiva ou experimental,
quando é feita com o intuito de recolher informações acerca de um problema para o qual se
procura resposta ou acerca de uma hipótese que se quer experimentar (CERVO, 2002).
Para Gil (2008, p. 57) “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e
detalhado”. Serve a pesquisas com propósitos de explorar situações da vida real cujos limites
não estão claramente definidos, descrever a situação do contexto em que está sendo feita
determinada investigação e ou explicar as variáveis causais de determinado fenômeno. Já o
estudo de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas, estudando um
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único grupo ou comunidade em termos de estrutura social, ressaltando a interação de seus
componentes. Tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação
(GIL, 2008).
O método quantitativo difere do qualitativo por medir a quantidade em valores
exatos com resultados facilmente identificáveis. O qualitativo surge de uma discussão
filosófica que busca diferenciar as ciências sociais das demais ciências; mede o
comportamento, as qualidades, a forma como uma pessoa ou empresa se porta perante
determinada função (Calais apud BAPTISTA; CAMPOS, 2007).
A pesquisa referencial se deu na biblioteca da própria instituição de ensino, bem
como em meios de endereços eletrônicos. Constatando a inexistência de um planejamento
estratégico na empresa metalúrgica em estudo, elaborou-se um planejamento estratégico
firmado na criação do trio missão, visão e valores de forma clara e objetiva, para que venha
alavancar o crescimento da empresa metalúrgica frente a comunidade e ao mercado em que atua.
3 RESULTADOS E ANÁLISE
Para a obtenção de resultados referentes a pesquisa realizada foi feito uma breve
entrevista com o proprietário da organização, com o objetivo de identificar aspectos positivos e de
possíveis melhorias, relacionados a qualidade (atendimento, produtos e serviços). Diante dos
relatos o que se pode levantar é que esta organização preza pela qualidade dos produtos e tem uma
atenção voltada a satisfação de seus clientes.
Nesta oportunidade foi possível identificar que a empresa não tem definido sua visão,
missão e valores. Diante disso, fazendo-se etapa inicial e primordial em qualquer planejamento
estratégico, foi desenvolvido o trio missão, visão e valores acerca dos propósitos desta
organização do ramo de metalurgia:
Missão: Ser reconhecida em excelência no ramo de metalurgia, primando por inovação a
fins de disponibilizar produtos e serviços de qualidade, com agilidade nos serviços e
atenção voltada aos cuidados com o meio ambiente.
Visão: Gerar soluções no ramo de metalurgia, com ética, rentabilidade e sustentabilidade,
juntamente a fornecedores, clientes e colaboradores, sendo destaque no mercado em que
atua.
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Valores: Responsabilidade Social e ambiental; Ética; Qualidade nos produtos e serviços;
Agilidade nos processos e entregas; Busca contínua pela inovação; Primar pela satisfação
dos clientes, colaboradores e fornecedores;
Criada a missão, visão e valores da empresa metalúrgica, foi feito um banner para
que pudesse ser colocado em área visível na empresa. Vale ressaltar que o banner teve um
custo de R$ 80,00, o qual o proprietário da empresa se propôs a pagar. Concluída esta etapa, é
necessário desenvolver a análise SWOT que é a base para a gestão do planejamento
estratégico, visto que permite a avaliação dos pontos positivos e negativos da organização
perante a concorrência, ao mercado e a si mesma, resultando em maior conhecimento sobre a
própria organização e também do ambiente externo em que atua.
Pontos Fortes
Qualidade dos produtosAgilidade na entregaAcabamento dos produtosColaboradores qualificados
Pontos Fracos
LocalizaçãoEspaço físicoDivulgação
Oportunidades
Inovação através de novos produtosNovos clientesMarketing
Ameaças
InadimplênciaConcorrênciaCrise
Quadro 01: Análise Swot da metalúrgica em estudo.Fonte: Os autores, 2017.
Através da análise do ambiente externo e interno da empresa, observou-se como
oportunidade a criação e aperfeiçoamento de produtos, bem como investimentos em
marketing e em decorrência disso a conquista de novos clientes. Como principal ameaça,
identifica-se a crise enfrentada pelo país, que aumenta consideravelmente a taxa de
desemprego, diminuindo o poder de compra e influenciando no aumento da inadimplência
que afeta diretamente o fluxo de caixa da empresa. Ainda é possível identificar que existe um
número significativo de concorrentes na região, o que exige da organização um olhar mais
atento a competitividade.
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A empresa estudada possui diferenciais importantes que a colocam em um patamar
elevado em relação a concorrência, onde os pontos fortes identificados se relacionam a
agilidade na entrega e instalação dos produtos e na prestação de serviços, bem como o
acabamento dos produtos, fato gerador de muito reconhecimento por parte dos clientes.
Todavia, a empresa conta com colaboradores experientes que estão a vários anos com a
empresa no ramo metalúrgico.
Com relação aos pontos fracos, o principal fator é a localização da empresa que está
situada em um bairro distante da área comercial e juntamente com a falta de investimento em
divulgação, acabam por diminuir a visibilidade da empresa e dos seus produtos e serviços
ofertados frente ao mercado consumidor. Outro fator relevante é o espaço físico limitado, pois
não há espaço suficiente para deixar as peças de cada processo produtivo. Analisando e
comparado o número de ameaças, oportunidades, pontos fracos e pontos fortes, pode-se
concluir que a empresa metalúrgica demonstra uma postura de desenvolvimento estável, que
pode ser acelerado dando maior atenção as oportunidades que se apresentam.
É fundamental analisar a gravidade, a urgência e a tendência de cada problema, para
que se possa qualificar tais problemas e determinar as prioridades, contribuindo para a tomada
de decisões. A partir da análise GUT, posturas estratégicas são adotadas para o melhor
posicionamento da empresa em relação ao que já está bom e ao que precisa ser melhorado.
Fator Avaliação Nº de
Pontos
Prioridade
do FatorGravidade Urgência Tendência
Qualidade dos produtos 1 1 1 3 4
Agilidade na entrega 1 1 1 3 4
Acabamento produtos 1 1 1 3 4
Colaboradores qualificados 1 1 1 3 4
Localização 2 2 1 5 3
Espaço físico 2 3 2 7 1
Divulgação 2 3 1 6 2
Tabela 02: Análise GUT da metalúrgica em estudo.Fonte: Os autores, 2017.
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Na análise GUT, observa-se que a empresa apresenta três fatores prioritários para
aumentar o seu desenvolvimento. O espaço físico limitado para alocar as peças produzidas, a
pouca divulgação dos produtos e serviços e a localização da empresa são fatores que impedem
o seu desenvolvimento, necessitando de uma maior atenção para a resolução destes
problemas, uma vez que são essenciais para o crescimento e expansão de sua área de atuação.
Priorizar os objetivos, estratégias e políticas são fundamentais para que a empresa
saiba aonde ela quer chegar e qual caminho deve tomar. A metalúrgica têm como objetivos
conquistar novos clientes, ampliar o seu espaço físico e diversificar sua linha de produtos.
Com isso, definiu-se as estratégias e políticas que serão adotadas para alcançar estes
objetivos.
Estabelecimento de Estratégias e Políticas
Objetivo Estratégia Políticas
Conquistar novos clientes
-Investimentos em marketing-Inovação dos produtos-Prestar serviços com agilidade e qualidade para obter reconhecimento.
Propagandas em mídias locais.Dispor de tecnologia e matéria-prima de qualidade.Treinamento e acompanhamento dos colaboradores.
Diversificação de produtos
-Aquisição de novas máquinas-Reestruturação do Layout-Controle de estoque através de sistemas informatizados
Buscar parceria com os fornecedores;Ampliar a linha de matérias prima (qualidade x Custo);Participação de feiras do setor
Ampliação da área industrial
-construção de local adequado para alocar as peças em cada processo de produção;- Instituir uma área para o setor de almoxarifado-Ampliar espaço administrativo
Programar recursos financeiros para viabilizar a ampliação do espaço industrial;Destinar mensalmente um determinado valor para a construção.Procurar realizar a obra em período de menor demanda.
Quadro 03: Objetivos, estratégias e políticas. Fonte: Os autores, 2017.
A metalúrgica é uma empresa de médio porte que busca conquistar novos clientes e
mercados. Justaposto aos principais objetivos apresentados pela empresa, o grupo sugeriu
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algumas estratégias para auxiliar nesse processo de crescimento: divulgar os produtos e
serviços prestados pela empresa através de meios de comunicação, reestruturar o Layout para
conquistar maior tempo para a produção, aquisição de novas maquinas para obter melhorias
nos produtos, com a construção de um local adequado para que possa suportar a demanda,
torna-se indispensável também maior controle de estoques disponíveis na empresa através de
sistemas informatizados.
COMPARATIVO DE IMPOSTOS A PAGAR POR REGIME TRIBUTÁRIOIMPOSTOS SIMPLES NACIONAL LUCRO PRESUMIDO LUCRO REAL
PIS R$ - R$ 1.582,09 R$ 4.016,07COFINS R$ - R$ 7.301,94 R$ 18.498,25IRPJ R$ - R$ 19.471,84 R$ 36.509,70CSLL R$ - R$ 29.207,76 R$ 21.905,82CPP-RAT/SAT-OUT. ENT. R$ - R$ - R$ -FGTS R$ 5.664,00 R$ 5.664,00 R$ 5.664,00INSS PRO-LABORE R$ 4.800,00 R$ 4.800,00 R$ 4.800,00ICMS VENDAS R$ 43.811,64 R$ 43.811,64(-) ICMS CRÉDITO R$ - R$ 9.386,24 R$ 9.386,24(-) PIS CRÉDITO R$ - R$ - R$ 860,41(-) COFINS CRÉDITO R$ - R$ - R$ 3.963,08SIMPLES NACIONAL R$ 14.530,86 R$ - R$ -
TOTAL R$ 24.994,86 R$ 102.453,03 R$ 120.995,75Tabela 04: Comparativo de Impostos a Pagar por Regime de Tributação.Fonte: Os autores, 2017.
Também foi realizada na empresa metalúrgica a análise tributária conforme o quadro
acima, no qual pôde-se observar a melhor modalidade de tributação para mesma. O montante
que seria pago de impostos por meio do Lucro Real é de R$ 120.995,75, pelo Lucro
Presumido seria pago um montante de R$ 102.453,03 enquanto pelo Simples Nacional,
regime utilizado pela empresa atualmente, foi pago o montante de R$ 24.994,86. Destarte, é
válido afirmar que não há um volume muito grande de custos e despesas na empresa e que a
melhor opção para tributação continua sendo pelo Simples Nacional.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje, o ramo metalúrgico é considerado muito diversificado e consequentemente
possui uma concorrência muito acirrada entre as organizações, principalmente aquelas que
possuem foco na produção de manufaturados, como é o caso da metalúrgica estudada. Neste
ramo de atuação, as empresas que desejam crescer devem estar cientes que todos os seus
processos devem estar alinhados de acordo com suas estratégias e planejamentos, uma vez
que o setor metalúrgico exige técnicas eficientes e profissionais qualificados para
desempenhar suas funções.
Não somente na área metalúrgica, mas em qualquer empresa faz-se necessário que os
gestores tenham conhecimento acerca do ambiente externo e interno a que a empresa está
inserida, para então elaborar um planejamento, traçar metas e objetivos seguido de uma
prática eficaz dos processos no dia a dia da empresa. Na metalúrgica foi feito o levantamento
de dados (faturamento, funcionários, despesas, investimentos) e posteriormente elaborado
análises para correção de determinados problemas e para aperfeiçoamento de alguns
processos empresariais. Foram observadas também ameaças e oportunidades para que a
organização consiga ter uma noção clara daquilo que a mesma pode realizar para buscar
novos negócios e manter firme seus clientes e investimentos, justaposto a formulação da
missão, visão e valores canalizando metas e energias para tornar colaboradores e gestores
motivados em uma mesma perspectiva de crescimento.
Por fim, todos os processos que envolvem o planejamento estratégicos foram
elaborados conforme o suporte da empresa e a sua capacidade de atender. Com o
planejamento finalizado foi possível fazer uma análise clara e objetiva daquilo que a
organização estava desempenhando de forma correta e como estava seu desenvolvimento
financeiro. Após concluído com sucesso, todo o estudo foi repassado ao proprietário da
organização para que possa utilizar da melhor maneira possível. Enquanto acadêmicos, as
pesquisas e estudos elaborados durante o período foram de grande valia, pois foi possível
extrair o máximo de conhecimentos e experiências de como é importante o planejamento
estratégico em uma organização, pois sem esta ferramenta dificilmente a empresa terá um
crescimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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